BR112014011921B1 - produto, punção e método para gerar uma superfície em uma região de um produto - Google Patents

Abstract

OBJETO QUE COMPREENDE UMA REGIÃO DE SUA SUPERFÍCIE ADEQUADA PARA MOSTRAR UMA PLURALIDADE DE IMAGENS. Trata-se de um objeto que compreende uma região de sua superfície adequada para mostrar uma pluralidade de imagens. Cada uma dessas imagens é observáveis a partir de uma direção diferente de modo que, mediante a observação de uma das imagens, as outras imagens deixam de ser observáveis e não interferem na visualização da imagem observada. A configuração que permite gerar a região das superfícies adequadas para mostrar a pluralidade de imagens permite a produção em massa por meio de técnicas de estampagem ou cunhagem e complica a reprodução por fabricantes não autorizados. Um método que permite obter o objeto que tem uma região adequada para mostrar uma pluralidade de imagens é também um objetivo da presente invenção.

Description

Objetivo da Invenção

[0001] A presente invenção refere-se a um objeto que compreende uma região de sua superfície adequada para mostrar uma pluralidade de imagens. Cada uma dessas imagens é observável a partir de uma direção diferente, de modo que, mediante a observação de uma das imagens, as outras imagens deixam de ser observáveis e não interferem na visualização da imagem observada.

[0002] A configuração que permite gerar a região das superfícies adequadas para mostrar a pluralidade de imagens permite a produção em massa por meio de técnicas de estampagem ou cunhagem e complica a reprodução por fabricantes não autorizados.

[0003] Um método que permite obter o objeto tendo uma região adequada para mostrar uma pluralidade de imagens é também um objetivo da presente invenção.

[0004] Uma modalidade da invenção tem particularmente uma região adequada para mostrar uma pluralidade de imagens onde a alteração na inclinação do observador em relação à superfície onde a imagem é localizada gera uma banda de brilho que move conforme o observador altera sua inclinação, esse efeito também é independente daquele produzido nas outras imagens.

Antecedentes da Invenção

[0005] Há várias soluções para imprimir imagens fazendo uso de tintas ou por meio de técnicas de entalhe a laser que permitem a geração de imagens holográficas. O custo de produção das técnicas desse tipo e os materiais exigidos tornam o seu uso na cunhagem de moedas ou sua incorporação em objetos obtidos por estampagem, por exemplo, inviável.

[0006] A patente espanhola com número de publicação ES2042423 que descreve um método para obter entalhes de imagem dupla em superfícies rígidas é conhecida. Essa patente trabalha com superfícies tendo sulcos com diferentes inclinações para gerar imagens. O uso de sulcos permite a fácil produção desse tipo de entalhes; entretanto, essa fácil produção também facilita a reprodução por terceiros a partir de uma parte assim entalhada.

[0007] A presente invenção tem uma superfície capaz de reproduzir uma pluralidade de imagens de modo que complica tremendamente a formação de uma cópia começando a partir de um objeto genuíno incorporando essas imagens.

Descrição da Invenção

[0008] Um primeiro aspecto da invenção é um objeto compreendendo uma região de sua superfície adequada para mostrar uma pluralidade de imagens de modo que cada imagem seja observável por um usuário a partir de uma direção com uma orientação diferente. A invenção estabelece uma configuração dessa região tal que quando o usuário observa a região a partir de uma direção ele perceba uma imagem, ou parte da imagem, mas não o resto das imagens. Para observar o resto das imagens o usuário deve alterar sua orientação de observação em relação à mesma região. A região que mostra uma pluralidade de imagens é preferencialmente plana, entretanto, a invenção também permite visualizar a pluralidade de imagens nas superfícies com uma determinada curva. Nesses casos, a imagem pode não ser vista em sua totalidade a partir da mesma orientação e exige leves alterações na orientação para perceber a imagem inteira.

[0009] A região que mostra uma pluralidade de imagens compreende: • Uma pluralidade de cavidades em baixo relevo distribuídas de modo regular na superfície da região.

[0010] A configuração especial das cavidades permite visualizar diferentes imagens de acordo com a orientação de observação. O uso de baixo relevo complica a produção quando um objeto produzido em concordância com a invenção é fornecido; entretanto, o mesmo pode ser produzido a um custo baixo por meio das técnicas de estampagem começando, por exemplo, a partir de um punção esculpido a laser. • Cada uma das cavidades mostra uma pluralidade de facetas laterais, pelo menos uma faceta por imagem, em que cada faceta é associada ou a um primeiro nível de luz ou a um nível de luz diferente do primeiro.

[0011] A invenção estabelece um primeiro nível de luz e um ou mais níveis de luz diferentes. A modalidade particular mais simples faz uso de dois níveis de luz, entretanto, nas modalidades há descrita uma modalidade particular que permite gerar efeitos de deslocamento quando o observador altera progressivamente a inclinação de seu ponto de observação de uma das imagens com base no uso de uma gama de níveis de luz selecionada apropriadamente.

[0012] Cada cavidade é formada por uma pluralidade de facetas, faceta sendo entendido como uma região plana da cavidade e, portanto, tem essencialmente a mesma reflexão. Cada cavidade tem uma faceta por imagem. Cada imagem é, assim, construída impondo condições nas facetas que são associadas à dita imagem sem tais condições afetarem a visualização do resto das imagens e, portanto, das facetas associadas a outras tais imagens. • As facetas que determinam uma imagem e são associadas ao primeiro nível de luz têm a mesma orientação e inclinação em relação à superfície em que a cavidade é localizada; e essa orientação é diferente da orientação das facetas de outra imagem diferente.

[0013] Assim é como cada uma das imagens é gerada. Pelo menos dois níveis de luz são usados. Cada faceta desses que determinam uma imagem da cavidade serve como um pixel da imagem e pode mostrar pelo menos dois níveis de luz. Esses níveis de luz são independentes daqueles mostrados pela mesma cavidade devido à orientação que permite observar outra imagem diferente.

[0014] Uma distinção é feita entre orientação e inclinação. Orientação é a direção normal à superfície de uma faceta. Por toda a descrição, inclinação refere-se ao ângulo formado entre uma faceta e a superfície na qual a cavidade é localizada. Conceitualmente, a superfície principal é o que corresponderia se não houvesse nenhuma cavidade. A inclinação de uma faceta não é a orientação da dita faceta embora variar a inclinação signifique variar a orientação.

[0015] Casos particulares diferentes que também resolvem diferentes problemas técnicos são descritos na descrição detalhada da invenção.

[0016] Um segundo aspecto da invenção é um método para gerar uma superfície em uma região de um objeto adequado para mostrar uma pluralidade de imagens de modo que cada imagem seja observável por um usuário a partir de uma direção diferente.

[0017] O método compreende pelo menos duas etapas: • estabelecer uma configuração da superfície formada por uma pluralidade de cavidades de acordo com qualquer uma das modalidades ou sua complementar, • executar um processo de entalhe a laser na superfície conforme estabelecido na configuração estabelecida.

[0018] O método contempla gerar uma superfície, diretamente observável ou com a configuração complementar, de acordo com o primeiro aspecto da invenção. Nesse segundo caso, o objeto obtido pode, por sua vez, resultar na produção de múltiplas superfícies. Esse é o caso da fabricação de um punção.

[0019] Uma configuração da superfície pode ser estabelecida de acordo com o primeiro aspecto inventivo, por exemplo, por meio de um modelo que pode ser retratado por um computador e ser transferido para uma máquina que pode gerar superfícies de acordo com a definição do dito modelo.

[0020] A gravação a laser da superfície, de acordo com a configuração estabelecida, resulta em uma superfície que permite múltiplas transferências, por exemplo, por meio de operações de estampagem e/ou cunhagem subsequentes.

[0021] Foi visto que o uso de aços de metalurgia do pó é especialmente adequado para produzir objetos que, por estampagem, geram objetos que têm uma pluralidade de imagens de acordo com o primeiro aspecto da invenção que são a reprodução precisa da definição original gerada por computador.

Descrição dos Desenhos

[0022] Os recursos e vantagens anteriores e outros da invenção serão mais bem entendidos a partir da seguinte descrição detalhada de uma modalidade preferencial, fornecida somente como um exemplo ilustrativo não limitante, em referência aos desenhos anexos.

[0023] A Figura 1 mostra uma modalidade em que o objeto que compreende uma região com a superfície adequada para mostrar uma pluralidade de imagens é uma moeda.

[0024] As Figuras 2a, 2b e 2c mostram três modalidades diferentes das configurações de cavidade, por meio de pirâmides com base triangular, quadrada e hexagonal.

[0025] A Figura 3 mostra uma visão plana de duas cavidades assim como uma seção perpendicular à superfície principal localizada na linha central da perspectiva plana. Setas que permitem descrever as alterações de luz das facetas de acordo com sua inclinação são mostradas na seção.

[0026] A Figura 4 mostra uma vista perspectiva de quatro casos particulares das cavidades que retratam imagens.

[0027] A Figura 5 mostra esquematicamente uma modalidade em que uma área da região em que a pluralidade de imagens é localizada mostra um efeito da alteração progressiva no brilho para uma das imagens devido a alterações menores na orientação do observador.

[0028] A Figura 6 mostra a descrição esquemática de uma região na qual quatro imagens sobrepostas foram definidas.

[0029] A Figura 7 mostra uma vista ampliada de uma imagem em vista perspectiva de uma região com cavidades de acordo com uma modalidade.

Descrição Detalhada da Invenção

[0030] Um primeiro aspecto da invenção é um objeto que compreende uma região (R) de sua superfície adequada para mostrar uma pluralidade de imagens. Em uma primeira modalidade, esse objeto é uma moeda (1) na qual a região (R) adequada para mostrar uma pluralidade de imagens é localizada em pelo menos uma de suas faces.

[0031] Essa região (R) compreende uma pluralidade de cavidades em baixo relevo (1.1) distribuídas de modo regular na dita região (R). As Figuras 2a, 2b e 2c mostram diferentes modalidades em que as cavidades são pirâmides de modo que sua base coincida com a superfície principal da face da moeda (1); e as faces triangulares das mesmas são definidas para dentro de modo que o vértice seja localizado sob a superfície principal. Em outra modalidade, as pirâmides são truncadas e, portanto, não têm nenhum vértice.

[0032] A Figura 2a mostra uma distribuição regular de pirâmides com base triangular, a Figura 2b mostra uma distribuição regular de pirâmides com base quadrada e a Figura 2c mostra uma distribuição regular de pirâmides com base hexagonal. A fim de dedicar a superfície inteira à reflexão como parte de uma das imagens, a distribuição regular é tal que a área de superfície disponível inteira é coberta; entretanto, uma determinada distância de separação poderia existir entre cada uma das cavidades. Esses desenhos também mostraram apenas algumas cavidades; entretanto, é entendido que a superfície da região (R) é coberta pela repetição de um padrão específico. Esse padrão é diferente de acordo com a configuração poligonal da base da pirâmide. O uso de pirâmides com base quadrada, por exemplo, resulta em uma distribuição em linhas e colunas de acordo com uma estrutura Cartesiana; entretanto, o uso de bases hexagonais resulta em três direções principais (que resultarão em 6 imagens possíveis) considerando a projeção no plano principal que coincide com a face da moeda (1).

[0033] Nessa modalidade em que as cavidades (1.1) são pirâmides com base poligonal, cada uma das faces da pirâmide é associada a uma imagem diferente. Essas faces da pirâmide são facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4). As facetas, portanto, são setores planos, nesse caso particular as faces das pirâmides, cada uma das mesmas associada a uma imagem.

[0034] A Figura 3 mostra duas cavidades (1.1) em vista plana em que as cavidades correspondem a uma configuração na forma de uma pirâmide com base quadrada. A base quadrada na boca externa da cavidade (1.1) e as paredes laterais da pirâmide correspondem às facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4). Já que a pirâmide é uma pirâmide com base quadrada e tem 4 faces, uma região formada desse tipo de cavidades (1.1) é capaz de mostrar 4 imagens.

[0035] Nessa modalidade, dois níveis de luz, um primeiro nível de luz e um segundo nível de luz, são usados. Nessa mesma Figura 3, na parte superior da vista plana das duas cavidades, uma seção é mostrada de acordo com um plano perpendicular à superfície principal contida nas bases das pirâmides e passando através dos dois vértices das cavidades.

[0036] Considerando a cavidade (1.1) mostrada na esquerda, cada uma das facetas da dita cavidade tem uma direção normal diferente. Nesse caso, há quatro orientações diferentes. A orientação mostrada pelas quatro facetas da cavidade na esquerda corresponde a um primeiro nível de luz e é o nível associado à inclinação da faceta se a mesma for a faceta que corresponde à pirâmide regular.

[0037] O olho de um observador que recebe a luz refletida a partir de um feixe incidente na primeira faceta lateral (1.1.1) da cavidade (1.1) é mostrado esquematicamente na seção. Com essa orientação da região (R) em relação ao observador, o olho desse observador não receberá a luz refletida a partir de qualquer uma das facetas laterais restantes (1.1.2, 1.1.3, 1.1.4).

[0038] A cavidade (1.1) mostrada na direita mostra uma primeira faceta lateral (1.1.1) a inclinação da qual foi aumentada. A inclinação foi aumentada por meio de uma rotação em relação à borda localizada entre a superfície principal e a faceta lateral (1.1.1). Nesse caso, essa borda também coincide com a borda resultante dessa interseção entre a base da pirâmide e a primeira faceta lateral (1.1.1).

[0039] Nessa modalidade, o aumento na inclinação da primeira faceta lateral (1.1.1) resulta na aparência de três setores (B1, B2, B3) que têm superfícies planas adicionais que servem como as superfícies de conexão entre a primeira faceta lateral (1.1.1) e suas facetas laterais adjacentes (1.1.2, 1.1.4), particularmente, um setor que tem uma superfície triangular (B1) no fundo paralelo à base ou à superfície principal e dois setores que têm superfícies laterais triangulares oblíquas. Esse modo de conectar a primeira faceta lateral (1.1.1), com a inclinação aumentada e, portanto, associada a um segundo nível de luz, e as facetas laterais não é o único. Outros modos para conectar as facetas laterais adjacentes serão descritos em outras modalidades.

[0040] Nessa mesma configuração, na seção que corresponde a essa cavidade (1.1) mostrada no lado direito na Figura 3, observa-se que para um observador localizado na mesma posição que o observador mostrado esquematicamente na cavidade no lado esquerdo e, para um feixe de luz incidente que também vem da mesma direção, a luz refletida não alcança o observador, ao invés disso, nessa modalidade, a mesma atinge a base (B1).

[0041] Em uma modalidade, a base (B1) foi feita de acordo com uma superfície fundida refletindo a luz incidente em um grau menor para diferenciar a um grau maior a diferença entre o primeiro nível de luz e o segundo nível de luz.

[0042] Entretanto, é possível que o feixe incidente acabe na direção em que o observador está, mas essa última direção de reflexão é o resultado de mais reflexões em diversas superfícies da mesma cavidade (1.1). Nesse caso, já que cada reflexão alterará o nível de luz, o usuário perceberá também essa alteração e, portanto, a imagem. Quanto maior a diferença entre o primeiro nível de luz e o segundo nível de luz, maior o contraste da imagem reproduzida.

[0043] Continuando com uma modalidade e usando o caso particular das pirâmides com base quadrada para descrever a invenção em detalhes, já que cada faceta lateral (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) pode reproduzir uma imagem diferente, nesse caso particular 4, é necessário determinar como designar o nível de luz em cada cavidade e em cada faceta para configurar a região (R) resultando em uma superfície que permite a visualização das 4 imagens.

[0044] Nessa modalidade, 4 imagens diferentes são escolhidas: uma primeira imagem que mostra uma letra “M”, uma segunda imagem que mostra um número, uma terceira imagem que mostra um círculo e uma quarta imagem que mostra um símbolo.

[0045] Essas imagens podem, por exemplo, ser retratadas em preto e branco. Como uma imagem digital em preto e branco, os pixels iluminados em branco e outros em preto resultando em duas regiões desconectadas seriam distinguidos, nesse caso cada cavidade (1.1) (na verdade, uma faceta da dita cavidade) realizará a função de um pixel e será também designada a um primeiro nível de luz ou um segundo nível de luz. O primeiro nível de luz, por exemplo, corresponde à cor branca e o segundo nível de luz corresponde ao preto.

[0046] Já que cada cavidade (1.1) tem quatro facetas laterais (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4), a primeira imagem estabelecerá em cada cavidade a inclinação que será adotada pela primeira faceta lateral (1.1.1), aquela mostrada no lado esquerdo na Figura 3 ou aquela mostrada no lado direito na Figura 3, incorporando as superfícies adicionais (B1, B2, B3).

[0047] É possível fazer o oposto alternando-se a inclinação das facetas laterais associadas a ambos os níveis de luz.

[0048] A Figura 4 mostra uma vista perspectiva de uma sequência de 4 cavidades diferentes. A cavidade mostrada no lado esquerdo é uma pirâmide invertida que tem quatro facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) com a mesma inclinação. Esse caso corresponde à situação na qual as quatro imagens requerem mostrar o primeiro nível de luz na dita cavidade.

[0049] A segunda cavidade começando a partir da esquerda é uma cavidade na qual a imagem associada à faceta (1.1.4) localizada na parte superior (em relação à orientação da folha do desenho) exige um segundo nível de luz aumentando- se sua inclinação. Próximas ao vértice há três superfícies triangulares adicionais que estão em transição entre essa faceta lateral (1.1.4) e o resto das facetas laterais (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3) e particularmente a base (B1) do fundo. Essa configuração da faceta lateral (1.1.4) com inclinação aumentada não afeta o nível de luz que o resto das facetas laterais associadas às outras 3 imagens continua a mostrar.

[0050] A terceira cavidade começando a partir da esquerda é uma cavidade na qual duas imagens impõem um grau aumentado de inclinação na faceta lateral superior (1.1.4) e na faceta lateral direita (1.1.3) (em relação à orientação da folha do desenho) para mostrar um segundo nível de luz; e a terceira e a quarta imagens restantes exigem, nessa mesma cavidade (1.1), um primeiro nível de luz e, portanto, não exigem aumentar a inclinação das facetas localizadas no lado esquerdo (1.1.1) e abaixo (1.1.2) (também em relação à orientação da folha do desenho). Nesse caso particular, o número de superfícies de transição foi reduzido estabelecendo-se uma superfície no fundo (B1) comum à faceta superior (1.1.4) e à faceta direita (1.1.3) e somente uma superfície de transição com as superfícies, a inclinação das quais não foi modificada, foi adicionada.

[0051] O efeito técnico de identificar as facetas laterais adjacentes, a inclinação das quais foi aumentada para eliminar as superfícies de interface que saem de um fundo em comum, é a eliminação das bordas na cavidade (1.1) para retratar os mesmos níveis de luz. A redução das bordas em uma imagem é muito importante porque um processo de produção com base em gravação a laser exige a transferência da configuração da superfície por meio de processos de computador e o volume de informações a ser gerenciado é proporcional ao número de bordas e vértices. Embora a resolução de uma imagem seja proporcional ao número de cavidades (1.1) e mesma possa ser alta, o número de bordas confere diversas imagens e confere um número muito grande de informações que podem ainda resultar na saturação dos sistemas de gerenciamento de dispositivo de laser.

[0052] Já foi mencionado que níveis de luz diferentes do primeiro nível de luz podem ser obtidos designando-se uma inclinação aumentada às facetas laterais (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4). Nas modalidades descritas, essa inclinação aumentada é a mesma em todas as cavidades (1.1).

[0053] Em uma modalidade, essa inclinação diferente desta das facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) associadas ao primeiro nível de luz é selecionada de uma maneira específica.

[0054] A Figura 5 mostra uma região retangular (R) na qual cavidades com base quadrada em baixo relevo (1.1) foram dispostas distribuídas em linhas e colunas. Um subconjunto de cavidades que formando um padrão (P) foi identificado a partir deste conjunto de cavidades (1.1). Esse padrão (P), que visando a simplicidade é também retangular, poderia, por exemplo, mostrar uma imagem diferente das quatro imagens mostradas pela região (R) e particularmente diferente da imagem associada às facetas laterais dispostas na parte superior dessa figura e associada à primeira imagem.

[0055] De acordo com essa modalidade, o padrão (P) estabelecerá um subconjunto de cavidades em que a faceta lateral superior (1.1.1), destacada em preto na Figura 5, se de acordo com a primeira imagem deve mostrar um nível de luz diferente do primeiro nível de luz, então o grau de inclinação das facetas laterais superiores (1.1.1) é determinado de acordo com uma função pré- estabelecida.

[0056] O lado direito da figura mostra uma função, as coordenadas da qual são a posição ao longo de uma direção perpendicular a uma distribuição em linhas das cavidades (1.1) localizadas na área retangular do padrão (P) e as abscissas o valor da função. Nesse caso, o valor das abscissas foi identificado como “L” relacionado ao grau de inclinação e, portanto, à luz.

[0057] Essa função, tomada nos pontos que correspondem à posição de uma linha específica, estabelece a inclinação adotada pelas facetas laterais (1.1.1) dessa linha quando a imagem associada às ditas facetas laterais estabelece que o nível de luz é diferente do primeiro nível de luz.

[0058] A Figura 5 mostra com linhas quebradas o sítio em que os valores distintos da coordenada X foram tomados a fim de tomar o valor da função correspondente à dita coordenada. O valor da função discretizada é mostrado com círculos pretos na curva contínua da função.

[0059] Nesse caso, as condições em que as cavidades da região (R) devem verificar são: • As cavidades (1.1) são distribuídas em linhas paralelas a uma borda ou um lado da base da cavidade (1.1).

[0060] Nesse caso, as linhas são consideradas horizontais e, portanto, paralelas à borda superior ou lado da base da cavidade (1.1). Se, por exemplo, as cavidades fossem cavidades com base hexagonal conforme mostradas na Figura 2c, então, a distribuição nas linhas poderia ser horizontal ou também de acordo com duas linhas oblíquas que coincidem com a orientação imposta pelos graus ou lados das bases das pirâmides hexagonais. • Para uma pluralidade de linhas paralelas a uma borda ou um lado da base da cavidade (1.1), pelo menos as facetas de um conjunto de cavidades de uma e da mesma linha que tem uma inclinação associada a um segundo nível de luz diferente do primeiro nível de luz têm a mesma inclinação.

[0061] O conjunto de cavidades de uma e da mesma linha que tem uma inclinação associada a um segundo nível de luz diferente do primeiro nível de luz é o conjunto identificado por meio do padrão (P). A possibilidade de selecionar um subconjunto de cavidades em uma e na mesma linha permite observar um efeito de brilho que pode ser deslocado com a alteração progressiva do usuário na orientação onde esse efeito de brilho pode, por sua vez, ter uma forma diferente dessa da imagem vista pelo usuário. A seleção desse subconjunto de cavidades determina a forma dessa imagem diferente. • A inclinação do conjunto de cavidades com a mesma inclinação pertencendo a diferentes linhas varia progressivamente de linha a linha e ao longo de todas as linhas.

[0062] Um modo simples de retratar a variação progressiva de linha para linha da inclinação das cavidades que têm a mesma inclinação - e não somente uma - é o uso da função retratada no lado direito da Figura 5.

[0063] O comportamento da função altera o modo de variação do efeito de deslocamento de brilho quando o usuário altera sua orientação.

[0064] No exemplo mostrado na Figura 5, o padrão (P) é retangular e a função é uma função contínua. O usuário visualiza uma banda brilhosa naquelas linhas próximas à orientação na qual ele/ela percebe diretamente os feixes refletidos. As linhas afastadas dessas linhas têm um ângulo diferente e são, portanto, mais escuras. Se o usuário alterar levemente a inclinação do objeto, a direção em que os feixes refletidos são percebidos diretamente (onde o usuário observa o brilho) corresponderá às linhas localizadas progressivamente acima ou abaixo da linha anterior. O efeito resultante enquanto o objeto se move é o efeito em que a banda brilhosa desloca de acordo com a alteração na orientação do objeto.

[0065] Cada uma das imagens, pode haver até quatro imagens nessa modalidade, pode ter associado à mesma seu padrão e sua função de variação de inclinação, resultando independentemente também no efeito de variação de brilho.

[0066] Para impedir o efeito pixelizado e melhorar a definição das imagens retratadas, o tamanho característico das cavidades (1.1) deve ser o menor possível. Testes foram executados com protótipos e foi revelado que o resultado é muito bom ao usar pirâmides com base quadrada com dimensões do lado da base entre 0,1 e 0,3 mm, preferencialmente entre 0,15 e 0,20 mm e mais preferencialmente 0,16 mm e uma profundidade do vértice da pirâmide entre 0,04 e 0,08 mm, preferencialmente 0,06 mm.

[0067] Para essas dimensões, usar processos de moagem não produziria resultados corretos já que bordas arredondadas e planos com margens distorcidas seriam obtidos, reduzindo a nitidez e o contraste das imagens retratadas.

[0068] O modo de produção adequado para obter um objeto que incorpora uma região (R) adequada para mostrar uma pluralidade de imagens com tais condições restritivas usa o equipamento de laser em um bloco de aço daqueles usados em ferramentas de trabalho a frio. O laser usado tem características aproximadas de tempo de pulso em nano segundos e um diâmetro de feixe de 10 a 15 μm.

[0069] Entalhamento por meio de um feixe de laser pulsado pode ser executada diretamente na peça final, mas se diversas peças precisarem ser entalhadas, é preferencialmente transferida por meio de calcamento por pressão a uma parte ou matriz intermediária em que a mesma será invertida, com pirâmides em alto relevo e subsequentemente para a parte final, em que será definida com a mesma configuração como o original obtido pelo laser.

[0070] Os testes de calcamento conduzidos foram satisfatórios, o efeito óptico original sendo mantido na peça final.

[0071] O processo de produção foi testado para processos de cunhagem de medalhas e moedas.

[0072] Por meio de exemplo, a Figura 6 mostra esquematicamente uma região (R) demarcada acima e abaixo por dois setores laterais arqueados e dois setores retos. O uso dos termos lados, acima e abaixo deve ser interpretado de acordo com a orientação do desenho. Nessa modalidade, essa região (R) é parte da área de uma face de uma moeda. Quatro imagens são mostradas nessa região (R), cada uma pode ser visualizada a partir de uma orientação diferente, que são sobrepostas na projeção mostrada na Figura 6. O usuário que observa a região (R) observará uma imagem se ele estiver localizado no lado direito, outra imagem se ele estiver localizado no lado esquerdo, outra imagem se ele estiver localizado acima e outra imagem se ele estiver localizado abaixo e o usuário deve sempre estar localizado a uma determinada distância da superfície.

[0073] De acordo com uma modalidade, a região (R) foi coberta com cavidades em formato de pirâmide com base quadrada quando nenhuma das imagens designa um nível de luz diferente do primeiro nível de luz. A Figura 6 é dita ser uma figura esquemática porque aquelas cavidades (1.1) em que todas as facetas laterais (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) são designadas a um primeiro nível de luz são retratadas na mesma com um quadrado. Na verdade, a projeção de uma pirâmide invertida em baixo relevo também mostraria duas diagonais, mas essa descrição esquemática pretende indicar quais facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) são mostradas com um nível de luz diferente do primeiro nível de luz. Essas facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) são aquelas identificadas com um triângulo. Se o triângulo tiver seu lado mais longo para cima no lado de dentro da base quadrada, isso deve ser interpretado que aquela faceta tem uma inclinação diferente daquela adotada quando ela tem um primeiro nível de luz.

[0074] De acordo com essa representação esquemática, cada imagem designa somente um tipo de triângulo: o tipo que tem a base maior acima, abaixo em ambos os lados. Um quadrado terá zero, um, dois, três ou quatro triângulos onde cada sítio associado a uma faceta terá um segundo nível de luz se um triângulo for retratado.

[0075] A Figura 7 mostra um detalhe ampliado de uma imagem da região (R) com as cavidades que foram obtidas após aplicar o motivo com quatro imagens. Nesse caso, o declive aumentado naquelas facetas que devem mostrar um segundo nível de luz resulta em um triângulo na base paralela à base da cavidade (1.1).

Claims (16)

1. Produto (1), compreendendo uma região plana (R) de sua superfície para mostrar uma pluralidade de imagens, tal que cada imagem seja observável por um usuário a partir de uma direção diferente, em que a região plana (R) compreende: • uma pluralidade de cavidades (1.1) em baixo relevo regularmente distribuídas na superfície da região (R); • cada uma das cavidades (1.1) mostra uma pluralidade de facetas laterais (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4), pelo menos uma faceta por imagem, em que cada faceta (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) é associada a um primeiro nível de luz ou a um nível de luz diferente do primeiro; • as facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) que determinam uma imagem e são associadas ao primeiro nível de luz têm a mesma orientação e inclinação em relação à superfície em que a cavidade (1.1) é localizada; e essa orientação é diferente da orientação das facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) de outra imagem diferente, caracterizado pelo fato de que as facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) que determinam cada imagem e são associadas a um nível de luz diferente da primeira tem pelo menos uma superfície de transição para conectar com as facetas adjacentes (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) da mesma cavidade (1.1).

2. Produto (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) que determinam cada imagem e são associadas a um nível de luz diferente do primeiro têm uma inclinação diferente em relação à superfície onde a cavidade (1.1) é localizada.

3. Produto (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as cavidades (1.1) em baixo relevo são formadas pelas facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) de tal modo que se essas facetas (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) forem associadas ao primeiro nível de luz, elas correspondem à face de uma pirâmide, da qual a base é localizada na superfície da região (R) e seu vértice sob a superfície.

4. Produto (1), de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que: • as cavidades (1.1) são distribuídas em linhas paralelas a uma borda ou lado da base da cavidade (1.1), • para uma pluralidade de linhas paralelas a uma borda ou lado da base da cavidade (1.1), pelo menos as facetas de um conjunto de cavidades de uma e da mesma linha tendo uma inclinação associada a um segundo nível de luz diferente do primeiro nível de luz têm a mesma inclinação; e, • a inclinação do conjunto de cavidades, sendo que a mesma inclinação pertence a diferentes linhas, varia progressivamente de linha a linha e ao longo de todas as linhas.

5. Produto (1), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o grupo formado pelos conjuntos de cavidades que compartilham a mesma inclinação por linha e são associadas ao segundo nível de luz, determina um padrão ou uma segunda imagem.

6. Produto (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 5, caracterizado pelo fato de que a base da pirâmide é poligonal e onde as cavidades (1.1) são distribuídas tal que as bases das pirâmides se encaixam juntamente cobrindo a superfície inteira da região (R).

7. Produto (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 5, caracterizado pelo fato de que a base da pirâmide é quadrada.

8. Produto (1), de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que as facetas com a maior inclinação associada a um nível de luz diferente do primeiro nível de luz têm um lado comum com a base da pirâmide e compreendem pelo menos uma superfície de transição com o vértice da pirâmide.

9. Produto (1), de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a superfície de transição adjacente ao vértice da pirâmide tem um grau de reflexão diferente daquele da faceta com a maior inclinação da qual a mesma é uma superfície de transição.

10. Produto (1), de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a superfície de transição adjacente ao vértice da pirâmide é plana e paralela à base da pirâmide.

11. Produto (1), de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que, entre duas facetas adjacentes (1.1.1, 1.1.2, 1.1.3, 1.1.4) associadas a imagens diferentes tendo um grau de inclinação maior do que aquela associada ao primeiro nível de luz, uma transição de canto é estabelecida pela extensão das facetas com a maior inclinação e as superfícies paralelas à base adjacente ao vértice.

12. Punção (2), caracterizada pelo fato de que a mesma compreende uma superfície complementar à superfície da região (R) de um produto, do tipo definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, destinada a gerar por pressão a superfície adequada para mostrar a pluralidade de imagens.

13. Método para gerar uma superfície em uma região de um produto, adequada para mostrar uma pluralidade de imagens, tal que cada imagem seja observável por um usuário a partir de uma direção diferente, caracterizado pelo fato de que o mesmo compreende: • estabelecer uma configuração da superfície formada por uma pluralidade de cavidades (1.1), do tipo definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 12, ou sua complementar, • executar um processo de entalhe a laser na superfície de acordo com a configuração estabelecida.

14. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que o objeto no qual o entalhe a laser é executado é um aço de metalurgia do pó.

15. Método, de acordo com a reivindicação 13 ou 14, caracterizado pelo fato de que o produto no qual o entalhe a laser é executado é uma punção, a configuração da superfície é a configuração complementar; e a punção é usada para gerar por pressão a superfície adequada para mostrar uma pluralidade de imagens em um segundo objeto.

16. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que a imagem a ser retratada é transformada em uma imagem contendo dois níveis de intensidade.

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