BR112014008842B1 - Sistema de detecção e monitoramento de resíduos corporais e método de transmissão de informação de um artigo absorvente - Google Patents
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Abstract
um sistema para a detecção e o monitoramento de resíduos corporais que inclui um produto absorvente e pelo menos uma substância emissora de gás, incorporada no interior do produto absorvente, capaz de emitir um gás após a liberação de fluido corporal. após a ocorrência do fluido corporal, um dispositivo incorporando um composto sensível a gases poderá detectar o gás e sinalizar o ocorrido. o gás também pode ser detectado por um sensor sem contato, ligado a um controlador e a um dispositivo sinalizador, que poderá enviar sinais visuais, sonoros e/ou vibratórios. os alertas podem ser perceptíveis em uma área externa às roupas do usuário ou em uma localização remota, como em um relógio de pulso, rádio, computador e/ou smartphone. o sistema também é capaz de determinar o nível de repleção do produto absorvente e monitorar o tempo durante o qual o produto permaneceu seco. o sistema pode ser usado na educação do uso do vaso sanitário ou nos cuidados com crianças, pessoas portadoras de deficiências, jovens com problemas de incontinência ou com pessoas com idade avançada.
Description
[001] Geralmente, as crianças usam artigos absorventes tais como fraldas, cuecas ou calcinhas de treino e semelhantes, até estarem aptos a usar o vaso sanitário sozinhas. Adultos também podem vestir ou usar produtos absorventes, seja devido a problemas de incontinência, para cuidados femininos ou outras aplicações. Além disso, cuidadores podem usar produtos absorventes, como forrações para camas, enquanto as crianças estão ainda aprendendo a usar o vaso sanitário, ou no cuidado de pessoas doentes ou idosas. Normalmente, os produtos absorventes contêm uma camada permeável no lado que fica em contato com o corpo, uma cobertura externa impermeável e um núcleo absorvente. Geralmente, o núcleo absorvente encontra-se entre a cobertura externa e a camada que recebe e retém os resíduos excretados pelo usuário. O núcleo absorvente pode ser composto de, por exemplo, partículas superabsorventes.
[002] Em um tipo de uso de um produto absorvente, para aprender a usar o vaso sanitário sozinha, uma criança precisa antes aprender a reconhecer quando um resíduo corporal deixa seu corpo, para que possa aprender a usar o vaso, em vez de contar com um produto absorvente para reter os fluidos corporais. Como a saída do excremento pode muitas vezes ocorrer durante uma atividade que mantém a criança distraída, a ponto de fazê-la não perceber, esse reconhecimento pode representar um obstáculo considerável no processo de aprendizado. Além disso, a capacidade de uma criança reconhecer quando ocorre um acidente pode ser prejudicada pelo melhor desempenho das roupas íntimas absorventes descartáveis, capazes de, por exemplo, retirar e manter a urina longe da pele do usuário após a ocorrência de um acidente.
[003] O monitoramento constante de uma criança por um cuidador pode reforçar e melhorar o processo de aprendizagem do uso do vaso sanitário. Portanto, seria benéfico dar ao cuidador um aviso e/ou uma verificação imediata de que houve a liberação de excrementos, o que pode incluir urina ou fezes, para que os pais ou o cuidador possa reforçar as expectativas de aprendizagem da criança, enquanto a ocorrência do fluido ainda estiver recente, para ajudar a criança a aprender a permanecer seca. Diversas tentativas já foram feitas para melhorar os recursos das cuecas e calcinhas de treino. Por exemplo, cuecas ou calcinhas de treino com dispositivos de alteração de temperatura e/ou de alteração dimensional, que oferecem a sensação de mudança de temperatura ou pressão, para alertar a criança que a estiver usando de que ela urinou. Outros auxiliares de treinamento foram usados para alertar o cuidador e/ou a criança de que ela urinou. Tais auxílios de treinamento incluem imagens que desaparecem da cobertura externa das roupas, alarmes sonoros, sensores de vibração e indicadores luminosos que podem oferecer indicações visuais ou outras indicações sensoriais de que a criança urinou.
[004] As cuecas/calcinhas existentes que contam com uma ou mais maneiras de alertar somente quem as usa, ou somente o cuidador, de que ocorreu um acidente, geram longos debates entre a criança e o cuidador, sobre se houve um acidente. Além disso, pode demorar algum tempo até que o acidente seja detectado, e esse atraso pode resultar na perda da oportunidade de educar a criança com eficiência sobre a utilização do vaso sanitário. Um dos primeiros obstáculos a serem vencidos, em proporcionar uma experiência de educação de uso do vaso, é ajudar a criança a reconhecer quando o dejeto deixa seu corpo, pondo fim à negação da criança sobre a ocorrência do acidente. Há uma necessidade, portanto, de se oferecer um produto absorvente adequado, que reforce a experiência da educação de uso do vaso sanitário, tanto para a criança quanto para o cuidador.
[005] Dessa forma, foram sugeridos diversos tipos de indicadores de umidade, presença de líquido ou fezes para uso em produtos absorventes, para detectar a presença de urina ou fezes no interior do produto, para auxiliar na educação. Esses indicadores podem incluir dispositivos de alarme ou sinalização, projetados para auxiliar pais e cuidadores na identificação rápida de uma condição de fralda molhada ou suja. Os dispositivos de indicação produzem sinais visuais ou sonoros.
[006] Em algumas configurações foi adicionado um indicador de umidade em um produto absorvente, para detectar urina e, em outras configurações, foi adicionado um sensor de odor para detectar a presença de fezes. Nessas configurações, foram incorporados materiais condutores no produto absorvente, onde o excremento deveria entrar em contato com os materiais condutores para que o indicador detectasse o acidente. Por exemplo, os materiais condutores servem como terminais condutores de um dispositivo de sinalização e formam um circuito aberto no produto, que pode ser fechado quando um fluido corporal, como a urina o fecha. Entretanto, foram encontrados problemas nos projetos de produtos absorventes com materiais condutores, onde o dejeto tem contato suficiente com os materiais condutores fechando o circuito aberto para alertar imediatamente o usuário ou o cuidador sobre o ocorrido. Portanto, há a necessidade de um método de detecção rápida da ocorrência de dejetos líquidos, dentro do produto absorvente, sem o uso de terminais condutores, para oferecer uma experiência de educação interativa mais eficiente para uso do vaso sanitário.
[007] Além disso, os indicadores que vêm sendo usados para indicar a ocorrência dos acidentes, no interior dos produtos absorventes, são em maioria indicações gráficas no próprio produto absorvente, o que pode tornar difícil para os pais ou o cuidador, ver a sinalização sem despir a criança ou o usuário, e tais sinalizações também podem ser difíceis de serem percebidas pela criança ou pelo usuário. Portanto, há a necessidade de um produto absorvente melhor e um método aprimorado para alertar cuidadores e/ou usuários de que houve um acidente, para permitir o monitoramento constante e a habilidade de reagir e/ou reforçar o comportamento de forma adequada. Além disso, há a necessidade de um sistema capaz de monitorar continuamente o tempo decorrido no estado seco do absorvente, fornecendo essa informação aos pais, cuidadores e/ou o usuário, permitindo que recompensem a criança/usuário por manterem o produto seco.
[008] De uma forma geral, o objeto da presente publicação é um sistema que contém um produto absorvente, pelo menos uma substância emissora de gás e pelo menos um dispositivo formado por um composto sensível a gases, assim como um método de transmissão de informações para um cuidador, usuário e/ou quem estiver utilizando o produto absorvente.
[009] O sistema de detecção e monitoramento de secreções corporais pode conter um artigo absorvente, pelo menos uma substância emissora de gás dentro do produto absorvente e pelo menos um dispositivo associado ao produto absorvente. A substância emissora de gás será capaz de emitir pelo menos um gás quando o produto absorvente entrar em contato com uma substância líquida. O gás pode ser emanado quando qualquer secreção corporal, como urina, fezes, fluxo menstrual ou suor, entrar em contato com uma substância emissora de gás dentro de um produto absorvente. O dispositivo associado ao produto absorvente, que pode ser formado por pelo menos um composto sensível a gases, pode alterar sua aparência quando o dispositivo entrar em contato com pelo menos um gás. De acordo com a presente descrição, o dispositivo associado ao produto absorvente não fica localizado necessariamente no interior do produto absorvente propriamente dito, desde que o dispositivo esteja suficientemente próximo do produto absorvente, para que o gás emanado pelo produto absorvente, na ocorrência de um acidente, cause alteração na aparência do produto, como uma alteração na cor.
[010] Em oura configuração, o sistema pode ser formado, por exemplo, por uma substância emissora de gás, em que a primeira substância emissora de gás emanará um primeiro gás quando o produto absorvente entrar em contato pela primeira vez com um líquido, e uma segunda substância emissora de gás emanará um segundo gás, quando o produto absorvente estiver se aproximando de sua capacidade máxima de absorção. O sistema pode também conter pelo menos um dispositivo associado ao produto absorvente, formado por pelo menos dois compostos sensíveis a gases. A aparência de um dispositivo poderá então se alterar de uma maneira quando o dispositivo entrar em contato com o primeiro gás, e poderá se alterar de uma segunda maneira diferente quando entrar em contato com o segundo gás.
[011] A substância emissora de gás do produto absorvente pode ser formada por aldeídos, éster benzílico, fenóis, ISO ROSE, bicarbonato de sódio, bicarbonato de cálcio, ou bicarbonato de potássio. O gás emitido por uma das substâncias emissoras de gás pode ser o dióxido de carbono. A substância emissora de gás pode ser formada por bicarbonato de sódio e ácido cítrico e pode vir na forma de pós, partículas, flocos, fibras, aglomerados, grânulos, esferas, tabletes, cápsulas, revestimentos ou loções.
[012] Em uma configuração, o dispositivo associado ao produto absorvente pode estar suficientemente próximo do produto absorvente para detectar pelo menos um gás. O composto sensível ao gás pode ser formado por um indicador de pH, um umectante, um composto básico, um álcool de cadeia curta e água. O indicador de pH pode conter fenolftaleína, timolftaleína, alfa-naftolftaleína ou o-crisoftaleína. O umectante inclui etanolamina, (poli)alquilenoglicóis ou glicerol. O composto básico inclui hidróxido de sódio, carbonato de sódio ou acetato de sódio. O álcool de cadeia curta inclui metanol, etanol, propanol ou butanol.
[013] O sistema de detecção e monitoramento de fluidos corporais pode envolver ainda um sensor de gás sem contato, em que o sensor monitore o nível de concentração de gás.
[014] O sistema pode conter também um dispositivo controlador e um sinalizador. O controlador pode ser configurado para detectar uma alteração acima de um limiar no nível de concentração do gás, quando o produto absorvente estiver em contato com fluidos corporais. Um aumento na concentração do gás pode indicar a presença de fluidos corporais. O controle pode ser ainda configurado para monitorar constantemente o tempo em que o produto absorvente permanecer seco. O dispositivo de sinalização pode então alertar o usuário, o cuidador ou uma combinação de ambos, sobre a presença de fluidos corporais dentro do produto absorvente, o tempo durante o qual o produto permanecer seco, ou ambos.
[015] Em uma configuração posterior, o dispositivo de sinalização pode gerar pelo menos um alerta, selecionado de um sinal sonoro, um sinal vibratório, um sinal visual ou uma combinação destes. O alerta pode ser transmitido para um relógio de pulso, rádio, smartphone ou computador em um local remoto. O computador, smartphone ou uma combinação de ambos, pode ser adaptado para receber dados do dispositivo de sinalização, gerar um relatório empregando uma parte dos dados e dar ao usuário o acesso aos dados e um relatório. O dispositivo de sinalização pode também ser desativado no produto absorvente, próximo dele ou remotamente. O sistema pode também conter uma unidade protetora, contendo o sensor de gás sem contato, o controlador e o dispositivo de sinalização, de modo que a unidade de proteção esteja próxima o suficiente ao absorvente para detectar o gás.
[016] Em ainda outra configuração, a presente publicação descreve um dispositivo de sinalização composto por uma substância sensível a gases, um sensor de gás sem contato e um controlador. O composto sensível ao gás permite que o dispositivo de sinalização se altere quando o dispositivo de sinalização estiver em contato com o gás emitido pela substância emissora de gás, dentro do produto absorvente, quando este estiver em contato com fluidos corporais. O sensor de gás sem contato pode monitorar os níveis de concentração de gás. O controlador pode ser configurado para detectar alterações acima de um limiar no nível de concentração do gás, quando o produto absorvente estiver em contato com fluidos corporais. Além disso, o controlador poderá ser configurado para monitorar constantemente o tempo em que o produto absorvente permanecer seco. O dispositivo de sinalização pode então alertar o usuário, o cuidador ou uma combinação de ambos, sobre a presença de fluidos corporais dentro do produto absorvente, que o produto está cheio e por quanto tempo o produto permanece seco.
[017] A presente publicação descreve também um método de transmissão de informações para o usuário do produto absorvente, cuidador ou uma combinação de ambos. O método pode envolver o monitoramento de um gás emanado de uma substância emissora dentro do produto absorvente. A substância emissora de gás será capaz de emitir pelo menos um gás quando o produto absorvente entrar em contato com uma substância líquida. O método pode também envolver o alerta do usuário, cuidador ou de uma combinação de ambos sobre a presença do fluido corporal.
[018] Em outra configuração, o método pode envolver o monitoramento da presença de um primeiro gás, onde a substância emissora do primeiro gás poderá emitir o gás quando o absorvente entrar em contato pela primeira vez com um fluido corporal, e o monitoramento da presença de um segundo gás, e uma substância emissora de um segundo gás, quando a capacidade de absorção do absorvente estiver se aproximando do limite. O método pode também envolver o fornecimento de informações ao usuário, ao cuidador ou a ambos. A informação pode ser fornecida por um dispositivo associado ao produto absorvente, em que um dispositivo associado ao absorvente contará com duas composições sensíveis a gases. A aparência de um dos dispositivos pode então se alterar de uma maneira quando o dispositivo entrar em contato com o primeiro gás, e poderá se alterar de uma segunda maneira diferente quando entrar em contato com o segundo gás.
[019] Em uma outra configuração do método de transmissão de informação, um sensor de gás sem contato poderá detectar a presença de um gás quando o absorvente entrar em contato com um fluido corporal. Um controlador poderá ser configurado para detectar uma alteração acima de um limiar no nível de concentração de gás, e poderá ser configurado para monitorar constantemente o tempo em que o produto absorvente permanecer seco. Um dispositivo de sinalização poderá também alertar o usuário, o cuidador ou ambos, sobre a presença de fluidos corporais dentro do produto absorvente, por quanto tempo o produto permaneceu seco, ou ambos. O dispositivo de sinalização pode gerar pelo menos um alerta, selecionado de um sinal sonoro, um sinal vibratório, um sinal visual ou uma combinação destes, e o alerta pode ser transmitido para um relógio de pulso, rádio, smartphone, computador ou uma combinação destes de uma localização remota. O alerta pode ser perceptível fora do produto absorvente e até mesmo fora das roupas do usuário, e pode ser desativado no absorvente, próximo dele ou remotamente.
[020] Em uma configuração, o computador ou smartphone pode ser adaptado para receber dados do dispositivo sinalizador, gerar um relatório com uma parte dos dados e dar ao usuário o acesso aos dados e a um relatório. O usuário, cuidador ou ambos podem receber informações de um relatório com o número de fluidos presentes no produto absorvente. O usuário, cuidador ou ambos, podem também receber informações de um relatório, indicando o quanto um absorvente está cheio e pode também fornecer informações que indiquem por quanto tempo um absorvente permaneceu seco, de modo a monitorar e facilitar o treinamento da utilização do vaso sanitário.
[021] Outros recursos e aspectos da presente publicação estão discutidos com mais destalhes abaixo.
[022] Uma publicação completa e informativa, incluindo os melhores métodos para pessoas com habilidades comuns na área, está apresentada com maiores detalhes na especificação, incluindo referências às figuras complementares, onde:
[023] A Figura 1 é uma vista superior do produto absorvente, contendo uma substância emissora de gás no interior do absorvente, na região do fluido, que emite um gás quando o absorvente entra em contato com o fluido.
[024] A Figura 2 é uma vista superior de um absorvente contendo uma substância emissora de gás em torno do perímetro do absorvente, no interior do núcleo do absorvente, que emite um gás quando o absorvente indica estar cheio, com um ou mais fluidos no interior do absorvente.
[025] A Figura 3 é uma vista em perspectiva de um absorvente contendo uma substância emissora de gás na superfície externa do absorvente, que emite um gás quando o absorvente indica estar cheio, com um ou mais fluidos no interior do absorvente.
[026] A Figura 4 é uma visão comparativa de um dispositivo, que o usuário de um absorvente pode usar para determinar se houve acidente com fluido corporal e/ou para determinar se o absorvente está cheio.
[027] A Figura 5 é uma vista em perspectiva de uma configuração da presente publicação, incluindo a configuração de uma unidade protetora com um sensor de gás sem contato, um controlador e um dispositivo sinalizador que um usuário do produto absorvente poderá usar para determinar se houve a ocorrência de fluido corporal, ou para monitorar constantemente e determinar por quanto tempo um produto absorvente permaneceu seco.
[028] A Figura 6 é um diagrama em blocos de uma configuração de uma unidade de proteção, que pode conter um sensor de dióxido de carbono, um controlador e um dispositivo de sinalização, que podem ser localizados na abertura da cintura ou na borda de um absorvente, ou podem transmitir um sinal para um rádio, um computador, um smartphone ou um indicador visual/tela, que estejam na unidade de proteção ou próximo dela.
[029] A Figura 7 é um diagrama de blocos, mostrando como uma configuração de um dispositivo de sinalização pode transmitir dados para um computador ou smartphone, que poderá então sinalizar o usuário e/ou cuidador sobre a presença de fluido e gerar relatórios que poderão ser acessados pelo usuário ou cuidador.
[030] A Figura 8 é uma configuração de um mecanismo para prender uma unidade de proteção a um produto absorvente, de acordo com a presente publicação.
[031] A Figura 9 é outra configuração de um mecanismo para prender um dispositivo de sinalização a um produto absorvente, de acordo com a presente publicação.
[032] As referências serão agora apresentadas em detalhes sobre vários e alternativos exemplos de configurações e sobre os desenhos complementares, com valores representando elementos estruturais consideravelmente idênticos. Todos os exemplos são apresentados para fins de explicação, não como limitações. Na verdade, ficará evidente para os especialistas da área que as modificações e variações poderão ser feitas sem sair do escopo ou do espírito da configuração e das reivindicações. Por exemplo, os recursos descritos como parte de uma configuração poderão ser usados em outra configuração, para gerar uma nova configuração. Dessa forma, a intenção é que a presente publicação inclua modificações e variações, dentro do escopo das reivindicações e seus equivalentes.
[033] De uma forma geral, a presente publicação é direcionada a um sistema e um método de fornecimento de informações sobre um produto absorvente para um cuidador ou usuário. As informações podem ser vinculadas à ocorrência de fluidos corporais dentro de um produto absorvente, como uma fralda ou uma cueca/calcinha de treino, usados por uma criança, ou por outra pessoa, como forros de camas. Embora muitas das figuras apresentem a configuração de uma cueca de treino infantil, deve-se entender que podem ser usados outros produtos absorventes, como forros de camas e produtos para problemas de incontinência para adultos ou jovens. O produto absorvente também pode ser, por exemplo, um produto de higiene feminina, um item do vestuário médico, bandagens e semelhantes. Embora a presente publicação discuta a utilização do sistema e do método para a educação interativa do uso do vaso sanitário como uma de suas aplicações, as configurações podem ter aplicações fora do contexto da educação, como o monitoramento de roupas em excesso, febre, ou umidade em qualquer ambiente. A presente publicação pode também ter múltiplas aplicações no próprio contexto de treino de uso do vaso sanitário, e em uma configuração pode ser usada no assento do vaso ou no chão em torno do vaso sanitário, para detectar quando uma criança errar o vaso ao urinar, enquanto estiver aprendendo a usar o toalete.
[034] O produto absorvente para treinamento interativo do uso do vaso pode conter um composto emissor de gás, que funcione em conjunto com um dispositivo que pode conter uma tinta sensível a gases, de modo a alertar o cuidador ou o usuário sobre a ocorrência de fluido corporal. Em outra configuração, pode incluir um sensor eletrônico de gás que pode ser configurado para indicar a presença de fluido corporal, por meio do uso de sinais sonoros, vibratórios e/ou visuais, além da tinta. Pode também enviar alertas sem fio para um rádio, computador ou smartphone. Também é possível que o dispositivo contenha uma tinta sensível a gases e que o sensor eletrônico seja usado em conjunto, para alertar o usuário e/ou o cuidador quando estes não estiverem próximos para notar a alteração no dispositivo que utiliza tinta sensível ao gás. O sensor eletrônico poderá ser acondicionado, em conjunto com um controlador e um dispositivo de sinalização, no interior de uma unidade protetora com meios de fixação, por exemplo, na abertura ou próximo da abertura na cintura de uma cueca/calcinha de treino ou de um produto para incontinência, ou na borda de forros para camas. Contudo, dependendo do grau de sensibilidade dos sensores que puderem ser usados, não será preciso fixar no próprio produto absorvente para detectar a presença de fluido. Por exemplo, o usuário do absorvente pode usar um crachá, relógio de pulso, adesivo, tatuagem ou outro dispositivo que poderá conter a tinta sensível a gases. O sensor eletrônico e o dispositivo que incorpora um composto sensível a gases, em vez de um sensor eletrônico, pode não precisar ficar muito próximo do produto, desde que esteja suficientemente próximo para detectar os gases emanados de uma ou mais substâncias emissoras de gases, dentro do produto absorvente. Por exemplo, o sensor eletrônico de gás e/ou dispositivo com composto sensível a gases pode ser posicionado dentro de um raio de 12 polegadas do produto absorvente, ou pode ser posicionado ainda mais distante do produto absorvente. Deve-se notar que o dispositivo que incorpora a tinta sensível a gases pode ser usado em combinação com o sensor eletrônico, para proporcionar diversos tipos de alertas, conforme descrito acima. Normalmente, o próprio produto absorvente pode ser descartável, o que significa que foi projetado para ser descartado após um tempo limitado de uso, em vez de ser lavado ou de outra forma restaurado para uso. Além disso, o dispositivo que contém a tinta sensível a gases pode ser descartável ou reutilizável, e o sensor eletrônico de gases pode ser projetado para ser reutilizável.
[035] Em uma configuração, um produto absorvente pode conter uma substância emissora de gases, que emitirá um gás quando houver a presença de algum fluido corporal, como urina ou fezes, e o dispositivo que contiver tinta/composto sensível a gases ou o sensor eletrônico de gases pode monitorar o gás emitido da substância emissora de gases. Uma vantagem da adição de uma substância emissora de gases é que o volume do gás produzido, imediatamente após a ocorrência do fluido, pode ser tão alto que o fluido pode ser detectado mais rapidamente do que se somente os gases associados ao fluido estiverem presentes. Os gases associados a urina ou fezes podem não estar presentes em quantidades tão altas quanto os gases associados às substâncias emissoras de gases, o que pode fazer com que a detecção dos fluidos seja mais demorada. Por outro lado, o gás associado à substância emissora de gases pode se formar quando o líquido entrar em contato com o produto absorvente, mesmo em pequenas quantidades. Grandes quantidades de gases podem ser produzidos, e podem se espalhar rapidamente e atingir o dispositivo que contiver um composto sensível a gases, ou um sensor eletrônico de gases nas proximidades.
[036] Por exemplo, a mistura de bicarbonato de sódio e ácido cítrico, ou outra substância que possa emanar um gás, poderá ser colocada no produto absorvente durante o processo de fabricação, ou em algum momento antes de o produto absorvente ser utilizado pelo consumidor. As substâncias que podem ser incluídas no produto absorvente poderão vir na forma de pós, partículas, flocos, fibras, aglomerados, grânulos, esferas, tabletes, cápsulas, revestimentos ou loções, e poderão ser ou não encapsuladas. Por exemplo, para obter uma reação, um pó ou partículas da substância emissora de gases poderá ser colocada no interior de um material composto do produto absorvente, ou em um material separado que poderá ser introduzido no produto absorvente, como um forro da calça. O contato dos fluidos corporais com o pó ou as partículas provocará uma reação que produzirá um gás.
[037] Para obter uma reação mais demorada, que pode ser usada para detectar a quantidade de fluido no interior de um produto absorvente, um filme micro-encapsulado ou uma cápsula contendo a substância emissora de gases pode ser colocada dentro do produto absorvente. Opcionalmente, uma substância emissora de gases poderá ser colocada diretamente na região dos fluidos, como na região da virilha, enquanto outra substância emissora de gases poderá ser colocada na parte externa do material absorvente ou em torno das bordas do material absorvente, dentro do produto. As substâncias emissoras de gases também podem ser colocadas em anéis concêntricos, e cada um poderá produzir um gás para disparar uma reação diferente, como alterações de cores. Assim, compostos sensíveis a gases variados poderão ser colocados em um ou mais dispositivos, para indicar o quão cheio se encontra o interior do produto absorvente. Dessa forma, o usuário e/ou o cuidador poderão distinguir entre a presença de um fluido e o fato de o absorvente estar próximo de sua capacidade máxima. Além disso, podem-se usar diversos sensores de gás vinculados a alertas sonoros, vibratórios e/ou visuais diferentes, para determinar a ocorrência de fluido ou se o produto está próximo de sua capacidade máxima.
[038] Em alguns aspectos, a substância emissora de gases pode ser encapsulada em um material protetor solúvel em água. Por exemplo, se a substância emissora de gases contiver um ácido e uma base, o ácido e a base poderão ser encapsulados separadamente em um material de encapsulamento solúvel, para manter os componentes separados até que sejam molhados. Opcionalmente, os componentes do ácido e da base podem ser encapsulados juntos, se a reatividade entre o ácido e a base na ausência de um líquido aquoso não for um problema. Um surfactante opcional também pode ser encapsulado em separado, ou pode ser encapsulado com o ácido e/ou a base neste exemplo. O material protetor usado para o encapsulamento pode ser corretamente construído a partir de um material que vai liberar a substância emissora de gás, no contato com líquidos como urina, fluidos complexos ou outros fluidos corporais. Os líquidos aquosos podem fazer com que o material protetor se dissolva, disperse, inche ou desintegre, ou o material protetor pode ser permeável, de modo que ele desintegrará ou descarregará o material encapsulado no contato com líquidos.
[039] Materiais protetores adequados incluem polímeros baseados em celulose (como etilcelulose), materiais baseados em carboidratos (como amidos e açúcares) e materiais derivados desses (como dextrina e ciclodextrina), assim como outros materiais compatíveis com tecidos humanos. Filmes solúveis em água, como álcool polivinílico e filme polissacarídeo, disponíveis na MonoSol, LLC em Merrillville, Indiana, podem ser usados para encapsular a substância emissora de gases. A espessura da proteção ou do filme pode variar, dependendo da substância que estiver encapsulada, e geralmente é fabricada de modo a permitir que a substância encapsulada seja coberta por uma fina camada do material de encapsulamento, que poderá ser um laminado com mono camada ou mais espesso, ou poderá ser uma camada composta. A camada deverá ser suficientemente espessa para ser resistente contra rachaduras ou quebras da proteção durante o manuseio, o transporte do produto, ou durante o uso, o que resultaria na quebra do material de encapsulamento. O material protetor também deve ser construído de tal forma que a umidade vinda da atmosfera durante o armazenamento, transporte ou uso, não cause o rompimento da camada de micro-encapsulamento. Em alguns aspectos, pelo menos uma das camadas de estímulo pode ser formada por um aditivo benéfico, que proporcione benefício adicional ao usuário. Exemplos de benefícios adicionais incluem surfactantes, partículas de resinas de troca de íons, umectantes, emolientes, perfumes, modificadores de fluidos, aditivos de controle de odores, tampões de pH para a pele, aditivos de cuidados vaginais, materiais protetores para a pele, vitaminas, medicamentos e outros semelhantes.
[040] O composto emissor de gases também pode ser colocado na superfície do produto absorvente, para facilitar a notificação mais rápida da ocorrência do fluido, porque quanto menos camadas o gás tiver que atravessar no produto absorvente, mais rápido o gás poderá atingir a tinta sensível ou o sensor, para alertar a criança ou o cuidador sobre a ocorrência.
[041] Como já mencionado, embora a substância emissora de gás possa ser incorporada no próprio produto absorvente, sendo espalhada ou introduzida de alguma outra maneira no núcleo do absorvente, ela também poderá ser incorporada em um material como um forro de calça, que possa ser adicionado ao produto absorvente posteriormente, independente da forma da substância emissora de gás (pó, partícula, flocos, fibras, aglomerados, grânulos, esferas, tabletes, cápsulas, revestimentos, loções, etc.). Diante da ocorrência de fluido corporal, a substância emissora de gás, que pode ser uma mistura de bicarbonato de sódio com ácido cítrico, por exemplo, pode emitir um gás que não está presente na urina ou nas fezes. Esse gás pode ser dióxido de carbono ou outro, e quando o gás for gerado e espalhado, poderá então ser detectado por meio de uma reação com um composto sensível a gases ou um sensor de gás sem contato para o gás específico, como dióxido de carbono. O gás pode ser produzido após uma reação entre ácido e base. Isso exige um ácido e uma base, embora possa também incluir substâncias anfotéricas que possam reagir como ácido ou base.
[042] Por exemplo, o bicarbonato de sódio é um composto anfotérico que faz com que soluções aquosas se tornem levemente alcalinas. A reação do bicarbonato de sódio com o ácido cítrico resulta em um sal e ácido carbônico, que se decompõe rapidamente em dióxido de carbono e água. Por exemplo, quando um grama de uma mistura de bicarbonato de sódio e ácido cítrico foi aplicada a um produto absorvente e foram introduzidos 10 mililitros de água deionizada, o dióxido de carbono resultante teve um volume de 130 mililitros. A reação será a mesma e produzirá a mesma quantidade de dióxido de carbono com a urina, em vez de produzir também água deionizada. O grande volume de dióxido de carbono produzido pode oferecer a vantagem de que o dispositivo com a tinta sensível a gases, ou o sensor eletrônico de gás, pode ser posicionado nas roupas externas do usuário do absorvente, devido à quantidade de gás gerado e à sua capacidade de espalhar-se por grandes distâncias, o que significa que pode ser mais fácil para o usuário ou cuidador notar a ocorrência de fluido. Em outras palavras, um pequeno volume de fluido pode provocar a geração de grande quantidade de gás, o que pode levar à detecção quase imediata, mesmo que o dispositivo com a tinta sensível a gases, ou o sensor eletrônico de gás, não estejam ligados ao produto absorvente que contém a substância emissora de gás. Observe que, embora o gás produzido pela reação do bicarbonado de sódio e do ácido cítrico com um fluido possa ser dióxido de carbono, a presente publicação não está limitada ao uso apenas de bicarbonado de sódio e do ácido cítrico para produzir o dióxido de carbono. Outras substâncias podem ser usadas, como aldeídos, éster benzílico, fenol, ISO ROSE, outros ingredientes com aromas e etc., que podem ser encapsulados em uma membrana solúvel em água, como álcool polivinílico e filme polissacarídeo. Além disso, bicarbonatos como sódio, cálcio, potássio, etc., podem ser usados para gerar um gás,como dióxido de carbono, que pode ser detectado por um composto sensível a gases, embora o gás emitido não tenha que ser dióxido de carbono.
[043] Um processo pelo qual a substância emissora de gás pode ser incorporada em um artigo absorvente está descrito no pedido de patente dos EUA 2011/0152806A1 publicado em 23 de junho de 2011 por Zhou, et al., aqui incorporado como referência, embora outros processos conhecidos pelos especialistas da área possam ser usados. Além disso, verifique o texto abaixo na discussão da Figura 1 para ver uma descrição sobre como a substância emissora de gás pode ser incorporada ao produto absorvente.
[044] Quando um líquido entrar em contato com a substância emissora de gás, que poderá ser mas não se limita à mistura de bicarbonado de sódio e ácido cítrico, o gás produzido poderá então ser detectado, por exemplo, por um composto ou uma tinta sensível a gases. Qualquer substância não tóxica poderá ser usada, desde que o gás produzido na presença de fluido seja diferente dos gases produzidos pelo próprio fluido. Dessa forma, o dispositivo de detecção, como um dispositivo que incorpore uma tinta sensível a gases, ou outro dispositivo, não funciona como um detector químico de um tipo particular de fluido, mas em vez disso detecta um gás diferente, que é produzido como resultado de uma reação entre um fluido e uma substância diferente dentro do produto absorvente.
[045] O dispositivo que contém a tinta sensível a gases pode ser um crachá, um relógio de pulso, um adesivo ou outro dispositivo que a criança pode usar por fora da roupa. Normalmente, uma imagem como uma estrela, uma flor, um arco- iris ou outra imagem que seja agradável para as crianças, pode estar presente no dispositivo, desde que não haja fluido no produto absorvente. Contudo, quando ocorrer a presença do fluido, a imagem poderá desbotar, desaparecer ou se transformar em outra imagem não agradável para as crianças, como um círculo negro ou marrom, embora não se limitando a esse exemplo, já que a tinta usada na imagem reagirá com o gás da substância emitida. Por outro lado, poderá aparecer uma imagem onde não havia qualquer imagem antes para indicar a presença de fluido. Por exemplo, poderia ser usado um crachá ou adesivo exibindo uma estrela ou um rosto sorrindo e, assim, na ocorrência de fluido a estrela desapareceria ou o rosto poderia se alterar para uma expressão triste. A expressão triste poderia surgir quando um gás fosse emitido após o contato do fluido com uma tinta ou composto sensível ao gás. Além disso, as imagens no dispositivo, contendo um composto sensível ao gás, podem se alterar à medida que níveis diferentes de repleção forem atingidos dentro do produto absorvente, e poderiam ser usados gases diferentes para causar alterações diferentes de cores, para distinguir entre um fluido e um nível de repleção. Combinações de tintas que surgem e desaparecem podem, dessa forma, serem usadas isoladamente ou combinadas, para alertar o cuidador ou o usuário sobre a presença de fluido corporal ou os níveis de repleção no interior do absorvente. As diversas manifestações do dispositivo, com base na presença ou ausência de um fluido ou de um nível de repleção, podem ser usadas na educação do uso do vaso sanitário como reforços positivos ou negativos. Além disso, o dispositivo pode ser usado na parte externa da roupa do usuário ou da criança, pois o gás gerado será suficiente para atingir a área do lado de fora do absorvente, como um objeto localizado a 12 polegadas ou possivelmente mais longe. Por exemplo, a criança pode usar um crachá em uma camisa ou calça, ou um relógio no pulso, ou o crachá ou outro dispositivo pode ser colocado próximo à criança em um forro de cama. Isso pode permitir que os pais, o cuidador ou o usuário, assim como a criança, monitorem a presença de fluidos e, da mesma forma, o nível de repleção no interior do produto absorvente.
[046] Em uma configuração, os componentes ou tintas usados no dispositivo podem ser sensíveis a dióxido de carbono, quando uma mistura de bicarbonato de sódio e ácido cítrico for usada como substância emissora de gases, embora outros compostos que reagem com outros gases emitidos por diversas outras substâncias possam também ser usados, isoladamente ou em combinação uns com os outros. Os principais componentes das tintas que podem reagir com o dióxido de carbono são sais alcalinos, água, alcoóis mais fracos e indicadores de pH com alteração de cores, apresentando transições de cores variando de 8 a 10. Quando a tinta da superfície for exposta ao dióxido de carbono em níveis superiores aos atmosféricos, os sais alcalinos poderão reagir com o dióxido de carbono, o que levará à produção de ácidos. A geração de ácidos poderá resultar em uma alteração no pH e, assim, em uma alteração de cor no dispositivo, como um crachá, um relógio de pulso ou um adesivo. Essa tecnologia de tintas é barata e está disponível comercialmente, podendo haver uma seleção variada de compostos disponíveis para uso com a tinta. Além disso, a cor poderá ser bastante ajustável se o indicador correto de pH for incorporado à tinta.
[047] Por exemplo, uma tinta baseada em dióxido de carbono, cuja cor desaparece ou desbota à medida que a tinta reage com dióxido de carbono, pode conter os seguintes componentes: indicadores de pH apropriados, agentes anti- ressecamento ou umectantes, compostos básicos apropriados, alcoóis de cadeia curta e água. Os indicadores de pH apropriados podem incluir fenolftaleína, timolftaleína, alfa-naftolftaleína ou o-crisoftaleína e outros semelhantes. Os possíveis umectantes podem ser etanolamina, (poli)alquilenoglicóis, glicerol e semelhantes. Os compostos básicos apropriados incluem hidróxido de sódio, carbonado de sódio e acetado de sódio, entre outros. Além disso, os alcoóis de cadeia curta adequados podem incluir metanol, etanol, propanol, butanol, etc.
[048] Para as tintas capazes de desaparecer ou desbotar quando houver uma reação com dióxido de carbono, um indicador de pH poderá ser necessário, que apresente uma alteração de cor clara entre a transição básica para neutra do pH. Por exemplo, podem ser usados indicadores baseados em ftaleína, já que produzem transições de cores perceptíveis em reduções de pH de 10 para cerca de 7. Por exemplo, alfa-naftolftaleína apresenta uma faixa de pH de 7,3 a 8,7 e uma transição de cor de marrom avermelhado par azul/verde. A o- crisoftaleína apresenta uma faixa de pH de cerca de 8,2 a 9,8 e uma variação de cores do incolor ao roxo. A fenolftaleína apresenta uma faixa de pH de cerca de 8,3 a 10 e uma variação de cores do incolor ao violeta. A timolftaleína apresenta uma faixa de pH de cerca de 9,3 a 10,5 e uma variação de cores do incolor ao azul. Além disso, outros indicadores podem ser usados como tintas que desaparecem, desde que apresentem alterações perceptíveis de cores durante a transição do pH básico ao neutro. As composições da tinta podem ser preparadas com etanolamina, trietanolamina, n-metiletanolamina, N-(beta- aminoetil)etanolamina, dietiletanolamina, glicerol, etilenoglicol e polietilenoglicol e misturas destes, como respectivos agentes anti-ressecamento.
[049] Uma vantagem da presente publicação é que o gás emitido de uma substância emissora de gases, que pode ser localizado dentro ou sobre o produto absorvente, será emitido em concentrações muito altas e reagirá com o composto sensível a gases, de modo que haverá menos chances de leituras falsas provocadas pelos baixos níveis de umidade ou flatulência, que não necessariamente indicariam a presença de um fluido dentro de um produto absorvente. Além disso, para que o gás a ser detectado seja gerado, deve haver a ocorrência de fluido corporal, dessa forma reduzindo o risco dos falsos positivos que podem ocorrer em outros dispositivos. A inscrição do pedido de patente dos Estados Unidos intitulada “Absorbent Articles with Multiple Active Graphics” de Ruman, et al. e que recebeu o número de série 12/976.734, descreve as diversas tintas que também podem ser usadas com produtos absorventes, e está aqui incorporada como referência. Os compostos descritos em Ruman, et al. podem ser inicialmente incolores e manifestarem cores a partir de um estado originalmente incolor, ou podem manifestar-se inicialmente coloridos e desaparecer na ocorrência de fluido. Esses compostos ou tintas podem ser usados sozinhos ou combinados com as composições que desaparecem, descritas acima, no projeto das imagens ou desenhos que poderão aparecer no próprio produto absorvente, assim como em um dispositivo como um crachá, um relógio de pulso ou um adesivo, na presença de fluido. A tecnologia de pigmentos que pode ser usada está melhor descrita na publicação do pedido de patente dos Estados Unidos número 2010/0030173 de Song, et al., intitulada “Absorbent Products with Wetness Sensors,” aqui incorporado como referência.
[050] Além de usar um dispositivo contendo tinta ou um composto sensível a gases para sinalizar a presença de fluido, a presente publicação pode também usar um sensor de gás sem contato, isolado ou combinado com o dispositivo, que utilize a tinta ou o composto sensíveis a gases. O sensor de gases pode ser capaz de detectar gases que podem se emitidos por pelo menos uma substância emissora de gases, quando o fluido entrar em contato com essa substância. Por exemplo, um gás que pode ser emitido é o dióxido de carbono. O sensor de gases pode ser configurado para também detectar gases associados ao fluido.
[051] Uma criança, um usuário ou cuidador, pode monitorar as condições dentro de um produto absorvente, por meio do uso de um sensor de gás sem contato, um controlador, um dispositivo de sinalização, um transmissor e um receptor. O controlador pode ser um microprocessador, como um analisador de dados multicomponentes. O sensor de gás sem contato, o controlador e o dispositivo de sinalização podem ser dispostos em uma única unidade de proteção. Em outra configuração, o sensor de gás sem contato, o controlador e o transmissor podem ficar separados uns dos outros (ou seja, não contidos em uma única unidade de proteção). O sensor de gás sem contato pode monitorar um gás emitido por uma substância emissora de gás, após a ocorrência de fluido corporal no interior do produto absorvente. O gás que será monitorado é diferente dos gases emitidos por compostos voláteis (CVs), como ácidos graxos de cadeia curta (ácido acético), amônia, metano, sulfeto de hidrogênio, dimetilsulfureto, tiois como mercaptanos, escatóis e indóis, que estão presentes em fluidos líquidos como urina e fezes. Como utilizados aqui, o termo “composto volátil” inclui tanto os gases metabólicos orgânicos e inorgânicos como os compostos produzidos pelos micro-organismos presentes nos excrementos.
[052] Certos CVs podem estar associados a um ou mais tipos de fluidos corporais, incluindo mas não se limitando à urina e às fezes. Os CVs comumente associados à urina incluem, por exemplo, compostos de amônia (como hidróxido de amônia), ácidos de cadeia curta (C1-C2) (como ácido acético), aldeídos de comprimento médio (C8-C10) (como nonanal), cetonas (como metil-etil-cetona), cresol (como metilfenol), dissulfeto de dimetil, trimetilamina, limoneno, (4- isopropenil-1-metilcicloexano), ácido acético, metil benzoato, benzamida, benzaldeído e trietilamina, entre outros. Os CVs comumente associados às fezes incluem, por exemplo, escatol (como 3-metil-1H-indole, 3-metilindole, etc.), trióis como mercaptanos (como 2-mercaptoetanol), sulfeto de hidrogênio, ácidos graxos de cadeia curta (como ácido tetradecanoico), metanotiol (como 2- mercaptoetanol) e dimetilsulfureto, entre outros. Alguns dos CVs intestinais mais comuns incluem ácidos graxos de cadeia curta, indol e tiois, como mercaptanos. Outros VCs intestinais incluem mas não se limitam a 4-metilfenol, ácido valérico, 2- ou 3- metilfurano, dissulfeto de carbono, ácido butanoico, ácido acético, sulcatone, 2-pentanona, 2-butanona, 2,3-butanedione, acetaldeído, acetona, 2- heptanona, propanal, hexanal e 3-metil. A presente publicação pode monitorar gases emitidos de uma substância emissora de um gás diferente dos gases emanados pelos compostos voláteis mencionados, na ocorrência de fluido corporal, embora também possa monitorar gases associados aos CVs mencionados. O gás que pode ser monitorado está presente em muito maior concentração do que os gases associados aos CVs dos fluidos corporais e, portanto, permitem que o sensor de gases sem contato seja posicionado em distâncias muito maiores do produto absorvente, em uma área maior de detecção, como 12 polegadas ou mais, embora possa ser posicionado próximo à abertura da cintura de um produto absorvente, como uma cueca ou calcinha de treino, ou na borda de um produto absorvente, como um forro de cama.
[053] Uma combinação de sensor de gás sem contato e controlador pode monitorar o gás emitido de substâncias emissoras de gás, na ocorrência de fluido corporal no interior do produto absorvente. O sensor sem contato é capaz de detectar um determinado gás, como dióxido de carbono, e em seguida um controlador, como um microprocessador, pode usar reconhecimento de padrões ou algum outro meio para identificar o gás específico. Quando o gás gerado pela reação da substância emissora de gás com o fluido corporal, dentro do produto absorvente, entrar em contato com o sensor de gás sem contatos, o sensor deverá ser capaz de identificar o gás associado à substância especifica. O sensor de gás sem contato está disponível comercialmente e pode ser um sensor de condutividade, um sensor piezoelétrico, um sensor ótico ou um sensor com semicondutor de óxido de metal (MOS). Os sensores MOS são muito usados devido à alta sensibilidade a uma grande variedade de compostos e gases. Contudo, há também outros tipos de sensores disponíveis comercialmente, incluindo mas não se limitando aos mencionados acima, assim como sensores contendo tecnologia NDIR (Non-Dispersive Infrared), transistores de filme fino orgânico, resistores químicos, etc.
[054] Uma das formas de funcionamento de um sensor ocorre quando uma amostra de um determinado gás entra em contato com um sensor destinado a monitorar o gás, e o sensor sofre uma alteração física ou química. Isso causa uma alteração em um sinal elétrico, que pode ser detectado por um controlador. O controlador pode ser pré-condicionado a reconhecer certos padrões associados a determinados gases, e assim será capaz de detectar um gás emitido por uma determinada substância emissora de gás incorporada ao produto absorvente, após uma reação entre um fluido corporal e uma substância emissora de gases.
[055] A determinação de que sensor usar como sensor de gás sem contato depende do gás a ser detectado. Podem-se selecionar sensores específicos para medir níveis de concentração de gases associados a um determinado gás. A adequação de um material sensor em particular, para monitorar um gás emitido por uma substância, pode ser facilmente determinada por especialistas na área, em parte com base na presente publicação.
[056] Em uma configuração, um controlador associado ao sensor de gás sem contato poderá tomar uma decisão sobre a presença de gás, após analisar os sinais ou os dados de um sensor sem contato. O sensor de gás sem contato e o controlador podem inicialmente medir as condições ambientes, em que quaisquer desvios do valor predeterminado do gás a ser medido serão gravados no controlador. Por exemplo, o nível de dióxido de carbono na atmosfera poderá ser predeterminado e gravado como nível limiar de dióxido de carbono, se esse for o gás a ser medido. Em seguida, o controlador poderá enviar um sinal a um dispositivo de sinalização, indicando que houve a ocorrência do fluido, se o nível de dióxido de carbono medido ultrapassar o nível limiar predeterminado do dióxido de carbono presente na atmosfera.
[057] O controlador pode ser “treinado” para detectar um determinado nível de gás e associar esse nível de concentração de gás à presença de fluido corporal, como urina ou fezes, dentro do produto absorvente. A partir do sinal puro medido pelo sensor de gás sem contato, o controlador poderá analisar os dados do sinal vindo do sensor, que posteriormente servirá como base para determinar a presença e a identificação do fluido corporal. Por exemplo, retendo- se os valores do sinal ao longo do tempo, pode-se determinar o pico ou valor do sinal pré-processado (como média móvel, gradiente ou outra combinação de passos pré-processados) para obter uma estimativa da força do sinal. A partir dos mesmos ou outros sinais pré-processados, pode-se também determinar uma estimativa de ponto sobre a curva do sinal, incluindo, mas não se limitando, ao máximo, mínimo, médio, quantil ou outra medida. Uma medida adicional pode incluir a área integrada do sinal pré-processado. Ainda outras quantidades são também possíveis, e deve-se notar que a força, a curva e a área do sinal servem somente como exemplos de recursos de estimativa de pontos.
[058] Em outra configuração, vários classificadores podem ser desenvolvidos a partir dos recursos primário e secundário, de modo a determinar o número de ocorrências de fluidos ao longo do tempo, ou o tempo decorrido entre as ocorrências. Além disso, outros possíveis indicadores da saúde da criança ou do usuário também podem ser desenvolvidos a partir dos recursos primários ou secundários. Os dados de treino podem ser usados para desenvolver o classificador de padrão, dentro do controlador, de modo a distinguir entre as condições ambientais e quando ocorrer um fluido. Variáveis de modelo correspondentes aos recursos podem ser adicionadas para maximizar a variância entre classes e minimizar a soma residual dos quadrados prevista para os dados do teste ou ocultos. Os classificadores incluem, mas não se limitam, as técnicas de análise discriminatórias lineares/não lineares, redes neurais, árvores de regressão e classificação e outras técnicas que criam um sinal contínuo ou discreto para o usuário.
[059] Em outra configuração, o controlador pode monitorar continuamente o tempo durante o qual o absorvente permanecer seco. A partir das informações fornecidas pelo sensor de gás sem contato e o controlador, que podem ser enviadas a um dispositivo sinalizador, o cuidador pode monitorar de perto, ou a partir de uma localização remota, o período de tempo em que o usuário utilizou o absorvente sem a ocorrência de fluido corporal, seja de urina ou fezes. A partir de informações inseridas pelo cuidador, o dispositivo sinalizador pode transmitir um alerta para a criança quando o produto absorvente permanecer seco por períodos de tempo predeterminados. O alerta pode ser feito na forma de uma canção e/ou um sinal visual agradável para a criança. Esse alerta pode ser transmitido a partir do próprio dispositivo sinalizador. Em outra configuração, o cuidador e/ou o usuário poderia receber um alerta informando por quanto tempo o absorvente permanece continuamente seco.
[060] A informação transmitida para um computador ou smartphone relacionada ao período de tempo continuamente seco pode ser comunicada para o cuidador de maneiras diferentes. O tempo decorrido sem acidentes pode ser definido em horas, dias, semanas ou meses. Em outra configuração, o tempo decorrido sem ocorrências pode ser segmentado de acordo com o comportamento típico de uma criança. Por exemplo, o período de tempo sem acidentes pode ser calculado para diversos horários do dia, como manhã, tarde e noite. Pode-se também calcular um período separado sem ocorrências enquanto a criança estiver dormindo.
[061] Em uma configuração, o período sem ocorrências pode ser gravado e armazenado, por meio da comunicação com uma mídia eletrônica de comunicação, como um website interativo, que possa ser acessado pela Internet, por meio de um smartphone ou computador. Isso permite o monitoramento dos períodos sem acidentes durante um período específico, para determinar se está havendo progresso desde que o cuidador iniciou o treino do uso do vaso sanitário com a criança.
[062] O controlador poderá ler os níveis de gás monitorados pelo sensor de gás sem contato, e poderá então analisar os dados para identificar um fluido corporal, com base na presença de um gás emitido por uma substância emissora de gás, na presença de fluído no interior do absorvente. O controlador pode ler os níveis iniciais de concentração do gás, monitorados ou detectados pelo sensor de gás sem contatos. Esses níveis poderão então ser calibrados, para definir um valor nulo ou zero, e em seguida qualquer alteração a partir desses valores calibrados poderá ser monitorada. Se houver uma alteração no nível de concentração acima de um certo limiar, o controlador poderá disparar um alarme por meio de um dispositivo de sinalização.
[063] O dispositivo de sinalização, por si só, ou adicionado ao dispositivo que contiver a tinta sensível a gases discutido anteriormente, poderá fornecer a alimentação elétrica ao controlador, podendo também incluir o sinal ou alerta audível, visual e/ou vibratório, que indicará ao usuário ou cuidador sobre a ocorrência de fluido corporal. Quaisquer alertas do dispositivo sinalizador podem ser também ativados ou exibidos remotamente em smartphones ou computadores. Em outra configuração, o alerta pode também ser enviado a um rádio sem fio. Em outra configuração, o alerta pode ser enviado a um indicador ou painel na unidade protetora, ou em outra área próxima do produto absorvente, de modo que o usuário ou outra pessoa que estiver próxima, como um cuidador, possa ser alertado sobre a ocorrência. Quando o alerta for recebido pelo usuário ou cuidador, sobre a ocorrência do fluido, o processo de educação do uso do vaso poderá ser iniciado. Além disso, alertas sobre períodos contínuos sem a ocorrência de acidentes também podem iniciar o processo de educação de utilização do vaso sanitário, por meio de reforços positivos, ou permitindo que os pais ou o cuidador determinem os próximos passos com base na duração do período sem ocorrências. Os alertas podem ser desativados remotamente, no próprio dispositivo de sinalização ou próximo deste. Os alertas poderão também ser desligados se a criança ou o usuário precisar descansar do processo de educação, ou completamente removidos do produto absorvente. Como os alertas podem ser visuais, sonoros e/ou vibratórios e/ou enviados remotamente por rádio, computador ou smartphone, o cuidador poderá modificar o tipo de alarme com base no nível de discrição desejado. Por exemplo, se o cuidador estiver em casa com o usuário do produto, poderá ser mais apropriado ter um alerta sonoro, enquanto que se o cuidador e o usuário estiverem em local público, um alerta remoto enviado a um smartphone ou um alerta silencioso, como um alerta visual, poderão ser mais apropriados.
[064] Embora o próprio produto absorvente seja descartável, o sensor de gás sem contato, o controlador e o dispositivo sinalizador ou outros dispositivos usados para alertar a criança ou o usuário, os pais ou o cuidador podem ser reutilizáveis, sendo passados de um produto para outro. Nesse respeito, a presente publicação está particularmente direcionada ao uso de um sensor de gás sem contatos, um controlador, um dispositivo de sinalização e mecanismos de fixação, que permitam a detecção rápida e precisa da presença de fluidos corporais, para criar oportunidades de educação do uso de vaso sanitário, logo que houver a ocorrência. Quer seja utilizada a tinta sensível a gases ou um sensor de gases sem contatos, o controlador e o dispositivo de sinalização, a detecção do fluido poderá ser quase imediata, devido à rápida difusão do gás pelo ar, baseado na grande quantidade de gás produzido pela substância emissora de gás, quando em contato com apenas uma pequena quantidade do líquido.
[065] Se for usado um sensor de gás sem contatos, um controlador e um dispositivo sinalizador poderão ser acondicionados em uma unidade protetora. A unidade protetora poderá ser conectada na abertura do produto absorvente na cintura, ou próximo dela, por meio de um grampo no dispositivo ou de outras formas de fixação, ou a unidade poderá ser posicionada nas proximidades, como a uma distância de até 12 polegadas ou mais. Se o sensor de gás sem contatos fizer parte de uma configuração que incluir uma unidade protetora, poderá haver pequenos orifícios na unidade, de forma que os orifícios fiquem expostos a uma área próxima do produto absorvente, para permitir que uma quantidade suficiente de gás seja detectada pelo sensor de gás sem contatos. Opcionalmente, a unidade de proteção poderá ser conectada ao produto absorvente por outros meios, desde que o sensor de gases sem contatos esteja suficientemente próximo ao produto absorvente, para que seja possível detectar o gás gerado pela substância emissora de gases. O sensor de gases sem contatos, o controlador e o dispositivo de sinalização, todos podem ser acondicionados em uma única unidade de proteção, que será fixada à abertura da cintura de uma fralda ou cueca/calcinha de treino, ou à borda de um forro de cama, por meio de um grampo ou outro dispositivo. A unidade de proteção também poderá ser fixada na parte externa do perímetro do produto absorvente, como sobre a roupa do usuário.
[066] Como descrito anteriormente, o sensor de gás sem contato, combinado com o dispositivo de sinalização, pode ser configurado para indicar a presença de fluido e o número de ocorrências em um produto absorvente, e essas indicações podem ser usadas como parte da educação do uso do vaso sanitário. Contudo, o tipo específico de líquido a ser detectado poderá variar, dependendo do tipo particular de uso do absorvente e sua aplicação desejada. Por exemplo, em uma configuração, o produto absorvente será uma fralda, uma cueca ou calcinha de treino ou semelhante, e o dispositivo sinalizador será configurado para indicar a presença de urina. Além disso, o dispositivo de sinalização poderá ser configurado para indicar a presença de outros fluidos corporais do usuário.
[067] Consultando as Figs. 1 e 2, o produto absorvente descartável 20 da presente publicação também contém uma substância emissora de gases 88, posicionada e adaptada no interior do produto absorvente 20 para entrar em contato com um fluido no interior do produto absorvente. A substância emissora de gás pode ser posicionada de forma seletiva, no local onde se espera que o fluido esteja presente, como na região da virilha do produto absorvente. Observe que embora a Fig. 1 mostre que a substância emissora de gás é fabricada como parte do produto absorvente, ela pode ser fixada no absorvente na forma de um forro. Além disso, a substância emissora de gás pode estar na forma de um revestimento ou loção na superfície do produto absorvente, mais próximo do usuário, de modo a proporcionar uma reação mais rápida à ocorrência do fluido. A substância emissora de gás 88 pode ter uma direção longitudinal e outra transversal, que juntas formam um plano quando dispostos de forma horizontal, aqui identificado como “plano x-y”. A substância emissora de gás 88 pode ser colocada no produto absorvente, de modo que poderá formar uma superfície voltada para o corpo 87 destinada a ficar voltada na direção do usuário (ou seja, uma superfície interna) e uma superfície da vestimenta (não ilustrada), para ficar afastada do usuário, no lado oposto à superfície interna (ou seja, uma superfície externa).
[068] A substância emissora de gás 88 poderá ser colocada dentro do produto absorvente, com qualquer formato desejado, e se for usado um produto absorvente como uma fralda ou uma cueca/calcinha de treino, poderá ser colocado diretamente na região da ocorrência do fluido, como a região da virilha, de forma a detectar o fluido como ilustrado na Fig. 1. Por exemplo, pode ter uma configuração bi ou tridimensional e pode ter o formato retangular, triangular, circular, oval, em forma de tira, em forma de I, sendo que geralmente assume o formato de uma ampulheta, de um T e de formatos semelhantes. Em alguns aspectos, a substância emissora de gases 88 pode não ter qualquer formato definido, mas um formato aleatório. Assim, as dimensões do plano x-y podem variar conforme desejado. A substância emissora de gás 88 pode também ter espessura na direção do eixo z, se desejado. Além disso, como mostrado na Fig. 2, uma substância emissora de gases 88 que puder conter uma substância emissora de um gás diferente, para reagir com uma substância sensível a outro gás para produzir uma cor diferente, poderá ser posicionado em uma determinada distância do centro do produto absorvente, como em torno do perímetro do núcleo do absorvente 44. Isso pode ser usado para indicar a repleção de um produto absorvente. Opcionalmente, o composto poderia ser disposto em anéis concêntricos (não presentes na ilustração) em vez de serem dispostos ao redor do perímetro. Além de determinar a repleção, o uso da substância emissora de gás em torno do perímetro do núcleo absorvente 44 ou em anéis concêntricos pode ser usado para determinar a capacidade de uma criança de reter um certo volume de fluido na bexiga antes de deixar escapar, o que pode ser útil durante estágios diferentes da educação para uso do penico. Em alguns aspectos desejados, o composto de sinalização 88 terá aproximadamente a mesma flexibilidade que a flexibilidade total do produto 20. A substância emissora de gases nas Figs. 1 e 2 pode estar na forma de pós, partículas, flocos, fibras, aglomerados, grânulos, esferas, tabletes, cápsulas, revestimentos ou loções, e pode ou não estar encapsulada. Em outras configurações, a substância emissora de gás pode ser adicionada ao produto absorvente na forma de um revestimento ou um material em separado, como um forro de calça.
[069] Como um grande volume de gases é produzido pela substância emissora de gás contida no composto, a capacidade do cuidador ou do usuário de reconhecer que houve (ou está havendo) a ocorrência de fluido será aumentada, devido à velocidade com que a cor se alterará ou com que será dado o alerta (visual, sonoro ou vibratório). O composto da substância emissora de gás 88 pode ser posicionado dentro do produto 20 em qualquer local de funcionamento, de modo que um fluido corporal poderá alcançar o composto da substância emissora de gás 88, cuja reação causará a geração de um grande volume de gás. Por exemplo, em alguns casos, o composto da substância emissora de gás 88 poderá ser disposto em posição adjacente e em contato com a superfície do núcleo do absorvente 44 que fica voltada para o corpo. Em outras possibilidades, o composto da substância emissora de gás 88 pode ser disposto em posição adjacente à superfície que fica voltada para a roupa e/ou à superfície de uma folha de posição superior 42 que fica voltada para o corpo. Em ainda outros exemplos, o composto da substância emissora de gás 88 pode ser disposto em posição adjacente e em contato com a superfície da camada de recebimento de fluido que fica voltada para o corpo ou a roupa, por exemplo. Há outras configurações possíveis para a invenção, como deverá ser óbvio para os especialistas da área, desde que o acidente de fluido possa entrar em contato com o composto da substância emissora de gás.
[070] O composto da substância emissora de gás 88 da presente publicação pode ser um laminado formado por uma camada de substrato portador (não ilustrado). A camada de substrato portador é formada por uma trama independente, de um material que pode ser parcialmente ou totalmente permeável a líquidos. A substância emissora de gás pode ser colocada no interior da camada de substrato. Os materiais permeáveis a líquidos adequados incluem camadas de tecido; materiais não-tecidos como os do tipo meltblown, absorventes de alto desempenho (coform), filamentos contínuos termosoldados, (spunbond-meltblown-spunbond - SMS), manta por cardagem e consolidação (bonded-carded-web - BCW), tecidos, películas perfuradas, camadas de espuma e similares.
[071] Em algumas possibilidades, o composto da substância emissora de gás 88 pode conter uma mistura de partículas de pós de bicarbonado de sódio/ácido cítrico, que pode ser usada para gerar dióxido de carbono na ocorrência de líquido no produto absorvente, embora possam ser usados outras partículas ou pós geradores de gases não tóxicos. Em uma configuração, a substância emissora de gás contém pelo menos um ácido e pelo menos uma base. O ácido e a base reagem ao serem molhados e produzem um gás, que poderá ser, por exemplo, dióxido de carbono. O tipo de gás a ser produzido pelo sistema não é crítico, desde que seja consideravelmente não prejudicial à pele do usuário e que haja uma tinta sensível ao gás e um sensor de gás sem contato, que possa funcionar com o gás gerado. Observe, no entanto, que não é necessário o uso de pó ou partículas na mistura, e essa mistura pode ser incluída em uma loção ou outra substância, que será aplicada como um revestimento da superfície de um não-tecido que ficará em contato com o corpo. De uma forma geral, o composto da substância emissora de gás 88 será sensível ao contato com fluidos corporais como urina, fluidos complexos ou outros exsudados, para gerar um gás como o dióxido de carbono, por exemplo.
[072] A Fig. 3 exibe um produto absorvente contendo uma substância emissora de gás 88 na superfície externa do produto absorvente, que emite o gás quando o líquido no produto absorvente atinge o exterior, como uma borda lateral 36 ou borda na cintura 38 para indicar a repleção relacionada a um ou mais tipos de fluidos no interior do produto absorvente. A superfície voltada para a parte externa 89 está ilustrada, embora haja também uma superfície voltada para a roupa (não ilustrada) que entrará em contato primeiro com o fluido, quando o produto absorvente estiver repleto e o fluido começar a vazar dentro do produto absorvente. Isso fará com que a substância emissora de gás emita um gás que será detectado por um dispositivo que contém um composto sensível ao gás. O composto sensível ao gás pode ser diferente de outros compostos sensíveis a gases no dispositivo, ou de outros gases próximos, de modo a distinguir entre a ocorrência de fluido corporal e o estado de quase repleção do produto absorvente. O composto pode ser colocado na parte externa do produto absorvente, conforme ilustrado, além de ser colocado diretamente na região do fluido, como na Fig. 1 ou no perímetro do núcleo do absorvente 44, como na Fig. 2. A capacidade de distinguir entre a ocorrência de fluidos e a quase repleção do absorvente depende das substâncias emissoras de gás utilizadas em cada composto, do gás emitido pela substância emissora e da tinta sensível a gases usada em um dispositivo, como um crachá. Desde que sejam emitidos ou apresentados sinais, cores e imagens diferentes na ocorrência de fluido ou de repleção, por meio do uso de tintas ou compostos diferentes, é possível distinguir entre os eventos.
[073] Com relação à Fig. 4, uma ilustração de uma configuração de um dispositivo incorporando uma tinta sensível a gases, fixada a uma criança ou outro usuário do produto absorvente. Observe, no entanto, que o dispositivo não precisa estar sendo usado pela criança ou outro usuário, para poder detectar a presença de fluido ou a repleção do produto absorvente, desde que o dispositivo que contiver a tinta sensível a gases entre em contato com o gás emitido pela substância emissora de gás. Observe também que podem ser usados mais de um dispositivo e que o dispositivo pode conter mais de uma substância ou tinta sensível a gases, de modo a detectar a ocorrência de fluído ou a repleção do produto absorvente. O dispositivo ilustrado é um crachá ou um broche, mas pode também ser um relógio de pulso, um adesivo, uma tatuagem ou outro dispositivo, desde que contenha uma ou mais substâncias ou tintas sensíveis a gases. O dispositivo contendo a tinta sensível a gases está ilustrado nas Figs. 4A-4C, onde em uma extremidade a Fig. 4A mostra um crachá onde não houve a ocorrência de fluido ou de qualquer geração de gás dióxido de carbono e, na outra extremidade, a Fig. 4C mostra um crachá onde houve a ocorrência de fluido, resultando na geração de uma grande quantidade de gás, que causa a alteração na cor do dispositivo que contiver a substância sensível ao gás. Na Fig. 4A, a tinta sensível ao gás é depositada na forma de uma estrela, e apresenta uma cor inicial forte e escura, enquanto o produto absorvente estiver seco e livre de fluidos. A Fig. 4B apresenta alterações na intensidade da cor na mesma substância sensível ao gás, imediatamente após entrar em contato com o gás emitido pelo produto absorvente, devido à ocorrência de fluido. A Fig. 4C mostra o rápido desaparecimento de uma substância sensível ao gás, após ser exposta ao gás emitido pelo produto absorvente, após a ocorrência de fluido. Conforme mostrado na Fig. 4, a cor da substância sensível a gases pode desaparecer quase imediatamente, depois que o produto absorvente que contiver a substância emissora de gás entrar em contato com um pequeno volume de líquido. Mesmo com uma quantidade relativamente pequena de líquido, a substância sensível a gases pode comunicar um sinal observável visualmente, devido ao alto volume de gás produzido quando um pequeno volume de líquido entra em contato com a substância no interior do produto absorvente. Embora essa configuração mostre uma imagem que desaparece rapidamente na ocorrência de fluido, em vez disso uma imagem pode surgir diante da ocorrência, ou uma combinação, ou pode ser usado um gradiente de imagens desaparecendo e aparecendo para indicar a presença de fluido, dependendo do tipo das substâncias sensíveis a gases usadas, conhecidas pelos especialistas da área. Além disso, podem-se utilizar diversas substâncias emissoras de gases e sensíveis a gases, combinadas a um ou mais dispositivos, para resultar em alterações diversas de cores, quando houver a presença de fluidos dentro do produto absorvente ou quando este estiver próximo de sua capacidade máxima.
[074] Com relação à Fig. 5 para fins de exemplo, é apresentado um produto absorvente 20 que pode ser usado durante o monitoramento da presença de fluidos no interior de um produto absorvente. O produto absorvente 20 contém muitos dos mesmos componentes que os mostrados na Fig. 1, que podem ser associados aos números de referência conforme o descrito, mas a Fig. 5 também apresenta a adição de um sensor de gás sem contato, um controlador e um sinalizador, conforme descrito com maiores detalhes abaixo. Entende-se que a presente publicação seja adequada para vários outros produtos absorventes, indicados para uso pessoal, incluindo mas não se limitando a fraldas, cuecas ou calcinhas de treino, roupas de banho, produtos de higiene feminina, produtos para problemas com incontinência, vestimentas médicas, absorventes e bandagens cirúrgicas, forros de cama, outros itens de vestuário para cuidado pessoal e hospitalar e itens semelhantes, sem sair do escopo da presente publicação.
[075] Somente para fins de ilustração, vários materiais e métodos de construção dos produtos absorventes como o 20 de várias possibilidades abordadas pela presente publicação, estão descritos no Pedido de Patente (PCT) WO 00/37009 publicado em 29 de junho de 2000 por A. Fletcher et al; patente 4.940.464 emitida pelos E.U.A. em 10 de julho de 1990 para Van Gompel et al; patente 5.766.389 emitida pelos E.U.A. em 16 de junho de 1998 para Brandon et al., e patente 6.645.190 emitida pelos E.U.A. em 11 de novembro de 2003 para Olson et al., as quais são incorporadas ao presente documento como referência, na medida em que são coerentes (ou seja, não estão em conflito) com o mesmo.
[076] Um produto absorvente 20 está ilustrado de maneira representativa na Fig. 5 parcialmente preso. O produto absorvente 20 define duas regiões de extremidades longitudinais, chamadas aqui de região frontal 22 e região posterior 24, e uma região central, chamada aqui de região da virilha 26, estendendo-se longitudinalmente entre e interconectando as regiões frontal e posterior 22, 24. O produto absorvente 20 também define uma superfície interna 28 adaptada ao uso (ex: posicionada em relação aos outros componentes do produto 20) a ser disposta voltada para o usuário), e uma superfície externa 30 do lado oposto à superfície interna. As regiões frontal e posterior 22, 24 são as partes do produto absorvente 20 que, quando este é usado, cobrem ou cercam, total ou parcialmente, a cintura ou a parte inferior do abdômen do usuário. A região genital 26 é normalmente a parte do produto absorvente 20 que, quando este é usado, fica posicionada entre as pernas, cobrindo a parte inferior do abdômen e a virilha do usuário. O produto absorvente 20 possui duas bordas lateralmente opostas 36 e duas bordas da cintura opostas longitudinalmente, chamadas respectivamente de borda frontal da cintura 38 e borda posterior da cintura 39.
[077] O produto absorvente ilustrado 20 contém um suporte 32 que, nesta configuração, engloba a região frontal 22, a região posterior 24 e a região da virilha 26. Com relação à Fig. 5, o suporte 32 inclui uma cobertura externa 40 e um forro lateral 42, que podem ser incorporados à cobertura externa 40 de maneira sobreposta com adesivos, soldagem ultrassônica, colagem térmica ou por meio de outras técnicas convencionais. Com relação à Fig. 5, o forro 42 pode ser incorporado à cobertura externa 40 ao longo do perímetro do suporte 32, formando uma bainha nas partes frontal e posterior da cintura. O forro 42 pode ser incorporado à cobertura externa 40 formando duas bainhas laterais nas regiões frontal 22 e posterior 24. O forro 42 pode ser adaptado, ou seja, posicionado de acordo com os outros componentes do produto 20, de maneira que fique voltado para a pele do usuário durante o uso do produto absorvente. O suporte 32 pode incluir também uma estrutura absorvente entre a cobertura externa 40 e o forro lateral 42 para absorver excrementos sólidos ou líquidos do usuário, pode incluir também duas abas de contenção 46 presas ao forro lateral 42 para impedir que os excrementos vazem pela lateral.
[078] As abas elásticas de contenção 46 conforme a Fig. 5 definem uma borda parcialmente solta, que assume uma configuração vertical na região da virilha 26 do produto absorvente 20 para formar uma vedação contra o corpo do usuário. As abas de contenção 46 podem se estender longitudinalmente sobre toda a extensão do suporte 32 ou pode se estender apenas parcialmente sobre o suporte. Construções e organizações adequadas para as abas de contenção 46 são normalmente conhecidas pelos especialistas na área e estão descritas na patente dos EUA 4.704.116 emitida em 3 de Novembro de 1987 para Enloe, aqui incorporada como referência.
[079] De maneira a melhorar ainda mais a contenção e/ou absorção dos fluidos corporais, o produto absorvente 20 pode conter também elásticos nas pernas (não mostrado), como é de conhecimento dos especialistas na área. Os elásticos nas pernas podem ser unidos à tampa externa 40 e/ou ao forro lateral 42 e posicionado na região da virilha 26 do produto absorvente 20. Observe que, embora o produto absorvente esteja apresentado na forma de cueca ou calcinha de treino ou fralda, outros produtos absorventes, como forros de cama, também podem ser usados.
[080] Os elásticos nas pernas podem ser formados por qualquer material elástico adequado. Como é de conhecimento dos especialistas na área, os materiais elásticos adequados incluem folhas, cordões ou fitas de borracha natural, sintética ou de polímeros elastômeros termoplásticos. Os materiais elásticos podem ser esticados e aderidos a um substrato, aderido a um substrato concentrado, ou aderido a um substrato e, em seguida, repuxado ou reduzido, como pela aplicação de calor, de modo que as forças reativas do elástico sejam aplicadas ao substrato. Em um caso em particular, por exemplo, os elásticos nas pernas podem conter diversos fios elastômeros de elastanos multifilamentos, aglutinados a seco, vendidos sob o nome de LYCRA e disponíveis na Invista, Wilmington, Delaware, E.U.A.
[081] Em algumas configurações, o produto absorvente 20 pode incluir ainda uma camada de controle de fluidos (não mostrada) que pode ser opcionalmente localizada em posição adjacente à estrutura absorvente 44 e fixada a diversos componentes no produto absorvente 20, como a estrutura absorvente 44 ou o forro na lateral do corpo 42 por métodos conhecidos pelos especialistas da área, como por meio do uso de adesivos. Uma camada de controle de fluido ajuda a desacelerar e espalhar descargas ou jorros de líquidos ou outros dejetos, que podem ser lançados rapidamente sobre a estrutura absorvente do produto. É desejável que a camada de controle do jorro possa receber rapidamente e reter temporariamente o líquido, ou outro tipo de resíduo, antes de liberar o líquido ou outro tipo de dejeto nas partes de armazenamento ou retenção da estrutura absorvente. Há exemplos de camadas de controle de fluxo descritos na patente dos E.U.A. n. 5.486.166; e patente dos E.U.A n. 5.490.846. Há outros materiais de controle de fluxo adequados, descritos na patente dos E.U.A. 5.820.973. Todas as revelações dessas patentes estão aqui incorporadas como referência, na medida em que são coerentes (ou seja, não estão em conflito) com o material aqui apresentado.
[082] Conforme mostrado na Fig. 5, o produto absorvente 20 pode incluir ainda um par de painéis laterais elásticos opostos 34 presos à região posterior do suporte 32. Como mostrado particularmente, os painéis laterais 34 podem ser esticados em torno da cintura e/ou quadris do usuário, para manter a vestimenta posicionada. Conforme mostrado na Fig. 5, os painéis elásticos laterais são presos ao suporte ao longo de um par de bordas longitudinais opostas 37. Os painéis laterais 34 podem ser fixados ou colados ao suporte 32 por meio de qualquer técnica adequada de fixação. Por exemplo, os painéis laterais 34 podem ser unidos ao suporte por adesivos, soldagem ultrassônica, colagem térmica ou outras técnicas convencionais.
[083] Em uma configuração alternativa, os painéis das laterais elásticas podem também ser totalmente formados com o suporte 32. Por exemplo, os painéis laterais 34 podem formar uma extensão do forro lateral ao corpo 42, da tampa externa 40, ou de ambos o forro lateral ao corpo 42 e a tampa externa 40.
[084] Nas configurações mostradas na Fig. 5, os painéis laterais 34 são conectados à região posterior do produto absorvente 20 e se estendem sobre a região frontal do produto ao manter o produto no local correto no usuário. Deve- se entender, no entanto, que os painéis laterais 34 podem ser opcionalmente conectados à região frontal do produto 20 e se estender sobre a região posterior quando o produto for vestido.
[085] Com o produto absorvente 20 preso como ilustrado parcialmente na Fig. 5, os painéis de laterais elásticas 34 poderão ser conectados por um sistema de fixação para definir uma configuração tridimensional de fralda, com uma abertura na cintura 50 e duas aberturas nas pernas 52. A abertura na cintura 50 do produto 20 é definida pelas bordas da cintura 38 e 39 que circunda a cintura do usuário.
[086] Nas configurações mostradas na Fig. 5, os painéis laterais são fixados de forma removível à região frontal 22 do produto 20 pelo sistema de fixação. Deve-se entender, no entanto, que em outras configurações os painéis laterais podem ser unidos permanentemente ao suporte 32 em ambas as extremidades. Os painéis laterais podem ser unidos permanentemente, por exemplo, para formar uma cueca ou calcinha de treino ou um traje de banho absorvente.
[087] Cada um dos painéis elásticos laterais 34 tem uma borda lateral longitudinal (não mostrada), uma borda na extremidade da perna 70 disposta na direção do centro longitudinal da fralda 20, e com bordas da extremidade da cintura 72 dispostas na direção da extremidade longitudinal do produto absorvente. As bordas da extremidade da perna 70 do artigo absorvente 20 podem ser devidamente curvadas e/ou em forma angular para proporcionar uma melhor fixação em torno das pernas do usuário. Contudo, entende-se que somente uma das bordas da extremidade da perna 70 pode ser curva ou em angulo, de modo que a borda da extremidade da perna da região posterior 24, ou opcionalmente, nem a perna nem as bordas podem ser curvas ou em angulo, sem sair do escopo da presente publicação. Em última análise, os painéis laterais 34 são geralmente alinhados com a região da cintura 90 do suporte 32.
[088] O sistema de fixação pode conter os primeiros componentes de fixação lateralmente opostos 82 adaptados para a conexão reapertável aos segundos componentes de fixação correspondentes (não mostrado). Na configuração mostrada nas figuras, o primeiro componente de fixação 82 encontra-se nos painéis elásticos laterais 34, enquanto o segundo componente de fixação pode ficar localizado na região frontal 22 do suporte 32. Em uma configuração, a superfície frontal ou externa de cada um dos componentes de fixação contém diversos elementos de conexão. Os elementos de conexão dos primeiros componentes de fixação 82 são adaptados para conectar e desconectar repetidamente os elementos de conexão correspondentes dos segundos componentes de fixação, para fixar de forma removível o produto 20 em sua configuração tridimensional.
[089] Os componentes de fixação podem ser quaisquer fixadores reapertáveis adequados para produtos absorventes, tais como fixadores por adesão, coesão, mecânicos ou semelhantes. Em casos específicos, os componentes de fixação incluem elementos de fixação mecânica para um melhor desempenho. Podem-se obter elementos mecânicos de fixação com materiais com formatos geométricos, como ganchos, bulbos, argolas, cogumelos, cabeças de seta, esferas em hastes, componentes de encaixe macho-fêmea, fivelas, pressão e outros semelhantes.
[090] Os primeiros componentes de fixação 82 podem ser ganchos fixadores, e os segundos componentes de fixação podem ser ganchos fixadores complementares. Opcionalmente, os primeiros componentes fixadores 82 podem incluir laços fixadores e os segundos componentes fixadores podem ser ganchos fixadores complementares. Em outro caso, os componentes de fixação podem ser elementos por travamento entre superfícies semelhantes, ou elementos de fixação por adesão ou coesão, como um fixador com adesivo e uma área ou material de contato receptivos a adesivos, ou semelhante. Especialistas na área reconhecerão que podem-se selecionar o formato, a densidade e a composição do polímero dos ganchos e argolas, para obter o nível desejado de fixação entre os componentes de fechamento. Os sistemas adequados de fechamento estão também publicados no pedido de patente incorporado anteriormente, pedido de patente PCT WO 00/37009 de 29 de junho de 2000, por A. Fletcher et al.,e a patente dos EUA incorporada anteriormente 6.645.190, emitida em 11 de Novembro de 2003 para Olson et al.
[091] Na configuração apresentada nas figuras, os componentes de fixação 82 são presos aos painéis laterais 34 sobre as bordas. Nesta configuração, os componentes de fixação 82 não são elásticos ou expansíveis. Em outras configurações, entretanto, os componentes de fixação podem estar integrados aos painéis laterais 34. Por exemplo, os componentes de fixação podem estar diretamente ligados aos painéis laterais 34 em uma de suas superfícies.
[092] Além da possibilidade de contar com painéis laterais elásticos, o produto absorvente 20 pode conter diversos membros elásticos na cintura, para proporcionar elasticidade em torno da abertura da cintura. Por exemplo, como ilustrado nas figuras, o produto absorvente20 pode conter um membro elástico na parte frontal da cintura 54 e/ou um membro elástico na parte posterior da cintura56.
[093] Consultando as Figs. 5 e 6, para fins de exemplificação, o sensor de gás sem contato 104, o controlador 106 e o dispositivo de sinalização 110 que fazem parte do sistema do produto absorvente, podem ser acondicionados em uma unidade de proteção 102, que é mostrada presa ao produto absorvente 20. Nessa configuração, normalmente o dispositivo de sinalização 110 inclui um transmissor 112 que se comunica com um receptor 114. O receptor pode ser um relógio de pulso, um computador ou um smartphone. O transmissor 112 pode ser acondicionado na unidade de proteção 102 com o sensor de gases sem contato104 e o controlador 106. Se houver a presença de fluido no produto absorvente 20, o controlador 106 detectará alterações nos níveis de gás monitorados pelo sensor de gás sem contato 104 que, por sua vez, ativará o dispositivo de sinalização 110. Em uma configuração, o sensor de gás sem contato poderá monitorar os níveis de gás por meio de aberturas visíveis 108 na unidade de proteção 102. Em outra configuração, a unidade de proteção pode ser construída com um material poroso, de forma que uma quantidade suficiente de gás possa penetrar na unidade de proteção, para permitir que o sensor de gás sem contato detecte a presença de quaisquer gases associados à substância emissora de gases.
[094] Em outra configuração, o transmissor 112 pode enviar um sinal ou alerta, sem fio, ao receptor 114 que então indicará ao usuário que há a presença de fluido no produto absorvente. O dispositivo de sinalização 110 pode emitir um sinal sonoro, visual e/ou vibratório, de modo a indicar ao usuário que foi detectada a presença de fluido corporal. Podem-se usar diversas combinações de alertas para indicar que o produto absorvente permaneceu seco por um determinado período de tempo. O sinal sonoro, por exemplo, pode ser simples, como um ou vários bips, ou até uma melodia. Da mesma forma, o sinal visual emitido pelo dispositivo de sinalização 110 pode ser algumas poucas luzes ou um painel interativo. Em outra configuração, 114 o dispositivo de sinalização 110 pode ser configurado para vibrar quando houver a presença de fluidos no produto.
[095] Como descrito acima, o dispositivo de sinalização 110 pode ser configurado para indicar a presença de fluido no produto absorvente 20. O fluido pode ser composto, por exemplo, por urina e fezes. Na configuração apresentada nas Figs. 5 e 6, o dispositivo de sinalização 110 contém um transmissor 112 combinado com um receptor 114. Deve-se também entender, entretanto, que o dispositivo de sinalização pode ser uma única unidade localizada no produto absorvente ou próximo dele 20. Por exemplo, o dispositivo de sinalização pode ser fixado ao produto absorvente e emitir um sinal visual e/ou sonoro a partir do próprio produto, de modo que o usuário e/ou outra pessoa, como um cuidador, que estiver próxima, poderá ser avisada sobre a presença de fluido. Deve-se também entender que os dados do dispositivo de sinalização podem ser transmitidos a um relógio de pulso, rádio, computador ou smartphone, por meio de rede sem fio ou outro meio de comunicação. Além disso, deve-se entender que o dispositivo de sinalização pode ser desativado ou removido, para proporcionar o descanso do treino do uso do penico, ou quando não for apropriado que o dispositivo de sinalização avise a criança, o usuário, os pais ou o cuidador sobre a ocorrência de fluido corporal. Além disso, o dispositivo de sinalização 110 pode ser usado em conjunto com uma tinta sensível a gases, como descrito anteriormente, que também pode ser removida facilmente se for desejado proporcionar um descanso ou se o seu uso não for apropriado.
[096] Na configuração apresentada na Fig. 6, a unidade de proteção 102 que pode ser fixada a um produto absorvente contém um sensor de gases sem contato 104 que pode conter pelo menos um sensor individual 100, um controlador 106 e um dispositivo de sinalização 110, que pode conter um transmissor 112 e um receptor 114. Além disso, pode haver aberturas 108 no dispositivo de sinalização, que permitam que o sensor de gases sem contato 104 seja exposto a uma amostra de gás suficiente para detectar a presença do gás gerado pela reação do fluido corporal com uma substância emissora de gás, no interior do produto absorvente 20. Em outra configuração, uma amostra de gás pode alcançar o sensor de gás sem contato 104, passando pela unidade protetora feita de um material poroso. E em ainda outra configuração de uma unidade protetora, se o sinal estiver sendo enviado ao usuário, o receptor estará presente ou próximo da própria unidade protetora. Entretanto, se o sinal estiver sendo enviado a outro usuário como, por exemplo, um cuidador, por meio de sinais sem fio para um radio, computador ou smartphone, o receptor poderá enviar um sinal sem fio ao transmissor localizado a uma certa distância do receptor e do dispositivo de sinalização. Se os níveis limítrofes de concentração de gases forem monitorados e detectados, o controlador 106 poderá ler e calcular os níveis, para tomar a decisão de sinalizar um alerta são usuário e/ou cuidador, por meio de sinal sonoro, visual ou vibratório, que poderá ou não ser transmitido a um rádio, smartphone, computador ou outros meios de apresentação.
[097] Fig. 7 é um diagrama de blocos que descreve como um dispositivo de sinalização pode se conectar a um computador ou smartphone, que pode gerar relatórios de dados a serem acessados pelo usuário, pelos pais ou pelo cuidador. Em uma configuração, depois que um sensor de gases sem contato tiver monitorado pelo menos um níveis de gás, e um controlador tiver detectado um aumento acima de um nível limiar, por meio do reconhecimento de padrões e da análise de dados, para indicar a presença de fluido corporal, um dispositivo de sinalização poderá transmitir um alerta para um local na cintura de um produto absorvente, ou próximo desse ponto, para informar o usuário ou o cuidador que estiver nas proximidades. Em outra configuração, o usuário ou o cuidador poderá desejar receber um alerta em uma localização remota, por meio de rádio. E em ainda outra configuração, o usuário e/ou o cuidador poderá desejar fazer com que os alertas sejam enviados a um computador ou smartphone. Ao ser enviado a um computador ou smartphone, o alerta pode ser visual ou sonoro, ou pode ainda ser armazenado como informação junto com outros alertas anteriores e futuros. Dessa maneira, o usuário ou cuidador pode consultar as informações no computador ou smartphone, para determinar o número de fluidos monitorados dentro de um produto absorvente. O usuário e/ou cuidador terá acesso a um relatório gerado pelo computador ou smartphone, transmitido a partir do dispositivo sinalizador, e poderá acessar o relatório para vários usos.
[098] Em uma configuração, o cuidador recebe um relatório para determinar o quão bem-sucedido está sendo o progresso da educação do uso do vaso sanitário do usuário, analisando os dados de um grande número de horas, dias, semanas, meses, ou outro intervalo de tempo apropriado, como horário do dia (noite, hora de dormir, etc). O usuário e/ou cuidador pode receber os dados, para analisar se houve alterações no tempo em que um produto absorvente permaneceu seco, para determinar se o usuário está aprendendo a usar o penico ou se está pronto para iniciar esse treino, já que isso requer a habilidade de reter líquido na bexiga por mais tempo. A partir dessas informações fornecidas por meio do método descrito, o cuidador pode ajustar seu próprio método de treino.
[099] Diversos mecanismos de fixação da unidade de proteção, contendo o sensor de gases sem contato, o controlador e o dispositivo sinalizador, na abertura da cintura de um produto absorvente, serão agora descritos em detalhes no que diz respeito às Figs. 8 e 9. Deve-se observar que, embora os mecanismos de fixação mostrados na figura abaixo geralmente incorporam duas placas ou lados, o sensor de gás sem contato 104 deve ser posicionado de modo que fique em uma placa ou lado voltado para a parte interna do produto absorvente, para que possa detectar os gases e as alterações de umidade e temperatura, em função da presença de urina ou fezes.
[100] Com relação à Fig. 8, ilustra uma configuração de mecanismo de fixação que pode ser usado para fixar a unidade de proteção 102 em torno da abertura da cintura de um produto absorvente 20. Observe também que o produto absorvente pode não ter uma abertura na cintura, se for um forro de cama, por exemplo, então a unidade de proteção poderá ser fixada a outra borda do produto absorvente. Nessa configuração, a unidade de proteção 102 é formada por uma primeira placa externa 130 afastada de uma segunda placa interna 132. A primeira placa externa 130 deve ser posicionada na parte externa do produto absorvente 20. Em uma configuração, a segunda placa interna 132 pode ser colocada na parte interna do produto absorvente 20 de modo que os gases emitidos do produto absorvente 20 após a ocorrência de fluidos, possam chegar às aberturas 108. Quando os gases atingirem as aberturas 108 da unidade de proteção 102, o sensor de gás sem contato 104 poderá monitorar os níveis de concentração de gases e, em seguida, o controlador 106 poderá detectar quaisquer alterações nos níveis de concentração de gases devido à ocorrência de fluido. Além disso, uma extremidade da placa externa 130 poderá ser conectada, na forma de uma derivação, a uma extremidade da segunda placa interna 132 próximo a uma dobra flexível 134. Dessa forma, a unidade de proteção 102 poderá ser posicionada de forma segura próximo a uma abertura na cintura, ou em outra borda de um produto absorvente, como um forro de cama, ou poderá ser, opcionalmente, incorporado ao produto absorvente. A unidade de proteção 102 poderá também ser posicionada firmemente na roupa da criança ou usuário, ou em outro local, desde que o sensor de gases sem contato 104 esteja suficientemente próximo do produto para detectar quaisquer gases emitidos pela substância emissora de gás.
[101] De modo a fixar a unidade de proteção 102 ao produto absorvente 20, a primeira placa externa 130 contém duas hastes que funcionam como o primeiro terminal 116 e o segundo terminal 118. Como mostrado no desenho, as placas 130 e 132 da unidade de proteção 102 são configuradas para serem posicionadas sobre uma das bordas do suporte, como próximo da abertura da cintura, e reunidos de modo que as hastes 116 e 118 perfurem o suporte e prendam no lugar.
[102] Com relação à Fig. 9, ela ilustra outra configuração de uma unidade de proteção 102 conectada a um produto absorvente 20. Nessa configuração, a unidade de proteção 102 pode conter um dispositivo formado por uma placa externa130 afastada de uma segunda placa interna 132. As placas 130 e 132 fazem parte integralmente uma da outra, e são feitas de material flexível, que permite que as placas sejam afastadas uma da outra, para o posicionamento do dispositivo de sinalização sobre uma borda do produto absorvente. Entretanto, uma vez que as placas sejam colocadas no produto absorvente, elas ficarão voltadas uma para a outra, para manter o dispositivo sinalizador posicionado no lugar. Dessa forma, a unidade protetora 102 terá uma estrutura semelhante a um grampo de papel. Dessa forma, a unidade de proteção 102 poderá ser posicionada de forma segura, próximo a uma abertura na cintura, ou em outra borda de um produto absorvente, como um forro de cama, ou poderá ser, opcionalmente, incorporado ao produto absorvente. A unidade de proteção 102 poderá também ser posicionada firmemente na roupa da criança ou usuário, ou em outro local, desde que o sensor de gases sem contato 104 esteja suficientemente próximo do produto para detectar quaisquer gases emitidos pela substância emissora de gás.
[103] Em uma configuração, a inserção de uma segunda placa interna, 132 na parte interna do produto absorvente, 20 permitirá que os gases emitidos do produto absorvente, 20 após a ocorrência de fluido, alcancem as aberturas 108 da unidade protetora 102. Quando os gases atingirem as aberturas 108, o sensor de gás sem contato 104 poderá monitorar os níveis de concentração de gases e, em seguida, o controlador 106 poderá detectar quaisquer alterações nos níveis de concentração de gases, provocadas pela ocorrência de fluido.
[104] Nas configurações ilustradas nas Figs. 8 e 9, a unidade protetora 102 pode ser feita com qualquer material adequado. Por exemplo, em uma configuração, a unidade protetora pode ser feita usando um material plástico flexível. Deve-se entender, no entanto, que materiais elastoméricos e metálicos também podem ser usados. Além disso, pelo menos uma parte da unidade de proteção pode ser feita de material poroso ou em trama, para permitir que o sensor de gases sem contato receba amostras de gás suficiente para que monitore os níveis de gases acima de um nível limiar.
[105] Conforme descrito acima, a presente publicação é dedicada principalmente ao método de treino interativo do uso do penico, em que um sistema de indicação de ocorrência de fluidos corporais deve ser capaz de detectar a presença de líquidos em um produto absorvente 20 e discriminar entre urina e fezes. Os demais materiais usados para formar o produto absorvente 20 que circundam os elementos elásticos na cintura 54 e 56 podem variar, dependendo da aplicação específica e do produto específico a ser produzido.
[106] A tampa externa 40, por exemplo, pode ser respirável e/ou ser impermeável. A tampa externa 40 pode ser formada por uma única camada, por diversas camadas, por laminados, tecidos de filamentos, películas, tecidos do tipo meltblown, tramas elásticas, tramas microporosas, mantas por cardagem ou espumas, formadas por materiais elastômeros ou poliméricos. A tampa externa 40, por exemplo, pode ser uma única camada de material impermeável ou, opcionalmente, pode ser uma estrutura laminada multicamadas, com pelo menos uma das camadas impermeáveis. Em outras configurações, entretanto, deve-se entender que a tampa externa pode ser permeável. Nessa configuração, por exemplo, o produto absorvente pode conter uma camada interna como barreira contra líquidos.
[107] Por exemplo, a tampa externa 40 pode conter uma camada externa permeável e uma camada interna impermeável, devidamente unidas por um adesivo laminado, soldas ultrassônicas, colagem térmica e outros semelhantes. Os adesivos laminados adequados, que podem ser aplicados continuamente ou de forma intermitente na forma de grânulos, spray, espirais paralelos e outros semelhantes, podem ser obtidos da Bostik Findley Adhesives, Inc., de Wauwatosa, Wisconsin, EUA, ou junto à National Starch and Chemical Company, Bridgewater, New Jersey, EUA. A camada externa permeável pode ser feita com qualquer material adequado e, preferencialmente, deve proporcionar uma textura geral semelhante a de um tecido. Um exemplo desse material é uma trama de não-tecido de polipropileno aglutinado por dilatação de 20 gsm (gramas por metro quadrado). A camada externa pode ser feita pelos mesmos materiais usados no forro permeável 42.
[108] A camada interna da tampa externa 40 pode ser impermeável a líquidos e vapores, ou pode ser impermeável a líquidos e permeável a vapores. A camada interna pode ser fabricada a partir de uma película plástica fina, embora outros materiais flexíveis permeáveis a líquidos também possam ser utilizados. A camada interna, ou a tampa externa impermeável a líquidos 40 quando houver uma única camada, impede que materiais de dejetos molhem os produtos, como lençóis e roupas, assim como o usuário e o cuidador. Uma película impermeável adequada, para ser usada como uma camada interna impermeável a líquidos, ou como cobertura externa de camada única impermeável a líquidos 40, é a película de polietileno de 0,02 milímetros, comercializada pela Pliant Corporation de Schaumburg, Illinois, E.U.A.
[109] O forro lateral ao corpo 42 é moldável, macio e não irrita a pele do usuário. O forro lateral ao corpo 42 é suficientemente permeável a líquidos de maneira a permitir que fluidos corporais líquidos penetrem rapidamente pela sua espessura da estrutura absorvente (não mostrado). Um forro lateral ao corpo adequado 42 pode ser fabricado com uma grande variedade de materiais em trama, como espumas porosas, espumas reticuladas, filmes plásticos perfurados, tramas tecidas e não-tecidas, ou uma combinação de tais materiais. Por exemplo, o forro lateral ao corpo 42 pode conter tramas do tipo meltblown, tramas de filamentos, ou uma manta por cardagem composta de fibras naturais, sintéticas ou uma combinação de ambas. O forro lateral ao corpo 42 pode ser composto de um material bastante hidrofóbico, que pode opcionalmente ser tratado com um surfactante, ou processado para transmitir um nível desejado de molhabilidade e de hidrofilicidade.
[110] A estrutura absorvente pode ser colocada entre a cobertura externa 40 e o forro lateral ao corpo 42. A estrutura absorvente pode ser qualquer estrutura, ou uma combinação de componentes geralmente comprimíveis, adaptáveis, não irritantes à pele do usuário, e capazes de absorver e reter líquidos e determinados resíduos corporais. Por exemplo, a estrutura absorvente pode incluir tramas absorventes de fibras de celulose (como fibras de polpa de madeira), outras fibras naturais, fibras sintéticas, folhas tecidas ou não tecidas, telas de algodão ou outras estruturas estabilizadoras, materiais superabsorventes, materiais de fixação, surfactantes, materiais hidrofóbicos selecionados, pigmentos, loções, agentes de controle de odores ou similares, bem como a combinação desses materiais. Em um caso particular, o material da trama absorvente é uma matriz de lanugem celulósica e de partículas superabsorventes formadoras de hidrogel. A lanugem celulósica pode incluir uma combinação de lanugem de polpa de madeira. Um tipo preferido de lanugem é identificado com o nome comercial de CR 1654, disponibilizado pela Bowater, de Greenville, Carolina do Sul, E.U.A., e é uma polpa alvejada de madeira de sulfato, altamente absorvente, contendo basicamente fibras de madeira macia. Os materiais absorventes podem ser formados em uma estrutura de trama, por meio do emprego de vários métodos e técnicas convencionais. Por exemplo, a trama absorvente pode ser formada por meio de uma técnica de formação a seco, uma técnica de formação por ar, uma técnica de formação úmida, uma técnica de formação por espuma e outros semelhantes, assim como combinações dessas técnicas. Os métodos e aparelhos usados no uso dessas técnicas são bastante conhecidos pelos especialistas da área. Além disso, a estrutura absorvente pode, por si mesma, envolver múltiplas camadas na direção do eixo de Z. Tais camadas múltiplas podem tirar proveito das diferenças de capacidade de absorção, como a aplicação de uma camada de um material de menor capacidade absorvente próximo ao forro 42 e um material de maior capacidade absorvente mais próximo à camada de cobertura externa 40. Analogamente, partes discretas de uma estrutura absorvente de camada única podem envolver absorventes de maior capacidade, e outras partes discretas da estrutura podem envolver absorventes de menor capacidade.
[111] Como regra geral, o material superabsorvente está presente na trama absorvente em quantidades variando de 0 a aproximadamente 100 da porcentagem do peso, com base no peso total da trama. A trama pode ter uma densidade aproximada entre 0,10 a 0,60 gramas por centímetro cúbico.
[112] Os materiais superabsorventes são conhecidos na área e podem ser escolhidos entre materiais e polímeros naturais, sintéticos e naturais modificados. Os materiais superabsorventes podem ser inorgânicos como os géis de sílica, ou compostos orgânicos como os polímeros reticulados. Normalmente, um material superabsorvente consegue absorver pelo menos cerca de 10 vezes o seu peso em líquido e, preferencialmente, pode absorver mais de 25 vezes o seu peso em líquido. Há materiais superabsorventes adequados disponíveis para pronta entrega em vários fornecedores. Por exemplo, há diversos materiais superabsorventes disponíveis na Evonik Industries, Alemanha.
[113] Após ser formado ou cortado no tamanho desejado, o material da trama absorvente pode ser embalado ou envolvido em um tecido adequado ou uma trama meltblown, ou por uma embalagem que auxilie na manutenção da integridade e da forma da estrutura absorvente.
[114] O material da trama absorvente pode ser também um material absorvente de alto desempenho (coform). Normalmente o termo “material coform” refere-se a materiais compostos, constituídos por uma mistura ou uma matriz estabilizada de fibras termoplásticas e de um segundo material não termoplástico. Por exemplo, é possível fabricar materiais absorventes de alto desempenho (coform) por meio de um processo em que pelo menos um cabeçote de molde meltblown seja disposto próximo de uma calha, através da qual outros materiais são adicionados à manta enquanto esta se forma. Esses outros materiais podem incluir, entre outros, materiais orgânicos fibrosos como polpa lenhosa ou não lenhosa, como por exemplo algodão, seda, papel reciclado, lanugem de polpa e também partículas superabsorventes, materiais absorventes inorgânicos, fibras cortadas poliméricas tratadas e similares. Qualquer um, dentre uma variedade de polímeros sintéticos, pode ser utilizado como o componente tecido por fusão do material absorvente de alto desempenho (coform). Por exemplo, em determinados casos, podem-se utilizar polímeros termoplásticos. Alguns exemplos de termoplásticos adequados que podem ser utilizados incluem poliolefinas, como polietileno, polipropileno, polibutileno e similares, poliamidas e poliésteres. Em um dos casos, o polímero termoplástico é o polipropileno. Alguns exemplos desses materiais coform estão divulgados nas Patentes dos E.U.A. n° 4.100.324 para Anderson, et al.; 5.284.703 para Everhart, et al.; e 5.350.624 para Georger, et al.; que foram incorporadas ao presente documento na medida em que são coerentes (ou seja, não estão em conflito) com o mesmo.
[115] Essas e outras modificações e variações à presente publicação podem ser feitas por especialistas na área, sem se distanciar do espírito e do escopo da presente publicação, que está definida com maiores detalhes nas reivindicações anexadas. Além disso, deve-se entender que os aspectos das várias configurações podem ser modificados em sua totalidade ou em partes. Além disso, os especialistas da área notarão que a descrição apresentada tem como finalidade apenas a exemplificação, e não deve ser interpretada como uma limitação da publicação, descrita com mais detalhes nas reivindicações anexadas.
Claims (11)
1. Sistema de detecção e monitoramento de resíduos corporais, abrangendo: um artigo absorvente (20); uma primeira substância emissora de gás (88) dentro do artigo absorvente, em que pelo menos a primeira substância emissora de gás emite um primeiro gás, quando o artigo absorvente entra em contato com um fluido corporal pela primeira vez; caracterizadopelo fato de que o sistema anda compreende uma segunda substância emissora de gás dentro do artigo absorvente; em que a segunda substância emissora de gás emite um segundo gás quando o artigo absorvente se aproxima de sua capacidade máxima de absorção; e um dispositivo associado ao artigo absorvente, que compreende pelo menos duas composições sensíveis a gás, em que a cor do dispositivo se altera de uma primeira maneira quando o dispositivo entra em contato com o primeiro gás, e em que a cor do dispositivo se altera de uma segunda maneira, quando o dispositivo entra em contato com o segundo gás; em que o dispositivo é um crachá, relógio de pulso ou adesivo.
2. Sistema de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato que pelo menos uma substância emissora de gás envolver aldeídos, éster benzílico, fenol, iso rose, bicarbonato de sódio, bicarbonato de cálcio ou bicarbonado de potássio; e/ ou em que o gás emitido a partir de pelo menos uma substância emissora de gás é dióxido de carbono; opcionalmente em que a pelo menos uma substância emissora de gás inclui bicarbonato de sódio e ácido cítrico.
3. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizadopelo fato de que a pelo menos uma substância emissora de gás está em uma forma que inclui de pós, partículas, flocos, fibras, aglomerados, grãos, esferas, tabletes, cápsulas, revestimentos ou loções.
4. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que uma composição sensível a gás compreende um indicador de pH, um umectante, um composto básico, um álcool de cadeia curta e água; opcionalmente em que o indicador de pH inclui fenolftaleína, timolftaleína, α-naftolftalema ou o-crisoftaleína; o umectante inclui etanolaminas, (poli)alquilenoglicóis ou glicerol; o composto básico inclui hidróxido de sódio, carbonato de sódio ou acetato de sódio; e o álcool de cadeia curta inclui metanol, etanol, propanol ou butanol.
5. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de compreende também um sensor de gás sem contato, em que o sensor de gás sem contato monitora o nível de concentração de gás do pelo menos um gás.
6. Sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de compreende ainda: um controlador, em que o controlador é configurado para detectar uma alteração acima de um nível limiar no nível de concentração do gás, quando o artigo absorvente entra em contato com um fluido corporal; em que um aumento no nível de concentração do gás indica que ocorreu a presença de fluido corporal; e em que o controlador é configurado para monitorar constantemente o tempo seco no interior do artigo absorvente; e um dispositivo de sinalização, em que o dispositivo alerta quem estiver usando, um usuário ou uma combinação de ambos, sobre a presença de um fluido corporal no interior do artigo absorvente, o período de tempo durante o qual o artigo absorvente esteve continuamente seco, ou ambos.
7. Sistema, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de sinalização gera um alerta, selecionado entre um sinal sonoro, um sinal vibratório, um sinal visual ou uma combinação desses, e em que pelo menos um alerta é transmitido a um relógio de pulso, rádio, smartphone ou dispositivo de computador em uma localização remota, onde o dispositivo de sinalização pode ser desativado em ou próximo ao artigo absorvente ou remotamente e / ou em que uma unidade de alojamento, que contém o sensor de gás sem contato, controlador e dispositivo de sinalização, está suficientemente próximo do artigo absorvente para detectar o pelo menos um gás.
8. Sistema de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o computador, smartphone ou uma combinação de ambos é adaptado para receber dados do dispositivo de sinalização, gerar pelo menos um relatório utilizando pelo menos uma parte dos dados e prover a um usuário acesso aos dados e ao pelo menos um relatório.
9. Método de transmissão de informação de um artigo absorvente (20), a um usuário, um cuidador ou uma combinação de ambos, compreendendo: monitorar a presença de um primeiro gás emitido a partir de uma primeira substância emissora de gás dentro do artigo absorvente, em que a primeira substância emissora de gás emite o primeiro gás quando o artigo absorvente (20) entra em contato pela primeira vez com um fluido corporal; caracterizado por monitorar a presença de um segundo gás emitido a partir de uma segunda substância emissora de gás dentro do artigo absorvente; em que a segunda substância emissora de gás emite o segundo gás quando o artigo absorvente se aproxima de sua capacidade máxima de absorção; e prover informação ao usuário, cuidador ou ambos, em que a informação é provida por um dispositivo associado ao artigo absorvente, em que o pelo menos dispositivo associado ao artigo absorvente compreende pelo menos duas composições sensíveis a gás, em que a cor do dispositivo se altera de uma primeira maneira, quando o dispositivo entra em contato com o primeiro gás, e em que a cor do dispositivo se altera de uma segunda maneira quando o dispositivo entra em contato com o segundo gás; em que o dispositivo é um crachá, relógio de pulso ou adesivo.
10. Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que um sensor de gás sem contato detecta a presença do pelo menos um gás quando o artigo absorvente entra em contato com um fluido corporal; em que o controlador é configurado para detectar uma alteração acima de um nível limiar na concentração do pelo menos um gás; em que o controlador é configurado para monitorar continuamente o tempo seco dentro do artigo absorvente ; e em que um dispositivo de sinalização alerta uma pessoa que veste, usuário ou ambos sobre a presença de um fluido corporal no artigo absorvente, o período de tempo em que o artigo absorvente esteve continuamente seco, ou ambos.
11. Método de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de sinalização gera pelo menos um alerta, selecionado de um sinal sonoro, um sinal vibratório, um sinal visual ou uma combinação desses, e em que o alerta é transmitido para um relógio de pulso, rádio, smartphone, dispositivo de computador, ou uma combinação desses em uma localização remota, em que pelo menos um alerta é percebido do lado de fora das roupas do usuário e em que pelo menos um alerta é desativado em ou próximo ao artigo absorvente, ou remotamente; opcionalmente, em que o dispositivo de computador ou smartphone é adaptado para receber dados do dispositivo de sinalização, gerar pelo menos um relatório que utiliza pelo menos uma porção dos dados e prover ao usuário acesso aos dados e ao pelo menos um relatório, em que o usuário, o cuidador ou ambos é providos com informação a partir do pelo menos um relatório, para indicar o número de ocorrências de fluidos corporais contidos em um artigo absorvente, indicar a plenitude do artigo absorvente e/ou indicar o período de tempo em que o artigo absorvente esteve continuamente seco.
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