BR102021012285A2

BR102021012285A2 - Método para levantar um primeiro elemento tubular de poço

Info

Publication number: BR102021012285A2
Application number: BR102021012285-4A
Authority: BR
Inventors: Henning Hansen
Original assignee: Aarbakke Innovation As
Priority date: 2020-06-26
Filing date: 2021-06-21
Publication date: 2022-02-08
Also published as: AU2021204357B2; DK3929398T3; BR102021012285B1; US11549315B2; US20210404267A1; EP3929398A1; AU2021204357A1; EP3929398B1

Abstract

método para levantar um primeiro elemento tubular de poço. um método para levantar um primeiro elemento tubular de poço alojado em um segundo elemento tubular de poço fora de contato com o segundo elemento tubular de poço inclui mover uma ferramenta de intervenção em furo de poço para um local onde o primeiro elemento tubular de poço está em contato com o segundo elemento tubular de poço. a ferramenta de intervenção no poço é operada para deslocar uma parede do primeiro elemento tubular até que ou (i) a parede do primeiro elemento tubular entra em contato com o segundo elemento tubular e separa o primeiro elemento tubular de contato com o segundo elemento tubular, ou (ii) uma abertura é feita na parede do primeiro elemento tubular. depois que a abertura é feita, um objeto é deslocado a partir da parede do primeiro elemento tubular até que o objeto entra em contato com o segundo elemento tubular e levanta o primeiro elemento tubular a partir do segundo elemento tubular, em que um espaço anular circunferencialmente contínuo é aberto entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço.

Description

MÉTODO PARA LEVANTAR UM PRIMEIRO ELEMENTO TUBULAR DE POÇO

Referência Cruzada a Pedidos Correlatos

[001] É reivindicada prioridade do pedido provisório US 63/044.929 depositado em 26 de junho de 2020 e incorporado aqui por referência em sua totalidade.

Fundamentos

[002] Esta exposição se refere ao campo de intervenção em poço de subsuperfície. Mais especificamente, a exposição se refere a métodos para preparar um poço de subsuperfície para vedação e abandono permanentes.

[003] Quando furos de poço de subsuperfície estão para ser permanentemente abandonados, a indústria de petróleo e gás tem como um objetivo deixar permanentemente tantos elementos tubulares de poço, por exemplo, tubulação, forro e revestimento no poço quanto possível. Deixar elementos tubulares no poço pode proporcionar o benefício de economizar um custo considerável para remover, transportar e descartar os elementos tubulares e deixar os elementos tubulares no poço pode reduzir grandemente os riscos de segurança e para saúde para o pessoal que executa os procedimentos de abandono. Um benefício substancial em deixar elementos tubulares no poço se acumula para poços ao largo da costa, onde o custo do equipamento de perfuração e/ou tamponamento e abandono para um operador é frequentemente muito alto.

[004] Quando um poço tem tanto revestimento quanto uma tubulação alojada no revestimento, ambos sendo dispostos no poço, procedimentos de abandono que deixam tais elementos tubulares no poço podem requerer vedar um espaço anular entre o revestimento e a tubulação. Um método para criar uma vedação entre a tubulação e o revestimento é colocar um material de barreira, por exemplo cimento, no espaço anular, o chamado “A-annulus”. Depois de vedar o “A-annulus”, uma barreira de fluido pode ser colocada dentro da tubulação. Tal barreira de fluido pode compreender um tampão expansível colocado na tubulação e subsequentemente coberto com cimento.

[005] Porém, poços são frequentemente perfurados a ângulos inclinados a partir da vertical, ou mesmo da horizontal. Mesmo quando poços são perfurados destinados a ser verticais, os poços nunca são precisamente verticais. Mesmo poços pretendidos ser verticais tendem a penetrar o solo a um ângulo inclinação diferentes de zero, ou por pelo menos parte da extensão longitudinal. Uma vez que todos os elementos tubulares de furo de poço são por um certo grau flexíveis, uma tubulação alojada dentro de um revestimento vai ter contato longitudinal com o revestimento ao longo de áreas substanciais da coluna do revestimento.

[006] Para ilustrar o contato acima entre a tubulação e o revestimento, FIG. 1 ilustra parte de um furo de poço tendo uma “coluna” de tubulação 12 (“tubulação” aqui abaixo por conveniência) alojada dentro de uma coluna de revestimento 10 (“revestimento” aqui abaixo por conveniência). O furo de poço é desviado da vertical, às vezes para desvio horizontal pleno. A tubulação 12 pode ser tubulação “unida”, ou seja, feita montando segmentos (“juntas”) de tubulação extremidade com extremidade. Nas extremidades longitudinais de cada junta de tubulação, tipicamente com 10 metros de comprimento, há um acoplamento rosqueado 14 para conectar a junta de tubulação 12 a uma junta de tubulação adjacente 12. Os acoplamentos 14 podem ter um diâmetro externo maior do que o diâmetro externo da tubulação 12 entre as extremidades longitudinais, de maneira tal que os acoplamentos 14 vão estar em contato com o interior do revestimento 10 por causa da gravidade. Devido à flexibilidade das juntas da tubulação, porém, a tubulação 12 vai se recurvar para baixo entre os acoplamentos 14 para fazer contato longitudinal, mostrado em 16, com o revestimento 10. Como resultado, um material de barreira pode ser colocado entre a tubulação 12 e o revestimento 10, mas não eficientemente ou em torno da circunferência completa da tubulação 12 onde o contato longitudinal entre a tubulação e o revestimento está presente.

[007] FIG. 2 é uma vista em corte transversal de uma tubulação 12 em um revestimento 12 em um furo de poço altamente inclinado, em que a tubulação 12 se apoia sobre o revestimento 10 pela ação da gravidade. A tubulação 12 tem os chamados “micro tubos” 18 montados externamente. Tais micro tubos 18 podem ser linhas de potência hidráulicas e de controle, cabos elétricos e/ou de fibra óptica, etc. Como vai ser observado, a tubulação 12 está em contato com o revestimento 10 sobre o lado inferior, devido à gravidade e ao peso da tubulação 12.

[008] FIG. 3 mostra um arranjo de tubulação e revestimento em um poço altamente inclinado como na FIG. 2, mas sem micro tubos.

[009] Tal contato como mostrado nas FIGS. 1, 2 e 3 cria o desafio de um material de barreira circunferencialmente entre a tubulação e o revestimento pela circunferência inteira, pois bombear para dentro tal material de barreira não cai levantar a tubulação fora de contato com o revestimento de modo que a circunferência inteira pode ser preenchida com este material de barreira. Como resultado, áreas onde a tubulação está em contato com o revestimento vão se tornar possíveis caminhos de vazamento.

[0010] Há uma necessidade de métodos para levantar tubulação a partir de revestimento para possibilitar preenchimento em toda circunferência do “A-annulus” com material de barreira.

Sumário

[0011] Um aspecto da presente exposição é um método para levantar um primeiro elemento tubular de poço alojado em um segundo elemento tubular de poço a partir de contato com um segundo elemento tubular de poço. Um método de acordo com este aspecto inclui mover uma ferramenta de intervenção em furo de poço para um local onde o primeiro elemento tubular de poço está em contato com o segundo elemento tubular de poço. A ferramenta de intervenção no poço é operada para deslocar uma parede do primeiro elemento tubular até que ou (i) a parede do primeiro elemento tubular entra em contato com o segundo elemento tubular e separa o primeiro elemento tubular de contato com o segundo elemento tubular, ou (ii) uma abertura é feita na parede do primeiro elemento tubular. Depois que a abertura é feita, um objeto é deslocado a partir da parede do primeiro elemento tubular até que o objeto entra em contato com o segundo elemento tubular e levanta o primeiro elemento tubular a partir do segundo elemento tubular, em que um espaço anular circunferencialmente contínuo é aberto entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço.

[0012] Em algumas modalidades, a abertura é criada por uma ferramenta de intervenção em furo de poço transportada para o primeiro elemento tubular de poço mediante pelo menos um dentre cabo liso, cabo de perfuração, haste capaz de enrolar e tubulação espiralada.

[0013] Em algumas modalidades, deslocar um objeto compreende pelo menos um dentre: (a) estender pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão através da abertura e em contato com o segundo elemento tubular de poço, e (b) recurvar uma aba criada na parede do primeiro furo de poço criando a pelo menos uma abertura até que a aba entra em contato com o segundo elemento tubular de poço.

[0014] Em algumas modalidades, o pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão compreende um parafuso de auto perfuração, auto atarraxável.

[0015] Em algumas modalidades, a abertura que cria a aba é criada mediante pelo menos um dentre fresagem, corte químico e corte por explosivo conformado.

[0016] Em algumas modalidades, o primeiro conduto de poço compreende uma tubulação.

[0017] Em algumas modalidades, o segundo conduto de poço compreende um revestimento.

[0018] Algumas modalidades compreendem adicionalmente preencher o espaço anular circunferencialmente contínuo com um material de barreira.

[0019] Um método de acordo com um outro aspecto desta exposição para levantar um primeiro elemento tubular de poço alojado em um segundo elemento tubular de poço a partir de rom contato com o segundo elemento tubular de poço inclui o seguinte. A ferramenta de intervenção em furo de poço é movida para uma posição selecionada dentro do primeiro elemento tubular de poço. Pelo menos um pino de expansão radial é estendido para fora a partir da ferramenta de intervenção em furo de poço para deformar plasticamente o primeiro elemento tubular de poço próximo do pelo menos um pino de expansão radial. Um espaço anular circunferencialmente contínuo é deste modo aberto entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço.

[0020] Algumas modalidades compreendem adicionalmente estender uma pluralidade de pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si a partir da ferramenta de intervenção em furo de poço. A pluralidade de pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si é disposta em uma mesma posição longitudinal ao longo da ferramenta de intervenção em furo de poço entre si.

[0021] Algumas modalidades compreendem adicionalmente preencher o espaço anular circunferencialmente contínuo com um material de barreira.

[0022] Um método de acordo com um outro aspecto desta exposição para levantar um primeiro elemento tubular de poço alojado em e em contato com um segundo elemento tubular de poço disposto em um poço inclui mover uma ferramenta de intervenção em furo de poço para um local ao longo do primeiro elemento tubular de poço onde o primeiro elemento tubular de poço está em contato com o segundo elemento tubular de poço. A ferramenta de intervenção no poço é operada de modo as deslocar uma parede do primeiro elemento tubular de poço até que ou (i) a parede do primeiro elemento tubular de poço entra em contato com o segundo elemento tubular de poço e separa o primeiro elemento tubular de poço de contato com o segundo elemento tubular de poço, ou (ii) uma abertura é feita na parede do primeiro elemento tubular de poço. Depois que a abertura é feita pelo menos um dentre os seguintes é executado: (a) estender pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão através da abertura e em contato com o segundo elemento tubular de poço; e (b) recurvar uma aba criada na parede do primeiro furo de poço criando a pelo menos uma abertura até que a aba entra em contato com o segundo elemento tubular de poço. Um espaço anular circunferencialmente contínuo é aberto entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço.

[0023] Em algumas modalidades, o pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão compreende um parafuso de auto perfuração, auto atarraxável.

[0024] Em algumas modalidades, a abertura que cria a aba é criada mediante pelo menos um dentre fresagem, corte químico e corte por explosivo conformado.

[0025] Em algumas modalidades, o primeiro conduto de poço compreende uma tubulação.

[0026] Em algumas modalidades, o segundo conduto de poço compreende um revestimento.

[0027] Algumas modalidades compreendem adicionalmente preencher o espaço anular circunferencialmente contínuo com um material de barreira.

[0028] Em algumas modalidades, deslocar a parede do primeiro elemento tubular de poço compreende estender uma pluralidade de pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si a partir da ferramenta de intervenção em furo de poço, a pluralidade de pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si dispostos em uma mesma posição longitudinal ao longo da ferramenta de intervenção em furo de poço entre si.

[0029] Outros aspectos e possíveis vantagens vão ficar evidentes a partir da descrição e reivindicações que se seguem.

Breve Descrição dos Desenhos

[0030] FIG. 1 ilustra uma coluna de tubulação dentro de uma coluna de revestimento em um furo de poço não vertical (desviado).

[0031] FIG. 2 ilustra a coluna de tubulação colocada dentro de um revestimento.

[0032] FIG. 3 ilustra o mesmo que a FIG. 2, mas sem “micro tubos”.

[0033] FIG. 5 ilustra quantas diversas cavilhas podem ser inseridas através da parede da tubulação.

[0034] FIG. 6 ilustra um outro método de levantar a tubulação a partir do revestimento criando uma aba recurvável na parede da tubulação.

[0035] FIG. 7 mostra uma vista em corte transversal de duas abas na tubulação como na FIG 6, recurvadas para fora para mover a tubulação para fora a partir da parede interior do revestimento.

[0036] FIG. 8 mostra uma modalidade exemplificativa.

[0037] FIG. 9 mostra como uma área de contato entre um pino de contato radial e a tubulação pode se deformar plasticamente quando se usa um aparelho como na FIG. 8.

Descrição Detalhada

[0038] Como uma explicação geral de métodos de acordo com a presente exposição, tais métodos incluem mover uma ferramenta de intervenção em furo de poço para um local predeterminado ao longo de um primeiro elemento tubular de poço alojado no interior de um segundo elemento tubular de poço. O local predeterminado pode ser onde o primeiro elemento tubular está em contato com o segundo elemento tubular de modo a interromper circunferencialmente um espaço anular entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço, como explicado na seção Fundamentos aqui. A ferramenta de intervenção no poço é operada de modo a deslocar uma parede do primeiro elemento tubular de poço. O deslocamento da parede do primeiro elemento tubular de poço pode estar na forma de recurvamento localizado ou criação de uma abertura. O deslocamento da parede do primeiro elemento tubular continua até que ou (i) no caso de recurvamento localizado, a parede do primeiro elemento tubular de poço entra em contato com o segundo elemento tubular de poço e separa o primeiro elemento tubular de poço de contato com o segundo elemento tubular de poço, ou (ii) uma abertura é feita na parede do primeiro elemento tubular de poço. No caso onde uma abertura é feita na parede do primeiro elemento tubular de poço, pelo menos um dos seguintes é executado: (a) estender pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão através da abertura e em contato com o segundo elemento tubular de poço, e (b) recurvar uma aba criada na parede do primeiro furo de poço criando a pelo menos uma abertura até que a aba entra em contato com o segundo elemento tubular de poço, em que um espaço anular circunferencialmente contínuo é aberto entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço. Várias modalidades exemplificativas de métodos de acordo com a exposição vão ser agora explicadas com referência às FIGS. 4 a 9.

[0039] FIG. 4 ilustra uma modalidade exemplificativa de ferramenta de intervenção em furo de poço 1. Na presente modalidade exemplificativa, a ferramenta de intervenção em furo de poço pode ser usada para deslocar a parede do primeiro elemento tubular de poço para criar uma ou mais aberturas no primeiro elemento tubular de poço, por exemplo, a tubulação 12. O primeiro elemento tubular de poço, por exemplo, a tubulação 12 como explicado acima, é alojado em um segundo elemento tubular de poço, por exemplo, o revestimento 10. A ferramenta de intervenção em furo de poço 1 pode ser, por exemplo, uma ferramenta como descrita na patente US 10.370.919 concedida para Hansen et al. A ferramenta de intervenção em furo de poço 1 pode criar uma ou mais aberturas na tubulação 12 usando um dispositivo de penetração 5 estendido lateralmente para fora a partir de um alojamento de ferramenta 1A e uma ou mais penetrações 6 ou aberturas feitas através da tubulação 12. O dispositivo de penetração 5 pode ser estendido mecanicamente ou hidraulicamente a partir do alojamento 1A por um módulo de potência 5A. O módulo de potência 5A pode compreender um motor para girar o dispositivo de penetração 5 e um mecanismo de extensão para estender seletivamente o dispositivo de penetração de uma distância lateral determinável a partir do alojamento 1A. O dispositivo de penetração 5 pode compreender um meio para penetrar na parede da tubulação 12, tal como uma broca de perfuração, punção, aríete ou qualquer outro dispositivo que pode ser desenvolvido pela ferramenta de intervenção em furo de poço para criar uma abertura na tubulação 12.

[0040] A ferramenta de intervenção em furo de poço 1 pode também ter a capacidade de inserir um tampão, cavilha, pino ou outro dispositivo através da uma ou mais aberturas 6 depois de retrair o dispositivo de penetração 5 como descrito mais completamente na patente ‘919 de Hansen et al..

[0041] A ferramenta de penetração no furo de poço 1 pode ser transportada para dentro do poço usando qualquer meio de transporte conhecido, incluindo meios de transporte que não requerem o uso de um aparelho de içamento de elemento tubular de furo de poço tal como uma unidade de perfuração ou unidade de recondicionamento. Por exemplo, o meio de transporte pode ser cabo elétrico blindado (cabo de perfuração), tubulação espiralada, cabo liso ou haste capaz de enrolar semirrígida estendida a partir de um guincho. Assim, a uma ou mais penetrações 6 podem ser feitas sem o uso de tal aparelho de içamento de elemento tubular.

[0042] Depois de fazer a uma ou mais penetrações 6 na tubulação 12, e com referência à FIG. 5, uma cavilha, tampão, pino ou qualquer dispositivo similar, mostrado em 22, pode ser inserido pela ferramenta de intervenção em furo de poço (1 na FIG. 4) em cada abertura 6 feita na tubulação 12 através da parede da tubulação, de modo que a tubulação 12 é levantada para cima a partir do revestimento 10, isto é, afastada de contato com o revestimento 10. Um dispositivo apropriado que desempenha a função de um pino, cavilha ou tampão é qualquer elemento conformado que pode ser movido através das penetrações ou aberturas 6 para solicitar a tubulação 12 para fora de contato com o revestimento 10. Assim, independentemente da forma ou formato, qualquer outro dispositivo que desempenha esta função está dentro do escopo desta exposição.

[0043] Embora o segundo elemento tubular de poço ou elemento tubular externo seja é referido como um revestimento, vai ser apreciado que a presente exposição se aplica igualmente para forro, que é um elemento tubular de poço que não se estende em um poço de volta para a superfície da Terra. As cavilhas, tampões, pinos ou dispositivos similares 22 podem ser movidos para dentro da parede da tubulação, por exemplo, por rosqueamento ou por encaixe por interferência. Em algumas modalidades, as cavilhas 22 podem ser parafusos de auto perfuração, auto atarraxáveis que podem ser axialmente solicitados e girados pela ferramenta de intervenção em furo de poço (1 na FIG. 4) de maneira tal que é desnecessário criar as penetrações ou aberturas 6 antes da inserção das cavilhas 22. O número de cavilhas, pinos ou tampões 22 não é crítico, mas pode ser esperado de maneira razoável que 2 a 4 cavilhas, pinos, ou tampões circunferencialmente espaçados entre si devam ser suficientes para levantar a tubulação 12 para deixar um espaço anular circunferencialmente contínuo 11 entre a tubulação 12 e o revestimento 10, dependendo da capacidade da ferramenta de intervenção em furo de poço (1 na FIG. 4) para colocar os pinos, tampões ou cavilhas nas respectivas penetrações 6 (ou parafusos de auto perfuração auto atarraxáveis, se usados).

[0044] FIG. 6 ilustra uma outra modalidade exemplificativa de um método para levantar a tubulação 12 a partir do revestimento 10, onde a ferramenta de intervenção em furo de poço (1 na FIG. 1) ou uma outra ferramenta desloca ou corta a parede da tubulação 12 em um ou mais lugares em um padrão 24 para criar uma aba recurvável 26 neste corte. A ferramenta de intervenção em furo de poço (1 na FIG. 4) ou uma outra ferramenta pode então empurrar a aba 26 para foral para fazer a aba 26 contatar a parede interior do revestimento 10. Um recurvamento continuado da aba 26 vai então levantar a tubulação 12 a partir do revestimento (10 na FIG. 5). Em algumas modalidades, empurrar a aba 26 para foral para o revestimento (10 na FIG. 5) pode compreender estender o dispositivo de penetração (5 na FIG. 4) pata dentro da aba 26. O dispositivo de penetração (5 na FIG. 4) pode ser operado de modo que ele só exerce força radialmente para fora contra a aba 26, mas não opera para criar uma abertura na aba 26. O padrão 24 pode ser, por exemplo, um corte em formato de V ou U na parede da tubulação 12, porém o formato exato do padrão 24 só é limitado pelos critérios que a aba 24 permaneça ligada à tubulação 12 e proporcione uma estrutura suficientemente resistente para suportar o peso local da tubulação 12 quando ela é levantada a partir do revestimento 10 depois que a aba 24 é recurvada para fora. A ferramenta de intervenção em furo de poço (1 na FIG. 4) ou uma outra ferramenta pode empurrar a aba 26 para fora pelo uso de, por exemplo, energia hidráulica.

[0045] O padrão 24 pode ser cortado, por exemplo e sem limitação, por uma fresa rotativa, chama, cortador químico ou cortador por explosivo conformado transportado pela ferramenta de intervenção em furo de poço ou uma outra ferramenta.

[0046] FIG. 7 ilustra como a(s) aba(s) 26 é(são) conformada(s) depois de recurvamento a fim de contatar o revestimento (10 na FIG. 5) para levantar a tubulação 12 a partir do revestimento.

[0047] Depois que a tubulação 12 é levantada a partir do revestimento 10 para criar um espaço anular circunferencialmente contínuo (ver FIG. 5) de acordo com qualquer uma das modalidades aqui descritas, operações adicionais podem ser conduzidas, tais como preencher parte do espaço anular com material de barreira.

[0048] Em uma outra modalidade possível, mostrada na FIG. 8, uma ferramenta de intervenção em furo de poço 81 pode ser disposta na tubulação 12 por uma profundidade em que é desejado levantar a tubulação 12 a partir de contato com o revestimento 10. A ferramenta de intervenção em furo de poço 81 pode compreender um ou mais pinos de expansão elementos tubulares radialmente extensíveis 85, circunferencialmente espaçados entre si, se mais do que um é usado. A modalidade exemplificativa mostrada na FIG. 8 compreende dois pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si 85, porém, em várias modalidades, mais ou menos de tais pinos de expansão radial podem ser usados. Os pinos de expansão radial 85 podem ter qualquer formato conveniente possibilitando retração radial substancialmente ou inteiramente dentro da ferramenta de intervenção em furo de poço 81 para movimento ao longo do interior da tubulação 12, e tendo meios para estender radialmente (não mostrado) o pino de expansão radial 85 em tempos pré-programados ou por controle a partir da superfície. Meios para estender radialmente podem incluir, sem limitação, um pistão ou aríete disposto em um cilindro hidráulico, um motor, combinação de porca esférica e parafuso de levantar ou qualquer outro dispositivo apropriado para solicitar o respectivo pino de expansão radial 8 para fora a partir da ferramenta de intervenção em furo de poço 81. FIG. 9 mostra que quando força suficiente é aplicada ao(s) pino(s) de expansão radial 85, uma área de contato, mostrada em 12A, entre o pino de contato radial 85 e a tubulação 12 pode se deformar plasticamente. A área de contato então serve para levantar a tubulação 12 a partir de contato com o revestimento 10 de modo a criar um espaço anular circunferencialmente contínuo 11 na vizinhança da área de contato 12A. Em modalidades de uma ferramenta de intervenção em furo de poço tendo mais do que um pino de expansão radial circunferencialmente espaçado, por exemplo, dois como mostrado na FIG. 9, os pinos de expansão radial podem ser dispostos substancialmente na mesma posição longitudinal ao longo da ferramenta de intervenção em furo de poço de modo que a força reativa proveniente da expansão da tubulação 12 pode se tornar substancialmente neutra com respeito ao eixo da ferramenta de intervenção em furo de poço 81. “Substancialmente na mesma posição longitudinal” no presente contexto inclui quaisquer diferenças entre as respectivas posições longitudinais necessitadas por limitações de espaço dentro da ferramenta de intervenção em furo de poço 81.

[0049] Métodos de acordo com a presente exposição para levantar uma tubulação de poço a partir de um revestimento de poço pode possibilitar colocar um material de barreira sem a necessidade de uso de um guincho para puxar a tubulação para fora do revestimento, economizando deste modo tempo e custo.

[0050] À luz dos princípios e modalidades exemplificativas descritos e ilustrados aqui, vai ser reconhecido que as modalidades exemplificativas podem ser modificadas em arranjo e detalhe sem sair de tais princípios. A discussão acima foi focada sobre modalidades específicas, mas outras configurações são também contempladas. Em particular, mesmo que expressões tais como em “uma modalidade,” ou similares sejam usadas aqui, estas frases são entendidas como possibilidades de modalidades geralmente de referência, e não são destinadas a limitar a exposição a configurações de modalidade particulares. Como usado aqui, estes termos podem se referir às mesmas ou diferentes modalidades que são combináveis em outras modalidades. Via de regra, qualquer modalidade referenciada aqui é livremente combinável com qualquer uma ou mais das outras modalidades referenciadas aqui, e qualquer número de características de diferentes modalidades são combináveis entre si, a menos de indicado de outro modo. Embora apenas uns poucos exemplos tenham sido descritos em detalhe acima, aqueles especializados na técnica vão apreciar prontamente que muitas modificações são possíveis dentro do escopo dos exemplos descritos. Consequentemente, todas estas modificações são destinadas a ser incluídas dentro do escopo desta exposição como definida nas reivindicações que se seguem.

Claims

Método para levantar um primeiro elemento tubular de poço alojado em e em contato com um segundo elemento tubular de poço disposto em um poço, caracterizado pelo fato de que compreende:
mover uma ferramenta de intervenção em furo de poço para um local ao longo do primeiro elemento tubular de poço onde o primeiro elemento tubular de poço está em contato com o segundo elemento tubular de poço;
operar a ferramenta de intervenção no poço de modo a deslocar uma parede do primeiro elemento tubular de poço até que ou (i) a parede do primeiro elemento tubular de poço entra em contato com o segundo elemento tubular de poço e separa o primeiro elemento tubular de poço de contato com o segundo elemento tubular de poço, ou (ii) uma abertura é feita na parede do primeiro elemento tubular de poço; e
depois que a abertura é feita, deslocar um objeto a partir da parede do primeiro elemento tubular de poço até que o objeto entra em contato com o segundo elemento tubular de poço e levanta o primeiro elemento tubular de poço do segundo elemento tubular de poço, em que um espaço anular circunferencialmente contínuo é aberto entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço.
Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que deslocar um objeto compreende pelo menos um dentre: (a) estender pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão através da abertura e em contato com o segundo elemento tubular de poço, e (b) recurvar uma aba criada na parede do primeiro furo de poço criando a pelo menos uma abertura até que a aba entra em contato com o segundo elemento tubular de poço.
Método de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão compreende um parafuso de auto perfuração, auto atarraxável.
Método de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a abertura que cria a aba é criada mediante pelo menos um dentre fresagem, corte químico e corte por explosivo conformado.
Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o primeiro elemento tubular de poço compreende uma tubulação.
Método de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pelo fato de que o segundo elemento tubular de poço compreende um revestimento.
Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente preencher o espaço anular circunferencialmente contínuo com um material de barreira.
Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que deslocar a parede do primeiro elemento tubular de poço compreende estender uma pluralidade de pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si a partir da ferramenta de intervenção em furo de poço, a pluralidade de pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si disposta em uma mesma posição longitudinal ao longo da ferramenta de intervenção em furo de poço entre si.
Método para levantar um primeiro elemento tubular de poço alojado em e em contato com um segundo elemento tubular de poço disposto em um poço, caracterizado pelo fato de que compreende:
mover uma ferramenta de intervenção em furo de poço para um local ao longo do primeiro elemento tubular de poço onde o primeiro elemento tubular de poço está em contato com o segundo elemento tubular de poço;
operar a ferramenta de intervenção no poço para criar pelo menos uma abertura em uma parede do primeiro elemento tubular no local; e
pelo menos um dentre, (i) estender pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão através da abertura e em contato com o segundo elemento tubular de poço, e (ii) recurvar uma aba criada na parede do primeiro furo de poço criando a pelo menos uma abertura até que a aba entra em contato com o segundo elemento tubular de poço, em que um espaço anular circunferencialmente contínuo é aberto entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço.
Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a abertura é criada por uma ferramenta de intervenção em furo de poço transportada para o primeiro elemento tubular de poço mediante pelo menos um dentre cabo liso, cabo de perfuração, haste capaz de enrolar e tubulação espiralada.
Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um dentre uma cavilha, um pino e um tampão compreende um parafuso de auto perfuração, auto atarraxável.
Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a abertura que cria a aba é criada mediante pelo menos um dentre fresagem, corte químico e corte por explosivo conformado.
Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o primeiro elemento tubular de poço compreende uma tubulação.
Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o segundo elemento tubular de poço compreende um revestimento.
Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente preencher o espaço anular circunferencialmente contínuo com um material de barreira.
Método para levantar um primeiro elemento tubular de poço alojado em e em contato com um segundo elemento tubular de poço disposto em um poço, caracterizado pelo fato de que compreende:
mover uma ferramenta de intervenção em furo de poço para uma posição dentro do primeiro elemento tubular de poço em que o primeiro elemento tubular de poço está em contato com o segundo elemento tubular de poço;
estender pelo menos um pino de expansão radial para fora a partir da ferramenta de intervenção em furo de poço para deformar plasticamente o primeiro elemento tubular de poço próximo do pelo menos um pino de expansão radial, em que um espaço anular circunferencialmente contínuo é aberto entre o primeiro elemento tubular de poço e o segundo elemento tubular de poço.
Método de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente estender uma pluralidade de pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si a partir da ferramenta de intervenção em furo de poço, a pluralidade de pinos de expansão radial circunferencialmente espaçados entre si disposta em uma mesma posição longitudinal ao longo da ferramenta de intervenção em furo de poço entre si
Método de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente preencher o espaço anular circunferencialmente contínuo com um material de barreira.