BR102020017993A2 - Processo e equipamento de eletroenergização de fluidos por armadilha de elétrons direcionada e uso de um fluido eletroenergizado correspondente - Google Patents

Processo e equipamento de eletroenergização de fluidos por armadilha de elétrons direcionada e uso de um fluido eletroenergizado correspondente Download PDF

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Abstract

A presente invenção se refere a um processo e equipamento de eletroenergização de fluidos por armadilha de elétrons direcionada, compreendendo a operação direcionada de uma ou mais armadilhas de elétrons, aplicando-se concomitantemente a um fluido (F) tensão e corrente elétricas através de meios de energização comutáveis (500) e campos magnéticos por meio de bobinas (400), para promover (i) o sequestro de elétrons ou (ii) a acumulação de elétrons e/ou (iii) a alternância de uma ou mais atividades de sequestro e de acumulação, obtendo a quantidade exata de íons com as cargas almejadas ou, ainda, promover eventuais ajustes e correções dos níveis de íons do fluido (F) em processo, para obter um fluido final (F) com características sensoriais predeterminadas. A presente invenção se refere ainda ao uso de um fluido eletroenergizado correspondente.

Description

PROCESSO E EQUIPAMENTO DE ELETROENERGIZAÇÃO DE FLUIDOS POR ARMADILHA DE ELÉTRONS DIRECIONADA E USO DE UM FLUIDO ELETROENERGIZADO CORRESPONDENTE Campo de aplicação
[001] A presente invenção pertence ao campo do tratamento, purificação e modificação das características de fluidos por meio de campos eletromagnéticos e processos físico-químicos.
Introdução
[002] A presente invenção se refere a um processo e a um equipamento para a eletroenergização de fluidos, em que a operação direcionada de uma ou mais armadilhas de elétrons, possibilita o sequestro ou a acumulação de elétrons do meio e, assim, o controle integral da diferença de potencial elétrico final do meio, carregando-o eletrostaticamente e proporcionando ao consumidor do fluido uma percepção sensorial inédita resultado de uma descarga elétrica específica, aqui chamada de descarga elétrica sensorial.
[003] Além disso, a presente invenção se refere ao uso de um fluido eletroenergizado correspondente.
[004] O processo de acordo com a invenção é aplicável a fluidos eletrocondutores de qualquer natureza que podem ser escolhidos, mas não se limitando aos fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos.
[005] Os fluidos podem estar dispostos em contentores tais como recipientes intermediários, depósitos de fluidos, tanques de decantação, tanques de fermentação, tanques de refrigeração (conservação) ou similares ou também envasados em suas embalagens de transporte e/ou embalagens definitivas.
[006] O processo da invenção visa a energização e ativação de um fluido por meio da utilização de uma armadilha de elétrons direcionada de modo a permitir a energização "de fora para dentro" e "de dentro para fora" do contentor em que se encontra o fluido.
[007] A presente invenção se refere também a um equipamento para a energização de fluidos por meio de uma armadilha de elétrons.
Estado da técnica
[008] O estado da técnica está repleto de soluções que buscam a energização ou ativação de fluidos, para as mais variadas funções, mas sempre se utilizando de meios como descargas elétricas, ímãs, eletroímãs, eletrólise, agitação mecânica, sujeição a raios UV, infravermelhos e similares. Outros documentos conhecidos revelam a intenção de energização por meio da adição de produtos químicos, gases como hidrogênio, oxigênio, peróxido de hidrogênio e similares, fluidos, inclusão temporária ou permanente de metais, pedras, rochas e similares.
[009] Assim, há diversos registros de soluções de energização, mas nenhuma especificamente voltada para a eletroenergização por meio de uma armadilha de elétrons direcionada, capaz de alterar de forma dirigida e intencional as propriedades físico-químicas do fluido sem alterar as suas características fundamentais e, em especial, sem alterar suas propriedades organolépticas, carregando-o eletrostaticamente e proporcionando ao consumidor do fluido uma percepção sensorial inédita resultado de uma descarga elétrica específica.
[010] A leitura e análise dos ensinamentos do estado da técnica expõe, dentre outras coisas, a pobreza de detalhamento dos tipos de energização almejadas (se por excesso ou falta de elétrons) e, assim, a falta gritante de ensinamentos a respeito do direcionamento das armadilhas de elétrons para fins de energização de fluidos e, consequentemente, a ausência de descrição dos efeitos pretendidos para os usuários.
[011] Um exemplo do estado da técnica pertinente é a "máquina para o carregamento de água" do documento patentário norte-americano de número US 5,925,292, que revela uma máquina para carregar água, em que a água a ser tratada é movimentada de modo alternado (ascendente e descendente) em um conjunto de vórtices, introduzindo-se oxigênio na corrente de água para prover uma extensão da validade (tempo de armazenamento) por meio da incorporação de oxigênio gasoso e, eventualmente, por meio da exposição da água a um campo magnético negativo ou positivo e a um campo piezelétrico para criar um substancial potencial zeta.
[012] O conceito de US 5,925,292 não se baseia em uma armadilha de elétrons e tampouco se preocupa com o sequestro ou aprisionamento de elétrons. Trata-se de uma solução complexa que demanda elementos de condução de água de forma e confecção sofisticadas e onerosas e o uso de bombas de recalque, ímãs e cristais piezelétricos. Além disso, essa solução se concentra preponderantemente na oxigenação ou aeração do fluido em detrimento de uma armadilha de elétrons e de um direcionamento da energização, e, finalmente, precisa da circulação ou movimentação do fluido para acontecer, o que leva à passagem do fluido por diversos elementos e materiais, aumentando o risco de contaminação do fluido. Além disso, o documento US 5,925,292 não faz nenhuma menção a alterações de percepção sensorial resultantes da eletroenergização do fluido em tratamento.
[013] Uma forma semelhante à analisada acima é a revelada pelo documento patentário norte-americano de número US 6,164,332 que trata de um aparelho para a fabricação de água com magnetismo alinhado ao fluxo. As desvantagens ou omissões dessa patente são as mesmas da solução de US 5,925,292.
[014] Outros documentos pertinentes são os documentos patentários US 5,288,401, CN 10275715 e WO 2014053865, dentre outros, os quais igualmente apresentam deficiências similares às supracitadas e, adicionalmente, carregam a dificuldade de se aplicar apenas a grandes bateladas em larga escala, sem considerar os fluidos contidos em contentores menores e também não descrevem e nem sugerem alterações de percepção sensorial resultantes da eletroenergização do fluido em tratamento.
[015] Como pode ser inferido a partir da descrição do estado da técnica, existe espaço e demanda para um processo de eletroenergização por meio de uma armadilha de elétrons direcionada, capaz de alterar de forma dirigida e intencional as propriedades físico-químicas do fluido sem alterar as suas características fundamentais e, em especial, sem alterar suas propriedades organolépticas, proporcionando ao consumidor do fluido uma percepção sensorial inédita resultado de uma descarga elétrica específica.
Objetivos da invenção
[016] Um dos objetivos da presente invenção é, portanto, prover um processo para a energização de fluidos de acordo com as características da reivindicação 1 do quadro reivindicatório anexo.
[017] Outro objetivo da presente invenção é o provimento de um equipamento para a energização de fluidos de acordo com as características da reivindicação 7 do quadro reivindicatório anexo.
[018] Outro objetivo ainda da presente invenção é o uso de um fluido energizado de acordo com as características da reivindicação 16 do quadro reivindicatório anexo
[019] Demais características e detalhamentos das características são representados pelas reivindicações dependentes.
Breve descrição das figuras
[020] Para melhor entendimento e visualização do objeto da presente invenção, este será agora descrito com referência à figura anexa, representando o efeito técnico obtido por meio de uma modalidade exemplar não limitante do escopo da presente invenção, em que:
Figura 1: apresenta uma vista lateral em perspectiva de um fluido submetido a um processo de acordo com a invenção, em um equipamento de acordo com a invenção, representando o aprisionamento de elétrons.
Descrição detalhada da invenção
[021] A descrição detalhada da invenção será feita baseada na figura supracitada, porém de modo não limitante às mesmas, sendo o texto a seguir dividido em processo e equipamento e uso, de acordo com o escopo reivindicatório.
Processo e Equipamento
[022] O processo para a eletroenergização de fluidos, de acordo com a invenção, compreende a operação direcionada de uma ou mais armadilhas de elétrons, modificando um fluido inicial por meio do sequestro e/ou acumulação de elétrons, controlando a diferença de potencial elétrico e obtendo um fluido final energizado de modo direcionado e controlado.
[023] Um fluido (F), de acordo com a invenção, é um fluido eletrocondutor de qualquer natureza que pode ser escolhido, mas não se limitando a fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos.
[024] Um meio fluido (F), de acordo com a invenção, é uma formulação aquosa compreendendo um ou mais fluidos de acordo com a invenção e, ainda, podendo compreender fluidos adicionais como conservantes, corantes, estabilizantes, aromatizantes, emulsificadores, adoçantes e demais elementos afins e usualmente utilizados nos fluidos supracitados.
[025] Uma armadilha de elétrons de acordo com a invenção é um equipamento (100) para a eletroenergização de fluidos (F) provido de meios para conter um ou mais fluidos iniciais e/ou finais (200), meios de energização comutáveis (500), pelo menos um cátodo (310), pelo menos um eletrodo (300) imerso no fluido (F) e isolado do contentor (200), pelo menos um ânodo (320), pelo menos um centelhador para um cátodo (311) e pelo menos um centelhador para o ânodo (321), sendo o equipamento (100) capaz de energizar uma formulação aquosa inicial, sequestrando ou acumulando elétrons através de uma armadilha de elétrons, por meio da aplicação de uma tensão elétrica com uma corrente elétrica, em fluxo contínuo e/ou intermitente e/ou em bateladas, obtendo-se uma formulação aquosa final, com íons positivos (sequestro de elétrons) e/ou negativos (acumulação de elétrons).
[026] O cátodo (310) e o ânodo (320) são separados, respectivamente, do eletrodo (300) e do recipiente (200) por meio de centelhadores (311, 321) ou dispositivos similares capazes de atuar como dispositivo para transmissão de energia elétrica por meio de centelhamento (spark gap), ou seja, sem contato elétrico. Dessa forma evita-se o aterramento ou fuga de corrente indesejados para a presente invenção, uma vez que o aterramento é um empecilho ao aprisionamento de elétrons. Tais spark gaps devem existir a fim de se obter as condições necessárias para a criação da armadilha de elétrons.
[027] Os meios para conter um ou mais fluidos iniciais e/ou finais de uma armadilha de elétrons de acordo com a invenção, são contentores (200) fabricados em material isolante ou revestidos com material isolante, preferencialmente de material isolante e de parede com espessura tal que permita a passagem de correntes elétricas periféricas e/ou induzidas e/ou de fuga quando e no local de contato com materiais condutores diferentes do fluido que contêm. Os contentores (200) podem ser, mas não se limitando a recipientes intermediários, depósitos de fluidos, tanques de decantação, tanques de fermentação, tanques de refrigeração (conservação) ou similares ou também envasados em suas embalagens de transporte e/ou embalagens definitivas.
[028] Os meios de energização comutáveis (500) de uma armadilha de elétrons de acordo com a invenção, são fontes de energia elétrica dotadas de pelo menos um eletrodo (300), condutor, ligado eletricamente e/ou magneticamente à fonte de energia elétrica (500) e que será introduzido no recipiente (200), mais especificamente, mergulhado no fluido (F) para a eletroenergização deste.
[029] É de se notar que, independentemente do uso de fonte de energia elétrica de corrente contínua ou de corrente alternada, os testes práticos complementares aos estudos da presente invenção deixam evidente que quanto maior a tensão aplicada, melhor e mais intensa é a harmonização do fluxo de elétrons resultante no interior do fluido. A escolha da intensidade da corrente elétrica acompanha o mesmo raciocínio, ou seja, quanto maior a corrente aplicada mais uniforme é o fluxo de elétrons.
[030] Estas considerações, entretanto, não devem ser entendidas como limitantes das aplicações da presente invenção, uma vez que a escolha dos níveis de tensão e corrente dependerá do tipo de fluido escolhido, das condições e características do fluido, do contentor pelo qual é contido, de eventuais objetos mergulhados total ou parcialmente no mesmo e demais condições que possam influenciar as características dielétricas do conjunto.
[031] Isto posto, há de se considerar o uso tanto de tensões e correntes baixas quanto o uso de tensões e correntes altas.
[032] Fontes de energia elétrica (500) adequadas de acordo com a invenção devem possibilitar diferenças de potencial elétrico entre 0 e 10 GV, preferencialmente e não se limitando a uma faixa entre 10 kV e 100kV. A escolha da tensão dependerá essencialmente do tipo de fluido (F) a ser energizado, do tempo de energização pretendido e da presença ou não de objetos mergulhados no fluido, além, é claro, das propriedades dielétricas do recipiente (200).
[033] Fontes de energia elétrica (500) adequadas de acordo com a invenção devem possibilitar correntes elétricas entre 1,0x10-9 A 0 e 10 kA, preferencialmente entre 1,0x10-6 0 e 1 kA. A escolha da intensidade da corrente elétrica dependerá essencialmente do tipo de fluido (F) a ser energizado, do tempo de energização pretendido e da presença ou não de objetos mergulhados no fluido (F), além, é claro, das propriedades dielétricas do recipiente (200).
[034] O eletrodo (300) deve ser de material condutor com características adequadas à tensão e corrente elétrica da fonte de energia elétrica e tal que não contamine o fluido (F) ou qualquer objeto ou elemento contido pelo recipiente (200).
[035] Os eletrodos (300) devem ser fabricados em materiais adequados, sendo, preferencialmente, mas não se limitando a materiais à base de óxidos para aumentar rendimento de eletroenergização, através da função de semicondutores direcionados e controlados. Os materiais podem ser também considerados, mas não se limitando a materiais como aço inoxidável, também poderão ser revestidos por tratamentos da superfície de inox, além de materiais cerâmicos, óxidos de metais, grafenos, fulerenos e demais materiais adequados.
[036] É importante mencionar a utilização concomitante de meios de energização adicionais como, por exemplo, bobinas externas (400) dispostas ao redor do recipiente (200) para a indução da corrente elétrica por eletromagnetismo através da parede do recipiente (200), entre as bobinas elétricas (400) e o eletrodo (300). No uso de bobinas (400), é de se notar que estas deverão resultar em uma polaridade distinta da polaridade do eletrodo (300), para dispensar qualquer meio de aterramento.
[037] O uso das bobinas externas (400) auxilia no provimento de indução magnética direcionada que, em conjunto com a eletroenergização dos eletrodos (300), amplificará o efeito direcionado da obtenção de um fluido final (F) energizado de modo direcionado e controlado, sendo este fluido (F) capaz de proporcionar percepção sensorial inédita por meio de uma descarga elétrica específica imposta ao usuário no momento do consumo.
[038] No processo de acordo com a invenção, a aplicação de tensão e corrente e, eventualmente, de campos magnéticos, pode servir (i) unicamente ao sequestro de elétrons (direcionamento positivo) ou (ii) unicamente à acumulação de elétrons (direcionamento negativo), podendo ainda (iii) haver alternância de uma ou mais atividades de sequestro e de acumulação (direcionamento misto ou alternado), possibilitando obter a quantidade exata de íons com as cargas almejadas (direcionamento positivo ou negativo) ou, ainda, promover eventuais ajustes e correções dos níveis de íons do fluido em processo (direcionamento misto ou alternado) para obter um fluido final com as características sensoriais desejadas, predeterminadas de acordo com a aplicação e finalidade pretendidas para o fluido (F) e sua energização.
[039] No contexto da presente invenção, o termo "sequestro de elétrons" significa que, no caso do fluido energizado, os íons negativos migram para o polo positivo da corrente elétrica de polaridade constante mergulhada no fluido, provocando um desejado excesso de íons hidrogênio (H+) ou de cátions e o consequente aumento da acidez do fluido.
[040] No contexto da presente invenção, o termo "acumulação de elétrons" significa que, no caso do fluido energizado, os íons positivos migram para o polo negativo da corrente elétrica de polaridade constante mergulhada no fluido, provocando um desejado excesso de íons hidroxila (OH-) ou de ânions e o consequente aumento da do fluido.
[041] No caso do direcionamento positivo ou de sequestro de elétrons, o processo cria um diferencial positivo e a consequente acidulação do fluido. Nessa modalidade do processo, a sensibilidade eletrostática do fluido resultante se dá entre as cargas positivas do fluido e os elétrons dos lábios e boca do usuário, em que, no momento do contato do usuário com o fluido, os elétrons fluem do usuário para o fluido para compensar o diferencial de elétrons do sistema formado por usuário/fluido eletroenergizado. A percepção sensorial compreende um leve choque na boca, similar, porém inferior à descarga eletrostática que é sentida ao descer de um carro em dias muitos secos. Quanto maior o diferencial, maior será o choque e mais intensa será a percepção sensorial pelo usuário.
[042] Já no caso do direcionamento negativo ou de acúmulo de elétrons, o processo cria um diferencial negativo e a consequente alcalinização do fluido. Nessa modalidade do processo, a sensibilidade eletrostática do fluido resultante se dá entre os elétrons do fluido e as cargas positivas dos lábios e boca do usuário, em que, no momento do contato do usuário com o fluido, os elétrons fluem do fluido para o usuário para compensar o diferencial de elétrons do sistema formado por usuário/fluido eletroenergizado. A percepção sensorial compreende igualmente um leve choque na boca, porém menos intenso e mais agradável do que o choque do direcionamento positivo. Aqui também vale a premissa de que quanto maior o diferencial, maior será o choque e mais intensa será a percepção sensorial pelo usuário.
[043] No caso do direcionamento misto ou alternado, que compreende a alternância de uma ou mais atividades de sequestro e/ou de acumulação, reforçado pelo uso de bobinas (400), pode-se promover eventuais ajustes e correções dos níveis de íons do fluido (F) em processo para obter um fluido final (F) com as características sensoriais desejadas. Este direcionamento misto ou alternado pode ser tanto misto quando alternado quanto ocorrer em conjunto.
[044] É de se notar que a sensação de leve choque percebida pelo usuário depende também de suas próprias condições de aterramento, humidade relativa, temperatura, pressão atmosférica, quantidade de massa, sendo a percepção diferente para cada indivíduo, podendo ser mais ou menos intensa.
[045] É de se notar ainda que um efeito adicional positivo e desejável da eletroenergização de acordo com a invenção é a eletrodescontaminação do fluido obtido.
[046] Por fim, a eletroenergização da invenção é capaz de prover e imprimir ao fluido uma marca sensorial, inequivocamente relacionada ao fluido e, por conseguinte, ao seu fabricante.
[047] Em uma modalidade preferencial não limitante da presente invenção, os centelhadores (311, 321) são substituídos por meios de aterramento comutáveis, ou seja, que podem ser ligados ao contentor (200) durante a circulação da corrente elétrica e desligados do contentor (200) no momento mais propício para o sequestro ou acumulação de elétrons. Já no uso de bobinas externas (400), é de se notar que estas deverão resultar em uma polaridade distinta da polaridade do eletrodo, sendo o meio de aterramento dispensado.
[048] O efeito técnico novo atingido é o do rápido e estéril aumento ou diminuição direcionados da concentração de elétrons (e-) no fluido, provocando um desequilíbrio direcionado e controlado de cargas elétricas nos átomos das moléculas do mesmo, ou seja, o aprisionamento de íons tanto com excesso (ânions) quanto com déficit (cátions) de elétrons (e-).
Uso
[049] O uso de um fluido (F) de acordo com a invenção é para a fabricação, adição ou complementação de fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos.
Conclusão
[050] Será facilmente compreendido por aqueles versados na técnica que modificações podem ser realizadas na presente invenção sem com isso se afastar dos conceitos expostos na descrição acima. Essas modificações devem ser consideradas como compreendidas pelo escopo da presente invenção. Consequentemente, as concretizações particulares descritas em detalhe anteriormente são somente ilustrativas e exemplares e não limitativas quanto ao escopo da presente invenção, ao qual deve ser dada a plena extensão das reivindicações em anexo e de todos e quaisquer equivalentes da mesma.

Claims (17)

  1. Processo de eletroenergização de fluidos por armadilha de elétrons direcionada, caracterizado pelo fato de compreender a operação direcionada de uma ou mais armadilhas de elétrons, aplicando-se concomitantemente a um fluido (F) tensão e corrente elétricas através de meios de energização comutáveis (500) e campos magnéticos por meio de bobinas (400), para promover (i) o sequestro de elétrons ou (ii) a acumulação de elétrons e/ou (iii) a alternância de uma ou mais atividades de sequestro e de acumulação, obtendo a quantidade exata de íons com as cargas almejadas ou, ainda, promover eventuais ajustes e correções dos níveis de íons do fluido (F) em processo, para obter um fluido final (F) com características sensoriais predeterminadas.
  2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o sequestro de elétrons resultar em um direcionamento positivo do fluido (F), criando um diferencial positivo e promovendo a acidulação do fluido (F), em que a sensibilidade eletrostática do fluido resultante (F) se dá entre as cargas positivas do fluido (F) e os elétrons dos lábios e boca de um usuário, em que, no momento do contato do usuário com o fluido (F), os elétrons fluem do usuário para o fluido.
  3. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o acúmulo de elétrons resultar em um direcionamento negativo do fluido (F), criando um diferencial negativo e promovendo a alcalinização do fluido (F), em que a sensibilidade eletrostática do fluido resultante (F) se dá entre os elétrons do fluido (F) e as cargas positivas dos lábios e boca de um usuário, em que, no momento do contato do usuário com o fluido, os elétrons fluem do fluido para o usuário.
  4. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de a alternância de uma ou mais atividades de sequestro e de acumulação resultar em um direcionamento misto ou alternado, que pode ser tanto misto quanto alternado quanto ocorrer em conjunto.
  5. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o fluido (F) ser um fluido eletrocondutor de qualquer natureza que pode ser escolhido, mas não se limitando a fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos.
  6. Processo, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de o fluido (F) ser uma formulação aquosa compreendendo um ou mais fluidos (F) podendo ainda compreender fluidos adicionais como conservantes, corantes, estabilizantes, aromatizantes, emulsificadores, adoçantes e demais elementos afins e usualmente utilizados.
  7. Equipamento de eletroenergização de fluidos por armadilha de elétrons direcionada, caracterizado pelo fato de compreender uma armadilha de elétrons para execução de um processo como definido nas reivindicações 1 a 6.
  8. Equipamento, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de compreender meios para conter um ou mais fluidos iniciais e/ou finais (200), meios de energização comutáveis (500), pelo menos um cátodo (310), pelo menos um eletrodo (300) imerso no fluido (F) e isolado do contentor (200), pelo menos um ânodo (320), pelo menos um centelhador para um cátodo (311) e pelo menos um centelhador para o ânodo (321).
  9. Equipamento, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de aplicar concomitantemente a um fluido (F) tensão e corrente elétricas através de meios de energização comutáveis (500) e campos magnéticos por meio de bobinas (400), para promover (i) o sequestro de elétrons ou (ii) a acumulação de elétrons e/ou (iii) a alternância de uma ou mais atividades de sequestro e de acumulação, obtendo a quantidade exata de íons com as cargas almejadas ou, ainda, promover eventuais ajustes e correções dos níveis de íons do fluido (F) em processo, para obter um fluido final (F) com características sensoriais predeterminadas.
  10. Equipamento, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de o cátodo (310) e o ânodo (320) serem separados, respectivamente, do eletrodo (300) e do recipiente (200) por meio de centelhadores (311, 321).
  11. Equipamento, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de os meios de energização comutáveis (500) serem fontes de energia elétrica dotadas de pelo menos um eletrodo (300), condutor, ligado eletricamente e/ou magneticamente à fonte de energia elétrica (500) e que será introduzido no recipiente (200) e mergulhado no fluido (F) para a eletroenergização deste.
  12. Equipamento, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de as fontes de energia elétrica (500) possibilitarem diferenças de potencial elétrico entre 0 e 10 GV, preferencialmente entre 10 kV e 100kV.
  13. Equipamento, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de as fontes de energia elétrica (500) possibilitarem correntes elétricas entre 1,0x10-9 A 0 e 10 kA, preferencialmente entre 1,0x10-6 0 e 1 kA.
  14. Equipamento, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de os eletrodos (300) ser em fabricados em materiais à base de óxidos.
  15. Equipamento, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de os centelhadores (311, 321) serem substituídos por meios de aterramento comutáveis que podem ser ligados ao contentor (200) durante a circulação da corrente elétrica e desligados do contentor (200) no momento mais propício para o sequestro ou acumulação de elétrons.
  16. Uso de um fluido eletroenergizado, caracterizado por ser de um fluido (F) energizado por um processo como definido nas reivindicações 1 a 6 em um equipamento como definido nas reivindicações 7 a 15.
  17. Uso de um fluido eletroenergizado, caracterizado por ser para a fabricação, adição ou complementação de fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos
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