BR102019021864A2 - Composição, processo de produção e uso de adoçantes nutritivos e blendas - Google Patents

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Abstract

composição, processo de produção e uso de adoçantes nutritivos e blendas. a presente invenção refere-se ao uso, processo de produção e composição de adoçantes naturais e blendas com edulcorantes naturais ou sintéticos, à base de açúcares líquidos invertidos (açúcares escuros vhp/vvhp/demerara/mascavo ricos em minerais, vitaminas e antioxidantes naturais com grande apelo nutricional e farmacológico). os açúcares são invertidos química ou enzimaticamente, contendo adição opcional de componentes nutritivos e funcionais buscando sempre a saudabilidade e funcionalidade do produto, obtendo-se uma formulação que preserve o sabor do açúcar, mas com redução de calorias, partindo-se da sacarose invertida. o uso do adoçante podendo ser em produto de mesa e na indústria em geral, por exemplo em produtos derivados como bolos, doces, lácteos, cosméticos, geleias, doces, suplementos alimentares, fármacos, nutracêuticos, barras de cerais, entre outros.

Description

COMPOSIÇÃO, PROCESSO DE PRODUÇÃO E USO DE ADOÇANTES NUTRITIVOS E BLENDAS CAMPO DA INVENÇÃO
[1] A presente invenção refere-se à produção de adoçantes naturais e blendas à base de açúcares líquidos invertidos, química ou enzimaticamente, contendo adição opcional de componentes nutritivos e funcionais buscando sempre a saudabilidade e funcionalidade do produto.
[2] O adoçante da presente invenção se refere a um produto de origem vegetal, sendo produzido a base de sacarose invertida, preferencialmente por meio de catálise enzimática de açúcares escuros VHP/VVHP/Demerara/Mascavo ricos em minerais, vitaminas e antioxidantes naturais com grande apelo nutricional e farmacológico e também blendas do açúcar invertido com adoçantes naturais, como a Stevia, e opcionalmente com edulcorantes, buscando sempre exaltar o dulçor do produto com o mínimo de calorias possível. Não possui adição ou produção de substâncias químicas maléficas a saúde humana (ex: furfural), adição de amido, todavia pode ser enriquecido com fibras, complemento de vitaminas, minerais, aminoácidos e produtos funcionais como extratos de plantas com potencial medicinal e substâncias funcionais, entre outros. O adoçante da presente invenção pode ser consumido diretamente ou na produção de outros produtos alimentícios, farmacêuticos, nutracêuticos ou cosméticos, não se limitando somente a estes.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[3] O ser humano sempre adicionou adoçantes em sua alimentação. O primeiro adoçante a ser utilizado foi o mel, o que pode ser comprovado por relatos nas culturas milenares como a chinesa e a grega. A seiva de árvores foi também muito utilizada, sendo a seiva do bordo do Canadá um exemplo, utilizada até os dias atuais. O mel foi posteriormente substituído pela sacarose originalmente obtida da cana-de-açúcar. A preferência por sabor adocicado é inata no ser humano. Isso pode já ser observado em recém-nascidos, que se acalmam com gotas de soro glicosado.
[4] A humanidade conhece o sabor doce há mais de 5.000 anos e se tem registros de que em 510 AC o imperador Dario da Pérsia, invadiu a Índia e descobriu uma palheta que “dá mel sem abelhas”. Essa palheta conhecida hoje como a cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) é uma das fontes de extração do açúcar, a qual é nativa das ilhas do Pacífico, mas a migração propagou-a por além-mar. Marco Pólo em suas viagens ao redor do mundo conheceu o açúcar e o levou para a Europa, passando a ser mais um item de luxo [Bye P, Meunier A, Muchnik J. As inovações açucareiras: permanência e diversidade de paradigmas. Cadernos 42 de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.10, n.1/3, p.35-52, 1993].
[5] Os séculos posteriores viram uma expansão e o açúcar passou a fazer parte integrante de nossa dieta e de nossa cultura. A evolução do açúcar modificou-se através do tempo, passando de moeda de troca internacional, a produto farmacêutico, fonte de calorias e substância usada na fabricação de outras fontes energéticas ou alimentares. Até uns 30 anos atrás o açúcar dominava absoluto tanto no uso doméstico como também na indústria, sendo considerado como ingrediente principal para adoçar [Bye P, Meunier A, Muchnik J. As inovações açucareiras: permanência e diversidade de paradigmas. Cadernos 42 de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.10, n.1/3, p.35-52, 1993].
[6] A transição nutricional ocorrida neste século trouxe mudanças nos padrões nutricionais resultantes de modificações na estrutura da dieta dos indivíduos, resultando na chamada “dieta ocidental” caracterizada pelo alto consumo de gordura, açúcar e alimentos refinados.
[7] Os adoçantes são produtos especificamente desenvolvidos para dar sabor doce aos alimentos e bebidas, tendo a sacarose (açúcar de cana ou de beterraba) como principal exemplo. Nos produtos industrializados, o açúcar é largamente utilizado por seu efeito conservante, antioxidante e antimicrobiano e substituído algumas vezes pelos adoçantes edulcorantes [BRASIL. ANVISA Agência Nacional da Vigilância Sanitária. Resolução - RDC n° 3 de 2 janeiro de 2001 Adoçantes: Limitações e Aprovações pela ANVISA. Disponível em: http://pt.shvoong.com/medicine-andhealth/nutrition/1787176-anvisadecide-limitar-uso-dois/ Acesso em: 05 abril 2019].
[8] Por outro lado, os edulcorantes são substâncias químicas responsáveis pelo sabor doce e normalmente possuem um poder adoçante muito superior à sacarose, sendo necessária, portanto, uma quantidade muito menor para se obter a mesma doçura, com a vantagem de ter menos ou nenhuma caloria. Por exemplo, os adoçantes dietéticos são constituídos basicamente por edulcorantes e agentes de corpo, também chamados de veículos e são compostos utilizados com a finalidade de diluir os edulcorantes dando volume ao produto [Cesar P. Portal de Estudos em Química: A química na cozinha apresenta: O açúcar. Disponível em: http://www.profpc.com.br/Qu%C3%ADmica%20na%20Cozinha/A%C3%A7 %C3%BAcar/ado%C3%A7ante_artificial.htm. Acesso em: 05 abr. 2019].
[9] Os adoçantes podem ser classificados em nutritivos e não-nutritivos. Os adoçantes nutritivos incluem os açúcares calóricos como: a sacarose, a frutose, a dextrose, a lactose, a maltose, o mel, o xarope de milho, o xarope de milho rico em frutose, o melado, os açúcares invertidos, os sucos de frutas concentrados e os polióis, também chamados de açúcares de álcool, tais como sorbitol, manitol, xilitol e outros (chamados de hidrolisados de amido hidrogenados) [ADA Reports. Position of the American Dietetic Association: use of nutritive and non nutritive sweeteners. J Am Diet Assoc; 104(2):255-75, 2004. Erratum in: J Am Diet Assoc. 104(6):1013, 2004].
[10] Os adoçantes não-nutritivos passaram a ser utilizados durante o período entre as guerras em decorrência da escassez do açúcar. A partir de 1950 ocorreu uma mudança no motivo da utilização: passou da preocupação com custo para redução de ingestão de calorias. São considerados aditivos alimentares. Apesar da intensa utilização dessas substâncias na atualidade, nas diferentes faixas etárias e em todas as camadas sociais, ainda existe muita dúvida em relação aos possíveis efeitos colaterais associados ao seu uso.
[11] Muitas vezes, as pessoas ingerem adoçantes sem terem consciência disso. Isto porque vários alimentos industrializados, como balas, doces, chicletes, sucos, refrigerantes, cremes dentais e medicamentos contêm adoçantes.
[12] O consumo diário aceitável dos adoçantes, mesmo os naturais, é definido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e é chamado de IDA (Ingestão Diária Aceitável) e está relacionada ao peso do indivíduo. As recomendações para uma dieta equilibrada são 50% do seu teor energético na forma de carboidratos e, destes, somente 10% a 15% devem ser provenientes da ingestão de açúcares [Glinsmann WH, Frausquin H, ParkYK. Evaluation of health aspects of sugar contained in carbohydrate sweeteners. Report of SugarsTask Force. J Nutr 116:5-119, 1986; Rossoni E, Graebin LB, Moura RP. Adoçantes presentes na formulação de refrigerantes, sucos e chás diet e light. Rev Fac Odontol Porto Alegre, 48:5-11, 2007].
Principais adoçantes nutritivos
  • • A sacarose é um dissacarídeo composto por glicose e frutose e foi o principal adoçante usado na primeira metade do século passado. A ingestão varia de 14 a 60 g/dia, com média de 41g/dia, consistindo em cerca de 7% a 11% das calorias ingeridas, nos EUA. Fornece 4Kcal/g. [ADA Reports. Position of the American Dietetic Association: use of nutritive and non-nutritive sweeteners. J Am Diet Assoc 104 (2):255- 75, 2004. Erratum in: J Am Diet Assoc 104(6):1013, 2004].
  • • A frutose é um monossacarídeo encontrado principalmente nas frutas. É encontrado como componente dos xaropes de milho ricos em frutose. A frutose cristalina é obtida a partir do amido de milho através da isomerização. Fornece 4 Kcal/g. A frutose tem sido associada em vários estudos epidemiológicos como aumento de peso, triglicérides, pressão arterial elevada e resistência à insulina e aumento nos níveis de ácido úrico. Tem poder adoçante 1,7 vezes em relação à sacarose. Tem vantagens em relação à glicose e à sacarose, pois, além de mais doce, tem mais solubilidade que a glicose e a sacarose. Seu metabolismo não depende da insulina. A dose diária aceitável é de até 50g/dia [Livesey G, Taylor R. Fructose consumption and consequences for glycation, plasma triacylglycerol, and body weight: meta analyses and metaregression models of intervention studies. Am J Clin Nutr 88(5):1419- 37, 2008].
  • • A glicose, que é também um monossacarídeo, é encontrada em frutas, verduras e mel. Absorvida no intestino delgado. Não provoca fermentação intestinal. Tem menor efeito adoçante que a sacarose. Fornece 4Kcal/g [Tumas R, Goastico SSV, Gandolfo AS. Adoçantes. In: Delgado AF, Cardoso AL, Zamberlan P. Adoçantes in nutrologia básica e avançada. São Paulo: Manole; 2010].
  • • A lactose é o açúcar do leite e é um dissacarídeo composto por uma molécula de glicose e uma de galactose. Tem poder adoçante inferior ao da sacarose. Pode levar à fermentação intestinal nos indivíduos com deficiência da lactase. Fornece 4 Kcal/g [Tumas R, Goastico SSV, Gandolfo AS. Adoçantes. In: Delgado AF, Cardoso AL, Zamberlan P. Adoçantes in nutrologia básica e avançada. São Paulo: Manole; 2010].
  • • Polióis ou álcoois de açúcar, como sorbitol, manitol e xilitol têm a metade do sabor adocicado da sacarose. São menos calóricos que a sacarose, a glicose e a frutose e fornecem entre 1,6 e 2,6 Kcal/g. O sorbitol ainda tem a vantagem de estimular a motilidade da vesícula biliar. A Organização Mundial de Saúde, através do Comitê de Avaliação de Adoçantes, concluiu que a quantidade aceitável de ingestão diária de sorbitol não está especificada, isto é, não existem limites específicos. Porém, como os polióis têm absorção intestinal incompleta podem levar a quadros diarreicos [ADA Reports. Position of the American Dietetic Association: use of nutritive and non-nutritive sweeteners. J Am Diet Assoc 2004, 104 (2):255-75. Erratum in: J Am Diet Assoc 104(6):1013, 2004; Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives. Toxicological evaluation of certain food additives: sorbitol. Twenty-sixth report. Geneva: WHO; 1982. p. 218-28. WHO Technical Report Series, 683].
Adoçantes não-nutritivos
[13] Os adoçantes não-nutritivos são também chamados de adoçantes intensos, de baixa caloria ou adoçantes alternativos. Atualmente, nos EUA, cinco adoçantes não-nutritivos (sacarina, , ciclamato, aspartame, acesulfame, sucralose e alitame) são aprovados pelo FDA, um açúcar não-calórico, derivado de uma planta (rebaudiosidio A, Stevia) e a proteína Taumatina, são reconhecidos como seguro pelo FDA [Pepino MY, Bourne C. Non-nutritive sweeteners, energy balance, and glucose homeostasis. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 14:391-5, 2011; Kroger M, Meister K, Kava R. Low-calorie Sweeteners and Other Sugar Substitutes: A Review of the Safety Issues. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety 5: 35-47, 2006].
  • • A sacarina é o mais antigo e é proveniente do metilantranilato, substância que aparece naturalmente nas uvas. Foi descoberta em 1875 por Constantin Fahlberg, da Universidade John Hopkins, enquanto estudava a oxidação das sulfonamidas (o-toluenosulfanamida), substâncias obtidas de derivados do petróleo [Kroger M, Meister K, Kava R. Low-calorie Sweeteners and Other Sugar Substitutes: A Review of the Safety Issues. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety 5: 35-47, 2006]. É cerca de 300 vezes mais doce que a sacarose, estável ao calor e não-cariogênico. Tem meia vida longa, porém apresenta um gosto residual metálico/amargo. Não é metabolizado no sistema digestivo humano, é excretado rapidamente pela urina e não se acumula no organismo humano. A ingestão diária aceitável é de 3,5 mg/Kg. Estudos mostrando fraca associação entre consumo de altas doses e câncer em ratos fizeram com que, em 1977, o FDA propusesse sua proibição; e após novo estudo, agora com supervisão do Congresso Norte-Americano, essa proibição foi retirada, porém com dose recomendada. Estudos em humanos, com uso intenso dessa substância, não comprovaram a associação entre seu uso e câncer. O limite de consumo, quando a sacarina recebeu o certificado de segura, em1955, é de 500 mg/dia para crianças e 1.000 mg/dia para adultos. Entretanto, o consumo diário varia, em média, de 25 a 125 mg/dia para não-diabéticos e de 54 a 173 mg/dia para diabéticos. Atualmente, a sacarina é aprovada em mais de 90 países sendo amplamente utilizada em muitos medicamentos e em alimentos [Fatibello-Filho O, Vieira ID, Gouveia ST, Calafatti AS, Guarita-Santos AJM. Artificial sweeteners. Química Nova 19:248- 260, 1996].
  • • O ciclamato é composto pelo ácido ciclo-hexil-sufâmico e foi descoberto em 1937 por Michael Sveda, da Universidade de Illinois. A descoberta da sua propriedade de conferir sabor doce foi atribuída a uma contaminação acidental de cigarro com um derivado da cicloexilamina. Seu poder adoçante é pequeno quando comparado com outros adoçantes, somente 30 vezes maior que o da sacarose. É usado em associação com a sacarina, combinando o alto poder adoçante da sacarina com a ausência de sabor residual do ciclamato. A FDA proibiu desde 1970 em virtude da existência de estudos mostrando associação com câncer. Até então, acreditava-se que sua absorção pelo organismo era lenta e parcial e que era eliminado de forma rápida e inalterada, com mínima ação toxica [Collings AJ. Metabolism of cyclamate and its conversion to cyclohexylamine. Sugar and Sweeteners. Boca Raton: CRC Press, p. 217-227. 1991]. Porém, a segurança do ciclamato começou a ser questionada após observação em 1966, de que alguns indivíduos eram capazes de metabolizar ciclamato a cicloexilamina e de que a ingestão crônica de misturas de ciclamato, sacarina e cicloexilamina aumentava a incidência de tumores na bexiga de ratos [Collings AJ. Metabolism of cyclamate and its conversion to cyclohexylamine. Sugar and Sweeteners. Boca Raton: CRC Press, p.217-227, 1991; Fernandez LAR. Edulcorantes intensos en la Comunidad Europea Alimentaria, Madrid, 27(216): 17-21, 1990]. Avaliações posteriores feitas pelo (Comitê de Avaliação de Câncer), (Centro de Segurança Alimentar e Nutrição Aplicada), FDA, (Comitê Científico para Alimentos), União Europeia e Organização Mundial da Saúde concluíram que o ciclamato não é carcinogênico e foi readmitido no mercado de alimentos. A ingestão diária aceitável é de 11mg/kg.
  • • O aspartame foi descoberto em 1965 e é o metil éster de dois aminoácidos (L-aspartato e L-fenilalanina). A síntese do aspartame, assim como a grande maioria dos edulcorantes, foi acidental. Nos anos 60, um dos projetos da G.D Searl and Company (Skokie Illinois), era encontrar um inibidor para gastrina, produto utilizado no tratamento de úlcera. O pesquisador James M. Schalatter aquecia aspartame em um frasco contendo metanol quando a mistura espirrou para fora do frasco e caiu-lhe nos dedos. Minutos após, levando o dedo a boca para folhear um livro, sentiu um sabor extremamente doce [Mazur, R. H. Discovery of aspartame. In L. D. Stegink & L. J. Filer (Eds.), Aspartame: Physiology and biochemistry (pp. 3-9). New York: Marcel Dekker, 1984]. É cerca de 200 vezes mais doce que a sacarose. Fornece cerca de 4 kcal/g, porém são necessárias quantidades muito pequenas para atingir o sabor adocicado desejado e, portanto, a caloria agregada é insignificante. A metabolização do aspartame no intestino dá origem a três componentes comuns da dieta: ácido aspártico, fenilalanina e metanol, e, portanto, está contraindicado para pacientes com fenilcetonúria. Estudos com animais de laboratório mostraram que o aspartame não apresenta nenhum efeito indutor de câncer, mesmo em altas doses. A ingestão diária aceitável é de 40mg/kg [ADA Reports. Position of the American Dietetic Association: use of nutritive and non-nutritive sweeteners. J Am Diet Assoc 104 (2):255-75, 2004. Erratum in: J Am Diet Assoc 104(6):1013, 2004].
  • • A acesulfame K ou acesulfame potássio foi descoberta em 1967, na Alemanha. Trata-se de um sal orgânico constituído de carbono, nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, enxofre e potássio. É cerca de 200 vezes mais doce que a sacarose, tendo sinergismo com outros adoçantes. Tem estabilidade ao calor, podendo ser usado em cozimentos e assados. Não apresenta gosto residual prolongado, porém isso pode acontecer em altas doses [Kroger M, Meister K, Kava R. Low-calorie Sweeteners and Other Sugar Substitutes: A Review of the Safety Issues. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety 5:35-47, 2006; Cantarelli M, Pellerano RG, Marchevsky EJ, Camina JM. Simultaneous determination of aspartame and acesulfame-K by molecular absorption spectrophotometry using multivariate calibration and validation by high performance liquid chromatography. Analytical Methods Food Chemistry 115:1128–1132, 2009]. Estudos comprovaram que este edulcorante não possui potencial carcinogênico, não apresenta efeitos farmacológicos, mutagênicos ou teratogênicos [Cantarelli M, Pellerano RG, Marchevsky EJ, Camina JM. Simultaneous determination of aspartame and acesulfame-K by molecular absorption spectrophotometry using multivariate calibration and validation by high performance liquid chromatography. Analytical Methods Food Chemistry 115:1128–1132, 2009]. Após a ingestão, passa sem modificações pelo sistema digestivo, sendo, portando, não calórico. A dose diária máxima aceitável é de 15 mg/kg/dia.
  • • A sucralose, foi sintetizada em um laboratório da Universidade de Londres, em 1976. É um derivado da sacarose, com substituição de três grupos hidroxila por cloro, tendo pouca absorção, e a pouca quantidade absorvida não é metabolizada para produção de energia. Após vários estudos, a sucralose mostrou-se segura, não estando associada ao desenvolvimento de câncer, não provocando alterações genéticas, defeitos congênitos, lesão neurológica ou qualquer outra alteração metabólica, mesmo em dose acima de 500 mg/kg/dia. Não provoca resposta insulínica e vários estudos mostraram que é segura ao meio ambiente, sendo biodegradável. É cerca de 400 a 800 vezes mais doce que a sacarose. Em decorrência da sua solubilidade na água e estabilidade, a sucralose pode ser utilizada em vários alimentos e bebidas industrializadas. A ingestão máxima aceitável é de cerca de 15 mg/kg/dia [ADA Reports. Position of the American Dietetic Association: use of nutritive and non-nutritive sweeteners. J Am Diet Assoc 104 (2):255-75, 2004. Erratum in: J Am Diet Assoc 104(6):1013, 2004].
  • • O alitame é formado por dois aminoácidos (ácido aspártico e alanina) e um amido, que é o principal responsável pelo alto poder adoçante, cerca de 2.000 vezes maior que a sacarose. Tem estabilidade em altas temperaturas e em grandes variações de pH e é altamente solúvel na água. Vários estudos mostram a sua segurança, mesmo em dose acima de 100 mg/kg/dia, dose cerca de 300 vezes maior que a dose habitual de usuários crônicos [ADA Reports. Position of the American Dietetic Association: use of nutritive and non-nutritive sweeteners. J Am Diet Assoc 104 (2):255-75, 2004. Erratum in: J Am Diet Assoc 104(6):1013, 2004].
  • • O esteviosídeo é obtido da planta Stevia rebaudiana Bertoni, pertencente a família das Compositae, originária das Américas, onde é usada como planta medicinal no controle de diabetes. Trata-se de uma substância termolábil, não carcinogênica e que não é metabolizada pelo organismo. Tem cerca de 300 vezes o poder adoçante em relação à sacarose. As folhas dessa planta têm sido utilizadas há séculos pela população nativa como adoçante. As substâncias associadas ao sabor adocicado são nove glicosídeos, chamados de glicosídeos estevióis. Dependendo das técnicas de cultivo e de crescimento, a quantidade desses glicosídeos varia de 4% a 20% de peso seco. O esteviosídeo e o rebaudiosídeo A são os mais abundantes entre os nove glicosídeos. O rebaudiosídeo A é considerado como o que tem as melhores propriedades organolépticas de adoçante e apresenta o menor sabor residual. Vários estudos mostraram a segurança toxicológica dessas substâncias. Em decorrência disso, os extratos contendo esteviosídeos estão liberados no Japão, Brasil, Coréia do Sul, Argentina e Paraguai e usados como suplementos dietéticos nos EUA. Ainda não foram liberados na União Européia, porém receberam o reconhecimento de GRAS, reconhecido como seguro nos EUA desde 2008. O Comitê da FAO/OMS para aditivos alimentares sugere a ingestão diária aceitável de até 4mg/kg [ADA Reports. Position of the American Dietetic Association: use of nutritive and non-nutritive sweeteners. J Am Diet Assoc 104 (2):255-75, 2004. Erratum in: J Am Diet Assoc 104(6):1013, 2004].
  • • A Taumatina é proteína vegetal de cadeia longa naturalmente contida na fruta Katemfe. Essa proteína apresenta propriedades e benefícios únicos: é a substância mais doce de toda a Natureza (em média 3 mil vezes mais doce que o açúcar), um potente realçador de sabor/aroma e tem a capacidade de mascarar sabores residuais indesejáveis (como, por exemplo, o amargo e o metálico) de inúmeras substâncias, incluindo adoçantes artificiais (ciclamato, sacarina, acessulfame etc.), estévia, soja, minerais, vitaminas, substâncias de uso farmacêutico/médico, entre outros. Diversos estudos científicos e toxicológicos demonstram a inocuidade da taumatina à saúde do homem. Portanto, pode ser consumida por todos, incluindo os diabéticos, fenilcetonúricos, gestantes etc., sem restrições a qualquer grupo populacional. Devido a esses fatos, a taumatina é aprovada como GRAS (Generally Recognized As Safe”) nos Estados Unidos e é aprovada na Europa, Canadá, Japão e muitos outros países. Além disso, a taumatina consiste em um adoçante 100% natural e estável. A taumatina é o único adoçante de alta intensidade aprovado sem limite máximo de uso (quantum satis) pela ANVISA [Daniell WF. Katemfe, or the miraculous fruit of Soudan. Pharm J 14, 158, 1855; Eaton KK, Daniel JW, Snodin DJ, Higginbotham JD, Stanworth DR, Al-Mosawie T. Thaumatin protein: Assessment in man for oral allergenicity on challenge testing, 1981; Higginbotham JD, Snodin DJ, Eaton K.K., Daniel JW. Safety Evaluation of Thaumatin. Fd. Chem. Toxicol., 21, 815-823, 1983].
  • • O advantame é um novo adoçante artificial desenvolvido pela empresa Ajinomoto e é extremamente potente, sendo 20.000 vezes mais doce que a sacarose e 100 vezes mais doce que o aspartame. É derivado do aspartame, sendo um adoçante dipeptídico composto por ácido aspártico, fenilalanina e vanilina. Tem sabor doce próximo ao do açúcar, sem gosto residual. É estável em condições secas e na forma aquosa a estabilidade é similar ao aspartame. Em 2009 foi solicitada a aprovação para uso nos EUA ao FDA. Tem zero calorias [Bishay IE, Bursey RG. Advantame. In: O'Brien Nabors L. Alternative sweeteners. 4th ed. Boca Raton, Fl: CRC; 2011].
[14] Além desses adoçantes descritos, outros adoçantes de alta potência de origem vegetal podem ser utilizados, conforme demonstrado por O’Donnell e Kearsley [O’Donnell k, Kearsley, M. Sweeteners and sugar alternatives in food technology / edited by Kay O’Donnell, Malcolm Kearsley. - 2nd ed. 2012], mas não somente estritos a esses, como exemplo:
  • a) Proteínas: Brazzeína, curculina, monelina, bryoside, etc;
  • b) Glicosídeos: rubusosídeo, osladina, pterocariosídoe, Lo han guo, etc;
  • c) Flavonóide Filodulcina, Chalcona filozina, etc.
[15] Os edulcorantes artificiais pertencem a classe de aditivos para alimentos cujo uso no Brasil e em outros países é limitado por legislação específica. Os critérios estabelecidos são emitidos em nível mundial por comitês especializados [Toledo MCF, IOSHII SH. Potential intake of intense sweeteners in Brazil. Food Additives and Contaminants 12(6): 799-808, 1995]. O Programa FAO/OMS (Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas/Organização Mundial da Saúde) para aditivos tem como objetivo avaliar sistematicamente e fornecer subsídios para que os países membros possam controlar o emprego dos aditivos em alimentos [IPCS (INTERNATION PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY), 2011. About IPCS INCHEM. Disponivel em :<http://www.inchem.org/pages/about.html>. Acesso em maio de 2019]. O comitê que avalia os aditivos é o Comitê da FAO/OMS de Peritos em Aditivos Alimentares (JECFA), o qual é formado por um grupo internacional de peritos que são selecionados, principalmente, pela sua capacidade e experiencia técnica. Estes especialistas se reúnem periodicamente e discutem sobre assuntos técnicos e científicos, estabelecem especificações para a identidade e pureza de aditivos, avaliam dados toxicológicos e recomendam, quando apropriado, ingestões diárias aceitáveis (IDA) para as pessoas, sujeitas a revisões regulares [IPCS (INTERNATION PROGRAMME ON CHEMICAL SAFETY), 2011. About IPCS INCHEM. Disponivel em :<http://www.inchem.org/pages/about.html>. Acesso em maio de 2019].
[16] A IDA é uma estimativa da quantidade de um aditivo que pode ser ingerida diariamente, e por toda a vida, pelo homem, sem risco apreciável a saúde. E expressa em miligramas de aditivo por quilograma de peso corpóreo (mg/kg p.c.) [CAC (Codex Alimentarius Comission), 1989. Report of the twenty-first session of the Codex Committee on Food Additives and Contaminants. Codex Alimentarius Comission, Food and Agriculture Organization of the United Nations, ALINORM 89/12A, Roma,1989]. A ingestão potencial de um aditivo se refere a sua ingestão provável, resultante dos limites máximos permitidos para o seu uso em diferentes alimentos e bebidas e dos hábitos alimentares da população. Estimativas da ingestão diária de um determinado aditivo são, portanto, calculadas com o objetivo de verificar se existe possibilidade de exposição excessiva dos consumidores a substância, sob as condições de uso propostas [Bar A, Wurtzen G. Assessing the use of additives in food: a reappraisal of the Danish Budget Method. Food Science and Technology 23(3): 193-202, 1990]. Estimativas de ingestão de aditivos alimentares são consideradas parte integrante do processo de avaliação de risco adotado no âmbito do Codex Alimentarius.
[17] Para este tipo de estudo são necessárias informações sobre os níveis da substância de interesse presente nos alimentos que fazem parte da dieta e sobre a quantidade destes alimentos, consumida pela população [WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION), 2000. Evaluation of certain food additives. Technical Report Series 891. Geneva, 2000]. O único modo possível de averiguar se um consumidor está exposto a um risco seria medir precisamente a quantidade de aditivo presente no alimento a ser consumido e comparar com a IDA estabelecida para este aditivo. Medidas e cálculos deste tipo teriam de ser feitos para todos os alimentos em cada refeição em todos os dias da vida, o que é uma tarefa impossível. Tentativas para buscar uma resposta a este problema levaram ao desenvolvimento de cálculos de ingestão potencial de aditivos, através do uso de dados de seu consumo médio (Tabela 1) [Vetorazzi, G. Advance in the Safety Evaluation of Food Additives. Food Add Cont, London, v.4, n4, p.331-356, 1987].
Tabela 1. Valores de Ingestão Diária Aceitável (IDA) para edulcorantes artificiais permitidos no Brasil estabelecidos pelo Comitê FAO/OMS de Peritos em Aditivos Alimentares [JECFA - Joint Expert Committee on Food Additives and Contaminants, Sixty-ninth meeting, Rome, Italy, 17-26 June 2008].
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Avaliação do consumo de alimentos e edulcorantes
[18] Os hábitos alimentares estão estreitamente relacionados aos aspectos culturais, antropológicos, socioeconômicos e psicológicos que envolvem o ambiente das pessoas [Fisberg RM, Marchioni DML, Colucci ACA. Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de nutrientes na prática clínica. Arq Bras Endocrinol Metabol 53, n.5, 2009].
[19] Segundo Candido e Campos [Candido LM B, Campos AM. Alimentos para Fins Especiais: Dietéticos. São Paulo: Livraria Varela, 1996] os atributos de um adoçante ideal devem ser:
  • ✓ Poder adoçante igual ou superior ao da sacarose;
  • ✓ Disponibilidade comercial;
  • ✓ Custo comparável ao da sacarose;
  • ✓ Compatibilidade química com aditivos, como aromatizantes e corantes;
  • ✓ Inerte aos demais componentes dos alimentos;
  • ✓ Fácil solubilidade, estabilidade química e térmica;
  • ✓ Isento de toxicidade;
  • ✓ Não ser cariogênico;
  • ✓ Contribuir com calorias reduzidas;
  • ✓ Proporcionar as propriedades funcionais, qualidade de doçura, sabor residual e perfil de doçura versus tempo semelhante ao da sacarose.
[20] De modo geral, nenhum edulcorante preenche todos os requisitos citados acima e, em vista disto, a utilização de combinações de edulcorantes é uma forma de compensar as limitações individuais de cada um deles, proporcionando o desenvolvimento de produtos com melhor sabor, maior vida útil e, muitas vezes, com custos de formulação reduzidos [WORLD HEALTH ORGANIZATION), 2000. Evaluation of certain food additives. Technic Report Ser 891. Geneva, 2000].
[21] O uso de edulcorantes em alimentos, bebidas e adoçantes de mesa tem crescido muito. A combinação deles apresenta diversas vantagens, tais como o aumento da estabilidade da doçura e o efeito de sinergismo, aumentando o poder adoçante. Em consequência, a combinação traz benefícios as indústrias, tais como a melhoria na qualidade da doçura (as combinações podem reduzir efeitos indesejáveis de alguns edulcorantes) e a obtenção de edulcorantes com características similares à sacarose [Lim H, Setser CS, Kim SS. Sensory studies of high potency multiple sweeteners systems for shortbread cookies with and without polydextrose. Journal of Food Science 54(3): 625-629, 1989; Lindley MG. From basic research on sweetness to the development of sweeteners. Food Technol 47: 134-138, 1991].
[22] A combinação mais comumente encontrada é a mistura de ciclamato com sacarina, pois o efeito sinérgico entre estes edulcorantes proporciona um perfil de doçura mais próximo ao da sacarose, já que o ciclamato mascara o sabor amargo da sacarina [Zygler A, Wasik A, Namiesnik J. Analytical methodologies for determination of artificial sweeteners in foodstuffs. Trend Analyt Chem 28: 9, 2009].
[23] O Aspartame, o Ciclamato de Sódio e a Sacarina Sódica, pioneiros no mercado, conhecidos como adoçantes dietéticos de primeira geração, até meados dos anos 80 eram considerados medicamentos e usados principalmente por diabéticos, a partir de 1988 houve uma reclassificação e eles se tornaram alimentos para fins especiais aumentando seu uso para a população em geral.
[24] Porém, de acordo com a ANVISA, e por conterem substâncias químicas em suas formulações, é necessário que se tenha alguns cuidados no uso, e, principalmente, nos excessos, pois em geral são os mais utilizados pela população, bem como, pelas gestantes.
[25] Geralmente, os adoçantes dietéticos são utilizados sem muito critério, e muitos dos seus usuários visam principalmente, a vaidade mais do que suas reais necessidades. Estes são normalmente utilizados por iniciativa própria, algumas vezes por indicações aleatórias ou simplesmente pela praticidade do uso. A minoria usa com recomendações médica ou de nutricionista.
[26] Há uma tendência mundial onde as pessoas estão cada dia mais atentas ao mercado e a procura de produtos mais saudáveis, inovadores e seguros para sua dieta, o que torna essa experiência ao mesmo tempo desafiadora, criteriosa e necessária. No mercado existem designações como produtos diet e light, indicados para quem precisa manter dietas restritivas ao açúcar, hábitos alimentares saudáveis ou está preocupado com a estética, porém esses produtos são muitas vezes mal interpretados pelo consumidor, uma vez que só o termo em si não dá créditos ao produto, definindo o que ele realmente é.
[27] Neste cenário, apresentamos uma alternativa inovadora no mercado que permite ao produto adoçante proposto, características singulares que permite que o consumidor exigente, que não abra mão do sabor do açúcar, possa consumi-lo de uma forma mais saudável e com menos calorias.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[28] A presente invenção prevê um novo método de produção de adoçantes, obtendo-se uma formulação que preserve o sabor do açúcar, mas com redução de calorias, partindo-se da sacarose invertida e blendas com edulcorantes naturais ou sintéticos.
[29] Em uma primeira modalidade desta invenção apresenta-se uma composição com qualidade uniforme, pois sua composição depende de fonte de sacarose e edulcorantes, o que garante ao consumidor a segurança de um complemento alimentício de origem controlada, assegurando um alimento em consonância com as demandas específicas de cada tipo de consumidor.
[30] Em uma segunda modalidade a presente invenção, apresenta um processo de produção de um adoçante, partindo preferencialmente da matéria prima sacarose, ou seja, sacarose invertida, preferencialmente por meio de enzimas (não quimicamente) e blendas com diversos tipos de edulcorantes. A presente invenção não fará uso da adição de substâncias químicas indesejáveis, como corantes e pigmentos artificiais e outros, podendo ser saborizado preferencialmente com aromas e aditivado com extratos naturais à base de plantas com reconhecida atividade farmacológica e/ou e substâncias com atividades funcionais. O processo conta ainda com o acréscimo opcional de elementos isolados, de fonte mineral ou vegetal como vitaminas, minerais, etc. Desta forma, obtém-se uma formulação diferente dos adoçantes presentes no estado da técnica e no mercado.
[31] A terceira e última modalidade desta invenção reside no uso do adoçante em produto de mesa e na indústria em geral, por exemplo em produtos derivados como bolos, doces, lácteos, cosméticos, geleias, doces, suplementos alimentares, fármacos, nutracêuticos, barras de cerais, entre outros.
[32] A presente invenção, portanto, tem como base a sacarose produzida sob medida para a produção de adoçante aditivada de edulcorantes. Para isso, o adoçante assim produzido pode ter como origem preferencial os açúcares escuros VHP/VVHP/Demerara/Mascavo ricos em minerais, vitaminas e antioxidantes naturais com grande apelo farmacológico, ofertando o dulçor natural do açúcar e aditivado com edulcorantes, sejam eles naturais ou sintéticos para aumentar o dulçor, o que acarreta na diminuição de quantidade de açúcar utilizado para adoçar, mas preservando o dulçor e preservando as qualidades dos açúcares escuros.
[33] Em outras palavras, os adoçantes aqui propostos usam açúcar invertido, preferencialmente através de um processo totalmente natural, via biológica e GMO free (tecnologia na qual não se faz uso de organismos geneticamente modificados) ou por enzimas comerciais e blendas com edulcorantes que potencializam o dulçor do produto, diminuindo a quantidade usada para o mesmo dulçor, assim como as calorias ingeridas.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[34] A presente invenção descreve, portanto, COMPOSIÇÃO, PROCESSO DE PRODUÇÃO E USO DE ADOÇANTES NUTRITIVOS E BLENDAS baseados no açúcar invertido, atingindo uma composição que permite ao consumidor o prazer integral do sabor do açúcar, mas com redução significativa de calorias no produto, como exemplo, nas blendas com edulcorantes.
[35] Em função da possibilidade de utilização de edulcorantes naturais e sintéticos a presente invenção pode ter um índice glicêmico baixo em relação ao açúcar convencional. Além disso, o adoçante aqui proposto pode ser aditivado com extratos naturais de plantas como exemplo gengibre, canela, limão, romã, acerola, maracujá, mas não limitado somente a estes. Nesta proposta de aditivação com extratos naturais, os adoçantes passam a ter a funcionalidade farmacológica intrínseca de cada extrato, além de dar ao adoçante notas de sabor do extrato em particular, assim potencializando as qualidades dos açúcares escuros em atividades farmacológicas naturais.
[36] Por exemplo, a utilização do açúcar VHP ou demerara ou Mascavo como base para fabricação do adoçante, permite que o produto tenha um conjunto importante de sais minerais, vitaminas e antioxidantes oriundos da cana de açúcar, como descrito no exemplo a seguir:
COMPOSIÇÃO A PARTIR DO AÇÚCAR VHP OU DEMERARA ORGÂNICOS OU CONVENCIONAIS
[37] Em 100 gramas de açúcar VHP/Demerara/Mascavo há a presença de diversos minerais. Cabe aqui ressaltar que a composição mineral depende diretamente do tipo de cultivar de cana, do trato agronômico, região de cultivo, etc. No entanto, diversos trabalhos mostram que quanto mais escuro, e obviamente, menos “tratado” o açúcar, mais minerais se conservam nele, conforme mostrado por Silva [Silva, AFS. Caracterização e determinação de minerais em amostras de açúcares brasileiros. Tese de Mestrado. ESALQ, USP, Piracicaba, 2017], conforme Tabela 2, abaixo.
Tabela 2: Faixa de concentração obtida para os minerais analisados por Espectrometria de Emissão Atômica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICP OES) nos diferentes tipos de açúcar [Silva, AFS. Caracterização e determinação de minerais em amostras de açúcares brasileiros. Tese de Mestrado. ESALQ, USP, Piracicaba, 2017].
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[38] Conforme indicado na Tabela 2, os açúcares mais escuros apresentam teores de minerais crescentes, caminhando do açúcar refinado para o mascavo. Mesmo quando se compara com o açúcar Demerara com o Refinado, observamos uma diferença significativa no teor de todos minerais apresentados na Tabela 2.
[39] Quanto maior for o conhecimento sobre a exata composição de cada um dos açúcares que se pode utilizar como base para o adoçante, maior é o poder de selecionamento da matéria-prima mais adequada para a produção do adoçante rico como alimento ou apresentando as propriedades organolépticas, físico-químicas e/ou sensoriais desejadas. Neste sentido, a escolha da fonte de sacarose ideal é imprescindível e um diferencial tecnológico para que o adoçante da presente invenção forneça ao consumidor qualidade superior em termos de minerais, compostos com ação farmacológicas e principalmente preservando o sabor tradicionalmente aceito do açúcar com diminuição de calorias, mas mantendo o mesmo dulçor.
[40] Para melhor ilustrar as melhorias acima descritas, o adoçante da presente invenção poderá conter compostos farmacológicos, por exemplo, aqueles presentes nos açúcares VHP, Demerara e Mascavo, tais como flavonóides e ácidos fenólicos como luteolina, apigenina, tricina, quercetina, kamferol, ácido cafeico, apigenina, luteolina, tricina, ácido clorogênico, ácido cumárico e ácido ferúlico. Estes compostos estão diretamente ligados a diversas atividades farmacológicas tais como antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianos e até antitumorais presentes nos açúcares de cana [Valli V, Gomez-Caravaca A.M.; DI Nunzio M., Danesi F, Caboni MF, Bordoni A. Sugar cane and sugar beet molasses, antioxidante-rich alternatives to refined sugar. J. Agri Food Chem, 2012, 60, 12508-12515; Alves V.G, Souza AG, Chiavelli LUR, Ruiz ALTG, Carvalho JE, Pomini AM, Silva CC. Phenolic compounds and anticâncer activity of comercial sugarcane cultivated in Brazil. Na. Acad. Bras, Cienc. 2016, 88, 1201-1209; Taylor R P. Discovery of bioactive natural products from sugarcane. Master of Science Thesis. School of Environmental Science and Management, Southern Cross University, Lismore NSW, Austrália. 2018; Almeida JMD. Flavonóides e ácidos cinâmicos de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L. - Poaceae) e seus produtos. Identificação e atividade antioxidante e antiproliferativa. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2006].
[41] A presente invenção apresenta, portanto, uma composição de um adoçante capaz de manter as propriedades farmacológicas dos açúcares escuros que demonstram auxiliar na manutenção do tônus muscular da parede do trato digestivo; melhoram a saúde do sistema nervoso; fortalecem a pele, unhas e cabelos; melhoram a funcionamento do fígado, aceleram cicatrização de lesões e previnem e tratam a anemia devido à presença de ferro. Esses atributos, dependendo da matéria prima e aditivos utilizados, permitem que o adoçante da presente invenção seja ímpar em oferecer ao consumidor a base e sabor do açúcar, mas com menos calorias por unidade de dulçor.
[42] Adicionalmente, o processo da presente invenção realiza a inversão da sacarose elevando o dulçor da mesma do patamar de 100 para 120, com ganho de 20%.
[43] Na inversão proposta pela presente invenção, por exemplo, acima de 90% até 98 %, a sacarose é quase que completamente convertida em partes iguais de glicose e frutose, sem perder significativamente suas características nutricionais quanto às vitaminas, antioxidantes e minerais presentes antes de sua inversão. Por se tratar de um catalizador biológico, a enzima invertase (preferencialmente livre de organismos geneticamente modificados - GMO Free) ou enzima invertase não GMO-free, ao contrário da inversão química, não forma compostos tóxicos no processo de inversão, como por exemplo, o furfural.
[44] Com um teor muito reduzido de sacarose residual, a opcional adição de fibras funcionais poderá permitir que o adoçante da presente invenção apresente um índice glicêmico considerado baixo (<55). O que o torna mais adequado as dietas que buscam evitar doenças, como diabetes e problemas de obesidade.
[45] Para melhor ilustrar, apresenta-se abaixo as características deste adoçante feito a partir do açúcar Demerara, como exemplo, segundo a presente invenção.
  • • Adoçante convencional ou orgânico, que dependerá da origem do açúcar Demerara utilizado;
  • • Produzido a partir de açúcar Demerara invertido em grande parte em glicose e frutose;
  • • Com adição de fibras funcionais, apresenta um índice glicêmico baixo (< 55);
  • • Adoçante com poder antioxidante em função dos compostos poli-fenólicos dos açúcares escuros. Compostos que se mantem preservados no processo de inversão via enzimática;
  • • Uso de enzimas GMO free ou não;
  • • Processo 100% natural, sem conservantes artificiais ou qualquer aditivo químico;
  • • Em função da produção da enzima invertase “on site”, custo de produção competitivo;
  • • Possui potencial farmacológico devido às substâncias preservadas nos açúcares escuros como o Demerara;
  • • Podem ser adicionadas vitaminas, minerais, aminoácidos e fibras.
Processo de Produção do Adoçante
[46] De acordo com a presente invenção, uma das formas de produção do adoçante, inicia-se com a diluição da sacarose sólida, presente na fonte de carboidrato selecionada com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80°C para total dissolução da sacarose, sob agitação no tanque. Esse xarope é então resfriado a 55,0 a 60,0 °C e o pH acertado a 4,5 com uso de ácido cítrico. A enzima invertase, GMO-free ou comercial, é adicionada ao xarope e a reação é mantida até o tempo necessário para atingir a inversão desejada (até 98,0 %) da sacarose em glicose e frutose nas condições descritas. O xarope pode ser aditivado com edulcorantes naturais ou sintéticos, fibras naturais, vitaminas, minerais, aminoácidos, aromas, extratos vegetais, substâncias funcionais, entre outros.
[47] De acordo com os estudos realizados, quando usamos o processo de obtenção anteriormente descrito, é possível obter um adoçante que possui as principais vantagens em relação aos adoçantes disponíveis no mercado:
  • • Processo totalmente orgânico, sem aditivos químicos;
  • • Sabor tradicional do açúcar com menos calorias nas blendas com edulcorantes, naturais ou sintéticos;
  • • Fonte de fibras. A adição de fibras é um aspecto importante, pois permite a digestibilidade mais lenta dos carboidratos, evitando picos de insulina e melhorando a flora intestinal;
  • • Conservação de potencial farmacológico devido ao uso de açúcares escuros como, por exemplo o uso de açúcares VHP ou Demerara ou Mascavo que apresentam na sua composição natural os compostos farmacologicamente ativos.
[48] Entretanto, a presente invenção verificou que o adoçante, com estas e outras vantagens, pode ser obtido a partir de pequenas variações no processo acima descrito com diferentes tipos de sacarose e aditivos. Desta forma, para melhor ilustrar as diferentes formas de obtenção e tipos de sacarose, serão apresentados a seguir os exemplos ilustrativos de processos e composição do adoçante da presente invenção, sendo que os valores expressos nas Tabelas estão baseados em [Ajibola A., Chamunorwa JP, Erlwanger KH. Nutraceutical values of natural honey and its contribuition to human health and wealth. Nutrition & Metabolism 2012, 9:61; Faria DAM. Estudo Nutricional e sensorial de açúcares cristal, refinado, demerara e mascavo orgânicos e convencionais. Tese de Mestrado. UFSCAR, 2012; Luchini DL. Teores de nutrientes minerais e metais pesados em açúcar mascavo produzido por diferentes sistemas orgânicos e convencionais. Tese de Mestrado. UFSCAR, 2014; Moniruzzaman M, Chowdhury MAZ, Rahman MA, Sulaiman SA, Gan SH. Determination of mineral, trace elemento, and pesticide levels in honey samples originating from diferente regions of Malaysia compared to Manuka Honey. Biomed. Res. Int. 2014, ID 359890; Nogueira FS, Ferreira KS, Carneiro Junior JB, Passoni LC. Minerais em melados e em caldos de cana. Ciência e Tecnologia de Alimentos 2009, 29:727-731; Silva AFS. Caracterização e determinação de minerais em amostras de açúcares brasileiros. Tese de Mestrado. ESALQ, USP, Piracicaba, 2017].
Exemplo 1 - Produção do adoçante a partir de açúcar cristal de cana invertido ENZIMATICAMENTE
  • 1. Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix é aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é resfriado a 55,0 a 60,0 °C e o pH acertado a 4,5 com uso de ácido cítrico. Neste xarope a enzima invertase (GMO-free ou não) é adicionada conforme indicação de uso comercial e a reação é mantida pelo tempo necessário para garantir a porcentagem de inversão requerida;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorantes, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto (1 kg) fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Para ilustrar, temos o exemplo do uso de um sachê de 5 g de açúcar para adoçar um café tradicional, ou seja, no adoçante proposto seria utilizado 2,5 g do produto para adoçar o mesmo café com o mesmo dulçor dos 5g da sacarose pura, mas com metade das calorias. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor (Tabela 3).
Desta forma, o EXEMPLO 1 refere-se a:
  • ✓ uso de AÇÚCAR CRISTAL (podendo ser orgânico, não orgânico ou refinado) como base do adoçante da presente invenção;
  • ✓ invertido ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose: até 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético.
Tabela 3: Exemplo comparativo do dulçor e calorias do adoçante proposto e sacarose cristal.
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* e ** Considerando que o açúcar cristal sólido possui em média 387 Kcal por 100 g de produto e dulçor referência de 1 vez.
Exemplo 2 - Produção do adoçante a partir de açúcar cristal de cana invertido QUIMICAMENTE
1. Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • • Adiciona-se ácido fosfórico no xarope até pH 2,0 a 2,5, mantendo-se a 95 ºC até a taxa de inversão desejada;
2. O pH do xarope é corrigido com barrilha a pH 4,5 a 5,0;
3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
4. O xarope é filtrado para retirada de produtos indesejados;
5. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 3,3 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto (1Kg) fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor (Tabela 4).
Desta forma, o EXEMPLO 2 refere-se a:
  • ✓ uso de AÇÚCAR CRISTAL (podendo ser orgânico, não orgânico ou refinado) como base do adoçante, conforme exemplo 1, porém sem uso de enzima;
  • ✓ invertido QUIMICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético.
Tabela 4: Exemplo comparativo do dulçor e calorias do adoçante proposto e sacarose cristal.
Figure img0004
* e ** Considerando que o açúcar cristal sólido possui em média 387 Kcal por 100 g de produto e dulçor referência de 1 vez.
[49] Cabe ressaltar que a inversão da sacarose pelo método tradicional químico o xarope inicial tem concentração máxima de 60 ° Brix devido a necessidade de filtrações para remoção de cor e odor, e após a inversão, o pH do xarope precisa ser corrigido com uso de barrilha, fato este que que satura o xarope com sulfatos indesejáveis e, sequencialmente, o xarope é filtrado e concentrado em evaporadores, o que diminui ainda mais a sua qualidade devido a formação adicional de substâncias indesejáveis como: furfural, hidrometilfurfural e principalmente sulfoximetilfurfural dadas as suas capacidades de reagir com o DNA e provocar mutações [Ogando FIB. Estudo da degradação térmica de sacarose e da contaminação microbiológica no processo de fabricação de açúcar. Teses de Mestrado, ESALQ/USP, 2015].
Exemplo 3 - Produção do adoçante a partir de açúcar cristal de cana orgânico invertido QUIMICAMENTE seguindo a Lista Positiva de Orgânicos
  • 1. Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. Adiciona-se ácido no xarope até pH 2,0 a 2,5, mantendo-se a 95 ºC até a taxa de inversão desejada. O ácido usado neste processo deve estar permitido pela Lista Positiva de Orgânicos (Instrução normativa nº 18, de 28 de maio de 2009, Lei 10,831 de 23 de dezembro de 2003): exemplo ácido cítrico.
  • 3. O pH do xarope é corrigido com produtos permitidos pela Lista Positiva de Orgânicos (Instrução normativa n° 18, de 28 de maio de 2009, Lei 10,831 de 23 de dezembro de 2003), a pH 4,5 a 5,0;
  • 4. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 5. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto (1Kg) fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor (Tabela 5).
Desta forma, o EXEMPLO 3 refere -se a:
  • ✓ uso de AÇÚCAR CRISTAL ORGÂNICO como base do adoçante, conforme exemplo 2, porém fazendo uso da lista positiva de orgânicos;
  • ✓ invertido QUIMICAMENTE com produtos permitidos pela Lista Positiva de Orgânicos em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão), sendo considerado um xarope orgânico;
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético.
Tabela 5: Exemplo comparativo do dulçor e calorias do adoçante proposto e sacarose cristal.
Figure img0005
* e ** Considerando que o açúcar cristal sólido possui em média 387 Kcal por 100 g de produto e dulçor referência de 1 vez.
Exemplo 4 - Produção do adoçante a partir de açúcar VHP ou VVHP
  • 1. Sacarose VVHP (Very Very High Polarization) ou VHP (Very High Polarization) sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto (1Kg) fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor (Tabela 6).
Desta forma, o EXEMPLO 4 refere-se a:
  • ✓ uso de açúcares VHP ou VVHP (orgânicos ou não) como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão),
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
Tabela 6: Exemplo comparativo do dulçor e calorias do adoçante proposto e sacarose VVHP ou VHP.
Figure img0006
* e ** Considerando que o açúcar VHP sólido possui em média 380 Kcal por 100 g de produto e dulçor referência de 1 vez.
Exemplo 5 - Produção do adoçante a partir de açúcar Demerara
  • 1. Sacarose Demerara sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 ° C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor (Tabela 7).
Desta forma, o EXEMPLO 5 refere-se a:
  • ✓ uso de açúcares DEMERARA (orgânico ou não) como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão),
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
Tabela 7: Exemplo comparativo do dulçor e calorias do adoçante proposto e sacarose Demerara.
Figure img0007
* e ** Considerando que o açúcar Demerara possui em média 380 Kcal por 100 g de produto e dulçor referência de 1 vez.
Exemplo 6 - Produção do adoçante a partir de açúcar Mascavo
  • 1. Açúcar Mascavo sólido é diluído com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 ° C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor (Tabela 8).
Desta forma, o EXEMPLO 6 refere-se a:
  • ✓ uso de açúcares Mascavo (orgânico ou não) como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão),
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
Tabela 8: Exemplo comparativo do dulçor e calorias do adoçante proposto e açúcar Mascavo.
Figure img0008
Figure img0009
* e ** Considerando que o açúcar Demerara possui em média 380 Kcal por 100 g de produto e dulçor referência de 1 vez.
Exemplo 7 - Produção do adoçante a partir de açúcar de beterraba, côco e outros
  • 1. Açúcar de beterraba, côco e outros é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80ºC para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor (Tabela 9).
Desta forma, o EXEMPLO 7 refere-se a:
  • ✓ uso do açúcar de beterraba, côco e outros (orgânicos ou não) como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
Tabela 9: Exemplo comparativo do dulçor e calorias do adoçante proposto e açúcar de côco.
Figure img0010
* e ** Considerando que o açúcar de coco possui em média 380 Kcal por 100 g de produto e dulçor referência de 1 vez.
Exemplo 8 - Produção do adoçante a partir dos diversos açúcares com adição de fibras
1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
5. O adoçante pode ser aditivado com:
  • • 0,5 % a 20,0% de fibras solúveis orgânicas ou não, tais como, por exemplo: fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis (exemplo: Promitor 70R/Grasse) ou fibras de mandioca (exemplo: LowPure Tapioca 900/Gramkow);
  • • 0,5 % a 20,0% de fibras insolúveis orgânicas ou não, tais como, por exemplo fibras do milho ou mandioca (Exemplo: Fibervita - MF Carrier 125) ou de vegetais (Exemplo: inulina/Grasse);
  • • 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis ou insolúveis na proporção de 1,0 a 99,0% de mistura entre os dois tipos de fibras
Desta forma, o EXEMPLO 8 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
[50] O consumo adequado de fibras na dieta usual pode reduzir o risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas como: doença arterial coronariana [Liu S, Stampfer MJ, Hu FB, Giovannucci E, Rimm E, Manson JE, et al. Whole-grain consumption and risk of coronary heart disease: results from the Nurses’ Health study. Am J Clin Nutr 70(3):412-9, 1999], acidente vascular cerebral (AVC) [Steffen LM, Jacobs DR Jr, Stevens J, Shahar E, Carithers T, Folsom AR. Associations of whole-grain, refined grain, and fruit and vegetable consumption with risks of all-cause mortality and incident coronary artery disease and ischemic stroke: the Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC) Study. Am J Clin Nutr 78(3):383-90, 2003], hipertensão arterial [Whelton SP, Hyre AD, Pedersen B, Yi Y, Whelton PK, He J. Effect of dietary fiber intake on blood pressure: a meta-analysis of randomized, controlled clinical trials. J Hypertens 23(3):475-81, 2005], diabetes melito [Montonen J, Knekt P, Jarvinen R, Aromaa A, Reunanen A. Whole-grain and fiber intake and the incidence of type 2 diabetes. Am J Clin Nutr 77(3):622-9, 2003] e algumas desordens gastrointestinais [Petruzziello L, Iacopini F, Bulajic M, Shah S, Costamagna G. Review article: uncomplicated diverticular disease of the colon. Aliment Pharmacol Ther 23(10):1379-91, 2006].
[51] A fibra alimentar é resistente à ação das enzimas digestivas humanas e é constituída de polímeros de carboidratos, com três ou mais unidades monoméricas mais a lignina [Anderson JW, Baird P, Davis RH Jr, Ferreri S, Knudtson M, Koraym A, et al. Health benefits of dietary fiber. Nutr Rev 67(4):188-205, 2009; Howlett JF, Betteridge VA, Champ M, Craig SAS, Meheust A, Jones JM. The definition of dietary fiber - discussions at the Ninth Vahouny Fiber Symposium: building scientific agreement. Food Nutr Res 54:5750, 2010]. Os componentes da fibra alimentar dividem-se nos grupos: polissacarídeos não amido, oligossacarídeos, carboidratos análogos (amido resistente e maltodextrinas resistentes), lignina, compostos associados à fibra alimentar (compostos fenólicos, proteína de parede celular, oxalatos, fitatos, ceras, cutina e suberina) e fibras de origem animal (quitina, quitosana, colágeno e condroitina) [Tungland BC, Mayer D. Nondigestible oligo- and polysaccharides (dietary fiber): their physiology and role in human health and food. Comp Rev Food Sci Food Saf 1:73-92, 2002].
[52] Os efeitos positivos das fibras estão relacionados, em parte, ao fato de que uma parcela da fermentação de seus componentes ocorre no intestino grosso, o que produz impacto sobre a velocidade do trânsito intestinal, sobre o pH do cólon e sobre a produção de subprodutos com importante função fisiológica [DeVries JW. On defining dietary fibre. Proc Nutr Soc 46(3):112- 29, 2003]. Assim, as fibras concorrem para uma digestão equilibrada dos carboidratos, sendo considerado um importante aditivo alimentar.
Exemplo 9 - Produção do adoçante a partir dos diversos açúcares com adição de fibras e aminoácidos
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorantes, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
  • 5. O xarope pode ser aditivado com fibras;
  • 6. O xarope pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros, garantindo que no produto final, os diversos aminoácidos de interesse possam estar presentes. A recomendação diária de aminoácidos de cadeia ramificada para adultos segundo a FAO/OMS (2011) é de 20 mg/kg de isoleucina, 26 mg/kg de valina e 39 mg/kg de leucina. Por tanto, para cada aminoácido, é preciso avaliar o IDR (Ingestão Dietética de Referência) recomendado.
Desta forma, a reivindicação do EXEMPLO 9 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com AMINOÁCIDOS.
Exemplo 10 - Produção do adoçante a partir de açúcares dos diversos açúcares com adição de fibras, aminoácidos e aditivado de minerais
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
  • 5. O adoçante pode ser aditivado com fibras, conforme Exemplo 8;
  • 6. O adoçante pode ser aditivado com aminoácidos conforme Exemplo 9;
  • 7. O adoçante pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
Desta forma, o EXEMPLO 10 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com MINERAIS.
Desta forma, o adoçante pode apresentar a composição conforme exemplo da Tabela 10.
Tabela 10. Exemplo de composição do adoçante proposto com os aditivos e usando açúcar Demerara (98% inversão) como xarope de base.
Figure img0011
Exemplo 11 - Produção do adoçante a partir de açúcares dos diversos açúcares com adição de fibras, aminoácidos, aditivado de minerais e vitaminas
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
  • 5. O adoçante pode ser aditivado com fibras, conforme Exemplo 8;
  • 6. O adoçante pode ser aditivado com aminoácidos conforme Exemplo 9;
  • 7. O adoçante pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 8. O xarope pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações.
Desta forma, o EXEMPLO 11 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com MINERAIS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com VITAMINAS;
Desta forma, o adoçante pode apresentar a composição conforme exemplo da Tabela 11.
Tabela 11: Exemplo de composição do adoçante proposto com os aditivos e usando açúcar Demerara (98% inversão) como xarope de base. Exemplo com 100% da Dose recomendada pela Anvisa.
Figure img0012
Exemplo 12 - Produção do adoçante a partir de açúcares dos diversos açúcares com adição de fibras, aminoácidos, aditivado de minerais e vitaminas e substâncias encapsuladas
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
  • 5. O adoçante pode ser aditivado com fibras, conforme Exemplo 8;
  • 6. O adoçante pode ser aditivado com aminoácidos conforme Exemplo 9;
  • 7. O adoçante pode ser aditivado com minerais conforme Exemplo 10;
  • 8. O adoçante pode ser aditivado com vitaminas conforme Exemplo 11;
  • 9. O adoçante pode ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes. O processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do adoçante, no entanto, mantem intactas suas propriedades funcionais. A proporção de aditivação dependerá do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1,0 a 10,0% do adoçante, mas podendo ser maior. Alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.
Desta forma, a reivindicação do EXEMPLO 12 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com MINERAIS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
Exemplo 13 - Produção do adoçante a partir de açúcares dos diversos açúcares com adição de fibras, aminoácidos, aditivado de minerais, vitaminas, substâncias encapsuladas e extratos naturais de plantas
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
  • 5. O adoçante pode ser aditivado com fibras, conforme Exemplo 8;
  • 6. O adoçante pode ser aditivado com aminoácidos conforme Exemplo 9;
  • 7. O adoçante pode ser aditivado com minerais conforme Exemplo 10;
  • 8. O adoçante pode ser aditivado com vitaminas conforme Exemplo 11;
  • 9. O adoçante pode ser aditivado com substâncias encapsuladas conforme Exemplo 12;
  • 10. O adoçante pode ser aditivado com extratos de plantas com reconhecidas atividades farmacológicas, como exemplo gengibre, romã, erva cidreira, cravo, menta, erva doce, entre diversos outros que poderão ser utilizados para dar uma atividade funcional ao adoçante, sendo que a proporção de aditivação pode ser de 0,5 % a 10,0 % em peso do adoçante, podendo variar a concentração conforme a aplicação, necessidade comercial ou concentração de princípio ativo da planta no extrato, não se limitando somente a estas.
Desta forma, a reivindicação do EXEMPLO 13 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com MINERAIS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com Extratos de Plantas.
Exemplo 14 - Produção do adoçante a partir de açúcares dos diversos açúcares com adição de fibras, aminoácidos, aditivado de minerais, vitaminas, substâncias encapsuladas, extratos naturais de plantas e aromas
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
  • 5. O adoçante pode ser aditivado com fibras, conforme Exemplo 8;
  • 6. O adoçante pode ser aditivado com aminoácidos conforme Exemplo 9;
  • 7. O adoçante pode ser aditivado com minerais conforme Exemplo 10;
  • 8. O adoçante pode ser aditivado com vitaminas conforme Exemplo 11;
  • 9. O adoçante pode ser aditivado com substâncias encapsuladas conforme Exemplo 12;
  • 10. O adoçante pode ser aditivado com extratos de plantas conforme Exemplo 13;
  • 11. O adoçante pode ser aditivado com aromas naturais, aromas artificiais e aromas idênticos aos naturais, como exemplo, aroma de mel, limão, maracujá, laranja, morango, entre diversas possibilidades, sendo que a proporção de aditivação pode ser de 0,5 % a 5,0 % em peso do adoçante, podendo variar a concentração conforme a aplicação ou necessidade comercial, não se limitando somente a estas.
Desta forma, a reivindicação do EXEMPLO 14 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com MINERAIS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com Extratos de Plantas.
  • ✓ Podendo ser aditivado com Aromas.
Exemplo 15 - Produção do adoçante a partir de açúcares dos diversos açúcares com adição de fibras, aminoácidos, aditivado de minerais, vitaminas, substâncias encapsuladas, extratos naturais de plantas, aromas e substâncias funcionais
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
  • 5. O adoçante pode ser aditivado com fibras, conforme Exemplo 8;
  • 6. O adoçante pode ser aditivado com aminoácidos conforme Exemplo 9;
  • 7. O adoçante pode ser aditivado com minerais conforme Exemplo 10;
  • 8. O adoçante pode ser aditivado com vitaminas conforme Exemplo 11;
  • 9. O adoçante pode ser aditivado com substâncias encapsuladas conforme Exemplo 12;
  • 10. O adoçante pode ser aditivado com extratos de plantas conforme Exemplo 13;
  • 11. O adoçante pode ser aditivado com aromas conforme Exemplo 14;
  • 12. O adoçante pode ser aditivado com substâncias funcionais, como exemplo, prébioticos como: inulina, FOS (frutooligossacarídeos), GOS (galactooligossacarídeos), e antioxidantes como: Phytolin (flavonóides da cana), betacarotenos, carotenóides, licopeno, antocianinas, resveratrol, taninos entre outros, mas não só limitadas a estas. A proporção de aditivação dependerá do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1,0 a 5,0% do adoçante, mas ajustando ao potencial funcional da substância, bem como aos limites de consumo seguro estabelecido pela ANVISA e/ou outros órgãos reguladores nacionais ou internacionais.
Desta forma, a reivindicação do EXEMPLO 15 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com MINERAIS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com Extratos de Plantas.
  • ✓ Podendo ser aditivado com Aromas.
  • ✓ Podendo ser aditivado com substâncias funcionais
Exemplo 16 - Produção do adoçante a partir de açúcares dos diversos açúcares com adição de fibras, aminoácidos, aditivado de minerais, vitaminas, substâncias encapsuladas, extratos naturais de plantas, aromas substâncias funcionais e outros açúcares
1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
4. O xarope filtrado pode ser aditivado com edulcorante, por exemplo Stevia, na concentração que permita que o xarope final tenha o dobro do dulçor e metade das calorias, podendo esta proporção ser alterada para maior ou menor conforme a necessidade. Exemplo, 1 Kg de xarope de açúcar invertido é aditivado com 2,6 g de Stevia, sendo que a Stevia é em média 300 x mais doce que a sacarose, tem-se que o produto fica com dulçor referente a 2 Kg de sacarose. Da mesma forma, outros edulcorantes podem ser utilizados para aditivar o xarope, conforme seu poder de dulçor.
5. O adoçante pode ser aditivado com fibras, conforme Exemplo 8;
6. O adoçante pode ser aditivado com aminoácidos conforme Exemplo 9;
7. O adoçante pode ser aditivado com minerais conforme Exemplo 10;
8. O adoçante pode ser aditivado com vitaminas conforme Exemplo 11;
9. O adoçante pode ser aditivado com substâncias encapsuladas conforme Exemplo 12;
10. O adoçante pode ser aditivado com extratos de plantas conforme Exemplo 13;
11. O adoçante pode ser aditivado com aromas conforme Exemplo 14;
13. O adoçante pode ser aditivado com substâncias funcionais conforme Exemplo 15;
14. O adoçante pode ser aditivado com outros açúcares tais como exemplos: xilitol, xaropes de high frutose, dextrose, maltose, sorbitol, manitol, lactose, xaropes de frutas (exemplo xarope de maçã) entre outros, mas não só restritos a esses. A proporção de aditivação poderá ser entre 0,1 a 50,0 % do adoçante, conforme a proporção ideal e limites de consumo conforme legislação vigente estabelecido por órgãos reguladores nacionais ou internacionais para cada tipo de açúcar.
Desta forma, a reivindicação do EXEMPLO 16 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA, Mascavo, Côco, Beterraba, e outros como base do adoçante;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ Podendo ser aditivado com edulcorante natural ou sintético;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com FIBRAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com MINERAIS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Podendo ser enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
  • ✓ Podendo ser enriquecido com Extratos de Plantas.
  • ✓ Podendo ser aditivado com Aromas.
  • ✓ Podendo ser aditivado com substâncias funcionais
  • ✓ Podendo ser aditivado com outros açúcares
[53] Os exemplos acima foram descritos para ilustrar as diferentes formas de produção do adoçante e sua composição final em função dos dois tipos de inversão, diversos tipos de matéria prima e aditivos, não devendo ser encarados como limitativos desta invenção, sabendo-se que pequenas variações do que fora acima descrito ainda farão parte do escopo desta invenção.
[54] Neste sentido, o escopo da presente invenção também abarca os diferentes usos e aplicações de uma composição de adoçante com propriedades melhoradas, conforme descrita nesta invenção. As aplicações principais, porém, não limitativas, são: Indústria Farmacêutica, Indústria Cosmética, Indústria Alimentícia e Uso de mesa em geral.

Claims (35)

  1. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ADOÇANTES NUTRITIVOS E BLENDAS caracterizado por produzir composições adoçantes contendo sabor tradicional do açúcar, sem aditivos químicos, com menos calorias nas blendas com edulcorantes, naturais ou sintéticos, contendo aditivos alimentares que permitem a digestibilidade mais lenta dos carboidratos, evitando picos de insulina e melhorando a flora intestinal, e funcionalidades farmacêuticas, contendo as seguintes etapas:
    • a) diluir a sacarose sólida, presente em diferentes tipos de fonte de carboidrato selecionada, com água a um xarope de sacarose de cerca de 76,0 a 82,0 ° Brix;
    • b) aquecer a cerca de 80º C para total dissolução da sacarose, sob agitação no tanque;
    • c) o xarope é então resfriado a cerca de 55,0 a 60,0 °C e o pH acertado a 2,0 a 5,0 com uso de ácidos ou barrilhas;
    • d) nos casos de inversão enzimática, adiciona-se a enzima invertase, GMO-free ou comercial, ao xarope e a reação é mantida até o tempo necessário para atingir a inversão de até cerca de 98,0% da sacarose em glicose e frutose nas condições descritas;
    • e) opcionalmente, o xarope pode ser aditivado com edulcorantes naturais ou sintéticos, fibras naturais, vitaminas, minerais, aminoácidos, aromas, extratos vegetais, substâncias funcionais e outros açúcares, desta forma, mantendo o potencial farmacológico devido ao uso de açúcares escuros que apresentam na sua composição natural os compostos farmacologicamente ativos.
  2. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelas fontes de sacarose para a produção do adoçante serem preferencialmente: açúcar cristal, Demerara, VHP, VVHP, mascavo, de beterraba, de côco, orgânicos ou não, sólidos ou líquidos.
  3. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos ácidos utilizados para inversão química da sacarose serem preferencialmente ácido cítrico, ácido fosfórico, ácidos da lista positiva de orgânicos.
  4. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo processo possuir opcionalmente uma etapa de filtração do xarope para retirada dos particulados.
  5. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelas blendas de adoçante serem produzidas a partir da adição de edulcorantes ao xarope da etapa “e” da reivindicação 1.
  6. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelos edulcorantes adicionados ao xarope poderem ser Stevia, sacarina, ciclamato, aspartame, acelsulfame, alitame/neotame, sucralose e taumatina, entre outros, em diferentes concentrações de forma a atingir um dulçor igual ou maior ao da sacarose não invertida e uma menor quantidade relativa de caloria.
  7. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1, 5 e 6, caracterizado pela blenda de adoçante preferencialmente utilizar um xarope 78º Brix (90 a 98% de inversão) com Stevia em uma concentração, por exemplo de 2,6 g por cada 1 kg de xarope.
  8. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1, 5 e 6, caracterizado pela blenda de adoçante ser opcionalmente um xarope 78º Brix (90 a 98% de inversão) com Stevia em uma concentração, por exemplo de 5,2 g por cada 1 kg de xarope.
  9. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1, 5 e 6, caracterizado pela blenda de adoçante poder ainda apresentar adições preferenciais de outros edulcorantes por kg de xarope, como exemplo: 3,3g/kg de sacarina; 5g/kg de aspartame; 5g/kg de acelsulfame; 0,5g/kg neotame; 1,65g/kg de sucralose e 0,33g/kg de taumatina, não se limitando somente a estas concentrações.
  10. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 9, caracterizado pelas fibras adicionadas de 1 a 20% aos adoçantes ou blendas de adoçante, serem solúveis, insolúveis e suas misturas de 1 a 99% de cada, serem orgânicas ou não, e serem selecionadas preferencialmente dentre: fibras vegetais como as de milho, mandiocas, tapiocas; fibras como Fibervita, inulina, polidextroses, maltodextrinas; fibras constituídas de polímeros de carboidratos, com três ou mais unidades monoméricas; fibras de lignina, fibras polissacarídicas não-amido; oligassacarídeos; carboidratos análogos, como amido resistentes e maltodextrinas resistentes; compostos associados a fibra alimentar, como compostos fenólicos, proteína de parede celular, oxalatos, fitatos, ceras, cutina, suberina; fibras de origem animal, como quitina, quitosana, colágeno, condroitina.
  11. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 10, caracterizado pelos aminoácidos da etapa “e” poder ser selecionado dentre diversos tipos de aminoácidos de cadeia ramificada, tais como: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e/ou lisina.
  12. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 11, caracterizado pelos minerais da etapa “e” poderem ser selecionados dentre: Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro, Magnésio, cobre, selênio, manganês e/ou fósforo, mas não limitado somente a estes.
  13. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 12, caracterizado pelas vitaminas da etapa “e” poderem ser selecionadas dentre: vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina, niacina e vitamina K, mas não limitado somente a estes.
  14. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 13, caracterizado pelas substâncias aditivadas ao adoçante ou as blendas de adoçantes poderem estar encapsuladas, microencapsuladas ou ainda nanoencapsuladas.
  15. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelas substâncias serem opcionalmente o melaço de cana, o mel de cana, compostos farmacológicos, compostos nutracêuticos, extratos naturais de plantas, vitaminas, aminoácidos e minerais.
  16. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 15, caracterizado pelos extratos vegetais serem preferencialmente extratos de plantas com reconhecidas atividades farmacológicas, tais como: gengibre, romã, erva cidreira, cravo, menta, erva doce, entre diversos outros que poderão ser utilizados para dar uma atividade funcional ao adoçante, mas não limitado somente a estes.
  17. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 16, caracterizado pelos aromas adicionados na etapa “e” poderem ser naturais, artificiais e aromas idênticos aos naturais, tais como os exemplos: aroma de mel, limão, maracujá, laranja, morango, entre outros, mas não limitado somente a estes.
  18. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 17, caracterizado pelas substâncias funcionais adicionadas na etapa “e” poderem ser prebióticos como: inulina, FOS (frutooligossacarídeos), GOS (galactooligossacarídeos), e antioxidantes como: Phytolin (flavonóides da cana), betacarotenos, carotenóides, licopeno, antocianinas, resveratrol, taninos, entre outros.
  19. PROCESSO, de acordo com as reivindicações 1 a 18, caracterizado pelos açúcares adionais da etapa “e” poderem ser opcionalmente: xilitol, xaropes de high frutose, dextrose, maltose, sorbitol, manitol, lactose, xaropes de frutas (exemplo xarope de maçã), entre outros.
  20. COMPOSIÇÃO DE ADOÇANTES NUTRITIVOS E BLENDAS, caracterizada por ser produzida pelo processo das reivindicações 1 a 19, obtendo uma composição com qualidade uniforme, preservando o sabor do açúcar, reduzindo a quantidade de calorias, contendo pelo menos uma quantidade determinada de uma fonte de sacarose, invertida química ou enzimaticamente, e uma porcentagem de edulcorantes ou blendas de edulcorantes, naturais ou sintéticos, aumentando o poder de dulçor da composição, ao mesmo tempo que diminui o seu teor calórico, assim como quantidades de acordo com a recomendação diária de fibras, aminoácidos minerais, vitaminas, substâncias encapsuladas, extratos vegetais, aromas, substancias funcionais e/ou outros açúcares.
  21. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 20, caracterizada por poder variar a concentração de edulcorantes para mais ou para menos, para se obter um aumento ou diminuição da relação entre dulçor e teor de caloria da composição adoçante final.
  22. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 e 21, caracterizada pela relação dulçor e teor calórico poder ser vantajosamente obtida nas seguintes razões: 151 Kcal com Xarope 78 º Brix (98% de inversão) e 2,6 g de Stevia por cada kg de xarope obtendo um dulçor duas vezes maior que a de 100% de xarope de sacarose.
  23. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 22, caracterizada pela mesma relação dulçor e teor calórico da reivindicação 22 também poder ser obtida quando se adiciona 3,3g de sacarina; 33g de ciclamato; 5g de aspartame; 5g de acelsulfame; 0,5 de neotame; 1,65 de sucralose; ou 0,33g de taumatina.
  24. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 20, caracterizada pela quantidade de fibra poder ser de 0,5 a 20% de fibras solúveis e/ou insolúveis, orgânicas ou não, sendo preferencialmente selecionadas entre: fibras vegetais como as de milho, mandiocas, tapiocas; fibras como Fibervita, inulina, grasse, polidextroses, maltodextrinas; fibras constituídas de polímeros de carboidratos, com três ou mais unidades monoméricas; fibras de lignina, fibras polissacarídicas não-amido; oligassacarídeos; carboidratos análogos, como amido resistentes e maltodextrinas resistentes; compostos associados a fibra alimentar, como compostos fenólicos, proteína de parede celular, oxalatos, fitatos, ceras, cutina, suberina; fibras de origem animal, como quitina, quitosana, colágeno, condroitina.
  25. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 a 24, caracterizada pelos aminoácidos estarem em concentrações indicadas para ingestão diária e poderem ser selecionados dentre diversos tipos de aminoácidos de cadeia ramificada, tais como: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e/ou lisina.
  26. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 a 25, caracterizada pelos minerais estarem em concentrações indicadas para ingestão diária e poderem ser selecionados dentre: Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro, Magnésio, cobre, selênio, manganês e/ou fósforo.
  27. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 a 26, caracterizada pelas vitaminas estarem em concentrações indicadas para ingestão diária e poderem ser selecionadas dentre: vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina, niacina e vitamina K.
  28. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 a 27, caracterizada pelas substâncias aditivadas ao adoçante ou as blendas de adoçantes poderem estar encapsuladas, microencapsuladas ou ainda nanoencapsuladas.
  29. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 28, caracterizada pelas substâncias serem opcionalmente o melaço de cana, o mel de cana, compostos farmacológicos, compostos nutracêuticos, extratos naturais de plantas, vitaminas, aminoácidos e minerais.
  30. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 a 29, caracterizada pelos extratos vegetais poderem ser preferencialmente de 0,5 % a 10,0 % em peso do adoçante e serem preferencialmente extratos de plantas com reconhecidas atividades farmacológicas, tais como: gengibre, romã, erva cidreira, cravo, menta, erva doce, entre diversos outros que poderão ser utilizados para dar uma atividade funcional ao adoçante.
  31. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 a 30, caracterizada pelos aromas serem adicionados na proporção de 0,5 % a 5,0 % em peso do adoçante e poderem ser naturais, artificiais e aromas idênticos aos naturais, tais como: aroma de mel, limão, maracujá, laranja, morango, entre outros.
  32. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 a 31, caracterizada pela quantidade das substâncias funcionais depender do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo de forma geral preferencialmente incluído entre 1,0 a 5,0% do adoçante final, ajustando ao potencial funcional da substância, bem como aos limites de consumo seguro estabelecido, e poderem ser prebióticos como: inulina, FOS (frutooligossacarídeos), GOS (galactooligossacarídeos), e antioxidantes como: Phytolin (flavonóides da cana), betacarotenos, carotenóides, licopeno, antocianinas, resveratrol, taninos, entre outros.
  33. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 20 a 32, caracterizada pelos açúcares serem adicionados em uma proporção de 1 a 50% do adoçante final e poderem ser opcionalmente: xilitol, xaropes de high frutose, dextrose, maltose, sorbitol, manitol, lactose, xaropes de frutas (exemplo xarope de maçã), entre outros.
  34. COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações acima, caracterizada por uma composição preferida ser a base de açúcar demerara e possuir a seguinte composição média em 100g:
    • a. 22,0 ± 1% de água;
    • b. 38,6 ± 0,5% de frutose;
    • c. 37,8 ± 0,5% de Glicose;
    • d. 1,56 ± 0,5% de Sacarose;
    • e. 0,5 - 20,0% fibras totais;
    • f. de 20 mg a 39 mg de aminoácidos;
    • g. 9,3 mg/100g de sódio;
    • h. Até 7,0 mg/100g de zinco;
    • i. 1,4 - 4,9 mg/100g de Potássio;
    • j. Até 260,0 mg/100g de Magnésio;
    • k. Até 1000,0 mg/100g de cálcio;
    • l. Até 14,0 mg/100g de ferro;
    • m. Até 700,0 mg/100g de fósforo;
    • n. Até 0,6 mg/100g de vitamina A;
    • o. Até 1,2 mg/100g de Tiamina;
    • p. Até 1,3 mg/100g de riboflavina;
    • q. Até 16,0 mg/100g de niacina;
    • r. Até 1,3 mg/100g de piridoxina;
    • s. Até 0,4 mg/100g de ácido fólico
    • t. Até 45,0 mg/100g de vitamina C;
    • u. Até 0,005 mg/100g de vitamina D; e/ou
    • v. Até 10,0 mg/100g de vitamina E.
  35. USO DO ADOÇANTE NUTRITIVO E BLENDAS, caracterizado por aplicar as composições com propriedades melhoradas das reivindicações 20 a 34 e produzidas pelos processos das reivindicações 1 a 19 nas indústrias farmacêutica, cosmética, alimentícia e no uso de mesa em geral, mas não limitado somente a estas.
BR102019021864A 2019-10-17 2019-10-17 Composição, processo de produção e uso de adoçantes nutritivos e blendas BR102019021864A8 (pt)

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