BR102019018826A2 - Processo de obtenção de cobertura para bolo tipo "pasta americana" à base de biomassa de banana verde e produto obtido - Google Patents

Processo de obtenção de cobertura para bolo tipo "pasta americana" à base de biomassa de banana verde e produto obtido Download PDF

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Sérgio Eduardo Soares
Rosana Silva Chaves
Eliseth De Souza Viana
Edson Perito Amorim
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Universidade Federal Da Bahia
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Abstract

processo de obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde e produto obtido a presente invenção contempla o produto agroindustrial denominado cobertura para bolo tipo pasta americana produzida à base de biomassa de banana verde e o seu processo de produção. a cobertura foi desenvolvida com o intuito de se obter um produto de confeitaria com textura que permite a elaboração de modelagens comestíveis, de formatos variados, para decorar bolos, com potencial funcional e baixo índice glicêmico, que pode ser incluído na dieta de consumidores que apresentam restrição ao consumo de açúcares, já que atualmente todas as coberturas comerciais do tipo pasta americana disponíveis são desenvolvidas à base de açúcar comum. a referida cobertura se encaixa no campo de produtos de confeitaria e, devido à sua composição, se enquadra também na categoria dos alimentos funcionais. o componente majoritário da formulação é a biomassa de banana verde, a qual, juntamente com a farinha de banana verde, agrega fibras e amido resistente ao produto. a doçura do produto é atribuída à inclusão na sua composição de um edulcorante natural derivado de vegetais, o qual não causa danos à saúde dos consumidores com restrição ao consumo de sacarose. o produto pode ser produzido de modo a se obter uma cobertura de sabor neutro ou adicionado de saborizantes como o chocolate amargo. o processo de elaboração do invento já está concluído.

Description

PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO "PASTA AMERICANA" À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO Breve Apresentação
[001] A presente Patente de Invenção (PI) se refere ao processo para obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana”, com baixo índice glicêmico, desenvolvida à base de biomassa de fruta verde, mais especificamente, biomassa de banana verde, com o intuito de se obter um produto de confeitaria com potencial funcional e adequado ao consumo por grupos que fazem o uso de dietas com restrição de açúcares.
[002] Como característica diferencial do referido processo e produto obtido, proposto neste pedido de patente, ressalta-se as características diferenciais em relação às alternativas disponíveis no estado da técnica, tais como composição mais saudável e nutritiva, utilização de matéria-prima agrícola em estado de maturação verde, amenizando os desperdícios com amadurecimento do fruto e disponibilização de um produto de confeitaria, que permite a elaboração de modelagens comestíveis, para decorar bolos, sendo destinado, sobretudo, para dietas com restrição de açúcares.
Campo de Aplicação
[003] A presente Patente de Invenção (PI) diz respeito a um produto alimentício, mais especificamente a uma cobertura para bolo tipo “pasta americana”, desenvolvida à base de biomassa de banana verde, que pode ser modelada em variados formatos para decorar bolos. Sendo assim, se enquadra no campo dos produtos de confeitaria, já que a função do produto obtido é cobrir e decorar bolos.
[004] O processo e o produto desenvolvido se enquadram também no campo de produtos funcionais, sobretudo pela presença do amido resistente, na composição da banana verde, que é uma substância que além dos benefícios nutricionais proporciona também melhorias na digestão e absorção de nutrientes, sobretudo dos carboidratos.
Fundamentos da Técnica
[005] A preocupação com a saúde e a prevenção de doenças, fundamentadas no consumo de alimentos saudáveis, com baixo teor de calorias, gorduras e açúcares tem sido uma tendência mundial, que consequentemente tem gerado novas dinâmicas na indústria da confeitaria, culminando com a inserção dos chamados alimentos funcionais nesse mercado (BELSCAK-CVITANOVIC, A.; KOMES, D.; DUJMOVIC, M.; KARLOVIC, S.; BISKIC, M.; BRNCIC, M.; JEZEK, D. Physical, bioactive and sensory quality parameters of reduced sugar chocolates formulated with natural sweeteners as sucrose alternatives. Food Chemistry, v.167, p. 61-70, 2015; AIDOO, R. P.; AFOAKWA, E. O.; DEWETTINCK, K. Rheological properties, melting behaviours and physical quality characteristics of sugar-free chocolates processed using inulin/polydextrose bulking mixtures sweetened with stevia and thaumatin extracts. LWT - Food Science and Technology, v.62, p.592-597, 2015).
[006] Os alimentos funcionais constituem hoje uma prioridade de pesquisa em todo o mundo a fim de elucidar as propriedades e demonstrar os efeitos benéficos destes produtos na promoção da saúde e bem-estar (NAVDEEP, K.; SINGH, P. D. Deciphering the consumer behaviour facets of functional foods: A literature review. Appetite, v.112, p.167-187, 2017)
[007] Tais alimentos englobam uma infinidade de produtos, dentre eles a banana verde, sobretudo pela presença do amido resistente na sua composição, sendo que a mesma pode ser consumida em forma de biomassa ou farinha (SILVEIRA, A. C. R.; SILVA, M. A. P.; MOURA, L. C.; SOUZA, D. G.; PLÁCIDO, G. R.; CALIARI, M. Parâmetros físico-químicos e sensoriais de iogurtes com biomassa da banana verde. Global Science & Technology, v.10, p.29-43, 2017).
[008] A banana é uma das frutas mais consumidas em todo o mundo, sendo que o seu cultivo no Brasil se estende de norte a sul do país, tendo forte expressão econômica e elevado alcance social (CARDENETTE, G. H. L. Produtos derivados de banana verde (Musa spp.) e sua influência na tolerância à glicose e na fermentação colônica. Universidade de São Paulo, 2006. 180p. Dissertação (Doutorado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas, 2006).
[009] Por apresentar uma cultura versátil, seu cultivo é possível em diferentes ambientes, sendo produzida durante todo o ano, além de manter o solo fértil, tornando-se interessante para os pequenos produtores, que utilizam a banana como um recurso adicional com papel fundamental como alimento e também como cultura fixadora de mão-de-obra no meio rural (MATSUURA, F. C. A. U.; COSTA, J. I. P.; FOLEGATTI, M. I. S. Marketing de banana: preferências do consumidor quanto aos atributos de qualidade dos frutos. Revista Brasileira de Fruticultura, v.26, p.48-52, 2004).
[010] Apesar de ser um dos maiores produtores mundiais de banana, o Brasil é também um dos que mais desperdiça este fruto. Tal perda se dá, principalmente, devido a técnicas inadequadas de colheita e pós-colheita e aos sistemas de transporte e armazenamento, precários (RANIERI, L. M.; DELANI, T. C. O. Banana verde (musa spp): obtenção da biomassa e ações fisiológicas do amido resistente. Revista UNINGÁ, v. 20, p. 43-49, Maringuá - PR, 2014).
[011] Além disso, apesar de ser facilmente encontrada, a banana não possui muitas alternativas de industrialização, o que vem colaborar, também, com essas perdas. Sendo assim, uma alternativa para diminuir esse desperdício é a utilização da banana ainda verde (BORGES, M. T. M. R. Potencial vitamínico da banana verde e produtos derivados. Campinas: UNICAMP. Tese (Doutorado) Faculdade de Tecnologia dos Alimentos, 2003).
[012] O sabor que essa fruta apresenta, quando madura, é um dos seus maiores atributos de qualidade. Porém, a polpa verde caracteriza-se por uma forte adstringência devido à presença de compostos fenólicos solúveis, sobretudo os taninos (VILAS BOAS, E. V. B.; ALVES, R. E.; FILGUEIRAS, H. A. C.; MENEZES, J. B. Características da fruta. (Frutas do Brasil, 16). In: MATSUURA, F.C.A.U.; FOLEGATTI, M.I.S. (Ed.). Banana pós-colheita. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, p. 15-19, 2001).
[013] À medida que amadurece, ocorre polimerização desses compostos, com consequente redução dessa adstringência, aumentando o sabor doce e reduzindo a acidez. Além disso ocorre redução do teor de amido e aumento dos açúcares (BORGES, A. M., JOELMA, P., LUCENA E. M. P. Caracterização da farinha de banana verde. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.29, p. 333-339, 2009).
[014] O amido resistente, presente na banana verde, tem sido definido como a porção de amido e produtos de amido que resistem à digestão quando passam pelo trato gastrointestinal (NUGENT, A. P. Health properties of resistant starch. British Nutrition Foundation - Nutrition Bulletin. v.30, p.27-54, 2005).
[015] Durante o processo de digestão, o amido é majoritariamente convertido em monossacáridos, digerido e absorvido no corpo através das vilosidades do intestino delgado, e nesta fase, alguma quantidade dele escapa à digestão no intestino delgado e se move para o intestino grosso, onde ajuda a melhorar a saúde do sistema digestivo, comportando-se assim, como fibra dietética (LEI, F.; JI-CHUN, T.; CAI-LING, S.; CHUN, L. RVA and farinograph properties study on blends of resistant starch and wheat flour. Agricultural Sciences in China. v.7, p.812-22, 2012).
[016] No cólon humano, o amido resistente é então fermentado por bactérias para ácidos graxos de cadeia curta, os quais servem então como fonte de energia adicional ao corpo e fornecem quantidades elevadas de butirato que é benéfico para o funcionamento do cólon (TOPPING, D. L.; CLIFTON, P. M. Short-chain fatty acids and human colonic function: roles of resistant starch and nonstarch polysaccharides. Physiological Reviews. v.81, p.1032-54, 2001).
[017] Além disso, muitas das propriedades físico-químicas que o amido resistente apresenta levam pesquisadores a acreditarem na hipótese de que a ingestão deste poderia diminuir a glicose pós prandial e a resposta insulinêmica de uma refeição (HIGGINS, J. A. Resistant starch: metabolic effects and potential health benefits. Journal of AOAC International, v.87, p.761-768, 2004).
[018] Cozinhando a banana verde, com casca, sob pressão, e posteriormente homogeneizando a polpa, ainda quente, se obtém a biomassa de banana verde. Tal produto não apresenta a adstringência característica da fruta verde in natura, pois quando cozida perde os taninos de sua composição (IZIDORO, D. R. Influência da polpa de banana (Musa cavendishii) verde no comportamento reológico, sensorial e físico-químico de emulsão. Universidade Federal do Paraná, 167p. Dissertação (Mestrado) Setor de tecnologia da Universidade Federal do Paraná, 2007).
[019] A biomassa de banana verde permite a elaboração de vários produtos sem alterar o sabor, porém aumentando a quantidade de fibras dietéticas, proteínas e nutrientes, além de proporcionar maior rendimento dos alimentos, ressaltando, assim, a importância da polpa de banana verde como matéria-prima, apesar do seu uso na elaboração de cobertura para bolo não ter sido evidenciado nos documentos analisados (IZIDORO, D. R. Influência da polpa de banana (Musa cavendishii) verde no comportamento reológico, sensorial e físico-quimico de emulsão. Universidade Federal do Paraná, 167p. Dissertação (Mestrado) Setor de tecnologia da Universidade Federal do Paraná, 2007; OSAWA, C. C.; FONTES, L. C. B.; MIRANDA, E. H. W.; CHANG, Y. K.; STEEL, C. J. Physical and chemical evaluation of chocolate cake covered with gelatin, stearic acid, modified starch or “carnaúba” wax edible icing. Food Science and Technology, v. 29, p. 92-99, 2009).
Literatura Técnica Especializada
[020] A literatura técnica especializada revela alguns documentos de patentes que fazem referência a processo de obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana” (fondant). Os documentos de maior relevância serão descritos a seguir.
[021] O documento de patente GB1003156 diz respeito, a elaboração de um fluido/sumo de frutas utilizando a banana como exemplo com uma espécie de fondant derretido na mistura, enquanto que o documento GB669363 se refere a revestimento para alimentos com adição de essência de banana, utilizando fondant.
[022] Sendo assim, os produtos relatados nos documentos de patente citados podem ser considerados distintos do que está sendo solicitado no presente documento de patente de invenção, e, portanto, não podem ser considerados como limitantes para a solicitação de exclusividade do que é proposto neste documento de patente, bem como, não pode limitar a atividade inventiva.
[023] A utilização de frutas, como matriz, na elaboração de cobertura para bolo tipo “pasta americana” (fondant) foi verificada apenas no documento de patente CN105192224, sendo o mamão papaia o fruto referido. Este documento descreve o processo de fabricação do fondant de papaia, indicando como vantagens a obtenção de um produto agradável em doçura, perfumado e com sabor de mamão. Sendo nutricionalmente rico, com substâncias benéficas para a digestão, a lactação e prevenção do câncer, sendo adequado para o consumo por pessoas de todas as idades.
[024] Os seguintes documentos de patentes UA14025, UA14028, UA14029, se destacam por se referirem a coberturas para bolo tipo “pasta americana” (fondants) elaborados com açúcar adicionados de aromatizantes sofisticados, respectivamente, “Rum”, “Tiramisu” e “Toffee nut”. Já os documentos UA104393, UA85456, UA85455, tratam de fondants à base de açúcar adicionada de pó de bagaço de uva para promover estrutura ao doce.
[025] Sendo assim, apesar de relatarem técnicas e/ou processos e/ou métodos empregados para o desenvolvimento de coberturas para bolo tipo “pasta americana” (fondants), os documentos referidos compreendidos nos estado da técnica não ferem o quesito de novidade e de atividade inventiva da invenção aqui apresentada e reivindicada, ou seja, o dito “Processo de obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde e produto obtido”.
Vantagens da Invenção
[026] A elaboração de coberturas para bolo do tipo “pasta americana”, de forma convencional, ou seja, à base de açúcar já é de conhecimento público, porém, a Inventora, de forma surpreendente, desenvolveu uma cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde e sem adição de açúcar, com textura semelhante ao produto comercial que permite elaboração de modelagens comestíveis para decorar bolos, como demonstrada na presente invenção.
[027] Em relação às vantagens e diferenciais apresentados pelo dito Processo de obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde e produto obtido, pode-se destacar como mais relevantes:
[028] O método proporcionado pela invenção é simples, de baixo custo e de fácil operação.
[029] A elaboração da cobertura para bolo tipo “pasta americana” sem adição de açúcar já confere, pelo menos, dois benefícios ao produto que são: redução do índice glicêmico e disponibilidade de um produto de confeitaria que permite a elaboração de modelagens comestíveis para dietas com restrição de açúcares, o que atualmente é escasso.
[030] A presença da biomassa de banana verde na composição da cobertura para bolo tipo “pasta americana” é algo inovador que agrega ao produto final nutrientes e, sobretudo fibras devido à presença do amido resistente na banana verde, um composto que traz inúmeros benefícios à saúde como melhora da função intestinal, auxílio no metabolismo dos carboidratos e gorduras e prevenção de determinados cânceres, como o de intestino.
[031] O uso da banana, ainda verde, na elaboração da cobertura para bolo tipo “pasta americana” promove a redução do desperdício dessa fruta, visto que a mesma amadurece rapidamente e uma vez madura, por ter pouca aplicação industrial, por falhas ocorridas no transporte e armazenamento acabam muitas vezes indo para o lixo.
Sumário da Invenção
[032] O objetivo principal deste pedido de patente de invenção é descrever com detalhes o processo e o produto relacionados ao Processo de obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde e produto obtido. Assim, mais especificamente, a invenção aqui revelada se refere a um processo de obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana” produzida à base de biomassa de banana verde, sem adição de açúcar e com textura que permite que a elaboração de variadas modelagens comestíveis para decorar os bolos.
[033] Torna-se importante destacar que o método/processo/técnica proporcionado pela invenção é relativamente simples, de baixo custo e de fácil operação, sendo, portanto uma grande vantagem para permitir a sua aplicação industrial e fácil comercialização.
[034] Além disso, os principais componentes utilizados na formulação possuem excelentes propriedades para a produção de alimento com apelo funcional devido as suas características (banana verde e xilitol), e por isso, o produto de confeitaria obtido ao final do processo, ou seja, a dita cobertura para bolo tipo “pasta americana” apresenta textura adequada e excelentes propriedades nutricionais, características essenciais para aplicação comercial do produto.
Descrição Detalhada da Invenção
[035] Nesta seção serão revelados todos os detalhes do processo de desenvolvimento e obtenção do Processo de obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde e produto obtido, cujo intuito é o de descrever suficiente e clara, todas as etapas que envolvem o processo de obtenção da cobertura para bolo, e dessa forma, embasar a suficiência descritiva desta invenção.
[036] Assim, conforme mencionado anteriormente, a presente invenção se refere a um processo de obtenção de cobertura para bolo tipo “pasta americana” produzida à base de biomassa de banana verde e sem adição de açúcar, no intuito de se obter um produto de confeitaria com potencial funcional para uso, também, em dietas com restrição de açúcares.
[037] Para desenvolvimento da cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde as seguintes etapas (A) e (B) devem ser realizadas:
[038] Etapa A → Determinação do ponto de maturação da banana verde:
[039] Descrição detalhada da Etapa A: O ponto de maturação da banana verde, adequado para a elaboração da cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base da biomassa da banana verde, deve der determinado por meio das operações de colheita da banana (1), armazenamento sob temperatura controlada (2), análise de textura (3), extração (4), determinação do teor de carboidratos solúveis (5) e determinação do teor de amido (6).
[040] A colheita da banana deve ser realizada no estágio de maturação verde, seguindo a escala de maturação de Von Loesecke (1). Depois de colhida, a banana deve ser armazenada em sala climatizada, à 18° C durante todo o período de análises (2). À partir do primeiro dia pós-colheita, seguindo-se alternando os dias, até o dia em que a casca da fruta começar a amarelar, as bananas devem ser analisadas.
[041] Em cada dia de análise, deve-se selecionar a banana, higienizar com sabão e água, descascar e submetê-la a análise de textura em texturômetro TA.XT Plus (pré-teste: 2 mm/s; teste rápido: 2 mm/s; pós-teste: 2 mm/s; força: 5 g; distância 10 mm; tempo: 5 s), com utilização de probe de 6 mm para perfuração em três pontos distintos da fruta para análise da evolução da dureza da banana ao longo do amadurecimento (3).
[042] Em cada dia de análise, deve-se selecionar a banana, higienizar com sabão e água, descascar e submeter a polpa à completa homogeneização. Aproximadamente 1 g da banana homogeneizada deve ser pesada, transferida para tudo de vidro, adicionado 20 mL de etanol 80% a quente, levado ao banho-maria por 30 minutos e o sobrenadante filtrado para frasco âmbar de vidro. Ao resíduo deve-se adicionar mais 20 mL de etanol 80% a quente e todo o procedimento repetido mais duas vezes.
[043] O extrato alcoólico proveniente das três filtragens deve ser armazenado na geladeira para quantificação dos carboidratos solúveis e o resíduo levado à estufa por 24h à temperatura de 37° C para posterior determinação do amido. O extrato alcoólico deve ser submetido à evaporação em evaporador rotativo, sob banho-maria a 60° C, até a secagem e os carboidratos ressuspensos em 25 mL de água destilada e armazenados em freezer, em frasco âmbar de vidro, até o momento da quantificação dos carboidratos (4).
[044] Do líquido com os carboidratos ressupensos retira-se 0,1 mL da amostra, transfere-se para tubo de vidro e completa-se o volume para 0,5 mL com água destilada. Em banho de gelo adiciona-se 2,5 mL de Antrona 0,1%, agita-se em vortex e leva-se ao banho-maria com 80° C por 15 minutos. Resfria-se rapidamente os tubos em banho de gelo, lê-se a absorbância em espectrofotômetro com comprimento de onda de 620 nm e os resultados obtidos são comparados com uma curva padrão de glicose construída nas mesmas condições (5).
[045] O resíduo que foi submetido à estufa por 24h deve ser desintegrado em almofariz, depois transferido para tubo de vidro. Adiciona-se 2,5 mL de água destilada, 3,25 mL de ácido perclórico 52%, agita-se em vortex, deixa-se em repouso por 30 minutos; em seguida centrifuga-se a 2000g por 10 minutos e recolhe-se o sobrenadante em balão volumétrico de 25 mL. A operação é repetida mais duas vezes e, por fim, avoluma-se o balão com água destilada. Armazena-se este extrato em freezer até o momento da quantificação do amido.
[046] Para a quantificação do amido, faz-se uma diluição de 30 vezes do extrato, desta diluição retira-se uma alíquota de 0,1 mL, transfere-se para tubo de vidro e completa-se o volume para 0,5 mL com água destilada. Em banho de gelo adiciona-se 2,5 mL de Antrona 0,1%, agita-se em vortex e leva ao banho-maria com 80° C por 15 minutos. Resfria-se os tubos rapidamente em banho de gelo, lê a absorbância em espectrofotômetro com comprimento de onda de 620 nm e os resultados obtidos são comparados com uma curva padrão de glicose construída nas mesmas condições (6).
[047] Etapa B → Elaboração da cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde:
[048] Descrição detalhada da Etapa B: Para elaboração da cobertura para bolo tipo “pasta americana” foram desenvolvidas duas formulações (Tabelas 1 e 2) e determinados os mecanismos para execução de cada uma.
[049] Execução da formulação 1:
[050] Hidratar a gelatina na água por 5 minutos. Após esse tempo derreter a gelatina em banho-maria ou microondas e reservar.
[051] Juntar a gelatina derretida com a biomassa, adicionar a gordura hidrogenada, a goma xantana, o xilitol e o ácido cítrico e homogeneizar. Em seguida acrescentar o corante e a essência de baunilha e misturar. Juntar a farinha de banana e envolve-la com as mãos higienizadas. Adicionar o carboximetilcelulose (CMC) e sovar mais um pouco a massa. Deixar a massa descansar por cerca de 30 minutos, em temperatura ambiente, e está pronta para ser usada. Armazenar sob refrigeração.
[052] Execução da formulação 2:
[053] Hidratar a gelatina na água por 5 minutos. Após esse tempo derreter a gelatina em banho-maria ou microondas e reservar. Derreter o chocolate em banho-maria ou no microondas e reservar.
[054] Juntar a gelatina derretida ao chocolate derretido e misturar. Adicionar a biomassa, o chocolate em pó, o xilitol e homogeneizar. Em seguida juntar a farinha de banana, misturar, com as mãos higienizadas, adicionar o carboximetilcelulose (CMC) e sovar mais um pouco a massa. Deixar a massa em repouso por cerca de 30 minutos, em temperatura ambiente, e está pronta para ser usada. Armazenar sob refrigeração.
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Claims (9)

  1. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, caracterizado por utilizar a biomassa de banana verde da variedade BRS SCS Belluna, como componente majoritário, para elaboração do produto propriamente dito, a referida cobertura para bolo tipo “pasta americana” à base de biomassa de banana verde.
  2. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, caracterizado por apresentar textura maleável que permite a elaboração de modelagens de formatos variados, comestíveis, para serem aplicados sobre bolos para decorá-los.
  3. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser compreendido na formulação a presença de um edulcorante natural derivado de vegetais, com reduzido teor calórico e baixo índice glicêmico, em comparação com o açúcar comum.
  4. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser compreendido na formulação a presença de um polissacarídeo produzido naturalmente pela fermentação da bactéria Xanthomonas campestres para conferir viscosidade ao produto obtido.
  5. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser compreendido na formulação a presença de pequenas quantidades de fonte de lipídeos saturados.
  6. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser compreendido na formulação a presença de gelatina e carboximetilcelulose (CMC) para conferir elasticidade ao produto obtido.
  7. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser compreendido na formulação a presença de um conservante natural ácido.
  8. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser compreendido na formulação a presença de corante e essência alimentícia.
  9. PROCESSO DE OBTENÇÃO DE COBERTURA PARA BOLO TIPO “PASTA AMERICANA” À BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE E PRODUTO OBTIDO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser compreendido na formulação a possibilidade de realizar a adição de saborizantes, como o chocolate amargo.
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