BR102016022684B1 - Conjunto de galeria para aquecimento de combustível e método de aquecimento de conjunto de galeria - Google Patents

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Abstract

CONJUNTO DE GALARIA PARA AQUECIMENTO DE COMBUSTÍVEL E MÉTODO DE AQUECIMENTO DE CONJUNTO DE GALERIA. A presente invenção refere-se a um conjunto de galeria para aquecimento de combustível para um motor de combustão que visa minimizar a quantidade de velas de aquecimento (12.1, 12.2) em relação à quantidade de válvulas de injeção (13.1, 13.2) aplicadas ao motor de combustão interna. A invenção ainda provê um método aplicado ao dito conjunto, sendo que este é balanceado termicamente para que as válvulas de injeção (13.1, 13.2) recebam combustível com a mesma temperatura.

Description

[001] A presente invenção refere-se a um conjunto de galeria para aquecimento de combustível que visa minimizar a quantidade de velas de aquecimento empregadas neste tipo de galeria. A presente invenção é empregada em dispositivos de auxílio de partida a frio para motores de combustão interna que consomem combustíveis com calor específico de vaporização elevado como, por exemplo, etanol.
DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA
[002] Nos últimos anos ocorreu uma grande popularização de veículos que utilizam bicombustíveis, por exemplo, gasolina e etanol. Estes veículos, quando operam com etanol como combustível, necessitam para sua partida em climas frios, usualmente de um tanque de combustível adicional dedicado para uma injeção inicial de gasolina. Isso se dá pelo fato do etanol apresentar um alto calor específico de vaporização quando comparado com a gasolina. Com base nessa limitação físico-química do etanol e com o intuito de eliminar o tanque de gasolina adicional os fabricantes de veículos desenvolveram dispositivos de partida a frio do etanol que auxiliam no processo de combustão através do preaquecimento do combustível.
[003] Conjuntos de partida a frio são geralmente fixados em uma região superior do bloco do motor e são constituídos em regra por uma galeria de combustível que possui válvulas de injeção, elementos para o aquecimento do combustível, dutos para a passagem de combustível e seus respectivos acoplamentos. Os ditos dutos da galeria, já conhecidos pelo estado da técnica, possuem diversas geometrias e ainda são feitos usualmente de plástico ou metal. No entanto, para que se promova um aquecimento adequado do combustível é usualmente empregada uma vela de aquecimento para cada cilindro de um motor de combustão interna. Isso, obviamente, aplica-se àquelas galerias que promovem um aquecimento parcial do combustível contido na mesma. Isso porque como conhecido no estado da técnica há soluções que apresentam uma quantidade menor de velas de aquecimento em relação ao número de cilindros, mas que usualmente promovem o aquecimento de todo o combustível ou uma parcela significativa contido na galeria de combustível.
[004] Uma configuração exemplificativa do estado da técnica que contém uma quantidade menor de velas de aquecimento em relação ao número de cilindros e que visa o aquecimento de todo o combustível pode ser verificada no documento US-H1,820.
[005] Por isso, os engenheiros da indústria automotiva perseguem cada vez mais galerias de combustível que promovam correto aquecimento do combustível, mas com custos reduzidos e que empreguem uma menor quantidade de velas de aquecimento com aquecimento adequado nos motores em que tais galerias são instaladas.
[006] Há ainda outro fator a ser considerado: um menor espaço ocupado pela galeria de combustível no cofre do motor haja vista a menor quantidade de velas de aquecimento e, portanto, câmaras de aquecimento ou tubos secundários.
[007] Um outro exemplo de galeria de combustível com adequado aquecimento e que emprega uma vela por cilindro do motor de combustão interna pode ser percebido no documento WO 2006/130938 que prevê exatamente um dos primeiros tipos de galeria aquecida que de fato promove uma adequada partida do motor de combustão interna. Mas, apesar da eficiência alcançada na solução apresentada nesta técnica anterior, há ainda a previsão de uma quantidade significativa de velas de aquecimento, o que gera custos significativos em linha de montagem e no produto final entregue por fornecedoras de autopeças às montadoras.
[008] O mesmo se aplica à galeria de combustível do documento WO 2012/071637, a qual consegue empregar o uso eficiente de material plástico em galerias de combustível aquecidas. Mas ainda assim, este conjunto de galeria de combustível possui velas de aquecimento em quantidade significativa compartilhando das mesmas mazelas do que a técnica anterior então citada.
[009] Como se observa na técnica anterior existe, em função da geometria, do aquecimento a ser realizado e da quantidade de cilindros do motor, uma relação de uma vela de aquecimento para cada injetor de combustível. Obviamente, essa relação ignora aquelas galerias ou sistemas de aquecimento de combustível que promovem um aquecimento adequado de uma exata porção de combustível que é aquela injetada no motor de combustão interna.
[0010] Assim, um objetivo da presente invenção é minimizar a quantidade de velas de aquecimento adotadas em galerias de combustível que se beneficiam da menor massa específica do combustível aquecido que é aquele que primeiramente é fornecido a um motor de combustão interna durante a partida a frio. BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um conjunto de galeria para aquecimento de combustível para um motor de combustão interna. Esta galeria é composta por um tubo principal que se comunica de forma fluida com um tubo secundário que, na verdade, comumente designado na área técnica como uma câmara de aquecimento. Aplicadas ainda ao conjunto estão previstas válvulas de injeção em comunicação com o tubo secundário e, ainda, velas de aquecimento inseridas no tubo secundário para fornecer calor ao combustível que flui pelo conjunto de galeria. A invenção ainda provê o tubo principal dividido em uma primeira câmara e uma segunda câmara, sendo que canais internos comunicam de forma fluida a primeira câmara e os tubos se- cundários ou câmaras de aquecimento através de pelo menos duas aberturas de comunicação ou entalhes de comunicação. Há ainda a provisão da segunda câmara estar em comunicação fluida com uma porção superior do tubo secundário ou câmara de aquecimento e com orifícios ou furos de comunicação que, por sua vez, se comunicam com saídas de combustível. Além do conjunto supra a invenção prevê um método de aquecimento do referido conjunto, o qual pressuriza combustível no interior do conjunto, combustível flui no interior da primeira câmara que está na porção mais alta do tubo principal, combustível percorre para dentro das aberturas de comunicação ou entalhes de comunicação, combustível flui para a extremidade inferior dos tubos secundários através de canais internos. Na sequência velas de aquecimento são acionadas para o aquecimento de combustível e, consequentemente, combustível ascende em direção à segunda câmara para que, então combustível flua no sentido axial do tubo principal em direção aos respectivos orifícios de comunicação para então ser injetado por cada uma das válvulas de injeção.O método ainda prevê um balanceamento térmico. Para isso, os diâmetros/área - A1, A2 eA3 - da seção da segunda câmara e o comprimento - e1, e2 e e3 - da segunda câmara da porção superior do tubo secundário até cada respectivo furo de comunicação seguem uma relação indicada pela equação e1 x A1 = 3 x e2 x A2 = 1,5 x e3 x A3. Frisa-se que esta equação aplica-se a um motor de 4 cilindros. Assim, tendo em vista que a tendência da área é o downsizing de motores, é importante citar que esta relação para um motor de 3 cilindros é regida pela seguinte equação: e1 x A1 = 2 x e2 x A2
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0011] A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em alguns exemplos de execução representados nos desenhos. As figuras mostram: figura 1 1 - é uma vista em perspectiva de uma galeria de combustível para aquecimento de combustível da presente invenção; figura 2 2 - é uma vista em perspectiva e em corte da galeria para aquecimento de combustível da presente invenção; figura 3 3 - é uma vista lateral da galeria para aquecimento de combustível da presente invenção; figura 4 4 - é uma vista em perspectiva e em corte da galeria para aquecimento de combustível da presente invenção, na qual alguns componentes foram removidos para demonstrar o fluxo de combustível que é percorrido no interior da mesma; figura 5 5 - é uma vista lateral e em corte da galeria para aquecimento de combustível da presente invenção; figura 1 1 - é uma vista em perspectiva de uma segunda concretização da galeria para aquecimento de combustível da presente invenção; figura 2 2 - é uma primeira vista em perspectiva de um componente interno aplicado à galeria para aquecimento de combustível da figura 2.1; figura 3 3 - é uma segunda vista em perspectiva do componente interno da figura 2.2; figura 4 4 - é uma terceira vista em perspectiva do componente da figura 2.2; figura 5 5 - é uma vista em corte e em perspectiva da galeria para aquecimento de combustível da figura 2.1; figura 6 6 - é uma vista em lateral e em corte da galeria para aquecimento de combustível da figura 2.1; figura 1 1 - é uma vista em perspectiva de uma terceira concretização da galeria para aquecimento de combustível da presente invenção; figura 2 2 - é uma vista em perspectiva de um componente aplicado à galeria para aquecimento de combustível da figura 3.1; figura 1 1 - é uma vista em perspectiva de uma quarta con-cretização da galeria para aquecimento de combustível da presente invenção; figura 2 2 - é uma vista em perspectiva de um componente aplicado à galeria para aquecimento de combustível da figura 4.1; e figura 5 - é uma vista em corte e em perspectiva da galeria para aquecimento de combustível da figura 2.1 revelando um balanceamento de calor na mesma.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS FIGURAS
[0012] Como informado anteriormente o principal objetivo da presente invenção é prover um conjunto de galeria para aquecimento de combustível, ou melhor, uma galeria para aquecimento de combustível, a qual empregue uma quantidade menor de velas de aquecimento por cilindro, ou seja, que promova adequado aquecimento fazendo uso da ascensão do combustível com menor massa específica que está aquecida durante a partida de um motor de combustão interna. Com isso, além da redução de custos em uma linha de montagem as dimensões externas na galeria de aquecimento são minimizadas haja vista uma menor quantidade de câmaras de aquecimento ou tubos se-cundários presentes na galeria.
[0013] A partir da figura 1.1 é possível perceber uma galeria de combustível aquecida 10.1 em perspectiva, a qual é principalmente composta por um tubo principal 11.1 que se estende substancialmente sobre toda a porção horizontal da galeria. Conectadas transversalmente ao tubo principal 11.1 estão presentes em porções substancialmente centrais do referido tubo, tubos secundários 12.1 ou câmaras de aquecimento. A cada um destes tubos secundários 12.1 (que na concretização em questão apresenta dois tubos secundários) são conec- tadas, ou melhor, inseridas respectivas velas de aquecimento 14.1.
[0014] Por sua vez, para que sejam conectadas válvulas de injeção 13.1 à galeria de combustível aquecida 10.1 estão previstas três saídas de combustível 15.1 presentes em uma porção inferior do tubo principal 11.1, as quais promovem uma interface entre cada respectiva válvula de injeção 13.1 e a galeria de combustível aquecida 10.1.
[0015] Por meio desta figura pode-se perceber facilmente que esta concretização destina-se a um motor de combustão interna de três cilindros. No entanto, diferentemente da técnica anterior, verificam-se apenas duas velas de aquecimento 14.1 e, portanto, dois tubos secundários 12.1. Com esta configuração, obtêm-se menor custo de produção e redução de espaço no cofre do motor.
[0016] Ocorre que não é possível visualizar na figura 1.1 como o aquecimento adequado de combustível se dá na galeria de combustível aquecido, razão pela qual, faz-se necessário o uso de uma visualização em corte do interior desta galeria. Para tal a figura 1.2 revela o interior da galeria de combustível aquecido 10.1 com detalhes presentes principalmente no tubo principal 11.1 e nos tubos secundários 12.1.
[0017] O principal detalhe interno do tubo principal 11.1 é percebido ao longo de toda a sua extensão, pois há uma divisão do mesmo formando uma primeira câmara 16.1 que se estende ao longo de todo o tubo principal 11.1, sendo esta primeira câmara 16.1 oposta aos tubos secundários 12.1. No entanto, apesar dos tubos secundários serem opostos à primeira câmara estes se comunicam de forma fluida com esta, já que aberturas de comunicação 17.1 estão presentes na divisão realizada no interior do tubo principal 11.1. Esta comunicação fluída será pormenorizada nas próximas figuras a serem descritas. Porém, há ainda de se frisar que os tubos secundários 12.1 se comunicam de forma fluida com as válvulas de injeção, pois estão presentes passagens de combustível 18.1 que na verdade formam uma segunda câmara que se estende abaixo da referida divisão em uma porção oposta ao compartimento 16.1 no tubo principal 11.1. Em outras palavras, o tubo principal 11. 1 é principalmente dividido em dois: a primeira câmara 16.1 e a segunda câmara 18.1, sendo que esta última promove comunicação fluida entre o interior dos tubos secundários 12.1 e as válvulas de injeção 13.1. Como se pode ainda perceber da figura 1.2 a segunda câmara 18.1 parece não se estender ao longo de todo o comprimento do tubo principal 11.1, pois é interrompida pelo interior dos referidos tubos secundários 12.1. Na concretização em questão a segunda câmara 18.1 se subdivide em três porções, de modo que a cada uma das ditas porções estão presentes orifícios de comunicação 19.1 pelos quais o combustível devidamente aquecido adentra as válvulas de injeção 13.1
[0018] O posicionamento do conjunto da galeria aquecida 10.1 quando instalado em um motor de combustão interna pode ser visualizado por meio da figura 1.3. Como é percebido, há uma inclinação dos tubos secundários 12.1 de modo a promover a ascensão do combustível mais aquecido em direção à segunda câmara 18.1, ou melhor, aos orifícios de comunicação 19.1 que fornecem combustível às válvulas de injeção 13.1. Este posicionamento é amplamente discutido na técnica anterior indicada no início deste relatório, mas vale frisar que esse se dá em relação à força gravitacional. Esta figura é de valia para compreensão do posicionamento do conjunto da galeria aquecida 10.1, mas não auxilia no entendimento do percurso do combustível. Para tanto, faz-se necessário uma visualização combinada das figuras 1.4 e 1.5, as quais revelam detalhes internos do conjunto de galeria aquecida 10.1 indicando claramente o percurso do combustível quando da partida do motor de combustão e subsequentes injeções promovidas pelas válvulas de injeção 13.1.
[0019] A figura 1.4 apresenta detalhes internos do conjunto de ga- leria aquecida 10.1, porém sem a presença de elementos presentes no referido conjunto. Isso porque para uma correta visualização do fluxo de combustível é necessário empregar setas indicativas de fluxo que demonstram o percurso feito pelo combustível no interior do dito conjunto.
[0020] O primeiro combustível ao adentrar o conjunto 10.1 advém de um sistema de pressurização de combustível que não é revelado nas figuras, mas é responsável por pressurizar combustível no interior do conjunto, o qual passa primeiramente pela primeira câmara 16.1 que está na porção mais alta do tubo principal 11.1. Haja vista a pres- surização do combustível este percorre para dentro das aberturas de comunicação 17.1 e fluem para a extremidade inferior dos tubos secundários 12.1 através de canais internos 20.1 formados nas paredes do próprio tubo secundário 12.1. Com isso, garante-se que o combustível advindo da primeira câmara 16.1 adentre o tubo secundário 12.1 na porção mais inferior do local em que é promovido o aquecimento de combustível no conjunto de galeria aquecida, a saber, na porção interna do tubo secundário.
[0021] Este local em que o combustível adentra o tubo secundário 12.1 é diametralmente oposto à segunda câmara 18.1 como pode ser visualizado na figura 1.5 que é uma vista em corte. Com efeito, quando do acionamento da vela de aquecimento 14.1 o combustível mais aquecido e, portanto, com uma massa específica menor, tende ascender em direção à dita segunda câmara 18.1. A partir da segunda câmara 18.1 o combustível flui no sentido axial do tubo principal 11.1 em direção aos respectivos orifícios de comunicação 19.1 para então ser injetado por cada uma das válvulas de injeção 13.1. Nota-se que as válvulas de injeção 13.1 das extremidades são alimentadas com com-bustível aquecido de apenas um tubo secundário 12.1, ou seja, aquele tubo secundário que está mais próximo da respectiva válvula. Por sua vez, a válvula de injeção intermediária 13.1 recebe combustível aquecido de ambos os tubos secundários 12.1. Desse modo, há a necessidade de ser realizado um balanceamento térmico, o qual ainda será pormenorizado no presente relatório.
[0022] A primeira concretização da presente invenção descrita acima apresenta a configuração de três válvulas de injeção 13.1 para um par de tubos secundários 12.1. Porém, como será observado nas concretizações subsequentes é possível que sejam empregadas diferentes quantidades de tubos secundários em relação ao número de válvulas de injeção. Importante é que seja utilizado um número menor de tubos secundários do que o número de válvulas de injeção.
[0023] Na figura 2.1 pode ser visualizada uma segunda concretização da presente invenção, na qual um conjunto de galeria aquecida 10.2 possui um tubo principal 11.2 ao qual se estendem perpendicularmente tubos secundários 12.2. Aos tubos secundários 12.2 são inseridas velas de aquecimento 14.2 que promovem o aquecimento do combustível de forma similar àquela então descrita na concretização anterior. Porém, diferentemente da concretização supra o tubo principal 11.2 não possui divisões internas próprias, mas sim promovidas por um inserto axial 21.2 que é inserido no interior do tubo principal 11.2 e é responsável pelo direcionamento de fluxo de combustível no interior do conjunto de galeria aquecida 10.2.
[0024] Para correto e claro entendimento da interação entre o in- serto axial 21.2 e os demais componentes do conjunto de galeria aquecida 10.2 é importante visualizar as figuras 2.1 a 2.6 em conjunto, pois as figuras 2.2 a 2.4 apresentam o inserto axial 21.2 em diferentes perspectivas, por sua vez, as figuras 2.5 e 2.6 são vistas em corte do conjunto da galeria aquecida 10.2 revelando detalhes internos, principalmente, do caminho percorrido pelo fluxo de combustível a ser aquecido e injetado em um motor de combustão interna.
[0025] Na figura 2.2, pode ser observado por setas indicativas como o inserto axial 21.2 é posicionado para dentro do tubo principal 11.2. Percebe-se pelas dimensões de ambos que o inserto axial 21.2 preenche todo o espaço interno do tubo principal 11.2, de modo que direciona o fluxo de combustível pela interação de seu formato com as paredes internas do tubo principal 11.2 e os tubos secundários 12.2 (há uma vedação por interferência).
[0026] O inserto axial 21.2 possui um correto posicionamento dentro do tubo principal e isso é promovido pela interação de um rebaixo 24.2 e um ressalto 25.2 que estão, respectivamente, em uma porção superior do inserto axial 21.2 e uma porção interna superior do tubo principal 11.2. Assim, por este posicionamento o inserto axial 21.2 divide o interior do tubo principal 11.2 em duas câmaras, uma primeira câmara 26.2 e uma segunda câmara 27.2. Frisa-se que estas câmaras possuem esta nomenclatura haja vista o respectivo posicionamento quando o conjunto de galeria aquecida está montado em um motor de combustão interna (frisa-se novamente que o posicionamento em relação à gravidade é de suma importância para um correto funcionamento da invenção).
[0027] Assim, quando o combustível entra no conjunto de galeria aquecida 10.2 este flui de uma das extremidades do tubo principal 11.2 - como indicado nas setas de direção de fluxo presentes nas figuras 2.5 e 2.6. O combustível não tem como fluir entre a interface do interior do tubo principal 10.2 e o inserto axial 21.2, pois a referida interface não permite o fluxo de combustível por ser relativamente ve- dante, mas, como pode-se verificar, os furos de comunicação 22.3 em conjunto com canais internos 20.2 comunicam de forma fluida a primeira câmara 26.2 com a porção interna mais baixa dos tubos secundários 12.2. Assim, o combustível ao sair da primeira câmara 26.2 passa pelos furos de comunicação 23.2 - que faceiam a entrada do canal interno 20.2 - chegando ao interior do tubo secundário onde é promovido o aquecimento do combustível propriamente dito. Após o respectivo aquecimento promovido pelas velas de aquecimento 14.2, como conhecido, o combustível com a menor massa específica e, portanto, mais aquecido, ascende em direção à porção superior interna do tubo secundário 12.2 alcançando assim a segunda câmara 27.2 que se estende na porção mais baixa e interna do tubo principal 10.2 tendo substancial comunicação fluida com interior dos tubos secundários e também com respectivos furos de comunicação 22.2. Estes furos de comunicação 22.2, por sua vez, permitem que o combustível escoe da câmara inferior e flua para a saída de combustível 15.2 para que possa ser devidamente injetado combustível aquecido pela válvula de injeção 13.2.
[0028] Esta concretização da invenção em questão indicada nas figuras 2.1 a 2.6 apresenta três tubos secundários aplicados a um motor de quatro cilindros, ou seja, um injetor para cada cilindro. No entanto, é possível que outras concretizações façam uso do inserto axial 21.2, como, por exemplo, a concretização indicada nas figuras 3.1 e 3.2, nas quais um inserto axial 21.3 interage com um conjunto de galeria aquecida, mas possui uma configuração de três válvulas de injeção, ou seja, é destinado a um motor de três cilindros. Verifica-se também que nesta configuração são empregados dois tubos secundários.
[0029] Ainda em uma última concretização da presente invenção pode-se observar que dependendo das características do inserto axial 21.4 é possível minimizar ainda mais a quantidade de tubos secundários por válvulas de injeção utilizadas, ou seja, uma relação de um tubo secundário para cada par de cilindros/ válvulas de injeção. Com efeito, nesta concretização faz-se uso de uma protuberância 28.4 que impede, ou melhor, restringe o fluxo de combustível no interior da segunda câmara no sentido axial, assim, promovendo um balanceamen- to adequado de combustível aquecido que será fornecido a cada válvula de injeção.
[0030] Falando-se em balanceamento de energia verifica-se ainda na figura 5 que existe uma relação entre os diâmetros dos furos de comunicação 22.2, mais precisamente, entre os diâmetros/área da seção da segunda câmara 27.2 (indicados por A1, A2 e A3) e o comprimento da segunda câmara da porção superior do tubo secundário 12.2 até cada respectivo furo de comunicação 22.2 (indicados por e1, e2 e e3). Esse comprimento com determinado diâmetro forma um volume que deve ser considerado durante um balanceamento de energia.
[0031] Como se percebe, as válvulas de combustível das extremidades são alimentadas apenas por um tubo secundário enquanto que as centrais por dois tubos secundários. Com isso, se o referido volume for igual para cada em cada um dos trechos indicados, as válvulas das extremidades receberão uma menor carga térmica, ou seja, receberão combustível menos aquecido se comparado às válvulas centrais, o que obviamente não é desejado.
[0032] Assim, para se injetar combustível com a mesma temperatura nos cilindros do motor deve-se seguir uma determinada relação entre os ditos comprimentos (en) e as referidas áreas (An) conforme a seguinte equação (1):Equação (1): e1 x A1 = 3 x e2 x A2 = 1,5 x e3 x A3
[0033] Seguindo-se esta relação indicada na equação acima, garante-se uma alimentação de combustível com a mesma temperatura para cada uma das válvulas de injeção e correspondente partida homogênea e suave de um motor de combustão interna.
[0034] Por fim, frisa-se que esta equação aplica-se a um motor de 4 cilindros. Assim, tendo em vista que a tendência da área é o downsi zing de motores, é importante citar que esta relação para um motor de 3 cilindros é regida pela seguinte equação (2):Equação (2): e1 x A1 = 2 x e2 x A2
[0035] Tendo sido descritos exemplos de concretizações preferidos, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitados tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes. LISTA DAS REFERÊNCIAS NUMÉRICAS DOS DESENHOS 10.1 - conjunto da galeria aquecida 11.1 - tubo principal 12.1 - tubo secundário ou câmara de aquecimento 13.1 - válvula de injeção 14.1 - vela de aquecimento 15.1 - saída de combustível 16.1 - compartimento 17.1 - abertura de comunicação 18.1 - passagens de combustível 19.1 - orifícios de comunicação 20.1 - canais internos 21.2 - inserto axial 22.2 - furo de comunicação 23.2 - entalhes de comunicação 24.2 - rebaixo 25.2 - ressalto 26.2 - câmara superior 27.2 - câmara inferior

Claims (11)

1. Conjunto de galeria para aquecimento de combustível para um motor de combustão interna que compreende: - um tubo principal (11.1, 11.2) em comunicação fluida com um tubo secundário ou câmara de aquecimento (12.1, 12.2), sendo que pelo menos duas válvulas de injeção (13.1, 13.2) estão em comunicação com o referido tubo secundário (12.1, 12.2), - uma vela de aquecimento (14.1, 14.2) que pode ser inserida no referido tubo secundário (12.1, 12.2) para fornecer calor ao combustível que flui pelo conjunto de galeria (10.1, 10.2), caracterizado pelo fato de que o conjunto de galeria aquecida (10.1, 10.2) ainda apresenta: - o tubo principal (11.1, 11.2) dividido em uma primeira câmara (16.1, 26.2) e uma segunda câmara (18.1, 27.2), as quais se estendem ao longo do comprimento do referido tubo; - canais internos (20.1, 20.2) que comunicam de forma fluida a primeira câmara (16.1, 26.2) e os tubos secundários ou câmaras de aquecimento (12.1, 12.2) através de pelo menos duas aberturas de comunicação (17.1) ou entalhes de comunicação (23.2); - a segunda câmara (18.1, 27.2) em comunicação fluida com uma porção superior do tubo secundário ou câmara de aquecimento (12.1, 12.2) e com orifícios ou furos de comunicação (19.1, 22.2) que, por sua vez, se comunicam com saídas de combustível (15.1, 15.2).
2. Conjunto de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que estão previstas saídas de combustível (15.1, 15.2) presentes em uma porção inferior do tubo principal (11.1, 11.2).
3. Conjunto de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a quantidade de velas de aquecimento (14.1, 14.2) e/ou de tubos secundários (12.1, 12.2) é menor do que de válvu- las de injeção (13.1, 13.2)
4. Conjunto de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a divisão interna do tubo principal (11.2) é feita pela própria forma interna do referido tubo.
5. Conjunto de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a divisão interna do tubo principal (11.2) é feita por um inserto axial (21.2) que é inserido no interior do mesmo.
6. Conjunto de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o inserto axial (21.2) possui pelo menos dois furos de comunicação (22.2) e pelo menos um entalhe de comunicação (23.2).
7. Conjunto de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que um rebaixo (24.2) e um ressalto (25.2) estão, respectivamente, em uma porção superior do inserto axial (21.2) e uma porção interna superior do tubo principal (11.2).
8. Conjunto de acordo com uma das reivindicações 5 a 7, caracterizado pelo fato de que o inserto axial (21.2) possui uma protuberância 28.4 que estringe o fluxo de combustível no interior da segunda câmara no sentido axial.
9. Método de aquecimento de conjunto de galeria para aquecimento de combustível para um motor de combustão interna, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas: - pressurizar combustível no interior do conjunto; - fluir combustível no interior da primeira câmara (16.1) que está na porção mais alta do tubo principal (11.1); - percorrer combustível para dentro das aberturas de co-municação 17.1 ou entalhes de comunicação (23.2); - fluir combustível para a extremidade inferior dos tubos se-cundários (12.1, 12.2) através de canais internos (20.1, 20.2); - acionar uma vela de aquecimento (14.1, 14.2) para o aquecimento de combustível; - ascender combustível em direção à segunda câmara (18.1, 27.2); - fluir combustível no sentido axial do tubo principal (11.1) em direção aos respectivos orifícios de comunicação (19.1) para então ser injetado por cada uma das válvulas de injeção (13.1).
10. Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que os diâmetros/área A1, A2 e A3 da seção da segunda câmara (27.2) e o comprimento e1, e2 ee3 da segunda câmara da porção superior do tubo secundário (12.2) até cada respectivo furo de comunicação (22.2) seguem uma relação indicada pela seguinte equação: e1 x A1 = 3 x e2 x A2 = 1,5 x e3 x A3.
11. Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que para um motor de 3 cilindros a relação é regida pela seguinte equação: e1 x A1 = 2 x e2 x A2.
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