BR102016008474A2

BR102016008474A2 - válvula para controlar a liberação de supressor de fogo a partir de um recipiente pressurizado, e, aparelho

Info

Publication number: BR102016008474A2
Application number: BR102016008474A
Authority: BR
Inventors: Paul D Smith; Robert G Dunster
Original assignee: Graviner Ltd Kidde
Priority date: 2015-04-17
Filing date: 2016-04-15
Publication date: 2016-10-18
Also published as: CA2926410A1; GB2537414B; ES2656839T3; EP3081267B1; US20160303409A1; CN106051252A; CN106051252B; CA2926410C; US10265558B2; JP2016205617A; GB201506552D0; EP3081267A1; GB2537414A; JP6689654B2; BR102016008474B1

Abstract

válvula para controlar a liberação de supressor de fogo a partir de um recipiente pressurizado, e, aparelhoé provida uma válvula para controlar a liberação de supressor de fogo a partir de um recipiente pressurizado, dita válvula compreendendo um diafragma configurado para ser perfurado mediante a ação de uma onda de choque dirigida sobre a superfície de dito diafragma, uma carga pirotécnica disposta e adaptada para realizar combustão para produzir produtos de combustão que formem uma onda de choque dirigida sobre a superfície de dito diafragma, e um dispositivo alojando dita carga pirotécnica. o dispositivo compreende um canal alongado oco, localizado sobre a carga pirotécnica e direcionado para o centro de dito diafragma de modo a concentrar ou direcionar os produtos de combustão para o centro do diafragma; o canal alongado tem um comprimento que é pelo menos 1,5 vezes a sua menor largura.

Description

“VÁLVULA PARA CONTROLAR A LIBERAÇÃO DE SUPRESSOR DE FOGO A PARTIR DE UM RECIPIENTE PRESSURIZADO, E, APARELHO” [001] A presente divulgação refere-se a uma válvula para controlar a liberação do agente supressor de incêndio a partir de uma câmara. FUNDAMENTOS DA PRESENTE DIVULGAÇÃO

[002] Supressor de fogo, em particular supressor de fogo em pó, normalmente é mantido em um recipiente pressurizado até o momento em que é necessário implementá-lo num ambiente. Uma válvula pode ser colocada em uma saída do recipiente para impedir a implementação prematura do supressor, válvula essa que pode ser ativada através da utilização de uma carga pirotécnica, como discutido abaixo. Um exemplo de tal arranjo de válvula e recipiente é mostrado nas Figs. 1A-1C.

[003] FIG. IA mostra um recipiente 10 para conter um supressor de fogo a uma pressão elevada, e uma válvula 20 para controlar a liberação do supressor de fogo em um ambiente externo, tal como um sistema supressor de fogo (não mostrado).

[004] FIG. 1B mostra uma seção transversal do recipiente 10 e da válvula 20 através da linha A-A na Fig. 1. A orientação operativa do recipiente é tal que a válvula 20 está localizada no fundo do recipiente em uso. Assim, pode ver-se que em operação o supressor de fogo 1 é mantido no interior do recipiente e repousa sobre a válvula 20 devido à gravidade.

[005] FIG. 1C mostra uma visão aumentada da válvula 20 (indicada pelo "B" na Fig. 1B), que compreende um corpo de válvula oco 22 que está localizado dentro de uma saída 12 do recipiente 10. Um diafragma rompível 30 está localizado dentro do corpo de válvula 22 e atua para selar o recipiente 10 para evitar que o supressor de fogo pressurizado escape prematuramente.

[006] Uma carga pirotécnica 40 está localizada no interior da válvula 20 e abaixo do diafragma 30. Mediante atuação da carga pirotécnica 40, uma onda de choque ou explosão localizada é dirigida para o centro do diafragma 30. Esta onda de choque provoca a flexão do diafragma 30 para dentro em direção ao supressor de fogo 1. Isso faz com que o enfraquecimento mecânico do diafragma 30 fazendo com que o diafragma 30 se rompa ou seja perfurado (por exemplo, estoure, rasgue) e abra para o exterior longe do supressor de fogo 1.

[007] Uma vez que o diafragma 30 é perfurado, supressor de fogo é expelido para fora através da saída 12 e da válvula 20 e para o ambiente externo para realizar a sua função supressora de fogo, devido ao diferencial de pressão inicialmente presente entre o interior do recipiente 10 e o ambiente.

[008] A presente divulgação se destina a melhorar a capacidade do diafragma de abrir para assegurar que o supressor de fogo possa ser implantado.

SUMÁRIO DA PRESENTE DIVULGAÇÃO

[009] De acordo com um aspecto da divulgação, é provida uma válvula para controlar a liberação de supressor de fogo a partir de um recipiente pressurizado, a válvula compreendendo: um diafragma configurado para perfurar sobre a ação de uma onda de choque dirigida sobre a superfície do diafragma; uma carga pirotécnica disposta e adaptada para realizar a combustão para produzir produtos de combustão que formam uma onda de choque dirigida sobre a superfície do diafragma; e um dispositivo que aloja a carga pirotécnica e que compreende um canal alongado oco, localizado sobre a carga pirotécnica e direcionado para o centro do diafragma de modo a concentrar ou direcionar os produtos de combustão para o centro do diafragma; em que o canal alongado tem um comprimento que é pelo menos 1,5 vezes uma largura, por exemplo, a menor largura, do canal.

[0010] Prover tal canal alongado concentra produtos de combustão no centro do diafragma, e aumenta a energia aplicada ao diafragma aos produtos da combustão. Isto permite uma melhor utilização da carga pirotécnica e também diminui a energia perdida para o meio ambiente.

[0011] O canal alongado pode estender-se a partir de uma extremidade da carga em direção ao diafragma, e pode compreender a única passagem para os produtos de combustão serem liberados ou expelidos após a ativação (isto é, combustão) de referida carga pirotécnica. O canal alongado pode ser cilíndrico ou em formato de tronco de cone. A largura do canal alongado pode ser uniforme ou irregular. Por exemplo, o canal alongado pode afunilar em direção ou para longe da carga pirotécnica, ou na direção ou para longe do diafragma. A largura do canal referido acima pode ser a menor ou maior largura do canal. A menor largura do canal alongado pode estar localizada na extremidade do canal localizado em direção ao diafragma.

[0012] O canal alongado pode ter um comprimento que é de pelo menos 2, 3, 4 ou 5 vezes uma largura, por exemplo, a menor largura, do canal alongado.

[0013] O dispositivo pode compreender uma porção inferior compreendendo um diâmetro interno relativamente grande e contendo a carga pirotécnica. O dispositivo pode compreender uma porção superior que compreende o canal alongado. O canal alongado pode compreender um diâmetro interior relativamente pequeno.

[0014] O diafragma pode compreender uma pluralidade de linhas de marcação que definem opcionalmente porções de diafragma que vão rasgar mediante ação de uma onda de choque dirigida sobre a superfície do diafragma. As linhas de marcação podem ter um comprimento que é suficiente (por exemplo, pequeno o suficiente) para permitir que porções do diafragma abram para além do dispositivo e / ou carga pirotécnica. As linhas de marcação opcionalmente cobrem todo o diâmetro, ou substancialmente todo o diâmetro do diafragma. Em modalidades em que o diafragma compreende uma porção hemisférica ou em forma de cúpula, as linhas de marcação podem abranger o diâmetro inteiro, ou substancialmente o diâmetro inteiro da cúpula ou hemisfério.

[0015] O diafragma pode ter uma largura ou diâmetro, e a largura ou o diâmetro pode ser inferior a, maior do que ou igual a 35 mm, 30 mm, 25 mm, 20 mm, 10 mm ou 5 mm.

[0016] O diafragma pode ser do tipo "sem fragmentação", significando que pode ser configurado para flexionar, enfraquecer e perfurar mediante a ação de uma ou a onda de choque dirigida sobre a sua superfície.

[0017] A válvula pode ainda compreender uma passagem para o supressor de fogo atravessar. A passagem pode estender-se a partir de uma entrada de válvula para uma saída de válvula. O diafragma e / ou carga pirotécnica e / ou o dispositivo pode estar localizado no interior da passagem.

[0018] A carga pirotécnica pode compreender uma tampa ou cobertura que abriga um material combustível. A tampa ou cobertura pode ser separada do dispositivo que aloja a carga pirotécnica. O dispositivo pode ser localizado por cima e / ou em torno da tampa ou cobertura, e pode alojar a tampa ou cobertura. O canal alongado pode estender-se a partir de um topo da tampa ou cobertura e em direção ao diafragma. A tampa ou a cobertura pode ser configurada para estourar, e, opcionalmente, sem fragmentar, mediante a ativação da carga pirotécnica. A tampa ou cobertura pode ser feita de um material relativamente fraco para dito dispositivo e / ou dito diafragma.

[0019] A carga pirotécnica pode ser consistir em, ou consistir essencialmente de um material combustível, e o dispositivo pode compreender uma tampa ou cobertura que abriga o material combustível.

[0020] Tal como aqui utilizado, "consistem essencialmente em" significa que a carga pirotécnica compreende apenas um material combustível e componentes adicionais que não afetam significativamente as características essenciais da carga pirotécnica. Por exemplo, um ligante pode estar presente em pequenas quantidades para manter o material combustível em conjunto.

[0021] Opcionalmente, e em qualquer das modalidades descritas acima, pode não haver mais material presente entre a carga pirotécnica, o material combustível, a tampa ou cobertura e o dispositivo.

[0022] O dispositivo pode ser configurado para permanecer intacto após a ativação da carga pirotécnica.

[0023] O dispositivo pode ser metálico ou cerâmico, ou pode compreender um material metálico ou cerâmico. Por exemplo, as porções interiores do dispositivo e / ou as porções do dispositivo que alojam a carga pirotécnica podem ser metálicas ou cerâmicas, ou podem compreender um material metálico ou cerâmico. O canal alongado pode ser metálico ou cerâmico, ou pode compreender um material metálico ou cerâmico, ou pode ter um forro metálico ou cerâmico.

[0024] A carga pirotécnica pode ser configurada de modo que os produtos de combustão compreendem principalmente matéria gasosa. Em algumas modalidades, a carga pirotécnica pode ser configurada de tal modo que os produtos de combustão não compreendem fragmentos sólidos, por exemplo, da carga pirotécnica.

[0025] O diafragma pode ser localizado a uma distância a partir da carga pirotécnica, cuja distância pode ser < de 10 mm, < de 5 mm, ou < de 2 mm. A distância pode ser suficiente para permitir que porções do diafragma abram para além do dispositivo e / ou carga pirotécnica. A distância pode ser suficiente para permitir que porções do diafragma abram, pelo menos, 45 graus mediante sua perfuração.

[0026] O diafragma pode compreender uma pluralidade de linhas de marcação que definem opcionalmente porções de diafragma que vão rasgar mediante ação de uma onda de choque dirigida sobre a superfície do diafragma. As linhas de marcação podem ter um comprimento que é suficiente (por exemplo, pequeno o suficiente) para permitir que porções do diafragma abram para além do dispositivo e / ou carga pirotécnica.

[0027] O dispositivo pode compreender um cilindro ou tubo oco que tem uma extremidade chanfrada situada em direção ao diafragma. O dispositivo pode compreender uma superfície superior plana (por exemplo, virada para o diafragma), e a superfície superior pode compreender a extremidade chanfrada, por exemplo, o perímetro exterior da superfície superior pode ser chanfrado. A extremidade chanfrada pode ser provida ou configurada para evitar que as porções de diafragma toquem no tubo ao abrir.

[0028] O diafragma pode ser localizado a uma distância do tubo oco de tal modo que as porções do diafragma tocariam o tubo, se a extremidade do tubo localizada em direção ao diafragma não fosse chanfrada.

[0029] A válvula, incluindo o diafragma, e um dispositivo de carga pirotécnica pode ser removível e / ou substituível. A válvula pode compreender uma passagem interior que se estende entre uma entrada de válvula e uma saída de válvula, em que em uso, o supressor de fogo é capaz de fluir para dentro da entrada de válvula e através da passagem interior para a saída de válvula. O diafragma pode ser localizado dentro da passagem interior e pode atuar como uma vedação para impedir a passagem de supressor de fogo a partir da entrada de válvula até a saída de válvula através da passagem interior, antes da sua perfuração. O diafragma, carga pirotécnica e dispositivo podem todos ser localizados no interior da válvula. A válvula, incluindo o diafragma, carga pirotécnica e dispositivo pode compreender uma única unidade, por exemplo uma unidade transferível. A válvula pode ser configurado para tampar e / ou cobrir e / ou vedar uma câmara para conter um supressor de fogo, por exemplo um recipiente pressurizado.

[0030] De acordo com um aspecto da divulgação, é provido um aparelho que compreende: uma câmara para conter um supressor de fogo e tendo uma saída; uma válvula tal como reivindicada em qualquer reivindicação anterior, em que a válvula veda a saída da câmara de modo a controlar a liberação do supressor de fogo a partir de si.

[0031] O aparelho pode adicionalmente compreender supressor de fogo, por exemplo, supressor de fogo em pó, no interior da câmara. A câmara e / ou o supressor de fogo pode ser pressurizado.

[0032] A câmara pode ser num formato de garrafa ou cilindro, e pode compreender uma porção de pescoço estreitada que compreende a saída, que pode ser a única saída da câmara. A válvula pode se estender para a saída e pode tampar e / ou cobrir e / ou vedar a câmara.

[0033] O aparelho pode compreender meios para a criação de um diferencial de pressão por todo o diafragma após perfuração de dito diafragma.

[0034] De acordo com um aspecto da presente divulgação, é proporcionado um método de utilização de uma válvula ou aparelho como descrito acima, dito método compreendendo: ativação ou ignição de dita carga pirotécnica de modo a direcionar uma onda de choque sobre a superfície de dito diafragma.

[0035] De acordo com um aspecto da presente divulgação, é provido um aparelho substancialmente tal como aqui descrito com referência aos desenhos anexos.

[0036] De acordo com um aspecto da presente divulgação, é provido um método de fabricação de uma válvula ou aparelho conforme descrito acima.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[0037] Várias modalidades da presente divulgação serão agora descritas, em conjunto com um exemplo dado apenas para fins ilustrativos, e por meio apenas de exemplo, e com referência aos desenhos anexos, em que: As Figs. 1A-1C mostram um aparelho convencional que compreende uma câmara de retenção, um supressor de fogo e uma válvula para controlar a liberação de supressor de fogo da câmara; FIG. 2 mostra uma modalidade da presente divulgação; FIG. 3 A mostra uma modalidade da presente divulgação; e FIG. 3B mostra uma modalidade adicional da presente divulgação.

DESCRIÇÃO DETALHADA DE MODALIDADE PREFERENCIAL

[0038] Uma modalidade da presente divulgação será agora descrita com referência à Fig. 2, que mostra um aparelho que inclui um recipiente 100 e uma válvula 200.

[0039] O recipiente 100 é do tipo usado para conter um supressor de fogo (não mostrado) no seu interior, opcionalmente na forma de pó, e é em grande parte cilíndrico, formando um formato de garrafa com uma saída 120 (que pode ser a única saída) provida em uma extremidade inferior do recipiente 100. O recipiente 100 compreende uma porção de gargalo 102 e uma porção de câmara 103. A porção de câmara 103 tem um diâmetro máximo, que é relativamente grande quando comparado ao diâmetro da porção de gargalo 102, e forma o corpo principal do recipiente 100 para conter a maior parte do supressor de fogo. A porção de gargalo 102 e a saída 120 são de um diâmetro menor.

[0040] O interior do recipiente é pressurizado, por exemplo, utilizando nitrogênio gasoso. A válvula 200 é inserida na saída 120, de modo a tampar ou vedar o recipiente 100 e evitar que supressor de fogo pressurizado contido no interior do recipiente seja liberado prematuramente. Pode ser utilizados outros formatos de recipiente, e a divulgação não está limitada a recipientes cilíndricos, tais como o mostrado.

[0041] A válvula 200 compreende um corpo de válvula 220 que é oco e forma uma passagem 222 para o supressor de fogo transferir a partir do interior do recipiente 100 para o ambiente. A passagem 222 estende-se desde a entrada de válvula 223 a uma saída de válvula 224. A entrada de válvula 223 e um gargalo 226 do corpo de válvula 220 encaixam dentro da saída 120 do recipiente 100, e uma porção de saliência 228 do corpo de válvula 220 assenta sobre uma superfície exterior do recipiente 100. A válvula de entrada 223 e gargalo 226 são selados contra as paredes da porção de gargalo 102 e saída 120 do recipiente 100. Qualquer método de vedação adequado pode ser utilizado.

[0042] O aparelho inclui um diafragma rompível 130 que é posicionado no interior da passagem 222 do corpo de válvula 220. O diafragma 130 é vedado contra as paredes interiores da passagem 222 e o corpo de válvula 220, de modo a evitar que o supressor de fogo seja liberado através de dita passagem 222.

[0043] Uma carga pirotécnica 140 é provida e disposta de tal modo que, mediante ativação da carga, uma onda de choque, ou onda de percussão, é dirigida para o diafragma 130 pela rápida liberação de gás e calor gerada pela carga pirotécnica 140. Este tipo de carga pode ser denominado uma carga gasosa. Isso faz com que o diafragma 130 flexione, enfraqueça ou seja perfurado (ou estoure, falhe, rasgue etc.). Devido, em parte, ao diferencial de pressão pela extensão do diafragma 130, quando o recipiente 100 é pressurizado, o diafragma 130 perfura para exterior para longe da porção de câmara 103 e supressor de fogo.

[0044] Este mecanismo gasoso é diferente de, por exemplo, uma carga explosiva ou de fragmentação que utiliza fragmentos de metal quente para perfurar um diafragma. Opcionalmente, a carga pirotécnica não expele fragmentos de metais mediante a ativação. A onda de choque é opcionalmente composta principalmente de matéria gasosa.

[0045] Após a perfuração do diafragma 130, supressor de fogo transfere a partir do interior do recipiente 100 para o ambiente externo (por exemplo, um sistema supressor de fogo para um edifício ou veículo de transporte tal como uma aeronave) por meio da passagem 222. Isto é devido, em parte, ao supressor de fogo sendo mantido sob pressão no interior do recipiente 100.

[0046] O diafragma 130 é tipicamente feito de metal, por exemplo aço inoxidável ou níquel. O diafragma 130 pode ser marcado através de sua superfície para promover a falha do diafragma 130 ao longo de linhas de marcação pré-definidas. As linhas de marcação, podem formar um padrão de estrela sobre a superfície do diafragma 130, fazendo com que o diafragma 130 abra-se como pétala ao longo das linhas de marcação pré-definidas. Por exemplo, seis linhas marcadas radiais podem ser providas, cada uma, começando no topo do diafragma 130 e terminando na circunferência. As linhas de marcação podem ser igualmente espaçadas em tomo da circunferência do diafragma 130. Será apreciado que a válvula 200, incluindo o diafragma, e um dispositivo de carga pirotécnica pode ser removível e / ou substituível como uma única unidade.

[0047] Como mostrado na Fig. 2, o diafragma 130 é hemisférico e a ponta do hemisfério aponta em direção à carga pirotécnica 140, e para longe do recipiente 100 e porção de câmara 103.

[0048] De acordo com a presente divulgação, um dispositivo 150 está localizado sobre e / ou em tomo da carga pirotécnica 140, de modo a alojá-la, e está configurado para focar a onda de choque para o centro do diafragma 130. Verificou-se que algumas cargas pirotécnicas do tipo gasoso (em vez do tipo de fragmentação) não foram suficiente para fazer com que o diafragma 130 abra. Concentrar os produtos de combustão no centro do diafragma 130 usando um dispositivo 150 tal como aqui descrito maximiza a energia aplicada ao diafragma 130 pelos produtos de combustão, e reduz a energia perdida para o ambiente, por exemplo, as paredes da passagem 222.

[0049] FIG. 3 A mostra a carga pirotécnica 140 e o dispositivo 150 em mais detalhes.

[0050] O dispositivo 150 na modalidade ilustrada está sob a forma de um tubo oco ou cilindro que tem uma porção inferior 152 e uma porção superior 154.

[0051] A porção inferior 152 é tubular e tem um diâmetro interno relativamente grande. A carga pirotécnica 140 está localizada dentro da porção inferior 152 que tem o diâmetro interno relativamente grande. A carga pirotécnica 140 pode compreender uma tampa ou cobertura. Isto significa que uma pequena parte da energia produzida pela carga pirotécnica 140 pode ser necessária para romper ou quebrar a tampa ou cobertura. No entanto, tal tampa ou cobertura seria, opcionalmente, diferente do dispositivo 150 e o canal alongado 155. Outras modalidades são contempladas na qual o dispositivo forma a tampa ou cobertura de um material combustível, caso em que a carga pirotécnica pode constituir de, ou consistir essencialmente de um material combustível.

[0052] A porção superior 154 do dispositivo 150 é também tubular e tem um diâmetro interior relativamente pequeno de modo a proporcionar um canal alongado 155 para que os produtos de combustão passem através deste após a ativação da carga pirotécnica. O canal alongado direciona os produtos de combustão para o centro do diafragma 140. O canal alongado 155 tem um comprimento que é pelo menos 1,5 vezes o seu diâmetro, e, opcionalmente, pelo menos, 2, 3, 4 ou 5 vezes o seu diâmetro.

[0053] O dispositivo é mais eficaz quando a carga é dirigida para o centro do diafragma, uma vez que o centro é sempre a parte mais fraca do diafragma quando submetido a uma pressão interna a partir do cilindro. Utilizar um dispositivo 150, especialmente um dispositivo 150 compreendendo um canal alongado 155, como aqui descrito, proporciona as condições ótimas para a ruptura do diafragma 130.

[0054] O dispositivo é mais eficaz quando a carga é dirigida para o centro do diafragma, uma vez que o centro é normalmente a parte mais fraca do diafragma quando submetido a uma pressão interna a partir do interior do recipiente 100. Um dispositivo 150 compreendendo um canal alongado 155, tal como aqui descrito proporciona as condições ótimas para romper o diafragma 130 usando uma carga pirotécnica.

[0055] O dispositivo 150 pode reduzir os requisitos de energia de uma dada carga pirotécnica. Por exemplo, ao utilizar a disposição convencional das Figs. 1A-1C, uma determinada onda de choque produzida por uma carga pirotécnica pode não transferir energia suficiente para o diafragma 30 para abri-la. Ao usar a disposição da fig. 2, a onda de choque produzida pela mesma carga pirotécnica 140 terá a mesma energia, mas será focada para o centro do diafragma 130 pelo dispositivo 150, e o diafragma 130 irá se rasgar, por exemplo ao longo das linhas de marcação pré-definidas.

[0056] O dispositivo 150 está localizado a uma distância suficiente do diafragma 130 de modo a que o diafragma 130 pode totalmente abrir após a ativação da carga pirotécnica 140. Por exemplo, mediante a perfuração do diafragma 130, ele abrirá em forma de pétala ao longo das linhas de marcação pré-definidas, e as pontas das pétalas não cortarão ou tocarão uma extremidade 156 do dispositivo 150 à medida que se deslocam diante.

[0057] O dispositivo 150 não entra em combustão, se fragmenta ou quebra substancialmente, mediante a ativação da carga pirotécnica 140. Isto é, o dispositivo 150 permanece substancialmente intacto depois da ativação da carga pirotécnica 140. O dispositivo 150 pode ser feito de metal para alcançar este objetivo, embora outros materiais possam ser utilizados, tal como uma cerâmica.

[0058] Uma modalidade alternativa é mostrada na Fig. 3B. Esta modalidade é idêntica à das Figs. 2 e 3A, exceto que um dispositivo diferente 250 é provido.

[0059] Nesta modalidade, a extremidade 256 do dispositivo 250 localizado em direção ao diafragma 130 compreende uma circunferência exterior chanfrada 258, ou "chanfro". Isso permite que uma distância mínima seja provida entre a extremidade 256 do dispositivo 250 e o diafragma 130, uma vez que o chanfro 258 permite mais espaço para que as porções do diafragma 130, por exemplo, pétalas, passem através de si quando o diafragma 130 é rompido após ativação da carga pirotécnica.

[0060] No que diz respeito às características restantes do dispositivo 250, estas são substancialmente as mesmas que as do dispositivo 150 da Fig. 3A e foram indicadas com números de referência semelhantes em conformidade, mas com 100 adicionado a cada número.

[0061] Embora a presente divulgação tenha sido descrita com referência a modalidades específicas, será entendido por aqueles versados na técnica que várias alterações em forma e detalhes podem ser feitas sem se afastarem do escopo da divulgação como estabelecido nas reivindicações anexas.

REIVINDICAÇÕES

Claims

1. Válvula para controlar a liberação de supressor de fogo a partir de um recipiente pressurizado, dita válvula caracterizada pelo fato de que compreende: um diafragma configurado para perfurar mediante a ação de uma onda de choque dirigida sobre a superfície de dito diafragma; uma carga pirotécnica disposta e adaptada para realizar a combustão para produzir produtos de combustão que formam uma onda de choque dirigida sobre a superfície de dito diafragma; e um dispositivo que aloja dita carga pirotécnica e que compreende um canal alongado oco, localizado sobre dita carga pirotécnica e direcionado para o centro de dito diafragma de modo a concentrar ou direcionar ditos produtos de combustão para o centro de dito diafragma; em que dito canal alongado tem um comprimento que é pelo menos 1,5 vezes a sua menor largura.

2. Válvula de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que dito dispositivo compreende uma porção inferior compreendendo um diâmetro interno relativamente grande e alojando uma carga pirotécnica, e uma porção superior compreendendo dito canal alongado, em que dito referido canal alongado compreende um diâmetro interior relativamente pequeno.

3. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato de que dito diafragma é configurado para perfurar de modo em que porções de dito diafragma se abrem para o exterior e no sentido de dita carga pirotécnica.

4. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato de que compreende ainda uma passagem para que o supressor de fogo viaje através de si, em que dita passagem se estende a partir de uma entrada de válvula para uma saída de válvula, e dito diafragma, carga pirotécnica e dispositivo estão todos localizados no interior de dita passagem.

5. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato de que dita carga pirotécnica compreende uma tampa ou cobertura que abriga um material combustível, em que dita tampa ou cobertura é separada de dito dispositivo alojando dita carga pirotécnica.

6. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato de que dito dispositivo é configurado para ficar intacto após a ativação de dita carga pirotécnica.

7. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato de que dito dispositivo é metálico ou cerâmico.

8. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato de que ditos produtos de combustão compreendem principalmente matéria gasosa.

9. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato de que ditos produtos de combustão não compreendem fragmentos sólidos de dita carga pirotécnica.

10. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato que dito diafragma é localizado a uma distância de dita carga pirotécnica, em que dita distância é suficiente para permitir que porções do referido diafragma se abram, a pelo menos, 45 graus mediante sua perfuração.

11. Válvula de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizada pelo fato de que dito compreende uma pluralidade de linhas de marcação que definem porções de dito diafragma que irão rasgar mediante a ação de uma onda de choque dirigida sobre a superfície do diafragma.

12. Válvula de acordo com qualquer reivindicação 11, caracterizada pelo fato de que dito dispositivo compreende um tubo oco tendo uma extremidade chanífada localizada em direção ao diafragma, em que dita extremidade chanfrada é provida para prevenir ditas porções de dito diafragma tocando dito tubo após a abertura.

13. Válvula de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que dito diafragma é localizado a uma distância a partir de dito tubo oco de tal modo que as ditas porções de ditos diafragmas tocariam dito tubo se a dita extremidade de dito tubo localizado em direção ao diafragma não fosse chanfrada.

14. Aparelho, caracterizado pelo fato de que compreende: uma câmara tendo um supressor de fogo em si e tendo uma saída; uma válvula conforme qualquer reivindicação anterior, em que a válvula veda a saída da câmara de modo a controlar a liberação do supressor de fogo a partir de si.

15. Aparelho, caracterizado pelo fato de que se dá substancialmente conforme descrito neste documento com referência aos desenhos anexos.