BR102015018378A2

BR102015018378A2 - método para produzir um produto cosmético para maquiagem

Info

Publication number: BR102015018378A2
Application number: BR102015018378A
Authority: BR
Inventors: Nicolò Larceri
Original assignee: Chromavis Spa
Priority date: 2014-07-31
Filing date: 2015-07-31
Publication date: 2017-03-01
Also published as: EP2979574A1; US20160031129A1; EP2979574B1; ES2636477T3

Abstract

resumo "método para produzir um produto cosmético para maquiagem" um método de fabricação de um produto cosmético para maquiagem que compreende as etapas de: a. dispensar uma pasta cosmética básica em um suporte; b. pressionar a pasta básica através de um primeiro molde aquecido a uma temperatura superior a 60° c, e provido de pelo menos um relevo adaptado para criar uma ranhura na pasta base; c. distribuir uma segunda pasta cosmética decorativa na parte superior da pasta cosmética básica, de modo a cobri-la completamente e de modo a preencher pelo menos parcialmente o sulco criado pelo molde na base da pasta cosmética, d. pressionar com um segundo molde a base e a pasta cosmética decorativa, de modo a fazer com que as pastas tomem uma forma do segundo molde, obtendo-se assim um produto semiacabado e. secar o produto semiacabado f. trabalhar a superfície do produto semiacabado seco até a remoção da pasta cosmética decorativa, pelo menos a partir daquelas zonas da pasta cosmética básica sem ranhuras.

Description

"MÉTODO PARA PRODUZIR UM PRODUTO COSMÉTICO PARA MAQUIAGEM" [001] A presente invenção se refere a um método de produção para produto cosmético para maquiagem.

[002] Em particular, ela se refere a um método de fabricação de um produto de maquiagem do tipo cosmético cozido, que consiste de pelo menos dois produtos de maquiagem com características diferentes um do outro, tais como cores diferentes.

[003] Como se sabe, a indústria de cosméticos está sempre à procura de novos métodos para a produção de produtos cosméticos decorados de forma a serem muito atraentes para o público alvo.

[004] A patente EP2218436B1, do mesmo requerente, descreve um método de fabricação de um produto cosmético para maquiagem implementado usando um molde proporcionado com relevos, utilizado juntamente com um gabarito em que os relevos do molde penetram para formar ranhuras dentro de um cosmético de base. Posteriormente tais ranhuras são preenchidas com um produto cosmético decorativo adicional usando um gabarito adicional.

[005] Um produto cosmético é assim obtido, que é decorado com padrões de alta definição e com linhas e contornos claros e precisos.

[006] No entanto, o método de trabalho é particularmente laborioso e difícil de ser utilizado em grande escala.

[007] O pedido de patente EP2220959 Al, novamente da mesma requerente, descreve um método para fazer um produto cosmético para maquiagem que consiste na deposição de uma base de pasta cosmética em uma parte inferior, comprimi-la com um primeiro molde que tem uma superfície lisa, espalhando um pó cosmético sobre a superfície da base de pasta cosmética e comprimir o conjunto com um segundo molde proporcionado com relevos.

[008] O produto semiacabado é então feito manualmente, esfregando o produto em esponjas abrasivas adequadas. Com esta técnica, o pó decorativo é pressionado pelo segundo molde para dentro da pasta cosmética, especialmente nas áreas onde os relevos do segundo molde estão presentes.

[009] Também esta técnica proporciona bons resultados. No entanto, o pó decorativo que é pressionado pelos relevos de moldes para criar as ranhuras na base subjacente é distribuído nessas ranhuras de forma irregular e a quantidade que, no final do processo continua dentro do mesmo não é totalmente satisfatória.

[0010] O objeto da presente invenção consiste em proporcionar um método de fabricação de um produto cosmético para maquiagem que supere as desvantagens técnicas da arte anterior.

[0011] Mais em particularmente, um objeto da presente invenção consiste em proporcionar um método de fabricação de um produto cosmético para maquiagem que pode ser aplicado em uma escala industrial e que assegura uma boa reprodutibilidade e produtividade.

[0012] Outro objeto da presente invenção consiste em proporcionar um método capaz de fazer um produto cosmético para maquiagem com decorações muito profundas, saturadas com produto cosmético decorativo e com um desenho bem definido.

[0013] Este e outros objetos são conseguidos através de um método implementado de acordo com os ensinamentos técnicos das reivindicações anexas.

[0014] Outras características e vantagens da invenção serão evidentes a partir da descrição de uma forma de realização preferida, mas não exclusiva, do dispositivo, mostrado por meio de um exemplo não limitativo nos desenhos anexos, nos quais: [0015] As Figuras 1 a 8 mostram esquematicamente algumas etapas do processo de acordo com a presente descrição;

[0016] A Figura 9 mostra um produto cosmético para maquiagem feito de acordo com o método das Figuras 1 a 8; e [0017] As Figuras 10 e 11 mostram formas de realização alternativas do produto cosmético para maquiagem.

[0018] Com referência às Figuras acima referidas, é mostrado um método de fazer um produto cosmético para maquiagem, indicado como um todo com o numeral de referência (1).

[0019] A primeira etapa do método prevê distribuir uma pasta base cosmética (2) sobre um suporte (3) que é, na verdade, a base (ou fundo) para um produto cosmético.

[0020] A pasta base cosmética (2) pode ser dispensada por um equipamento automático; ela tem preferencialmente uma viscosidade dinâmica na faixa de entre 800.000 e 1.500.000 cP a 25° C, de modo a ser um pouco densa.

[0021] A parte inferior ou de suporte (3) pode ser de qualquer material e forma compatível com a dos moldes que vão ser usados mais tarde. Em qualquer caso, é preferível que o fundo, para um produto como o mostrado, seja feita de terracota e com uma forma substancialmente circular.

[0022] A segunda etapa do método prevê comprimir a pasta base (2) utilizando um primeiro molde (4) aquecido a uma temperatura superior a 60° C. O primeiro molde é proporcionado com uma pluralidade de relevos adaptados para criar sulcos na pasta base (2) durante a prensagem.

[0023] Os relevos podem ser dispostos de modo a criar um padrão na superfície do produto, e, no caso mostrado eles estão dispostos de modo a representar um conjunto de linhas tracejadas (ver Figura 9). Claro, podem ter qualquer forma ou configuração (tal como uma marca de produto). Deve ser dito que os relevos têm uma altura (h), vantajosamente, na faixa entre 1 e 4 mm, de preferência, 2,7 mm.

[0024] A Figura 1 mostra uma etapa na qual o molde (4) está a ponto de fechar no fundo para comprimir a pasta base (2) apenas dispensada.

[0025] A Figura 2 mostra, diferentemente, uma etapa imediatamente após a abertura do molde.

[0026] Foi verificado que a utilização de um molde quente permite obter ranhuras perfeitamente definidas na pasta base cosmética (2) e que são capazes de ter uma profundidade e definição muito maior em comparação com as obtidas num molde não aquecido.

[0027] Acredita-se que isto é devido ao fato de que o molde quente faz com que o solvente presente na superfície de interface entre o molde se evapore. A parte de superfície, por conseguinte, endurece imediatamente em comparação com a subjacente e, portanto, é capaz de reter melhor a forma imposta pelo molde (4), e especificamente pelos relevos dos mesmos. Na verdade, ranhuras (5) perfeitamente definidas com bordas muito claras aparecem na pasta (2).

[0028] Outra hipótese é a de que, ao eliminar, pelo menos parcialmente o solvente (fazendo-o evaporar) na interface entre a superfície do molde e a pasta base (2), o molde quente promove a separação do molde da pasta que, na verdade, ocorre de uma forma muito acentuada. Na prática, o molde não se prende à pasta base cosmética (2), quando se eleva da mesma, e isto permite alcançar excelentes resultados em termos de definição e profundidade dos sulcos.

[0029] Usando uma pasta base cosmética (2), em que o solvente principal é água, tem-se verificado que é preferível usar uma temperatura na faixa entre 90° C e 120° C, mas ainda melhor se a temperatura está entre 95° C e 105° C. Neste caso, a temperatura ótima é de 100° C, o que corresponde à temperatura de vaporização da água (isto é, o solvente principal da pasta base cosmética (2)) à pressão atmosférica.

[0030] Por conseguinte, considera-se que a temperatura ótima para o molde é a temperatura de ebulição do solvente principal utilizado na pasta base cosmética (2).

[0031] De um modo vantajoso, uma tela é interposta entre o molde (4) e a base da pasta cosmética (2) antes de pressionar esta última. A tela é, por exemplo, do tipo produzido pela empresa Nastri-tex, do tipo macio: i. - Composição: 80% poliamida/20% elastano ii. - Densidade de superfície: 70 [g/m2] iii. - Espessura: 100 micra [0032] A tela interposta tem uma dupla função de absorver pelo menos parcialmente, o solvente que é espremido a partir da pasta durante a prensagem e prevenir quaisquer resíduos de pasta cosmética de aderirem à superfície do molde ou obstruir as ranhuras.

[0033] A terceira etapa do método, mostrada na Figura 3, prevê a distribuição de uma segunda pasta cosmética decorativa (6) por cima da base de pasta cosmética (2) trabalhada na etapa anterior, de modo a cobri-la completamente e de modo a preencher pelo menos parcialmente os sulcos (5) feitas na base de pasta cosmética (2) pelo molde quente (4).

[0034] Para este fim, a pasta decorativa (6) tem uma textura mais suave do que a pasta base cosmética (2) e, em particular, tem uma viscosidade de tal forma a permitir que ela seja distribuída regularmente nas ranhuras criadas pela compressão do molde. Por exemplo, a viscosidade está na faixa de entre 300.000 e 500.000 cP, medida a 25° C.

[0035] A Figura 6 mostra a etapa imediatamente a seguir ao pressionar com um segundo molde (7) a pasta base cosmética (2) e a pasta decorativa (6), de modo a fazer ambas tomarem a forma do segundo molde (7), obtendo-se assim um produto semiacabado.

[0036] Note-se que o excesso de pasta decorativa (6), nesta etapa, é descarregado a partir das bordas do molde, que, vantajosamente, pode ter aberturas ou passagens destinadas precisamente para esse efeito.

[0037] Vantajosamente, a superfície do segundo molde (7) que se destina a contatar a pasta cosmética é lisa e sem relevos. Ela também tem uma convexidade que corresponde substancialmente àquela final de um produto cosmético.

[0038] Evidentemente deve-se dizer que a superfície do segundo molde também pode ter outras formas, tais como plana, ondulada, com convexidade diferente, dependendo do resultado final a ser alcançado.

[0039] No entanto, é vantajoso que a forma do segundo molde, naquela zona destinada a pressionar a pasta cosmética, corresponda à do primeiro molde quente, exceto quanto aos relevos. Na verdade, a forma aproximada de um produto cosmético de base é definida pelo primeiro molde naquelas áreas não afetadas pelos relevos.

[0040] O produto semiacabado produzido seguindo as etapas descritas acima é então seco. Em particular, a secagem tem lugar num forno a uma temperatura no intervalo entre 30° e 65° C e durante um tempo compreendido entre 6 e 24 h.

[0041] Em qualquer caso, independentemente da técnica usada para a secagem, é vantajoso que ela continue até que uma quantidade residual de solvente (na base e na pasta decorativa, de um modo preferido água) de menos do que 1,5%, em peso, esteja contida no produto semiacabado.

[0042] A última etapa fornece o produto semiacabado seco para ser trabalhado para remover a pasta cosmética decorativa, pelo menos, a partir daquelas zonas da pasta base cosmética livres de ranhuras, de modo a expô-las.

[0043] Tal trabalho pode ter lugar de uma maneira convencional por remoção mecânica de pelo menos uma parte da superfície da pasta base cosmética e da decorativa, tal como através de fricção com uma esponja abrasiva.

[0044] Alternativamente, o trabalho de superfície pode ser um processo de giro, o que permite a remoção da parte a ser removida de uma maneira firme e seca, evitando assim que as cores se misturem em conjunto e, assim, melhorando ainda mais a definição do produto acabado.

[0045] Desta forma, os sulcos cheios com pasta decorativa são bem definidos na superfície do produto cosmético para maquiagem, o que torna o produto cosmético muito atraente.

[0046] A forma e o arranjo dos relevos sobre o molde (e, portanto, aqueles das ranhuras, e, portanto, das decorações) podem ser de qualquer tipo. A título de exemplo, as Figuras 10 e 11 mostram padrões alternativos que podem ser feitos sobre o produto cosmético final.

[0047] Várias formas de realização da invenção foram descritas, mas outras podem ser concebidas utilizando o mesmo conceito inovador.

REIVINDICAÇÕES

Claims

1. Método de produção de um produto cosmético para maquiagem (1) caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: a. distribuir uma pasta base cosmética (2) sobre um suporte; b. comprimir a pasta básica através de um primeiro molde aquecido (4) a uma temperatura superior a 60° C, e provido de pelo menos um relevo (4A) adaptado para criar uma ranhura (5) na pasta base (2); c. distribuir uma segunda pasta cosmética decorativa (6) sobre a pasta base cosmética (2), de modo a cobri-la completamente e de modo a preencher pelo menos parcialmente a ranhura (5) criada na base da pasta cosmética (2), através do molde; d. comprimir com um segundo molde (7) a pasta base cosmética (2) e a pasta cosmética decorativa (6), de modo a fazer as pastas tomarem uma forma do segundo molde (7), obtendo-se assim um produto semiacabado; e. secar o produto semiacabado; f. trabalhar a superfície do produto semiacabado seco de modo a remover a pasta cosmética decorativa (6), pelo menos, das zonas da pasta base cosmética livres de ranhuras (5).

2. Método de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelo fato de que a pasta base cosmética (2) tem uma viscosidade dinâmica na faixa de entre 800.000 e 1.500.000 cP medida a 25° C e/ou em que o pasta cosmética decorativa (6) tem uma viscosidade no intervalo entre 300.000 e 500.000 cP medida a 25° C.

3. Método de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a temperatura do primeiro molde (4) está compreendida no intervalo entre 90° C e 120° C, de preferência entre 95° C e 105° C, ainda mais preferivelmente de 100° C.

4. Método de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a altura dos relevos (4A) do primeiro molde está no intervalo entre 1 e 4 mm, de preferência, 2,7 mm.

5. Método de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a prensagem com o primeiro molde aquecido (4) e/ou com o segundo molde (7) realiza-se mediante a interposição de uma tela (t), de preferência feita de poliamida e elastano.

6. Método de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o segundo molde (7) é livre de relevos.

7. Método de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a secagem tem lugar num forno a uma temperatura na faixa entre 30 e 65° C e durante um tempo compreendido entre 6 e 24 h.

8. Método de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a pasta cosmética básica (2) e a pasta decorativa (6) compreendem um solvente volátil e a secagem dura até que a quantidade residual do solvente volátil no produto semiacabado é menos do que 1,5% em peso.

9. Método de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o trabalho de superfície ocorre por remoção mecânica de parte de superfície de pelo menos uma dentre a pasta base cosmética e a pasta cosmética decorativa e/ou em que o trabalho de superfície é um processo de giro.