BR102015016954A2

BR102015016954A2 - rolamento de liberação de direção ou suspensão, engate-desengate, e veículo automotivo equipado com tal rolamento de liberação

Info

Publication number: BR102015016954A2
Application number: BR102015016954A
Authority: BR
Inventors: Benoît Arnault
Original assignee: Skf Ab
Priority date: 2014-07-17
Filing date: 2015-07-15
Publication date: 2016-01-26
Also published as: CN105276025A; BR102015016954B1; US9664233B2; FR3023889A1; CN105276025B; FR3023889B1; US20160017925A1

Abstract

1/1 resumo rolamento de liberação de direção ou suspensão, engatedesengate, e veículo automotivo equipado com tal rolamento de liberação a invenção se refere a um rolamento de engate-desengate, de desengate de suspensão ou desengate de direção. tal rolamento de liberação inclui um rolamento que forma um membro para transmissão de uma força axial e que inclui um anel rotatório (20) e um anel não rotatório (22) entre os quais uma câmara de rolamento é montada para corpos de rolamento e uma junta de vedação, que é montada em um primeiro anel (20) entre os anéis rotatório e não rotatório, e que inclui uma estrutura (40) que tem uma borda (40c) dobrada para baixo na direção radial de um entalhe (21) disposto em uma superfície (s20i) do primeiro anel, e um acessório (42), que possui um retentor de vedação (42a) escorado por deslizamento, ou adjacente, a uma superfície correspondente (s22e) do segundo anel. o acessório (42) da vedação é adequado para preencher o entalhe (21) do primeiro anel (20) e parte do acessório é prensada entre a borda (40c) dobrada para baixo da estrutura (40) e o entalhe (21) na configuração com a vedação montada no primeiro anel (20).

Description

“ROLAMENTO DE LIBERAÇÃO DE DIREÇÃO OU SUSPENSÃO, ENGATE-DESENGATE, E VEÍCULO AUTOMOTIVO EQUIPADO COM TAL ROLAMENTO DE LIBERAÇÃO” [0001] A invenção se refere a um rolamento de engate-desengate, de desengate de suspensão ou desengate de direção usado em um veículo automotivo para transmitir uma força axial entre uma parte não rotatória, tal como um pistão de acionamento, e uma parte rotatória, tais como os narizes de uma membrana de transmissão.

[0002] Na indústria automobilística, é conhecido o uso de um rolamento de engate-desengate para acionar a membrana rotatória de uma transmissão de um pistão transladável. Para este fim, o rolamento de liberação inclui um rolamento com corpos de rolamento, com um anel rotatório projetado para estar em contato com os narizes da membrana, e um anel não rotatório que define uma abertura central em que um membro manipulável é engajado fixo ao pistão ou feito de parte deste.

[0003] Quando tal rolamento de liberação é formado, é essencial que ele não seja de fácil desmontagem, visto que ele não está sempre montado em um abrigo correspondente ou em um eixo correspondente quando de sua manufatura. Nestas condições, os anéis interno e externo de tal rolamento podem estar sujeitos a uma força de separação que seja ao menos parcialmente paralela ao eixo de rotação do rolamento. Quando estão sujeitos a tal força, mesmo com uma intensidade relativamente baixa, os anéis dos rolamentos de desengate conhecidos tendem a mover-se axialmente para longe um do outro. Isto pode levar à abertura da câmara de rolamento em que os corpos de rolamento são normalmente abrigados, e à perda de ao menos alguns destes.

[0004] Problemas similares surgem com os rolamentos de desengate de suspensão e rolamentos de desengate de direção usados em veículos automotivos.

[0005] Para superar estas limitações, é conhecido o uso de uma vedação de retenção axial, que é montada entre os dois anéis do rolamento e que retém o anel externo ou o anel interno quando uma força de separação é aplicada no rolamento. A vedação torna possível, ainda, manter a graxa próxima aos elementos de rolamento durante a operação e prevenir a infiltração de partículas externas da câmara de rolamento.

[0006] Existem vedações que incluem uma estrutura, que é prensada em torno do anel externo do rolamento e que, como resultado, forma um rolamento de liberação efetivo em relação a uma força que empurra para fora exercida sobre os anéis. No entanto, este tipo de vedação aumenta o diâmetro externo do rolamento, que é a razão pela qual vedações ancoradas na perfuração do anel externo foram desenvolvidas.

[0007] Em particular, FR-A-2,984,435 divulga uma vedação deste tipo, que é montada dentro de um rolamento de liberação. Esta vedação inclui uma estrutura rígida e um acessório flexível. A estrutura rígida inclui uma borda, que é dobrada para baixo radialmente na direção de um entalhe delimitado em uma superfície interna radial do anel externo. Quando os anéis do rolamento são sujeitos a uma força de separação, que seja ao menos parcialmente paralela ao eixo de rotação do rolamento, os elementos de rolamento exercem uma força de reação na vedação e a estrutura desta última se deforma. A borda dobrada da estrutura, então, se torna abrigada no entalhe do anel externo e forma um rolamento de liberação em relação à força de reação, ou força que empurra para fora, exercida nos corpos de rolamento do rolamento. No entanto, a força deste conjunto é insuficiente no caso de uma força de separação significativa.

[0008] A invenção, mais particularmente, tem como objetivo a solução destes problemas ao propor um novo rolamento de engate-desengate, de desengate de suspensão ou desengate de direção que tenha uma maior resistência a uma força de separação dos anéis do rolamento, enquanto se mantém compacto.

[0009] Para tanto, a invenção se refere a um rolamento de engate-desengate, de desengate de suspensão ou desengate de direção, tal rolamento incluindo um rolamento que forma um membro para transmissão de uma força axial e que inclui um anel rotatório e um anel não rotatório entre os quais uma câmara de rolamento para corpos de rolamento é definida, uma junta de vedação, que é montada em um primeiro anel entre os anéis rotatório e não rotatório, e que inclui uma estrutura que tem uma borda dobrada para baixo na direção radial de um entalhe disposto em uma superfície do primeiro anel, e um acessório, que possui um retentor de vedação escorado por deslizamento, ou adjacente, a uma superfície correspondente do segundo anel. De acordo com a invenção, o acessório da vedação é adequado para preencher o entalhe do primeiro anel e parte do acessório é prensada entre a borda dobrada para baixo da estrutura e o entalhe na configuração com a vedação montada no primeiro anel.

[0010] Por conta da invenção, quando uma força de separação, ao menos parcialmente axial, é aplicada nos anéis do rolamento, os corpos de rolamento exercem uma força de reação à força de separação na vedação, que tende a empurrar a borda dobrada para baixo da estrutura da vedação na direção do entalhe disposto no primeiro anel. A parte do acessório situada entre a estrutura da vedação e o entalhe é, portanto, comprimida, por um lado, e cisalhada, pelo outro lado. De fato, a força de aderência do primeiro anel no acessório da vedação e a força de reação das bilhas são duas forças globalmente opostas, que compartilham a parte do acessório que preenche o entalhe. Este cisalhamento do material é ainda maior quando a força de separação aplicada é alta. A força de separação dos anéis, portanto, resulta na formação de uma tensão de cisalhamento no acessório. Este último, sendo flexível, suporta maiores tensões de cisalhamento, o que dá ao rolamento de liberação uma significativa resistência à desmontagem.

[0011] De acordo com aspectos vantajosos, mas originais da invenção, um rolamento pode inclui uma ou mais das características a seguir, consideradas em qualquer combinação tecnicamente permissível: • A parte do acessório prensada entre a borda dobrada para baixo da estrutura e o entalhe é arranjada para ser cisalhada durante a aplicação de uma força axial de separação aplicada nos anéis do rolamento. • Os corpos de rolamento são adequados para exercer uma força de reação à força de separação axial na vedação, o que pode empurrar a borda dobrada para baixo da estrutura na direção do entalhe e cisalhar a parte de acessório prensada entre os dois. • O entalhe é disposto em uma superfície interna radial do anel externo. • O diâmetro externo da estrutura é ligeiramente menor do que o diâmetro da superfície interna radial do anel externo. • A diferença de diâmetro entre o diâmetro externo da estrutura e o diâmetro interno da superfície interna radial do anel externo é menor do que 0,8 mm, preferencialmente igual a 0,3 mm. • A estrutura é feita de metal e o acessório é feito de elastômero. • A vedação é fixada em rotação com o anel externo, que gira. • O entalhe tem uma profundidade maior do que 0,1 mm, preferencialmente igual a 0,2 mm.

[0012] A invenção também se refere a um veículo automotivo, que inclua ao menos um rolamento como previamente descrito.

[0013] A invenção será melhor compreendida, e outras de suas vantagens aparecerão mais claramente, à luz da descrição a seguir de uma modalidade de rolamentos de acordo com seu princípio, dada unicamente como exemplo e feita em referência aos desenhos em anexo, nos quais: • a figura 1 é uma vista em semi-corte transversal de um rolamento de acordo com a invenção, • a figura 2 é uma vista ampliada do círculo II da figura 1, ilustrando um anel para fixação de uma vedação, • a figura 3 é uma vista em corte parcial do rolamento das figuras 1 e 2, mostrada em uma configuração em que uma força de separação axial é aplicada nos anéis do rolamento, e • a figura 4 é uma vista similar à figura 2, mas ampliada, em que apenas o anel de fixação da vedação é mostrado.

[0014] As figuras 1 a 4 mostram um rolamento de engate-desengate 1. Este rolamento de liberação é projetado para ser montado em um veículo automotivo para transmitir uma força axial E1 exercida por um pistão, não exibido, na direção de uma membrana de transmissão rotatória, um nariz 3 do qual é mostrado na figura 1.

No exemplo da figura 1, a membrana se escora contra o anel 20 do lado esquerdo da figura 1, mas um anel de desgaste também pode ser inserido entre os narizes 3 e o anel 20.

[0015] O rolamento de liberação 1 inclui um rolamento 2 que tem um anel externo 20 rotatório fixo em rotação com o diafragma e um anel interno 22 não rotatório entre os quais é definida uma câmara de rolamento. Uma série única de corpos de rolamento 24 é posicionada na câmara de rolamento, enquanto é mantida em posição por uma gaiola 26. No exemplo das figuras, os corpos de rolamento 24 são bilhas, mas eles podem ser agulhas ou rolos.

[0016] A referência X2 denota um eixo central do rolamento 2, isto é, o eixo relativo de rotação dos anéis 20 e 22 em relação um ao outro. Os anéis 20 e 22 são centrados no eixo X2.

[0017] No restante da descrição, uma direção traseira designa uma direção axial, isto é, paralela ao eixo X2, que está voltada para o pistão, o pistão sendo adequado para se escorar contra o lado direito do rolamento 2 na figura 1. Reciprocamente, uma direção frontal designa uma direção axial, oposta à direção supracitada, que é voltada para a membrana ou para uma placa de pressão de embreagem, não exibida.

[0018] O anel rotatório 20 inclui uma parte anelar 20b que é posicionada na frente, isto é, no lado dos narizes 3, e que se estende radialmente até o eixo X2, e uma parte tubular 20a, que é posicionada atrás, e que se estende globalmente paralela ao eixo X2, Os narizes 3 da membrana se escoram contra uma face frontal S20b da parte frontal 20b oposta à câmara de rolamento.

[0019] O anel interno 22 também inclui uma parte anelar 22b, que é posicionada na frente e que se estende radialmente até o eixo X2, e uma parte tubular 22a, que se estende para trás globalmente paralela ao eixo X2.

[0020] Uma luva 5 de lâmina de metal, mostrada em linhas mistas na figura 1, é projetada para manipular os narizes 3 da membrana, transmitindo a força E1 do pistão do rolamento 4. Esta luva 5 inclui uma parte cilíndrica 50 que é posicionada atrás da luva 5, que é adequada para receber o pistão de acionamento da embreagem e é providenciada com várias lanças 51, distribuídas regularmente em torno de um eixo centra! da luva 5. As lanças 51 tornam possível anexar a luva 5 ao pistão. A luva 5 inclui uma segunda parte cilíndrica 54, que é posicionada na frente da luva 5, que é centralizada no eixo X2, e que inclui uma borda livre curvada radialmente para fora, tal que a luva 5 seja prensada em torno da borda livre da parte frontal 22b do anel interno 22. Desta forma, a luva 5 e o anel 22 do rolamento 2 são fixados axialmente. A luva 5, por fim, inclui uma parte de conexão anelar 52 entre as partes 50 e 54, que é radial ao eixo central da luva, centrifugamente, e que se escora contra uma face traseira da parte frontal 22b do anel interno 22.

[0021] Uma arruela de travamento 7, também exibida em linhas mistas, é posicionada coaxialmente em torno da parte cilíndrica 54. Mais especificamente, esta arruela de travamento 7 é inserida entre a borda livre curvada da parte 54 e a face frontal da parte 22b do anel 22.

[0022] As referências S20 e S22 denotam respectivamente as superfícies de rolamento das bilhas 24 no anel 20 e no anel 22. Estas superfícies S20 e S22 são curvadas, na forma de uma porção toroidal, com um raio de curvatura igual àquele das curvas da bilhas 24. Os anéis 20 e 22 se estendem, cada um, no sentido traseiro, em relação à superfície S20 ou S22, por meio de uma parte tubular centralizada no eixo X2. Portanto, a referência S20i denota uma superfície radial interna da parte 20a, tal superfície radial interna S20i estendendo a superfície S20 no sentido traseiro. A referência S22e também denota uma superfície radial externa da parte 22a, tal superfície radial externa S22e estendendo a superfície S22 no sentido traseiro. A referência D20i denota o diâmetro da superfície S20i; no exemplo, o diâmetro é escolhido para ser igual a 62,49 mm.

[0023] Um entalhe periférico 21 é disposto na superfície interna radial S20i do anel 20. Este entalhe 21 se estende por toda a circunferência do anel 20 e tem uma seção transversal globalmente em formato de V com um fundo plano. O entalhe 21 inclui um fundo 21a e duas bordas laterais 21b. As duas bordas 21b são inclinadas em relação a uma direção radial ao eixo X2, tal que a largura do entalhe 21 diminui conforme vai da boca ao fundo 21a do entalhe 21. A referência 121 denota a largura máxima do entalhe 21, isto é, a largura medida na boca do entalhe. O entalhe 21 tem uma profundidade p21, medida radialmente em relação ao eixo X2, que é maior do que 0,1 mm, preferencialmente igual a 0,2 mm.

[0024] Em uma modalidade da invenção que não é exibida, o entalhe periférico 21 pode assumir o formato de uma série de entalhes delimitados sobre setores angulares predeterminados.

[0025] Uma vedação 4 é montada coaxialmente entre os anéis 20 e 22, atrás do rolamento 2. Esta vedação 4 é fixada ao anel externo 20 e é projetada para isolar a câmara de rolamento pelo lado de fora, oposta aos narizes 3 da membrana. Ela torna possível, ainda, manter a graxa próxima aos corpos de rolamento durante a operação. A vedação 4 é inserida entre as superfícies S20i e S22e. Ela inclui uma estrutura 40 feita de um material relativamente rígido, por exemplo, metal. Ela também inclui um acessório 42 feito de um material flexível, que pode ser feito de elastômero sintético ou borracha natural. O acessório 42 pode ser sobreinjetado na estrutura 40 ou anexado por qualquer outro meio apropriado, tal como colagem ou soldagem. O acessório 42 forma um retentor 42a que, no exemplo, se escora por deslizamento contra a superfície radial externa S22e do anel 22. No entanto, o retentor 42a pode não estar em contato com a superfície S22e, mas se estender a uma pequena distância radial a partir deste, isto é, ser adjacente à superfície S22e.

[0026] Como é mostrado mais particularmente na figura 3, a estrutura 40 inclui uma parte anelar 40a que é radial em relação ao eixo X2, bem como uma borda tubular 40b perpendicular à parte 40a, que se estende desta parte 40a no sentido dianteiro e que está centralizada no eixo X2. Uma borda externa 40c da borda 40 é dobrada para baixo radialmente no sentido para fora, no sentido do anel 20. Esta borda 40c é contínua sobre a circunferência da estrutura 40 e é dobrada para baixo radialmente no sentido do entalhe 21 periférico. A referência D40c denota o diâmetro externo da estrutura 40, que corresponde ao diâmetro externo da borda 40c.

[0027] Em uma modalidade da invenção que não é exibida, a borda 40c pode não ser contínua.

[0028] Como exibido na figura 2, o diâmetro externo D40c da estrutura 40 é ligeiramente menor do que o diâmetro D20i da superfície radial interna S20i do anel externo 20. A borda 40c dobrada para baixo é, portanto, retraída em relação ao fundo do entalhe 21. Mais especificamente, a diferença no diâmetro entre o diâmetro externo D40c da estrutura 40 e o diâmetro D20i da superfície radial interna S20i do anel externo 20 é menor do que 0,8 mm, preferencialmente igual a 0,3 mm.

[0029] A parte 42b do acessório 42 preenche o entalhe 21. Na verdade, esta parte 42b tem uma espessura radial e42b que é maior que ou igual à profundidade p21 do entalhe 21 e uma largura I42b que é maior que ou igual à largura máxima 121 do entalhe 21. Para preencher o entalhe 21, a parte 42b pode, portanto, ter um formato igual à geometria daquele ou ser comprimida. Esta porção 42b é comprimida, por conta da diferença de diâmetro supracitada, radialmente entre a borda 40c dobrada para baixo da estrutura 40 e o fundo 21a do entalhe 21. Desta forma, a vedação 4 é axialmente fixada ao anel 20.

[0030] Quando uma força de separação axial é exercida nos anéis 20 e 22, como mostrado pelas setas F1 e F2 na figura 3, o anel 20 tende a deslizar para a esquerda na figura 3, o que separa as bilhas 24 da superfície S20, as bilhas tendendo a deslizar para a superfície S20i em relação ao anel 20. As bilhas 24 retém sua posição axial, ao longo do eixo X2, em relação ao anel 22, porque a superfície S22 tem uma concavidade suficiente para manter as bilhas 24 em suas posições.

[0031] Portanto, o início do movimento axial relativo entre os anéis 20 e 22, na direção das setas F1 e F2, tem como resultado trazer as bilhas 24 para perto da parte 20a, e, então, em contato com a vedação 4. Nesta configuração mostrada na figura 3, as bilhas 24 exercem uma força E2 na vedação 4 que é normal a sua superfície. Esta força E2 é uma força de reação que tem como resultado empurrar a borda 40c dobrada para baixo da estrutura 40 no sentido do entalhe 21. Isto causa a compressão da parte 42b do acessório 42 para dentro do entalhe 21, por um lado, e o cisalhamento desta parte 42b, por outro lado.

[0032] Na verdade, o anel 20 exerce, no acessório 42 da vedação 4, uma força de aderência, globalmente paralela ao eixo X2 e orientada para frente, enquanto a força de reação E2 das bilhas 24, que é oposta à força de separação axial F1, F2 e que é transmitida à parte 42b do acessório 42 pela borda 40c dobrada para baixo da estrutura 40, exerce, na parte 42b, uma força globalmente axial orientada para trás, isto é, oposta à força de aderência entre o acessório 42 e o anel 20. Estas duas forças opostas, portanto, cisalham o material componente da parte 42b.

[0033] A força de separação dos anéis 20 e 22, portanto, resulta na formação de uma tensão cisalhamento no acessório 42. Como este último é flexível, ele suporta altas forças de cisalhamento, o que dá ao rolamento de liberação 1 uma alta resistência à desmontagem.

[0034] Ao fazê-lo, as bilhas 24 melhoram a ancoragem da vedação 4 em relação ao anel 20, o que permite à vedação 4 suportar uma força de reação, ou força de separação, exercida pelas bilhas 24.

[0035] Em outras palavras, a cooperação da parte 42b do acessório 42 com o entalhe 21, sob ação da borda 40c dobrada para baixo da estrutura 40, tem como resultado que a vedação 4 forma um rolamento de liberação efetivo para um início de movimento de separação axial dos anéis 20 e 22, sob o efeito da força que empurra para fora representada pelas setas F1 e F2 na figura 3.

[0036] Caberá observar que, quanto maior for a força que empurra para fora F1+F2, mais as bilhas 24 empurram a borda 40c dobrada para baixo para dentro do entalhe 21 por conta da força E2, e mais a parte 42b é comprimida e cisalhada, o que implica que a ancoragem da vedação 4 no anel 20 é tão mais efetiva.

[0037] No caso em questão, onde a força de separação dos anéis 20 e 22 é essencialmente axial, as bilhas 24 agem simultaneamente sobre toda a circunferência da vedação 4. No entanto, no caso em que a força de separação entre os anéis 20 e 22 não é estritamente paralela ao eixo X2, isto é, no caso em que esta força é apenas parcialmente axial, o início do movimento relativo dos anéis 20 e 22 pode ter como resultado que apenas parte das bilhas 24 entre em contato com a vedação 4. Neste caso, apenas uma ou várias porções da borda 40c comprime(m) e/ou cisalha(m) a parte 42b contra o entalhe 21. Isto é, no entanto, suficiente para formar um rolamento de liberação em relação ao movimento de separação ou espaçamento dos anéis 20 e 22 ao longo do eixo X2. Ficará entendido que, se a força de separação for liberada, o anel 20 pode retornar para a configuração das figuras 1 e 2, em que as bilhas 24 são separadas da vedação 4.

[0038] A invenção é descrita acima e mostrada nas figuras no caso em que a vedação 4 é montada no anel externo 20. Alternativamente, esta vedação 4 pode ser montada no anel interno 22. Neste caso, a configuração da vedação é revertida e um entalhe similar ao entalhe 21 é disposto na superfície radial externa S22e do anel interno 22 e a borda 40c da estrutura 40 é dobrada para baixo radialmente no sentido para dentro, na direção do eixo X2.

[0039] A invenção é descrita acima no caso em que o anel externo é rotatório. Ela pode ser implantada também no caso em que o anel externo for o rotatório.

[0040] A invenção também pode ser usada com um rolamento de liberação, como descrito em WO-A-2010/031756.

[0041] A invenção é descrita acima no caso de seu uso para um rolamento de engate-desengate. Ela também é aplicável para outros rolamentos de desengate, particularmente um rolamento de liberação de suspensão ou um rolamento de liberação de direção.

[0042] As características técnicas das modalidades e alternativas consideradas acima podem ser combinadas umas com as outras para criar novas modalidades.

REIVINDICAÇÕES

Claims

1. Rolamento de liberação de direção, suspensão ou engate-desengate, o rolamento de liberação compreendendo: um rolamento (2) que forma um membro de transmissão de uma força axial (E1) e compreendendo um anel rotatório (20) e um anel não rotatório (22) entre os quais uma câmara de rolamento para corpos de rolamento (24) é definida, uma junta de vedação (4), que é montada em um primeiro anel (20) entre os anéis rotatório e não rotatório, e que compreende uma estrutura (40) que tem uma estrutura (40c) dobrada para baixo na direção radial de um entalhe (21) disposto em uma superfície (S20i) do primeiro anel, e um acessório (42), que possui um retentor de vedação (42a) suportado por deslizamento, ou adjacente, a uma superfície correspondente (S22e) do segundo anel, caracterizado pelo fato de que o acessório (42) da vedação (4) é adequado para preencher o entalhe (21) do primeiro anel (20) e parte (42b) do acessório é prensada entre a borda (40c) dobrada para baixo da estrutura (40) e o entalhe (21) na configuração com a vedação (4) montada no primeiro anel (20).

2. Rolamento de liberação de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a parte (42b) do acessório (42) prensada entre a borda (40c) dobrada para baixo da estrutura (40) e o entalhe (21) é provida para ser cisalhada durante a aplicação de uma força axial de separação (F1, F2) aplicada nos anéis (20, 22) do rolamento (2).

3. Rolamento de liberação de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que os corpos de rolamento (24) são adequados para exercer uma força de reação (E2) à força de separação axial (F1, F2) na vedação (4), o que pode empurrar a borda (40c) dobrada para baixo da estrutura na direção do entalhe (21) e cisalhar a parte de acessório (42b) prensada entre os dois.

4. Rolamento de liberação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o entalhe (21) é disposto em uma superfície interna radial (S20í) do anel externo (20).

5. Rolamento de liberação de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o diâmetro externo (D40c) da estrutura (40) é ligeiramente menor do que o diâmetro (D20i) da superfície interna radial (S20i) do anel externo (20).

6. Rolamento de liberação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a diferença de diâmetro entre o diâmetro externo (D40c) da estrutura (40) e o diâmetro (D20i) da superfície interna radial (S20i) do anel externo (20) é menor do que 0,8 mm, preferencialmente igual a 0,3 mm.

7. Rolamento de liberação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a estrutura (40) é feita de metal e o acessório (42) é feito de elastômero.

8. Rolamento de liberação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a vedação (4) é fixada em rotação com o anel externo (20), que gira.

9. Rolamento de liberação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o entalhe (21) tem uma profundidade maior do que 0,1 mm, preferencialmente igual a 0,2 mm.

10. Veículo automotivo, caracterizado pelo fato de que compreende pelo menos um rolamento de liberação (1) do tipo definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 9.