BR102015016405A2 - Polymeric nanoparticles containing red propolis extract, process for obtaining polymer nanoparticles, dermochemical compositions containing the same, process for obtaining compositions and uses - Google Patents

Polymeric nanoparticles containing red propolis extract, process for obtaining polymer nanoparticles, dermochemical compositions containing the same, process for obtaining compositions and uses Download PDF

Info

Publication number
BR102015016405A2
BR102015016405A2 BR102015016405-0A BR102015016405A BR102015016405A2 BR 102015016405 A2 BR102015016405 A2 BR 102015016405A2 BR 102015016405 A BR102015016405 A BR 102015016405A BR 102015016405 A2 BR102015016405 A2 BR 102015016405A2
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
red propolis
polymeric nanoparticles
propolis extract
extract
composition
Prior art date
Application number
BR102015016405-0A
Other languages
English (en)
Other versions
BR102015016405B1 (pt
Inventor
Gomes Do Nascimento Ticiano
Calheiros de Lima Mário
Da Fonseca Silva Priscilla
Cristina Delgado Da Silva Maria
Diniz Basílio Júnior Irinaldo
Braga Dornelas Camila
Vieira Barbosa Círia
Francisco De Lima Filho Cantídio
Farias Azevedo Lais
Porfírio Brandão Marianna
Rúbia Ribeiro Ana
Jorge Da Silva Fonseca Eduardo
Original Assignee
Universidade Federal De Algoas
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Universidade Federal De Algoas filed Critical Universidade Federal De Algoas
Priority to BR102015016405-0A priority Critical patent/BR102015016405B1/pt
Publication of BR102015016405A2 publication Critical patent/BR102015016405A2/pt
Publication of BR102015016405B1 publication Critical patent/BR102015016405B1/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K8/00Cosmetics or similar toiletry preparations
    • A61K8/18Cosmetics or similar toiletry preparations characterised by the composition
    • A61K8/96Cosmetics or similar toiletry preparations characterised by the composition containing materials, or derivatives thereof of undetermined constitution
    • A61K8/98Cosmetics or similar toiletry preparations characterised by the composition containing materials, or derivatives thereof of undetermined constitution of animal origin
    • A61K8/987Cosmetics or similar toiletry preparations characterised by the composition containing materials, or derivatives thereof of undetermined constitution of animal origin of species other than mammals or birds
    • A61K8/988Honey; Royal jelly, Propolis
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61QSPECIFIC USE OF COSMETICS OR SIMILAR TOILETRY PREPARATIONS
    • A61Q19/00Preparations for care of the skin
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61QSPECIFIC USE OF COSMETICS OR SIMILAR TOILETRY PREPARATIONS
    • A61Q19/00Preparations for care of the skin
    • A61Q19/08Anti-ageing preparations

Landscapes

  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Dermatology (AREA)
  • Birds (AREA)
  • Epidemiology (AREA)
  • Zoology (AREA)
  • Gerontology & Geriatric Medicine (AREA)
  • Medicines Containing Material From Animals Or Micro-Organisms (AREA)
  • Cosmetics (AREA)

Abstract

a presente invenção apresenta nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (npepv), compostos por extrato hidroalcoólico padronizado de própolis vermelha proveniente da própolis vermelha in natura, e de uma matriz polimérica com função nanoencapsulante, dispersante e estabilizante destas nanopartículas em suspensão, que serão nanoprecipi ta das e liofilizadas para obter nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha no estado sólido. as npepv em suspensão ou no estado sólido são consideradas produtos intermediários para produção de composições dermocosméticas. a invenção trata também dos processos de caracterização das nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha com tamanho de partículas entre 208 a 280 nm, bem como da identificação de isoflavonóides e atividade antioxidante. adicionalmente, a presente modalidade de invenção apresenta processos de obtenção das composições dermocosméticas contendo as npepv, preferencialmente, na forma de cremes não-iônicos. por fim, são apresentados usos para as composições dermocosméticas contendo nanopartículas poliméricas com própolis vermelha.

Description

Relatório Descritivo "NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS CONTENDO EXTRATO DE PRÓPOLIS VERMELHA, PROCESSO DE OBTENÇÃO DE NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS, COMPOSIÇÕES DERMOCOSMÉTICAS CONTENDO AS MESMAS, PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE COMPOSIÇÕES E USOS" CAMPO DA INVENÇÃO
[1] A presente invenção pertence ao campo de produtos naturais com utilidade na saúde pública em estética e beleza, mais especificamente aqueles dos sistemas de nanoparticulas poliméricos contendo princípios ativos do extrato de própolis vermelha com atividades biológicas, destinados a uma administração na via dérmica e nas mucosas. São propostos nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV), processos de obtenção de NPEPV, processos e composições dermocosméticas contendo NPEPV e usos. A produção de NPEPV está ligada à utilização de extrato hidroalcoólico padronizado de própolis vermelha, princípio ativo das NPEPV, e de uma matriz polimérica com função nanoencapsulante, dispersante e estabilizante destas nanoparticulas em suspensão, que serão nanoprecipitadas e liofilizadas para obter nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha no estado sólido. As NPEPV em suspensão ou no estado sólido são consideradas produtos intermediários para produção de composições dermocosméticas. Por fim, as composições dermocosméticas contendo as NPEPV apresentam aplicação em setores dermocosméticos, em tratamento de estética, beleza e em cirurgias reparadoras, devido a sua atividade antioxidante, anti-inflamatória, anticancerígena e cicatrizante.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[2] Os constituintes da própolis vêm sendo identificados no mundo inteiro (Pietta, P.; Gardana, C.; Scaglianti, M.; Simonetti, P., Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, V. 45, p. 390-399, 2007). Os flavonoides, ácidos fenólicos e terpenos são as principais substâncias encontradas e utilizadas para rastrear a qualidade e, em alguns casos, para demonstrar a autenticidade da própolis de algumas regiões geográficas (Volpi, N.; Bergonzini, G., Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, V. 42, p. 354-361, 2006). Dentre os flavonoides e ácidos fenólicos mais comumente utilizados como marcadores, podem ser citados: quercetina, canferol, naringenina, crisina, pinocembrina, galangina (flavonoides); ácido gálico, ácido caféico, ácido p-coumárico, ácido ferúlico, ácido cinâmicos e derivados (ácido fenólicos), clerodanos (diterpenóides) (Rosalen, P.L.; Castro, M. L.; Cury, J.A., Quimica Nova, V. 30, N. 07, 1512-1517, 2007); (Yao, L.; Jiang, Y.; Singanusong, R., Datta, N.; Raymont, K., Food Chemistry, V. 86, p.169-177, 2004); (Weston, R. J. , Mitchell, K. R., Allen, K. L., Food Research International, V. 37, p. 166174, 2004) .
[3] O uso popular cada vez crescente de própolis e seus derivados com ação antimicrobiana (Sforcin, J.M; Fernandes Jr., A.; Lopes, C. A. M.; Bankova, V. And Funari, S. R. C., J. Ethnopharmacology, V. 73, p. 243-249, 1998), anti-inflamatória (Khayyal, M.T.; el-Ghazaly, M.A.; el-Khatib, A.S., Drug Experimental and Clinicai Research, V. 19, p. 197-203, 1993), antiviral (Vynograd, N.; Vynograd, I.; Sosnowisky, Z., Phytomedicine, V. 7, p. 1-6, 2000), anticarcinogênica (Bazo, A. P.; Rodrigues, Μ. A. M.;
Sforcin, J.M.; Camargo, J.L.V., Ribeiro, J.L.; Salvadori, D. M.F., Teratogenis, Carcinogenis and Mutagenis, V. 22, p. 183-194, 2002) e imunomodulatória (Sforcin, J. M., Kanemo, R. Funari, S. R. C., Journal of Venemous Animal and Toxins, v- 8, P· 19-29, 2002); (Sá-Nunes, A.; Faccioli, L.H., Sforcin, J. M., Journal of Ethnopharmacology, V.83, p. 9397, 2003) vem demonstrando o grande poder terapêutico da própolis em substituição aos medicamentos sintéticos convencionais.
[4] A caracterização de todas estas atividades biológicas associadas à tendência de utilização de produtos naturais tem resultado num aumento da demanda de própolis e produtos contendo própolis, como extratos, cremes, pomadas, comprimidos, cápsulas, ou pós (H. Menezes, M. Bacci Jr., S. D. Oliveira, F. C. Pagnocca, Antibacterial properties of propolis and products containingpropolis from Brazil, Apidologie, V. 28, p. 71-76, 1997).
[5] Em se tratando da própolis vermelha, esta foi classificada como o 13° subtipo de própolis brasileira encontrada nas regiões de mangues, lagoas, rios e praias do nordeste brasileiro entre os estados da Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba pelo pesquisador (Andreas Daugsch, Cleber S. Moraes, Patrícia Fort and Yong K. Park, Brazilian Red Propolis-Chemical Composition and Botanical Origin, eCAM 2008;5(4)435-441 doi:10.1093/ecam/nem057). A principal origem botânica da própolis vermelha se deve a planta Dalbergia ecastophyllum, localmente conhecida como Rabo-de-Bugio, que apresenta um exsudado resinoso vermelho liberado da sua seiva.
[6] Pesquisadores nacionais e internacionais com expertise em própolis vêm identificando os constituintes da própolis vermelha. Foram identificados 11 isoflavonóides e 1 chalcona da própolis vermelha cubana e dentre estas substâncias podemos citar: Formononetina (Biochanina B) , Bichanina A, vestitol, orto-metil vestitol, medicarpina, homopterocarpina, outros derivados pterocarpanos, liquiritigenina e isoliquiritigenina (chalcona) (Anna Piccinelli e col. J. Agric. Food Chem. 2005, 53, 90109016). Foram identificadas também outras subclasses de flavonoides, incluindo novos tipos de flavonoides da própolis vermelha da região nordeste e que podemos citar: rutina, quercetina, luteolina, pinocembrina e biochanina A, formononetina, daidzeina, liquiritigenina, pinobanksina, dalbergina (neoflavonóides) (Andreas Daugsch, Cleber S. Moraes, Patrícia Fort and Yong K. Park, Brazilian Red Propolis—Chemical Composition and Botanical Origin, eCAM, Evidence-based complementary and alternative medicine, 2008;5(4)435-441 doi:10.1093/ecam/nem057).
[7] Pesquisadores estudando a própolis vermelha da região dos manguezais de Marechal Deodoro—Alagoas, identificaram o flavonóide crisina e quercetina, novos isoflavonóides na própolis vermelha de Alagoas, o vestitol, 2 4 dihidroximetoxi flavana, benzofenonas isopreniladas, bem como ácido ferúlico e ésteres fenólicos metoxieugenol, metileugenol, guiacol, ésteres dimetílicos de ácido butanenodióico, ésteres metílicos de ácido hexadecanóico (Bruno B. Silva, Pedro L. Rosalen, Jaime A. Cury, Masaharu Ikegaki, Vinícius C. Souza, Alessandro Esteves and Severino M. Alencar Chemical Composition and Botanical Origin of Red Propolis,a New Type of Brazilian Propolis, eCAM, evidence based complementary and alternative medicine 2008;5 (3)313-316, doi:10.1093/ecam/nem059).
[8] Adicionalmente, pesquisadores identificaram 14 substâncias na própolis vermelha dos manguezais de Alagoas, dentre eles triterpenos (cicloartenol, lupeol, elemicina, α-amirina e β-amirina), ácidos fenólicos (anetol, eugenol e metileugenol), isoflavonóides (isosativan, medicarpina) (Boryana Trusheva, Milena Popova, Vassya Bankova, Svetlana Simova, Maria Cristina Marcucci, Patricia Laguna Miorin, Flavia da Rocha Pasin and Iva Tsvetkova, Bioactive Constituents of Brazilian Red Propolis, eCAM, evidence-based complementary and alternative medicine 2006;3(2)249-254, doi:10.1093/ecam/nel006) .
[9] Com vistas à descoberta de moléculas e seus alvos terapêuticos para cura das doenças, a própolis vermelha tem sido submetida a diversos estudos detalhados sobre suas atividades biológicas. Pesquisas de identificação e elucidação estrutural de novas substâncias continuam sendo desenvolvidas na identificação de novas substâncias presentes no extrato de própolis vermelha. Foram identificados uma nova chalcona, 3, 4, 2 ,3 tetrahidroxchalcona e um novo flavonóide C— glicosilado, a narigenina-8-C-hexoside, além do (3S) — vestitol e (3S)-7-O-metilvestitol (Adne A Righi, Thiago R Alves, Giuseppina Negri, Lucas M Marques,Henrique Breyer and Antonio Salatino, Brazilian red propolis: unreported substances, antioxidant and antimicrobial activities, J Sei Food Agric 2011; 91: 2363-2370, DOI 10.1002/jsfa.4468). Pesquisas biológicas com o extrato etanólico de própolis vermelha e substâncias isoladas, o vestitol e o neovestitol, demonstraram atividade antiinflamatória na concentração de lOmg/Kg e atividade antimicrobiana em concentações entre 6 a 100μg/mL (Bruno Bueno-Silva, Severino M. Alencar, Hyun Koo, Masaharu Ikegaki, Gil V. J. Silva, Marcelo H. Napimoga, and Pedro L. Rosalen, AntiInflammatory and Antimicrobial Evaluation of Neovestitol and Vestitol Isolated from Brazilian Red Propolis, J. Agric. Food Chem. 2013, V. 61, p. 4546-4550, dx.doi.org/10.1021/jf305468f).
[10] A presença de vários flavonoides e ácidos fenólicos em extratos e tinturas de própolis mostram que estas substâncias agem sinergisticamente em ação citostática/citotóxica, anti-inflamatória, cicatrizante, antimicrobiana e antioxidante. Desta forma, o coquetel de substâncias combinadas, mesmo que em baixas concentrações, irá promover uma potente ação contra os agentes patogênicos. O desenvolvimento e produção de fitoterápicos e opoterápicos vêm sendo regulado no pais com as resoluções que estabelecem metodologias de controle de qualidade desses produtos. Estudos de padronização do fitoterápico e opoterápicos preconizam ensaios de modo a garantir a qualidade destas classes de medicamentos desde a coleta, screening fitoquimico, determinação qualitativa e quantitativa de marcadores fitoquimicos, teste de autenticidade, processamento, produção, estudo de estabilidade, validação de metodologias analíticas, embalagens e controle de qualidade de produto.
[11] Devido às suas características diferenciadas em termos de composição química e múltiplas atividades biológicas, bem como por apresentar características de produção e manejo padronizado nas áreas de manguezais de Alagoas-Brasil, respeitando uma política de preservação e conservação ambiental das áreas de mata atlântica e manguezais, a produção de própolis vermelha in natura e extrato hidroalcoólico faz parte de uma cadeia produtiva de produtos opoterápicos que promove o desenvolvimento sustentável da região dos mangues e lagoas sendo contemplada com o selo de indicação geográfica com a denominação de origem.
[12] Desenvolvimento de novos sistemas de entrega do fármaco ou substâncias ativas sobre determinados alvos terapêuticos é uma necessidade para se obter o sucesso terapêutico ou que demonstre beneficio fisiológico à saúde na prevenção de doenças ou cura das mesmas ou ainda com ação de estética e beleza, e é tão importante quanto a descoberta das moléculas com determinada ação terapêutica. Desta forma, na presente invenção foram planejadas diferentes composições dermocosméticas na forma semissólida de uso tópico ou nas mucosas, preferencialmente tópico cutâneo e de liberação modificada.
[13] No desenvolvimento de novos sistemas de liberação de extratos ativos contendo várias substâncias ativas com atividade polimultifuncional nos dermocosméticos faz-se necessário ter o conhecimento da pele como órgão com função de barreira contra agentes químicos e físicos, das vias de permeação e fatores de penetração na pele, bem como dos principais excipientes cosméticos responsáveis pela permeação destas substâncias ativas na pele e órgãos anexos. A pele funciona como um grande órgão que recobre uma superfície superior a 20 000 cm2 com propriedades e funções variadas, pois além proteger o corpo da invasão de microrganimos, protege contra raios UV, produz melanina e imunoglobulinas, além de controlar a temperatura corporal, pressão sanguínea, bem com de apresentar função sensorial. O conhecimento anatômico da pele faz—se necessário na escolha dos sistemas de encapsulação de extrato ativo, bem como de excipientes cosméticos que irão compor uma composição dermocosmética. Δ pele possui diversas camadas histológicas, sendo dividida em estrato córneo, epiderme, derme e tecido adiposo subcutâneo. 0 estrato córneo e foliculos pilosos e glândulas (sudoripara e sebácea) são considerados as primeiras barreiras que limita a velocidade de entrada das substâncias ativas que compõe um creme cosmético (Leon Lachman, Herbert A. Lieberman, Joseph L Kanig, Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica, Vol. II, capitulo 18, páginas 907-953, 2001).
[14] Nos dermocosméticos, são de extrema importância a escolha dos agentes encapsulantes do extrato ativo e excipientes utilizados em cosmetologia com propriedades multifuncional, Isto é, excipientes com diversas funções como: facilitadores da permeação cutânea, ação fotoprotetora, ação cosmética especifica, estabilizantes do sistema lipófilo/hidrófilo, controle da viscosidade e sensorial, além de serem biocompativeis e biodegradáveis. Os excipientes cosméticos são essenciais numa composição dermocosméticas, pois apresentam características que asseguram estabilidade à composição, facilitam a administração, promovem a liberação das substâncias ativas da matriz dérmica promovendo desta forma a biodisponibilidade das substâncias ativas nas diferentes camadas da pele e consequentemente a ação farmacológica adequada sem toxicidade, bem com a aceitabilidade do consumidor do ponto de vista sensorial e estético. Para o desenvolvimento de sistemas semissólidos com aplicação em cosmetologia é necessário ter um conjunto de excipientes que irão liberar adequadamente o fármaco ou substâncias ativas de uma matriz dermocosmética e dentre eles estão os excipientes: emulgentes, emolientes, umectantes, bases absorventes de água, bases hidrófilas, ceras, hidrocarbonetos, substâncias oleaginosas, alcoóis, ácidos gordos, esteres, polióis, pó insolúvel, essências, conservantes, antissépticos. Alguns excipientes utilizados em composições cosméticas podem alterar a estrutura interna do estrato córneo alterando a função de barreira e aumentando a velocidade de permeação de substâncias ativas pelo estrato córneo, dentre eles podemos citar: água, propilenoglicol, ácido oléico, ureia, DMSO, laurocapranos, pirrolidonas, e demais tensoativos(Leon Lachman, Herbert A. Lieberman, Joseph L Kanig, Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica, Vol. II, capitulo 18, páginas 907-953, 2001).
[15] Do ponto de vista do processo e dos custos de produção, incompatibilidades farmacotécnicas sejam elas químicas ou físicas, entre as substâncias ativas e excipientes cosméticos devem ser evitadas. Alguns excipientes cosméticos podem gerar influências negativas para a composição dermocosmética. As composições cosméticas devido a presença de excipientes lipídicos, ou pela presença de substâncias ativas lipídicas, estão sujeitas a reações de auto-oxidação com posterior decomposição, sendo um inconveniente para estas formulações, resultando em aroma e aspecto desagradáveis e reações de rancificação. Portanto, a escolha dos excipientes deve ser bem definida para evitar problemas de incompatibilidade fármaco-excipiente ou excipiente-excipiente, reduzindo a estabilidade da(s) substância(s) ativa(s), na composição, bem como problemas de toxicidade. Algumas substâncias ativas podem ser altamente reativas numa composição derraocosmética e produzir reações químicas das mais diversas reduzindo a estabilidade destas composições semissólidas. Dentre as reações químicas comumente previstas estão as reações de hidrólise de ésteres, amidas, imidas, lactona; reações de oxidação devido a presença de alta concentração de oxigênio na composição e auto-oxidação; reações de isomerização; reações de fotodegradação iniciadas pela ação da luz causando a diminuição da potência das substâncias ativas (Katsunori Yoshida, Tomoko Sekine, Fumiaki Matsuzaki, Toshio Yanaki*, and Michihiro Yamaguchi. Stability of Vitamin A in Oil-InWater-In-Oil-Type Multiple Emulsions. JAOCS, Vol. 76, no. 2 (1999) PP.6); reações de degradação com formação de substâncias tóxicas como formaldeído na composição cosmética e gerando possíveis efeitos tóxicos como dermatites atópicas em consumidores destes produtos (Margareta Bergh, Kerstin Magnusson, J. Lars G. Nilsson and Ann-Therese Karlberg. Formation of formaldehyde and peroxides by air oxidation of high purity polyoxyethylene surfactants. Contact Dermatitis, 1998, 39, 14-20).
[16] Em geral extratos de própolis apresentam em sua composição diversas substâncias ativas de diferentes classes fitoquímicas, a saber: flavonoides, ácidos fenólicos, terpenos, clerodanos, xantonas, benzofenonas dentre outras, que podem em contato com diferentes excipientes dermocosméticos promoverem reações químicas das mais diversas reduzindo a potência, a estabilidade, além de resultar em produtos com aspecto desagradável e ainda resultar em efeitos tóxicos. Neste sentido, faz necessário desenvolver técnicas de micro ou nanoencapsulação de substâncias ativas de origem natural.
[17] Técnicas de micro e nanoencapsulação são utilizadas pelas indústrias farmacêutica, alimentícia e cosmética com o intuito de solucionar gargalos tecnológicos dentre eles: proteger a(s) substância (s) ativa (s) contra agentes extrinsecos (umidade, luz, oxigênio) que podem causar reações de hidrólise, fotodegradação, oxidação; prevenir a perda de substâncias voláteis; aumentar o prazo de validade do produto; promover liberação controlada de substâncias ativas; bem como melhorar características específicas de entrega de substâncias ativas em tecidos alvos.
[18] As nanopartícuias, em geral, são obtidas por diversas técnicas de preparação que dentre elas podemos citar as técnicas de formação de nanoemulsões, e dentre elas podemos citar: método de dupla emulsificação, método de emulsificação-coacervação, método de revestimento com polímero, método de revestimento camada por camada, método emulsifícação-difusão e método da nanoprecipitação(Mora-Huertas, C. E. Fessi, H. Elaissari, A. Polymer-based nanocapsules for drug delivery. International Journal of Pharmaceutics 385 (2010) 113-142) .
[19] Porem estes métodos de obtenção de nanopartículas em suspensão, se não preparados de forma adequada podem apresentar desvantagens como risco de contaminação microbiológica por estar em meio aquoso, degradação do polímero por hidrólise, instabilidade físico-química devido à agregação das partículas ou diminuição da atividade biológica das substâncias ativas incorporadas. Algumas técnicas de preparação de nanopartículas evitam contaminação microbiana, problemas de degradação do polímero e possíveis instabilidades; então o uso de processos de secagem de nanopartículas é um dos recursos para garantir estabilidade das substâncias por tempos prolongados.
[20] Existem técnicas de secagem de nanoparticulas, como as técnicas de evaporação de solvente por rotaevaporador, secagem por spray-dryer, liofilização e outras. Um método de escolha para obtenção de microencapsulado e nanoencapsulados muito utilizado é o método de secagem por liofilização. A liofilização é bastante empregada na secagem de substâncias termolábeis, como material contendo substancias proteicas, microrganismos como bactérias lacticas usadas na produção de fermentos, fungos comestíveis, dentre outros. É, também, empregada como método de encapsulação de material ativos sensíveis à temperatura e alta pressão. A secagem de nanoparticulas apresenta vantagens de aumentar prazo de validade de substâncias ativas, evita degradação de substâncias em meio aquosos e em suspensão, facilitar processo de redispersão e reincorporação em sistemas semissólidos.
[21] Até o presente momento existem alguns documentos no estado da técnica com potencial de inovação para microencapsulação de própolis e poucos documentos para nanoencapsulação de própolis, porém até o momento não foi identificado documentos no estado da técnica com nanoencapsulação da própolis vermelha para fins dermocosméticos. Os documentos a seguir irão citá-los.
[22] Alguns documentos no estado da técnica demonstram a utilização da liofilização para obtenção de microencapsulados. A patente de invenção KR1020030063053 produz-se grânulos de uma mistura de 10 a 30% de própolis, 40 a 70o de lactose, 0,1 a 1,0% de vitamina e 10 a 30% de mel desidratado por meio de liofilização. 0 documento chinês CN1711992 obtém microcapsulas de própolis usando na composição excipiente de alto custo, a beta-ciclodextrina seguido por processo de liofilização. Já o documento JP2006028174 produz grânulos de propolis usando uma mistura de aminoácidos na proporção de 50% (extrato de própolis: mistura de aminoácidos). Microencapsulados de própolis contendo um amido modificado (Octenil-succinato de amido) e goma arábica foram obtidos pela técnica de Spray-Dryer (Silva F. C., Thomazini M., Alencar S. M. and Favaro-Trindade C. S., XVIIth International Conference on Bioencapsulation, Groningen, Netherlands ; September 24-26, 2009). A obtenção de microencapsulados de própolis para diversos fins é descrito no estado da técnica. Por exemplo, a patente de invenção CN102920652 prepara microencapsulados de própolis com outros biopolimeros: a quitosana, hidroxipropil betaciclodextrina e glicerofosfato de sódio para tratamento de patologias periodontais. Patente de invenção CN102772596 utiliza multimistura de extrato de planta, própolis e 5% de quitina para obter preparações usando a técnica de spray-dryer com aplicação no tratamento da obesidade. Patente de invenção CN102641256 obtém microencapsulados de própolis com uréia, gelatina, parafina, e solvente tóxico (hexano) para preparo de microencapsulados com tamanho de partícula grande entre 70 a 150μιη. O documento CN102429141 utiliza sistema gelatina/pectina e própolis para preparação de microcápsulas de liberação lenta usando a liofilização.
[23] Processo de obtenção de componentes da própolis no estado seco utilizando gelatina contendo solução de própolis da cidade de Maringá (Paraná) foram preparadas por secagem por spray-dryer. A otimização das condições de secagem por pulverização e as proporções de gelatina e manitol foram investigados (M.L. Bruschi, M.L.C. Cardoso, M.B. Lucchesi, M.P.D. Gremião, International Journal of Pharmaceutics (2003) 264, 45-55). É fundamental se destacar que, a utilização de diferentes tipos de excipientes permite diferentes mecanismos de liberação das substâncias ativas da matriz farmacêutica (microencapsulados), além de diferentes ações fisiológicas. 0 pedido de patente brasileiro PI05001757 utiliza apenas dois excipientes (gelatina e manitol) e demonstra apenas processo de preparação de uma matriz intermediária contendo extratos de própolis não divulgando a procedência da própolis utilizada. Os pedidos de patente WO 2014/186851 e BR 10 2012 013590-6 realizados pelo nosso grupo de pesquisa e inovação com medicamentos opoterápicos, em particular com própolis vermelha, faz uso de gelatina, amido pré-gelatinizado e dióxido de silício coloidal para preparação de microencapsulados de própolis vermelha brasileira com liberação gastroresistente. O pedido de patente francês FR 725623 tem como objetivo um sistema galênico multi-microparticulado de liberação prolongada de diferentes princípios ativos. Essas microcápsulas são formadas por um núcleo de princípio ativo, revestido com uma cobertura à base por exemplo de etilcelulose, de polivinilpirrolidona, de Óleo de rícino e de estearato de magnésio. A patente européia EP 548356 reivindica um comprimido multiparticulado de desagregação rápida que compreende uma substância ativa sob a forma de microcristais ou de microgrânulos providos de uma cobertura. Patente de invenção WO 2014/166994 Al desenvolve um sistema misto de liberação do ingrediente ativo e compreende um sistema nano micro particulado que apresenta ingredientes ativos no interior da nanoparticula, bem como no interior da microparticula com aplicação em composições de uso oral.
[24] Poucos produtos e processos nanotecnológicos de preparação de nanopartíclas utilizando própolis têm sido desenvolvidos no mundo inteiro, por diferentes grupos de pesquisas, de diferentes modos e para diferentes finalidades (nutracêutica, terapêutica bem como cosmecêutica). Uma formulação de nanoparticulas polimérica de própolis (própolis nanoalimento) foi desenvolvida utilizando agregados micelares de copolimeros reticulados e aleatória de N-isopropilacrilamida (NIPAAm) com N-vinil-2-pirrolidona (VP) e poli (etilenoglicol) monoacrilato (PEGAI (Kim, Dong-Myung, Lee, Gee-Dong, Aum, Seung-Hyun, Kim, Ho-Jun, Biological & Pharmaceutical Bulletin, (2008) 31, 1704-1710). Patente de invenção americana US 20130295181 e patente EP2633862 da mesma família de patente desenvolve nanocápsulas de própolis a base de álcool polivinílico (PVA), tamanho de partículas submicromético (clOOOnm) compreendido entre 220nm a 438nm com diferentes aplicabilidades e diferentes áreas: agronômica, farmacêutica e cosmética, etc. Família de patente de invenção WO/2011/001181 e CA2765920 utiliza extrato de própolis para obter uma matriz carreadora sólida de substâncias ativas, especificamente desenvolve um filme sólido contendo própolis.
[25] Alguns exemplos mostram a aplicabilidade específica em área de cosméticos usando nanoparticulas revestidas contendo substâncias hidrofílicas e/ou oleofílicas em composições dermocosméticas, bem como em composições orais. Patente de invenção WO2015/Q22471 Al utiliza nanocápsulas ds 1ΓΘ VS S t ΧΙΐΙΘΠ t O p3ra substâncias oleofílicaS âtivss presentes em filtro solares UVA/UVB. 0 documento KR20100078349 revela preparações de nano emulsões de própolis utilizando excipiente β-ciclodextrina. 0 documento de patente WO 2015/003155 Al mostra aplicabilidade de nanofibras biocompativeis contendo quitosana, mel, ácido acético, gelatina, colágeno, alginatos, BSA e outros agentes formadores de redes nanométricas reticuladas e substâncias ativas naturais ou sintéticas contra diversas patologias como bactérias, hipertensão arterial, cicatrização de feridas, câncer. Documento de patente PCT/US2013/075714 trata de composições contendo pó anidro contendo sistema particulado submicrométrico liquido (< lOOOnm) utilizado para preparação de emulsões, suspensões, soluções e pós para fins cosmético ou farmacêutico. Este sistema consiste de um núcleo hidrofilico contendo um revestimento hidrofóbico que irá proteger todos os ingredientes ativos em seu núcleo. Documento de patente chinês CN103520069 utiliza mel e própolis em composições e produtos de beleza para unhas incluindo composições tipo gel, cremes e adesivos. Cápsulas de gelatina mole foram desenvolvidas no documento de patente para manter a beleza θ juventude, bem como regular a imunidade, colesterol e senescência. Documento de patente chinês CN1031160399 desenvolve sabonete com extratos naturais, própolis e ingredientes base para fabricação de sabonete para o tratamento multifuncional de limpeza, remoção de bactérias, redução de alergias e antisséptico. Patente de invenção chinês CN101461846 desenvolve um gel contendo extrato de plantas e própolis contra herpes zoster. Documento de patente japonês JP2008247830 utiliza extrato de própolis e extrato de amaranto em composição cosmética para inibir manchas de pele, pigmentações, manchas senis. Documento de patente de invenção CN101181198 utiliza ácido kojico, fibroina, própolis e outros ingredientes na preparação de um creme de beleza nutritivo para remoção de manchas de pele. Patente de invenção utiliza mel, pó de pérolas, própolis, glicerina para produzir um creme multifuncional para massagem e de beleza reduzindo processos inflamatórios da pele como a acne. Documento de patente de invenção JP2006016373 com propriedade multifuncional de redução de peso, redução capilar e tratamento de beleza utiliza própolis, geleia real, extratos de plantas, e colágeno.
Patente de invenção KR1020030093890 utiliza extrato de própolis e extrato de chá verde e outros extratos de planta para produzir um sabonete com ação polimultifuncional antibacteriana, antisséptica, dermatites atópicas e ação odorizante. Patente de invenção japonesa JP2003055138 utiliza mel e extrato de própolis do alecrim brasileira para produzir um tipo de emplastro com ação antibacteriana e antifúngica, bem como para tratamento de beleza. Patente de invenção chinesa CN1244386 utiliza própolis e extrato de perilla para produzir partículas entre 0,01 a ΙΟμιη, em composições usadas no tratamento e prevenção da cárie, inflamação periodontais, agente antibacteriano.
[26] No processo de nanoencapsulação de fármacos e substâncias ativas vem sendo utilizados alguns polímeros com propriedades nanoencapsulantes em composições ditas nanoesferas contendo um núcleo sólido ou nanocápsulas contendo um núcleo oleoso ou líguido. Uma combinação de polímeros nanoencapsulantes também vem sendo utilizados para formar as chamadas matrizes poliméricas sólidas (nanoesferas) ou nanocápsulas de núcleo liquido revestido por uma parede sólida. 0 termo "nanoencapsulados" também pode ser utilizado de forma mais abrangente sem definição do tipo de nanoparticula polimérica (nanoesfera ou nanocáspula). 0 uso de sistemas poliméricos ou também chamadas de matrizes poliméricas vem sendo encontrado na literatura cientifica, podendo realizar a combinação de um ou mais dos seguintes polímeros: Span, álcool polivinílico, polietilenoglicol, polioxipropileno, Tween, pluronic, polioxietileno, policaprolactona, ceramida, ácido poliláctico/poliglicólico, alfa-tocoferol polietilenoglicol succinato , cloreto de trimetil quitosana, dentre outros (M. Wulff-Perez, A. Torcello-Gomez, M.J. Galvez-Ruiz, A. Martin-Rodriguez, Stability of emulsions for parenteral feeding: Preparation and characterization of o/w nanoemulsions with natural oils and Pluronic F68 as surfactant, Food Hydrocolloids 23 (2009) 1096-1102.; Hearan Suh, Byeongmoon Jeong, Ramesh Rathi, Sung Wan Kim, Regulation of smooth muscle cell proliferation using paclitaxel-loaded poly(ethylene oxide)-poly(lactide/ glycolide) nanospheres, J Biomed Mater Res. 1998 Nov;42(2):331-8.; Régis Coco, Laurence Plapied, Vincent Pourcelle, Christine Jérôme, David J. Brayden, Yves-Jacques Schneider, Véronique Préat, Drug delivery to inflamed colon by nanoparticles: Comparison of different strategies, International Journal of Pharmaceutics 440 (2013) 3-12) .
[27] Uso de matrizes poliméricas garantem vantagens ao formulador dentre elas, estabilidade ao sistema matricial nanoparticulado, evita problemas de degradação ou reações de hidrólise, fotodegradação, dentre outras, e ainda garante processo padronizado de liberação das substâncias ativas. Até o momento algumas pesquisas mostram o uso de matrizes poliméricas no processo de micro ou nanoencapsulação de fármacos com atividade farmacológica contra câncer (tamoxifen, paclitaxel) , usando extrato de plantas, extrato de própolis, bem como fitofármacos (rutina) (Juliana S. Almeida, Fernanda Lima, Simoni Da Ros, Luis 0. S. Bulhões, Leandro M. de Carvalho, Ruy C. R. Beck, Nanostructured Systems Containing Rutin: In Vitro Antioxidant Activity and Photostability Studies, Nanoscale Res Lett (2010) 5:1603-1610.; Jugminder S. Chawla, Mansoor M. Amiji, Biodegradable poly(o-caprolactone) nanoparticles for tumor targeted delivery of tamoxifen, International Journal of Pharmaceutics 249 (2002) 127-138; Ezequiel Bernabeu, Gustavo Helguera, Maria J. Legaspi, Lorena Gonzalez,Christian Hocht, Carlos Taira, Diego A. Chiappetta, Paclitaxel-loaded PCL-TPGS nanoparticles: In vitro and in vivo performance compared with Abraxane®, Colloids and Surfaces B: Biointerfaces 113 (2014) 43- 50.; Alexandru Luca, Betul Cilek, Vasif Hasirci, Serpil Sahin, Gulum Sumnu, Storage and Baking Stability of Encapsulated Sour Cherry Phenolic Compounds Prepared from Micro- and Nano-Suspensions, Food Bioprocess Technol (2014) 7:204- 211) .
[28] Até o momento foi detectado um sistema polimérico contendo matriz polimérica policaprolactona e álcool polivinílico (PCL-PVA) e um tipo particular de própolis da região sudeste do Brasil (Mogi das Cruzes-SP), com processo de preparação pela técnica de emulsificação, seguido de evaporação. Porém as partículas obtidas apresentavam-se como microparticulados com tamanho de partícula entre 5 a ΙΟμιπ [referência] . Família de patente US20130295181 e ΕΡ2633862 desenvolve nanocápsulas de própolis a base de álcool polivinílico (PVA) com tamanho compreendido entre 220nm a 438nm com diferentes aplicabilidades incluindo áreas agronômica, farmacêutica e cosmética.
[29] Nenhum dos documentos de patente descritos revela a obtenção de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV) usando sistema polimérico PCL-pluronic (F-108) através de método de nanoprecipitação seguido por centrifugação e secagem por liofilização para obtenção de nanoparticulas poliméricas sólidas com aplicação na preparação de cremes dermocosméticos. Desta forma, as modalidades da invenção descritas neste documento apresentam vantagens consideráveis frente ao estado da técnica.
[30] A invenção proposta no presente documento busca o preenchimento de uma lacuna tecnológica em termos da aplicação da própolis vermelha como elemento ativo de composições dermocosméticas de liberação modificada para o tratamento e prevenção de doenças, propondo-se uma forma de liberação modificada das nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV). Desta forma, propõem-se nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha de liberação modificada, processos para obtenção de NPEPV, composições dermocosméticas com NPEPV, processos de preparação das composições dermocosméticas com NPEPV e usos destes composições dermocosméticos com ação antioxidante, anti-inflamatória, citostática/citotóxica, cicatrizante de feridas no pós-operatório, feridas de decúbito, tratamentos de estética e beleza, higiene e limpeza.
[31] Cumpre salientar que, a utilização da própolis vermelha é característica determinante na inovação, em termos das novas tecnologias em saúde com uso de própolis e opoterápicos, visto que, a própolis vermelha apresenta composição característica, que, terá função primordial na atividade das NPEPV e demais composições dermocosméticas, para prevenção e tratamento de doenças, estética e beleza.
[32] 0 desenvolvimento de método analítico de identificação e quantificação de isoflavonóides no extrato e nas nanopartícuias poliméricas contendo extrato de própolis vermelha por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector de arranjo de diodo também surge como elemento inovador deste documento.
[33] Ainda, como diferencial essencial frente ao estado da técnica, as nanopartículas poliméricas contendo própolis vermelha e composições dermocosméticas propostas na presente invenção, utilizam compostos encapsulantes, estabilizantes e dispersantes do núcleo, na matriz intermediária que irão promover a liberação controlada, bem como evitar processos oxidativos entre os compostos fenólicos pressentes na própolis vermelha com demais excipientes cosméticos presentes na matriz externa, além de uma matriz externa óleo/aquosa polimultifuncional com atividades acessórias que contêm excipientes cosméticos biocompatíveis, biodegradáveis, atóxicos e estáveis com característica reológica para semissólidos cosméticos/cosmecêuticos de liberação modificada. Desta forma, a composição aqui revelada pode ser usada para solucionar problemas técnicos semi-industriais e industriais nas áreas dermocosmética, bem como algumas aplicações de uso terapêutico.
SUMÁRIO DA INVENÇÁO
[34] A presente invenção apresenta nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV) , composto por extrato padronizado de própolis vermelha proveniente da matéria-prima própolis vermelha, e uma matriz nanopolimérica composto por polímeros de revestimento e dispersante/estabilizante. Tal sistema nanoencapsulante é composto por sistema binário, com propriedades biocompatível, biodegradável e promotora de liberação modificada do princípio ativo, além de proteger as composições dermocosméticas de ataque oxidativo das substâncias fenólicas presentes no extrato ativo de própolis vermelha. A invenção trata também do processo de obtenção de suspensões de nanopartículas poliméricas que são nanoencapsuladas em sistema de liberação modificada, por meio da técnica de nanoprecipitação seguido por centrifugação e liofilização para produzir nanopartículas poliméricas no estado sólido contendo extrato de própolis vermelha. Adicionalmente, apresenta-se nesta modalidade de invenção em termos de composições semissólidas contendo as NPEPV, preferencialmente, na forma de creme não-iônico, creme-gel não-iônico, gel-creme não-iônico, loções não-iônicas. A composição revelada compreende: i) um núcleo contendo substância(s) ativa(s) de própolis vermelha combinado com uma matriz polimérica de nanorevestimento que pode modificar ou retardar a liberação das substância(s) ativa(s) contidas no extrato de própolis vermelha; (ü) uma camada intermediária dispersante/ estabilizante do núcleo; (iii) uma camada externa óleo/aquosa responsável pelos processos diluição, dispersão e estabilização de camada intermediária e núcleo numa composição dermocosmética, bem como por ser promotor da dissolução e permeação dos componentes ativos pelas barreiras da pele. Ainda, a invenção trata do processo de preparação da composição dermocosméticas, a partir da preparação de suspensões de nanoparticulas poliméricas contendo própolis vermelha, bem como a partir das nanoparticulas poliméricas no estado sólido contendo extrato de própolis vermelha. Por fim, são apresentados usos das NPEPV e das composições dermocosméticas contendo as NPEPV.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[35] A modalidade da invenção, juntamente com vantagens adicionais da mesma podem ser melhor explanadas e compreendidas mediante referência as figuras em anexo e a seguinte descrição: [36] A Figura 1 anexa apresenta termogramas de DSC do extrato de própolis vermelha, da matriz de revestimento polimérico e composições de NPEPV.
[37] A Figura 2 anexa apresenta espectros FTIR-ATR do extrato de própolis vermelha, da matriz de revestimento polimérico e composições de NPEPV.
[38] A Figura 3 anexa apresenta os cromatogramas (UPLC-DAD) da matriz de revestimento polimérico (3A)(Placebo), do extrato de própolis vermelha (3B), composição NPEPV Al (3C) e NEPEV A2 (3D) mostrando a identificação de flavonoides/isoflavonóide presente no extrato de própolis vermelha e composições e ausência de flavonoides na solvente e na matriz placebo.
[39] A Figura 4 anexa apresenta Fotomicroscopias de Varredura Eletrônica das NPEPV Al (A e B) , A2 (C e D) e A3 (E e F) usando métodos de secagens A e B. Fotomicrografias com ampliação entre 2000 vezes (escala 5pm) e ampliação de até 10000 vezes (escala lpm) mostrando partículas submicrométricas.
[40] A Figura 5 anexa apresenta Fotomicroscopias de Varredura Eletrônica das NPEPV A4 e A5 usando método de secagem C com crioprotetores. Fotomicrografias com ampliação entre 7000 vezes (escala 2pm) e ampliação de até 10000 vezes (escala lpm) mostrando as nanopartículas poliméricas contendo própolis vermelha.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[41] Os processos e composições descritos na presente invenção podem ser melhores detalhados e compreendidos mediante referência às figuras presentes neste documento e a seguinte descrição: - Nanopartículas Poliméricas contendo Extrato de Própolis Vermelha (NPEPV) [42] As nanopartículas poliméricas (sólidas ou em suspensão) apresentadas no presente documento apresentam concentrações de flavonoides, isoflavonóides, chalconas e ácidos fenólicos diferenciados devido à especificidade da própolis vermelha. Adicionalmente, as nanopartículas poliméricas em questão apresentam importante característica de proteger o sistema matricial semissólido (creme cosmético) da ação pró-oxidante dos flavonoides e compostos fenólicos presentes no extrato de própolis vermelha, visto que cremes cosméticos preparados diretamente com o extrato de própolis vermelha sofrem escurecimento (cor marrom) em até 10 dias, devido reações oxidantes de compostos fenólicos frente aos excipientes cosméticos presente neste sistema matricial de liberação dérmica. Além disso, o revestimento polimérico proposto apresenta uma segunda funcionalidade importante, de liberação modificada dos compostos ativos, retardando a liberação dos flavonoides/isoflavonóides, para uma ação de maior duração, além de manutenção dos princípios ativos por mais tempo com atividade biológica nas camadas da pele, sendo importante em tratamentos contra inflamação da pele, câncer e cicatrização de feridas, além de promover ação antienvelhecimento devida as suas propriedades antioxidantes.
[43] As NPEPV, além do extrato com os princípios ativos de interesse, obtidos da própolis vermelha, apresentam em sua composição os excipientes farmacêuticos com diferentes funcionalidades sendo eles: composto ativo (extrato de própolis vermelha), matriz polimérica de revestimento com função nanoencapsulante, emulsificante, dispersante, estabilizante e antioxidante.
[44] Uma modalidade da presente invenção, uma nanopartícula polimérica NPEPV Al, apresenta-se uma composição de: extrato padronizado de própolis vermelha proveniente da matéria-prima própolis vermelha em proporção entre 10 a 80%, preferivelmente entre 15 e 25%; agente encapsulante em proporção entre 50 a 60% e agente dispersante/estabilizante em proporção entre 15 e 30%.
[45] Outra modalidade da invenção proposta, uma nanopartícula polimérica NPPEV A2, apresenta-se a seguinte composição: extrato hidroalcoólico padronizado de própolis vermelha proveniente da matéria-prima própolis vermelha em proporção entre 10 a 80%, preferivelmente entre 25 e 35%; agente encapsulante em proporção entre 40 a 50% e um agente dispersante/estabilizante em proporção entre 18 e 30%.
[46] Outra modalidade da invenção proposta, uma nanoparticula polimérica NPEPV A3, apresenta-se a seguinte composição: extrato hidroalcoólico padronizado de própolis vermelha proveniente da matéria-prima própolis vermelha em proporção entre 50 a 95%, preferivelmente entre 50 e 80%; agente encapsulante em proporção entre 10 a 35% e um agente dispersante/estabilizante em proporção entre 10 a 25%.
[47] Outra modalidade da invenção proposta, uma nanoparticula polimérica NPEPV A4, apresenta-se a seguinte composição: extrato hidroalcoólico padronizado de própolis vermelha proveniente da matéria-prima própolis vermelha em proporção entre 5 a 45%, preferivelmente entre 10 e 30%; agente encapsulante em proporção entre 45 a 65% e um agente dispersante/estabilizante em proporção entre 20 e 35%.
[48] Outra modalidade da invenção proposta, uma nanoparticula polimérica NPEPV A5, apresenta-se a seguinte composição: extrato hidroalcoólico padronizado de própolis vermelha proveniente da matéria-prima própolis vermelha em proporção entre 5 a 45%, preferivelmente entre 5 e 15%; agente encapsulante em proporção entre 50 a 70% e um agente dispersante/estabilizante em proporção entre 25 e 35%.
[49] Nas modalidades da invenção, todos os NPEPV Al A2, A3, A4 e A5, o sistema matricial polimérico é caracterizado por ser um sistema binário que promove a nanoencapsulação da nanoparticula polimérica, além da estabilização e dispersão após nanoprecipitação em meio aquoso, composto por ροΐί-ε-caprolactona (P.M.: 10.000) e pluronic F-108 copolimero tribloco (P.M.: 14000). Nas modalidades de invenção em NPEPV Al, A2, A3, A4, A5, o sistema dispersante/estabilizante também pode ser caracterizado por ser composto por poli-s-caprolactona (P.M.: 10.000) e pluronic F-68 copolímero tribloco (P.M.: 14.000).
[50] As nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV Al, A2, A3, A4 e A5), por consistir de excipientes biocompativeis e biodegradáveis, além de conferir liberação modificada ao nanoencapsulado, ela também reduz o ataque oxidativo dos compostos fenólicos presentes no extrato própolis vermelha aos excipientes lipidicos, os quais compõe a composição de formas semissólidas como: cremes não-iônicos, gel-creme não-iônicos, creme-gel não-iônicos, loções não-iônicos para fins dermocosméticas.
[51] Ainda, é importante destacar que, as nanopartículas poliméricas de própolis vermelha propostos no presente documento apresentam-se inovadores por apresentarem tamanho de partículas nanométricos numa modalidade de invenção e também apresentarem-se como partículas submicrométricas em outra modalidade de invenção aqui apresentadas e em relação a outros sistemas microencapsulados de própolis, já citados anteriormente.
- Processo de obtenção de NPEPV
[52] As preparações das nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha são obtidas através do extrato hidroalcoólico superconcentrado e padronizado de própolis vermelha com percentagem residual de solvente entre 0,01 a 10%, preferencialmente entre 0,01 a 3%. - Preparação do Extrato de Própolis Vermelha [53] Uma amostra de 150 g de própolis vermelha é submetida a processo de extração por maceração em 200 a 450 mL de álcool 60 a 90 °GL, preferivelmente entre 75 a 85 °GL, por período de 12 a 120 horas, preferencialmente entre 48 e 72 horas. 0 processo de extração é repetido por mais 2 vezes, e que é suficiente para a extração completa das substâncias ativas. Alternativamente, método de extração por percolação pode ser utilizado em substituição à maceração. Opcionalmente para acelerar a extração, o material pode ser colocado em banho ultrassônico para completa extração das substâncias ativas em período entre 30 minutos a 3 horas, ou ainda, pode ser submetido a processo de extração por refluxo em aparelho de soxhlet por período entre 2 a 10 horas.
[54] Após a completa extração das substâncias ativas, o material é concentrado em rotaevaporador, acoplado a uma bomba de vácuo, usando uma velocidade de rotação de 20 a 120rpm, em banho-maria em faixa de temperatura de 35 a 55°C e pressão entre 400 a 700mmHg. Alternativamente, pode ser concentrado usando banho-maria a 37°C a 42°C.
[55] Uma massa sólida vermelho—escura, com rendimento entre 50 a 70%, será obtida com percentagem de solvente entre 0,01 a 35%, sendo denominado extrato de própolis vermelha. 0 extrato, preferivelmente, deverá apresenta percentagem de solvente entre 0,01 a 3%.
[56] Uma grande vantagem do extrato aqui proposto, para a elaboração das NPEPV é que o mesmo é obtido diretamente com etanol sem a presença de solventes tóxicos ou nocivos a saúde humana e sem utilizar etapa de lavagem do extrato. - Preparação do sistema de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV) [57] As etapas de obtenção das NPEPV incluem: 1) Pesagem dos componentes da fase orgânica incluindo o extrato padronizado de própolis vermelha, polímero de nanorevestimento poli-e-caprolactona (P.M 10.000) e solvente orgânico com volume suficiente para solubilização; 2) Pesagem dos componentes da fase aquosa incluindo o pluronic F-108 copolímero tribloco (P.M. 14.000) e água ultrapura do tipo milli-Q suficiente para solubilização do pluronic F-108, em recipiente separado; 3) Os componentes da fase orgânica são solubilizados em acetona, ou clorofórmio ou diclorometano, preferencialmente em acetona e transferidos para banho ultrassônico com potência e frequencia específicas para a completa solubilização por um período de 15 minutos; 4) Os componentes da fase aquosa são também transferidos para banho ultrassônico nas mesmas condições da fase orgânica para a completa solubilização; 5) Os componentes da fase aquosa são diluídos para um volume entre 14 a 99 vezes com água milli-Q; 6) Os componentes da fase orgânica são transferidos para um tubo falcon e dispersos com a fase aquosa com fator de diluição entre 15 a 100 vezes, por exemplo, (1 parte do volume da fase orgânica: e 99 partes do volume da fase aquosa, v:v) para obter uma suspensão de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha; 7) a concentração de massa solida do extrato de própolis vermelha, do polímero de nanorevestimento e do pluronic F-108 com função dispersante compreende uma quantidade de massa sólida entre 0,0110 a 0,706% que são dispersos no seio da água ultrapura tipo milli-Q (quantidade de massa sólida dos componentes das fases orgânica e aquosa dispersos em água milli-Q); 8) Neste momento ocorre o fenômeno de nanoprecipitação com obtenção de uma suspensão de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha; 9) 0 processo segue com a centrifugação da suspensão de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha usando velocidade de centrifugação entre 4000 a 6000rpm por período de 15 minutos e remoção do sobrenadante; 10) seguido de etapa de lavagem com água milli-Q(opcional) das nanopartículas poliméricas nanoprecipitadas; 11) seguido por novo processo de centrifugação, com descarte do sobrenadante; 12) Após etapa de centrifugação e descarte do sobrenadante, as nanopartículas poliméricas nanoprecipitadas pelo processo de centrifugação são reunidas e concentradas em volume entre 1 a 10 mL, preferencialmente entre 3 a 6 mL para iniciarem processo caracterização físico-química e processo de secagem por liofilização.
[58] Em outra modalidade de preparação, os componentes da fase orgânica e da fase aquosa são solubilizados usando agitador turrax com potência e velocidade de agitação por centrifugação específica por período entre 5 a 20 minutos, seguido pela fase de nanoprecipitação, centrifugação e secagem por liofilização como já descrito anteriormente. - Caracterização Físico-Química das Suspensões de Nanopartículas Poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV) [59] As suspensões de nanopartículas poliméricas (NPEPV Al, A2, A3, A4 e A5) foram caracterizadas usando técnicas de pH, distribuição do diâmetro médio de partículas, índice de polidispersão e potencial zeta. Para determinação do pH as suspensões de nanopartículas poliméricas foram colocadas diretamente em contato com o eletrodo de pH. Para determinação dos demais parâmetros físico-químicos aqui citados, a solução foi diluída 4 vezes com água Milli-Q e analisadas em equipamento Zetasizer, Nano ZS da Malvern. Os resultados foram expressos como a média de 2 ciclos de 20 scans (Tabela 1). - Secagem das suspensões de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha [60] As suspensões de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV Al, A2, A3, A4 e A5) foram submetidas a secagem por liofilização em equipamento Terroni®, modelo LD1500 constituído de: 1)câmara de secagem a vácuo contendo 3 prateleiras, 2) um condensador para abaixamento da temperatura para -43 ± 5°C e, 3) bomba de baixo vácuo. A pressão do sistema foi controlada para manter 300μΗρ como indicativo de completa secagem das nanopartículas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis.
[61] É importante destacar que, antes do processo de secagem por liofilização as suspensões de nanopartículas poliméricas foram submetidas a dois principais processos de congelamento que foram: A) Congelamento Lento, no qual as suspensões de nanopartículas poliméricas foram colocadas em freezer a -20°C por período entre 48 a 120 horas e imediatamente transferidas para liofilizador para realizar processo de secagem por período entre 24 e 48 horas. B) Congelamento rápido com auxílio de nitrogênio líquido a — 196 C por período entre 10 a 20 minutos. Neste processo as suspensões de nanopartículas poliméricas foram colocadas em frascos do tipo antibiótico com capacidade para 50 mL, as quais foram acondicionadas em caixa metálica tipo aço inox antes do recebimento do liquido congelante. Vale destacar também o uso de agentes crioprotetores neste processo particular de congelamento, sendo eles: dióxido de silício coloidal entre 0,1 a 10%, sacarose entre 1 e 15%, glicose entre 1 e 15%, solução contendo combinação de dióxido de silício coloidal e glicolato de amido sódico (1:1) nas faixas de concentrações entre 0,1 e 30%, bem como solução glicolato de amido sódico entre 0,1 a 30%. Nestas condições de preparo de amostra previamente ao processo de secagem o período de secagem foi reduzido entre 33 a 50%.
Caracterização físico-química das nanopartículas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha [62] As nanopartículas poliméricas sólidas, após processo de secagem por liofilização, foram caracterizadas através de diferentes técnicas analíticas para demonstrar que o extrato de própolis vermelha foi totalmente revestido pela matriz polimérica proposta, e que as nanopartículas poliméricas apresentam em tamanho nanométrico mesmo após processo de secagem por liofilização e que os compostos fenólicos presentes no extrato de própolis vermelha foram encapsulados em percentagens superiores a 60%. Dentre as técnicas analíticas, citamos: A)___Espectroscopia de infravermelho (FTIR-ATR). 0 sistema matricial nanopolimérico sólido contendo extrato de própolis vermelha foram submetidos à análise FTIR—ATR na faixa de varredura entre 4000 a 400 cm-1 com número de scans entre 64 a 128. O equipamento utilizado foi da marca Thermo Scientific com software de aquisição Ommic. Amostras de nanopartículas poliméricas sólidas sem extrato de própolis também foram analisadas. B| Análise Térmica (DSC). As nanoparticulas polimencas contendo extrato de própolis vermelha foram submetidos a análise calorimétrica em calorimetro Shimadzu, modelo DSC-60 sob atmosfera de nitrogênio com fluxo de 50mL/min., numa razão de aquecimento de 7.5°C/min. e na faixa de temperatura entre 30-400°C. Uma quantidade de 2,0mg ± 10% foi utilizada e colocadas em cadinho de alumínio que foram hermeticamente selados. O equipamento foi calibrado com padrões de índio e zinco. Amostras de nanoparticulas poliméricas sólidas sem extrato de própolis também foram analisadas. C) Análise da Morfoloqia e Diâmetro Médio das Partículas das NPEPV usando Microscopia ^-----Y-arredura__Eletrônica (MEV) . As nanoparticulas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV) foram submetidas aos 3 métodos de secagem: Secagem natural a temperatura ambiente (método A); secagem pelo congelamento lento seguido de técnica de liofilização (método B) ; secagem pelo congelamento rápido seguido de técnica de liofilização(método C), este último realizado com o uso de agentes crioprotetores. As NPEPV no estado solido, após secagem, foram preparadas em stubs com fita dupla de carbono ou diretamente nas lamínulas, submetidas ao sistema de metalização com filme de ouro sob corrente de 10 mA durante 7 minutos em um metalizador Sanyu Electron, modelo Quick Coater SC-701 e em seguidas analisadas em Microscopio de Varredura Eletrônico da Shimadzu, modelo SSX-550 Superscan. D) Identificação, Doseamento e (%) Grau ——Encapsulação____de flavonóides presentes no extrato de própolis----vermelha___e____nas NPEPV. a determinação (identificação e doseamento) dos flavonoides presentes no extrato de própolis vermelha e nas NPEPV foi realizada num UPLC DAD de Shimadzu, que consiste nos seguintes módulos: uma bomba de alta pressão (Modelo, LC-20ADXR), desgaseificador (modelo, DGU-20A3R), autoinjetor (modelo, SIL-20AXR), forno para coluna cromatográfica, detectores de arranjo de fotodiodo (modelo, SPDM-20A) e detector de fluorescência (modelo RF-20A), uma controladora (modelo, CBM-20A) e um software Labsolution da shimadzu. A separação dos flavonoides ocorreu numa fase estacionária (C18, 150 x 4,6 mm; 5μιη) , fase móvel que consistia de solvente A (água ultrapura) e solvente B (acetonitrila), bombeadas num fluxo de 0,3 mL/min. numa condição eluição gradiente, tendo no inicio 70% de água e 30% de acetonitrila com variação da percentagem de orgânico para 100-s de acetonitrila em 40 minutos, seguido por uma condição isocrática com 100% de acetonitrila até 53 minutos, com retorno à condição inicial em 54 minutos, seguido de condição isocrática com 30% de acetonitrila até 60 minutos.
[63] Padrões analíticos adquiridos da sigma-aldrich (formononetina, isoliquiritigenina, daidzeína, Biochanina A, pinobanksina) e Extrasyntesis (Liquiritigenina) foram exatamente pesados 2,0 mg e transferidos para balões volumétricos de 10 mL para obter concentração de 200pg/mL. Soluções de trabalho foram preparadas por técnica de diluição para obter concentrações de 7,50; 5,00; 2,50; 1,00, 0,50 e 0,15μρ/ιηΙ, e obter curva de calibração, a qual foi utilizada para determinação do teor (doseamento) de flavonoides no extrato de própolis vermelha e nas NPEPV. A identificação dos flavonóide foi realizada usando tempos de retenção comparativos com os padrões analíticos usando as mesmas condições analíticas do dia de trabalho. 0 estudo de grau de encapsulaçâo também foi realizado nestas mesmas condições analíticas e com os 5 marcadores (Liquiritigenina, pinobanksina, formononetina, isoliquiritigenina, Biochanina A) presente no extrato de própolis vermelha, os quais foram determinados nas NPEPV e no extrato de própolis vermelha seguindo estas condições de separação. 0 extrato de própolis vermelha (100 mg) no estado sólido (<3% de solvente) foi solubilizado em etanol absoluto com auxílio de banho ultrassônico (5 minutos) e transferido para balão volumétrico de 10 mL para obter concentração de lOmg/mL. Uma nova etapa de diluição foi realizada para obter solução de trabalho de lmg/mL e realizar diluições para 400 e 25(^g/mL. Estas soluções foram filtradas em unidades filtrantes de 0,45pm e injetadas (2μΙ0 no sistema UPLC-DAD. As NPEPV contendo extrato de própolis vermelha ou NPEPV sem extrato de própolis vermelha (Composição Placebo) foram pesados exatamente e correspondente a lmg/mL da concentração teórica de extrato de própolis vermelha, solubilizados com sistema de solvente (acetona:etanol, 6:4, v:v), em seguida foram realizadas as diluições para 400μg/mL e 250μg/mL com o mesmo sistema de solvente, a fim de verificar a quantidade máxima de flavonóide encapsulada nas NPEPV. As NPEPV contendo extrato de própolis vermelha ou sem extrato de própolis (placebo) também foram pesados exatamente e correspondente a uma lmg/mL da concentração teórica de extrato de própolis vermelha, solubilizados com sistema de solvente (água:etanol, 7:3, v:v), em seguida foram realizadas as diluições para 40C^g/mL e 250pg/mL com o mesmo sistema de solvente (água:etanol, 7:3, v:v), a fim de verificar a quantidade de flavonóide não encapsulada nas NPEPV, mas presentes na porção externa das nanoparticulas poliméricas (NPEPV). A determinação do grau de encapsulação se deu pela seguinte fórmula: Grau de Encapsulação (%) = (concentração do marcador na NPEPV/Concentração do marcador no EBPV)*100.
[64] O grau de encapsulação também foi realizado usando método UV-vis diluindo-se as soluções de trabalho do extrato de própolis vermelha (EPV) e das NPEPV para concentração de 40μg/mL e usando apenas preparações que foram solubilizadas em sistema de solvente águaretanol (7:3,v:v) em comprimento de onda de 280nm. O cálculo para determinação do grau de encapsulação foi obtido de forma indireta pela quantidade de flavonoides totais não-encapsulados, usando a seguinte fórmula: Grau de Encapsulação (%) = [100 - (ABS obtida na NPEPV/ ABS obtida no EPV)*100].
- Caracterização da Atividade Antioxidante das NPEPV e Extrato de Própolis Vermelha usando DPPH
[65] As nanoparticulas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha, nanoparticulas poliméricas placebo (sem extrato de própolis vermelha) e o extrato de própolis vermelha foram avaliados quanto as suas atividades antioxidantes. Preparou-se soluções estoques de 1 mg/mL das composições NPEPV contendo extrato de própolis vermelha, as quais foram exatamente pesadas para obter o correspondente de lmg/mL de extrato de própolis vermelha nestas composições e solubilizadas em sistema de solvente acetona:etanol (6:4, v:v). Mesmo procedimento foi realizado com extrato de própolis vermelha. Alíquotas de 400μΙ, da solução estoque das NPEPV foram transferidas para balões volumétricos de 5 mL e adicionado 2 mL de uma solução etanólica de DPPH a 3mM, sendo deixadas em repouso por 30 ou 60 minutos no escuro para que ocorresse a reação, e em seguida, o balão volumétrico foi aferido com etanol absoluto. Mesmo procedimento foi realizado com o extrato de própolis vermelha e com as nanoparticulas poliméricas placebo (sem extrato de própolis vermelha).
[66] As amostras de extrato de própolis vermelha foram submetidas a leitura em espectrofotômetro do UV-vis em modo fotométrico ajustado para comprimento de onda de 520 nm ao final do período de 30 e 60 minutos. As NPEPV e nanoparticulas poliméricas placebo apresentaram turvação ao final do período reacional, sendo submetidas a uma centrifugação com velocidade de rotação de 5000rpm por período de 5 minutos. O sobrenadante foi submetido a leitura no espectrofotômetro UV-vis nas mesmas condições. Também foram realizados leituras da solução de referência de DPPH 3 mM em etanol, solução de etanol absoluto para zerar o equipamento e das soluções branco (etanol absoluto + DPPH a 3 mM sem adição de extrato de própolis vermelha ou NPEPV) para realizar cálculo % da atividade antioxidante. O cálculo de % da atividade antioxidante foi dado pela seguinte fórmula: (%) Atividade antioxidante = 100-(((A amostra - A branco) xl 0 0)/A controle). Onde: A amostra = Absorbâncias das amostras NPEPV contendo solução de DPPH, A branco = Absorbâncias das amostras NPEPV sem a adição da solução de DPPH, A controle = Absorbância da solução de referência de DPPH em etanol.
- Estudos de Redispersibilidade das NPEPV
[67] Estudos de redispersibilidade foram conduzidos usando as nanopartícuias poliméricas sólidas das composições (NPEPV Al, A2, A4 e A5) previamente estabelecidas com o intuito de realizar o processo inverso transformando nanoparticulas poliméricas sólidas em suspensões de nanopartícuias poliméricas. As NPEPV foram exatamente pesadas e solubilizadas com acetona para obter concentração de lOmg/mL e em seguida, 200μ1, desta solução foram transferidas para tubos falcon e submetidas a processo de nanoprecipitação com 2500pL de água Milli-Q para formar as suspensões de nanopartículas poliméricas, as quais foram submetidas a novos ensaios de caracterização através de ensaios de diâmetro médio das partículas, índice de polidispersão e potencial zeta como já descrito anteriormente. Outra finalidade de avaliar a redispersão das NPEPV está na aplicação destas nanopartículas poliméricas no estado sólido em estocagem por longo prazo antes de serem utilizadas em processos de preparação de formas cosmecêuticas/cosméticas semissólidas.
- Processo de Preparação de composições dermocosméticas contendo NPEPV
[68] As etapas de obtenção de composições dermocosméticas contendo NPEPV podem ser identificadas pelos seguintes Procesos principais: 1) Processo A: Preparação à quente - Obtenção de suspensão de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha (NPEPV Al) em fase aquosa; Aquecimento da fase aquosa contendo a suspensão de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis e da fase oleosa contendo excipientes cosméticos autoemulsionantes de um creme não-iônico em recipientes separados em temperatura entre 75 a 85°C, preferivelmente a fase aquosa a 80°C e fase oleosa a 80°C; Incorporar a fase aquosa sobre a oleosa na mesma temperatura sob agitação entre 200 a 400rpm, preferivelmente entre 270 a 300rpm, mantendo temperatura e agitação constante por 10 minutos; Resfriar com agitação moderada para temperatura de 40°C; Adicionar fase complementar (outros ativos dermatológicos, modificadores sensoriais e conservantes) sob agitação e deixar resfriar até temperatura ambiente; Verificar pH e fazer correções se necessárias para 5,5 a 6,5. 2) Processo —---Preparação___a__frio - Obtenção de nanoparticulas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha obtidas por liofilização usando congelamento lento ou congelamento rápido; Obtenção de cremes bases não-iônicos, creme-gel, gel-creme não-iônico, loções não-iônicas; resfriamento e acondicionamento dos creme bases não-iônicos a temperatura ambiente; Incorporação das nanoparticulas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha em "cremes bases não-iônicos" a frio através de técnica de diluição geométrica sob agitação mecânica ou manual e sem a utilização de solventes orgânicos ou lipídicos para a solubilização das nanoparticulas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha nestes cremes bases.
[69] Os processos A e B descritos foram comparados com a preparação de cremes aniônicos contendo suspensões de nanoparticulas poliméricas, bem como com preparação de cremes aniônicos contendo extrato de própolis vermelha solúvel em solvente orgânico e sem o processo tecnológico de nanoencapsulamento, os quais mostravam incompatibilidades físicas e químicas após 10 dias de preparadas com escurecimento da composição para cor marrom.
No entanto, os dois processos de obtenção de cremes dermocosméticos contendo as NPEPV, as composições se mantiveram compatíveis e estáveis durante período maior que 180 dias.
[70] As NPEPV obtidos podem ser utilizados em diversas composições dermocosméticas, preferencialmente como formulações semissólidas, como: cremes não-iônicos, gel, gel-creme, loções, loções não-iônicas, também como pós, pós para maquiagem, clareadores de pele, mascaras faciais, dentre outras.
- Composições Dermocosméticas contendo NPEPV
[71] As NPEPV obtidas podem ser utilizadas em diversas composições dermocosméticas, preferencialmente como formulações semissólidas, como: creme não-iônico, creme-gel, gel-creme, loções, loções não-iônicas, pós para maquiagem, clareadores de pele, máscaras faciais, dentre outras.
[72] As composições farmacêuticas, propostas no presente documento, consistem em composições preferencialmente na forma de creme não-iônico, creme-gel não-iônico, gel-creme não-iônico, loções não-iônicas, que apresentam: i) um núcleo contendo substância(s) ativa(s) de própolis vermelha combinado com matriz polimérica de nanorevestimento que pode modificar ou retardar a liberação de substância(s) ativa(s) contidas no extrato de própolis vermelha, bem como proteger demais excipientes cosméticos do ataque oxidativo de compostos fenólicos presente no extrato de própolis; ii) uma camada intermediária dispersante / estabilizante do núcleo; iii) uma camada externa óleo/aquosa responsável pelos processos de diluição, dispersão, e estabilização da camada intermediária e núcleo numa composição dermocosmética, bem como por ser promotora da dissolução e permeação dos componentes ativos pelas barreiras da pele. Esta cada externa também poderá apresentar outras substâncias ativas adjuvantes com diferentes ações na pele.
[73] A camada interna contendo polímero de revestimento do núcleo consiste de um polímero lipofílico sintético ou combinação de mais de um polímero(s) lipofílio(s) sintético(s).
[74] Em uma modalidade distinta da invenção, a camada intermediária pode ser preparada também pela conjugação entre um ou mais polímero(s) hidrofílico(s) natura(is) e um ou mais polímero(s) hidrofílico(s) sintético(s). Com ação surfactante auxiliar, como os agentes promotores de estabilização do núcleo e ao mesmo tempo promovendo a dispersão do núcleo na camada externa, estes deverão constar na camada intermediária com percentagens variáveis entre 0,05-s e 95% de acordo com a sua funcionalidade emulsificante de dispersar agentes lipofílicos (núcleo) no seio da solução aquosa (camada externa). Em termos de proporção da camada intermediária na composição dermocosmética final, a camada intermediária de revestimento do núcleo deve apresentar percentagens entre 0,05% e 95%, e preferencialmente entre 0,05 e 35% em relação ao peso total da composição.
[75] Já a composição da camada externa consiste de excipientes, além de outros ativos dermatológicos com diversas funcionalidades, dentre eles citamos: emolientes, agentes de consistência, amaciantes, hidrantes, umectantes, espalhabilidade, refrescante, formador de filme, nutritivo, rejuvenecedores, renovação celular, esfoliantes, promotores de elasticidade, antirrugas, antioxidantes, modificadores sensoriais, preservantes, conservantes, corantes, essências. A camada externa pode ser composta de 1 ou mais destes excipientes e ativos dermatológicos.
[76] Em termos de porcentagens dos excipientes farmacêuticos na camada externa, estes podem representar entre 0,05¾ e 100% do peso total da camada externa, de acordo com a sua funcionalidade na matriz dermocosmética. Em termos de proporção da camada externa na composição dermocosmética final, a camada externa da composição deve apresentar percentagens entre 0,01% e 100%, preferencialmente entre 1 e 100% em relação ao peso total da composição.
[77] A composição dermocosmética aqui apresentada deve ser acondicionadas em embalagens para substâncias sensíveis à luz, com aspecto fosco e tonalidades entre o âmbar ao escuro e com fotoproteção interna à luz (opcional).
[78] Ainda, outros ativos dermatológicos utilizados na composição podem ser de diversos tipos e em formulações diversas, com composições variáveis entre os diversos tipos de ativos dermatológicos, têm-se ativos dermatológicos hidrofílicos, bem como os ativos dermatológicos lipofílicos podendo ser naturais ou sintéticos como ácido hialurônico®, extrato glicólico de arnica®, manteiga de manga®, kelpadelie®, lótus rutina®, DMAE bitartarato®, Algisium C®, hydroxyprolisilane C®, lipossomas de Ginkgo biloba®, biorusol®, Ceramida IIIA®, VC-PMG®, ácido-lipóico®, vitamina E oleosa®, lipossomas PML AE e AC®, elastocell®, lipossomas PML coenzima Q10®, sensiline®, structurine®, Adenin®, nutriskin®, raffermine®, helioxine®, dióxido de titânio micronizado®, Neo heliopan E 1000®, Neo Helliopan OS®, Neo heliopan BB®, Neo heliopan MA®, óleo de macadâitiia, pentacare®, remoduline®, dermatan sulfato®, óleo de girassol®, fucogel®, lipossomas de colágenos®, extrato glicólico de pêssego®, extrato glicólico de oliva®, extrato glicólico de damasco®, maturine®, alistin®, algisium C®, nanosferas de ácido salicilico®, DSBC®, extrato glicólico de maracujá®, pentaglycan®, glucan E-20®, óleo de girassol®, extrato glicólico de melissa®, extrato glicólico de melissa®, fucogel®, extrato glicólico de hipérico®, íris Iso®, extrato de algas®, GPS trealose vetorizada®, PABC hidratante®, ácido retinóico®, hidroquinona®, VC-IP®, skin whitening complex®, vitamina F hidrossolúvel®, cafeisilane C®, Bioex antilipêmico®, filtro UVA/UVB hidrossolúvel®, benzofena-3®, metoxicinamato de etil-hexila®, octocrileno®, metoxicinamato de isoamila®, salicilato de octila®, antranilato de metila®, microesponjas de retinol®, prosoja, densiskin®, soybean oil®, Coup Déclat®, biorusol II SCA®, essência de cereja®, Trealose®, phytospingosine®, matrixil®, argireline®, tensine®, elastinol®, ascobosilane C®, whitespheres®, DMAE fluid®, alantoina®, genisteina tópica®, nutripeptideos®, liftline®, kinetin L®, cerealmilk Premium®, biomimetric LRF complex®, silica shells®, sebonormine®, Net FS®, physiogenyl®, fomblin HC/R®, óleo de copaiba®, manteiga de cupuaçu®, Sk influx®, hidroviton 24®, palmifruit fitoconcentral®, clerilys W®, pelemol IN 2®, lactil®, Clariskin II®, metil parabeno, propilparabeno, propilenoglicol, BHT, ultraderme nanovitamina A®, phenogard MP®, cerearet 20®, álcool cetearilico, óleo mineral, álcool de lanolina e vaselina, imidazolidiniluréia, base automeulsionante e emoliente para cremes e loções O/A. - Usos de NPEPV em composições dermocosméticas contendo os mesmos [79] Diante de atividades biológicas do extrato de própolis vermelha, as nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha podem ser utilizados em uma ampla gama de setores industriais dos ramos cosmético, cosmecêutico, higiene e limpeza.
[80] A utilização da própolis como principio ativo na prevenção e tratamento de diversas doenças já é amplamente descrito. Entretanto, a própolis vermelha apresenta composição diferenciada das demais própolis já amplamente descritas no estado da técnica, o que indica atividades biológicas variadas.
[81] Devido à sua característica biológica comprovadamente antioxidante, as nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha e composições dermocosméticas contendo NPEPV obtidos pelos processos propostos podem ser utilizadas para: tratamento da pele e órgãos anexos; tratamento e rejuvenecimento da pele, tratamento de processos inflamatórios de origem seborréica; tratamento de feridas em pós-operatórios, tratamento de feridas de decúbitos em pacientes com pé diabético; tratamento de processos inflamatórios da pele de maneira geral. Preferencialmente, para a preparação de creme não-iônicos contendo NPEPV, as suspensões de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, bem como as NPEPV sólidas obtidas por liofilização serão utilizadas para preparação de creme regenerador antioxidante, cremes antiedemas, creme para áreas dos olhos, creme rejuvenescedor, creme despigmentante, creme com branqueamento da pele, creme para flacidez da área dos olhos, creme anticelulite, creme de massagem, creme anti-sinais Oil-Free, creme para peles ressecadas, creme para pré-cirurgia, creme Pós-Cirurgia, creme antienvelhecimento, incluindo para peles sensíveis, pele cansada, pele madura, creme para bolsas dos olhos; Loção fotoprotetora FPS entre 5 a 60, loção aceleradora do bronzeamento FPS 10, Loção Pós-Sol hidratante, loção hidratante para o corpo, loção Pós Peeling, loção despigmentante, Loção anti-rugas com retinol, Gel-Creme Pós-Sol com formononetina, Gel-Creme Pós-sol com concentrado de isoflavonas, Gel antienvelhecimento com ação tipo-Botox, Creme-Gel nutritivo, Loção Pós-Banho, Gel para peles oleoasas, Gel-Creme Antiacne e oleosidade, Creme regenerador para as mãos, Creme barreira para as mãos, Loção para as mãos com filtro solar. Tais usos para o produto aqui propostos, em termos de aplicação de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, apresentam-se como um diferencial frente ao já exposto pelo estado da técnica.
[82] Assim, as modalidades da invenção descritas no presente documento apresentam-se como um avanço no estado da técnica já que, permitem a produção de NPEPV e composições dermocosméticas contendo as mesmos de maneira economicamente viável. Desta forma, as NEPEV obtidos através do processo proposto podem ser utilizados, isolada ou em composição com outros produtos, em diversos setores industriais, como cosmético, cosmecêutico, higiene e limpeza.
EXEMPLOS
[83] As avaliações das NPEPV obtidos utilizando o processo proposto demonstraram a obtenção de um produto nanoparticulado, com tamanho de partículas nanométricas, grau de encapsulação adequado e atividade antioxidante preservada. Os resultados obtidos estão representados nas tabelas e figuras indicadas.
[84] A Tabela 1 apresenta os resultados de diâmetro médio das partículas, índice de Polidispersão, Potencial Zeta e pH das Suspensões de Nanopartículas contendo extrato de própolis vermelha.
Composições Diâmetro índice de Potencial pH médio das Polidispersão Zeta (mV) partículas (PDI) ________________ (nm)_____ NPEPV BR 279,611,38 0,169 -33,516,06 6,010,1 NPEPV Al 280,2187,69 0,089 -26,814,64 6,110,1 NPEPV A2 262,2166,30 0,128 -18,613,66 6,110,2 NPEPV A3 208,5147,59 0,115 -12,715,24 5,810,2 NPEPV A4 225,2177,22 0,096 -24,215,24 6,010,1 NPEPV A5 246,7191,63 0,113 -19,114,61 6,110,1 *Valores referentes à média de duas leituras para diâmetro médio das partículas e PDI; Valores referentes à média da determinação de três valores do potencial zeta 1 desvio padrão; Valores referentes à média da determinação de três valores de pH 1 desvio padrão.
[85] Valores de tamanho de partículas variaram entre 208,5-280,2nm com índice de polidispersão entre 0,089 a 0,169 mostrando um modelo unimodal. O potencial zeta se mostrou entre -18,6 a -26,8 mV, exceto NPEPV A3 (-12,7mV), as composições demonstraram-se estáveis, dispersas e sem tendência a agregação das nanopartículas. Os valores de pH das suspensões de nanopartículas contendo extrato de própolis vermelha mostraram-se semelhantes à suspensão de nanopartículas sem extrato de própolis vermelha (placebo) com valores levemente ácidos entre 5,83 a 6,15.
[86] Δ Figura 1 anexa apresenta termogramas de DSC do extrato de própolis vermelha, da matriz de revestimento polimérico e composições de NPEPV.
[87] 0 termograma de DSC do extrato de própolis vermelha apresentou 4 eventos endotérmicos nas temperaturas de 81,7°C, 92,0 °C, 107°C e 135°C referente a processos de fusão de ceras e demais componentes fenólicos presentes no extrato de própolis vermelha, enquanto a matriz de revestimento polimérico apresentou evento endotérmico de fusão na temperatura de 60,5°C e que foi semelhante as composições das NPEPV na faixa de temperatura entre 48 a 59°C e sem eventos endotérmicos adicionais na faixa de temperatura do extrato de própolis vermelha, o que mostra pelas propriedades térmicas que o extrato de própolis vermelha foi encapsulado.
[88] A Figura 2 anexa apresenta espectros FTIR-ATR do extrato de própolis vermelha, da matriz de revestimento polimérico e composições de NPEPV.
[89] 0 Espectro FTIR-ATR do extrato de própolis vermelha apresentou estiramentos característicos de compostos fenólicos em 3336cm-l (Hidroxila fenólica), estiramentos em 1617cm-l, 1496cm-l e 1450cm-l (deformação axial C=C de anéis aromáticos em compostos fenólicos) e estiramentos em 1045 cm-1 referente a deformação axial de C-0 de éter aromático e estiramentos em 877cm-l referentes a deformação angular fora do plano de C-H de aromáticos. Os espectros FTIR-ATR de matriz de revestimento polimérico e composições NPEPV apresentaram estiramento similares em 2863cm-l, 1400-1340cm-l referente a deformações axiais e angulares, respectivamente de CH2 e deformação axial e angular de C-(C-O)-C em 1171cm-l, além de deformação axial de carbonila de cetona alifática (C=0) em 1725cm-l, e desaparecimento dos estiramentos característicos do extrato de própolis vermelha comprovando por técnica espectroscópica no infravermelho a encapsulação do extrato de própolis vermelha durante processo de obtenção das NPEPV.
[90] Δ Figura 3 anexa apresenta os cromatogramas (UPLC-DAD) da matriz de revestimento polimérico (3A)(Placebo), do extrato de própolis vermelha (3B), composição NPEPV Al (3C) e NPEPV A2 (3D) mostrando a identificação de flavonoides/isoflavonóide presente no extrato de própolis e composições NPEPV e ausência de flavonóidesna matriz placebo de revestimento polimérico.
[91] As figuras 3A mostra cromatograma de uma corrida analítica obtida usando método cromatográfico desenvolvido sem a presença de f lavonoides. As figuras 3B, 3C e 3D mostram a presença dos flavonoides (1) Liquiritigenina (12,53min.), (2) pinobanksina (15,68min.), (3) isoliquiritigenina (17,26min.), (4) formononetina (18,13min.), (5) pinocembrina (23,12min.) e (6) Biochanina A (23,81min.) nos tempos de retenção correspondentes e similares aos padrões analíticos utilizados para desenvolvimento de método cromatográfico.
[92] A Figura 4 anexa apresenta Fotomicroscopia de Varredura Eletrônica das NPEPV Al, A2 e A3 usando métodos de secagens A e B. Fotomicrografias com ampliação entre 2000 vezes (escala 5pm) e ampliação de até 10000 vezes (escala lpm) mostrando partículas submicrométricas.
[93] As figuras 4A e 4B (NPEPV Al), 4C e 4D (NPEPV A2) e 4E e 4F (NPEPV A3) obtidas por método de secagem A (secagem natural em temperatura ambiente) . As figuras 4A, 4C e 4E mostram fotomicrografias de partículas submicrométricas (entre 450 a 960nm) obtidas por processo de secagem a temperatura ambiente (método A) com formação de nanocristais e as figuras 4B, 4D e 4F mostram fotomicrografias de partículas submicrométricas (entre 400 a 960nm) com formação de agregados amorfos de partículas submicrométricas usando método de secagem B (congelamento lento).
[94] A Figura 5 anexa apresenta Fotomicroscopia de Varredura Eletrônica dos NPEPV A4 e A5 usando método de secagem C (congelamento rápido). Fotomicrografias com ampliação entre 7000 vezes (escala 2pm) e ampliação de até 10000 vezes (escala lpm) mostrando as nanopartículas poliméricas contendo própolis vermelha.
[95] As figuras 5A e 5B (NPEPV A4) , 5C e 5D (NPEPV A5) obtidas por método de secagem C. As figuras 5A e 5C mostram fotomicrografias de nanopartículas (entre 200 a 350nm) obtidas usando crioprotetor dióxido de silício coloidal e as figuras 5B e 5D mostram fotomicrografias de nanopartículas (entre 175 a 320nm) usando crioprotetor glicolato de amido sódico.
[96] Dentre os 5 marcadores de flavonoides majoritários utilizados para determinação de teor e grau de encapsulação, observa-se que a liquiritigenina apresentou maiores perdas durante processo de obtenção das NPEPV sólidas, enquanto isoliquiritigenina maior grau de encapsulação. Dentre as composições estudadas, NPEPV Al, A4 e A5 apresentaram maiores valores de teor e % de encapsulação, enquanto NPEPV A2 e A3 maiores perdas (Tabela 2) .
[97] A Tabela 2 apresenta os resultados de Grau de Encapsulação dos principais flavonoides majoritários presentes no extrato de própolis vermelha e nas NPEPV usando UPLC-DAD. (-5) Grau de encapsulação dos flavonóides majoritários usando UPLC-DAD* Composição A b C d f. NPEPV A1 53,0±1,6 99,8±1,7 95,6±1,7 77,411,7 99,3+1,7 NPEPV A2 41,310,4 72,010,9 70,510,9 58,610,5 82,111,3 NPEPV A3 38,010,8 60,911,3 103,610,7 75,410,6 85,710,2 NPEPV A4 57,310,3 72,910,8 96,610,1 82,211,4 88,311,7 NPEPV A5 54,910,2 70,910,2 91,512,5 81,210,8 86,411,7 A: Liquiritigenina; B: Pinobanksina; C: Isoliquiritigenina; D· Formononetina; E: Biochanina A. * Valores de desvio padrão determinado em duas corridas cromatográficas.
[98] A Tabela 3 apresenta os resultados de percentagens de (%)Grau de Encapsulação e (%)Não-encapsulados representando os principais flavonoides majoritários presentes no extrato de própolis vermelha e nas NPEPV usando UPLC-DAD e UV-vis.
(%) Grau de encapsulação usando UPLC-DAD -ComPOsiÇão__________(%) GE__________(%) NE Σ (%ge + %NE) NPEPV Al 85,15 14,79a 96,25 NPEPV A2 65,74 39,47d 105,20 NPEPV A3 72,76 41,48a 114,24 NPEPV A4 ?9,49 26, 09b 105,58 NPEPV A5_____________77,01__________18,82c___________95,83 (%) Grau de encapsulação usando UV-vis -ComPosiÇão__________(%> GE*_________<*) NE* Σ (%ge + %NE) NPEPV Al 81,34 ± 1,72 18,66 ± 7,49 100,00 NPEPV A2 63,9112,41 36,0914,27 100,00 NPEPV A3 60,57 1 1,45 39,43 ± 2,23 100,00 NPEPV A4 69,9510,32 30,0510,74 100,00 -NPEPV A5_________76, 33 1 0, 50 23, 67 1 1, 60______ΐρρ,ρρ GE: Grau de encapsulação; NE: Nâo-Encapsulado; a) determinação de f ormononetina; b) determinação de liquiritigenina e formononetina; c) determinação de liquiritigenina + isoliquiritigenina + formononetina; d) determinação de 1iquiritigenina+pinobanksina+isoliquiritigenina+formononetina.*V alores de desvio padrão determinado em três leituras.
[99] Os dados de grau de encapsulação demonstram que as composições NPEPV Al, A4 e A5 apresentaram % de encapsulação maiores que as composições NPEPV A2 e A3. Os dados UPLC-DAD e UV-vis demonstram proximidade entre si. A composição NPEPV Al demonstrou maior poder encapsulante para os flavonoides da própolis vermelha em relação as demais composições (Tabela 3).
[100] As NPEPV apresentaram boa atividade antioxidante entre 76,22 a 81,40% entre as composições desenvolvidas e apenas 12,28 a 13,75 na amostra placebo. Esses resultados são satisfatórios para demonstrar que as composições de NPEPV irão atuar como agentes que inibem processos oxidativos e funcionando como agentes antioxidantes em nível biológico como pele e órgãos anexos, podendo funcionar como agente antienvelhecimento na pele(Tabela 4).
[101] A Tabela 4 apresenta os resultados de atividade antioxidante usando método DPPH do extrato de própolis vermelha e das NPEPV. % DPPH (30min.) Composição (% ) GE*_________(*)NE*__________Z(%GE+%NE) NPEPV Al 81,40 ± 2,75 30,73 ± 1,04 112,13 NPEPV A2 76,63 ± 6,86 27,18 ± 0,95 103,81 NPEPV A3 79,51 ± 2,13 36,75 ± 1,33 116,26 NPEPV A4 77,35 ± 2,98 38,10 ± 0,36 115,45 NPEPV A5 76,22 ± 5,74 18,27 ± 1,77 94,49 *Valores referentes à média da determinação de três valores de pH ± desvio padrão.
[102] A Tabela 5 apresenta os resultados de diâmetro médio das partículas, Potencial Zeta e índice de Polidispersão das Suspensões de Nanopartículas contendo extrato de própolis vermelha após etapa de redispersão das Nanopartículas poliméricas sólidas.
Composições Diâmetro médio índice de Potencial das partículas Polidispersão Zeta (mV) ____________________(nm)_________(PDI) NPEPV Al 247,2 ± 100,0 0,142 - 33,0 ± 6,2 NPEPV A2 202,8 ± 61,4 0,068 - 22,0 ± 6,0 NPEPV A4 243,5 ± 69,3 0,083 - 33,6 ± 5,8 NPEPV A5 225,8 ± 64,1 0,059 - 21,3 ± 5,9 *Valores referentes à média de duas leituras para diâmetro médio das partículas e PDI; Valores referentes à média da determinação de três valores do potencial zeta ± desvio padrão;
[103] O experimento mostra a reversibilidade do processo, no qual partículas poliméricas sólidas de NPEPV são solubilizadas, nanoprecipitadas com valores de diâmetro médio de partículas entre 202,8 a 247, nm, índice de polidispersão entre 0,059 a 0,142 demonstrando estarem homogêneas e monodispersas, com potencial zeta entre -21,3 a -33,6mV demonstrando estabilidade das nanopartículas poliméricas em suspensão sem problemas de agregação. Desta forma, podemos afirmar que as NPEPV sólidas podem ser utilizadas como produtos intermediários para produção de cremes dermocosméticos não-iônicos.
Reivindicações

Claims (55)

1. Nanopartícuias poliméricas contendo extrato de própolis vermelha caracterizado por compreender princípios ativos derivados da própolis vermelha;
2. Nanopartícuias poliméricas contendo extrato de própolis, conforme a reivindicação 1, caracterizado por os princípios ativos serem derivados de extratos de própolis vermelha e apresentar porcentagem final de extrato de própolis vermelha entre 14 e 69%;
3. Nanoparticulas Poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 1, caracterizado pelo fato de compreender: a) extrato padronizado de própolis vermelha proveniente da própolis vermelha in natura dos manguezais de Alagoas em proporção entre 5 a 100%, preferencialmente entre 90 e 100%; b) encapsulante de nanorevestimento em proporção entre 5 e 95%, preferencialmente entre 30 e 86%; c) dispersante com função estabilizante em proporção entre 5 e 95%, preferencialmente entre 15 e 35%;
4. Nanopartícuia polimérica, conforme reivindicação 3, caracterizado por compreender sistema encapsulante de nanorevetimento composto por sistema binário, composto por a) poli-e-caprolactona (P.M 10.000) e pluronic F-108 (P.M. 14.000), ou b) poli-s-caprolactona (P.M. 10.000) e Pluronic F-68;
5. Nanopartículas poliméricas , conforme reivindicações 1 a 4, caracterizado por apresentar propriedades de liberação controlada;
6. Nanopartículas poliméricas, conforme reivindicações 1 a 4, caracterizado por apresentar propriedades de proteção da composição dermocosmética de incompatibilidades químicas entre os compostos fenólicos presentes no extrato de própolis e demais excipientes cosméticos;
7. Nanopartículas poliméricas, conforme reivindicações 1 a 4, caracterizado por apresentar propriedades de fotoproteção dos compostos fenólicos presentes no extrato de própolis;
8. Nanopartículas poliméricas, conforme reivindicações 1 a 4, caracterizado por apresentar propriedades de biocompatibilidade e biodegradabilidade sem apresentar qualquer risco quando aplicado topicamente sobre a pele;
9. Nanopartículas poliméricas, conforme reivindicações de 1 a 8, caracterizado por conter, entre seus componentes, compostos derivados de própolis vermelha, preferencialmente extrato padronizado de própolis vermelha, para uso no tratamento dermocosmético com ação antioxidante retardando o envelhecimento precoce as pele e demais efeitos causados por ação de agentes extrínsecos;
10. Nanopartículas poliméricas, conforme reivindicação 9, caracterizado por conter, entre seus componentes, compostos derivados de própolis vermelha, preferencialmente extrato padronizado de própolis vermelha, para uso no tratamento dermocosmético com ação antioxidante e hidratante em processos inflamatórios eritematosos, causados, preferencialmente, por ação de excesso de exposição de luz solar ou luz artificial;
11. Nanoparticulas poliméricas, conforme reivindicação 9, caracterizado por conter, entre seus componentes, compostos derivados de própolis vermelha, preferencialmente extrato padronizado de própolis vermelha, para uso no tratamento dermocosmético com ação antioxidante e hidratante em processos inflamatórios de dermatite atópica;
12. Nanoparticulas poliméricas, conforme reivindicação 9, caracterizado por conter, entre seus componentes, compostos derivados de própolis vermelha, preferencialmente extrato padronizado de própolis vermelha, para uso no tratamento dermocosmético com ação antioxidante e antirrugas em processos de envelhecimento natural da pele causados, preferencialmente, por exposição da pele as variações climáticas ou exposição da pele a agentes químicos, físicos, bem como deficiências bioquímicas ou nutricionais;
13. Nanoparticulas poliméricas, conforme reivindicação 9, caracterizado por conter, entre seus componentes, compostos derivados de própolis vermelha, preferencialmente extrato padronizado de própolis vermelha, para uso no tratamento dermocosmético com ação antioxidante e anti-despigmentante em processos de envelhecimento natural ou envelhecimento precoce da pele causados, preferencialmente, por exposição da pele a agentes químicos, físicos ou por deficiências bioquímicas ou nutricionais;
14. Nanoparticulas poliméricas, conforme reivindicação 9, caracterizado por conter, entre seus componentes, compostos derivados de própolis vermelha, preferencialmente extrato padronizado de própolis vermelha, para uso no tratamento dermocosmético com ação na lipoxidação de gorduras localizadas e celulites;
15. Nanoparticulas poliméricas, conforme reivindicação 9, caracterizado por conter, entre seus componentes, compostos derivados de própolis vermelha, preferencialmente extrato padronizado de própolis vermelha, para uso no tratamento dermocosmético com ação antiacne ou para peles com produção excessiva de oleosidade;
16. Processo de obtenção de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, caracterizado por compreender as seguintes etapas: i) Preparação do extrato padronizado de própolis vermelha a partir da própolis vermelha in natura; ii) Preparação de suspensões de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha por solubilização dos componentes da fase orgânica e componentes da fase aquosa em volumes e concentrações especificas, em recipientes separados, usando banho ultrassônico ou agitador turrax; ln) Preparação das suspensões de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha por técnica de nanoprecipitação dos componentes da fase organica sobre a fase aquosa usando proporções e concentrações especificas dos componentes da fase orgânica e da fase aquosa, conforme descrito em ii); IV) Preparação das nanopartículas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha por centrifugação, usando velocidade de rotação e tempo específicos seguido de técnica de concentração das suspensões de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha; v) Secagem das nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha obtidas em iv) usando técnicas de congelamento rápido ou congelamento lento, seguido de secagem por liofilização usando condições de baixa pressão; vi) Redispersão das nanopartículas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha obtidas em v) para obter suspensões de nanopartículas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha usando mesmo procedimento de preparação das suspensões de nanopartículas poliméricas; vii) Caracterização das suspensões de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha usando técnicas de: distribuição do diâmetro médio das partículas, índice de polidispersão, potencial zeta e pH; viii) Caracterização das nanopartículas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha usando técnicas de: DSC, FTIR, MEV, Uv-vis, DPPH.
17. Processo de obtenção de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa i), uma amostra de própolis in natura ser submetida à completa extração das substâncias ativas, com álcool 60 a 90 °GL, preferencialmente entre 70 a 85 °GL, seja por maceração ou banho ultrassônico, com posterior concentração em rotaevaporador ou banho-maria e obtenção de material com porcentagem de massa sólida solúvel entre 75 e 100%, preferencialmente entre 85 e 100%;
18. Processo de obtenção de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa ui), o extrato bruto é solubilizado juntamente com agente encapsulante ροϋ-ε-caprolactona responsável pela nanoencapsulação do extrato de própolis vermelha;
19. Processo de obtenção de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa ui), o extrato bruto é solubilizado juntamente com agente encapsulante em solvente acetona anidra ou clorofórmio ou diclorometano, preferencialmente usando acetona anidra, para a completa solubilização da fase orgânica;
20. Processo de obtenção de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa ÍÍÍ)' São adicionados a fase aquosa agente dispersante/estabilizante pluronic F-108 ou pluronic F-68, preferencialmente, pluronic F-108 copolimero tribloco responsável pela nanodispersão e estabilização das nanoparticulas poliméricas em suspensão;
21. Processo de obtenção de nanoparticulas poliméricas de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa iii), os componentes da fase orgânica são dispersos sobre a fase aquosa com fator de diluição entre 15 a 100 vezes (1 parte do volume da fase orgânica: 99 partes do volume da fase aquosa, v:v) para obter suspensões de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha;
22. Processo de obtenção de nanoparticulas poliméricas contendo própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa iii), os componentes da fase orgânica são dispersos na fase aquosa com uma quantidade de massa sólida dispersa entre 0,0110% a 0,706% (quantidade de massa sólida dos componentes das fases orgânica e aquosa dispersos em água milli-Q) para obter suspensões de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha;
23. Processo de obtenção de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa iii)a adição dos componentes da composição com proporção de solidos entre 5% a 80% do extrato padronizado de própolis vermelha, entre 10% a 70% de agente encapsulante, e entre 10% a 35% de agente dispersante;
24. Processo de obtenção de nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa v), a secagem das nanoparticulas poliméricas sólidas podem ocorrer na presença de crioprotetores como a glicose entre 1 a 15%, sacarose entre 1 a 15%, aersoil entre 0,1 a 10%, glicolato de amido sódico entre 0,1 a 30%, combinação de sacarose e aerosil (1:1) entre 0,1 a 30%, e combinação de aersoil e glicolato de amido sódico (1:1) entre 0,1 a 30%.
25. Processo de obtenção de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa v) as condições do processo de secagem por liofilização, para obtenção de nanopartículas poliméricas sólidas , sendo as condiçoes de secagem, preferencialmente, em temperatura entre -50°C e -20 °C, sob baixo vácuo até obtenção de massa sólida;
26. Processo de obtenção supensões de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa vii) obter um diâmetro médio das partículas entre 170 a 320 nm, preferencialmente entre 208 a 280nm, índice de polidispersão entre 0,050 e 0,200, preferencialmente entre 0, 062 a 0,126, e potencial zeta entre -10 a - 36mV, preferencialmente entre -12 a -33mV;
27. Processo de obtenção de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha no estado sólido, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa viii) obter partículas nanométricas usando glicolato de amido sódico como crioprotetor usando processo de secagem rápido e liofilização;
28. Processo de obtenção de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha no estado sólido, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa viii) obter partículas nanométricas usando aerosil como crioprotetor usando processo de secagem rápido e liofilização;
29. Processo de obtenção de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha no estado sólido, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa viii) obter partículas submicrométricas usando processo de secagem lento e liofilização;
30. Processo de obtenção de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicação 16, caracterizado pelo fato de, na etapa vm) comprova-se o revestimento das nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha usando DSC, FTIR e MEV;
31. Composição, caracterizada por compreender nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha como princípio ativo, isoladamente ou em conjunto com outros ativos;
32. Composição, conforme reivindicação 29, caracterizada por ser, preferencialmente formulações semissólidas, como creme nao-iônicos, gel, gel-creme, loções, loções não- íonicas, pós, pós para maguiagem, clareadores de pele, mascaras faciais;
33. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por compreender (i) um núcleo contendo substância(s) ativa (s) de própolis vermelha combinado com agente de revestimento; (ii) uma camada intermediária de dispersante e estabilizante de as substância (s) ativa (s) contidas no núcleo; (ui) uma camada externa óleo-aguosa responsável pelos processos dissolução e permeação dos constituintes ativos do extrato de própolis vermelha pelas barreiras da pele;
34. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por apresentar característica polimultifuncional de liberação modificada, antioxidante e fotoproteção;
35. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por apresentar um nücleo i) COm função de proteção da composição contra auto-oxidaçâo e fotodegradaçâo dos constituintes presentes na composição dermocosmética;
36. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por compreender um núcleo (i) composto pelas substâncias da propolis vermelha, derivadas do extrato padronizado da propolis vermelha e matriz de revestimento polimérico biocompatível e biodegradável e, apresentar proporção entre 0,01¾ e 10%, preferencialmente entre 0,01 e 5%, em relação ao peso total da composição;
37. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por compreender uma camada intermediária (ii) composta por excipientes cosméticos, preferencialmente agentes dispersantes e estabilizantes do núcleo, na porcentagem entre 0,01% e 95% do peso total da camada intermediária, de acordo com a funcionalidade do excipiente cosmética na matriz dermocosmética e, apresentar proporção entre 0,01% e 100%, preferencialmente entre 0,01 e 75%, em relação ao peso total da composição;
38. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por compreender uma camada externa (iii) com excipientes cosméticos, com diversas funcionalidades, preferencialmente pela diluição, dispersão e estabilização da camada intermediária e do núcleo na composição, bem como pela dissolução e permeaçâo dos constituintes ativos do extrato de própolis vermelha pelas barreiras da pele, na porcentagem entre 0,01% e 100% do peso total da camada externa, de acordo com a funcionalidade do excipiente farmacêutico na matriz farmacêutica e, apresentar proporção entre 0,01% e 100%, preferencialmente entre 0,01 e 99,9%, em relação ao peso total da composição;
39. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por compreender na camada externa (iii) excipientes cosméticos, com diversas funcionalidades, preferencialmente emolientes, agentes de consistência, amacientes, hidrantes, umectantes, promotores de espalhabilidade, refrescantes, formadores de filme, nutritivos, rejuvenecedores, promotores de renovação celular, esfoliantes, promotores de elasticidade, agentes de ação antirrugas, agentes de ação antioxidante, modificadores sensoriais, preservantes, conservantes, odorizantes e, apresentar proporção entre 0,01% e 100%, preferencialmente entre 0,01 e 99,9%, em relação ao peso total da composição;
40. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por compreender uma camada externa com excipientes cosméticos como emolientes, agentes de consistência, amaciente, hidrantes, umectantes, espalhabilidade, refrescante, formador de filme, nutritivo, rejuvenecedores, renovação celular, esfoliantes, promotores de elasticidade, antirrugas, antioxidantes, modificadores sensoriais, preservantes, conservantes, odorizantes e, apresentar proporção entre 0,01% e 100%, preferencialmente entre 0,01 e 99,9-s, em relação ao peso total da composição;
41. Composição, conforme reivindicação 30, caracterizada por compreender uma camada externa com e outros ativos dermatológicos hidrofílicos e lipofílicos podendo ser naturais ou sintéticos e, apresentar proporção entre 0,01% e 100%, preferencialmente entre 0,01 e 99,9%, em relação ao peso total da composição;
42. Processo de preparação de composição dermocosmética, caracterizado por compreender as seguintes etapas: a) Obtenção de suspensões de nanopartículas poliméricas contendo extrato bruto de própolis vermelha em fase aquosa; b) Aquecimento da fase aquosa contendo as suspensões de nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis em recipientes separados e temperatura entre 75 a 85°C, preferivelmente a fase aquosa a 85°C e fase oleosa a 80°C; c) Aquecimento da fase oleosa contendo excipientes cosméticos autoemulsionantes de um creme não-iônico em recipientes separados e temperatura entre 75 a 85°C, preferivelmente a fase oleosa a 80°C; d) Incorporar a fase aquosa sobre a oleosa na mesma temperatura sob agitação com velocidade específica em equipamentos industriais ou semi-industriais, mantendo temperatura e agitação constante por 10 minutos; e) Resfriar com agitação moderada para temperatura de 40°C; f) Adicionar fase complementar (outros ativos dermatológicos, modificadores sensoriais e conservantes) sob agitação e deixar resfriar até temperatura ambiente; g) Verificar pH e fazer correções se necessárias para 5,5 a 6,5; h) Acondicionamento em frascos ou bisnagas foscas, âmbar ou enegrecida, com revestimento resistente a incidência de luz na composição e selagem hermética para evitar evaporação da fase aquosa; i) Estocagem a temperatura ambiente entre 20 e 25°C, preferencialmente 22°C. j) Ensaios fisico-quimicos de estabilidade de composições semissólidas como pH, viscosidade, espalhabilidade; k) Determinação do teor dos marcadores químicos (flavonoides e isoflavonóides) da própolis vermelha de Alagoas usando CLAE-DAD;
43. Processo de preparação de composição dermocosmética, de acordo com reivindicação 40, caracterizado por compreender processo de preparação a quente;
44. Processo de preparação de composição dermocosmética, caracterizado por compreender as seguintes etapas: a) Obtenção de nanopartículas poliméricas sólidas obtidas por liofilização usando congelamento lento ou congelamento rápido; b) Obtenção de cremes bases não iônicos, creme-gel, gel-creme não-iônico, loções não-iônicas pelo método a quente; c) Resfriamento e acondicionamento dos creme não-iônicos a temperatura ambiente; d) Incorporação das nanopartículas poliméricas sólidas contendo extrato de própolis vermelha em "cremes bases não-iônicos" a frio através de técnica de diluição geométrica sob agitação mecânica ou manual e sem a utilização de solventes orgânicos ou lipídicos para a solubilização das nanopartículas poliméricas sólidas nestes cremes bases; e) Acondicionamento em frascos ou bisnagas foscas, âmbar ou enegrecida, com revestimento resistente a incidência de luz na composição e selagem hermética para evitar evaporação da fase aquosa; f) Estocagem a temperatura ambiente entre 20 e 25°C, preferencialmente 22°C. g) Ensaios físico-químicos de estabilidade de composições semissólidas como pH, viscosidade, espalhabilidade; h) Determinação do teor dos marcadores químicos (flavonoides e isoflavonóides) da própolis vermelha de Alagoas usando CLAE-DAD;
45. Processo de preparação de composição dermocosmética, de acordo com reivindicação 42, caracterizado por compreender processo de preparação a frio;
46. Processo de preparação de composição dermocosmética, conforme reivindicações 40 e 42, caracterizado pelo fato de, na etapa de determinação de teor, em termos de extrato padronizado de própolis vermelha, com as seguintes variações: entre 90 a 110% do teor do extrato padronizado de própolis vermelha, entre 85 a 115% em termos de uniformidade de conteúdo do extrato padronizado de própolis vermelha para os flavonóides majoritários presentes no extrato padronizado de própolis vermelha;
47. US° de comPosições combinadas com nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente um agente antioxidante ou como adjuvante, para combater processos de antienvelhecimento da pele e órgãos anexos;
48. Uso de composições combinadas com nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente ou com um agente adjuvante, para tratamento dermocosmético de processos de renovação celular cutânea, antiinflamatório e hidratante em processos inflamatórios eritematosos causados por ação de excesso de exposição de luz solar ou luz artificial;
49. USO de composições combinadas com nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente ou como agente adjuvante, para tratamento dermocosmético com ação antioxidante e antirrugas em processos de envelhecimento natural da pele causados por exposição da pele às variações climáticas ou exposição da pele a agentes químicos e físicos;
50. US° de comP°sições combinadas com nanoparticulas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente mo agente adjuvante, para tratamento dermocosmético com^ ação antioxidante, cicatrizante em tratamento pré-cirúrgicos e pós-cirúrgicos de feridas;
51. Uso de composições combinadas com nanopartículas polimericas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente ou como agente adjuvante, para tratamento dermocosmético com ação antioxidante, nutritiva e estética da pele causadas por deficiências bioquímicas ou nutricional;
52. Uso de composições combinadas com nanopartículas polimericas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente ou como agente adjuvante, para tratamento dermocosmético com ação antioxidante e na lipoxidação de gorduras localizadas e celulites;
53. Uso de composições combinadas com nanopartículas polimencas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente ou como agente adjuvante, para tratamento dermocosmético com ação antiacne e para tratamento de peles com produção excessiva de oleosidade;
54. Uso de composições combinadas com nanopartículas polimencas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente ou como agente adjuvante, para tratamento dermocosmético e estético de clareamento da pele;
55. Uso de composições combinadas com nanopartículas polimencas contendo extrato de própolis vermelha, conforme reivindicações 29 a 39, caracterizado por ser isoladamente ou como agente adjuvante, para tratamento dermocosmético e estético de hipopigmentação da pele e tratamento do vitiligo;
BR102015016405-0A 2015-07-08 2015-07-08 Nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, processo de obtenção de nanopartículas poliméricas, composições dermocosméticas contendo as mesmas, processo de obtenção de composições e usos BR102015016405B1 (pt)

Priority Applications (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
BR102015016405-0A BR102015016405B1 (pt) 2015-07-08 2015-07-08 Nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, processo de obtenção de nanopartículas poliméricas, composições dermocosméticas contendo as mesmas, processo de obtenção de composições e usos

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
BR102015016405-0A BR102015016405B1 (pt) 2015-07-08 2015-07-08 Nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, processo de obtenção de nanopartículas poliméricas, composições dermocosméticas contendo as mesmas, processo de obtenção de composições e usos

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BR102015016405A2 true BR102015016405A2 (pt) 2017-07-04
BR102015016405B1 BR102015016405B1 (pt) 2021-06-15

Family

ID=61526422

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BR102015016405-0A BR102015016405B1 (pt) 2015-07-08 2015-07-08 Nanopartículas poliméricas contendo extrato de própolis vermelha, processo de obtenção de nanopartículas poliméricas, composições dermocosméticas contendo as mesmas, processo de obtenção de composições e usos

Country Status (1)

Country Link
BR (1) BR102015016405B1 (pt)

Cited By (2)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
WO2018023182A1 (pt) * 2016-08-04 2018-02-08 Universidade Federal De Alagoas Nanoesferas carregadas com extrato de própolis vermelha, processo de obtenção de nanoesferas, composições dermocosméticas contendo as mesmas e usos
CN113356817A (zh) * 2021-07-19 2021-09-07 中海油田服务股份有限公司 一种底水油藏水平井基于延长无水采油期的射孔优化设计方法

Cited By (2)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
WO2018023182A1 (pt) * 2016-08-04 2018-02-08 Universidade Federal De Alagoas Nanoesferas carregadas com extrato de própolis vermelha, processo de obtenção de nanoesferas, composições dermocosméticas contendo as mesmas e usos
CN113356817A (zh) * 2021-07-19 2021-09-07 中海油田服务股份有限公司 一种底水油藏水平井基于延长无水采油期的射孔优化设计方法

Also Published As

Publication number Publication date
BR102015016405B1 (pt) 2021-06-15

Similar Documents

Publication Publication Date Title
EP3258942B1 (en) Cosmetic and topical compositions comprising cannabigerol and cannabidiol
KR100812596B1 (ko) 천연 유래 화합물을 포함하는 피부보호 조성물
JP6574191B2 (ja) 浸透促進剤としてのカプリロイルアラニンエチルエステル
JP2003306446A (ja) 皮膚老化防止剤及び/又はニキビ改善剤キット
ES2863307T3 (es) Composición tópica que comprende extractos vegetales
WO2019001770A1 (en) METHOD OF SOLUBILIZING LOW WATER-SOLUBLE COSMETIC PRODUCTS
KR20180083455A (ko) 말린 꽃잎을 함유하는 피부 보습용 화장료 조성물
JP4755841B2 (ja) シリマリン含有皮膚外用剤
JP2003128512A (ja) 化粧料用抗菌性組成物
JPH08208451A (ja) 植物生薬抽出物配合美白剤
Eid et al. Development and antimicrobial evaluation of Eruca sativa oil nanoemulgel with determination of the oil antioxidant, sun protection factor and elastase inhibition
Aanisah et al. Development of solid lipid nanoparticle-loaded polymeric hydrogels containing antioxidant and photoprotective bioactive compounds of safflower (Carthamus tinctorius L.) for improved skin delivery
BR102015016405A2 (pt) Polymeric nanoparticles containing red propolis extract, process for obtaining polymer nanoparticles, dermochemical compositions containing the same, process for obtaining compositions and uses
KR101419588B1 (ko) 홍삼 오일을 유효성분으로 함유하는 피부 보습용 조성물
Kaur et al. Formulation strategies and therapeutic applications of shikonin and related derivatives
KR101648466B1 (ko) 피부 개선용 화장료 조성물
Chien et al. Drug delivery approaches to improve the efficiency of phytoderivatives against UV induced damage-A review
JP2005213187A (ja) インボルクリン産生促進剤
WO2018023182A1 (pt) Nanoesferas carregadas com extrato de própolis vermelha, processo de obtenção de nanoesferas, composições dermocosméticas contendo as mesmas e usos
JP4648669B2 (ja) シリマリン含有化粧料
JP2006265186A (ja) シリマリン含有光老化防止剤キット
JP2004359603A (ja) 細胞死抑制剤
Parhi The role of phytocompounds in cosmeceutical applications
JPH0952817A (ja) 美白化粧料
US20210030654A1 (en) Antioxidant complex and composition for forming same

Legal Events

Date Code Title Description
B03A Publication of a patent application or of a certificate of addition of invention [chapter 3.1 patent gazette]
B08E Application fees: payment of additional fee required [chapter 8.5 patent gazette]
B06F Objections, documents and/or translations needed after an examination request according [chapter 6.6 patent gazette]
B08H Application fees: decision cancelled [chapter 8.8 patent gazette]

Free format text: ANULADA A PUBLICACAO CODIGO 8.5 NA RPI NO 2464 DE 27/03/2018 POR TER SIDO INDEVIDA.

B07D Technical examination (opinion) related to article 229 of industrial property law [chapter 7.4 patent gazette]

Free format text: DE ACORDO COM O ARTIGO 229-C DA LEI NO 10196/2001, QUE MODIFICOU A LEI NO 9279/96, A CONCESSAO DA PATENTE ESTA CONDICIONADA A ANUENCIA PREVIA DA ANVISA. CONSIDERANDO A APROVACAO DOS TERMOS DO PARECER NO 337/PGF/EA/2010, BEM COMO A PORTARIA INTERMINISTERIAL NO 1065 DE 24/05/2012, ENCAMINHA-SE O PRESENTE PEDIDO PARA AS PROVIDENCIAS CABIVEIS.

B07E Notice of approval relating to section 229 industrial property law [chapter 7.5 patent gazette]
B15K Others concerning applications: alteration of classification

Free format text: AS CLASSIFICACOES ANTERIORES ERAM: A61K 9/51 , A61K 9/52 , A61K 47/38 , A61K 47/34 , A61K 47/32 , A61K 35/644 , A61P 33/02 , A61P 17/02 , A61P 17/18

Ipc: A61K 8/98 (2006.01), A61Q 19/00 (2006.01), A61Q 19

B06V Preliminary requirement: patent application procedure suspended [chapter 6.22 patent gazette]
B06A Notification to applicant to reply to the report for non-patentability or inadequacy of the application [chapter 6.1 patent gazette]
B09A Decision: intention to grant [chapter 9.1 patent gazette]
B16A Patent or certificate of addition of invention granted

Free format text: PRAZO DE VALIDADE: 20 (VINTE) ANOS CONTADOS A PARTIR DE 08/07/2015, OBSERVADAS AS CONDICOES LEGAIS.