BR102014008850A2 - galeria de combustível para motores de combustão interna com sistema de partida a frio - Google Patents

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Abstract

resumo patente de invenção: "galeria de combustível para motores de combustão interna com sistema de partida a frio". a presente invenção refere-se a uma galeria de combustível (10) para motores de combustão interna com sistema de partida a frio, que possui particularmente um duto interno (20) disposto coaxialmente no interior da câmara (3), se estendendo da parede superior (43) até a extremidade inferior de uma câmara (3), paredes internas do duto (20) definindo uma região central de aquecimento (26) e uma região lateral de preaquecimento (25) sendo definida entre as paredes internas da câmara (3) e as paredes externas do duto interno (20). a galeria de combustível da presente invenção possui ainda pelo menos um orifício de passagem (22) disposto na parede do duto interno (20) próximo à porção inferior do duto, que comunica fluidamente a região de preaquecimento (25) e a região de aquecimento (26).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "GALERIA DE COMBUSTÍVEL PARA MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA COM SISTEMA DE PARTIDA A FRIO".
[001] A presente invenção refere-se a uma galeria de combustível aquecida para motores de combustão interna com partida a frio que operam com combustíveis de calor latente de vaporização elevado em relação à gasolina, como, por exemplo, o álcool etílico. DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA
[002] São conhecidos do estado da técnica dispositivos de auxílio de partida a frio para motores veiculares. A utilização desses dispositivos é comum em motores que operam com misturas de combustíveis, como, por exemplo, misturas de gasolina e álcool em quaisquer proporções.
[003] O álcool apresenta um calor latente de vaporização acima de duas vezes maior que o calor latente necessário para vaporização da gasolina, o que gera dificuldades de vaporização do combustível durante a partida a frio para temperaturas baixas. Para solucionar esse problema, dispositivos de partida a frio são utilizados. Há duas classes comuns de dispositivos de auxílio de partida a frio sendo largamente empregadas em veículos comerciais. Uma classe compreende dispositivos de tanque auxiliar, como pode ser verificado na patente americana de no. US1506229, enquanto a outra classe é constituída de sistemas com dispositivos de preaquecimento, como visualizado no documento de no. BRPI1005341-7.
[004] Os dispositivos de tanque auxiliar facilitam a partida a frio através do uso de um tanque adicional contendo combustível de baixo calor específico de vaporização, como, por exemplo, a gasolina ou o querosene. O tanque adicional realiza uma injeção inicial desse combustível de fácil ignição durante um período de partida a frio predefini-do, ou até que seja garantida uma determina temperatura do motor de combustão interna, de modo que ao introduzir o combustível do tanque principal, de alto calor específico de vaporização, o motor possa entrar em regime de operação normal devido à temperatura decorrente das condições normais de operação do motor.
[005] Por sua vez, os dispositivos de preaquecimento de combustível têm a função de aquecer o combustível antes e durante a partida a frio para evitar o problema da não vaporização mesmo quando trabalhando apenas com combustíveis de alto calor específico de vaporização. Esse dispositivo é geralmente fixado em uma região superior do bloco do motor e é constituído em regra por uma galeria de combustível que possui válvulas de injeção, elementos para o aquecimento do combustível, dutos para a passagem de combustível e seus respectivos acoplamentos.
[006] O documento de patente de no. BRPI1005341-7, mencionado anteriormente, apresenta uma galeria de combustível de material plástico com aquecimento. Essa galeria apresenta uma disposição espacial de seus elementos de modo que o alojamento onde é acoplado o elemento de aquecimento forma uma pré-câmara de combustível, ligando a galeria à válvula de injeção. O volume de combustível nessa pré-câmara é pequeno em relação ao volume da galeria, promovendo o aquecimento de pequenas quantidades de fluido para a injeção, o que garante que o combustível atinja uma temperatura adequada à ignição.
[007] A pré-câmara possui um pequeno duto em seu interior que, quando a galeria se encontra em uma posição montada no motor, entrega o combustível na parte mais baixa do elemento de aquecimento e obriga que o fluxo de combustível percorra todo o comprimento do elemento de aquecimento, sendo finalmente entregue para válvula de injeção na parte mais alta do elemento de aquecimento. Desse modo, o efeito convectivo devido ao aquecimento auxilia no deslocamento do fluido aquecido em direção à válvula de injeção. A ausência de tal direcionamento na pré-câmara poderia permitir que o efeito convectivo levasse parte do fluido aquecido de volta para a galeria de combustível, gerando perdas de calor útil para a partida a frio.
[008] Um problema relacionado à galeria de combustível do documento no. BRPI1005341-7 é o possível superaquecimento do pequeno volume de combustível presente na pré-câmara, especialmente em casos em que o aquecedor é acionado sem a atuação de uma unidade de controle de aquecimento, o que pode ocasionar deterioração dos elementos de vedação da galeria, provocando vazamentos, ou até mesmo o derretimento do material da pré-câmara, comprometendo dessa forma todo o funcionamento do sistema de alimentação de combustível do veículo e, obviamente, a segurança.
[009] Esse problema de superaquecimento é, principalmente, a-gravado quando a corrente elétrica que alimenta os aquecedores não passa pelo sistema de controle do aquecimento, que deveria atuar no desligamento da alimentação elétrica do elemento de aquecimento, quando ele superaquece. Essa falha, apesar de não ser frequente, é bastante representativa para questão de confiabilidade global do sistema de aquecimento.
[0010] A presente invenção soluciona esse problema do estado da técnica, evitando vazamentos e garantindo um bom funcionamento do sistema de distribuição do veículo mesmo em casos de superaquecimento devido à falha do sistema de controle, até mesmo quando seguido de derretimento de material da pré-câmara.
[0011] O objeto revelado na presente invenção soluciona ainda um problema comum do estado da técnica relativo ao efeito das pulsações provenientes da bomba de distribuição. A intermitente propagação de ondas de pressão geradas pelo funcionamento da bomba de distribuição de combustível pode influenciar de forma negativa no controle do volume de fluido admitido pela válvula de injeção, uma vez que o funcionamento desse injetor possui também características osciiatórias. Essas pulsações podem levar o injetor a entregar excesso de combustível ou baixo volume de combustível em alguns ciclos do motor, gerando queda da eficiência total do motor e aumento da emissão de gases poluentes locais e globais.
[0012] A modalidade preferida da galeria revelada na presente invenção pode ser produzida em uma peça única por injeção de polímero e a sua geometria, como será descrita em detalhes, permite a utilização de um número reduzido de gavetas no molde de injeção, de modo a minimizar o custo de produção da galeria de combustível.
[0013] Adicionalmente, a galeria da presente invenção otimiza o uso de energia elétrica no aquecimento do combustível durante a partida a frio, como será descrito adiante. Essa redução de consumo de energia elétrica corresponde a um aumento da vida útil da bateria, como pode ser apreciado por um técnico no assunto.
BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[0014] A presente invenção refere-se a uma galeria de combustível para aplicação em partida a frio de motores que consomem combustíveis de difícil vaporização a baixas temperaturas, como, por e-xemplo, o álcool.
[0015] O conjunto da galeria de combustível da presente invenção compreende um duto principal que recebe combustível de um sistema de distribuição, pelo menos um duto de suporte de fixação, para acoplamento das válvulas de injeção, e pelo menos uma câmara de aquecimento de parede dupla, formada preferenciaImente por um duto externo e um duto interno, dispostos coaxialmente, definindo internamente uma região central, denominada região de aquecimento, e uma região lateral, aqui referida como região de preaquecimento. A região lateral de preaquecimento forma uma camisa de proteção térmica pre- enchida com fluido à baixa temperatura em torno da câmara de aquecimento, diminuindo a perda de calor para o ambiente de modo a minimizar o consumo de energia elétrica.
[0016] O volume de combustível que flui na região de preaqueci-mento da câmara de aquecimento tem ainda a função de maximizar a segurança e a confiabilidade, pois reduz os efeitos da pulsação da bomba de distribuição, efeitos esses prejudiciais à operação da válvula de injeção, e ainda, tem a função de otimizar o consumo de energia elétrica do sistema de aquecimento. A região de preaquecimento atua também como dispositivo de segurança contra falhas, pois aumenta o volume de fluido arrefecendo o elemento de aquecimento em casos de derretimento da parede do duto interno. Devido à geometria da câmara de aquecimento, caso ocorra a falha mencionada, esse aumento do volume de fluido arrefecendo o elemento de aquecimento se voltará especialmente para a região de maior temperatura.
[0017] Adicionalmente, a pré-câmara tem disposição interna semelhante a um trocador de calor contracorrente, pois o fluido na região interna escoa em direção contrária ao fluido na região lateral da pré-câmara. O trocador de calor contracorrente possui configuração que o torna significativamente eficiente se comparado a outros trocadores de calor, favorecendo, com isso, uma distribuição de calor mais homogênea no interior da câmara de aquecimento, evitando desse modo concentrações críticas de temperatura que levem à falha por derretimento do material constituinte do tubo.
[0018] Ainda, a câmara de aquecimento quando da posição montada da galeria de um motor possui uma entrada de fluido em sua região mais baixa e uma saída de fluido em sua região mais alta. Essa disposição espacial faz com que o efeito convectivo devido ao aquecimento do fluido contribua para o movimento ascendente em direção à saída da câmara para a válvula de injeção. Desse modo, são evita- das perdas de calor com o possível movimento de retorno do fluido aquecido em direção ao tubo principal.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS
[0019] A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram: [0020] figura 1 Zé uma vista esquemática em perspectiva de uma modalidade da galeria de combustível da presente invenção;
[0021] figura 2 é uma vista em perspectiva de um corte da galeria de combustível da presente invenção;
[0022] figura 3 é uma vista esquemática do interior de uma modalidade da galeria de combustível da presente invenção;
[0023] figura 4 π é uma vista esquemática do interior de uma modalidade da galeria de combustível da presente invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS FIGURAS
[0024] A figura 1 mostra uma galeria de combustível 10 onde um duto principal 1 é disposto ao longo de todo o comprimento longitudinal da galeria. O duto 1 tem a função de distribuir o combustível admitido pelo duto de admissão de combustível 7 ao longo do comprimento da galeria 10 e de sustentar os suportes de fixação 4, as câmaras de a-quecimento 3 e os dutos de fixação das válvulas 9, que serão abordados a seguir. Nota-se que o duto 1 possui uma série de conexões com as câmaras de aquecimento 3 que abrigam elementos de aquecimento 6. Os ditos elementos de aquecimento 6 são responsáveis pelo aquecimento do combustível na galeria 10.
[0025] Os suportes de fixação 4 da galeria 10 são dispostos espa-çadamente ao longo do comprimento longitudinal do duto principal 1. Estes suportes 4 podem ser fixados através de elementos de fixação, como, por exemplo, parafusos, (não mostrados na figura) aplicados em aberturas na sua base, de tal maneira que a galeria 10 se encontre fixa a uma região superior do bloco do motor do veículo. O número de elementos de fixação 4 pode variar de acordo com o comprimento total da galeria 10, este depende, por sua vez, do espaçamento e do número de cilindros do projeto do motor de combustão interna. Esta variação pode ocorrer também de acordo com a determinação de limites de vibração toleráveis para a galeria 10.
[0026] Preferencialmente, todo o conjunto da galeria 10 é formado por uma peça única, produzida por injeção de polímero, como será explicado em mais detalhes, a seguir. Uma abertura 2 encontra-se em uma das extremidades do tubo principal 1. Por esta abertura é retirado o varão do processo de injeção da galeria.
[0027] Os ditos dutos de fixação das válvulas 9 abrigam válvulas de injeção de combustível 100 que irão receber o combustível aquecido e injetá-lo, de forma pulverizada, em uma câmara de combustão.
[0028] O duto principal 1 é disposto substancialmente na direção horizontal, enquanto os dutos de fixação das válvulas 9 têm orientação vertical, e estão localizados em posição inferior em relação ao duto principal 1. Por sua vez, as câmaras de aquecimento 3 são dispostas adjacentes aos dutos de fixação das válvulas 9.
[0029] A figura 2 é uma vista em perspectiva de um corte da galeria 10, em que os compartimentos internos das câmaras de aquecimento 3 podem ser visualizados. A câmara de aquecimento 3 tem preferencialmente formato cilíndrico, e um duto interno 20 é disposto coa-xialmente à câmara de aquecimento, de modo que o conjunto da câmara 3 e do duto 20 constitui uma câmara de parede dupla. Na modalidade preferida da presente invenção, representada nesta figura, a espessura da parede da câmara 3 é maior que a espessura da parede do duto interno 20.
[0030] As figuras 3 e 4 apresentam uma vista esquemática do interior da galeria de combustível 10, em que os compartimentos internos da galeria podem ser visualizados com mais detalhes, permitindo o entendimento do funcionamento da galeria 10 e do percurso realizado pelo combustível.
[0031] O elemento de aquecimento 6, que pode ser melhor visualizado na figura 4, possui uma lança 41 que inclui uma resistência interna para dissipar energia elétrica em forma de calor. Além disso, os e-lementos 6 possuem uma base 42 que promove o fechamento da a-bertura na extremidade inferior do duto 20 e da câmara 3 e, em uma modalidade preferida, com o objetivo de conectar a fonte de energia elétrica, uma extremidade inferior do dito elemento 6 possui respectivo conector (não revelado) externo à galeria 10.
[0032] O duto interno 20 e a câmara de aquecimento 3 possuem uma parede superior 43 fechando sua extremidade superior, sendo essa parede comum ao duto 20 e à câmara 3. Um elemento de vedação disposto na dita base 42 do elemento 6 promove vedação da abertura na extremidade inferior do duto 20 e da câmara 3, prevenindo vazamento de líquido da câmara 3 para o ambiente externo e tornando o interior do duto 20 estanque do restante do volume interno da câmara, exceto pela comunicação fluida promovida pelo orifício de passagem 22. Em uma modalidade preferida, o elemento de vedação é a base 42. Em outra modalidade não representada nas figuras, o elemento de vedação é disposto entre a base 42 e o duto interno 20, estando a superfície superior do elemento de vedação em contato com a extremidade inferior do duto 20.
[0033] O fechamento descrito define no interior da câmara 3 uma região lateral de preaquecimento 25 e uma região central de aquecimento 26. A região central de aquecimento 26 é delimitada lateralmente pelas paredes internas do duto interno 20, na base pelo elemento de vedação e no topo pela parede superior. Já a região lateral de preaquecimento 25 é delimitada na base pelo elemento de vedação, no topo pela parede superior, e radialmente pelo espaço entre o tubo interno 20 e a câmara de aquecimento 3.
[0034] Conforme a descrição, o conjunto formado pela câmera de aquecimento 3 e o duto interno 20 constitui uma câmara de parede dupla que, na modalidade preferida, é um conjunto de dois dutos coa-xiais de seção circular, definindo em seu interior uma região central 26 e uma região lateral 25.
[0035] Um orifício de entrada 21 é formado na galeria 10, comunicando fluidamente o combustível do interior do duto principal 1 à região lateral de preaquecimento 25 da câmara de aquecimento 3. A disposição do duto principal 1 acima da câmara 3 faz com que a gravidade auxilie no completo preenchimento dessa câmara.
[0036] Um orifício de passagem 22 em forma de entalhe é formado na extremidade inferior do duto interno 20, em sua posição mais baixa, de modo a comunicar fluidamente a região de preaquecimento 25 à região de aquecimento 26. Sendo o orifício de entrada 21 disposto na posição mais alta da região 25, e o orifício de passagem 22 disposto na posição mais baixa da região 25. Nota-se que a descrição da presente invenção com regiões mais altas e mais baixas são definidas na posição em que a galeria estaria fixada em um motor à combustão interna. Assim, o fluido é direcionado de forma a percorrer uma trajetória externa 23 ao longo de todo o comprimento da câmara de aquecimento 3 até atingir a base 42 do elemento de aquecimento 6. As regiões 25 e 26 são estanques, não havendo comunicação de fluido pela base, devido ao elemento de vedação, exceto pela comunicação de fluido pelo orifício de passagem 22.
[0037] Na região de aquecimento 26, o fluido entra em contato com o elemento de aquecimento 6 e é aquecido ao longo de toda trajetória interna 24, substancialmente paralela à lança 41. Um elemento pescador 27 recebe o fluido em uma zona superior 40, sendo essa a zona mais alta da região de aquecimento 26, e comunica o fluido à válvula de injeção 100 que injeta o combustível pulverizado na câmara de combustão. A zona superior 40 é a zona de maior temperatura do conjunto, devido ao fato de que todo vapor de combustível presente no interior do duto interno 20 ou no interior do duto de fixação da válvula 9 ser direcionado por convecção para essa região. Desse modo, o elemento pescador 27 recebe o fluido da região mais quente da galeria 10 e entrega para o duto de fixação da válvula 9.
[0038] Sendo as trajetórias interna e externa 23,24 em direções opostas, um técnico no assunto poderá apreciar que o dispositivo no interior da câmara de aquecimento é similar a um trocador de calor contracorrente. Dessa forma, a distribuição de temperaturas no interior da câmara 3 é otimizada no sentido de evitar concentrações críticas de temperatura que levem à falha por derretimento do material da galeria de combustível 10.
[0039] O fluido presente na região de preaquecimento 25 funciona como uma camisa de proteção térmica que diminui as perdas de calor do sistema para o ambiente. Consequentemente, o aumento do volume interno da câmara de aquecimento 3 leva a uma economia de e-nergia elétrica.
[0040] Adicionalmente, o aumento do volume interno da câmara de aquecimento 3 diminui os problemas de controle do volume injetado pela válvula devido às pulsações da bomba do sistema de distribuição de combustível, como já mencionado.
[0041] Em caso de falha na alimentação elétrica do elemento de aquecimento 6, o não desligamento do fornecimento de energia para o sistema de aquecimento pode levar ao derretimento de material da galeria. Nesse caso, a galeria de combustível 10 atua como um dispositivo de segurança contra falha. A região crítica para derretimento de material é a zona 40, por ser a região mais quente e estar em contato com o duto de parede menos espessa. Com o derretimento do material do duto interno 20 próximo à zona 40, o combustível em comunicação com a região de preaquecimento 25 pelo orifício 21 inunda a região de aquecimento 26, arrefecendo diretamente a zona 40. Adicionalmente, os vapores alojados na zona 40 são deslocados para o duto principal 1 onde há maior quantidade de fluido.
[0042] Ainda na figura esquemática 3, são representadas direções de retirada de gavetas do molde de injeção 28, 29, 30, 31 definindo o movimento das principais gavetas contendo machos do molde de injeção responsáveis pela formação da galeria 10 durante o processo de extração da peça. Cabe lembrar que por razões de custo a injeção da galeria 10 deve, preferencialmente, ocorrer em uma única etapa.
[0043] É importante notar que o elemento pescador 27, de acordo com a presente invenção, não apresenta faces negativas, visto que é delimitado pelas próprias paredes internas do duto de fixação da válvula de injeção 9. Desse modo, é possível retirar na direção 28 a gaveta com o macho que forma o elemento pescador 27 durante o processo para a abertura do molde e a correspondente extração da peça injetada.
[0044] A galeria da presente invenção pode ser confeccionada em um único material, por exemplo, um termoplástico da família da polia-mida, (por exemplo, PA66) com ou sem o emprego de material de reforço, como fibra de vidro, em quantidades de 15 a 40%. Pode ser também realizada com uma blenda de materiais termoplásticos ou em coinjeção com o emprego de diversos termoplásticos (por exemplo, PA, POM, PEEK, etc.), sempre que por razões de resistência mecânica ou térmica isso for necessário.
[0045] Os elementos internos da galeria de combustível 10 podem ser visualizados na figura 4. A válvula de injeção 100, que já é em si conhecida do estado da técnica, podendo assumir diversos formatos, é disposta de modo concêntrico ao duto de fixação da válvula 9. Na modalidade da galeria de combustível 10 representada nesta figura, a fixação do elemento de aquecimento 6 é provida por elementos de fixação 5. Esses elementos de fixação 5 são preferencialmente travas radiais que são inseridas através das fendas de fixação 3.
[0046] A galeria de combustível 10, que é dotada de uma disposição espacial de segurança contra falha por derretí mento de parte do material da galeria, conforme descrita acima, foi comparada com outras galerias constituídas dos mesmos materiais presentes no estado da técnica. O tempo para falha total do sistema de distribuição de combustível dotado da galeria de combustível 10 da presente invenção foi cinco vezes superior ao tempo máximo das galerias de combustível com aquecimento disponíveis comercialmente ou na técnica anterior. Nota-se que a garantia de segurança contra vazamentos e falha do sistema de distribuição de combustível é um importante quesito para segurança global do veículo, agravado quando do mal uso e do mal funcionamento de um elemento de aquecimento elétrico.
[0047] Tendo sido descrito um exemplo de concretização preferido, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.
NÚMEROS DE REFERÊNCIA PRESENTES NAS FIGURAS 1 duto principal 2 r abertura 3 câmara de aquecimento 4 suporte de fixação 5 elemento de fixação 6 elemento de aquecimento 7 duto de admissão 8 fendas de fixação 9 duto de fixação da válvula de injeção 10 ü galeria de combustível 20 duto interno 21 [ orifício de entrada 22 l orifício de passagem 23 [ trajetória externa 24 [ trajetória interna 25 [ região de preaquecimento 26 [ região de aquecimento 27 [[ elemento pescador 28, 29, 30, 31 [[direções de retirada de gavetas do molde de injeção 40 r zona superior 41 lança 42 [base 43 [ parede superior 100 válvula de injeção REIVINDICAÇÕES

Claims (14)

1. Galeria de combustível (10) para motores de combustão interna com sistema de partida a frio, compreendendo: um duto principal (1); pelo menos um duto de fixação da válvula de injeção (9) que aloja pelo menos uma válvula de injeção (100); pelo menos uma câmara de aquecimento (3) localizada adjacente ao duto de fixação (9) e em comunicação fluida com o duto de fixação (9), a câmara de aquecimento (3) possuindo paredes internas que limitam uma região interna, em que a câmara de aquecimento (3) aloja na região interna pelo menos um elemento de aquecimento (6) incluindo uma lança (41) para a transmissão de calor ao combustível; pelo menos um orifício (21) que comunica fluidamente o duto principal (1) a pelo menos uma câmara de aquecimento (3); e uma parede superior (43) fechando a extremidade superior da câmara de aquecimento (3), caracterizada pelo fato de que um duto interno (20) é disposto coaxialmente no interior da câmara (3), se estendendo da parede superior (43) até a extremidade inferior da câmara (3), as paredes internas do duto (20) definindo uma região central de aquecimento (26) e uma região lateral de preaqueci-mento (25) sendo definida entre as paredes internas da câmara (3) e as paredes externas do duto interno (20); e pelo menos um orifício de passagem (22) é disposto na parede do duto interno (20) próximo à porção inferior do duto, que comunica fluidamente a região de preaquecimento (25) e a região de aquecimento (26).
2. Galeria, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que pelo menos um elemento de vedação cobre a extremidade inferior da câmara (3) faceando a extremidade inferior do duto interno (20) impedindo a comunicação de fluido entre a região lateral (25) e a região central (26) pela extremidade inferior da câmara (3).
3. Galeria, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que o elemento de aquecimento inclui uma base (42) para acoplamento com a extremidade inferior da câmara de aquecimento (3).
4. Galeria, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato do pelo menos um elemento de vedação ser a base (42).
5. Galeria, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato do pelo menos um elemento de vedação ser disposto na base (42).
6. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que o duto de fixação da válvula (9) possui um elemento pescador (27) que se estende em uma zona superior (40) localizada na extremidade superior da região de aquecimento (26), o elemento pescador (27) possuindo um furo passante que permite a passagem de fluido da zona superior (40) para o duto de fixação (9).
7. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato da parede do duto interno (20) ser menos espessa que a parede da câmara de aquecimento (3).
8. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de apresentar suportes de fixação (4) dispostos ao longo do comprimento longitudinal de um tubo principal (1)·
9. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de possuir um duto de admissão (7) localizado em uma face superior do tubo principal (1).
10. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada pelo fato da pelo menos uma câmara de a-quecimento (3) dispor de fendas de fixação (8) compatíveis com pelo menos um elemento de fixação (5) para a fixação dos elementos de aquecimento (6).
11. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada pelo fato de que é fabricada por processo de injeção de plástico.
12. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de que é fabricada em um termo-plástico ou blenda de termoplásticos, com ou sem a adição de cargas e matérias de reforço.
13. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de que o plástico é uma poliamida do tipo PA66.
14. Galeria, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de que o molde empregado no processo de injeção é isento de superfícies negativas.
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