BR102013009354A2 - bolsa para a contenção de produtos líquidos os quais produzem gases, em particular para levedura - Google Patents

Abstract

bolsa para a contenção de produtos líquidos os quais produzem gases, em particular para levedura. bolsa para a contenção de produtos líquidos que produzem gás, em particular para levedura, onde a presente invenção refere-se a uma bolsa para a contenção de produtos líquidos os quais produzem gás, em particular para levedura, do tipo de parede dupla, que compreende duas faces (2) opostas unidas uma com a outra ao longo de uma linha (3) da selagem a quente do perímetro, e uma bica (7), para a liberação do produto liquido, colocada sobre uma destas faces. (2), a parede dupla da bolsa compreendendo um filme (5) interno, com alta permeabilidade, e um filme (6) externo, de reforço, onde ao menos na parte superior de cada uma de ditas duas faces (2) opostas da bolsa (1), entre dito filme (5) interno e dito filme (6) externo ao menos um elemento (10) espaçador é provido, fixado ao filme (6) externo em ao menos uma abertura (19) aí formada, e provida de furos (17) para a liberação dos gases os quais permeiam ('percolam' ) através de dito filme (5) interno.

Description

Bolsa para a contenção de produtos líquidos os quais produzem gases, em particular para levedura O objetivo da presente invenção refere-se a uma bolsa para a contenção de produtos líquidos os quais emanam gases, em particular para leveduras para a fabricação de pães.

Na descrição que segue, será feita referência específica à levedura, mas deve ser entendido que a invenção pode ser aplicada a qualquer produto líquido, ou em pasta, o qual, durante o armazenamento, emana gases. A levedura, na fase de produção, está sempre no estado líquido e, para ser colocada no mercado, na maioria dos casos, é, de modo subsequente, desidratada para a transformar em pó, ou na forma dé bolos sólidos. Na fase de uso, a levedura, mais uma vez, tem que ser retornada à forma líquida.

Em tempos recentes, tem havido a tendência de produzir e empacotar a levedura diretamente na forma líquida, a qual é vantajosa no ponto de vista prático e econômico, uma vez que as fases de transformação do estado líquido para o estado sólido, durante a produção, e vice versa, durante o uso, são eliminadas. O problema na armazenagem da levedura líquida é o de que ela emana uma quantidade considerável de gás, em particular CO2, até de 1 a 3 litros por dia para uma embalagem de 10 a 20 litros.

As bolsas são, por isso, necessárias, as quais, por um lado são, em alto grau, permeáveis aos gases, e, por outro lado, tem tenacidade adequada para sustentar o peso do conteúdo, e estas sacolas, normalmente, tendo uma capacidade de 10 a 20 litros.

Para atender a estas necessidades, bolsas de “parede dupla” tem, por isso, sido propostas, ou seja, tendo um filme interno, baseado em poli -etileno com alta permeabilidade, para CO2, com espessura muito fina (30 a 50 pm), e, por isso, com pouca resistência mecânica, e um filme externo constituído de um laminado, baseado em nylon, com espessura de 80 a 150 pm, adequado para conferir a necessária resistência mecânica à bolsa. O filme externo, o qual não é permeável, tem uma pluralidade de pequenos furos para possibilitar a liberação dos gases, os quais permeiam através do filme interno. A bolsa formada deste jeito é colocada dentro de uma caixa de papelão de tal modo que constitua a assim chamada embalagem “bolsa - na - caixa'1 a qual pode facilmente ser manipulada.

As bolsas do acima mencionado tipo, tem provado não serem satisfatórias no que, apesar da providência do filme externo perfurado, uma insatisfatória liberação de gases tem sido notada, os quais tendem a inflar a bolsa.

Isto se deve ao fato de que, quando a bolsa cheia com levedura líquida é inserida na caixa de papelão, ela se adapta à caixa, causando um contato de pressão entre a superfície externa da bolsa e as paredes internas da caixa, salvo o espaço na cabeça da bolsa a qual permanece folgada.

Este contato de pressão causa uma forte aderência entre os filmes de plástico interno e externo da bolsa, praticamente obturando os furos providos no filme externo e evitando, por isso, a liberação dos gases, os quais tendem a se acumular na parte superior da bolsa, onde tem dificuldade de escapar devido à pequena superfície perfurada do filme externo que não está em contato com a parede interna da caixa de contenção. O objetivo da invenção é o de que haja a eliminação das já ditas desvantagens da arte anterior.

Mais particularmente, um objetivo da invenção é o de que seja provida uma bolsa para leveduras líquidas a qual possibilite uma degaseificação completa e rápida do produto nela contido.

Um outro objetivo da presente invenção é o de prover uma tal bolsa que seja simples e de fabricação econômica. A bolsa de acordo com a invenção tem os aspectos da reivindicação 1, independente, anexa.

Configurações vantajosas da invenção são descritas pelas reivindicações dependentes.

Substancialmente, a bolsa de acordo com a invenção, do assim chamado tipo de parede dupla, compreende um filme interno baseado em poli -etileno, com alta permeabilidade, e um filme externo, de reforço, em laminado baseado em nylon, onde ao menos na parte superior de cada face da bolsa, entre o filme interno e o filme externo, ao menos um elemento espaçador é provido, entre estes filmes, fixado, no perímetro, em uma abertura formada no filme externo, e provido de furos para a liberação do gás.

Vantajosamente, este elemento espaçador compreende um corpo perfurado tendo uma borda de perímetro selada a quente com o dito filme externo e um possível assento de alojamento de uma tampa ou cobertura também perfurada.

Preferentemente, o filme interno da bolsa é um co-extrudado de L L D P E de 30 pm com 28 g/m2, enquanto o filme externo é um laminado compreendendo uma camada de O P A ( nylon ) de 15 pm com 17 g/m2, disposta entre duas camadas de co-extrudado de L L D P E - E V A de 38 pm com 35 g/m2 .

As camadas externas com L L D P E ( poli - etileno linear de baixa densidade ) de base em poli - etileno, possibilitam a selagem a quente do filme externo com o filme interno, também com uma base em poli - etileno, e a selagem a quente dos elementos espaçadores com o filme externo, enquanto a camada intermediária de OPA ( poli - amida orientada ) confere rigidez à bolsa.

Mais outras realizações da invenção ficarão esclarecidas pela descrição detalhada que segue, referida em uma das suas configurações puramente por meio de um exemplo não limitativo mostrado nos desenhos anexos, nos quais: a Figura 1 é uma vista em planta, esquemática, da bolsa de acordo com a invenção; a Figura 2 é um vista em secção, ampliada, tomada ao longo da linha I I -1 I da fig. 1 envolvendo uma única face da bolsa; a Figura 3 é um vista em secção, ampliada em extensão menor com relação à fig. 2, tomada ao longo da linha I II -1 II da fig. 1; -. a Figura 4 é uma vista em perspectiva, esquemática, da bolsa da fig. 1.

Com referência nestes desenhos, a bolsa de acordo com a invenção, para a contenção de produtos líquidos os quais emanam gases, em particular para levedura, foi denotada com o numeral de referência (1).

Ela compreende duas faces (2) opostas, unidas por meio da selagem a quente (3) do perímetro, o qual se desenvolve paralelo à sua borda (4) externa.

Nos desenhos anexos, a bolsa (1) foi mostrada no formato retangular, o qual é o mais simples de ser feito, mas, é claro que, ela pode tomar qualquer outro formato. A bolsa (1) é do, assim chamado, tipo de parede dupla, no sentido de que cada uma das suas duas faces (2) opostas, compreende dois filmes, um interno (5) e outro externo (6), separados um do outro e unidos somente em dito perímetro com uma linha (3) na selagem a quente.

Sobre uma das duas faces (2) da bolsa (1), uma bica (7), para liberação / enchimento do produto, é aplicada, tendo uma flange (8) de base circular selada internamente com a correspondente face (2), enquanto a bica (7) se projeta através de um furo formado nesta face, e é fechada por uma tampa (20). O filme (5) interno da parede dupla da bolsa é de alta permeabilidade a gases, em particular a CO2, o qual é produzido em larga quantidade pela levedura contida na bolsa, cerca de 50 l/m2, por dia, em 1 atm. Ele tem uma base em poli - etileno, por exemplo, um co-extrudado de L L D P E e tem uma espessura muito fina ( ao redor de 30 μ m ) para ser capaz de obter os já ditos altos valores de permeabilidade.

Tal filme poderia, sozinho, ser muito frágil, e, por isso, sujeito a facilmente se rasgar.

Por isso o filme (6) externo tem a missão assumida de conferir resistência à bolsa e evitar que facilmente se quebre.

Este filme (6) externo é normalmente um laminado com várias camadas, por exemplo, compreendendo: uma primeira camada de 38 μ m de co-extrudado de L L D PE-EVAde35g/m2 ; uma segunda camada de15pmdeOPA( nylon ) de 17 g/m 2 ;

uma terceira camada de 38 μ m de co-extrudado de L L D PE-EVAde 35g/m2 .

Naturalmente, o número de camadas do laminado que constitui o filme (6) externo pode ser diferente com relação àquele mostrado, desde que seja provido que tenham uma camada com alta resistência, tal como a camada de O P A ( nylon ) e ao menos uma camada externa baseada em poli - etileno, para possibilitar desempenho da selagem a quente (3) de perímetro, assim como da selagem a quente da base (8) da bica (7), e a selagem a quente dos elementos (10) espaçadores entre o filme (5) interno e o filme (6) externo de cada face (2) da bolsa (1), como será agora descrito em maior detalhe.

De fato, para evitar que os dois filmes se adiram um com o outro quando a bolsa (1) é inserida em uma caixa de contenção ( “bolsa - na - caixa11 ), normalmente em papelão, ao menos na parte superior de cada face (2) da bolsa, substancialmente no nível da bica (7) para liberação, um elemento (10) espaçador é disposto e o qual, por um lado, possibilita que os filmes (5) e (6), da correspondente face (2), sejam mantidos distanciados, e, por outro lado, o gás, em particular CO2, seja liberado através do filme (6) externo.

Nas fig. 1 e 4, o elemento (10) espaçador à esquerda da bica (7) ê provido sobre a face frontal da bolsa, enquanto o elemento à direita da bica, em linha pontilhada na fig. 1, sobre a face traseira.

Com referência na seção ampliada da fig. 2, nota - se que o elemento (10) espaçador tem um corpo (11) de base com um assento (12) para o alojamento de uma cobertura ou tampa (13), e uma borda (14) de perímetro selada com a superfície interna do filme (6) externo.

De acordo com a configuração mostrada na fig. 2, tanto na parede de base (15) como na parede lateral (16) do corpo (11) de base são providos furos (17), e correspondentes furos (18, 28) são providos na tampa (13), de modo que, em particular, o dióxido de carbono produzido pela levedura contida na bolsa (1), o qual permeia através do filme (5) interno, possa ser evacuado pela passagem através dos já ditos furos (17), (18), (28), e uma abertura (19) ou correspondentes furos providos no filme (6) externo de dita tampa (13). O elemento (10) espaçador mostrado na fig. 2 é obtido pela modificação de uma válvula de degaseificação de uma só via do mesmo Solicitante, de onde um diafragma foi removido, a qual evita o fluxo de gás do exterior ao interior e onde os furos adicionais (17) e (28) foram feitos. É entretanto claro que o elemento (10) espaçador pode ser tomado em qualquer configuração sem detrimento à sua função de manter os filmes (5) e (6) separados e possibilitando a liberação de gás através dele.

Mais particularmente, na configuração mostrada, a tampa (13) pode ser eliminada se não necessária, provendo-se uma pluralidade de furos no filme (6) externo no lugar da uma simples abertura (19).

Testes práticos executados demonstraram que um simples elemento espaçador tal como aquele aqui descrito e mostrado, colocado sobre cada face (2) da bolsa (1), na parte superior4 da bolsa, onde os gases emanados pelo produto contido na bolsa tende se acumular, é suficiente para a equação do CO2 liberado pela levedura. É entretanto claro que, se necessário, vários elementos (10) espaçadores podem ser providos sobre as faces opostas da bolsa (1).

Apesar, de acordo com a invenção, do filme (6) externo ser provido como contínuo, ou seja, sem furos, é claro que ele poderia também ser perfurado, como aquele da arte anterior.

Neste caso, vários elementos (10) espaçadores poderíam ser providos não - perfurados, distribuídos sobre a superfície das faces da bolsa, adequados para manter distanciados os filmes (5) e (6), e possibilitando a liberação do gás através só dos furos providos no filme (6) externo. A partir do que foi enunciado, as vantagens aparecem de modo claro na invenção, a qual possibilita, com meios simples e econômicos, a completa e rápida liberação do CO2, o gás produzido pelo líquido contido na bolsa (1).

Naturalmente, a invenção não está limitada ao exemplo particular de configuração previamente descrita e mostrada nos desenhos anexos, mas, ao contrário, numerosas trocas de detalhes podem nela ser feitas e dentro do alcance da pessoa experiente na arte sem, por isso, fugir - se do escopo da própria invenção como definida nas reivindicações anexas.

Claims (10)

1. Bolsa para a contenção de produtos líquidos os quais produzem gás, em particular para leveduras, do tipo de parede dupla, que compreende duas faces (2) opostas unidas uma com a outra ao longo de uma linha (3) da selagem a quente do perímetro e uma bica (7), para a liberação / enchimento do produto líquido, colocada sobre uma destas faces (2), a parede dupla da bolsa compreendendo um filme (5) interno, com alta permeabilidade, e um filme (6) externo, de reforço, caracterizada pelo fato de ao menos na parte superior de cada uma de ditas duas faces (2) opostas da bolsa (1), entre dito filme (5) interno e dito filme (6) externo, ao menos um elemento (10) espaçador ser provido, fixado ao filme (6) externo em ao menos uma abertura (19), aí formada, e, provida de furos (17), para a liberação dos gases, os quais permeiam ( ou, ‘percolam') através de dito filme (5) interno.

2. Bolsa, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de dito elemento (10) espaçador compreender um corpo (11) de base provido com ditos furos (17), tendo uma borda (14) de perímetro selada com o filme (6) externo de modo a englobar dita ao menos uma abertura (19) no filme (6).

3. Bolsa, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de ditos furos (17) serem formados tanto na base (15) como na parede lateral de dito corpo (11) de base.

4. Bolsa, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizada pelo fato de ainda compreender uma cápsula (13) provida de furos (18, 28), alojada em um assento (12) de dito corpo (11) de base.

5. Bolsa, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizada pelo fato de dito filme (5) interno ser baseado em poli - etileno, e dito filme (6) externo conter ao menos uma camada de O P A ( nylon )

6. Bolsa, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de dito filme (6) externo ser um laminado compreendendo ao menos uma camada intermediária de O P A em sanduíche entre camadas externas baseadas em poli - etileno.

7. Bolsa, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de dito laminado do filme (6) externo compreender: uma primeira camada de um co-extrudado deLLDPE-EVA, uma segunda camada de O P A e uma terceira camada de um co-extrudado deLLDPE-EVA.

8. Bolsa, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato das camadas do laminado do filme externo ter as seguintes espessuras e pesos: -. co-extrudado de LLDPE-EVA de 38 pm com 35 g/m2; -.OPA ( nylon ) de 15 μ m com 17 g / m 2 ; co-extrudado de L L D P E - E V A de 38 pm com 35 g/m2.

9. Bolsa, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de dito filme (5) interno ser um co-extrudado de L L D P E de 30 pm com 28 g/m2.

10. Bolsa, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 9, caracterizada pelo fato de dito filme (6) externo ser perfurado.