BR0317853B1 - Monofilamento de bicomponente, tecido e método de fabricação de um filamento de bicomponente - Google Patents

Description

MONOFILAMENTO DE BICOMPONENTE, TECIDO E MÉTODO DE FABRICAÇÃO DE UM FILAMENTO DE BICOMPONENTE

Antecedentes da Invenção 1. Campo da Invenção A presente invenção se refere à técnica de fabricação de papel. Mais especificamente, a presente invenção se refere a um tecido para secador, embora ela possa encontrar aplicação em qualquer um dos tecidos usados nas seções de formação, prensagem e secagem de uma máquina de papel e em tecidos para processos industriais de modo geral. Tecidos para processos industriais referidos aqui podem incluir aqueles usados na produção, dentre outras coisas, de produtos depositados a úmido, tais como papel, papelão, papelão corrugado e tecido sanitário e produtos de toalha; na produção de produtos de tecido e toalha feitos através de processos de secagem a ar; na produção de polpa depositada a seco e depositada a úmido; em processos relacionados à fabricação de papel, tais como aqueles usando-se filtros de sedimento; e quimiolavadoras; e na produção de não-tecidos produzidos através de hidroentrelaçamento (processo a úmido), fusão a sopro, ligação por fiação e perfuração com agulha depositada a ar. Tais tecidos para processos industriais incluem, mas não estão limitados, panos não-tecidos; tecidos de gravação, transporte e suporte usados em processos para a produção de não-tecidos; e tecidos de filtração e panos de filtração. 2. Descrição da Técnica Anterior Durante o processo de fabricação de papel, uma trama fibrosa celulósica é formada através de depósito de uma pasta fibrosa, isto é, uma dispersão aquosa de fibras de celulose, sobre um tecido de formação em movimento na seção de formação de uma máquina de papel. Uma grande quantidade de água é drenada da pasta através do tecido de formação, deixando a trama fibrosa celulósica sobre a superfície do tecido de formação. A trama fibrosa celulósica recentemente formada prossegue da seção de formação para uma seção de prensa, a qual inclui uma série de estreitamentos de prensa. A trama fibrosa celulósica passa através dos estreitamentos de prensa suportada por um tecido de prensa ou, conforme é freqüentemente o caso, entre dois de tais tecidos. Nos estreitamentos de prensa, a trama fibrosa celulósica é submetida a forças compressivas as quais apertam a água da mesma e as quais aderem às fibras celulósicas na trama umas às outras para transformar a trama fibrosa celulósica em uma folha de papel. A água é aceita pelo tecido ou tecidos e, idealmente, não retorna para a folha de papel. A folha de papel, finalmente, prossegue para uma seção de secador, a qual inclui pelo menos uma série de tambores secadores giráveis ou cilindros, os quais são internamente aquecidos por vapor. A folha de papel recentemente formada é dirigida, em uma via em serpentina, seqüencialmente em torno de cada uma na série de tambores através de um tecido de secador, o qual mantém a folha de papel intimamente contra as superfícies dos tambores. Os tambores aquecidos reduzem o teor de água da folha de papel para um nível desejado através de evaporação.

Será apreciado que os tecidos de formação, prensagem e secador tomam todos a forma de laços sem fim sobre a máquina de papel e funcionam da maneira dos transportadores. Será ainda apreciado que a fabricação de papel é um processo contínuo o qual se processa em velocidade consideráveis. Isto é, a pasta fibrosa é continuamente depositada sobre o tecido de formação na seção de formação, ao mesmo tempo em que uma folha de papel recentemente fabricada é continuamente enrolada sobre rolos após sair da seção de secador.

Tecidos contemporâneos são produzidos em uma ampla variedade de estilos projetados para ir de encontro aos requisitos das máquinas de papel sobre as quais eles estão instalados para os graus de papel que estão sendo fabricados. Geralmente, eles compreendem um tecido ou outro tipo de tecido de base. Adicionalmente, conforme no caso de tecidos usados na seção de prensa, os tecidos de prensa têm um ou mais tecidos de base os quais são um material fibroso não-tecido fino costurado com uma agulha. Os tecidos de base podem ser tecidos a partir de fibras com monofilamentos, monofilamentos pregueados, multifilamentos ou multifilamentos pregueados e podem ter uma única camada, camadas múltiplas ou ser laminados. As fibras são, tipicamente, extrudadas de qualquer uma das resinas poliméricas sintéticas, tais como resinas de poliamida e poliéster, usadas para essa finalidade por aqueles habilitados na técnica de panos para máquina de papel.

Os tecidos de base tecidos em si tomam muitas formas diferentes. Por exemplo, eles podem ser tecidos sem fim ou tecidos planos e subseqüentemente transformados para a forma sem fim com uma costura de tecido. Alternativamente, eles podem ser produzidos através de um processo comumente conhecido como tecelagem sem fim modificada, em que as bordas no sentido da largura do tecido de base são proporcionadas com laços de costura usando-se as fibras na direção da máquina (MD) do mesmo. Nesse processo, as fibras na MD são continuamente tecidas para frente e para trás entre as bordas no sentido da largura do tecido, em cada borda regressando e formando um laço de costura. Um tecido de base produzido desse modo é colocado na forma sem fim durante instalação sobre uma máquina de papel e, por essa razão, é referido como um tecido costurável na máquina. Para colocar tal tecido na forma sem fim, as duas bordas no sentido da largura são mantidas juntas, os laços de costura nas duas bordas são interdigitados uns com os outros e um pino ou alfinete de costura é direcionado através da passagem formada pelos laços de costura interdigitados.

Ainda, os tecidos de base tecidos podem ser laminados através de colocação de pelo menos um tecido de base dentro do laço sem fim formado pelo outro e através de costura com agulha de um lote de fibra grampeada através desses tecidos de base para unir os mesmos uns aos outros conforme o caso de tecidos de prensa. Um ou mais desses tecidos de base tecidos pode ser de um tipo costurável na máquina. Esse é agora um tecido de prensa laminado bem conhecido com uma estrutura de suporte de base múltipla.

Em qualquer caso, os tecidos estão na forma de laços sem fim ou são costuráveis em tais formas, tendo um comprimento específico, medido longitudinalmente em torno do mesmo e uma largura específica, medida transversalmente através do mesmo.

Fazendo referência agora mais especificamente à seção de secador, cilindros secadores estão, tipicamente, dispostos em fileiras ou filas superiores e inferiores.

Aqueles na fila inferior são oscilantes com relação àqueles na fila superior, ao invés de estarem em uma relação vertical estrita. À medida que a folha de papel que está sendo seca prossegue através de seção de secador, ela alterna entre as filas superior e inferior passando primeiro em torno de um cilindro secador e uma das duas filas, então, em torno de um cilindro secador na outra fila e assim por diante, seqüencialmente através da seção de secador.

Em muitas seções de secador, as filas superior e inferior de cilindros secadores têm, cada uma, um tecido de secador distinto. Em seções de secador desse tipo, a folha de papel que está sendo seca passa não suportada através do espaço, ou "bolsa", entre os cilindros secadores de uma fila e os cilindros secadores da outra fila. À medida que as velocidades da máquina são aumentadas, a folha de papel que está sendo seca tende a vibrar quando passam através da bolsa e freqüentemente se rompe. A necessidade resultante de paralisar a máquina de papel toda e, então, recolocar a folha de papel através da seção de secador, tem um impacto adverso sobre as taxas e eficácia de produção.

De forma a aumentar as taxas de produção, ao mesmo tempo em que minimiza distúrbios na folha de papel, seções de secador de operação única são usadas para transportar a folha de papel que está sendo seca em velocidades maiores do que poderíam ser obtidas em seções de secador convencionais. Em uma seção de secador de operação única, um único tecido de secador acompanha uma via em serpentina seqüencialmente em torno dos cilindros secadores nas filas superior e inferior. Como tal, a folha de papel é orientada, se não realmente suportada, através da bolsa entre as filas superior e inferior.

Será apreciado que, em uma seção de secador de operação única, o tecido de secador mantém a folha de papel que está sendo seca diretamente contra os cilindros secadores em uma das duas filas, mas transporta a mesma em torno dos cilindros secadores na outra fila. Alternativamente, uma seção de secador de operação única pode ter apenas uma fila de cilindros secadores. Tal seção tem um rolo giratório, o qual pode ser uniforme, com ranhuras ou ser guarnecido com meios de sucção, na bolsa entre cada par de cilindros. Esse tipo de seção de secador é conhecido como seção de secador com uma única fila. 0 ar transportado pela superfície anterior do tecido de secador em movimento forma uma cunha de compressão no espaço de estreitamento onde o tecido de secador em movimento se aproxima do cilindro secador ou rolo giratório. 0 aumento resultante na pressão do ar na cunha de compressão faz com que o ar flua descendentemente através do tecido de secador. Esse fluxo de ar, por sua vez, pode forçar a folha de papel para longe da superfície de contato de papel do tecido de secador, um fenômeno conhecido como "queda", quando a folha de papel não está entre o tecido de secador e o cilindro secador. A "queda" pode reduzir a qualidade do produto de papel que está sendo fabricado causando rachaduras na borda e pode também reduzir a eficácia da máquina se ela leva a rompimentos na folha.

Muitos trituradores de papel têm se dirigido a esse problema usinando ranhuras nos rolos giratórios com os quais o tecido de secador com uma única fila entre diretamente em contato ou através da adição de uma fonte de vácuo a esses rolos giratórios. Esses expedientes permitem que o ar de outro modo encerrado na cunha de compressão seja removido sem passar através do tecido de secador. A esse respeito, os fabricantes de tecido também têm empregado a aplicação de revestimentos aos tecidos para conferir funcionalidade adicional ao tecido, tal como "métodos de contenção de folha". A importância de aplicação de revestimentos como um método para adição dessa funcionalidade, por exemplo, a tecidos de secador, foi citada por Luciano-Fagerholm (Patente U.S. No. 5.829.488 (Albany), intitulado "Dryer Fabric With Hydrophilic Paper Contacting Surface"). Luciano e Fagerholm demonstraram o uso de um tratamento de superfície hidrofílica de tecidos para conferir propriedades de conservação de folha, ao mesmo tempo em que a mantém próximo da permeabilidade original. Contudo, esse método de tratamento de superfície de tecidos, embora obtenha sucesso para conferir contenção de folha, durabilidade intensificada do revestimento é desejada. Assim, existe uma necessidade de melhorar as propriedades de uso de tais revestimentos.

Voltando agora às fibras usadas até o momento, particularmente tecidos de secador, fibras de monofilamentos têm sido, tipicamente, extrudadas com uma seção transversal circular simples. Mais recentemente, monofilamentos com seção transversal formatada têm sido produzidos. Esses monofilamentos formatados têm sido usados em tecidos tecidos para modificar a textura ou densidade de superfície do tecido ou, em particular, para controlar a permeabilidade do ar. A técnica anterior inclui a Patente U.S. 4.633.596 (Albany) a qual mostra um monofilamento de poliéster com formato em U invertido a ser usado na fabricação de um fio de formação para produzir uma superfície uniforme desejada. Contudo, nenhum enchimento da abertura para formar um filamento de bicomponente é considerado. A Patente U.S. 5.097.872 usa um monofilamento com seção transversal com configuração em X nas fibras na direção da máquina de um tecido de secador para a fabricação de papel. No processo de tecelagem, esse monofilamento é deformado para produzir uma superfície uniforme sobre o lado do papel exposto do tecido, ao mesmo tempo em que arestas de intensificação de estabilidade são formadas sobre os lados anteriores dessas fibras. A Patente U.S. 4.216.257 se refere a um monofilamento com formato de U. O termo "formato de U" nessa patente se refere ao formato longitudinal, ao invés de seccional transversal, do monofilamento. Existem pelo menos três patentes da Minnesota Mining and Manufacturing se dirigindo a esse conceito. A Patente U.S. 5.361.808 divulga fibras que são afuniladas ou em formato de T usadas como fibras de trama. Observe que o uso de tais fibras é mencionado como aumentando a faixa de permeabilidade. A Patente U.S. 5.998.310 mostra monofilamentos de uma variedade de seções transversais os quais podem ser distorcidos no processo de tecelagem para se obter uma série de efeitos. Monofilamentos em formato de "Y" e "X" e "T" são descritos, mas não há menção de uma seção transversal em formato de U. A Patente U.S. 6.372.068 descreve um monofilamento termoplástico ligado a um substrato semelhante à borracha plano para formar um laço-torcido para embalagens. A Patente U.S. 6.124.015 mostra porções formatadas de fibras para interbloqueic umas com as outras.

De interesse particular é a Patente U.S. No. 5.888.915 (Albany) referente a tecidos construídos de fibras de bicomponentes. As fibras de bicomponentes têm materiais de bainha e núcleo com diferentes pontos de fusão. Quando aquecidas as fibras de bainha/núcleo formam uma estrutura de tecido fundida a qual exibe resistência aperfeiçoada ao atrito e também durabilidade aumentada. Nenhuma das técnicas anteriores, contudo, usa monofilamentos tendo um formato em U o qual proporciona um receptáculo para poliuretano termoplástico o qual entrelaça ou ancora um revestimento. Todas as patentes mencionadas acima são, contudo, incorporadas aqui por referência.

Sumário da Invenção: Em uma modalidade, a presente invenção é uma fibra de monofilamento de bicomponente em formato de U usando um monofilamento de poliéster em formato de U com uma inserção de poliuretano ("TPU") ligada por fusão na bolsa do "U". O monofilamento de bicomponente pode ser incorporado em um tecido para a fabricação de papel de modo que o componente TPU é exposto sobre o lado de papel do tecido. A TPU proporciona qualidades de fixação que melhoram a contenção de folha e a orientação da folha durante a fabricação do papel. Em uma segunda modalidade, a invenção é uma fibra de monofilamento formatada. O monofilamento tem uma cavidade que é mais larga em sua parte inferior do que em sua parte superior aberta. Um revestimento ou uma inserção TPU ligada por fusão preenchendo a cavidade é, desse modo, mantida no lugar pela abertura estreita da cavidade. 0 revestimento ancorado tem uma vida ampliada em virtude de sua maior resistência â descamação. As duas modalidades da presente invenção serão agora descritas em detalhes mais completos, com referência sendo feita às figuras identificadas abaixo.

Breve Descrição dos Desenhos: As Figuras 1A-1E são vistas seccionais transversais de uma primeira modalidade dos monofilamentos da presente invenção; A Figura 2 é um fluxograma esboçando um método para a fabricação dos monofilamentos da invenção; e As Figuras 3A-3B são vistas secionais transversais de uma segunda modalidade dos monofilamentos da invenção.

Descrição Detalhada das Modalidades Preferidas: Uma modalidade preferida da presente invenção será descrita no contexto de um tecido de secador para a fabricação de papel. Contudo, deverá ser observado que a invenção é aplicável aos tecidos usados em outras seções de uma máquina de papel, bem como àqueles usados em outros ambientes industriais, onde orientação ou contenção do produto que está sendo fabricado é de importância. Alguns exemplos de outros tipos de tecido aos quais a invenção é aplicável incluem tecidos de prensa e formação para a fabricação de papel, tecidos secos a ar (TAD) e tecidos de formação de polpa. Outro exemplo é de tecidos usados em processos relacionados à fabricação de papel, tais como filtros de sedimento e lavadoras químicas. Ainda outro exemplo de um tipo de tecido ao qual a invenção é aplicável são tecidos manipulados, tais como tecidos usados na fabricação de artigos têxteis não-tecidos nos processos de depósito a úmido, depósito a seco, fusão a sopro e/ou ligação por fiação.

Construções de tecido incluem tecido, tecido em espiral, tricotado, malha extrudada, ligada em espiral, enrolada em espiral e outros tecidos não-tecidos. Esses tecidos podem também incluir fibras com monofilamentos, monofilamentos pregueados, multifilamentos ou com multifilamentos pregueados e podem ser de camada única, com camadas múltiplas ou laminadas. As fibras são, tipicamente, extrudadas de qualquer uma das resinas poliméricas sintéticas, tais como resinas de poliamida e poliéster, usadas para essa finalidade por aqueles habilitados na técnica de tecido industrial.

Uma modalidade preferida da fibra de monofilamento de bicomponentes 1 da presente invenção é ilustrada nas Figuras 1A-1E (vista seccional transversal). Os monofilamentos de bicomponentes 1 são incorporados em um tecido e proporcionam tecidos com qualidades absorventes. Na modalidade preferida, o monofilamento de bicomponente 1 possui um componente de poliéster 2 e um componente TPU 3. 0 componente TPU 3 pode ser uma inserção ou retirada, ou seja, embutido ou inserido em um componente de poliéster 2. 0 componente de poliéster 2 pode ser um monofilamento de poliéster em formato de U de baixo ponto de fusão constituindo um revestimento. 0 revestimento pode ser derretido e aglutinado ao núcleo do componente TPU 3, como explicado posteriormente. Na modalidade mostrada nas figuras 1A-1E, o monofilamento de poliéster 2 possui um ou mais canais 4 em forma de U. Entretanto, canais tendo outros formatos, tal como um formato em C, podem ser usados. 0 monofilamento de poliéster 2 pode tomar uma variedade de formatos e tamanhos, incluindo quadrado, retangular, oblongo e qualquer outro formato adequado para a finalidade. No(s) canal(is) em formato de U estão fisicamente inseridos o componente TPU 3. 0 componente TPU 3 pode tomar uma variedade de formatos e tamanhos. Por exemplo, nas Figuras IA e 1D, os componentes TPU 3 são redondos, enquanto que nas Figuras 1B e 1C os componentes TPU 3 são mais planos e menos arredondados.

Um método 5 de fabricação dos monofilamentos de bicomponentes e os tecidos compreendidos dos mesmos são apresentados no fluxograma na Figura 2. A esse respeito, a caixa 6 ilustra uma etapa de extrusão de perfil de um poliéster de baixo ponto de fusão (estabilizador com carbodiimida, por exemplo) em monofilamentos tendo um ou mais canais em formato de U correndo ao longo do comprimento do monofilamento. A etapa 6A consiste em decidir se a orientação é necessária. A próxima etapa 7 seria assegurar que o monofilamento de poliéster extrudado esteja apropriadamente orientado (extraído) se necessário. A etapa 8 proporciona extrusão do monofilamento de TPU sem orientação e de modo que o monof ilamento de TPU tem uma dimensão que obstrui o canal em formato de U do componente de poliéster. Consequentemente, o núcleo ou núcleos de TPU, se mais de um canal em formato de U é usado, são, então, inseridos 9 no(s) canal(is) do monofilamento de poliéster com baixo ponto de fusão. Se não existe força de atrito ou suporte suficiente para manter o núcleo de TPU no canal, então, se necessário, a estrutura de monofilamento de bicomponentes pode ser passada através de um forno 10 e parcialmente aquecida para criar uma ligação entre o núcleo de TPU e a bainha de poliéster. A fibra de monofilamento de bicomponente em formato de U formado pode agora ser coletada 11 e por fim incorporadas 12 em um tecido industrial ou semelhante.

Observa-se que os monofilamentos de bicomponentes são incorporados no tecido de modo que o componente de TPU está posicionado acima da superfície do monofilamento e exposto sobre o lado de papel do tecido. Vantajosamente, o TPU proporciona qualidades de fixação aperfeiçoadas que intensificam a contenção da folha e orientação da folha onde o tecido é um tecido para a fabricação de papel. Em particular, os monofilamentos de bicomponentes proporcionam qualidades duráveis do tipo exibido por tecidos tendo um revestimento comercialmente disponível da Albany International Corp. sob a marca AEROGRIP, em tecidos de secador feitos de tais monofilamentos.

Durabilidade aperfeiçoada de um produto revestido com AEROGRIP e/ou um produto revestido de acordo com a Patente U.S. No. 5.829.488 é ainda considerado por uma segunda modalidade da presente invenção ilustrada nas Figuras 3A-3B. A esse respeito, determinadas observações iniciais são apropriadas. Em geral, podería ser observado que o revestimento de um tecido para a fabricação de papel é submetido a desgaste normal durante uso do tecido. Um mecanismo de tal desgaste é a descamação gradual do revestimento da superfície do tecido. Com a segunda modalidade da invenção, a vida do produto revestido com AEROGRUPO é ainda aumentada através de ancoragem mecânica do revestimento ao tecido, conforme descrito abaixo. Isso é realizado usando-se monofilamentos formatados incorporados ao tecido. Mais especificamente, o monofilamento formatado inclui uma cavidade correndo ao longo de seu comprimento que proporciona uma âncora mecânica para o revestimento que é aplicado ao tecido. A Figura 3A é uma vista seccional de um exemplo do monofilamento formatado 2 sem o revestimento. Nesse exemplo, o monofilamento 20 tem formado no mesmo uma única cavidade 21. Contudo, pode existir uma pluralidade de tais cavidades 21 formadas no monofilamento 20. No exemplo mostrado na Figura 3A, a cavidade 21 é mais larga em sua parte inferior 23 do que em sua parte superior aberta 24. Contudo, cavidades tendo outros formatos podem ser usadas. A Figura 3B é uma vista seccional transversal do monofilamento formatado 20 tendo uma cavidade 21 e também tendo um revestimento 22, tal como um revestimento AEROGRIP aplicado sobre o mesmo. O revestimento 22 preenche a cavidade 21 e é, desse modo, mantido no lugar pela abertura estreita 24 da cavidade 21. Alternativamente, uma inserção de TPU ligada por fusão pode ser usada para preencher a cavidade. O revestimento 22 assim ancorado tem uma vida adicionalmente aumentada em virtude de sua maior resistência à descamação do monofilamento 20. Conforme a Figura 3B mostra claramente, o revestimento, TPU ou outro material está posicionado acima da superfície do monofilamento e contatará, quando usado, por exemplo, na fabricação de papel, as mercadorias de folha que estão sendo produzidas.

Modificações do acima serão óbvias para aqueles habilitados na técnica, mas não levarão a invenção assim modificada além do escopo das reivindicações em anexo. Por exemplo, embora determinada discussão da presente invenção possa ser referida especificamente a tecidos de secador, ela tem aplicabilidade a outras correias na indústria de fabricação de papel e outras aplicações industriais onde revestimentos são aplicados. Tais aplicações incluem, por exemplo, correias de transferência e correias para prensa com sapato; correias/tecidos usados na produção comercial de tecido ou toalha através do processo de Secagem a Ar (TAD); e quaisquer outras correias/tecidos para processos de fabricação de papel ou relacionados à fabricação de papel os quais requerem que um revestimento resistente ao calor ou desgaste ou extrusão seja colocado sobre as bordas de tecido. Também, embora o revestimento AEROGRIP tenha sido especificamente mencionado, a presente invenção pode ser utilizada com outros revestimentos e impregnados comumente usados em aplicações industriais, conforme será evidente para aqueles habilitados na técnica.

Claims (18)

1. Monofilamento (20) de bicomponente caracterizado pelo fato de incluir um primeiro componente tendo pelo menos uma ranhura longitudinal contendo um segundo componente que é diferente do primeiro componente, em que a pelo menos uma ranhura longitudinal proporciona um receptáculo para um revestimento (22) de modo a proporcionar uma âncora mecânica para um revestimento (22) a ser aplicado ao mesmo.

2. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de ter uma seção transversal em formato de U.

3. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da referida ranhura compreender pelo menos uma cavidade (21) tendo uma parte inferior fechada (23) e uma parte superior aberta (24) na superfície do monofilamento correndo ao longo de seu comprimento, a referida cavidade (21) sendo mais larga em sua parte inferior (23) do que em sua parte superior aberta (24).

4. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato da referida ranhura compreender pelo menos duas cavidades.

5. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o revestimento (22), quando aplicado, preenche a cavidade (21) e é, desse modo, mantido no lugar.

6. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato do revestimento (22) preencher a cavidade (21) e estar posicionado acima de uma superfície do monofilamento (20).

7. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o revestimento (22) mantido no lugar exibe resistência aperfeiçoada à descamação do monofilamento.

8. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do referido revestimento (22) ser poliuretano.

9. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do segundo componente ser mecanicamente inserido na ranhura longitudinal do primeiro componente e ligado à mesma.

10. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da referida ranhura longitudinal ser um canal em formato de U correndo ao longo do comprimento do primeiro componente.

11. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do referido primeiro componente ser um poliéster com baixo ponto de fusão.

12. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do referido segundo componente ser poliuretano termoplástico.

13. Monofilamento (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do referido segundo componente ser ligado por fusão ao primeiro componente.

14. Tecido compreendendo uma pluralidade de monofilamentos de bicomponente como definidos em qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato do tecido ser um tecido de formação, de prensa, de secador, TAD, de formação de polpa, para filtro de sedimento, para lavadora química ou manipulado; ou uma correia de transferência; ou para prensa de sapato.

15. Tecido, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato do tecido ser tomado do grupo que consiste essencialmente em tecido, tecido em espiral, tricotado, malha extrudada, ligado em espiral, enrolado em espiral e outros não-tecidos.

16. Tecido, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato do referido tecido exibir contenção de folha e orientação de folhas aperfeiçoadas durante a fabricação de papel.

17. Tecido, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato do segundo componente ser exposto a um lado de papel do referido tecido.

18. Método de fabricação de um monofilamento de bicomponente, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 13, exibindo fixação aperfeiçoada, compreendendo a etapa de extrusão de um monofilamento de poliéster com baixo ponto de fusão com um ou mais canais em formato de U correndo ao longo do comprimento do monofilamento; dito método caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: orientação do monofilamento extrudado conforme necessário; inserção de um monofilamento de poliuretano termoplástico no canal em formato de U para criar um monofilamento de bicomponente; e aquecimento, se necessário, do monofilamento de bicomponente para ligar o poliuretano termoplástico ao poliéster com baixo ponto de fusão.