BR0215860B1 - Recipiente de auto-aquecimento ou auto-resfriamento, de uso único, particularmente para bebidas, produzível em uma pluralidade de tamanhos, e um método de fabricação do mesmo - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "RECIPIENTE DE AUTO-AQUECIMENTO OU AUTO-RESFRIAMENTO, DE USO ÚNICO, PARTICULARMENTE PARA BEBIDAS, PRODUZÍVEL EM UMA PLURA- LIDADE DE TAMANHOS, E UM MÉTODO DE FABRICAÇÃO DO MES- MO".

CAMPO TÉCNICO A presente invenção refere-se a um recipiente de auto- aquecimento ou auto-resfriamento, de uso único, particularmente para bebi- das, produzível em uma pluralidade de tamanhos de acordo com o preâm- bulo da reivindicação principal. Esta invenção também apresenta um método para fabricar tal recipiente.

ANTECEDENTES DA TÉCNICA A invenção está situada no campo de recipientes, em que meios são fornecidos para obter aquecimento ou resfriamento da bebida como re- sultado de uma reação química exotérmica ou endotérmica.

Neste campo técnico, são conhecidos recipientes para bebidas em que os componentes desta reação química são dispostos separada- mente em compartimentos respectivos de uma câmara formada entre um primeiro receptáculo, contendo a bebida, e um segundo receptáculo no qual o primeiro receptáculo é inserido. Os componentes mencionados acima em geral consistem em um líquido e um sal, presentes em forma granular, e a reação entre eles é iniciada rasgando um diafragma que separa os dois compartimentos, por exemplo, por meio de um dispositivo de ruptura integral com uma base flexível para dentro do segundo receptáculo.

Para otimizar a eficiência da reação, o compartimento da câmara na qual o sal está disposto é formado diretamente em contato com toda a superfície disponível do primeiro receptáculo, enquanto o compartimento pretendido para conter o componente líquido é feito na base do segundo receptáculo, sem o contato direto com o primeiro receptáculo.

Esta disposição preferida dos componentes satisfaz as exigênci- as de fazer a reação ocorrer tanto quanto possível em contato com o primei- ro receptáculo, ao mesmo tempo em que utiliza a maior habilidade do com- ponente líquido para passar através da ruptura produzida no diafragma.

Um primeiro limite dos recipientes conhecidos consiste no fato em que o recipiente como um todo é relativamente volumoso em relação à quantidade de bebida contida no primeiro receptáculo.

Uma das razões para esta desvantagem é dada pelo fato de que o componente de sal é colocado entre o diafragma removível e a base do primeiro receptáculo, mantendo estes a uma distância um do outro. Ao mesmo tempo, a parte do compartimento relevante se estendendo de modo anular em torno do invólucro lateral do primeiro receptáculo está desocupa- da.

Esta disposição é uma conseqüência direta do procedimento para fabricar o recipiente que estabelece que o componente de sal seja in- troduzido no compartimento respectivo antes de introduzir o primeiro recep- táculo. O componente de sal é portanto disposto acima do diafragma e o primeiro receptáculo não pode somente assentar na camada de componente de sal já introduzida.

Por outro lado, o espaço entre o diafragma e a base do primeiro receptáculo é também considerada necessária de modo que o dispositivo de ruptura, tipicamente feito de material rígido para rasgar o diafragma mais facilmente, pode penetrar no compartimento do componente de sal sem ser impedido pela base do primeiro receptáculo. A disposição acima é também a fonte de uma segunda desvan- tagem importante dos recipientes conhecidos. Isto é que, eles são somente adequados para conter quantidades relativamente pequenas de bebida, até 50 ml, além do que as dimensões e o peso total dos recipientes são tão grandes, quando comparado com a quantidade de bebida atual, de modo a torná-los comercialmente impraticáveis.

De fato, verificou-se que aumentar a quantidade de bebida con- tida, e portanto, dos reagentes necessários para aquecê-la (ou resfriá-la), também envolve um aumento drástico nos espaços não utilizados entre o primeiro e o segundo recipiente, com uma elevação resultante na fração de energia térmica dissipada para fora ou absorvida pelos componentes do re- cipiente. Para compensar o desperdício maior de energia não utilizada para o aquecimento atual da bebida, se torna portanto necessário usar uma quantidade de reagentes muito maior que o aumento determinado pela quantidade atual de bebida.

Em outras palavras, o aumento nas dimensões e peso total do recipiente não é proporcional ao aumento na quantidade de bebida a ser aquecida ou resfriada, mas muito maior que isto.

Esta desvantagem, além de colocar um limite importante na co- mercialização de recipientes com quantidades médias de bebida (maior que 50 ml), como estabelecido anteriormente, também envolve complicações técnicas na fabricação e uma elevação em custos de produção.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO O problema nas bases da invenção é aquele de produzir um re- cipiente de auto-aquecimento ou auto-resfriamento, de uso único, particu- larmente para bebidas, produzível em uma pluralidade de tamanhos, estrutu- ral e funcionalmente desenhados para superar os limites especificados aci- ma com referência à técnica anterior citada. Em conexão com este proble- ma, um propósito principal da invenção é produzir um recipiente que é com- pacto e de baixo custo, em que ocorre a reação exotérmica ou endotérmica, quando iniciada, com a eficiência térmica total maior comparada com as so- luções correntes.

Além do mais, um propósito primário da invenção é tornar dispo- nível um método para fabricar tal recipiente. Estes e outros propósitos, que se tornarão claros no resto da descrição, são obtidos pelo recipiente de auto- aquecimento ou auto-resfriamento, de uso único, produzível em uma plurali- dade de tamanhos, e também por um método para fabricar tal recipiente de acordo com as reivindicações que se seguem.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

As características e vantagens da invenção se tornarão mais claras a partir da descrição detalhada de alguns exemplos preferidos das modalidades ilustradas, puramente por meio de exemplo não limitante, com referência aos desenhos anexos nos quais: a Figura 1 é uma vista em elevação dianteira e em seção parcial de um recipiente de auto-aquecimento ou auto-resfriamento, de uso único, produzido de acordo com esta invenção, em um primeiro estado de opera- ção, a Figura 2 é uma vista do recipiente na Figura 1 em um segundo estado de operação e em uma posição de cabeça para baixo, as Figuras 3a e 3b são vistas parciais esquemáticas em uma escala maior de um detalhe do recipiente da Figura 1, respectivamente nas posições de operação da Figura 1 e da Figura 2, as Figuras 4a a 4e são vistas esquemáticas de estágios respec- tivos na produção do recipiente na Figura 1, de acordo com um primeiro método de fabricar o recipiente, as Figuras 5a a 5e são vistas esquemáticas de estágios respec- tivos na produção do recipiente na Figura 1 de acordo com um segundo método de fabricar o recipiente.

MODALIDADES PREFERIDAS DA INVENÇÃO

Com referência aos desenhos anexos, o número 1 indica como um todo, um recipiente de auto-aquecimento ou auto-resfriamento, de uso único, para bebidas, produzível em uma pluralidade de tamanhos, obtido de acordo com esta invenção. O recipiente 1 compreende um primeiro e um segundo receptáculo 2, 3, o primeiro dos quais é inserido coaxialmente den- tro do segundo e é conectado ao último nas aberturas respectivas.

No primeiro receptáculo 2, pretendido para conter a bebida e sendo substancialmente cilíndrico em formato, existe uma base substanci- almente plana 4, e um invólucro lateral 5. Similarmente, no segundo recep- táculo 3, tendo um formato de tambor similar, existe uma base 6, com um formato convexo para fora (Figura 1) e um invólucro lateral 7 substancial- mente paralelo ao invólucro 5 do primeiro receptáculo 2. Para fornecer o re- cipiente 1 com um assentamento estável, a base 6 é circundada por um co- lar 8 se estendendo axialmente do lado oposto ao invólucro 7.

Como especificado mais completamente abaixo, a base 6 é ca- paz de mudar de uma posição de repouso em que é abaulada para fora (Fi- gura 1) para uma posição de operação na qual é abaulada para dentro (Fi- gura 2). O segundo receptáculo 3 é fechado na extremidade de abertura pelo primeiro receptáculo 2, enquanto o último é fechado de modo removível por uma cobertura de arrancar.

Entre os receptáculos 2 e 3, é assim formada uma câmara 10, fechada em uma maneira vedada para o lado de fora, que é dividida em um primeiro e segundo compartimento 11, 12 por um diafragma frágil 13 preso em sua borda de perímetro em um ressalto 7a do invólucro 7. O diafragma 13 se estende transversalmente na câmara 10 con- tra a base 4 do primeiro receptáculo 2 e em uma maneira substancialmente paralela à base. O primeiro compartimento 11 portanto se estende de modo predominante em torno do invólucro 5 do primeiro receptáculo 2 em um for- mato substancialmente anular. O segundo compartimento 12 é formado na base 6 do segundo receptáculo 3, ligado no topo pelo diafragma 13.

Nos compartimentos 11 e 12 são dispostos separadamente e respectivamente um primeiro e um segundo componente capaz , quando colocado em contato, de reagir em uma maneira exotérmica ou endotérmica, de modo a aquecer ou resfriar a bebida contida no primeiro receptáculo 2. O primeiro componente compreende um sal que, dependendo do efeito térmico exigido, pode consistir em cloreto de cálcio anidro (aqueci- mento) ou tiossulfato de sódio (resfriamento), enquanto o segundo compo- nente, em ambos os casos, consiste em água. Embora os elementos dados acima são preferidos, é também considerado que o primeiro componente pode compreender outros compostos conhecidos no campo técnico em questão, tal como óxido de cálcio (aquecimento), ou cloreto de potássio, uréia ou nitrato de amônio (resfriamento).

Para conectar os dois compartimentos 11, 12, e portanto colocar juntos os respectivos componentes contidos neles, um dispositivo de ruptu- ra, capaz, quando operado, de rasgar o diafragma 13, é fornecido no recipi- ente 1. O dispositivo de ruptura compreende quatro lâminas 14 se es- tendendo axialmente no segundo compartimento 12 na direção do diafragma 13 e rigidamente fixado em uma primeira extremidade na base 6 do segundo receptáculo 3. Cada lâmina 14 é vantajosamente capaz de deformação axial curvando, como explicado mais completamente abaixo.

As lâminas 14 são dispostas concentricamente na base 6 ao longo dos lados de um quadrado e são também construídos de modo que se estendem em uma maneira substancialmente paralela ao eixo X quando a base 6 está na posição de repouso abaulada para fora (Figura 3a e linha tracejada na Figura 3b). Desta maneira, quando a base 6 é abaulada para o interior, as lâminas 14 são movidas na direção do diafragma 13 em uma di- reção que diverge do eixo X (linha contínua na Figura 3b).

Os parâmetros da geometria da base 6 e das lâminas 14 nas duas posições descritas acima foram estudados em detalhe de modo a oti- mizar as dimensões e o posicionamento relativo das lâminas, levando em conta em particular, a necessidade de manter o diafragma 13 tão afastado quanto possível contra a base 4 do primeiro receptáculo 2, para permitir mo- vimento suficiente das lâminas em uma direção axial para rasgar o diafrag- ma 13, e também maximizar os movimentos laterais e o grau de divergência das lâminas de modo a serem impedidas pela base 4 tão pouco quanto pos- sível. A configuração ótima que emerge deste estudo especifica que, com uma base tendo uma curvatura R1 de 75 mm e um raio R2 de 25 mm, as lâminas 14 são posicionadas a uma distância do centro R3 entre 12 e 13 mm. Para ajudar a rasgar o diafragma 13, a extremidade livre 15 das lâmi- nas 14 podem ser formatadas em um ponto e/ou ter uma borda serrilhada (não mostrada nos desenhos anexos).

Similarmente, é considerado que o número de lâminas pode ser diferente daquele citado (por exemplo, uma lâmina única posicionada cen- tralmente) embora a disposição descrita acima constitua uma modalidade preferida da invenção. Esta modalidade opera com um número de lâminas limitado, sem incorrer em reforço excessivo da base 6, ao mesmo tempo em que assegura que o diafragma é rasgado completamente e que conseqüen- temente os componentes da reação se misturam rapidamente e a perda de calor com o exterior é minimizada.

Para aquecer ou resfriar a bebida contida no primeiro receptá- culo 2, é somente necessário virar o recipiente 1 de cabeça para baixo e pressionar na base 6 do segundo receptáculo 3, deformando-a de modo que as lâminas 14 sejam movidas para o diafragma 13, rasgando-o (Figura 2).

Como uma consequência da proximidade estreita do diafragma 13 e do primeiro receptáculo 2, cada lâmina 14, tendo somente passado além do diafragma 13, pode encontrar a base 4 em sua extremidade livre 15. A penetração adicional das lâminas 14 no primeiro compartimento 11 não é impedida, no entanto, desde, devido a sua flexibilidade, as lâminas são fa- cilmente deformadas e capazes de deslizar ao longo do plano da base 4, seguindo o formato da câmara 10 (Figura 2).

Como um resultado do diafragma 13 ser rasgado e o recipiente 1 ser virado de cabeça para baixo, a água passa do segundo compartimento 12 para o primeiro compartimento 11 onde reagir com o primeiro compo- nente distribuindo calor para (ou absorvendo-o de) a área circundante.

Deve-se notar que devido ao número e curvatura das lâminas 14, ocorre um rasgo muito extenso do diafragma 13, ajudando assim o fluxo rápido da água no primeiro compartimento 11. O recipiente 1 é produzido prosseguindo como se segue.

Com referência às Figuras 4a a 4e, os primeiro e segundo re- ceptáculos 2, 3 são preparados separadamente. O último também compre- ende as lâminas 14 que são de preferência feitas em uma peça com a base 6. O segundo componente, normalmente água, é introduzido no segundo receptáculo 3 e flui por gravidade na base 6 deste receptáculo.

Acima da superfície livre da água, no ressalto 7a, o diafragma 13 é fixado, formando e fechando assim o segundo compartimento 12.

Depois de introduzir o primeiro componente em forma granular acima do diafragma 13, o segundo receptáculo 3 é rodado rapidamente em tomo de seu eixo principal X. Desta maneira, devido à força centrífuga assim gerada, o primeiro componente é pressionado contra as paredes do invólu- cro 7, assumindo uma formação anular.

Para ajudar a dispor o componente de sal corretamente contra as paredes do invólucro 7, é feita a provisão de um dispositivo defletor 20 a ser inserido no receptáculo 3 durante a fase de rotação acima em torno de seu próprio eixo. O defletor é inicialmente inserido no eixo de rotação para baixo a uma distância mínima do diafragma 13 (Figura 4b), depois do que é movido radialmente para o invólucro 7 até que alcança uma distância do in- vólucro correspondendo substancialmente à espessura do primeiro compar- timento 11 (Figura 4c).

Isto distribui o sal uniformemente contra a parede 7, e também mantém uma espessura substancialmente uniforme entre a base e o topo, mesmo quando operando em velocidades de rotação relativamente baixas, como uma indicação geral em torno de 500 rpm para componentes de sal tendo um tamanho de grão entre 1 e 2 mm. A baixa velocidade de rotação impede vantajosamente escapes indesejados de material granular do se- gundo receptáculo 3.

Quando esta fase é completa, o dispositivo defletor 20 é retirado do segundo receptáculo 3, que é ainda feito rodar quando apropriado, en- quanto ao mesmo tempo o primeiro receptáculo 2 é inserido axialmente (Fi- gura 4d). Deve ser notado que, como o primeiro componente é formado contra o invólucro 7, o primeiro receptáculo pode ser introduzido no primeiro compartimento 11 sem ser impedido por qualquer coisa até que a posição de conexão final contra o diafragma 13 é alcançado. Nesta posição, os primeiro e segundo receptáculos 2, 3 podem ser fixados um no outro, por exemplo, por solda, em suas respectivas aberturas.

De acordo com uma primeira variante do método de fabricar o recipiente, descrito aqui por referência às Figuras 5a a 5e, depois que o pri- meiro componente foi colocado no segundo receptáculo 3 acima do diafrag- ma 13, o primeiro receptáculo 2 é parcialmente inserido no primeiro compar- timento 11.

Uma vedação 30 está disposta em maneira anular entre as aberturas dos primeiro e segundo receptáculos 2, 3 de modo a fechar a câ- mara 10 para o exterior na abertura que é ainda formada sob os dois recep- táculos 2 e 3 (Figura 5b). O recipiente 1 é então girado por 180° em torno de um eixo hori- zontal, de modo que as aberturas dos receptáculos 2 e 3 estão apontando para baixo. Pelo efeito da gravidade, o material granular do primeiro compo- nente se desloca para baixo entre os invólucros 5 e 7 dos receptáculos 2 e 3, se tornando disposto em uma posição anular em torno do primeiro recep- táculo 2 e deixando o espaço entre a base 4 daquele receptáculo e o dia- fragma 13 vazio (Figura 5c). O escape do material granular é impedido pela vedação 30, adequadamente colocado contra o recipiente 1 em continuação da parede do invólucro 7 e limitando contra a borda da abertura do primeiro receptáculo 2.

Neste ponto, o primeiro receptáculo 2 é inserido no primeiro compartimento 11, depois que o recipiente 1 é novamente girado 180° de modo a retornar à posição de partida pronto para a fase subseqüente de solda entre os dois receptáculos 2, 3. O método proposto pode ser colocado em efeito usando uma máquina 50 compreendendo um par de mordentes 51, 52, semicircular em formato, capazes de mover ao longo de um eixo alternadamente na direção e para longe um do outro, para agarrar ou liberar o segundo receptáculo 3 que é movido em posição por um êmbolo 53 operando paralelo ao eixo X do recipiente 1. O segundo receptáculo 3, no qual o componente de sal já foi colocado, é mantido pelos mordentes 51, 52 de modo que sua abertura está substancialmente nivelada com as bordas superiores 51a, 51b dos morden- tes. Os dois meio-anéis da vedação 30 estão também dispostos antecipa- damente nas bordas 51a, 52a.

De preferência, cada um dos meio-anéis da vedação 30 com- preende um par de tiras de aço finas dispostas nas superfícies opostas da vedação 30, entre as quais um material elastomérico macio é colocado. O primeiro receptáculo 2 é então inserido a partir de cima no compartimento 11 por meio de um dispositivo de vácuo 54 e então mantido em posição dentro do segundo receptáculo 3 por um par de pistões 55 en- caixados em suportes 56 que deslizam ao longo do eixo Y. A máquina 50 é então rodada 180° em torno do eixo Y e quando o componente de sal se deslocou por gravidade na parte anular do compar- timento 11,o primeiro receptáculo 2 é inserido no compartimento por meio do par de pistões 55.

Devido à deformabilidade da vedação 30, a última pode ser ade- quadamente comprimida pelos pistões 55 a uma espessura ligeiramente maior que aquela das tiras metálicas de superfície. A máquina 50 é então movida de volta para a posição de partida, onde o recipiente 1 relaciona-se com o êmbolo 53 e os mordentes 51, 52 são ligeiramente abertos de modo a retirar a vedação 30 do par de pistões 55, permitindo-os assim completar a inserção do primeiro receptáculo 2. Deve ser notado que a retirada fácil dos meio-anéis 30a, 30b da ação de pressão exercida pelos pistões 55 é tornada possível pela baixa ficção presente nas superfícies opostas da vedação 30 devido às tiras metálicas.

Os mordentes 51, 52 são então abertas e o recipiente 1 liberado no êmbolo 53 que transfere para a fase de processamento seguinte. O recipiente tendo as características estruturais mencionadas acima produzidas como exigido por um dos métodos descritos aqui, foi pro- duzido em vários modelos com várias capacidades.

Por meio de exemplo e comparação, a tabela abaixo dá os valo- res para peso (líquido da bebida) e volume total dos recipientes de acordo com a invenção capaz respectiva mente de conter 40 mm e 100 ml (identifi- cado na tabela respectivamente como A40 e A100) comparado com reci- pientes similares da mesma capacidade produzidos de acordo com a técnica anterior (identificado respectivamente como B40 e B100).

Como pode ser visto dos valores indicados na tabela acima, a disposição dos componentes no recipiente de acordo com a invenção torna possível mudar para modelos de capacidade maiores com um aumento li- mitado no peso e dimensões totais do recipiente. Deve ser indicado que com a configuração estrutural conhecida, os aumentos em peso e volume como resultado do aumento em capacidade de bebida são respectivamente em torno de 20% e 40% maior que os aumentos em peso e volume obtidos com a configuração estrutural da invenção. Esta característica, combinada com o fato de que mesmos com pequenas quantidades de bebida o recipiente da invenção é mais leve e mais compacto, permite que os recipientes sejam produzidos com capacidade maior e mais compacto, permite que os reci- pientes sejam produzidos com capacidade maior para peso e volume apre- ciavelmente menores comparados com os recipientes conhecidos. A tabela acima indica como com uma capacidade de 100 ml, o peso do recipiente de acordo com a invenção é cerca de 40% mais leve e cerca de 55% menos volumoso que o recipiente conhecido. A invenção portanto alcança os objetivos propostos, ao mesmo tempo em que oferece numerosas outras vantagens, dentre elas uma eco- nomia em custos de produção, substancialmente atribuíveis à quantidade menor de material plástico exigido para produzir o segundo receptáculo (es- timativas pelo requerente indicam uma economia de material plástico de cer- ca de 30% para recipiente de 40 ml e cerca de 70% para o recipiente de 100 ml).

Além do mais, com a disposição dos componentes descritos acima, a eficiência térmica total da reação é aperfeiçoada desde que, quan- do a capacidade térmica do recipiente é reduzida, a proporção do calor des- envolvido (ou absorvido) pela reação que é usado para aquecer (ou resfriar) a bebida é maior.

Claims (21)

1. Recipiente de auto-aquecimento ou auto-resfriamento, particu- iarmente para bebidas, compreendendo um primeiro receptáculo (2) conten- do a dita bebida e inserido em um segundo receptáculo (3), um primeiro compartimento (11) formado entre o primeiro e o segundo receptáculo e um segundo compartimento (12) formado na base do segundo receptáculo (3) e separado do primeiro compartimento (2) por um diafragma frágil (13), pelo menos um primeiro e um segundo componente de uma reação exotérmica ou endotérmica sendo disposta separada e respectivamente nos ditos com- partimentos, caracterizado pelo fato de que o dito primeiro componente está disposto no dito primeiro compartimento (11) de modo anular em torno do dito primeiro receptáculo (2), o dito diafragma (13) se estendendo, para separar os ditos compartimentos, substancialmente contra a base (4) do dito primeiro receptáculo (2)

2. Recipiente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a base do dito primeiro receptáculo (2) é planar em formato e se estende em uma maneira substancialmente paralela ao dito diafragma (13).

3. Recipiente, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracteri- zado pelo fato de que os ditos primeiro e segundo receptáculos são subs- tancialmente cilíndricos em formato com os invólucros laterais respectivos (5, 7) substancialmente paralelos um ao outro.

4. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo fato de que um dispositivo de ruptura (14) se estende no dito segundo compartimento (12), capaz, quando operado, de mover a fim de romper o dito diafragma frágil (13), o dito dispositivo de ruptu- ra sendo pelo menos parcialmente deformável quando um dos ditos receptá- culos (2, 3) é encontrado.

5. Recipiente, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o dito dispositivo de ruptura compreende pelo menos uma lâmina (14) integral com uma base flexível para dentro (6) do dito segundo receptáculo (3) e se estendendo no dito segundo compartimento (12) na di- reção do dito primeiro receptáculo (2).

6. Recipiente, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que a dita pelo menos uma lâmina (14) é deformável por curva- tura.

7. Recipiente, de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracteri- zado pelo fato de que o dito dispositivo de ruptura compreende quatro lâmi- nas (14) eretas concentricamente a partir da base flexível para dentro (6) na direção do dito diafragma (13).

8. Recipiente, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que, quando a dita base (6) está em uma posição abaulada para fora, as ditas lâminas (14) se estendem paralelas ao eixo (X) dos ditos re- ceptáculos.

9. Recipiente, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que esta base flexível para dentro (6) tendo um raio de cerca de 25 mm e uma curvatura de cerca de 75 mm, as ditas lâminas (14) são posi- cionadas na dita base a uma distância entre 12 mm e 13 mm do centro da dita base.

10. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 5 a 9, caracterizado pelo fato de que uma extremidade livre da dita pelo menos uma lâmina (14) perto do dito diafragma (13) é formatada em uma ponta.

11. Recipiente, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a dita pelo menos uma lâmina (14) compreende uma borda serrilhada na dita extremidade livre.

12. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o dito primeiro componente está na forma de um sólido granular e o dito segundo componente é um líquido.

13. Recipiente, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o dito primeiro componente é selecionado do grupo que consistem em cloreto de cálcio anidro, cloreto de cálcio, uréia e tiossulfato de sódio e o dito segundo componente é água.

14. Método de fabricar um recipiente de auto-aquecimento ou auto-resfriamento, particularmente para bebidas, compreendendo as etapas de: dispor um primeiro e um segundo receptáculo (2, 3) tal que, o primeiro receptáculo é capaz de ser inserido no segundo receptáculo, assim formando uma câmara fechada (10) entre os ditos receptáculos, dispor entre a base do primeiro receptáculo e a base (6) do se- gundo receptáculo um diafragma frágil (13) subdividindo a dita câmara (10) em um primeiro compartimento (11) formado entre o primeiro e o segundo receptáculo e em um segundo compartimento (12) formado na base do se- gundo receptáculo (3), dispor separadamente nos ditos compartimentos (11, 12) res- pectivamente um primeiro e um segundo componente capaz de reação exo- térmica ou endotérmica quando colocados em contato um com o outro, ca- racterizado pelo fato de que o dito primeiro componente está disposto no dito primeiro compartimento (12) em uma posição anular em torno do dito primeiro receptáculo (2) e o dito diafragma (13) está disposto contra a base (4) do dito primeiro receptáculo.

15. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o dito primeiro componente está disposto na dita posição anular como um resultado de uma rotação rápida do segundo receptáculo (3) em torno de um eixo principal (X) do receptáculo, de modo que o primeiro componente é pressionado pelo efeito da força centrífuga resultando da dita rotação contra o invólucro lateral (7) do segundo receptáculo, o primeiro re- ceptáculo (2) sendo inserido na posição de conexão para o segundo recep- táculo (3) durante a dita rotação.

16. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que, durante a fase de rotação, um dispositivo defletor (20) é inserido no dito segundo receptáculo (3) para ajudar o posicionamento do dito primeiro componente contra o invólucro lateral (7) do segundo receptá- culo (3).

17. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que o dito dispositivo defletor (20) é inserido radialmente na di- reção do dito invólucro lateral (7) até uma distância igual à espessura exigida para dispor o dito primeiro componente na dita posição anular em torno do dito primeiro receptáculo (2).

18. Método, de acordo com a reivindicação 16, ou 17, caracteri- zado pelo fato de que o dito primeiro componente tem um tamanho de grão entre 1 e 2 mm e o dito segundo receptáculo é feito para rodar a uma veloci- dade de cerca de 500 rpm.

19. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o dito primeiro componente está disposto na dita posição anular como um resultado das etapas seguintes: posicionar o segundo receptáculo (3) com a abertura para cima e dispor o primeiro componente no primeiro compartimento (11), inserir parcialmente o primeiro receptáculo (2) no segundo re- ceptáculo (3) e dispor uma vedação (30) entre os ditos receptáculos de mo- do a fechar para o exterior a câmara (10) formada entre eles. inverter e posicionar simultaneamente os ditos receptáculos (2, 3) com suas bocas respectivas para baixo, de tal maneira que o primeiro componente flui para baixo por gravidade em torno do invólucro (5) do pri- meiro receptáculo (2) na dita posição anular, inserir o primeiro receptáculo (2) no segundo receptáculo (3), enquanto os ditos receptáculos estão na posição definida na etapa prece- dente.

20. Método, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de que a dita vedação (30) é colocada contra os ditos receptáculos de modo que se apoia contra a borda da boca do dito primeiro receptáculo (2) e está adjacente ao segundo receptáculo (3) em continuação do invólu- cro (7) daquele receptáculo.

21. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que a dita vedação (30) é produzida de material elástico e é comprimida durante a dita fase de inserção do primeiro receptáculo no se- gundo receptáculo.