PT98847B

PT98847B - Jogo de componentes femorais de experiencia, para escolha de um componente femoral protetico

Info

Publication number: PT98847B
Application number: PT98847A
Authority: PT
Inventors: Gordon C Conrad; Thomas J Parchinski
Original assignee: Howmedica
Priority date: 1990-09-04
Filing date: 1991-09-02
Publication date: 1999-02-26
Also published as: EP0548109B1; IL99334A0; ES2065056T3; WO1992003993A1; EP0548109A1; PT98847A; CA2089734A1; CA2089734C; US5100407A; JPH06500026A; DE9190125U1; IL99334A; JPH0817788B2; ATE114956T1; DK0548109T3; IE65275B1; DE69105739D1; DE69105739T2; IE913099A1

Description

ANTECEDENTES DO INVENTO

Campo de aplicação do invento

O presente invento diz respeito a um componente femoral ortopédico de experiência que é próprio para ser utilizado na determinação do componente femoral protético correcto para implantação de entre um grupo de vários componentes femorais protéticos. Estes implantes são utilizados na substituição da cabeça e do colo dum fémur por uma peça protética. Mais precisamente, o presente invento diz respeito a um componente de experiência que é constituído por duas peças e que pode ser utilizado para orientar o cirurgião na operação de ressecção da cabeça e do colo dum fémur deteriorado e na sua substituição por um componente femoral protético de dimensões adequadas.

Descrição da técnica anterior

A operação cirúrgica de substituição da cabeça e do colo do fémur por um componente femoral protético ê uma operação complexa e que requer um período de tempo relativamente longo. Desde há muito tempo que se faz sentir a necessidade de se poder dispor de métodos capazes de simplificar e encurtar o tempo de duração desta cirurgia. Isto é tanto mais verdade quanto é certo que muitos dos pacientes que precisam de ser submetidos a este tipo de cirurgia são pessoas idosas, num estado de saúde débil ou doentes e que não podem suportar longas intervenções cirúrgicas. Além disso, no âmbito dos traumatismos, a maior parte dos indivíduos que precisam que lhes seja feita a substituição da(o) cabeça/colo do fémur são pacientes que apresentam vários traumatismos e que necessitam de ser submetidos a uma série de intervenções cirúrgicas realizadas por vários cirurgiões.

I

Em todos estes exemplos, quanto mais tempo o paciente se mantiver sob o efeito da anestesia, maiores serão os riscos de danos causados à saúde do paciente. Antigamente, como orientação própria para ser utilizada durante a realização da intervenção cirúrgica, os cirurgiões utilizavam uma série de próteses de experiência que eram constituídas por uma única peça e que eram de dimensões idênticas às dos correspondentes implantes protéticos. Normalmente, os implantes constituídos por componentes femorais protéticos apresentam-se sob a forma duma gama descontínua de dimensões que foram determinadas de maneira a cobrir a mais vasta gama possível de pacientes que os cirurgiões tenham probabilidade de encontrar. Uma vez que as dimensões do fémur humano variam acentuadamente de indivíduo para indivíduo, os fabricantes de implantes ortopédicos proporcionaram -a existência de vários implantes constituídos por componentes femorais separados a fim de cobrir uma determinada gama de indivíduos de diferentes estaturas. Normalmente, o cirurgião examina as radiografias a fim de determinar as dimensões aproximadas da prótese femoral a partir dum grupo descontínuo de dimensões que possa ser necessário utilizar. 0 cirurgião irá então utilizar o correspondente componente de experiência como uma orientação para preparar o fémur de maneira a que este possa receber a prótese escolhida.

No entanto, durante a realização da operação de implantação é muito frequente acontecer o cirurgião reconhecer que a sua preparação do fémur foi incorrecta ou que a geometria tridimensional do corpo do paciente não permite a incorporação do componente femoral que foi escolhido preliminarmente. Os fabricantes compensam estes problemas proporcionando a existência de componentes protéticos femorais com hastes de comprimentos idênticos mas com diferentes dimensões do colo/corpo, ou vice-versa. Nos sistemas caracteristicos da técnica anterior, o cirurgião dispunha duma série de componentes de experiência

constituídos por uma única peça com múltiplas dimensões da haste e do corpo. A cada um dos componentes de experiência constituídos por uma única peça deverá encontrar-se fixado um corpo de dimensões predeterminadas. 0 cirurgião irá então fazer a selecção das próteses de experiência por meio dum processo de acerto por tentativas, a fim de determinar o componente que melhor se adapte ao caso em questão.

Uma vez que até ao presente momento os fabricantes têm fornecido um componente de experiência correspondente a cada um dos elementos duma pluralidade de próteses, o cirurgião deve tentar dispor duma haste de experiência que se ajuste de maneira a que as dimensões do componente final sejam igualmente correctas Isto é difícil porque o cirurgião não pode ver a maneira como a haste de experiência dum componente de experiência constituído por uma única peça se ajusta ao canal medular porque o corpo proximal bloqueia a sua visão. Deste modo o cirurgião vai precisar de escariar e/ou raspar o canal femoral até ao momento em que, por meio dum trabalho realizado a sentimento e com base em suposições, chegar à conclusão que a haste de experiência se ajusta correctamente. No entanto, especialmente no caso de aplicações feitas com cimento de ossos, é difícil para o cirurgião ver o espaço oco que foi criado pela operação de escareação por si realizada e por conseguinte determinar qual é o efectivo espaço oco que precisa de ser cheio pelo cimento de ossos.

No caso dum componente de experiência constituído por uma única peça, quando o cirurgião coloca a haste de experiência no interior do osso, o corpo proximal tenta alojar-se no corte feito à mão livre pelo cirurgião na zona do colo do fémur no início da operação. Normalmente este corte é um corte em forma de ”L a 90°, removendo a cabeça e o colo do fémur natural. Quando está a trabalhar na aplicação da parte distai da haste, o cirurgião pode de facto contactar com o corpo da prótese de experiência numa obstrução óssea situada na zona da extremidade proximal do fémur. Nesse momento é extremamente difícil distinguir se o problema se acha localizado distalmente na zona da haste ou proximalmente na zona do corpo da prótese de experiência Se o problema é na zona proximal do osso, então o cirurgião , deverá ter que voltar a cortar a superfície proximal a 90°. Este processo pode ter que ser repetido uma série de vezes até que o componente de experiência vá ficar correctamente ajustado tanto na zona da haste distai como na zona do corpo proximal.

► i Através da utilização do presente invento, descobriu-se que os problemas de que sofriam os processos cirúrgicos característicos da técnica anterior podiam ser ultrapassados. Especificamente, no caso do presente invento, a haste distai e o corpo proximal do componente femoral são aplicados separadamente. Para esse efeito, o presente invento proporciona um jogo de componentes de experiência constituídos por duas peças com uma pluralidade de cabeças e de hastes permutáveis entre si. Graças ao sistema característico do presente invento, o cirurgião pode tratar primeiro da aplicação da haste distai ou da aplicação do corpo proximal. Mas ainda mais importante é o facto do cirurgião poder tratar de cada uma dessas aplicações duma maneira distinta e independente uma em relação à outra, isto é, realizar a aplicação da haste distai separadamente da aplicação do corpo proximal.

No caso do modelo de realização preferencial do presente invento, o corpo de experiência encontra-se dotado dumas ' superfícies de guiamento a 90° destinadas tanto à verificação do corte em ângulo recto como para serem utilizadas como uma superfície de guiamento da folha da serra. No caso do método cirúrgico preferencial, o cirurgião vai preparar primeiro o fémur proximal, fazendo o corte a 90° duma maneira grosseira, utilizando depois o corpo proximal de experiência para verificar o grau de precisão com que foi feito esse corte em ângulo recto na zona proximal do fémur. 0 cirurgião também pode utilizar as superfícies de guiamento do corpo de experiência como se fossem uma guia duma serra. Uma vez que nesse momento a haste não se acha fixada ao corpo de experiência, o cirurgião pode verificar rapidamente o grau de precisão desse corte. Depois de duma maneira rápida e precisa ter criado no osso uma cama própria para receber o corpo proximal, o cirurgião poderá então passar a ocupar-se da haste de experiência distai e aplicar a haste no canal femoral.

Para fazer isto, o cirurgião irá em primeiro lugar introduzir no canal femoral várias hastes de experiência de diferentes dimensões a fim de ver qual delas melhor se ajusta ao paciente. Se uma haste se ajustar bem sem que para isso seja necessário fazer qualquer escavação no canal femoral, o cirurgião poderá passar imediatamente para a fase seguinte da operação. Se não precisar de preparar o canal femoral através da utilização de raspadeiras e/ou de escareadores, o cirurgião poderá avaliar rapidamente o ajuste da haste e, caso seja necessário, preparar o osso rapidamente porque é capaz interior do canal femoral. Isso de ver perfeitamente a haste no não seria possível de acontecer no caso dum elemento de experiência constituído por uma única peça porque o conjunto integral formado pela cabeça e pelo corpo iria obstruir a sua visão.

Em seguida o cirurgião irá fixar a haste de experiência escolhida ao adequado corpo de experiência proximal e colocar a unidade de experiência assim montada em posição no interior do osso. No momento em que o cirurgião implanta um elemento de experiência constituído por duas peças já montadas uma na outra, o ajuste já foi determinado e apenas será necessário ser verificado. Depois de ter feito a verificação, o cirurgião aplica o implante de dimensões correspondentes no interior do fémur.

Devido ao facto do cirurgião poder dispor dum predeterminado número de próteses dotadas de corpos e de hastes de diferentes dimensões, algumas das quais se sobrepõem, é imperativo que o corpo de experiência e a haste de experiência escolhidos para a operação de dimensionamento correspondam a um componente femoral de dimensões disponíveis. No caso dum sistema preferencial de componentes de experiência constituídos por duas peças, cada uma das peças apresenta um elemento macho e um elemento fêmea que são próprios para ligar as duas peças uma â outra e que incluem um mecanismo de chaveta que encaixa se a combinação entre a haste e o corpo produzir uma prótese de dimensões disponíveis, mas que não encaixa se não existir nenhuma prótese de dimensões disponíveis. Por conseguinte, no momento.em que faz a experiência, o cirurgião sabe se será ou não será capaz de encontrar um componente femoral protético para implantação que corresponda ao componente de experiência.

SUMÁRIO DO INVENTO

Um dos objectivos do invento consiste em proporcionar um componente femoral de experiência, constituído por duas peças, próprio para ser utilizado na determinação do componente femoral protético correcto para implantação no interior dum fémur, sendo o referido componente escolhido de entre um grupo de componentes femorais protêticos.

Outro objectivo do presente invento consiste em proporcionar um componente femoral de experiência, constituído por duas peças, que é capaz de poder ser utilizado como uma guia na realização das operações de ressecção da cabeça dum fémur e de implantação dum componente femoral protético com as dimensões correctas no referido fémur.

Ainda um outro objectivo do presente invento consiste em proporcionar um componente femoral de experiência, constituído por duas peças, que apresenta um corpo e uma haste capazes de fazer com que só os corpos e a hastes de experiência que dêem origem a um componente de experiência correspondente a um componente femoral protético disponível no mercado é que possam ter possibilidade de se combinar um com o outro.

Estes e outros objectivos do presente invento são alcançados num modelo de realização do invento que inclui um jogo de componentes femorais de experiência, constituídos por várias peças, que é próprio para ser utilizado na preparação e dimensionamento duma cavidade femoral antes de se proceder à implantação de um componente femoral protético. O jogo de componentes de experiência inclui pelo menos duas hastes de experiência, de diferentes dimensões uma(s) em relação à(s) outra(s), e pelo menos dois corpos de experiência, de diferentes dimensões um(uns) em relação ao(s) outro(s). As hastes e os corpos de experiência podem ser ligados um ao outro, isto é, uma haste a um corpo, de maneira a determinarem a formação dum componente femoral de experiência capaz de poder ser utilizado como uma guia própria para que no interior dum fémur se possa dimensionar duma maneira correcta a cavidade destinada à implantação dum componente femoral protético. Cada um dos corpos inclui duas superfícies de guiaménto geralmente perpendiculares uma em relação à outra que se acham formadas no próprio corpo e que são próprias para serem utilizadas na ressecção da cabeça do fémur durante a realização da operação. Uma destas duas superfícies de guiaménto geralmente perpendiculares uma em relação à outra encontra-se alinhada segundo um plano paralelo a um plano anterior-posterior que passa através da cavidade femoral. Cada um dos corpos’de experiência e cada uma das hastes de experiência inclui um elemento de união macho-fêmea que é utilizado para ligar as duas peças uma à outra. Um dos elementos de união macho-fêmea inclui um detentor de mola, a fim de fazer com que as duas peças de que é constituído o componente femoral de experiência se possam manter unidas uma à outra de modo a determinar a formação dum componente tal como se fosse constituído por uma única peça, mas que possam ser selectivamente separadas uma da outra de maneira a fazer com que mais do que um corpo possa ser ligado a cada uma das hastes ou vice-versa. Cada um dos elementos de união macho-fêmea inclui uma chaveta ou um escatel que se acham dimensionados de maneira a permitir que determinados corpos possam ser ligados a determinadas hastes. Isto é feito a fim de garantir que o cirurgião só possa formar um componente femoral de experiência constituído por duas peças que corresponda a um implante ortopédico protético que se ache disponível no local onde se procede à realização da operação. Um dos elementos do conjunto formado pelo corpo e pela haste também inclui um detentor de mola que é utilizado para fixar duma maneira selectiva e desarmãvel o corpo de experiência â haste de experiência.

Estes e outros objectivos e vantagens do presente invento tornar-se-ão evidentes a partir da descrição que irã ser apresentada a seguir e que será feita em correspondência com os desenhos anexos nos quais se acha representado um modelo de realização do invento. Chama-se a atenção para o facto de que os desenhos se destinam a ser utilizados apenas para efeitos de ilustração, e não como uma definição do invento.

Nos desenhos, onde nas diversas vistas são utilizados números de referência semelhantes para designar elementos semelhantes:

a Fig. 1 é uma vista em perspectiva isométrica do componente femoral de experiência característico do presente invento;

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS a Fig. 2 é uma vista em corte do componente femoral da Fig. 1, tendo o corte sido feito segundo a linha 2-2;

a Fig. 3 é uma vista em perspectiva explodida do componente femoral da Fig. 1 mostrando o corpo de experiência separado da haste de experiência;

a Fig. 4 é uma vista em corte do Fig. 1, tendo o corte sido feito segundo a componente femoral linha 4-4;

da a Fig. 5 é uma vista em alçado dum componente femoral de experiência de pequenas dimensões e com o corpo e a haste separados um do outro;

a Fig. femoral da Fig. 5A-5A;

5A é uma vista em corte do corpo do componente 5, tendo o corte sido feito segundo a linha a Fig. 6 é uma vista em alçado dum componente femoral de experiência característico do presente invento, com dimensões maiores do que as daquele que se encontra representado na Fig. 5;

a Fig femoral da Fig 6A-6A;

6A é uma vista em corte 6, tendo o corte sido do corpo do componente feito segundo a linha a Fig. 7 é uma vista em alçado dum componente femoral constituído por duas peças característico do presente invento, com dimensões maiores do que as daquele que se encontra representado na Fig. 6;

a Fig femoral da Fig 7A-7A;

7A é uma vista em corte do corpo do componente 7, tendo o corte sido feito segundo a linha a Fig. 8 é uma vista em alçado do implante femoral protético de dimensões correspondentes às do componente femoral de experiência da Fig. 5; e a Fig. 9 é uma vista em alçado do implante femoral protético de dimensões correspondentes às do componente femoral de experiência constituído por duas peças que se acha representado na Fig. 7.

DESCRIÇÃO DO MODELO DE REALIZAÇÃO PREFERENCIAL >

Em relação às Figs. 1-4, vemos que nelas se acha representado um componente femoral de experiência constituído por duas peças característico do presente invento, que é designado genericamente pelo número de referência (10). A prótese femoral ¹ de experiência (10) é composta por uma haste de experiência distai (12) e por um corpo de experiência proximal (14). O corpo (14) inclui duas superfícies de guiamento (16) e (18) geralmente perpendiculares uma em relação à outra que são próprias para guiar a lâmina da serra que é utilizada pelo cirurgião durante a ressecção da zona da cabeça/colo do fémur ou para verificar um corte feito à mão livre. 0 corpo de experiência (14) também inclui um munhão (20) que é utilizado para a montagem duma cabeça esférica (não representada) e uma abertura (22) que é própria para receber uma ferramenta (não representada) capaz de encaixar no corpo (14) a fim de facilitar as operações de introdução e de remoção do componente de experiência.

Conforme se pode ver melhor representado na Fig. 3, a haste de experiência (12) apresenta uma parte distai (24) que é própria para se ir alojar no interior do canal medular do fémur. Na zona da sua extremidade proximal (26), a haste de experiência (12) apresenta um elemento macho (28) que é próprio para ser introduzido no interior duma correspondente abertura (30) que se acha formada na superfície (16) do corpo (14).

Em relação à Fig. 2, vemos que nela se acha representado um detentor (36) de mola e esfera que é concebido para ligar a haste (12) ao corpo (14) duma maneira desarmãvel. Existe uma esfera (38) que vai ser empurrada para baixo quando o elemento macho (28) é enfiado dentro do correspondente elemento fêmea (30) e que depois vai saltar para cima, devido à acção exercida por uma mola, logo que for atingida a parede interior (40) da abertura (22) própria para receber uma ferramenta. A mola (37) é dimensionada de maneira a fazer com que uma pressão manual exercida com uma predeterminada intensidade vã obrigar o corpo (14) a separar-se da haste (12), empurrar a esfera (38) para baixo e permitir que as duas peças de que ê constituída a prótese de experiência possam ser separadas uma da outra.

Em relação às Figs. 5-7A, vemos que nelas se acham representados três corpos de componentes femorais de experiência, que se encontram genericamente designados pelos números de referência (14'), (14) e (14'), respectivamente, e três hastes de componentes femorais de experiência, que se encontram genericamente designadas pelos números de referência (12'),

(12)	e	(12') ,	respectivamente. Cada	um	dos	corpos
(14',	14 ,	14' )	tem	dimensões diferentes	em relação	às dos
outros	corpos e	do	mesmo modo cada uma	das	três	hastes
(12',	12 ,	12')	tem	dimensões diferentes	em relação	às das

outras hastes. Cada uma das hastes (12', 12'', 12') inclui um elemento macho (28', 28, 28'), respectivamente, que é próprio para encaixar em qualquer um dos corpos (14'), (14'') e (14'''). No entanto, devido ao facto dos fabricantes de implantes ortopédicos fornecerem apenas um número limitado de implantes formados por componentes femorais com um limitado número de corpos e de hastes de diferentes dimensões, é necessário garantir que sõ uma prótese de experiência cujo corpo e cuja haste tenham dimensões correspondentes às duma prótese implantãvel real é que possa ser formada por permuta entre as várias hastes (12'), (12) e (12') e os vários corpos (14'), (14) e (14'''). Na Fig. 8 e na Fig. 9 encontram-se representadas duas próteses desse tipo que se acham designadas pelos números de referência (50) e (52).

A fim de se atingir este objectivo no caso do modelo de realização preferencial, o corpo (14') apresenta um escatel (34') formado no lado esquerdo do elemento fêmea (30') e o corpo (14''') apresenta um escatel (34') formado no lado esquerdo do elemento fêmea (30'). 0 corpo (14) inclui uns escatéis (34) formados em ambos os lados da abertura (30'').

A correspondente haste (12') inclui uma chaveta (32') que se acha formada no seu lado esquerdo, ao passo que a haste (12) não apresenta qualquer chaveta e a haste (12') apresenta apenas uma chaveta (32') no seu lado direito. Deste modo é fãcil constatar que a haste (12') não pode ser ligada ao corpo (14') e, de forma semelhante, a haste (12⁷⁷⁷) não pode ser ligada ao corpo (14'). A haste (12) e o corpo (14) podem ser ligados um ao outro ou ligados â haste (12') e (12') no caso do corpo (14) e ao corpo (14') e (14') no caso da haste (12).

Conforme se pode concluir a partir do que foi exposto anteriormente, o modelo de realização preferencial do jogo de componentes de experiência característico do presente invento, os implantes protéticos femorais reais só se encontram disponíveis nas combinações que foram anteriormente referidas. Por outras palavras, no caso do modelo de realização preferencial não existirá nenhum componente femoral protético disponível para implantação cujas dimensões correspondam às de um corpo (14') ligado a uma haste (12'). Do mesmo modo, não existirão nenhuns componentes protéticos femorais capazes de poderem ser implantados (como aqueles que se acham representados a título de exemplo nas Figs. 8 e 9 designados pelos números de referência (50) e (52), respectivamente) que se encontrem disponíveis na forma de um corpo (14') ligado a uma haste (12'), sendo no entanto possível dispor de componentes protéticos constituídos por um corpo (14') e uma haste (12') (Fig. 8) e por um corpo (14') e uma haste (12') (Fig. 9). É evidente que ao jogo de componentes pode ser adicionados corpos e hastes de experiência com dimensões superiores, inferiores ou intermédias às daqueles que se acham representados nas Figs. 5, 6 e 7. No entanto deverão ser incluída (o)s umas chavetas e uns escatéis localizada(o)s em pontos diferentes ou com dimensões diferentes, a fim de se impedir a formação de próteses de experiência cujas dimensões não correspon dam às de um componente femoral real disponível para implantação.

No caso do modelo de realização preferencial, em cada um dos corpos (14') a (14') e em cada uma das hastes (12') a (12') encontram-se impressas as dimensões que correspondem às

dimensões dos implantes formados por componentes' fémorais proféticos que se encontram disponíveis. Deste modo o cirurgião pode escolher uma prótese de experiência constituída por duas peças e determinar quais são os implantes que de entre um grupo constituído por um determinado número (normalmente uma dúzia ou mais) de implantes ele pode utilizar. Evidentemente que o cirurgião poderá ter que fazer várias tentativas até conseguir obter a combinação que melhor se ajuste ao caso em questão, sempre sabendo que não poderá nunca formar um componente de experiência que não corresponda a um implante real de que possa dispor. É fácil constatar que em vez da utilização duma chaveta e dum escatel poderão ser utilizados outros métodos capazes de assegurar que corpos e hastes de experiência desirmanados não se possam combinar entre si.

Irã ser em seguida descrito o processo de utilização do jogo de componentes de experiência caracteristico do presente invento. 0 cirurgião vai dispor inicialmente dum número limitado de componentes protéticos fémorais próprios para poderem ser implantados no fémur. Em seguida o cirurgião vai poder dispor duma série de corpos de experiência cujas dimensões são correspondentes às de cada um dos corpos duma prótese implantável. 0 cirurgião vai poder dispor também dum grupo de hastes cujas dimensões são correspondentes às das hastes que fazem parte dos componentes fémorais protéticos implantáveis. No caso do método cirúrgico preferencial, o cirurgião vai em primeiro lugar preparar um fémur fazendo, como acontece normalmente, um corte a 90° utilizando as superfícies (16) ou (18) dum corpo de experiência (14) como se fossem as superfícies de guiamento da guia duma serra ou como um sistema próprio para verificar um corte a 90° feito à mão livre. Uma vez que nesse momento a haste (12) não se acha ainda fixada ao corpo de experiência (14), o cirurgião poderá verificar facilmente o grau de precisão do corte que ele próprio realizou.

cirurgião poderá em seguida preparar o canal intramedular do fémur por meio da utilização da haste de experiência (12). Para fazer isso o cirurgião terá em primeiro lugar que proceder â introdução de várias hastes de experiência de diferentes dimensões, como por exemplo as hastes (12', 12'', 12'''), a fim de verificar qual delas se ajusta melhor ao paciente. Se uma determinada haste se ajusta bem sem que para isso seja necessário proceder a qualquer escavação do osso no interior do canal femoral, então o cirurgião poderá passar imediatamente à fase seguinte da operação. Se nenhuma das hastes se ajusta adequadamen· te, então o cirurgião será obrigado a preparar o canal femoral através da utilização de raspadores, e/ou escareadores, conforme é já bem conhecido. 0 cirurgião poderá então avaliar imediatamente o ajuste da haste (12) e, caso isso seja necessário, proceder imediatamente à preparação do osso graças a ser capaz de ver claramente a haste no interior do canal femoral devido ao facto de neste momento o corpo (14) ainda não ter sido fixado à referida haste.

Em seguida o cirurgião vai promover a ligação entre a haste de experiência (12) escolhida e o corpo proximal (14) escolhido, indo depois proceder à colocação da unidade, formada pela haste e pelo corpo já montados um no outro, em posição no interior do osso. Uma vez que as dimensões disponíveis dos componentes femorais protéticos (como por exemplo os componentes (50) e (52)) foram escolhidas de maneira a cobrir uma vasta maioria de pacientes, será extremamente improvável que não exista nenhum corpo de experiência (14) disponível cujas dimensões sejam as que se ajustam correctamente às da haste (12) escolhida, isto é, será extremamente improvável que um paciente possa necessitar duma haste de grandes dimensões (como por exemplo a haste (12')) e dum corpo de pequenas dimensões (como por exemplo o corpo (14')). As unidades podem ser montadas fazendo deslizar o elemento macho (28) no interior da abertura fêmea (30) obrigando desse modo a esfera (38), numa primeira fase, a ser empurrada para baixo e depois a deslocar-se de baixo para cima até ir engatar contra a superfície (40) de maneira a fazer com que o corpo (14) e a haste (12) vão ficar imobilizados um em relação ao outro. Em seguida o cirurgião vai colocar a unidade de experiência, formada pela haste e pelo corpo assim montados um no outro, em posição no interior do osso, colocando depois a esfera (não representada) no munhão (20) a fim de verificar o alinhamento desta com o acetábulo. Depois de ter feito essa verificação, o cirurgião irá precisar apenas de proceder à remoção da prótese de experiência e ao assentamento do implante de dimensões correspondentes às da referida prótese de experiência, como por exemplo o implante (50) ou (52), no interior do canal femoral.

Conforme foi anteriormente descrito, é utilizado um sistema de chaveta (32) e escatel (34) para assegurar que apenas os componentes de experiência correspondentes ao limitado número de componentes protéticos femorais implantáveis, como por exemplo os implantes (50) e (52), é que possam ser formados.

Se durante a realização da operação determinar que o corpo de experiência ou que a haste de experiência não é o elemento correcto para ser utilizado, o cirurgião poderá separar uma da outra as duas peças de que é formado o componente femoral de experiência (10), bastando para esse efeito exercer uma pressão contra a superfície (16) ao mesmo tempo que mantém a haste (12) em posição. A mola (37) é dimensionada de maneira a fazer com que seja apenas necessário exercer uma força de intensidade razoável para promover a separação entre o corpo (14) e a haste (12).

Em relação às Figs. 8 e 9, pode ver-se que os implantes femorais reais (50, 52) são concebidos sob a forma duma única peça e que cada um deles apresenta umas superfícies de assentamento (54) e (56) que são perpendiculares uma em relação à outra. É proporcionada a existência duns furos de passagem (58) em forma de estrela e duns encaixes (60) próprios para permitir que a prótese possa ser amarrada ou presa ao fémur por meio de arames ou de fios.

Apesar de aqui só terem sido descritos alguns modelos de realização e alguns exemplos do presente invento, é óbvio que nestes podem ser feitas muitas alterações e modificações sem se sair do espírito e do âmbito do invento.

Claims

REIVINDICAÇÕES

I^a.- Jogo de componentes femorais de experiência, constituídos por várias peças, próprio para ser utilizado na escolha de um componente femoral protético e na preparação e dimensionamento duma cavidade femoral antes de se proceder à implantação de um componente femoral protético, caracterizado por compreender:

pelo menos duas hastes de experiência, de diferentes dimensões uma(s) em relação à(s) outra(s), sendo cada uma das referidas hastes destinada a constituir a parte distai do componente femoral de experiência em que for integrada;

pelo menos dois corpos de experiência, de diferentes dimensões um(uns) em relação ao(s) outro(s), sendo cada um dos referidos corpos destinado a constituir a parte proximal do componente femoral de experiência em que for integrado e encontrando-se em cada um dos referidos corpos formadas duas superfícies de guiamento para a operação de ressecção que são geralmente perpendiculares uma em relação à outra, encontrando-se uma primeira das referidas duas superfícies de guiamento alinhada segundo um plano que se estende transversalmente em relação à cavidade femoral na zona do colo do fémur e indo uma segunda das referidas superfícies de guiamento estender-se proximalmente a partir da referida primeira superfície de guiamento; e um sistema de ligação que é próprio para ligar os referidos corpos de experiência às referidas hastes de experiência e que inclui um sistema próprio para impedir que determinadas hastes de experiência que tenham sido escolhidas de entre o grupo constituído pelas referidas pelo menos duas hastes de experiência possam ser ligadas a determinados corpos de experiência que tenham sido escolhidos de entre o grupo constituído pelos referidos pelo menos dois corpos de experiência.
2^.- Jogo de componentes femorais de experiência, constituídos por várias peças, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido sistema de ligação que é próprio para ligar o referido corpo de experiência à referida haste de experiência deixar exposta a maior parte de cada uma das referidas duas superfícies de guiamento, que são geralmente perpendiculares uma em relação à outra, depois de se ter procedido â ligação entre o referido corpo de experiência e a referida haste de experiência.

33.- Jogo de componentes femorais de experiência, constituídos por várias peças, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido sistema de ligação permitir efectuar a ligação entre o referido corpo de experiência e a referida haste de experiência por meio dum movimento de deslocação do referido corpo realizado segundo uma direcção transversal ao eixo longitudinal da referida haste.
4ã.- Jogo de componentes femorais de experiência, constituídos por várias peças, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido sistema de ligação próprio para promover a ligação entre o referido corpo e a referida haste incluir uns elementos macho e fêmea de união que se acham formados integralmente no respectivos corpo e haste.
5â.- Jogo de componentes femorais de experiência, constituídos por várias peças, de acordo com a reivindicação l, caracterizado por o referido sistema próprio para impedir que determinados corpos de experiência possam ser ligados a determinadas hastes de experiência ser constituído por um mecanismo de chaveta que se acha dotado duma chaveta e dum escatel que não podem encaixar um no outro e que se acham localizados nos respectivos elementos macho e fêmea que se encontram formados nos referidos corpo e haste de experiência.
6ã.- Componente femoral de experiência, constituído por duas peças, próprio para ser utilizado na escolha de um componente femoral protêtico e no dimensionamento e preparação duma cavidade femoral antes de se proceder à implantação do implante protêtico escolhido, caracterizado por compreender:

uma haste de experiência;

um corpo de experiência que se acha ligado de forma amovível à referida haste de experiência, encontrando-se no referido corpo de experiência formadas duas superfícies de guiaménto para a operação de ressecção que são geralmente perpendiculares uma em relação â outra, encontrando-se uma das referidas duas superfícies de guiaménto alinhada segundo um plano transversal à cavidade femoral na zona do colo do fémur e indo uma segunda das referidas superfícies de guiaménto estender-se proximalmente a partir da referida primeira superfície de guiamento; e um sistema de fixação que pode ser desarmado duma maneira selectiva e que é próprio para fixar o referido corpo de experiência amovível à referida haste de experiência.
7â.- Jogo de componentes femorais de experiência, constituídos por várias peças, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o referido sistema de ligação que ê próprio para ligar o referido corpo de experiência à referida haste de experiência deixar exposta a maior parte de cada uma das referidas duas superfícies de guiamento, que são geralmente perpendiculares uma em relação à outra, depois de se ter procedido à ligação entre o referido corpo de experiência e a referida haste de experiência.
8-.— Jogo de componentes femorais de experiência, constituídos por várias peças, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o referido sistema de ligação permitir efectuar a ligação entre o referido corpo de experiência e a referida haste de experiência por meio dum movimento de deslocação do referido corpo realizado segundo uma direcção transversal ao eixo longitudinal da referida haste.
9§.- Componente femoral de experiência, constituído por duas peças, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o referido sistema de fixação que pode ser desarmado duma maneira selectiva e que é próprio para prender o referido corpo amovível à referida haste incluir uns elementos macho e fêmea de união que se acham formados integralmente no respectivos corpo e haste.
10-.— Componente femoral de experiência, constituído por duas peças, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por um dos referidos elementos macho e fêmea de união incluir uma chaveta e o outro dos referidos elementos macho e fêmea incluir um escatel de união.