PT95559B

PT95559B - Processo para o aumento da producao de queijo

Info

Publication number: PT95559B
Application number: PT9555990A
Authority: PT
Inventors: Jean-Claude Robert
Original assignee: Rhone Poulenc Nutrition Animal
Priority date: 1990-10-10
Filing date: 1990-10-10
Publication date: 1997-11-28
Also published as: PT95559A

Description

MEKÓRIft DESCRITIVA

presente invento refere-se ao processo de produção de queijo a partir de um leite proveniente que receberam uma alimentação suplementada com protegidos.

aumento da de animais aminoácidos

É conhecida a complementação da alimentação das vacas, juntando à sua alimentação de base uma complementação à base de aminoácidos essenciais que são principalmente a lisina e a metionina. Estes aminoácidos indispensáveis, também chamados limitantes, não são sintetizados em quantidade suficiente pelo organismo, a partir da alimentação absorvida quotidianamente pela vaca. A fermentação dos alimentos ao nível do rúmen, pelas enzimas digestivas, provoca a formação de proteínas ditas microbianas, uma vez que provêm da acção de micróbios situados no rúmen. Estas proteínas, assim como as que atravessam o rúmen, são digeridas no intestino dos ruminantes e fornecem os aminoácidos necessários, em qualidade e em quantidade, à manutenção dos ruminantes e à produção de leite. Durante a lactação, a glândula mamária absorve a parte mais importante (80 a 90¾) da fonte natural de aminoácidos e requer um complemento de aminoácidos limitantes.

Procurou-se aumentar a produção leiteira, juntanto, à alimentação clássica dos ruminantes, complementos à base de proteínas tanadas ou aminoácidos protegidos.

Esta adição de aminoácidos protegidos, eventualmente a lisina ou a metionina, permite um aumento da taxa de proteínas do leite de vaca.

Verificou-se, de modo completamente surpreendente, que o leite proveniente de animais que tinham recebido um suplemento em aminoácidos protegidos, de preferência em lisina e/ou metionina apresentavam potencialidades, no fabrico de queijos, completamente surpreendentes.

Com efeito, este leite permite um aumento de rendimento

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-3notável, da quantidade de coalhada produzida por litro de leite, em relação a uma vaca que não recebeu complementação. Por outro lado, o queijo apresenta uma firmeza aumentada.

A alimentação com aminoácidos protegidos pode fazer-se com o auxílio de aminoácidos protegidos por um polímero resistente às condições de pH do rúmen e que se liberte no coagulador e/ou no intestino.

Este polímero pode ser escolhido entre as misturas de copolímeros aminados básicos com uma substância hidrófoba cujo ponto de fusão é superior a 60°C e/ou um copolímero não hidrossolúvel.

copolímero aminado básico é, de preferência, um copolímero ã base de estireno e de vinilpiridina.

A substância hidrófoba possuindo um ponto de fusão superior a 60°C é, de preferência, o ácido esteárico.

copolímero não hidrossolúvel é, de preferência, a etilcelulose.

copolímero protector do aminoácido pode ser, também, um copolímero ã base de zeina e duma substância hidrófoba, cujo ponto de fusão é superior a 60°C, e/ou de um copolímero não hidrossolúvel. A substância hidrófoba preferida e o copolímero não hidrossolúvel preferido são os mesmos do que os descritos precedentemente.

conjunto dos aminoácidos protegidos está descrito, por exemplo, nas patentes EP 188 953, FR 2 401 621, FR 2 514 261, EP 260 186, FR 2 606 597, FR 2 582 909.

Os aminoácidos são incluídos na alimentação diária dos animais à razão de 0 a 30 g de metionina e de 0 a 100 g de lisina, sendo a soma mínima dos dois aminoácidos de, pelo menos, 5 g por dia.

presente invento será mais completamente descrito com a ajuda dos exemplos seguintes que não devem, em nenhum caso, ser

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-4considerados como limitativos do invento.

Exemplo

Os animais da experiência eram bezerras com 8 a 12 semanas de lactação e cujo nível de produção de leite era de 22,5 a 30,5 kg.

regime de base era constituído por ensilagem de milho à vontade. Esta foi complementada com um concentrado energético, um concentrado azotado (glúten meai) e/ou por um aminoácidos protegidos (tratamento) ou por testemunho (nem aminoácidos, nem produto de concentrados eram iguais em quantidade para todas as bezerras e constantes ao longo do ensaio (20 g de metionina base e 48 g de lisina base).

concentrado de um concentrado protecção). Os

Estes aminoácidos foram introduzidos sob a forma de uma mistura de metionina revestida e de granulados de metionina/lisina revestida com as composições seguintes:

granulados metionina/lisina:

g de núcleo contendo . 59,5¾ de lisina, HC1 . 14,5¾ de metionina . 12¾ de talco . 14¾ de ligante (95¾ ácido esteárico,

5¾ de copolímero de 2-vinil piridilestireno (65/35) de de revestimento contendo . 30¾ de 2-vinil piridilestireno 65/35 . 10¾ de ácido esteárico . 60¾ de talco granulados de metionina contendo:

g de núcleo contendo , 77,5¾ de metionina . 10¾ de talco . 12,5¾ de ligante contendo 95¾ de áci71 221 ΕΧ 89014 NLP/ND-1809/90

do esterárico, 5¾ de copolimero de 2-vinil piridilestireno (65/35) g de revestimento contendo . 30¾ de 2-vinil piridilestireno 65/35 . 10¾ de ácido esteárico . 60¾ de talco, ft experiência durou 16 semanas e foi dividida em 4 períodos de 4 semanas,

Determinação das propriedades químicas e tecnológicas dos leites

Na terça-feira da última semana de cada período, retiraram— -se, da recolha da manhã, amostras de cerca de 1 litro, por vaca, Fez-se uma amostra média (500 ml por vaca) em cada período, para as 4 vacas que recebiam o mesmo tratamento. Este leite foi adicionado com penicilina G sódica (200 UI por litro) e desnatado tendo em vista os testes tecnológicos.

Os parâmetros tecnológicos foram medidos no leite desnatado, no decorrer da sua coagulação a 35°0, por acção do coalho (5,2 mg de quimosina por litro) utilizadona dose de 0,13 mg de quimosina por litro de leite, Estas medições foram feitas em leite cujo pH tinha sido padronizado em 6,6 (pela adição de ácido láctico) e cujo equilíbrio mineral tinha sido restabelecido.

ft aptidão da coagulação é medida com o auxílio de um FORMAGRftPH (FOSS ELECTRIQUÉ) e representada pelo tempo de coagulação, o tempo de consolidação e a consistência da coalhada, 30 minutos depois da adição de coalho. Ela é medida no leite, ao pH inicial e ao pH padronizado.

Os rendimentos queijeiros, em fresco, em seco e em azoto, são determinados uma hora depois da adição de coalho por meio de descoagulação seguida, imediatamente, por uma centrifugação.

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-6EFEITO DO APORTE DE LISINA-METIONINA

SOBRE A APTIDÃO QUEIJEIRA DOS LEITES
l	Γ j SEM AMINO-	T \| COM AMINO-
	j ÁCIDOS í	J ÁCIDOS 1
Rendimentos queijeiros (¾)	i i	1 1
. em fresco	\| 18,4	1 19,3
. em azoto	I 78,2	I
, em matéria seca	j 43,7	j 44,6

FORMAGRAPH

- Ao Ph inicial

1 - Tempo de presa (min) j	15,0	\| 15,5
2 - Tempo de consolidação (min) j	6,8	\| 6,8
3 - Firmeza da coalhada (mm) 1	37,5	\| 37,7
4 — Velocidade de coagulação: i	2,3	J 2,3
tempo de presa/tempo de \|		1
consolidação j		1 1
Ao pH padronizado j		1 1
1 - Tempo de presa (min) 1	13,8	\| 14,5
2 - Tempo de consolidação (min) 1	6,1	\| 6,3
3 - Firmeza da coalhada (mm) 1	39,3	\| 40,1
4 - Velocidade de coagulação: \|	2,3	\| 2,3
tempo de presa/tempo de J		1
consolidação j		1

w

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EFEITO DO APORTE DE LISINA-METIONINA + NATUREZA DO AZOTO (COMPLEMENTO DE GLÚTEN DE MILHO COM 60¾ DE PROTEÍNAS) SOBRE A APTIDÃO eUEIJEIRA DO LEITE

I 1 1 !-	1i1 1 SEM AMINO- 1 COM AMINO- 1
\| ÁCIDOS	J ÁCIDOS j
1 jRendimentos queijeiros (¾)		i i 1 1
j , em fresco	\| 17,9	1 ¹⁹ 1
1 . em azoto	\| 77,8	1 ⁷⁹ 1
\| . em matéria seca L	J 42,6	j 45,! \| ! !
I \|FORMAGRAPH I	!	1 ! 1 1 1 I
1 \| — Ao Ph inicial		ι 1 1 · 1
1 1 - Tempo de presa (min)	1 15,3	1 ¹⁴-⁸ 1
\| 2 - Tempo de consolidação (min)	\| 7,1	i 6,8 j
\| 3 - Firmeza da coalhada (mm) 1	] 36,4 I	j 38,2 j
1 J- fto pH padronizado	I	! ι 1 i
\| 1 - Tempo de presa (min)	\| 13,8	1 14,4 [
\| 2 - Tempo de consolidação (min)	\| 6,4	1 6,6 \|
\| 3 - Firmeza da coalhada (mm) 1----------	\| 38,7 I	\| 39,2 j __J_1

Claims

REIVINDICftÇSES

1 - Processo para o aumento da produção de queijo, caracterizado por se preparar a coalhada com leite proveniente de ruminantes aos quais se administrou aminoácidos protegidos relativamente ao pH do rúmen, na sua ração alimentar.
2 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o aminoácido ser escolhido entre lisina e/ou metionina.
3 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o aminoácido ser protegido por um polímero resistente às condições de pH do rúmen, libertando-se no coagulador e/ou no intestino.
4 - Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o aminoácido ser protegido por uma camada constituída por um copolímero aminado básico e por uma substância hidrófoba cujo ponto de fusão é superior a 60°C e/ou por um copolímero não hidrossolúvel.
5 - Processo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por os aminoácidos serem protegidos por uma camada constituída por um copolímero ã base de zeina e de uma substância hidrófoba cujo ponto de fusão é superior a 60°C e/ou por um copolímero não hidrossolúvel.
6 - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por os aminoácidos serem protegidos por uma camada constituída por um copolímero de estireno-vinilpiridina em associação com uma substância hidrófoba, o ácido estárico, e com um copolímero não hidrossolúvel, etil celulose.
7 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a alimentação complementar ser constituída por 0 a 30 g de metionina e 0 a 100 g de lisina/dia, sob fôrma protegida, sendo o mínimo da soma dos dois aminoácidos de, pelo menos, 5 g/dia.