PT95330A - Processo para a preparacao de argilas em ponte - Google Patents
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Description
RHONE:PgULENÇ=CHIMIE "PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DE ARGILAS EM PONTE" A presente invenção diz respeito a um processo para a preparação de argilas com a estrutura em ponte e as argilas com a estrutura em ponte preparadas de acordo com o referido pro cesso.
J
Certas argilas têm uma estrutura com a rede expansível. Com efeito, estas argilas tem a propriedade de poder absorver água, em especial, entre as diferentes 'lâminas que as compõem.
Tem esta propriedade as argilas do grupo das esmectites e das ver^ miculites. A estrutura destas argilas pode ser descrita de uma maneira simplificada como uma estrutura em laminas de camda tripla com uma espessura de cerca de 1 nanÕmetro, que possui duas camadas de tetraedros SiO^ separadas por uma camada de octaedros de MXg, em que o símbolo M pode representar um ião trivalente ,
J 3+ - por exemplo A1 no. caso das argilas dioctaedricas ou um iao bi-valente, por exemplo Mg2+ no caso das argilas trioctaedricas; o sTmbolo X representa um átomo de oxigénio, um agrupamento hidro-xilo OH ou um átomo de flúor F.
Os átomos de silício dos tetraedros podem ser substituídos em parte por átomos de alumínio e os átomos de alumínio e de magnésio dos octaedros podem ser substituídos em particular res-pectivamente por átomos de magnésio ou de ferro e de lítio.
Em virtude do carácter expansível das argilas, elas são utilizadas no domínio da catalise, em que se procura a maior superfície acessível aos reagentes.
No entanto, o interesse das argilas com a estrutura não -2-
em ponte como catalisadores ou suportes de catalisadores 1 imita--se a catalise em fase liquida porque as argilas expandidas sofrem uma dissecação a partir da temperatura de ebulição do dissolvente. Desse facto resulta uma perda do seu caracter expan-sTvel e, p.or isso mesmo, da sua superfície interlaminar acessível .
Portanto, procurou-se conseguir expandir as argilas de acordo com uma outra técnica que permita o seu emprego como catalisadores ou suportes de catalisadores igualmente em fase gasosa.
Conseguiu-se assim expandir as argilas introduzindo entre as lâminas de argila uma espécie mineral que cria pilares- ou pontes. Designam-se por "argilas com estrutura em ponte" as argilas assim obtidas.
Uma técnica bem conhecida consiste em efectuar a ligação em ponte por meio de oligomeros de um hidróxido de um metal, em especial de alumínio.
Geralmente, é habitual realizar-se a estrutura em ponte das argilas de acordo com um processo em tris etapas; - fabricação do pilar de alumínio Al13 de.fórmula geral [ali304(0H)24tx(H20)n](7-x)+ (na qual o símbolo x representa um numero compreendido entre 0 e 4 e o símbolo n representa um numero que varia na maior parte das vezes entre 8 e 12), a partir de um sal de alumínio e de uma base; - mistura da solução que contém a fonte de AIcom a suspensão aquosa da argila; - lavagem ou dialise do produto acabado. -3- ί
Pode citar-se, em particular, a patente de invenção fra_n cesa FR-A 2 512 043 que descreve um processo deste tipo. A presente invenção visa propor um novo processo de preparação de argilas com a estrutura em ponte que apresenta, em re lação ao processo anteriormente citado, a vantagem precisada máis adiante de compreender uma.etapa a menos.
Precisamente, a invenção tem como objecto um processo de preparação de um argila com a estrutura em ponte, caracteriz^ do pelo facto de consistir em tratar termicamente um meio reac-cional que compreende a argila em suspensão aquosa, pelo menos um sal de um catião M e um composto que fornece' iões 0H~ .por decom posição hidrotermica nas condições reaccionais e, depois, em separar o produto assim obtido. A caracterTstica do processo de acordo com a presente in venção consiste em utilizar, quando se faz a ligação em ponte da argila, um composto que se decompõe nas condições de temperatura da reacção de acordo com uma reacção do tipo (1); AB + H20 —^ AH + B+ + OH" (1)
Como composto utilizado preferencialmente para esse efe_i_ to, emprega-se ureia que se decompõe a quente segundo as reacçÕes expressas pelas equações químicas seguintes: · 0=C-(NH2)2'+ H20 ^=ÍC02 + 2NH3 (2) 2NH3 + 2H20^2NH4+ + 20H" (3) A requerente descobriu agora, de acordo com a presente invenção, que a escolha da ureia ou de qualquer outra substância equivalente permitia, quando se faz a elevação da temperatura, formar in situ o pilar da ligação em ponte e assim permitia di£ pensar a sua preparação previa, tal como se.descreve no processo de acordo com o estado actual da técnica.
Na exposição da presente invenção que se segue, designa--se por "composto AB" o composto que fornece iões 0H~ por decomposição hidrotermica. 0 processo de acordo com a presente invenção Ó conveniejn te para todas as argilas de origem natural ou sintética, desde qué apresentem uma estrutura que inche.
As argilas preferidas pertencem aos grupos designados p£ lo nome de esmectites. A titulo de exemplo, podem citar-sè a montmorilonite, [AI 67MgQ 33(NaQ 33)]Si4O10(OH)2> a beidelite, Al2CAl0,33(NaO,33)Si3,67]O1G(OH)2 e 3 hectorite, ^M92,67LlO,33*Nafl,33)ps14.°10 CpHg)
As formulas são indicadas a titulo indicativo e sem carácter limitativo.
Pode igualmente utilizar-se uma argila do tipo da vermi- culite.
Uma variante preferida do processo de acordo com a presente invenção consiste em utilizar uma argila que tenha sofrido um tratamento que consiste em permutar os catiões cálcio contidos na argila por catiões sódio. Este tratamento é..conhecido e tem como efeito melhorar o inchamento da argila. Precisa-se que, geralmente, se faz contactar a argila com uma solução aquc) sa de um sal de sodio, de preferencia o cloreto de sódio.
Na maior parte das vezes, a quantidade de sal de sodio é superior em relação a capacidade de permuta da argila. 0 excesso de sal de sodio pode ser eliminado por lavagem com agua da argila assim modificada.
Como se mencionou anteriormente, o processo de acordo com a presente invenção caratceriza-se pela utilização do com posto (AB). A titulo de exemplos de compostos AB que convêm de ma neira particularmente boa ã realização do processo de acordo com a presente invenção, pode mencionar-se a ureia, mas também qualquer outro composto que se comporte como a ureia. A titulo de exemplos, podem citar-se as ureias substituídas, a tio-ureia e as tio-ureias substituídas, a cianamida, as ctanamidas substituídas, a hexametileno-tetramina, a melamina, que podem ser uti_ lizadas sozinhas ou em mistura.
As ureias substituídas e as tio-ureias substituídas são respectivamente ureias e tio-ureias substituídas nos átomos de azoto por um, dois, três ou quatro radicais alifãticos saturados ou insaturados e/ou aromáticos.
Como exemplos de radicais, podem citar-se mais partic^ larmente os radicais alquilo com um a quatro átomos d« carbono,, o radical alilo e/ou o radical fenilo.
Como exemplos de ureias e de tio-ureias substituídas que são especialmente convenientes de acordo com o processo da invenção podem citar-se: metil-ureia; dimetil-ureia simétrica ; dimetil-ureia dissi-metrica; trimetil-ureia ; tetrametil-ureia; etil-ureia; N-me-til-N1-etil-ureia; dietil-ureia simétrica ; dietil-ureia di£ simétrica; trieti1-ureia ; tetretil-ureia; n-propil-ureia; di-n-propil-ureia simétrica; tetra-n-propi1-ureia ; n-butil--ureia; di-n-ami 1 -ureia simétrica; al.il-ur&ia; dial il-ureia simétrica; dialil-ureia dissimétrica; fenil-ureia; N-metil-N1--fenil-ureia; N-metil-N-fenil-ureia; N-etil-N1-feni1-ureia; N--et.il.-.N-fenil-ureia; N,N-diemtil-N’-fenil-ureia ; difenil-ureia ,/ -f- 'Í‘ /, simétrica; metil-tio-ureia; dimetil-tio-ureia simétrica; dimetil--tio-ureia dissimétrica; trimetil-tio-ureia; tetrameti1-tio-ureia; etil-tio-ureia; N-meti1-N1-eti1-tio-ureia; N,N-dimeti1-N1-eti1 --tio-ureia; dieti1-tio-ureia simétrica; dietil-tio-ureia dissimétrica; trietil-tio-ureia; tetraetil-tio-ureia; n-propil-tio--ureia; N-metil-Ν'-n-propil-tio-ureia; N-etil-Ν'-n-propi1-tio--ureia; di-n-propil-tio-ureia simétrica; di-n-propil-tio-ureia dissimétrica; N-etil-N,N1-di-n-propi1-tio-ureia; n-butil-tio--ureia; i-butil-tio-ureia; d-sec.-buti1-tio-ureia; butil terc.--tio-ureia; alil-tio-ureia; N-meti1-N'-ali1-ti o-ureia; N,N-dime ti 1-N ' - alil-ti o-ureia; N-etil-N1-ali1-tio-urei a; N,N-dietil-N'--ali1 - tio-ureia; diali1-ti o-ureia simétrica; feni1-tio-ureia ; di feni1-ti o-ureia-si métrica.
As cianamidas substituídas são cianamidas substituídas no átomo de azoto por um ou dois radicais alifãticos e/ou aromáticos, tais como se definiu anteriormente.
Como exemplos de cianamidas substituídas, podem citar-se, em particular, os seguintes compostos: metil-cianamida; dimetil-cianamida; etil-cianamida, dieti 1-cianamida; di-n-propi1-cianamida; di-n-buti1-cianamida; alil-cianamida; diali1-cianamida; fenil-cianamida; difeni1-cian£ mida.
De acordo com a presente invenção, emprega-se um sal de um catião M. 0 catião M é o catião que intervém no pilar de for mação da ponte entre as camadas.
De acordo com a presente invenção, entende-se como. catião M qualquer catião que tenha a propriedade de se hidrolisar numa gama de pH compreendida entre 3,0 e 10,0 e, de preferência, entre 4,0 e 8,0. A titulo de exemplo de catiões M, utilizam-se preferivel_ mente os catiões trivalentes e, mais particularmente, catiões de alumínio, crõmio, ferro ou as suas misturas. E igualmente possível juntar a estes catiões trivai entes.uma quantidade minoritária de um catião bivalente que tem a propriedade de precipitar na mesma gama de pH que se precisou anteriormente.
Por "quantidade minoritária", entende-se uma quantidade que representa menos de 20% aproximadámente do peso total da mis_ tura de catiões. Como exemplos de catiões bivalentes', podem citar-se o cobalto, o níquel, o cobre, o zinco, etc.
No que diz respeito ã natureza do sal, pode utilizar-se qualquer sal solúvel do catião M. Emprega-se geralmente sobre a forma de nitrato ou de cloreto. A titulo de sais de catiões metálicos preferidos, escolhe-se o cloreto de alumínio e/ou de crõmio, o nitrato de alumT nio e/ou de crõmio. Ainda mais preferencialmente, escolhe-se o cloreto de alumínio ou o nitrato de alumínio. 0 sal pode ser empregado no processo de acordo com a pre^ sente invenção ou sob a forma solida ou sob a forma de solução aquosa.
No -processo de acordo com a presente invenção, intervêm um outro reagente, a saber, o composto (AB). 0 composto (AB) p^o de ser introduzido no meio reaccional sob a forma solida ou sob a forma de solução aquosa.
Na primeira operação do processo de acordo com a presente invenção, realiza-se a mistura dos diefrentes reagentes. A o_r dem de introdução dos reagentes não e critica.
De acordo com uma primeira variante, pode suspender-se a argila em água e adicionar-se a solução aquosa de pelo menos um sal
/- do catião M e depois a solução aquosa do composto (AB) ou inversamente.
De acordo com uma segunda variante, podem misturar-se si_ muitaneamente os tres reagentes.
De acordo com uma terceira variante pode, igualmente introduzir-se o pÕ de argila numa solução aquosa de pelo menos um sal do catião M e do composto (AB).
J A operação de preparação da mistura faz-se, de preferên cia, sob agitação. A concentração da argila no meio reaccional e escolhida de maneira a ser o mais elevada possível mantendo as condições de manipulação pretendidas. A referida concentração pode estar compreendida, por exem pio, entre 0,1 g/1 e 20 g/1. A concentração do composto (AB) no meio reaccional e ejs _ 3 colhida vantajosamente entre 10 e 2 moles/litro.
J
Relativamente H proporção dos diferentes reagentes, defj_ ne-se uma relação ponderai entre o peso do sal de catião M expresso em peso de oxido utilizado e o peso da argila colocada em suspensão escolhido preferencial mente entre 0,1 e 6,0 e, de preferência, entre 1,0 e 5,0.
No que diz respeito E quantidade do composto (AB) empre gada, ela é determinada de tal maneira que a relação molar entre o numero de moles do composto (AB) e o número de moles de catião M esteja compreendida, de preferência, entre 0,5 e 3,0.
0 processo de acordo com a presente invenção consiste em efectuar a mistura dos diferentes reagentes citados antes geralmente a temperatura ambiente (na maior parte das vezes, entre 15° e 25°C) e depois em aquecer o meio reaccional a uma temperatura compreendida entre 80° e 180°G, de preferência entre 80°C e 120°C. 0 aquecimento provoca a decomposição do composto (AB) e permite assim a formação dos pilares entre as lâminas. E mais simples trabalhar â temperatura de refluxo, que e fácil de controlar e de reproduzir. A operação possui uma duração muito variável, que vai , por exemplo, desde uma a cerca de dez horas e, de preferência , entre três e oito horas. E preferível manter o meio reaccional " sob agitação durante o decurso de todo o processo da presente invenção.
No fim do tratamento, recupera-se a argila de acordo com as técnicas clássicas de separação solido-lTquido, tais como, por exemplo, filtração ou centrifugação, E então possível 'submeter-a argila com a estrutura em ponte a uma operação de eliminação dos aniões. Esta operação pode ser necessária porque se constata por vezes uma melhoria da estabilidade térmica da formação da estrutura em ponte. A fim de saber se esta operação e desejável, qualquer especialista na matéria pode facilmente determinar isso efectuan do dois ensaios comparativos, um com a operação de eliminação dos aniões e o outro sem esta operação. A referida operação será apenas utilizada se se constatar uma diminuição do distanciamento basal. Define-se o distanciamento basal como a soma da ejs pessura de uma camada e do espaçamento interfoliar, isto e, o espaçamento entre duas lâminas.
De uma maneira prática, a eliminação dos aniões pode re£ lizar-se por lavagem, de preferência com água, ou por dialise de acordo com uma técnica bem conhecida descrita em particular na patente de invenção francesa FR-A 2 512 043.
Numa operação seguinte, submete-se a argila a um trata- mento térmico. Ela pode ser submetida directamente a uma opera^ ção de calcinação ou então sofrer uma secagem previa.
As condições de realização da secagem podem variar entre limites afastados. Assim, a temperatura pode ser escolhida entre 80° e 120°C, de preferência igual a cerca de 100°C .
J A duração da secagem e escolhida, de preferência, entre duas e quarenta e oito horas. A operação' de secagem pode fazer-se ao ar ou sob pressão reduzida, por exemplo, entre 1 e 100 milímetros de mercúrio (133,322 £a e 13332,2 Pa).
Uma outra variante da presente invenção consiste em su£ meter a argila separada a um tratamento de 1iofi1ização. Este realiza-se por meio da congelação brusca do produto a uma temperatura situada, de preferência, entre -10° e -50°C, seguida de sublimação do gelo sob pressão reduzida; a mencionada pressão não e critica e e escolhida de maneira a ficar compreendida de -5 preferencia entre 10 e 0,5 atmosfera.
J
De acordo com a última operação do processo, submete-se o produto eventualmente seco a uma calcinação a uma temperatura escolhida entre 300° e 800°C, mas, de. preferência, entre 350°. e 6000C. Dura entre uma a seis horas e, de preferência, cerca de duas horas.
As argilas preparadas de acordo com' o processo da presente invenção possuem um espaçamento basal que varia, por exem pio, entre 1,4 e 2,0 nm, no caso da formação de uma ponte por alumíno.
Possuem boa estabilidade térmica e, portanto, são perfeitamente adaptadas a aplicações no domínio da catãlise, tal como no craqueamento catalítico de hidrocarbonetos parafínicos ou na isomerização dos hidrocarbonetos parafínicos ou de olefj_ nas.
Seguidamente, descrevem-se exemplos de realização do processo de acordo com a presente invenção que não tem nenhum carácter limitativo. EXEMPLOS Exemplo 1 1. Neste Exemplo, emprega-se uma argila do tipo de montmorilo nite, proveinente do Uyoming e chamada bentonite Volclay.
Prepara-se uma suspensão aquosa com a concentração de 20 gramas/litro da citada argila, que se agita violentamente e se deixa decantar durante vinte e quatro horas.
Em seguida, retira-se a fracção granulometrica de 2 mj_ crometros e obtêm-se uma suspensão aquosa de argila denominada A. 2. Na operação seguinte, efeçtua-.se o tratamento com cloreto de sódio. Para esse efeito, adiciona-se ã suspensão A cloreto de sodio em excesso em relação ã capacidade de permuta de argj_ la, ou seja 200 miliequivalentes de sódio por 100 gramas de argila.
Agita-se a suspensão durante uma hora ã temperatura am biente (22°C).
Efectua-se então uma filtração sobre vidro fritado nume ro 4.
Repete-se a operação de tratamento com cloreto de sódio.
Procede-se a uma segunda filtrãção e lava-se a argila com agua destilada até ao desaparecimento completo dos iões cl£ reto nas aguas de lavagem.
Coloca-se a argila em suspensão- na água na proporção de 20 gramas/1itro, Trata-se da suspensão B. 3. Prepara-se uma solução aquosa de nitrato de alumínio a 0,4 mole/litro de AI(N03)g.9H20.
Adicionàm-se 1,2 litros desta solução a 0,85 litro da suspensão B.
Agita-se a temperatura ambiente durante alguns minutos. Obtém-se assim a suspensão C. 4. Prepara-se uma solução aquosa de ureia a 14,4 gramas/1itro, de que se adicionam progressivamente 1,2 litros a suspensão C. ‘O * A proporção molar ureia/AlJ+ é igual a 1.16.
No fim da adição da ureia, obtém-se a mistura reaccio- nal D. 5. Aquece-se então sob agitação e a refluxo durante'cinco horas. A suspensão e em seguida submetida adialise de acordo com a maneira de proceder clássica com o auxilio de uma membra na de hidroxi-acetato de celulose'para um peso molecular igual a 1 0.000 e ma is. •Efectua-se a separação da argila por filtração através de vidro fritado número 4. 6. Seca-se o produto separado em estufa a 100oC durante vinte e quatro horas e depois calcina-se num forno de mufla duraji te duas horas a 350°C, A análise da argila por difracção de raios X revela a existência de uma risca dg^ e 1,8 nm,. caracterTstica da ponte de alumínio; o valor correspondente a ^o01 0 espaçamen to basal, que e a soma da espessura de uma lâmina e do espaçamento interfoliar.
Exemplo 2
Reproduz-se o Exemplo 1, com a unica diferença de se suprimir a operação de diãlise. 0 espectro de difracção de raios X da argila assim obti da mostra a existência de uma risca’dg0^ a.1,4 nm.
Como conclusão, verifica-se que a operação de diãlise ê desejável pois a suã eliminação provoca a diminuição do espaçamento basal.
Exemplo 3
Reproduz-se o Exemplo 1, com as diferenças de se modificar a quantidade de ureia da suspensão C e de não se efectuar a operação de diãlise. A solução de ureia tem a- concentração de 28,8 gramas/li
A tro e, portanto, uma relação molar ureia/al . igual a 2,32. 0 espectro de difracção de raios X da argila assim obtida mostra a existência de uma risca dqq^ a 1,8 nm, caracterTs^ tica da formação de ponte aluminica*·
Exemplo 4
Reproduz-se o Exemplo 3, com a única diferença de se efectuar ainda a operação de diãlise. -14
0 espectro de difracçao de raios X da argila assim obtida mostra a existência de uma risca dg^ a 1,4 nm.
Por consequência» a operação de dialise, que provoca , neste caso, a diminuição do espaçamento basal, não mostra pois ser desejável.
Claims (26)
- REIVINDICAÇÕES 1. - Processo para a preparação de argilas em pnte, carac terizado pelo facto de se tratar termicamente um meio reaccio-nal que compreende a.argila em suspensão aquosa, pelo menos um sal de um catião M e um composto (AB) que fornece iões OH por decomposição hidrotêrmica nas condições reaccionais e depois se separar o produto assim obtido.
- 2. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracteri-zado pelo facto de a argila ser uma argila do grupo dãs esmecti tes ou das vermiculites.
- 3. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo facto de a argila ser a montmorilonite, a -16-a beidelite ou a hectorite.
- 4. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo facto de a argila utilizada ter sido previa mente submetida a um tratamento de permuta de catiões cálcio por catiões sódio.
- 5. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo facto de o catião M ser qualquer catião que tem a propriedade de se hidrolisar numa grama de pH que vai de 3f0 a 10,0, de preferência, de 4,0 a 8,0.
- 6. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo nacto de o catião M ser um catião trivalen-te.
- 7. - Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo facto de o catião M ser o alumínio, o crómio e/ou o ferro ou a sua mistura.
- 8. - Processo de acordo com uma das reivindicações 6 e 7, caracterizado pelo facto de se adicionar ao catião M uma quantidade minoritária de um catião bivalente.
- 9. - Processo de acordo com a reivindicação 8, caracteri- -17 / /f zado pelo facto de o catião bivalente ser o cobalto, o níquel, o cobre ou o zinco.
- 10. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo facto de o catião M estar sob a forma de nitrato ou de cloreto.
- 11. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo facto de o sal do catião M ser o clore to de alumínio e/ou de crómio, o nitrato de alumínio e/on de crómio.
- 12. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo facto de o sal do catião M ser o cloreto de alumínio ou. o nitrato -de alumínio.
- 13. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo facto de o composto (AB) ser a ureia, as ureias substituídas, a tio-ureia, as tio-ureias substituídas a cianamida, as cianamidas substituídas, a hexametileno-diamina, a melamina.
- 14. - Processo de acordo com a reivindicação 13, caracte rizado pelo facto de.o composto (AB) ser a ureia. -18- /
- 15. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo facto de se poder suspender a argila em suspensão aquosa, se adicionar a solução aquosa de pelo menos um sal do catião M e depois a solução do composto (AB) ou inversamente; ou se poder introduzir o pô de argila numa solução aquosa de pelo menos um sal de catião M e do composto (AB); ou se misturar simultaneamente os três reagentes.
- 16. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo facto de a concentração da argila no meio reaccional estar compreendida entre 0,1 g/1 e 20 g/1.
- 17. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 e 16, caracterizado pelo facto de a concentração do composto -3 (AB) no meio reaccional estar compreendido entre 10 e 2 mo-les/litro.
- 18. - Processo.de acordo com uma das reivindicações 1 a a 17, caracterizado pelo facto de a relação ponderai entre o peso de sal de catião M expresso em peso de óxido utilizado e o peso de argila utilizada estar compreendido entre 0,1 e 6,0 e, de preferência, entre 1,0 e 5,0,
- 19, - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 18, caracterizado pelo facto de a relação molar entre o numero -19 / 4.% de moles do composto (AB) e o número de moles de catião M estar compreendido entre 0,5 e 3,0.
- 20. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 19, caracterizado pelo facto de se efectuar a mistura dos rea gentes e se aquecer o meio'reaccional a uma temperatura compreendida entre 80°C e 120°C.
- 21. - Processo de acordo com uma das reivindicaçõés 1 a 20, caracterizado pelo facto de se eliminar os aniões da argi la obtida depois da separação.
- 22. - Processo de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo facto de a eliminação dos aniões se fazer por lavagem com água ou por diãlise.
- 23. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 22, caracterizado pelo facto de.a argila ser em seguida seca a uma temperatura compreendida entre 80°C e 120°C.
- 24. - Processo.de acordo com uma das reivindicações 1 a 22, caracterizado pelo facto de se submeter a argila a um tra tamento de liofilização.
- 25. - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a -20- 24, caracterizado pelo facto de a argila ser em seguida calei nada a uma temperatura compreendida entre 300°C-e 800°C, de preferência, entre 350°C e 600°C.
- 26.- Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 25, caracterizado pelo facto de as argilas obtidas terem um e^ paçamento basal compreendido entre 1,4 e 2,0 nm, no caso da formação de uma ponte de alumínio. Lisboa, 17 de Setembro de 1990
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Effective date: 19910117 |
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