PT91995A - Embalagem de cartao concebida para revelar o furtos dos produtos nela contidos - Google Patents

Description

QEEIQINE_MEÇÇANIÇHE__NATALINO-ÇORAZZA_SíeíAí "EMBALAGEM DE CARTÃO CONCEBIDA PARA REVELAR 0 FURTO DOS PRODUTOS NELA CONTIDOS" A presente invenção diz respeito a uma embalagem de cartão susceptivel de revelar se o produto nela contido foi ou não furtado.

Praticamente todas as embalagens de cartão, em particular as de cartolina, usadas correntemente para embalar porçoes de pr£ dutos alimentares, tais como cubos concentrados e produtos análogos, são feitas a partir de um molde único que possui linhas de corte e de dobragem longitudinais e transversais que definem uma face superior, uma face inferior, faces lateráis e faces de tòpo da embalagem propriamente dita, e que definem também umá pala de armação, tendo o referido molde, alem disso, varias abas ou palas unidas aos bordos livres dos lados e dos topos, respectivamente, da embalagem. As abas e palas servem para fechar as duas extremidades da embalagem. As faces e os lados são rodados em torno de eixos paralelos aos seus lados mais compridos e coincidindo com as linhas de dobragem longitudinais que as separam uma das outras. Os topos da embalagem de cartão fazem parte de um dos lados e estão separados destes últimos por linhas de dobragem transversais respectivas em torno das quais são rodadas para a posição de fecho final, com palas respectivas no interior da prÕoria embalagem. As abas são concebidas oara ser dobradas nara o interior da embalagem antes de se dobrarem os topos para a posição do fe- -1- cho. Servem também para manter as palas de topo fechadas e permitir que a embalagem se abra e torne a fechar facilmente,

Infelizmente, verificou-se que as embalagens deste tipo, em particular quando são usadas para acondicionar produtos alimeii tares em supermercados, onde os clientes podem eles próprios servir-se, são frequentemente abertas* privadas de parte do seu conteúdo e colocadas de novo nas prateleiras de modo a não atrair a atenção do pessoal do supermercado, nem durante as verificações visuais de rotina, nem durante as verificações de inventario. Este problema sente-se de maneira particularmente acentuada quando as próprias embalagens contem produtos embrulhados individualmente, por exemplo cubos concentrados, Verificou-se que as embalagens deste género são facilmente violadas, tendo sido encontrados vã-rios processos para tratar este problema, Além de não resolverem 0 problema completamente, estes processos tornam necessário modificar as linhas de embalagem existentes em diversos graus, implicando quer as maquinas para produzir as próprias embalagens, quer as para as encher.

Um desses expedientes consiste ém embrulhar as embalagens com materiais de vários géneros, de modo que a danificação do invólucro possa indicar fácil e rapidamente que a embalagem foi vio 1 ada,

Qbviamente, um tal expediente conduz ã transformação da linha de embalagem existente e aumenta o consumo de materiais de embalagem, com todos os custos de produção adicionais que isso implica, -3-

Um processo aparentemente mais simples para obter embale^ gens seguras contra os furtos consiste em colar as abas na face interior correspondente da embalagem.

Este processo também se mostrou pouco eficiente por causa das numerosas dificuldades encontradas, quer na transformação da maquina, quer na realização do processo. A primeira dificuldade consiste em dotar a maquina com meios para aplicar nas palas da embalagem uma quantidade apropria da de cola antes de as introduzir na embalagem em contacto com as faces interiores correspondentes da embalagem. A segunda dificul_ dade, admitindo que se ultrapassou satisfatoriamente a primeira, consiste em manter as abas apertadas contra as faces interiores da embalagem enquanto a cola seca. Os especialistas da matéria sa bem que, quando o molde da embalagem esta planificado, a pala de montagem deve receber a cola para ser colada na face interior da embalagem que faz parte da, e e paralela a face do molde oposta ã referida face. Isso significa que a pala na extremidade da embalagem tem de contactar quer com a superfície interior da face da embalagem, quer com a pala de montagem que e colada com a mesma . Portanto, é necessária umpa pressão considerável que garanta que a cola entre estas palas e a face respectiva solidifique correc-tamente. Porém, a pressão tende a arquear as palas e reduzir a área de contacto. Além disso, a pressão não pode ser elevada pa ra além de um certo limite, por haver o risco de danificar o pro duto contido na embalagem.

Mesmo que se vençam estas dificuldades, mantém-se o pr£ -4- blema principal, dado que a ligação criada pela cola pode s‘er facilmente removida (com uma lamina fina, por exemplo], e a embalagem aberta e de novo fechada sem atrair a atenção, visto que as palas de topo mantém ainda a embalagem fechada, A cola e assim ineficaz e não hã maneira de dizer se o produto foi furtado da em balagem senão pegar nesta ultima e sacudi-la, O objecto da presente invenção consiste em proporcionar uma embalagem que actua como meio dissuasor contra o furto ou que pelo menos serve para tornar o furto observável a vista quando U ver ocorrido.

Outro objecto da presente invenção consiste em alcançar o objectivo que acaba de descrever-se, por meio de uma embalagem que não exige quaisquer modificações substanciais nas maquinas de embalar automaticas correntes nem nas linhas de embalagem ou mate riais de embalagem adicionais que tornem o seu uso pouco económico. A presente invenção, como adiante e reivindicado, satisfaz esses objectivos, por meio de uma embalagem que pode ser obti_ da a partir de um molde inicial único que possui linhas de corte e linhas de dobragem longitudinais e transversais que definem uma face superior, uma face inferior, faces laterais e faces de topo da própria embalagem, e que definem também uma pala de montagem, tendo o referido molde inicial, alem disso, um certo numero de abas e palas unidas aos bordos livres das faces laterais de topo, respectivamente, estando cada uma das palas, ou pelo menos uma aba em cada extremidade da embalagem, dividida em oelo menos dois apêndices concebidos para serem colocados no interior e no exterior das faces da embai agem» sendo os apêndices que devem ficar no exterior da embalagem fixados de maneira permanente de modo tal que não possam ser repostos uma vez destacados, indicando assim facilmente, se ainda estiverem fixados no exterior da embalagem, que o produto contido esta íntacto ou, se estiverem soltos da embalagem, que a própria embalagem foi violada,

As vantagens da presente invenção são realçadas na seguiii te descrição pormenorizada da sua forma de realização preferida, mas não única, com referencia aos desenhos anexos, cujas figuras representam: A fig, 1, uma vista em planta de um molde inicial a partir do qual pode obter-se a embalagem descrita; e

As fig, 2 e 3, vistas em perspectiva de duas embalagens que podem obter-se a partir do molde representado na fig, 1, estando as referidas embalagens ilustradas durante a face de fecho, segundo duas formas de realização pratica de apêndices reveladores de furto.

Com referência aos desenhos mencionados, a embalagem segundo a presente invenção tem a referencia (1 J e e obtida a partir de um molde inicial único (2} [fig, 2), 0 molde inicial [2} tem um certo número de ranhuras ou H nhas de corte (3} e [4[ transversais e linhas de dobragem [5] e (6) que definem uma face superior [7), uma face inferior [8], fa- -6- ces de lado C91 e faces de topo (10] da própria emhalagem Cl], As linhas de corte [3] e (4] e as linhas de dobragem (5} e (6) definem também uma pala de montagem (11] e um certo numero de abas (12) e palas (13] unidas aos bordos livres das faces laterais (9J e as faces de topo (10], respectivamente, Nesta descrição, por uma questão de conveniência, as faces (7] e (8] são designadas por "superior"_e "inferior", mas as duas faces podem ser trocadas entre si sem qualquer modificação da embalagem ou das suas aplicia ções.

Com referencia a fig, 1, na qual a pala de montagem (11) estã unida a face lateral maís exterior (9] do molde inicial (2], estando este ultimo colocado planificado, e separada da referida face lateral (9) por uma linha de dobragem longitudinal (5], a ar mação ou montagem da embalagem dando-lhe' a forma tubular faz-se dobrando as faces laterais (9], a face superior (7], a face infe-rior (8) e a pala de montagem (11] em torno das respectivas linhas de dobragem (5] ate que a pala de montagem (11] fique situada por baixo da face inferior (8] a qual e fixada com cola, aplicada pre viamente na própria pala, por meios conhecidos,

Como se ilustra na fig, 1, as palas (13] estão separadas das respectivas faces de topo (10] por meio de linhas de dobragem transversais (6], em cujas extremidades opostas estão situadas, no alinhamento das mesmas, as linhas de corte (4] que são concebi_ das para assegurar que a embalagem propriamente dita se mantém fe chada. Para proceder ao fecho da embalagem (1], denots de ter sido dobrada em forma de tubo, dobram-se as abas (12] uma para a ou tra e depois dobranwse as faces de topo (10] para as referidas -7 - abas, introduzindo-se os apêndices 03}, durante a rotação, entre as abas (12) e a face inferior (8), Uma vez a embalagem fechada, a posição das faces de topo (10} e assegurada por linhas de corte transversais (4}, reiatívamente ãs palas (13}, que se encostam ãs abas (12}.

Mas as linhas de corte transversais (41 são insuficientes para estorvar os ladroes dextros e, mais importante ainda, não permitem que as embalagens que tenham sido abertas e de novo fechadas sejam reconhecidas visualmente de maneira fãcil distinguir^ do-as das que o não foram.

Para contornar este problema, segundo a presente invenção, as palas (13} ou pelo menos uma das abas (12} nos dois topos da embalagem (1), estão divididas em pelo menos dois apêndices (14} e (15} e (12a} e (12b], respectivamente, Um dos referidos apêndices (14) e (12a}, esta concebido para se introduzir na embalagem como ê usual, enquanto o outro (15} e (12b) estã concebido para ser fixado no exterior da embalagem (1), por exemplo por colagem.

Um aspecto muito importante da presente invenção § que o apêndice (15} ou (12b| tem de ser fixado no exterior da embalagem (1) de modo tal que, se ele for solto, não possa ser de novo fixa. do no exterior da embalagem: por outras palavras, e necessário usar um material adesivo que seque completamente e não se mantenha pegajoso,

Na pratica, a presente invenção abrange apenas os casos em que somente as palas (13} ou apenas as abas (12} estão dividi- -8- das em pelo menos dois apêndices,

Para uma maior eficacia, as palas [131 ou as: asas O2) são divididas em apêndices por meio de recortes perpendiculares aos seus eixos de rotação, coincidindo estes últimos com as linhas de dobragem transversais respectivas (6],

Com referência as formas de realização ilustradas nas fig, 1 e 2, as palas (13) estão, cada uma delas, divididas em três apêndices (14) e [15], sendo o apêndice médio O5] o que e fixado ao exterior da embalagem [1], Quando uma embalagem (II fabricada desta maneira se enche e se veda, ficam dois apêndices (15] visi·* veis no seu exterior.

Se a embalagem (1] for violada, isto e aberta, e fechada de novo, o apêndice ou apêndices (15} ficam na posição ilustrada na fig. 2, a esquerda, desligados da superffcie da embalagem (1], indicando assim claramente que a embalagem foi violada e permitin_ do ao pessoal actuar em conformidade com esse facto.

Na forma de realização representada nas fig, 1 e 3, as abas (12) estão divididas em dois apêndices (12a] e (12b], sendo o inferior dos dois, isto e, o rnais proximo da linha de dobragem (6] que separa a parede de topo (10) da face inferior (7], o que ê fixado ao exterior da face do topo (10],

Esta ultima forma de realização, comparada com a represen tada na fig, 2, tem a vantagem de não enfraquecer a pala (13], mantendo assim a rigidez de toda a embalagem (1], -9-

Neste caso, e importante que o apêndice apltcado ao exterior seja o inferior dos dois, de modo que o superior possa encai_ xar-se nas linhas de corte (4) da pala (13}, constituindo este um outro elemento para garantir que a embalagem (1} se mantêm fechada .

Quer seja feita de acordo com a primeira, quer de acordo com a segunda formas de realização aqui descritas, a embalagem (1) pode, depois de vendida e aberta destacando os apêndices exteriores, ser de novo fechada introduzindo todos os apêndices (14} e (15) ou (12a) e (12b), do mesmo modo que nas embalagens correntes ,

Embora a presente invenção tenha sido descrita em ligação com formas de realização especificas da mesma, podem nela introd^ zir-se modificações sem que se verifique um afastamento do escopo da presente invenção indicado nas reivindicações anexas. Por exem·* pio, as faces de topo (10} podem ser ambas ligadas ã face superior (7), como se mostra na fig, 1, ou ambas ã face inferior (8}, ou uma a face superior (7} e a outra ã face inferior (8)', de maneira desfasada, de modo a reduzir o põ ao mínimo. Alem disso, todos os pormenores podem ser substituídos por partes tecnicamente equivalentes.

Claims (4)

1. -10- REIVINDICAÇÕES 1.- Embalagem de cartão que pode ser obtida a partir de um molde único (2) que possui ranhuras ou linhas de corte (3,4) longitudinais e transversais e linhas de dobragem (5,6) que definem a face superior (7), a face inferior (8), os lados (9) e os topos (10) da própria embalagem, e que definem também uma pala de montagem (11), tendo o referido molde, além disso, um certo número de asas (12) e palas (13) unidas aos bordos livres dos lados (9) e dos topos (10), respectivamente, estando as referidas asas (12) concebidas para se encaixar nas palas (13) dos topos (10) quando a embalagem i fechada, para manter os referidos topos (10) na posição fechada com as referidas palas completamente inseridas no interior da embalagem de cartão (1), caracterizada por cada pala (13), ou pelo menos uma das referidas asas (12) em cada extremidade da embalagem de cartão (1), estar dividida em pelo menos duas abas (14,15) e respectivamente (12a,12b), estando uma das referidas abas (14,12a) concebida para ser introduzida no -11- interior da embalagem de cartão (1), enquanto a outra aba (15,12b) estã concebida para ser fixada permanentemente na superfície exterior da face superior ou da face inferior (7,8), ou respecti-vamente dos topos (10) da embalagem de cartão (1), de modo tal que a aba exterior atrás referida (15,12b) não pode ser reposta uma vez que tenha sido separada, indicando assim facilmente, se estiver ainda fixada ã superfície exterior da face superior ou inferior (7,8) ou do topo (10) da embalagem de cartão (1), que o produto contido estã intacto, ou, se estiver separada da referida superfície exterior das faces superior ou inferior (7,8) ou do topo (10) da embalagem, que a própria embalagem de cartão foi violada.
2. 2.- Embalagem de cartão de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por cada pala (13) estar dividida pelo menos em duas abas (14,15) perpendiculares ao seu eixo de rotação que coincide com a linha de dobragem (6) que separa a mesma do topo respectivo (10) .
3. 3.- Embalagem de cartão de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por cada pala (13) estar dividida em três abas (14,15) perpendiculares ao seu eixo de rotação que coincide com a linha de dobragem (6) que a separa do respectivo topo (10), destinando-se as abas laterais (14) a ser completamente inseridas no interior da embalagem de cartão (1) e a aba média (15) ser fixada -12- permanentemente na superfície exterior da face (7,8) da embalagem de cartão (1) com as outras abas (14) situadas por baixo.
4. 4.- Embalagem de cartão de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por cada asa (12) estar dividida em duas abas (12a,12b) perpendiculares ao seu eixo de rotação que coincide com a linha de dobragem (6) que a distingue do lado (9) respecti-vo, sendo a aba (12b) mais próxima do topo (10) a que está fixada permanentemente no exterior da mesma e a outra aba (12a) destinando-se a ser completamente introduzida na embalagem (1) sob o topo referido (10), Lisboa, 13 de Outubro de 1989 Cg·? - Λ *