PT908297E - Processo de gestao do escorrimento e da prensagem principalmente para uma prensa de tambor rotativo - Google Patents

Description

V30S-Z3T

DESCRIÇÃO "PROCESSO DE GESTÃO DO ESCORRIMENTO E DA PRENSAGEM, PRINCIPALMENTE PARA UMA PRENSA DE TAMBOR ROTATIVO" A presente invenção insere-se no domínio das técnicas de extracção de sumos de matérias, tais como as resultantes de vindimas, mais particularmente refere-se aos processos de tratamento de matérias a prensar, e tem por objecto um processo de gestão do escorrimento e da prensagem, principalmente para uma prensa de tambor rotativo.

Actualmente, o comando do funcionamento das prensas é ainda deixado, numa larga medida, ao gosto do utilizador que decide, segundo uma apreciação visual ou, em alguns casos, com base em certos dados de medidas fornecidos pontualmente por sondas, da natureza, da duração e do encadeamento das fases de trabalho da prensa.

Contudo, esta forma de operação não permite senão raramente, e isso unicamente com um controlo quase constante do operador, conseguir um funcionamento óptimo da referida prensa em termos de eficiência de trabalho, em função do estado inicial das matérias a prensar e do estado final desejado para as referidas matérias.

Foram efectuados progressos nos domínios do controle e comando das prensas, em particular, devido aos processos que são objecto das Patentes Francesas n°s. 2 669 266, 2 695 862 2 701 889 em nome da requerente.

Todos estes processos utilizam a pressão, aplicada às matérias a prensar, como principal meio de extracção de líquidos. 1

Ora, as subidas de pressão consomem energia e tempo e elas não são sempre o meio mais eficaz para evacuar da prensa os sumos livres que ela contém.

Uma simples agitação das matérias a prensar seguida de um escorrimento estático pode ser mais produtivo em líquido extraído do que uma subida de pressão aplicada a estas matérias. A presente invenção propõe-se assim escolher automaticamente o modo de funcionamento mais produtivo entre o escorrimento estático e a aplicação de uma pressão às matérias a prensar.

Além disso, ela propõe-se a determinar a duração óptima do escorrimento estático eventual de forma a encadear automaticamente o escorrimento estático e a prensagem.

Com vista a atingir o objectivo previamente citado, a presente invenção tem por objecto um processo de gestão do escorrimento e da prensagem, em especial para uma prensa de tambor rotativo, tal como é a seguir descrito. A invenção será melhor compreendida tendo em conta a descrição seguinte, que se refere a um modo de realização preferido dado a título de exemplo não limitativo, e explicado com referência ao desenho esquemático anexo, em que a figura única é um diagrama que representa a evolução do débito de sumo em função do tempo no decurso de uma fase de escorrimento e de prensagem.

De acordo com a invenção, e como mostra a figura dos desenhos anexos, o processo de gestão do escorrimento e da prensagem compreende, após uma primeira fase de agitação das matérias a prensar por intermédio de, por exemplo, uma ou mais rotações do tambor da prensa, efectuar-se uma primeira fase de medição sem aplicar pressão ou aplicando uma pressão Po e

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medindo o débito instantâneo do sumo Dit e a quantidade Qjt de sumo recuperado em função do tempo t que decorreu desde o inicio da agitação, de forma continua ou sequencial no decurso do tempo, efectuar-se em seguida, após uma segunda fase de agitação, uma segunda fase de medição consecutiva aplicando uma pressão P0 ou sem aplicar pressão, compararem-se entre elas os valores respectivos de Dit, Qjt e t obtidos quando a inequação: Dit < Qjt/t (1) é verificada pela primeira vez nas referidas primeira e segunda fases de medição acima mencionadas, ou seja, aplicando uma pressão P0 e sem aplicar pressão, e prosseguindo-se em função do resultado dessa comparação o funcionamento da prensa quer continuando o ciclo de escorrimento e repetindo as fases acima mencionadas medindo, de forma continua ou sequencial, os valores de Dit, Qjt e t, quer iniciando o ciclo de prensagem quando os valores de Dit e/ou de Qjt obtidos, quando a inequação (1) é verificada, no decurso da fase de medição sem aplicação de pressão, são inferiores aos obtidos quando a inequação (1) é verificada, no decurso da fase de medição com aplicação de uma pressão P0.

De acordo com um primeiro modo de realização da invenção, não é aplicada nenhuma pressão durante a primeira fase de medição, e é aplicada uma pressão Po (por exemplo 0,1 bar) durante a segunda fase de medição.

De acordo com um segundo modo de realização da invenção, é aplicada uma pressão Po durante a primeira fase de medição e não é aplicada nenhuma pressão durante a segunda fase de medição.

Bem entendido, os ensaios de escorrimento e de prensagem podem ser efectuados por qualquer ordem, desde que eles sejam sempre efectuados consecutivamente um após o outro sendo de cada vez precedidos de uma fase de agitação idêntica,

Para além da determinação do momento óptimo da passagem do escorrimento à prensagem, a verificação da inequação (1) 3 pode igualmente indicar, durante uma fase de escorrimento, que o prosseguimento da fase de escorrimento actualmente em curso não permite recuperar uma quantidade de sumo máxima, e que é necessário realizar uma nova agitação das matérias a prensar para relançar o escoamento dos sumos.

Adicionalmente, a verificação da inequação (1) durante uma fase de prensagem poderá igualmente indicar que a continuação da fase de prensagem actual não é óptima e que há necessidade de proceder-se a uma agitação das matérias a prensar e a prosseguir, se for o caso, uma fase de prensagem a uma pressão mais elevada.

De acordo com um modo preferido de realização prática da invenção, as diferentes funções que fazem parte do processo de gestão são executadas automaticamente por uma unidade de tratamento e de comando informático, utilizando lógicas e programas correspondentes previamente carregados, bem como eventualmente os resultados numéricos de ensaios de experiências de escorrimento e de prensagem anteriores.

Assim, e de acordo com a invenção, a realização dos ensaios de agitação/escorrimento ou dos ensaios de agitação/prensagem permitem determinar a duração óptima do escorrimento antes de iniciar o ciclo de prensagem, de modo a obter a máxima produtividade. A invenção não é obviamente limitada ao modo de realização descrito e representado nos desenhos anexos. São possíveis modificações, principalmente do ponto de vista da constituição dos diversos elementos ou por substituição de técnicas equivalentes, sem desvio do âmbito de protecção da invenção.

Lisboa, 11 de Julho de 2000

O AGENTB ΟΙΊΟΑΤ D ’ - ^Λ'

Claims (3)

1. f u REIVINDICAÇÕES 1. Processo de gestão do escorrimento e da prensagem, nomeadamente para uma prensa de tambor rotativo, caracterizado por compreender, após uma primeira fase de agitação das matérias a prensar por intermédio de, por exemplo, uma ou mais rotações do tambor da prensa, efectuar-se uma primeira fase de medição sem aplicar pressão ou aplicando uma pressão (Po) e medindo o débito instantâneo do sumo (Dit) e a quantidade (Qjt) de sumo recuperado em função do tempo (t) que decorreu desde o inicio da agitação, de forma continua ou sequencial no decurso do tempo, efectuar-se em seguida, após uma segunda fase de agitação, uma segunda de medição consecutiva aplicando uma pressão (P0) ou sem aplicar uma pressão, compararem-se entre elas os valores respectivos de (Dit), (Qjt) e (t) obtidos quando a inequação: Dit < Qjt/t (1) é verificada pela primeira vez nas referidas primeira e segunda fases de medição acima mencionadas, ou seja, aplicando uma pressão (P0) e sem aplicar pressão, e prosseguir-se em função do resultado dessa comparação o funcionamento da prensa quer continuando o ciclo de escorrimento e repetindo as fases acima mencionadas medindo, de forma continua ou sequencial, os valores de (Dit), (Qjt) e (t), quer iniciando o ciclo de prensagem quando os valores de (Dit) e/ou de (Qjt) obtidos, quando a inequação (1) é verificada, no decurso da fase de medição sem aplicação de pressão, são inferiores aos obtidos quando a inequação (1) é verificada, no decurso da fase de medição com aplicação de uma pressão (P0) .
2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por durante a primeira fase de medição não ser aplicada qualquer pressão e por durante a segunda fase de medição ser aplicada uma pressão (P0) . 1
3. 3. Processo de por durante pressão (P0) ser aplicada acordo com a reivindicação 1, caracterizado a primeira fase de medição ser aplicada uma e por durante a segunda fase de medição não qualquer pressão. Lisboa, 11 de Julho de 2000 O AGENTE OFICIAL. DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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