PT90176B - Processo para a preparacao de um agente de tratamento de gado equideo - Google Patents

Processo para a preparacao de um agente de tratamento de gado equideo Download PDF

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Description

DESCRIÇÃO _ A presente invenção refere-se ao trata mento de gado equídeo, por exemplo cavalos, burros, potros, mulas e gado do mesmo tipo.
Num dos seus aspectos a presente inven ção refere-se a um agente para o tratamento de gado equídeo, constituído por um antibiótico glicopeptldico ou por um antibiótico glicolipldico ou pelo antibiótico estafilomicina ou por um antibiótico polipeptldico ou por um antibiótico macrólido ou por ι um antibiótico peptldlco contendo enxofre ou pelo antibiótico lincosamida, ou pelo antibiótico tiamullna ou pelo antibiótico nitrofurano ou por um antibiótico tetraclclina ou pelo antibióti co penicilina ou pelo antibiótico politlazol ou por um antibióti co ionóforo ou por qualquer outro antibiótico que seja activo contra as bactérias Gram-positivas ou por qualquer sua combinação.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção esse agente destina-se ao tratamento de laminlte no gado equídeo através do controlo da concentração de ácido láctico nas ansas intestinais.
- 1 De acordo com um aspecto preferencial ;da presente invenção esse agente destina-se a melhorar a eficiên
J cia da utilização de alimentos no gado equídeo aumentando a produção de propionato durante a digestão fermentativa nas ansas in testinais.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção esse agente apresenta-se na forma de partículas Ínfimas susceptlveis de resistir à digestão enzimática no canal alimentar superior e de aumentar a sua absorção no cego.
De acordo com um aspecto preferencial enquadrado na condição anterior, as partículas possuem dimensões de aproximadamente 1 mm.
De acordo com um aspecto adicional enquadrado na condição anterior, as partículas são de natureza fibrosa.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico glicopeptldico incorpora avoparcina.
_ .....__... De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico glicopeptldico incorpora vancomicina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico glicopeptldico incorpora flavomicina (bambermicina).
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico estafilomicina incorpora virginiamicina.
De acordo com uma opção preferencial da presente invenção o antibiótico polipeptídico incorpora bacitracina-zinco.
De acordo com uma opção preferencial da presente invenção o antibiótico polipeptídico incorpora metileno-di-salicilato de bacitracina.
De acordo com uma opção preferencial da presente invenção o antibiótico polipeptídico incorpora virgi niamicina A.
De acordo com uma opção preferencial
da presente invenção o antibiótico polipeptldico incorpora polimixinas (B e E).
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico macrólido incorpora tilosina.
De acordo com um aspecto preferencial ida presente invenção o antibiótico macrólido incorpora espirami'cina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico macrólido incorpora virginiamicina M.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico macrólido incorpora josamicina.
De acordo cora um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico macrólido incorpora espectino micina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico macrólido incorpora eritromicina. ___
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico peptídico contendo enxofre in corpora tiopeptona.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico peptídico contendo enxofre in corpora sulforaicina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico peptídico contendo enxofre in corpora tiostreptona.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico peptídico contendo enxofre in corpora esporangiomicina.
De acordo com ura aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico peptídico contendo enxofre in corpora siomlcina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico peptídico contendo enxofre in corpora taitcxoicina.
De acordo cora um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico lincosamida incorpora lincomi cina.
De acordo com ura aspecto preferencial da presente invençSo o antibiótico lincosamida incorpora clindamicina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o agente incorpora tiamulina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico nitxofurano incorpora nitrofu rantoina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico nitrofurano incorpora nitrofu razona.
De acordo com um aspecto preferencial da presente Invenção o antibiótico nitrofurano incorpora furazolidona.
De acordo com um aspecto preferencial da presente jLnvenção o antibiótico tetraciclina incorpora clorte traciclina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico tetraciclina incorpora oxètetraciclina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico politiazol incorpora nosiepti do.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico incorpora novobiocina de sódio.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico incorpora tartrato de botromi cina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invençSo o antibiótico incorpora estreptogramina.
De acordo com um aspecto preferencial • da presente invenção o antibiótico incorpora nitrovina (paizona). . De acordo com um aspecto preferencial
da presente invenção o antibiótico incorpora enramicina.
De acordo com ura aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico penicilina incorpora penlcili^ na V.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico ionóforo incorpora lasalocida
De acordo com ura aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico ionóforo incorpora tetronasina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico ionóforo incorpora naracina.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico ionóforo incorpora salinomlcJL na.
De acordo com um aspecto preferencial da presente invenção o antibiótico penicilina incorpora ampicili na.
Os processos digestivos no cavalo englobam digestão gástrica em gue as enzimas actuam sobre os all. mentos ingeridos, num estômago ácido, seguindo-se a absorção de nutrientes a partir do intestino delgado e depois a digestão fer mentativa nas ansas intestinais, no cego, no cólon e no intestino grosso. O volume do cego, do cólon e do intestino grosso & de aproximadamente 50 a 60 litros e na maioria das dietas os produtos finais de fermentação nessas partes do tracto intestinal pro porcionam mais do gue metade da energia utilizável pelo animal. Os principais produtos finais da fermentação são três ácidos gor dos voláteis: ácido acético: ácido propiõnico; e ácido butlrico. Torna-se necessário descrever os processos de formação destes ácidos para se poder compreender como é gue a modificação da sua importância relativa como produtos finais de fermentação pode me lhorar o rendimento dos equídeos.
Durante a fermentação microbiana, os hidratos de carbono incluindo a celulose, hemi-celulose, amido e açúcares, são primeiro decompostos em compostos de 6 átomos de carbono (hexose). Estes são depois fermentados através de piruva to para originar os ácidos gordos voláteis. A partir de uma mole de hexose ê possível obter 2 moles de acido acético, ou duas moles de acido propiônico ou uma mole de ácido butírico. Quando o ácido acético é o produto final, 2 moles contêm 1,75 MJ de energia comparáveis aos 3,08 MJ contidos em 2 moles de ácido propiónico e aos 2,20 MJ contidos era 1 mole de ácido butírico. Era consequência, quando aumenta a produção de ácido propiônico relativamente à produção dos ácidos acético e butírico, existe mais energia disponível para o animal, por unidade de hidrato de carbono fermentado.
Os ácidos gordos voláteis são utilizados pelo animal através de diferentes mecanismos bioquímicos no fígado e noutros tecidos do corpo. Os ácidos acético e butírico não podem ser utilizados para a síntese de glicose. Por outro la do, o ácido propiônico é convertido pelo fígado em glicose. A glicose constitui um nutriente essencial para muitos dos tecidos do corpo tais como o cérebro e os rins e representa também o com ponente básico do glicogéneo o qual constitui a reserva principal de energia bioquímica nos músculos. O glicogéneo é rapidamen te decouBpostQ^em glicose para utilização pelos músculos quando os animais desenvolvem trabalho e a sua disponibilidade pode influenciar o rendimento de um animal quando se testa a sua veloci dade e/ou resistência. A produção acrescida de ácido propiônico no cego e no cólon pode consequentemente aumentar a deposição de glicogéneo.
Quando os ácidos acético ou butírico são produzidos durante o processo de fermentação, produz-se também o gãs dióxido de carbono. Parte deste dióxido de carbono é convertido em gãs metano. Alguns desses gases são absorvidos pelo tracto gastrointestinal e outros são expelidos como ventosida de. Sm algumas condições o gãs é produzido mais rapidamente do que é removido e a acumulação desse gãs origina a distensão dos intestinos o que provoca dores graves (cólicas) ao animal. Um mo delo de fermentação em que seja aumentada a produção de ácido propiônico origina que seja produzido menos gás diminuindo con se quentemente a quantidade de gás expelida como ventosidade e também diminui a probabilidade de acumulação de gãs que provoca as cólicas.
Quando os equídeos consomem cereais ou qualquer outro alimento que contenha amido ou hidratos de carbono solúveis, parte desses cereais é digerida por fermentação no cego e no colon. 0 amido e os hidratos de carbono solúveis proporcionam às bactérias um substrato que ê rapidamente fermentado. Os resultados directos desta rapida fermentação implica as seguintes alterações; velocidade acrescida de produção de ácidos gordos voláteis; ph diminuído; proporção molar acrescida de ácido propiónico relativamente ao ácido acético e ao ácido butlrico; e acumulação de ácido láctico. Sabe-se que a alimentação de equí deos com elevados níveis de amido ou de hidratos de carbono solú veis esta associada a diversos efeitos prejudiciais aos animais. Estes efeitos (sobrecarga de hidratos de carbono) no animal englobam: comportamento desfavorável (mais tempo comendo vegetação e coprofagia); níveis acrescidos de testosterona; pH sanguíneo diminuído; concentração de bicarbonato no sangue diminuída; defi. ciência nas bases sanguíneas; temperatura do corpo acrescida; concentração láctica no sangue acrescida e laminite, a qual pode provocar.çoxgadura. A laminite, ou aguamento é uma inflamação das patas dos equídeos. As lâminas estão localizadas entre o ossc e o casco e contêm os vasos sanguíneos que alimentam o casco. Uo caso de estarem inflamadas as lâminas entre estas duas superfícies rígidas incham, provocam pressão, dor e danificação de te eidos. Devido a circuitos secundários anterovenosos o fornecimen to de sangue ao tecido inflamado é interrompido e isto origiha a necrose isquémica das lâminas na parte frontal do cascoç. Em casos graves o casco pode separar-se das lâminas subjacentes ou po de ocorrer a rotação para baixo do osso do casco na pata do animal. O mecanismo biológico que associa a sobredose de hidratos de carbono com a laminite não ê conhecido mas é d aramente evidente que pode ocorrer laminite e coxeadura guando a alimenta ção ê feita cor. elevados níveis de cereais ou de erva viçosa. Des cobriu-se que estes efeitos nocivos estão intimamente correlacio nados com baixos valores de pll e com elevados níveis de ácido láctico no cego e no cólon. Consequentemente é preferível que o controlo de baixo valor de pll e de elevados níveis de ácido láctico no cego e no cólon possa reduzir ou eliminar os efeitos nocivos sobre o animal quando o amido ou os hidratos de carbono so lúveis constituem um componente principal da dieta alimentar.
A gestão nutricional corrente de animais equídeos exige que aproximadamente metade da dieta alimentar seja constituída por fibras e que apenas sejam fornecidas quantidades limitadas de amido. Este regime alimentar está conce bido para evitar a laminite, uma vez que se sabe que esta inflamação está associada com o excesso de amido na dieta alimentar.
Se fosse possível alimentar os animais ccm mais cereais (amido) e com menos fibras existiriam diversas vantagens. São as que se indicam a seguir:
(i) Reduzir a quantidade de produto de digestão nas ansas intes tinais dos equídeos e reduzir consequentemente o peso total do corpo do animal sem afectar a massa muscular.
(li) Facilitar a prática da carga de hidratos de carbono utili zada na gestão nutricional dos atletas. Esta prática exige a alimentação com amido e com hidratos de carbono soláveis antes das corridas ou de provas atléticas no sentido de incrementarias reservas musculares de glicogénio.
(iil)Reduzir os custos da alimentação dos equídeos. Os cereais ricos em amido são fontes de energia digerível menos dispen diosas do que as fibras de alta qualidade (feno e farelos) normalmente necessárias para a alimentação dos equídeos.
O ãcido láctico no sangue e nos tecidos dos equídeos pode ser originado em duas fontes diferentes.
(i) pode ser formado quando se utiliza glicose como fonte de ener gla muscular na presença de oxigénio insuficiente para completar a oxidação da glicose de modo a proporcionar óxido de carbono, (li) Quando o ácido láctico se acumula no cego e no cólon, é absorvido e contribui para a concentração total de ãcido láctico no sangue. A acumulação de ãcido láctico no sangue reduz a capacidade do animal para desempenhar o seu potencial total e provoca dores nos másculos. Um efeito secundário do ãcido láctico no sangue consiste em reduzir o apetite e em diminuir consequentemente a ingestão de alimentos. A redução de apetite pode constituir um factor importante em situações em que os equídeos são submetidos a treinos e têm necessidades extremaroente elevadas de
energia no sentido de manter as condições corporais e no sentido de suportarem períodos prolongados de exercícios. O controlo da produção de ácido láctico durante a fermentação dos hidratos de jcarbono no cego e no cólon reduziria a concentração total de áci jdo láctico no sangue e contribuiria consequentemente para a redu ção dos efeitos secundários deste metabolito no animal.
Tem havido diversos estudos sobre o de senvolvimento e o controlo da acidose láctica em ovídeos e em bo vinos aos quais se administrou quantidades excessivas de hidratos de carbono facilmente fermentáveis. As principais bactérias produtoras de lactato são Streptococcus e Lactobaclllus spp. Estes organismos são Gram-positivos e jã se demonstrou que a concentração de ácido láctico pode ser controlada através da utilização de diversos compostos antibióticos especificamente activos contra as bactérias Gram-posltivas. Nagaraja β outros (1981) referiram que a acidose láctica podia ser controlada nos bovinos utilizando os compostos ionôfaros lasaloclda ou nonensina. Muir e outros (1980) demonstraram o controlo da acidose induzida pelo trigo nos ovídeos utilizando tiopeptina e antibióticos correlacionados, e AiTchison e outros (1986) descobriram que a avoparci na era particularmente eficaz para controlar o ácido lãctivo nos ovídeos alimentados com trigo moldo. Em todos estes estudos o limite o controle da acidose láctica foi assumido como sendo uma inibição da concentração de ácido láctico no fluido do rumen, A laminite não constitui um problema essencial nos ruminantes e nos estudos anteriormente descritos não se encontram referidas observações sobre o efeito dos tratamentos antibióticos, ou quais quer sinais de coxeadura nos animais estudados.
Para além da questão de se saber se o controlo da produção de ácido láctico no intestino $rosso dos equídeos protege contra a laminite, existem também incertezas so bre a extrapolação ao gado equídeo da utilização de antibióticos específicos eficazes nos ruminantes. O ruminante é um animal cuja fermentação ocorre antes do estômago ao passo que os comparti mentos de fermentação dos equídeos se encontram nas ansas intes. tinais. Nos equídeos todo o material alimentar (alimentos, bacté * rias e antibióticos) passam por uma digestão enzimática no estó- 9 mago e no intestino delgado antes de atingirem os compartimentos de fermentação principal no cego e no cólon. Consequentemente é ide prever que haja diferenças entre duas espécies em relação à toxicidade dos antibióticos sobre o hospedeiro (por exemplo, a monenesina é altamente tóxica para oe equídeos), em relação ao substracto que vai ser fermentado e em relação à composição da população microbiana que efectua a fermentação.
Dm objectivo da presente invenção consiste em modificar o modelo de fermentação no cego e no cólon de modo que:
(i) seja produzido pouco ou nenhum ácido láctico; (il) o valor do pH permaneça dentro de limites normais.
Dta segundo objectivo da presente inven ção consiste em aumentar a produção de propionato, relativamente ao acetato e ao butirato, durante a fermentação nas ansas intestinais.
Seguldamente faz-se a descrição de uma série de três experiências concebidas para se determinar: (i) se é possível controlar a acumulação de ácido láctico nas ansas intestinals dos cavalos utilizando antibióticos selectivos contra organismos Gram-positlvos; (li) se é possível controlar a lamini. te evitando a acumulação de ácido láctico durante a fermentação do amido; e (iii) se a produção de propionato, durante a fermentação nas ansas intestinais, pode ser aumentada relatívamente à utilização de acetato ou de butirato por acção de antibióticos activos contra organismos Gram-posltivos.
MATERIAIS E MfiTODOS
Na primeira experiência os animais foram alimentados com uma massa de trigo com e sem avoparcina. Ocorreu acumulação de ácido láctico nas ansas intestinais e ocor reu coxeadura sem restrições provocadas pela presença de avaparcina. Isto demonstra efectivamente que os resultados obtidos com ruminantes podem não ser necessáriamente extrapolados aos fenóme nos nas ansas intestinais ou no intestino grosso de animais equl deos. Com base neste resultado efectuou-se uma segunda experiência para testar a eficácia de uma diversidade de antibióticos,
relativa ao controlo da produção de ácido láctico em produto de digestão extraído do oego e do cólon de cavalos. Este programa experimental identificou a virginiamicina como sendo um composto que proporciona um controlo consistente e eficaz sobre a acumula ção de ácido láctico. A terceira experiência foi efectuada no |sentido de se investigar a eficácia da virginiamicina relativamente ao controlo de ácido láctico e de laminlte em cavalos aos quais se havia administrado quantidades controladas de trigo moí do.
Experiência 1. Avoparcina in vivo
Alimentou-se quatro cavalos com trigo na proporção de 15 gramas/quilograma de peso do corpo. O trigo fornecido a dois dos animais continha avoparcina na proporção de 120 mg/kg de trigo e os outros dois animais receberam o trigo san qualquer medicação. Os animais foram examinados antes da aplicação daquelas doses e foram também observados em intervalos de 8 horas após a aplicação daquelas doses, durante um periodo de 24 hoirãs.'desses momentos de observação mediu-se a temperatura e o ritmo cardíaco e extraiu-se uma amostra de sangue venoso para as medições de pH, gases no sangue, bicarbonato, D-lactato e L-lactato. Também se pesquizou nos animais a existência de quaisquer sinais de coxeadura de acordo com os critérios de Obel (1948), conforme resumido por Garaer e outros (1977). Decorridas 24 horas todos os animais foram sacrificados e procedeu-se à extracção de amostras de produto da digestão a partir do cego e do cólon para análise de concentração de ácido láctico, VFA e avoparcina.
Experiência 2. Pesquisa in vltro de antibiótico para o controlo da acumulação de ácido láctico
Extraiu-se produto da digestão do cego e do cólon de animais recenteraente sacrificados e fez-se a filtração através de gaze de nylon (orifícios de aproximadamente 60 ‘ micra). Diluiu-se o fluido na proporção de 1:1 com uma solução * tampão descrita por Bales e outros (1976) e incubou-se com trigo
|amido de milho (com ou sem antibióticos) a 379 C durante δ a '20 horas. Fez-se a diluição de aliquotas de produto da digestão com solução tampão (50 ml) e verteu-se em balões cónicos de 100 ml. Os balões foram limpos com dióxido de carbono antes de serem vedados com uma tampa de borracha estanque. Através dessa vedação de borracha introduziu-se uma agulha de calibra 21 no sentido de permitir o escape de gases durante o processo de fermentaIção. Ao fazer-se a remoção do incubador extraiu-se imediatamente sub-amostras para se medir a concentração de ácido L-láctico e o valor de pH. Para cada tratamento ou para cada nivel de antibiótico utilizou-se três balões de incubação idênticos.
Parte 1. Nivel de amido de milho inicial para testar avoparcina, virginiamicina e flavomicina.
Testou-se uma diversidade de concentra ções de amido de milfeo proporcionando 0,5,10,15 e 20 mg/ml de produto da digestão diluído (isto é, entre 0 e 1 g de amido de milho/balão cónico), para se determinar a quantidade necessária para proporcionar um modelo de fermentação com níveis elevados de ácido.láctico. Os balões foram também preparados com amido de milho misturados com combinações antibióticas para proporcionar mg de amido de milho/ml de mistura de incubação e 0, 2, 4, 8, e 32 pçj de avoparcina, virginiamicina ou flavomicina por ml de mistura de incubação. Decorridas aproximadamente 16 horas de incubação a 379 C procedeu-se à extracção de amostras para as me dições de ácido láctico, VFA e pH.
Parte 2. Efeitos dos antibióticos virginiamicina, flavomicina e zinco-bacitracina em concentrações inferiores a 2 jig/ml.
Fez-se a preparaçáo de balões de incubação tal como anteriormente descrito com amido de milho (0,75 g) contendo virginiamicina, flavomicina ou zinco-bacitracina em níveis que proporcionaram 0, 0,25; 0,5; 1,0 e 2 pg de antibiótico/ /ml de mistura de incubação. Estes balões foram incubados durante 16 horas. Também se fez a preparação de balões com 0,75 g de amido de milho e sem qualquer antibiótico, equipados com uma tor neira e com um tubo de amostragem no sentido de permitir a tomada de amostra a partir do recipiente de incubação em diversos mo mentos durante a fermentação. As amostras foram tomadas no inl-12
cio da incubação e às 2, 4, 6, 8, 12 e 24 horas. Procedeu-se à sua análise para determinação da concentraçpo de L-lactato e dos valores de pH.
Parte 3. Pesquisa adicional sobre a avoparcina, virginiamicina, flavomicina em adição a zinco-bacitracina utilizando amostras de produto da digestão obtidas em quatro cavalos.
Os quatro antibióticos anteriormente referidos foram submetidos a Incubação conforme anteriormente descrito para proporcionar 2 microgramas de antibiótico e 15 mg de amido de milho por ml de mistura de incubação. Havia um balão para cada ensaio e cada antibiótico foi incubado em produto da digestão obtido no cego e no cólon de cada um dos quatro animais. Extrairam-se amostra do fluido de Incubação decorridas 20 horas de incubação e procedeu-se à sua anãlise para determinação de L-lactato e dos valores de pH.
Parte 4. Amostras de produto da digestão de animais alimentados ccan uma dieta granulada, com ou sem virginiamicina-raetabolitos pre- e post- Incubação.
Utilizou-se um total de 10 cavalos nes ta experiência. Cinco cavalos foram alimentados com 5 kg de uma mistura granulada (92,5% de trigo moldo, 5% de tallha de luzerna molda e 2,5% de ’Stafac 20’ para proporcionar aproximadamente
2,5 g de virginiamicina. Outros cinco cavalos foram alimentados com o mesmo alimento mas sem virginiamicina. Fez-se a extracção de amostras de produto da digestão do cego e do cólon para anãli se dos valores de pH, VFA, virginiamicina e L-lactato. Também se fez a preparação de amostras, conforme anteriormente descrito, com uma solução tampão e fez-se a incubação (1 balão/amostra) coe amido de milho (15 mg/ml de produto da digestão diluído). Decorridas 20 horas de incubação procedeu-se â colheita de amostras para anãlise dos valores de L-lactato e de pH.
Parte 5. Eficácia da tilosina relativamente à virginiamicina.
Efectuou-se uma experiência de fermentação in vitro para se determinar a eficácia da tilosina relativamente à virginiamicina. As amostras de produto da digestão (16 ml) do cego e do cólon de animais fatigados foram incubados com uma solução de glicose (60 mg/ml) (4 ml) e com concentrações vari.
ãveis quer <3e tilosina quer de virginiamicina, representado 0; 0,5; 0,1; 2,0; 4,0 pg de tilosina ou de virginiamicina por ml. jOs recipientes de 25 ml foram incubados a 379 C durante 20 horas Havia tres amostras idênticas para cada tratamento.
Parte 6. Uso terapêutico de virginiamicina.
Efectuou-se uma experiência in vitro para se determinar se a adição de virginiamicina após o inicio da fermentação de produto da digestão cecal e de glicose poderia ainda impedir a posterior produção de ácido láctico.
Procedeu-se à preparação de amostras de produto de digestão do cego/cólon tal como anteriormente descrito (Parte 5), mas com os seguintes tratamentos (3 amostras idênticas/tratamento);
(a) Controlo - incubado durante 24 horas;
(b) Amostra recolhida decorridas 4 horas e virginiamicina adicio nada antes da incubação durante o período total de 24 horas.
(c) Tal como para (b), mas fazendo-se a amostragem, etc., decorridas 8 horas; e (d) Taljzoao para (b), roas fazendo-se a amostragem, etc., decorridas 12 horas.
Adicionou-se virginiamicina para se conseguir uma proporção de 10 jag/ml.
Experiência 3. Investigação in vivo da acção da virginiamicina
Parte 1. Investigação preliminar com 2 cavalos
Estes animais foram prê-doseados com virginiamicina através da alimentação de 2 kg de uma mistura con tendo: 1225 de farelos, 225 g de açúcar, 450 g de ãgua e 100 g de 'Stafac 20*. Esta mistura proporcionou aproximadamente 2 g de virginiamicina/d. Primeiro dissolveu-se o açúcar em ãgua antes de se adicionar o ‘Stafac 20’ e depois misturou-se para proporcionar uma suspensão uniforme. Adicionou-se depois esta mistura aos farelos e misturou-se durante 20 minutos. Nos casos em que este alimento não foi ingerido ao segundo dia em que foi proporcionado aos animais, estes foram doseados com 125 g de 'Stafac 20'/animal (2,5 g de virginiamicina/animal) , através de um tubo
-. 14 no estômago. Ao 3? dia da experiência os animais foram alimentajdos com uma dose de trigo moldo. Isto proporcionou aproximadamen jte 6 mg de virginiamicina/kg de peso do corpo. Com o trigo prepa rou-se uma massa em agua e forneceu-se aos animais em duas quantidades iguais com um intervalo de cerca de 2 horas entre doses. Os animais foram examinados e procedeu-se S amostragem com inter valos de 8 horas durante um período de 48 horas conforme anteriormente descrito na experiência 1. A contagem do tempo iniciou-se com a primeira dose de trigo.
Parte 2. Experiência principal
Utilizou-se oito cavalos para esta experiência. Quatro animais receberam virginiamicina e quatro animais receberam o mesmo tratamento mas sem virginiamicina. Os ani mais que receberam virginiamicina foram pre-doseados durante dois dias cintes da administração da massa de trigo, tendo-lhes sido fornecidos 640 g de uma mistura contendo 495 g de resíduos de luzerna, 16,5 g de açúcar, 8,3 g de farinha de milho, 115 g de água e 4,95 g de 'Stafac 500'. Esta mistura proporcionou apro xiraadamentq 2 f 48. g de virginiamicina/d. A sua preparação foi fei ta do modo que se segue. Preparou-se uma massa uniformemente mis turada de açúcar, farinha de milho, água e 'Stafac 500' e adicio nou-se aos resíduos de luzerna cintes de se misturar muito bem num misturador de cimento. Os animais do grupo de controlo receberam 640 g de resíduos de luzerna sem qualquer aditivo. As doses de trigo administrados no terceiro dia proporcionaram 12 gra mas de trigo moldo por quilograma de peso do corpo. De modo seme lhante, a administração fez-se em 4uas quantidades iguais com um intervalo entre doses. O trigo fornecido aos cavalos sob tratamento com virginiamicina continha 'Stafac 20' (20/kg de trigo). Isto proporcionou aproximadamente 4,8 ag de virginiamicina/kg de peso do corpo. Os animais foram examinados e fez-se a amostragem com um intervalo de 8 horas durante um período de 48 horas conforme anteriormente descrito para a experiência 1. Decorridas 48 horas os animais foram examinados e recolheram-se amostras de produto da digestão a partir do cego e do cólon para se proceder à análise dos ácidos L- e D-lãcticos e para determinação de valo res de pH.
RESULTADOS
Experiência 1
Três dos quatro animais que utilizamos nesta experiência apresentaram sinais de coxeadura de grau 2 de Obel ao fim de 24 horas de doseamento com o trigo moldo. O cavalo que não apresentou sinais de coxeadura tinha concentrações de D-lactato menores do que os outros e ao fim das 24 horas o estômago ainda estava cheio de trigo. Os três animais que apresentaram sinais de coxeadura possuiam todos elevados níveis de D-lactato no sangue e no produto da digestão do intestino grosso (ver Quadro 1). Os dados do Quadro 1 indicam que o D-lactato eoL-lactato estavam presentes em proporções aproximadamente iguais tanto no produto da digestão do cego coiao no do cólon.
A figura 1 resume as variações temporais de D-lactato e de L-lactato no sangue após a dosagem cora trigo moldo. A concentração de D-lactato atingiu um pico decorri das 16 horas e depois diminuiu ao passo que a concentração de L— -lactato aumentou ainda até às 24 horas.
- ........ A figura 2 apresenta uma relação entre a concentração de D-lactato e a concentração de bicarbonato no „ 2 sangue. Enquanto o coeficiente de correlação (R ) para esta rela ção foi de 0,61, o valor equivalente para a relação entre as con centrações de L-lactato e de bicarbonato no sangue foi de apenas R2 » 0,25.
A temperatura do corpo aumentou desde cerca de 37,89 C (média para todos os animais) no inicio da expe riência ate um valor médio de 40,09 C decorridas 24 horas. O rit mo cardíaco aumentou desde um valor médio aproximado de 44 batimentos/minutos, antes do doseamento, até um valor médio de 60 en tre as 16 e as 24 horas.
Experiência 2
Parte 1. Nível virginiamicina • amido de milho de amido de milho inicial para testar avoparcina, e flavomicina.
O efeito de quantidades diferentes de sobre o pH, sobre L-lactato e sobre VPA da mistu- 16
ra de incubação encontra-se resumido no Quadro 2. Existe uma re:lação decrescente dos valores de pU com as quantidades crescen: tas de amido de milho, tendo-se medido concentrações apreciáveis ! de L-lactato nos balões contendo mais de 10 mg de amido de mi!! âho/ral de mistura de incubação. A adição da amido de milho aumen !! tou as concentrações de VFA atê ao máximo de 10 mg de amido de milho.
Os efeitos dos antibióticos na fermentação in vitro de produto da digestão tamponado obtido no intestino grosso, com uma concentração de 15 mg de amido de milho/ml, encontram-se resumidos no Quadro 3. A avoparcina apenas controlou parcialmente a concentração de ácido láctico, mesmo para valores de 32 pg/ml, a virginiamicina e a flavomicina proporcionaram controlo total para concentrações baixas da ordem de 2 jug/ml, Associado ao controlo exercido por estes antibióticos sobre o ácido láctico existe também um notável aumento nos valores de pH Uo caso de todos os antibióticos Gram-positivos ensaiados nesta experiência verificou-se um significativo acréscimo na proporção entre açetatp/propionato.
Parte 2. Efeito dos antibióticos virginiamicina, flavomicina e Zn-bacitracina em concentrações inferiores a 2 jug/ml.
Os efeitos destes três antibióticos so bre o L-lactato e sobre o pK encontram-se resumidos no Quadro 4. Todos os antibióticos reduziram significativamente a concentração de ácido láctico e aumentaram o valor do pH em todos os níveis de inclusão. A virginiamicina proporcionou o melhor controj lo do ácido láctico para concentrações de 1jug/ml (virginiamicina) .
As variações na concentração de ácido láctico e dos valores de pH encontram-se resumidas no Quadro 5. Existiu fraca ou nenhuma concentração de ãcldo láctico até cerca de 8 horas após o inicio da incubação com amido de milho e não houve acréscimo significativo entre as 16 e as 24 horas.
Parte 3. Pesquisa adicional sobre avoparcina, virginiamicina e flavomicina em adição à efectuada sobre zinco-bacitracina utili* zando amostras de produto da digestão extraídas de quatro cava• los.
O Quadro 6 resume as concentrações médias dos valores de L-lactato e dos valores de pE do fluido de incubação apos 20 horas de incubação. Verificou-se uma variação significativa entre os animais relativamente ãs quantidades de lactato produzido, variando a quantidade de amido desde 21,3 a
21,4 ate 68,5 mmol/1. Dos 5 antibióticos testados nesta experiên cia apenas a virginiamina proporcionou uma redução significativa! na concentração de L-lactato e um acréscimo significativo no valor do pH do fluido de incubação. Não houve diferenças significa tivas na resposta no modelo de fermentação dos antibióticos, entre o produto da digestão retirado do cego e o produto da digestão retirado do cólon tendo-se feito a combinação dos resultados das duas incubações. O valor da concentração de L-lactato no flutí.
do de fermentação do valor do pH estavam intimamente relaciona2 dos (R =0,34) sendo as diferenças entre cavalos e devidas à di. ferença de antibióticos idênticas para os dois parâmetros. Relativamente à quantidade de lactato presente houve diferenças significativas (p-4 0,001) entre cavalos, após a incubação de produto da digestão_com amido de milho. Houve também diferenças signi ficativas (p^ 0,001) devido ao tipo de antibiótico utilizado, em termos da quantidade de acumulação de lactato e em relação aos valores de ρΞ do fluido de incubação. Tomando em consideração os resultados relativos a todos os cavalos, a virginiamicina foi o único antibiótico que reduziu a concentração de lactato (p< 0,001) e aumentou os valores de pH (pZ0,01) relativamente às in cubações de controlo não medicadas e relativamente aos outros an tibiôticos ensaiados. Verificou-se que alguns dos outros antibiõ ticos possuiam um efeito sobre a produção de lactato e sobre os valores de pH em alguns animais.
Parte 4. Incubação de amostras de produto da digestão obtidas em animais previamente doseados cora virginiamicina.
O Quadro 7 resume os resultados de medições efectuadas no sangue, era 'produto de digestão fesco’ e em amostras incubadas de produto de digestão retirado de animais 'controlo’ e dos que foram alimentados com alimentos contendo virginiamicina. Os animais que receberam virginiamicina apresentaram uma menor concentração total de VFA (p 4.0,001), apresenta18
ram percentagens molares reduzidas de acetato, butirato, isovale
Ί rato e valerato, e apresentaram uma percentagem molar de propionato para mais do dobro.
Não houve efeito significativo sobre o· valor do pH do produto da digestão no cego ou do cólon mas obser^ vou-se uma concentração superior (p<0,05) de L-lactato no produ ι
to de digestão do cego e do cólon de animais medicados cora virgi niamicina.
Após incubação com amido de milho, o quilo de animais que haviam consumido virginiamicina produziu significativaraente menos (p 0,001) ãcido láctico do que o dos aniraais de controlo. Esta diferença reflectíu-se também num valor de pH superior no produto de digestão incubado obtido a partir de animais que haviam recebido virginiamicina e o lactato produzido a partir da incubação de produto da digestão do clon foi significativamente menoe do que o produzido a partir da fermentação de produto da digestão cecal.
Parte 5. Eficácia da tilosina relativamente à virginiamicina.
Os resultados apresentados no Quadro 8 indicam que a tilosina pode reduzir a concentração de ácido láctico durante a fermentação de hidratos de carbono solúveis, mas são necessários níveis de quilosina mais elevados do que as da virginiamicina para se conseguirem níveis idênticos de redução de ãcido láctico. Para os valores das concentrações de antibióti co utilizado neste estudo, a tilosina não provocou a mesma redução que a virginiamicina nos níveis de ãcido láctico.
Parte 6. Utilização terapêutica da virginiamicina.
Os resultados apresentados na Figura 6 Indicam que se pode administrar a virginiamicina mesmo depois dos aniraais terem consumido grandes quantidades de cereais poden do ainda evitar-se a concentração de ãcido láctico e a larainite. Ê evidente que até oito horas apôs o inicio da fermentação da glicose, a adição de virginiamicina evita a concentração de ãcido láctico. Nos animais alimentados cora cereais ricos em amido, esse amido necessita primeiro ser hidrolizado para proporcionar glicose. Isto proporcionaraura atraso adicional para a utilização . terapêutica de virginiamicina para evitar a concentração de ãci- 19 do láctico.
Experiência 3. Investigação ln vivo da acção de virginiamicina
Parte 1. Investigação perliminar com dois cavalos.
Dos dois animais que receberam massa de trigo com virginiamicina um morreu decorridas 15 horas. A cau sa da morte diagnosticada após o exame post-m.ortem foi identificada como sendo a concentração de gás no cego. O segundo animal nao apresentou quaisquer efeitos de doença provocados pela dose alimentar tendo os resultados obtidos a partir deste animal sido combinados com os resultados dos restantes oito animais. Em consequência, nos dados apresentados, temos cinco cavalos no grupo tratado com virginiamicina e 4 no grupo de controlo.
Parte 2. Experiência principal
Dos cinco animais que foram doseados com virginiamicina nenhum apresentou quaisquer sinais de coxeadu ra. Pelo contrário, três dos outros quatro animais de controlo, que não haviam recebido qualquer quantidade de virginiamicina, desenvolver aijt_cQxeadura do grau 2 Obel. Consequentemente existe uma redução significativa (p/0,05) de coxeadura associada com a utilização de virginiamicina antes da alimentação com a massa de trigo ou em conjunto com esta.
A Figura 3 apresenta as variações temporais de L-lactato e de D-lactato medidas no sangue. Verificou-se um acréscimo significativo de D-lactato às 16 e às 24 horas nos animais de controlo ao passo que apenas se verificou um acréscimo insignificante nas concentrações de D-lactato às 16 ho ras nos animais alimentados com virginiamicina. No que diz respeito ao L-lactato, verificou-se que a sua concentração era significativamente superior decorridas 8 e 16 horas nos animais tra tados com virginiamicina. Esta tendência inverteu-se decorridas 24 horas e após 40 horas a concentração de L-lactato era superior (p<0,05) nos animais de controlo.
A Figura 4 resume as variações temporais do bicarbonato no sangue e dos valores de pH fecal após ad. ministração da massa de trigo. Verificou-se uma redução signifi* cativa na concentração de bicarbonato no sangue dos animais de
- -20
controlo decorridas 16 horas após a alimentação com trigo, sendo' os níveis ainda menores do gue nos animais tratados com virginia· micina ao fim de 32 horas. Relativamente ao pH sanguíneo observou-se um modelo idêntico de variação temporal. Relativamente ao pH fecal observou-se uma queda biruta (p<0,01) no pH dos animais de controlo decorridas 24 horas, o qual voltou ao normal decorri] das 32 horas. Não se observou variação significativa no pH fecal dos animais tratados com virginiamicina.
Varificou-se uma relação significativa (pZ 0,001) entre o pE no sangue e a concentração de D-lactato no sangue. Todavia não se verificou a existência de qualquer relação entre o valor de pH do sangue e a concentração de L-lactato.
A Figura 5 apresenta as variações temporais do ritmo cardíaco após administração da massa de trigo. Nos animais tratados com virginiamicina, o ritmo cardíaco foi su perior ao dos cavalos de controlo, entre as 16 e as 24 horas, apôs o que voltou ao normal. O ritmo cardíaco médio dos animais de controlo foi significativamente elevado nas observações efectuada entre ag_.24 e as 48 horas.
DISCUSSÃO
A principal conclusão desta série de experiências foi a de que a administração de virginiamicina protegeu os cavalos contra o desenvolvimento de laminite apõe a ingestão excessiva de hidratos de carbono. Os resultados indicaram que o tratamento com virginiamicina mantinha a concentração de D-lactato no sangue num nível baixo e que controlava também todos os parâmetros associados com a acidose (bicarbonato e pH do sangue; pH fecal) mantendo-os dentro de limites normais.
A partir dos resultados da experiência 1 é evidente, que para os mesmos objectivos, não é possível fazer extrapolações para a utilização de avoparcina nos cavalos a partir de dados obtidos com ovldios em que se utilizou avoparcina para controlar a acidose láctica (Aitchison e outros 1986).
É interessante verificar-se que embora todos os antibióticos selecccionados para pesquisa na Experiên- 21 -
ί cia 2 possuam um espectro antibiótico bastante idêntico, sendo todos activos contra bactérias Gram-positivas, a sua actividade biológica no controlo da concentração de ãcido láctico durante a fermentação do amido foi bastante diferente, fi improvável que as causas do fenómeno sejam as diferenças na potência e na concentração desses antiblótlmos uma vez que na Experiência 2, Parte 1 todos os compostos foram utilizados no intervalo de dosagem bastante amplo e a avoparcin não proporcionou qualquer controlo de ácido láctico, mesmo para concentrações mais elevadas (aproximadamente 32 vezes o valor da dose eficaz mínima de virginiamicina) .
Também ê evidente que existem variações significativas entre cavalos, tanto na quantidade de ãcido láctico produzido durante a fermentação amido de milho como na resposta de fermentação a diferentes antibióticos. Essas variações entre cavalos explicam provavelmente a razão pela qual nem todos os cavalos alimentados com trigo moldo desenvolveram concentrações elevadas de ãcido láctico no intestino grosso e a razão pela qual não apresentaram sinais de laminite.
Os resultados das fermentações in vltro, foram diferentes dos resultados medidos in vivo, particular mente no que diz respeito aos valores de pH. Mas experiências in vitro, o pH do fluido de incubação foi reduzido independentemente da presença de virginiamicina, embora a virginiamicina tivesse reduzido a amplitude da diminuição de pH. Por outro lado, os animais tratados com virginiamicina não apresentaram qualquer di minuição do valor de pG fecal ou qualquer evidência de variação dos níveis de bicarbonato no sangue ou dos valores de pH do sangue. Isto justifica-se provavelmente pelo facto de, in vivo, os VFA serem rapidamente absorvidos a partir do tracto gastrointestinal e não contribuírem para a acidez do produto de digestão. Por outro lado, o lactato não é eficientemente absorvido atê o valor de pH do produto de digestão cair para cerca de 5,5 (Dunlop, 1965). Admite-se ainda (Experiência 2 Parte 4) que a virginiamidna possa reduzir a concentração total de VFA in vivo. Is• to contribuiria também para valores de pE superiores no produto ’ da digestão desses animais.
Os resultados da Experiência 1 mostram que nos animais que receberam avoparcina (cavalos 2 e 4), as con, centrações de antibiótico foram menores no cego do que no cólon. As concentrações de ãcido láctico foram apreciavelmente menores no produto da digestão do cólon de animais tratados com avoparci na do que no conteúdo do cego dos mesmos animais. Consequentemen te admite-se que as finas partículas de antibiótico não permanecem no cego o tempo suficiente para desenvolverem um efeito significativo sobre o modelo de fermentação nesse compartimento. Trata-se de uma questão importante uma vez que significa que existe a necessidade de desenvolver uma formulação que permita levar antibiótico para o cego. Esta formulação deverá ser de natureza fibrosa e/ou constituída por partículas minúsculas para aumentar o seu movimento no cérebro. Admite-se que as dimensões dessas partículas tenham que ser pelo menos da ordem de 1 mm.
fi evidente (quadros 2 e 7) que a virgi nlamlcina e outros antibióticos Gram-positivos aumentam a propor ção molar do proplonato durante a fermentação nas ansas intestinais. fi possível que uma produção de propionato acrescida possa aumentar a dlsponiblAidade do substracto para a síntese da glico se e consequenteraente para a deposição de glicogénio.
Admite-se que nos animais tratados com virginiamicina seja produzido mais gás durante a rápida fermenta ção inicial dos hidratos de carbono. Foi isto que se verificou no animal que morreu devido à concentração de gás no cego e também devido ao aumento de L-lactato no período compreendido entre as 16 e as 24 horas (Fig. 3). A razão para esta concentração de gás ficou a dever-se provavelmente ao facto dos VFA, e não lacta to, continuarem a ser produzidos durante a fermentação do amido nos cavalos tratados com virginiamicina. Quando os VFA, acetato e butirato são produzidos, produz-se também dióxido de carbono e hidrogénio. Estes podem combinar-se para produzir metano. Essa produção de gaz não acompanha a formação de lactato ou de proprionato. Faz-se observar que o modelo de sobrecarga de hidrato de carbono agora utilizado proporciona quantidades extremas de hidratos de carbono facilmente fermentáveis durante um período muito curto e que é possível que sob condições mais fisiológicas
esta concentração de gaz não ocorra. Na realidade a virginiamici^ na aumenta a quantidade de proprionato produzida relativamente às quantidades de acetato e de butirato (Quadro 7) e sob condições normais de uma fermentação com base nos VFA seria de esperar a redução da quantidade de gãs produzido.
O facto de as concentrações de lactato não continuarem a aumentar uma vez introduzida a virginiamicina no conteúdo do quilo significa que é de admitir que seja possível administrar virginiamicina depois de os animais terem consumido acidentalmente grandes quantidades de hidratos de carbono ricos em amido, evitando-se deste modo a acumulação de ácido lãc tico e a laminlte. A partir dos dados apresentados na figura 3 é de admitir que o D-lactato apenas aumente significativamente cer ca de 16 horas apôs a alimentação com trigo. Parece ser razoável esperar que o tratamento con virginiamicina até 12 horas após a ingestão acidental de níveis elevados de amido possa evitar a la minite.
QUADRO 1
Concentração dos isómeros D e L do acido láctico e de avoparcina no cego e no cólon de três cavalos 24 horas após a administração de trigo grosso (15 g/kg de peso do corpo). Apresenta-se também informação sobre a observação de sinais de coxeadura.
numero do cavalo: 1 3 2 4
Avoparcina na alimentação
(mg/kg de trigo) 0 0 120 120
Cego
Acido L-láctico (mmol/L) 0.04 32 33 37
Acido D-láctico (mmol/L) 0.0 35 33 34
Avoparcina (pg/g de quilo) 0 0 17 15
Cólon
Acido L-láctico (mmol/L) 1.4 27 2 10
Acido D-lãctico (mmol/L) 1.0 34 2 11
Avoparcina,-X)ig/g de quilo) 0 0 30 25
Coxeadura nenhuma Obel 2 Obel 2 Obel 2
QUADRO 2
Resultados de uma experiência de fermentação in vitro, na qual
se incubou quilo de cego/cõlon de equídeos com diferentes concen
trações de amido de milho
Nível de pH Lactato Total VPA Acet:Prop
amido de milho
(mg/ml) Media EP Média EP Média EP Média ~Ep
0 6.95 0.013 0.1 0.03 63.7 1.89 9.4 0.39
5 6.53 0.001 0.0 0.00 93.7 2.20 3.9 0.14
10 5.89 0.142 15.1 6.72 121.1 2.16 2.7 0.06
15 5.34 0.042 46.8 2.93 97.5 6.56 2.9 0.18
20 5.23 0.035 56.2 1.39 93.4 1.93 3.3 0.03
QUADRO 3
Efeito dos antibióticos avoparcina, virginlamicina e flavomicina sobre o pH, L-lactato e VFA durante a incubação de quilo misto do cego/côlon com tampão e amido de milho (15 mg/ml)
Antibiótico (ug/ml) pH Lactato VFA total Acet:Prop
Medi a EP Média EP Média EP Média EP
Avoparcina
0 5.34 0.042 46.8 2.93 97.5 6.56 2.9 0.18
2 6.14 0.054 8.9 1.04 102.6 1.92 2.9 0.05
4 6.17 0.017 12.0 2.41 100.9 2.12 2.8 0.06
8 6.33 0.006 11.0 0.42 82.1 4.92 3.3 0.06
16 6.40 0.017 10.3 1.40 87.1 2.49 3.5 0.15
32 6.43 0.012 15.1 0.57 89.8 2.33 3.6 0.16
Virginlamicina
0 5.34 0.042 46.8 2.93 97.5 6.56 2.9 0.18
2 6.57 0.009 0.2 0.05 93.2 5.15 2.9 0.10
4-;··'· ·—- -6.63 0.003 0.2 0.07 80.8 8.99 3.1 0.07
8 6.66 0.009 0.2 0.10 79.7 8.75 3.2 0.03
16 6.64 0.010 0.0 0.01 71.3 10.59 3.8 0.23
32 6.66 0.009 0.1 0.04 87.1 0.74 3.7 0.08
Flavomicina
0 5.34 0.042 46.8 2.93 97.5 6.56 2.9 0.18
2 6.57 0.006 0.0 0.01 88.9 5.07 3.4 0.01
4 6.52 0.009 0.0 0.01 93.7 2.71 4.6 0.16
6 6.48 0.033 0.0 0.01 90.0 3.46 5.7 0.10
16 6.47 0.030 0.0 0.02 85.6 10.11 5.8 0.30
32 6.41 0.023 0.2 0.06 93.7 11.98 5.8 0.18
I
QUADRO 4
Efeito da virginiamicina, flavomicina, ardacina e Zn-bacitracina
sobre o L-lactato e sobre o pH quando se faz a incubação de qui-
lo do cego/cólon com tampão e amido de milho
Concentração de Virginiamicina Flavomicina Zn-bacitracina
antibiótico
(ug/ml) Média EP Média EP Média EP
0.00 66.5 11.07 66.5 11.07 66.5 11.07
0.25 28.4 1.16 12.4 2.36 20.6 0.82
0.50 28.8 3.16 7.3 1.75 17.8 1.93
1.00 3.2 1.82 9.9 0.97 15.9 1.42
2.00 1.4 0.18 11.7 0.32 14.7 1.85
L-Lactato (mraol/L)
pH
0.00 5.23 0.090 5.23 0.090 5.23 0.090
0.25 5.45 0.022 5.69 0.096 5.64 0.044
0.50 5.44 0.024 5.67 0.081 5.86 0.033
1.00 5.66 0.048 5.67 0.057 5.68 0.010
2.00 5.78 0.208 5.56 0.051 5.59 0.033
QUADRO 5
Variação da concentração de L-lactato com o tempo, durante a In-
cubação de fluido cecal de equídeos com amido de milho e com uma
solução tampão. De cada vez fez-se a amostragem de três recipien
tes de incubação
Tempo de Incubação L-lactato (ramol/L) pH
(h) Média E.P.
0 1.6 0.00 7.3
2 1.5 0.03 7.3
4 1.0 0.23 7.2
6 1.2 0.26 7.1
8 9.5 4.07 7.0
12 47.7 8.12 6.2
16 66.5 11.07 5.4
24 75.7 8.51 5.2
-· 27 -
QUADRO 6
Efeito de avoparcina (Avop), da virginiamicina (VM), da flavomicina (Flavo), da ardacina e da zinco-bacitracina (ZnBac), sobre a fermentação do conteúdo do cego e do cólon com uma solução tam 'pão e cora amido de milho relativamente aos valores de L-lactato e de pH. Os valores apresentados são as médias de incubações separadas de amostras de quilo obtidas no cego e no cólon
Cavalo Controlo Avop VM Flavo ZnBac
1 30.3 L-lactato 19.8 0.3 31.8 26.8
2 68.5 67.9 34.1 55.6 62.5
3 32.5 34.5 7.6 17.9 35.1
4 21.4 20.0 12.3 23.7 22.2
Media 38.2 35.5 13.6 32.2 36.6
EP 7.35 8.01 5.15 5.86 6.38
1 4.88 pH 5.12 5.40 4.88 4.91
2 ' ·-—4.61 4.57 4.94 4.54 4.59
3 4.79 4.75 5.17 4.98 4.76
4 5.12 5.15 5.27 5.07 5.11
Media 4.85 4.90 5.19 4.86 4.84
EP 0.075 0.101 0.069 0.081 0.079
QUADRO 7
Concentração de metabolitos (mmol/L) medida em quilo fresco e em cuilo incubado do cego e do cólon de animais que não receberam nenhuma quantidade de virginiamicina (controlo) e em animais que receberam alimentos contendo virginiamicina, aproximadamente 14 horas após a matança (n=5 animais em cada media).
Metabolito Controlo Virginiamicina
Cego Colon Cego Colon
Media EP Médiz ι EP Média EP Média EP
D-lactato no sangue
quilo fresco
pH 6.3 0.11 6.3 0.18 6.2 0.20 6.0 0.32
L-lactato 0.8 0.29 7.5 2.35 10.3 3.91 10.2 4.10
VPA total 143.2 12.56 199.3 12.12 76.1 13.34 118.7 9.47
1 de Acetato 68.7 1.26 68.1 2.11 50.3 4.33 52.1 4.11
% de Propionato 22.9 1.61 22.0 2.55 46.5 4.75 44.3 4.50
% de ButiràtCT 8.4 0.75 9.9 1.00 3.2 1.24 3.5 0.87
% de Iso-valerato 0.9 0.23 3.8 0.83 0.0 0.00 1.5 0.64
S de Valerato 0.0 0.00 1.9 0.58 0.5 0.41 0.2 0.21
Quilo incubado
PH 4.8 0.10 4.9 0.10 5.2 0.08 5.3 0.14
L-lactato 38.1 7.19 42.0 12.01 5.5 2.64 1.8 1.31
- 29 Eficácia da tilosina relativamente à virginiamicina quando se faz a incubação de quilo do cego/cólon com glicose

Claims (1)

  1. REIVINDICAÇÕES
    - lS Processo para a preparaçao de um agente de tratamento de gado equídeo, caracterizado por se incorporar num veiculo aceitável em veterinária um antibiótico glicopep tidico ou um antibiótico glicolipidico ou um antibiótico estaflo micina ou um antibiótico polipeptídico ou um antibiótico macrõli do ou um antibiótico peptico contendo enxofre ou o antibiótico lincosamlda ou o antibiótico tiamulina ou nitrofurano ou um anti biótico tetraciclina ou o antibiótico penicilina ou o antibiótico politiazol ou um antibiótico lonoforo ou qualquer outro antibiótico ou qualquer sua combinação que sejam activos contrasas bactérias gram-positivas, numa concentração compreendida entre 0,50 pg/ml e 32,00 pg/ml.
    - 2* Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se preparar um agente para o tratamento de laminite no gado equídeo, através do controlo da concentração do ácido láctico nas ansas Intestinais.
    - 3- Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se preparar um agente que melhora a eficiên cia da utilização de alimentos para o gado equídeo através do au . mento da produção de propionato durante a digestão por fermenta’ ção nas ansas intestinais.
    Processo para a preparação de um agente para o tratamento de gado equídeo, de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o referido agente se apresentar sob a forma de partículas susceptíveis de resistir à digestão enzlmãtica no canal alimentar superior e de aumentar a sua libertação no cego.
    - 5? Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por as partículas possuírem dimensões de pelo menos 1 mm.
    Processo de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por as partículas serem de natureza fibrosa.
    Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como lngre diante activo um antibiótico glicopeptídico.
    - 8?
    Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como ingre diente activo um antibiótico glicolipídico.
    Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como ingre diente activo o antibiótico estafilomicina.
    - 10- Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como ingre diente activo um antibiótico polipeptldico.
    - 11- Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como ingre diente activo um antibiótico macrólido.
    - 12- Processo de acordo ccm qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como ingre diente activo um antibiótico peptldico contendo enxofre.
    - 13- Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como Ingre diente activo o antibiótico lincosamida.
    - 14^ Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se Incorporar como ingre diente activo tiamulina.
    Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se Incorporar como ingre diente activo o antibiótico nitrofurano.
    - 16- Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se Incorporar como Ingre diente activo um antibiótico tetraciclina.
    - 175 -'34 -
    - 17* Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar corao ingre diente activo um antibiótico politiazol.
    - 18* Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como ingre diente activo o antibiótico penicilina.
    - 19* Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se incorporar como ingre diente activo um antibiótico ionoforo.
    - 20- Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o referido antibiótico glicopeptídico conter avoparcina.
    - 21* Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o referido antibiótico glicopeptídico con- 35 ter vancomicina.
    - 22- Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por o referido antibiótico glicolipldico conter ardacin-flavaraícina (bambermicina).
    Processo de acordo cora a reivindicação 9, caracterizado por o referido antibiótico estafilomicina conter virginiamiclna.
    Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por o referido antibiótico pollpeptídico conter bacitraclna-zinco.
    - 25- Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por o referido antibiótico pollpeptídico conter metileno-di-salicilato de bacitracina.
    - 26- - 36
    Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por o referido antibiótico polipeptldico conter virginiamicina S.
    Processo de acordo cam a reivindicação 10, caracterizado por o referido antibiótico polipeptldico conter polimixinas (B e E).
    - 28- Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o referido antibiótico macrólito conter ti losina.
    - 29- Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o referido antibiótico macrólido conter ee piramicina.
    - 30- Processo de acordo com a reivindicação • 11, caracterizado por o referido antibiótico macrólido conter
    - virginiamicina M.
    -· 37
    - 31- Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o referido antibiótico macrólido conter jo samicina.
    - 32- Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o referido antibiótico macrólido conter es pectinamicina.
    - 33- Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o referido antibiótico macrólido conter enitramicina.
    - 34Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por o referido antibiótico peptídico contendo enxofre possuir tiopeptona.
    - 35- Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por o referido antibiótico peptídico contendo
    12 r caracterizado por o referido antibiótico peptldico contendo enxofre possuir tiostreptona.
    - 37- Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por o referido antibiótico peptídico contendo enxofre possuir esporangioaaicina.
    - 33- Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por o referido antibiótico peptídico contendo enxofre possuir siaraicina.
    39- Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por o referido antibiótico peptldico contendo enxofre possuir taitomicina.
    - 4039
    15, caracterizado por nltrofurantoina.
    13, caracterizado por lincomicina.
    13, caracterizado por cllndamiclna.
    Processo de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por o referido antibiótico nitrofurano conter nitrofurazona.
    - 44- Processo de acordo com a reivindicação
    15, caracterizado por o referido antibiótico nitrofurano conter furazolldona.
    16, caracterizado por o clortetraciclina.
    - 46- Processo de acordo com a reivindicação 16, caracterizado por o referido antibiótico tetraciclina conter oxitetraciclina.
    - 47- ............... Processo de acordo com a reivindicação
    17, caracterizado por o referido antibiótico politiazol conter nosieptido.
    - 48- Processo de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por o referido antibiótico penicilina conter penicilina V.
    - 49- Processo de acordo com a reivindicação
    18, caracterizado por o referido antibiótico penicilina conter ampicilina.
    Processo de acordo com a reivindicação 19 9 caracterizado por o referido antibiótico ionoíoro conter la. salocida.
    - 51© Processo de acordo com a reivindicação 19, caracterizado por o referido antibiótico ionoforo conter te tronasina.
    - 52© Processo
    51, caracterizado por o referido racina.
    de acordo com a reivindicação antibiótico ionoforo contei- na
    - 53& Processo de acordo com a reivindicação 51, caracterizado por o referido antibiótico ionoforo conter sa linomicina.
    - 54© Processo de acordo com qualquer das rejí vindicações 1-6, caracterizado por o referido antibiótico conter novobiocina de sódio.
    - 55© Processo de acordo com qualquer das rei vindicações 1-6, caracterizado por o referido antibiótico conter tartrato de botromicina.
    - 56© 42
    I — 56ã —
    Processo de acordo cora qualquer das rei. vindicações 1-6, caracterizado por o referido antibiótico conter e o treptogr araina.
    - 57ã Processo de acordo com qualquer das rei vindicações 1-6, caracterizado por o referido antibiótico con- ? ter nitrovina (paizona).
    - 58a Processo de acordo com qualquer das rei vindicações 1-6, caracterizado por o referido antibiótico conter enramicina.
    A requerente declara que os primeiros pedidos desta patente foram apresentados na Austrália em 30 de íiarço de 1988, 1 de Novembro de 1988 e em 9 de Janeiro de 1989, sob os números PJ7526, PJ1239 e PJ2218, respectivamente.
    Lisboa, 30 de íiarço de 1989.
    0 AGE5TE OFICIAL OA ΡΕΟΓΕΤΕΟΑΟΕ INOUSTEIAL
    RESUMO
    PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DE UM AGENTE DE
    TRATAMENTO DE GADO EQUÍDEO”
    A invenção refere-se a um processo para a preparação de ura agente de tratamento de gado equídeo, que compreende por incorporar-se num veículo aceitável em veterinária um antibiótico glicofeptldico com um antibiótico glicolipidi co ou um antibiótico estaflomicina ou um antibiótico polipeptidi co ou um antibiótico macrõlldo ou um antibiótico peptlco contendo enxofre ou o antibiótico lincosaraida ou o antibiótico tla- mu lina ou nltrofurano ou um antibiótico tetraciclina ou o antibiótico penicilina ou o antibiótico politiazol ou um antibiótico io noforo ou qualquer outro antibiótico ou qualquer sua combinação que sejam activos contra as bactérias gram-positivas, numa concentração compreendida entre 0,50 pg/ml e 32,00 pg/ml.
    γFI G. 7
    Tempo (horas )
    Variações temporais cios lactatos D e L no sangue em 4 cavalos alimentados com trigo grosso (Exp. 1).
    FIG. 2
    D-lacr-ot-o no sangue (mmol/L)
    Relação entre o D-lactato no sangue e a concentração de bicarbonato no sangue de cavalos alimentados com trigo grosso. As amostras de sangue foram extraídas com intervalos de Θ horas ao longo de 24 horas anos a dosagem alimentar (Exp. 1).
    FIG. 3
    TEMPO ( HORAS)
    Variações temporais dos lactatos L e D medidas no sangue de cavalos alimentados com trigo grosso. Os cavalos de um grupo (n=5) foram tratados com virginiamicina (VM) e os cavalos do outro grupo (controlo) nao receberam qualquer medicação.
    FIG.4
    Variações temporais de bicarbonato no sangue e do pH fecal após a alimentação com trigo grosso. Os cavalos de um grupo (n=5) foram tratados com virginiamicina (VM) e os do outro grupo (controlo) não receberam qualquer medicação.
    F! G. 5
    Cn e,
    Ul
    X / ui
    Variações temporais da temperatura de sangue dos cavalos após alimentação com trigo grosso. Os cavalos de um grupo (n=5) fo ram tratados com virginiamicina (VM) e os do outro grupo (con trolo) não receberam qualquer medicação.
    FIG.6
    Variação temporal da concentração de ácido láctico após o inicio da incubaçao da solução de glicose com quilo das ansas intestinais de equídeos fatigados. A linha a traço interrompido mostra a variação na concentração do L-lactato após a adição de virginiamicina (10 ug/ml) à mistura de incubação. Adicionou-se virginiamicina decorridas 4, 8 ou 12 horas após o inicio da incubação.
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