PT891237E - Processo de vazamento continuo de metais e lingoteira para a sua realizacao - Google Patents

Processo de vazamento continuo de metais e lingoteira para a sua realizacao Download PDF

Info

Publication number
PT891237E
PT891237E PT97919470T PT97919470T PT891237E PT 891237 E PT891237 E PT 891237E PT 97919470 T PT97919470 T PT 97919470T PT 97919470 T PT97919470 T PT 97919470T PT 891237 E PT891237 E PT 891237E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
walls
metal
thermal flow
ingot
intensity
Prior art date
Application number
PT97919470T
Other languages
English (en)
Inventor
Eric Perrin
Jacques Spiquel
Jean-Marc Jolivet
Cosimo Salaris
Original Assignee
Lorraine Laminage
Forges & Acieries Dilling Sa
Sogepass
Ugine Savoie Imphy
Ascometal Sa
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Lorraine Laminage, Forges & Acieries Dilling Sa, Sogepass, Ugine Savoie Imphy, Ascometal Sa filed Critical Lorraine Laminage
Publication of PT891237E publication Critical patent/PT891237E/pt

Links

Classifications

    • BPERFORMING OPERATIONS; TRANSPORTING
    • B22CASTING; POWDER METALLURGY
    • B22DCASTING OF METALS; CASTING OF OTHER SUBSTANCES BY THE SAME PROCESSES OR DEVICES
    • B22D11/00Continuous casting of metals, i.e. casting in indefinite lengths
    • B22D11/04Continuous casting of metals, i.e. casting in indefinite lengths into open-ended moulds
    • B22D11/0401Moulds provided with a feed head
    • BPERFORMING OPERATIONS; TRANSPORTING
    • B22CASTING; POWDER METALLURGY
    • B22DCASTING OF METALS; CASTING OF OTHER SUBSTANCES BY THE SAME PROCESSES OR DEVICES
    • B22D11/00Continuous casting of metals, i.e. casting in indefinite lengths
    • B22D11/04Continuous casting of metals, i.e. casting in indefinite lengths into open-ended moulds

Landscapes

  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Mechanical Engineering (AREA)
  • Continuous Casting (AREA)
  • Confectionery (AREA)
  • Steroid Compounds (AREA)
  • Manufacture Of Alloys Or Alloy Compounds (AREA)
  • Manufacture And Refinement Of Metals (AREA)
  • Heat Treatments In General, Especially Conveying And Cooling (AREA)
  • Molds, Cores, And Manufacturing Methods Thereof (AREA)

Description

65(23 3 te
Descrição ‘‘Processo de vazamento contínuo de metais e lingoteira para a sua realização” A presente invenção diz respeito diz respeito ao vazamento contínuo de metais, em especial do aço. A operação de vazamento contínuo consiste, esquematicamente, como se sabe, em despejar um metal em fusão numa lingoteira, essencialmente constituída por um elemento tubular sem fundo que define uma passagem para o metal vazado, mas cujas paredes, de cobre (mais geralmente de liga de cobre), são arrefecidas energicamente por circulação de água, e da qual se extrai igualmente de maneira contínua um produto já solidificado exteriormente. A solidificação progride em seguida na direcção do eixo do produto e termina no decurso da descida deste último a jusante da lingoteira na zona dita do “arrefecimento secundário” sob o efeito de rampas de rega com água. O produto obtido (lupas, pequenos feixes ou lajes) é seguidamente cortado ao longo do comprimento e depois laminado antes da expedição para a clientela ou transformação no local, em barras, fios, perfis, placas, chapas, etc..
Os defeitos de superfície ou sub-cutâneos dos produtos resultantes do vazamento contínuo do aço são frequentemente a causa de escórias, uma vez que a operação de laminagem suporta-os mal, inclusivamente amplifica-os até se degradar de maneira intolerável a qualidade metalúrgica dos produtos laminados.
No decurso do vazamento, o metal em fiisão, despejado na lingoteira, forma uma película sólida ao nível da sua superfície livre a partir da entrada em contacto com as paredes metálicas arrefecidas da lingoteira. Esse película é arrastada para baixo quando da extraçção do produto por um movimento irregular ritmado pelas oscilações verticais da lingoteira Simultaneamente, a sua espessura cresce devido ao facto de prosseguir a extracção de calor realizada pelas paredes da lingoteira Há, por consequência, continuamente a criação de uma nova película de metal sólido ao nível da superfície livre do metal na lingoteira (denominada “menisco”), solidificando essa película ao longo de todo o perímetro da parede interna da lingoteira e constituindo um anel sólido susceptível de se contrair devido ao arrefecimento a que fica submetido quando da sua descida na lingoteira. A contracção térmica da pele sólida é tanto mais importante quanto a extracção de calor for forte e o metal vazado tenha uma tendência natural para se contrair quando do arrefecimento, por exemplo por mudança de fase sólida no final da solidificação, como acontece, em especial, para as variedades de aço com baixo ou médio carbono ou de aços inoxidáveis.
Esta contracção perimétrica tende a provocar um afastamento da pele solidificada em relação à parede da lingoteira e, portanto, uma diminuição da permuta térmica uma vez que o contacto da referida pele com as paredes frias é degradado. Esse descolamento é geralmente desigual conforme o perímetro da pele solidificada, o que constitui a fonte de defeitos de superfície no produto final obtido.
Para dificultar as veleidades de contracção, conhece-se do documento FR 2 704 786 uma lingoteira, dita de vazamento contínuo em carga, que comporta um ressalto termo-isolante destinado a conter o metal vazado mantido no estado líquido, e um inserto situado entre a parede arrefecida da lingoteira e o referido ressalto. Prevê-se o inserto para injectar, ao nível da base do ressalto, um lubrificante e um gás destinado a assegurar que a pele solidificada do produto vazado fique bem formada precisamente a partir do bordo superior da parede arrefecida, e não por contacto do inserto, o qual é, além disso, arrefecido e pode comportar um revestimento isolante para evitar que o metal vazado solidifique pelo seu contacto. O documento EP 0 620 062 mostra também uma lingoteira provida de um ressalto isolante, e que comporta orifícios para a injecção de gás destinados a cortar a eventual crosta de solidificação formada por contacto com o ressalto.
Para evitar ou limitar os defeitos indicados anteriormente, procurou-se igualmente reduzir o fluxo térmico extraído quando da formação da pele, no início da sua solidificação.
Assim, tentou-se já reduzir esse fluxo térmico, conforme indicado no documento FR-A-2 067 289, mediante utilização de uma lingoteira provida, na sua parte superior, onde se produz o início da solidificação, de um inserto que forma uma barreira térmica impedindo que o metal em fusão entre directamente em contacto com as paredes arrefecidas da lingoteira. A resistência, no tempo, de um tal inserto revelou-se, todavia, muito aleatória, e o custo de manutenção de uma tal lingoteira muito elevado.
Tentou-se igualmente reduzir o fluxo térmico proporcionando às paredes da lingoteira um estado de superfície susceptível de reduzir a área das zonas de contacto directo do metal vazado com o cobre das paredes arrefecidas, por exemplo por uma gravura regular das paredes formando uma estampagem da sua superfície, ou por uma rugosidade aleatória obtida por exemplo por areação. Um tal método não parece, no entanto, permitir ainda melhorar sensivelmente a qualidade de superfície do produto vazado. Parece, com efeito, que as perturbações provocadas pelas variações de nível da superfície livre do metal vazado são predominantes em relação
ao efeito moderador sobre o fluxo térmico, obtido por um estado de superfície adaptado das paredes da lingoteira tal como se indicou anteriormente, de modo que, subsistindo as heterogeneidades de solidificação, os defeitos de superfície não são eliminados.
Com o mesmo objectivo de reduzir o contacto directo do metal vazado com o cobre frio das paredes, tentou-se ainda realizar naquelas ranhuras verticais conforme indicado no documento JP 56136257. Mas verificou-se então que as ranhuras se guarneciam rapidamente com a escória classicamente utilizada como camada de cobertura da superfície livre do metal líquido, o que atenuava o efeito térmico procurado. A presente invenção tem por objectivo resolver os problemas indicados anteriormente e visa muito particularmente obter um produto vazado com uma qualidade de superfície muito boa, ao mesmo tempo que assegura uma redução eficaz do fluxo térmico extraído quando da formação e do início do crescimento da película solidificada, e ao mesmo tempo que evita em particular o efeito nefasto das flutuações do nível da superfície livre do metal líquido na lingoteira.
Com esses objectivos em vista, a invenção tem por objecto um processo do tipo descrito no documento FR-A-2 067 289, para o vazamento contínuo de metais em fusão, em especial do aço, numa lingoteira que comporta paredes metálicas arrefecidas energicamente que se prolongam de maneira sensivelmente vertical e que definem uma passagem para o metal vazado, e assegurando ao longo de toda a sua altura uma extracção de fluxo térmico do metal vazado provocando um arrefecimento e uma solidificação progressiva do referido metal, processo de acordo com o qual se reduz a intensidade do fluxo térmico extraído na vizinhança do nível 5 em que o referido metal se começa a solidificar por contacto com as referidas paredes, caracterizado pelo facto de se colocar por cima das referidas paredes metálicas arrefecidas um ressalto térmico isolante e, quando do vazamento, se manter o nível da superfície livre do metal vazado no interior do referido ressalto, e por se injectar ao nível desse ressalto, e de preferência pelo menos na sua extremidade inferior, um gás que desemboca em jactos repartidos na periferia interior da lingoteira.
De acordo com a invenção, a superfície livre do banho de metal líquido (o menisco) encontra-se situada no ressalto. Como este último é de material reffactário termicamente isolante, a película de metal solidificado só começa a formar-se regularmente a partir do bordo superior das paredes metálicas, e isso graças à sopragem do gás de lavagem na base do ressalto que permite separar bastante bem essa solidificação regular pretendida na parte metálica arrefecida das eventuais solidificações locais parasitas que podem advir na parte refractária. Assim, a solidificação do metal vazado só se inicia a uma certa distância do menisco. A zona onde se inicia essa solidificação é, por consequência, quase perfeitamente plana, horizontal, e não submetida às flutuações ou perturbações que agitam inevitavelmente a superfície livre do banho. O anel sólido constituído pela pele de primeira solidificação é, portanto, geometricamente perfeitamente regular, e a sua renovação contínua é igualmente quase perfeitamente regular, do mesmo modo que o crescimento dessa pele solidificada, à medida que tem lugar a descida do produto vazado.
Além disso, como o metal vazado só inicia a sua solidificação no ressalto, não há, a esse nível, lugar a contracção do metal. Esse último permanece em
7íi contacto com a parede do ressalto e impede as infiltrações de escória entre o metal e a referida parede. Daí resulta também que deixa de ser possível, por consequência, ter infiltrações de escória entre as paredes metálicas da lingoteira e a pele solidificada em contacto com a mesma, mesmo se tender a afastar-se devido à retirada de solidificação. Notar-se-á, além disso, que a pressão ferrostática do metal líquido, devida à altura desse metal contido no ressalto, tendo a opor-se a esse afastamento e, portanto, a manter a referida pele plaqueada contra a superfície das paredes metálicas, e isso de maneira uniforme ao longo de todo o contorno interno da lingoteira, devido ao facto de a espessura e do estado de solidificação da pele ser igualmente uniforme nesse mesmo contorno.
Assim, devido a essa regularidade periférica, a extracção de calor realizada na parte superior das paredes metálicas pode ser realizada também de maneira uniforme ao longo de toda a periferia do produto, evitando descolamentos localizados e as sub-espessuras de pele sólida que daí resultariam, e a intensidade do fluxo térmico extraído na zona de início de solidificação pode ser assegurada muito uniformemente ao longo de toda a periferia da passagem definida pelas paredes metálicas.
De preferência, reduz-se a intensidade do fluxo térmico extraída numa zona de altura pré-determinada a partir do bordo inferior do referido ressalto, sem, no entanto, modificar sensivelmente a quantidade de calor global extraído pela lingoteira. Essa altura limitada assegura assim uma redução do fluxo térmico extraído na zona onde a pele de metal sólido se forma, e evita também o efeito de retirada e de descolamento da pele do metal que se observa no processo de vazamento de acordo com a técnica anterior.
Λτ
De acordo com uma primeira variante, a referida zona apresenta uma capacidade de extracção de fluxo térmico sensivelmente constante ao longo de toda a sua altura. Nesse caso, a redução do fluxo térmico extraído pode ser forte mas ao longo de uma altura reduzida, por exemplo da ordem de 10 mm.
De acordo com uma segunda variante, a referida zona apresenta uma capacidade de extracção de fluxo térmico crescente de cima para baixo. Nesse caso, a redução do fluxo do térmico extraído decresce progressivamente para baixo da lingoteira, numa zona de maior altura. Isto permite assegurar uma redução do fluxo térmico extraído, na zona onde tem lugar essa redução, ainda mais forte que no caso anterior, devido à altura superior dessa zona, mas também assegurar uma espécie de progressividade na variação de fluxo térmico extraído, entre o ressalto onde o referido fluxo extraído é o mais fraco possível, e parte metálica arrefecida da lingoteira onde se procurou uma extracção máxima do fluxo térmico. A invenção tem também por objecto uma lingoteira de vazamento contínuo do tipo descrito no documento FR-A-2 067 289, que comporta paredes metálicas que se prolongam sensivelmente de maneira vertical e que definem uma passagem para o metal vazado e meios de arrefecimento interno das referidas paredes dispostos de modo a assegurar um arrefecimento enérgico das referidas paredes ao longo sensivelmente de toda a sua altura, sendo as referidas paredes providas, na sua parte superior, de meios para reduzir a intensidade do fluxo térmico provocado pelos referidos meios de arrefecimento e que passam através da sua superfície interna que define a referida passagem, caractenzada pelo facto de comportar um ressalto de material termicamente isolante colocado por cima das referidas paredes metálicas e prolongado-as para cima, e meios de injecção de um gás que desembocam na
periferia interior da lingoteira, ao nível do ressalto e de preferência na extremidade inferior deste último imediatamente por cima das paredes metálicas.
De acordo com um primeiro modo de realização, os referidos meios de redução da intensidade do fluxo térmico são constituídos por uma camada de um metal que tem uma condutibilidade térmica inferior à do metal que constitui as paredes, sendo a referida camada de metal, por exemplo, constituída por níquel, depositado por um processo de depósito electrolítico, sobre o cobre ou liga de cobre que constitui as paredes da lingoteira.
De acordo com uma primeira variante, a referida camada encontra-se situada por cima das paredes, e, portanto, entre estas últimas e o refractário que constitui o ressalto, e a sua espessura pode ser, por exemplo, da ordem do milímetro.
De acordo com uma outra variante, a referida camada estende-se ainda sobre a face interior das paredes metálicas arrefecidas, ao longo de uma altura que pode então ser da ordem de alguns centímetros. A camada de metal pouco condutor forma então uma barreira térmica entre a pele solidificada do metal vazado e o metal muito bom condutor térmico das paredes da lingoteira. Ao longo de toda a altura sobre a qual se prolonga esta camada pouco condutora, o fluxo térmico extraído é fortemente reduzido (podendo a redução atingir e mesmo ultrapassar 50%), em relação a uma configuração em que o metal vazado estaria em contacto directo com o referido metal muito condutor das paredes. A realização de uma camada de metal pouco condutor simultaneamente por cima das paredes de cobre ou de liga de cobre e sobre a sua superfície lateral interior permite modificar simultaneamente o valor médio do fluxo extraído na parte superior das paredes arrefecidas e o espalhamento do fluxo em função da distância a partir do bordo superior das paredes metálicas, ao nível do qual tem início a solidificação da película de metal vazado, podendo esse espalhamento, além disso, ser previamente regulado e favorecido, mediante diminuição progressiva da espessura da referida camada de cima para baixo.
De acordo com um segundo modo de realização, os referidos meios de redução da intensidade do fluxo térmico são constituídos por ranhuras que se prolongam sensivelmente de maneira vertical realizadas na superfície interna das citadas paredes. Constitui-se assim, na zona de formação de película solidificada, e na periferia da passagem formada pelas paredes da lingoteira, uma alternância de pontos de contacto directo do metal vazado com o cobre ou liga de cobre das paredes arrefecidas, e de pontos, correspondentes às referidas ranhuras, onde a extracção de calor é reduzida Nota-se que, ao contrário da técnica evocada no início desta memória descritiva, utilizando um tal sistema de ranhuras, e dado que se efectua o início da solidificação, de acordo com a invenção, a uma certa distância por baixo da superfície livre do banho de metal e portanto na ausência de escória, já não pode aí haver lugar, em curso de vazamento, à penetração de escória nessas ranhuras, e obstrução dessas últimas.
De acordo com uma variante desta disposição, as referidas ranhuras são cheias, pelo menos parcialmente, com um material que tem uma condutibilidade térmica inferior à do metal que constitui as paredes.
Outras características e vantagens aparecerão na descrição que vai ser feita de uma lingoteira de vazamento contínuo de aço de acordo com a invenção e da sua forma de realização.
Far-se-á referência aos desenhos anexos nos quais: - a figura 1 é uma representação esquemática, em corte longitudinal parcial, da parte superior da lingoteira, numa primeira variante de realização, - a figura 2 representa a variação do fluxo térmico extraído no decurso de um vazamento numa tal lingoteira, em função da distância a partir do bordo superior das paredes metálicas, - as figuras 3 e 4 correspondem, respectivamente, às figuras 1 e 2 no caso de uma segunda variante de realização da lingoteira, - a figura 5 representa esquematicamente a parte superior de uma parede de lingoteira, num segundo modo de realização, que utiliza um ranhurado da parte superior da parede metálica, - a figura 6 é uma vista, em escala ampliada, da secção segundo um plano horizontal da parte superior da parede metálica da figura 5, - a figura 7, é uma vista semelhante à da figura 6, no caso em que as ranhuras são cheias com um metal pouco condutor, - a figura 8 ilustra um modo de realização particularmente vantajoso do ressalto, que incorpora uma resistência aquecedora, - a figura 9 é uma vista esquemática da lingoteira, em escala reduzida, em corte segundo a linha IX - EX da figura 8. A lingoteira representada na figura 1 comporta paredes metálicas 1 arrefecidas, de maneira já conhecida, por uma circulação interna de água, que formam um corpo tubular e que definem uma passagem vertical para o aço vazado 2. A parte superior dessas paredes metálicas é de preferência constituída por um elemento independente da sua parte inferior, por exemplo sob a forma de uma peça anular 3, igualmente de cobre ou liga de cobre e dotado de um circuito de 11 11
7# arrefecimento que lhe é apropriado, esquematizado pelo canal 4 de circulação de água
Uma tal peça anular 3 pode ser substituída mais facilmente e com menor custo que se as paredes metálicas fossem formadas por uma única peça ao longo de toda a sua altura.
Na face superior 5 da peça anular 3 encontra-se realizada uma camada 6 de níquel electrolítico, com uma espessura por exemplo de 1,5 mm.
Por cima desta peça anular 3, cuja altura é por exemplo de 40 mm, encontra--se disposto um ressalto 7 termicamente isolante que comporta uma parte superior 8 de refractário muito isolante, com uma altura de 200 mm, por exemplo, e uma parte inferior 9 de um material refractário eventualmente menos isolante mas que apresenta uma melhor resistência mecânica, por exemplo o material conhecido sob a designação SILLON, e que tem por exemplo uma espessura de 20 mm.
Entre a camada de níquel 6 e o SILLON 9 encontra-se praticado um espaço qué forma uma fenda 10 de reduzida altura, por exemplo de alguns 1/10 mm, desembocando esta fenda na superfície interior da lingoteira ao longo de todo o seu contorno, e encontrando-se por outro lado, ligada a uma fonte 110 de gás inerte sob pressão, tal como árgon, esquematicamente representada na figura A alimentação da lingoteira com metal líquido tem lugar por uma tubeira 11, de tipo conhecido, que comporta orelhas laterais 12, situadas ao nível do ressalto refractário 7, por exemplo aproximadamente a meia altura da sua parte superior 8.
Quando de um vazamento, o aço em fusão, contido num repartidor, não representado, ao qual está fixado à tubeira 11, passa pela referida tubeira e pelas suas orelhas 12 e enche a lingoteira. O nível da superfície livre 13 do aço líquido é 12 mantido entre o bordo superior do ressalto 7 e as orelhas 12, de modo que essas orelhas são mergulhadas no banho de aço líquido 2. De maneira clássica, a referida superfície livre é coberta por uma camada de escória 13.
Como se viu na figura 1, a pele 21 de aço sólido começa a fonnar-se ao nível do bordo superior da camada de níquel 6 e, devido ao arrefecimento provocado pelas paredes metálicas da lingoteira, toma-se progressivamente mais espessa para baixo, sendo claramente evidente que essa pele se desloca, com efeito, continuamente para baixo com a extracção do produto vazado, e renova-se igualmente de maneira contínua por solidificação do aço líquido que entra em contacto com a camada de níquel 6. A alimentação de árgon sob pressão pela fenda 10 cria jactos de gás, sensivelmente perpendiculares à superfície interna das paredes da lingoteira, que servem para quebrar os eventuais iniciadores de solidificação que poderiam produzir-se por contacto da parte inferior 9 do ressalto, de modo a assegurar que a referida pele 21 começa a solidificar ao longo de todo o contorno num mesmo plano horizontal, situado exactamente ao nível da interrupção 14 superior da camada de níquel 6. A figura 2 representa a variação do fluxo térmico extraído Φ, em função da distância vertical d a partir dessa interrupção 14. A curva a traço cheio 22 representa o fluxo extraído no caso da utilização da lingoteira da invenção representada na figura 1, enquanto que a curva a ponteado 23 representa a título comparativo o fluxo térmico que seria extraído na ausência da camada de níquel 6, ou seja se a pele sólida 21 começasse a formar-se por contacto directo do cobre da parte superior 3. De salientar que, na zona vertical que corresponde à espessura da camada de níquel, o fluxo extraído é reduzido, podendo essa redução de fluxo, além disso, prosseguir ao longo de alguns milímetros para baixo da referida camada de níquel, mas sem influenciar sensivelmente o fluxo global extraído pelo conjunto da peça anular 3. A figura 3 representa uma variante de realização da lingoteira, sendo utilizadas as mesmas referências que as da figura 1 para designar elementos correspondentes. Nessa variante, uma camada 15 de níquel suplementar encontra-se depositada sobre a superfície lateral 16 interior da peça anular 3, sendo essa peça anular maquinada previamente por depósito de níquel de maneira que, após a formação dessa camada 15, a superfície interna 17 dessa última fique sensivelmente coplanar e no prolongamento da superfície interna da parte inferior da lingoteira De preferência, a espessura da camada de níquel 15 decresce progressivamente de cima para baixo ao longo da altura da peça anular 3. A figura 4, semelhante à figura 2 no caso desta segunda variante, mostra que o fluxo térmico extraído (curva 24) globalmente pela referida peça anular é muito fortemente reduzido em relação ao caso em que não haja qualquer revestimento de níquel (curva 23). A figura 5 representa esquematicamente, em perspectiva, uma porção da parte superior de uma parede de lingoteira de acordo com um outro modo de realização, no qual são realizadas ranhuras verticais 31 na fase interna 32 da peça anular 3, como se vê, representado numa escala ampliada, na figura 6. As ranhuras 31 podem ter, por exemplo, uma profundidade e uma largura de 0,2 mm e estar distanciadas uma da outra de 1,5 mm.
Como variante, tal como se ilustra na figura 7, as ranhuras podem ser cheias com um depósito 33 de um metal fracamente condutor, por exemplo níquel. Nesse caso, as ranhuras podem ter, por exemplo, uma largura de 1 mm e uma profundidade de 0,5 mm e encontrar-se distanciadas uma da outra de 2mm. O depósito de níquel realizado nas ranhuras permite evitar a penetração de aço vazado no fundo da ranhura A redução de fluxo térmico extraído nessa variante é então idêntica à que seria produzida por uma redução da superfície de permuta proporcional à superfície ocupada pelas ranhuras cheias com o referido metal pouco condutor.
Muito embora, para simplificar o desenho, não se tenha representado na figura 5 qualquer fenda de injecção de gás inerte, é evidente que uma tal injecção será também de preferência utilizada na realização de uma tal lingoteira.
Os ensaios experimentais realizados pelos inventores deram resultados particularmente satisfatórios no plano metalúrgico para o produto vazado, pois foi possível observar-se uma redução do fluxo térmico extraído na zona de início da solidificação de mais de 50% e foi possível obter um produto que já não apresentava defeitos de superfície de tipo depressões e fendas, em particular em variantes de aços com 0,1% de carbono, particularmente sensíveis a tais defeitos. A invenção não fica limitada às diferentes variantes que foram descritas anteriormente unicamente a título de exemplo. Em particular, será possível utilizar um metal de revestimento pouco condutor diferente do níquel. Muito embora seja preferível, para reduzir os custos de manutenção, realizar a redução de fluxo térmico extraído ao nível de uma peça superior independente das partes inferiores que constituem as paredes da lingoteira, os diferentes modos de realização descritos anteriormente poderiam ser igualmente realizados directamente nas citadas paredes metálicas unicamente numa altura limitada a partir dos seus bordos superiores.
De igual modo, se o gás de lavagem na base do ressalto e um meio “curativo” 15 ao encontro dos efeitos, no processo de solidificação do produto vazado, solidificações parasitas locais na parede refractária do ressalto, esse meio pode ser completado por um meio “preventivo”, que consiste em aquecer o ressalto. Assim, de acordo com a invenção, pode ser vantajoso incorporar no ressalto 7, tal como foi esquematicamente representado nas figuras 8 e 9, uma resistência eléctrica aquecedora, por exemplo sob a forma de uma fita de grafite 71 (tipo PAPYER (marca registada) ou SIGRAFLER (marca registada)), que se pode dobrar, sem risco de partir, a fim de a enrolar em tomo da passagem do metal vazado 2 (ver a figura 9). Esta fita aquecedora 71 pode ser moldada no refractário no ressalto ou de preferência colocada numa gola anular 72 esvaziada para esse efeito no ressalto, que é então realizada por exemplo em duas partes 73, 74 sobrepostas. Por conseguinte, se se tiver o cuidado de escolher como gás de lavagem um gás inerte, tal como o árgon, não se encontra qualquer problema de oxidação da resistência aquecedora de grafite.
Lisboa, 16 de Março de 2001 O Agente Oficial da Propriedade Induetrial
JOSE DE SAMPAIO A.O.P.I.
Rua do Salitre, 195, r/c-Drt. 1250 LISBOA

Claims (11)

1
Reivindicações 1. Processo de vazamento contínuo de metais em fusão, em especial do aço, numa lingoteira que comporta paredes metálicas (1) energicamente arrefecidas que se prolongam de maneira sensivelmente vertical e que definem uma passagem para o metal vazado, e que asseguram ao longo de toda a sua altura uma extracção de fluxo térmico do metal vazado provocando um arrefecimento e uma solidificação progressiva do referido metal (2), processo de acordo com o qual se reduz a intensidade do fluxo térmico extraído na vizinhança do nível em que o referido metal começa a solidificar por contacto com as referidas paredes, caracterizado pelo facto de se colocar por cima das referidas paredes metálicas arrefecidas um ressalto (7) termicamente isolante e, quando do vazamento, se manter o nível da superfície livre do metal vazado (2) no interior do referido ressalto, e por, ao nível do referido ressalto (7) e pelo menos ao nível do seu bordo inferior, se injectar um gás que desemboca na lingoteira em jactos repartidos ao longo de toda a periferia da referida passagem.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se reduzir a intensidade do fluxo térmico extraído numa zona de altura pré--determinada, apresentando a referida zona uma capacidade de extracção de fluxo térmico sensivelmente constante ao longo de toda a sua altura
3. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se reduzir a intensidade do fluxo térmico extraído numa zona de altura pré--determinada, apresentando a referida zona uma capacidade de extracção de fluxo térmico crescente de cima para baixo.
4. Lingoteira de vazamento contínuo que comporta paredes metálicas (1, Í%f 3) que se estendem de maneira sensivelmente vertical e que definem uma passagem para o metal vazado (2) e meios de arrefecimento interno das referidas paredes dispostos de maneira a assegurar um arrefecimento enérgico das referidas paredes ao longo sensivelmente de toda a sua altura, sendo as referidas paredes providas, na sua parte superior, com meios (6, 15, 31) para reduzir a intensidade do fluxo térmico provocado pelos referidos meios de arrefecimento e passando através da superfície interna das paredes, lingoteira caracterizada pelo facto de comportar um ressalto (7) de material termicamente isolante colocado por cima das referidas paredes metálicas e prolongando-as para cima, e meios de injecção (10) para injectar ao nível do referido ressalto e pelo menos ao nível do seu bordo inferior, um gás sob pressão que desemboca na lingoteira em jactos repartidos ao longo de toda a periferia da referida passagem.
5. Lingoteira de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo facto de os referidos meios de redução da intensidade do fluxo térmico serem constituídos por uma camada (6, 15) de um metal com uma condutibilidade térmica inferior à do metal que constitui as paredes (1, 3 ).
6. Lingoteira de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo facto de a referida camada (6) se encontrar situada por cima das paredes (3).
7. Lingoteira de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizada pelo facto de a referida camada (15) se estender ao longo da face interna (16) das referidas paredes (3).
8. Lingoteira de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo facto de a espessura da referida camada (15) diminuir de cima para baixo.
9. Lingoteira de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo facto 3 de os referidos meios de redução da intensidade do fluxo térmico serem constituídos por ranhuras (31) que se estendem de maneira sensivelmente vertical realizadas na superfície interna (32) das referidas paredes (3).
10. Lingoteira de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo facto de as referidas ranhuras (31) serem cheias, pelo menos parcialmente, com um material (33) tendo uma condutibilidade térmica inferior à do metal que constitui as paredes.
11. Lingoteira de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo facto de meios de aquecimento por resistência eléctrica (71) serem incorporados no ressalto (7). Lisboa, 16 de Março de 2001 O Agente Oficial da Propriedade Industrial
JOSÉ DE SAMPAIO À.O.P.l. Rua do Salitre, 195, r/c-Drt. 1250 LISBOA
PT97919470T 1996-04-05 1997-04-03 Processo de vazamento continuo de metais e lingoteira para a sua realizacao PT891237E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
FR9604302A FR2747059B1 (fr) 1996-04-05 1996-04-05 Procede de coulee continue des metaux et lingotiere pour sa mise en oeuvre

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT891237E true PT891237E (pt) 2001-06-29

Family

ID=9490956

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT97919470T PT891237E (pt) 1996-04-05 1997-04-03 Processo de vazamento continuo de metais e lingoteira para a sua realizacao

Country Status (14)

Country Link
EP (1) EP0891237B1 (pt)
JP (1) JP4058561B2 (pt)
KR (1) KR100447466B1 (pt)
AT (1) ATE198285T1 (pt)
AU (1) AU2392997A (pt)
BR (1) BR9708509A (pt)
CA (1) CA2250786C (pt)
DE (1) DE69703793T2 (pt)
DK (1) DK0891237T3 (pt)
ES (1) ES2154900T3 (pt)
FR (1) FR2747059B1 (pt)
GR (1) GR3035596T3 (pt)
PT (1) PT891237E (pt)
WO (1) WO1997037794A1 (pt)

Families Citing this family (3)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
BE1012626A3 (fr) * 1999-04-23 2001-01-09 Ct De Rech S Metallurg Asbl Ve Dispositif pour fabriquer des produits plats par la coulee continue en charge verticale d'un metal en fusion.
US7000676B2 (en) * 2004-06-29 2006-02-21 Alcoa Inc. Controlled fluid flow mold and molten metal casting method for improved surface
CN106735000B (zh) * 2016-11-14 2018-10-23 东北大学 一种三层包覆铸锭的半连铸装置及方法

Family Cites Families (7)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
BE758996A (fr) * 1969-11-14 1971-04-30 Kabel Metallwerke Ghh Lingotiere de coulee continue pour la coulee d'un metal, en particulierde l'acier
JPS5937140B2 (ja) * 1980-03-26 1984-09-07 住友軽金属工業株式会社 ホツトトツプ鋳造装置
JPS6192756A (ja) * 1984-10-12 1986-05-10 Sumitomo Metal Ind Ltd 鋳片表面割れ防止連続鋳造法および鋳型
DE3528649A1 (de) * 1985-08-09 1987-02-19 Schloemann Siemag Ag Vertikal- oder bogenstranggiessanlage fuer stahl
JPH01289542A (ja) * 1987-12-29 1989-11-21 Nkk Corp 鋼の連続鋳造用鋳型
FR2703609B3 (fr) * 1993-03-30 1995-02-10 Lorraine Laminage Procédé de coulée continue en charge des métaux et lingotière pour sa mise en Óoeuvre.
FR2704786B3 (fr) * 1993-03-30 1995-03-10 Lorraine Laminage Procédé de coulée continue en charge des métaux, notamment de l'acier, et lingotière pour sa mise en Óoeuvre.

Also Published As

Publication number Publication date
CA2250786C (fr) 2004-06-22
EP0891237A1 (fr) 1999-01-20
EP0891237B1 (fr) 2000-12-27
FR2747059A1 (fr) 1997-10-10
KR100447466B1 (ko) 2004-10-15
DE69703793T2 (de) 2001-07-12
FR2747059B1 (fr) 1998-06-12
ES2154900T3 (es) 2001-04-16
AU2392997A (en) 1997-10-29
WO1997037794A1 (fr) 1997-10-16
GR3035596T3 (en) 2001-06-29
DK0891237T3 (da) 2001-05-07
CA2250786A1 (fr) 1997-10-16
KR20000005257A (ko) 2000-01-25
JP4058561B2 (ja) 2008-03-12
JP2000508243A (ja) 2000-07-04
BR9708509A (pt) 1999-08-03
ATE198285T1 (de) 2001-01-15
DE69703793D1 (de) 2001-02-01

Similar Documents

Publication Publication Date Title
CA1230215A (en) Mold for the continuous casting of steel strips
US2527545A (en) Apparatus for continuous castings
CA1180531A (en) Electromagnetic thin strip casting apparatus and process
KR20090113840A (ko) 유량이 일정한 공급노즐 및 이를 이용한 연속적인 주조 방법
GB2305144A (en) Strip casting using nozzle with side openings
PT891237E (pt) Processo de vazamento continuo de metais e lingoteira para a sua realizacao
KR20190029757A (ko) 강의 연속 주조 방법
US3455369A (en) Horizontal continuous casting
ES2150084T5 (es) Procedimento de lubrificacion de las paredes de una lingotera de colada continua de los metales y una lingotera para su implementacion.
US3752215A (en) Continuous casting apparatus for shaped metal bodies
KR101010625B1 (ko) 냉각능이 우수한 쌍롤식 박판주조기의 주조롤
US4955430A (en) Continuous lead-float casting of steel
JPS5937140B2 (ja) ホツトトツプ鋳造装置
PT907439E (pt) Lingoteira de vazamento continuo para o vazamento continuo em carga vertical de metais
KR960004416B1 (ko) 수평연속주조(鑄造)방법 및 장치
FI90743B (fi) Laitos ohuiden metallituotteiden jatkuvavalamiseksi telojen välissä
JPS6039142Y2 (ja) 水平連続鋳造装置
KR20130076539A (ko) 쌍롤 박판주조기용 노즐
US5067555A (en) Process and apparatus for continuous casting of metal strip
JPH03193245A (ja) 薄板連続鋳造方法
GB2055646A (en) Machine and method for continuously casting battery grids
JPH052417B2 (pt)
JP4214814B2 (ja) レオキャスト装置および連続鋳造方法
JPH05245591A (ja) 金属薄板連鋳機用注湯装置
JPH01293943A (ja) 双ロール式連鋳機