PT883628E - Derivados 17beta-(2-oxo-tetra-hidrofurano-4-il)-tio-androstano (derivados de grupo 17beta-(lactona do acido gama-butirico)-tio) para o tratamento de inflamacoes composicoes farmaceuticas e processo para a sua preparacao - Google Patents

Derivados 17beta-(2-oxo-tetra-hidrofurano-4-il)-tio-androstano (derivados de grupo 17beta-(lactona do acido gama-butirico)-tio) para o tratamento de inflamacoes composicoes farmaceuticas e processo para a sua preparacao Download PDF

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PT883628E
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Panayiotis Alexandro Procopiou
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Glaxo Group Ltd
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Description

823Θ2§ (j~ U, ^
DESCRIÇÃO “DERIVADOS 17β- (2-OXO-TETRA-HIDROFURANO-4-IL) -TIO-ANDROSTANO (DERIVADOS DE GRUPO 17β- (LACTCNA DO ÁCIDO γ-BUTÍRICO) -TIO) PARA O TRATAMENTO DE INFLAMAÇÕES, COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS E PROCESSO PARA A SUA PREPARAÇÃO” A presente invenção refere-se a novos compostos anti-inflamatórios e antialérgicos da série do androstano e aos processos para a sua preparação. A presente invenção também diz respeito às formulações farmacêuticas que contenham tais compostos e às suas utilizações terapêuticas, em particular para o tratamento de doenças inflamatórias e alérgicas.
Os glucocorticosteróides que possuem propriedades anti--inflamatórias são conhecidos e são profusamente utilizados para o tratamento de perturbações ou doenças inflamatórias, tais como a asma ou a rinite. No entanto, uma das possíveis desvantagens dos glucocorticosteróides em geral consiste no facto de poderem provocar efeitos sistémicos indesejáveis a seguir à sua administração. Os documentos W094/13690, W094/14834, W092/13873 e W092/13872 descrevem glucocorticosteróides que alegadamente possuem actividade anti--inflamatória associada a uma potência sistémica reduzida. A presente invenção proporciona um novo conjunto de compostos que possuem uma actividade anti-inflamatória útil, embora tenham uma fraca ou mesmo nenhuma actividade sistémica. Assim, os compostos da presente invenção representam uma alternativa mais segura aos glu-cocorticóides conhecidos, com perfis fracos de efeitos secundários.
Sendo assim, de acordo com um dos seus aspectos, a presente invenção proporciona um composto de fórmula estrutural (I) 1
r u
s R. O
(1) e seus solvatos, em que . os substituintes Rx e R2 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e grupos alquilo (Ci-C6); os substituintes R3 e R4 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e halogénio; e o símbolo ........... representa uma ligação simples ou dupla.
Nas definições anteriores, o termo “alquilo”, enquanto grupo ou como constituinte de um grupo, designa um radical alquilo de cadeia linear ou então, se isso for possível, de cadeia ramificada. Por exemplo, tal termo pode designar uma função alquilo(Ca-C4), tal como representado pelos grupos metilo, etilo, n-propilo, i-propilo, n-butilo, s-butilo e t-butilo.
Os solvatos podem ser, por exemplo, hidratos.
Doravante, as referências feitas a um composto de acordo com a invenção incluem tanto os compostos de fórmula estrutural (I) como os seus solvatos, em particular os solvatos farmaceuticamente aceitáveis.
Faz-se observar que a presente invenção abrange no seu âmbito todos os estereoisómeros dos compostos de fórmula estrutural (I) e suas misturas.
Em particular, os compostos de fórmula estrutural (I) contêm um centro assimétrico no ponto de junção do radical lactona. Sendo assim, a invenção abrange no seu âmbito os dois diastereoisómeros neste centro assimétrico e as suas misturas. . Os diastereoisómeros e as suas misturas no centro assimétrico
u
'c ’ ✓ \ -0 R, formado quando os símbolos Ri e R2 representam substituintes diferentes, também estão abrangidos no âmbito da presente invenção. 0 átomo de enxofre pode estar ligado aos átomos de carbono a, β ou γ do grupo lactona
α β f sendo no entanto geralmente preferíveis os compostos de fórmula estrutural (I) em que o átomo de enxofre está ligado ao átomo de carbono a.
Constituem um conjunto preferido os compostos de fórmula estrutural (I) em que os substituintes Ri e R2 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e grupos alquilo(Ci~C3), em particular átomos de hidrogénio e grupos metilo ou n-propilo;
Os compostos de fórmula estrutural (I) em que os substituintes R3 e R4 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio, flúor e cloro, em particular átomos de hidrogénio ou de flúor, são preferíveis. São especialmente preferidos os compostos em que ambos os símbolos R3 e R4 representam átomos de flúor.
Constituem um conjunto particularmente preferido de compostos da presente invenção os compostos de fórmula estrutural (I) em que os substituintes Ri e R2 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e grupos alquilo(C1-C3), especialmente átomos de hidrogénio e grupos metilo ou n-propilo; os substituintes R3 e R4 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio, flúor e cloro, especialmente átomos de hidrogénio ou de flúor; e o símbolo ........... representa uma ligação simples ou dupla. 3
Faz-se observar que a presente invenção abrange todas as combinações dos conjuntos particulares e preferidos anteriormente referidos.
Os compostos de fórmula estrutural (I) compreendem os a seguir indicados: 6a,9a-diflúor-llp-hidroxi-16a,17a-isopropilidenodioxi-17P~(2--oxo-tetra-hidrofurano-3-il-sulfanil)-androst-4-eno-3-ona; 6a,9a-diflúor-1 ip -hidroxi-16a,17a-isopropilidenodioxi-17p~(2--oxo-tetra-hidrofurano-3-il-sulfanil)-androst-1,4-dieno-3-ona; 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-17p~(2--oxo-tetra-hidrofurano-3-il-sulfanil)-androst-1,4-dieno-3-ona; 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-17p~(2--oxo-tetra-hidrofurano-4-il-sulfanil)-androst-4-eno-3-ona; 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-llp-hidroxi-17P~(2--oxo-tetra-hidrofurano-3-il-sulfanil)-androst-4-eno-3-ona; e seus solvatos.
Faz-se observar que cada um dos compostos de fórmula estrutural (I) anteriores compreende os diastereoisómeros R e S individuais no centro assimétrico existente no ponto de ligação do radical lactona e bem assim as suas misturas. Faz-se ainda observar que os compostos de fórmula estrutural (I) podem compreender os diastereoisómeros R e S individuais no centro assimétrico formado quando os substituintes Ri e R2 são diferentes.
Sendo assim, cada um dos diastereoisómeros R e S individuais, isolado individualmente por forma a ficar praticamente isento do outro diastereoisómero, isto é, puro, e bem assim as suas misturas, também estão abrangidos no âmbito da presente invenção. Um diastereoisómero R ou S individual, isolado por forma a ficar praticamente isento do outro diastereoisómero, isto é, puro, irá ser isolado, de preferência, de maneira a que o outro diastereoisómero esteja presente numa proporção inferior a 10%, de preferência inferior a 1% e especialmente inferior a 0,1%. } L-c,
Potencialmente, os compostos de fórmula estrutural (I) possuem efeitos anti-inflamatórios ou antialérgicos benéficos, em particular após a sua administração tópica, o que é demonstrado, por exemplo, pela sua capacidade para se ligarem ao receptor glucocorticóide e para desencadearem uma resposta através desse receptor. Por este motivo, os compostos de fórmula estrutural (I) são úteis para o tratamento de doenças inflamatórias e/ou alérgicas. Além disso, os compostos de fórmula estrutural (I), têm a vantagem de não possuírem actividade sistémica ou de esta ser muito pequena. Sendo assim, os compostos da invenção podem representar uma alternativa mais segura aos glucocorticóides anti-inflamatórios conhecidos, com perfis fracos de efeitos secundários.
Como exemplos das doenças para as quais os compostos da invenção são úteis refere-se as doenças da pele, tais como eczema, psoríase, dermatite alérgica, neurodermatite, prurido e reacções de hipersensibilidade; os estados inflamatórios do nariz, da garganta ou dos pulmões, tais como asma (incluindo as reacções asmáticas induzidas por alergénios), rinite (incluindo a febre-dos-fenos), polipos nasais, doença obstrutiva pulmonar crónica, doença intersticial dos pulmões e fibrose; os estados inflamatórios intestinais, tais como a colite ulcerativa e a doença de Crohn; e as doenças autoimunitárias, tais como a artrite reumatóide.
Os compostos da invenção também podem ser utilizados para o tratamento da conjuntiva e das conjuntivites.
Faz-se observar aos especialistas na matéria que as referências aqui feitas a tratamentos abrangem a profilaxia e o tratamento dos estados patológicos já declarados.
Conforme referido antes, os compostos de fórmula estrutural (I) são úteis em medicina humana ou veterinária, em particular enquanto agentes anti-inflamatórios e antialérgicos.
Assim, de acordo com outro dos seus aspectos, a invenção proporciona um composto de fórmula estrutural (I), ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, utilizável em medicina humana ou veterinária, em particular para o tratamento de pacientes que sofram de doenças inflamatórias e/ou alérgicas. 5
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De acordo com outro dos seus aspectos, a invenção proporciona a utilização de um composto de fórmula estrutural (I) , ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, para a preparação de um medicamento para o tratamento de pacientes que sofram de doenças inflamatórias e/ou alérgicas.
De acordo com um outro dos seus aspectos ou com um aspecto alternativo, a invenção proporciona um método para o tratamento de um ser humano ou de um animal que sofra de uma doença inflamatória e/ou alérgica, consistindo tal método em administrar ao referido ser humano ou animal uma quantidade eficaz de um composto de fórmula estrutural (I) ou de um seu solvato fisiologicamente aceitável.
Os compostos de acordo com a invenção podem ser formulados para administração de qualquer modo conveniente, pelo que a invenção também abrange no seu âmbito as composições farmacêuticas que incorporem um composto de fórmula estrutural (I) ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, que pode ser misturado, se desejado, com um ou vários diluentes ou veículos aceitáveis sob o ponto de vista fisiológico.
Os compostos de acordo com a invenção podem ser formulados, por exemplo, para administração oral, bucal, sublingual, parentérica, local ou rectal e em especial para administração local. A expressão “administração local”, tal como aqui utilizada, designa a administração por insuflação e por inalação. Como exemplos de diversos tipos de preparações para administração local refere-se as seleccionadas entre unguentos, loções, cremes, geles, espumas, preparações para administração por emplastros transdérmicos, pós, vaporizadores, aerossóis, cápsulas ou carregadores utilizáveis num inalador ou num insuflador, gotas (v.g. gotas oftálmicas ou nasais), soluções/suspensões para nebulização, supositórios, pessários, enemas de retenção e comprimidos ou pastilhas para mastigar ou chupar (v.g. para o tratamento de úlceras aftosas) ou ainda preparações lipossómicas ou microencapsuladas.
Os unguentos, cremes e geles podem ser formulados, por exemplo, com uma base aquosa ou oleosa e com a adição de um agente espessante 6
V
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u e/ou gelificante adequado e/ou iam solvente. Como exemplos de tais bases é possível referir a água e/ou um óleo, tal como a parafina líquida ou um óleo de origem vegetal, tal como o óleo de amendoim ou o óleo de rícino, ou um solvente, tal como o polietileno-glicol. Como agentes espessantes e agentes gelificantes utilizáveis, em função da natureza da base, refere-se os seleccionados entre parafina mole, estearato de magnésio, álcool cetostearílico, polietileno--glicóis, linolina, cera de abelhas, derivados de carboxipoli-metileno e de celulose e/ou monostearato de glicerilo e/ou agentes emulsionantes não iónicos.
As loções podem ser formuladas com uma base aquosa ou oleosa e de um modo geral também contêm um ou vários agentes emulsionantes, agentes estabilizadores, agentes dispersantes, agentes auxiliares da suspensão ou agentes espessantes.
Os pós para aplicação externa podem ser preparados com o auxílio de qualquer base adequada para pós, por exemplo, talco, lactose ou amido. As gotas podem ser formuladas com uma base aquosa ou não aquosa, podendo também compreender um ou vários agentes dispersantes, agentes solubilizantes, agentes auxiliares da suspensão ou agentes conservantes.
As composições micronizáveis podem ser formuladas, por exemplo, sob a forma de soluções ou suspensões aquosas ou sob a forma de aerossóis administrados a partir de embalagens pressurizadas, tais como um inalador equipado com um doseador, utilizando-se para tal um agente propulsor liquefeito adequado. As composições adequadas para aerossóis inaláveis podem ser suspensões ou soluções e de um modo geral contêm iam composto de fórmula estrutural (I) e um agente propulsor adequado, tal como um composto fluorocarbonado ou um composto clorofluorocarbonado que contenha hidrogénio ou uma mistura destes compostos, em particular hidrofluoroalcanos, especialmente 1,1,1,2-tetrafluoroetano, 1,1,1,2,3,3,3-heptaflúor-n-propano ou uma sua mistura. Facultativamente, a composição em aerossol pode conter outros excipientes de formulação bem conhecidos na especialidade, tais como agentes tensioactivos, v.g. ácido oleico ou lecitina, e co-solventes, v.g. o etanol. 7
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De forma vantajosa, as formulações da presente invenção podem ser tamponadas por adição de agentes tampão adequados.
As cápsulas e os carregadores utilizáveis num inalador ou in-suflador, feitos, por exemplo, de gelatina, podem ser formulados por forma a conterem uma mistura em pó para inalação, constituída por um composto da invenção e por uma base para pós adequada, tal como a lactose ou o amido. De um modo geral, cada cápsula ou carregador pode conter entre 20 μg e 10 mg do composto de fórmula estrutural (I). Em alternativa, o composto da presente invenção pode ser apresentado sem excipientes, tais como a lactose. A proporção do composto activo de fórmula estrutural (I) nas composições locais, de acordo com a invenção, vai depender do tipo concreto de formulação que se pretenda preparar, mas geralmente irá estar compreendida entre 0,001% e 10% em peso. No entanto, de um modo geral, para a maior parte das preparações, a proporção irá estar vantajosamente compreendida entre 0,005% e 1,0% e de preferência entre 0,01% e 0,5%. No entanto, nos pós para inalação ou insuflação, a proporção utilizada irá estar compreendida entre 0,1% e 2%.
As formulações em aerossol são preparadas preferencialmente por forma a que cada dose calibrada ou “lufador” do aerossol contenha ente 20 pg e 2000 μg e de preferência entre cerca de 20 μg e 500 μg de um composto de fórmula estrutural (I). A administração pode ser realizada uma vez por dia ou diversas vezes por dia, por exemplo, 2, 3, 4 ou 8 vezes, sendo administradas 1, 2 ou 3 doses em cada uma dessas vezes. A dose diária total administrada com um aerossol irá estar compreendida entre 100 μg e 10 mg e de preferência entre 200 μg e 2000 μg. De um modo geral, a dose diária total e a dose calibrada, administradas através de cápsulas ou carregadores num inalador ou insuflador, irão ser o dobro das doses administradas nas formulações em aerossol.
As preparações locais podem ser administradas à zona afectada em uma ou várias aplicações diárias; sobre áreas da pele é possível utilizar vantajosamente pensos oclusivos. Utilizando iam sistema 8
adesivo com reservatório é possível conseguir uma administração contínua ou prolongada.
Para fins de administração interna, os compostos de acordo com a invenção podem ser formulados, por exemplo, de um modo convencional para administração oral, parentérica ou rectal. Como formulações para administração oral refere-se as seleccionadas entre xaropes, elixires, pós, grânulos, comprimidos e cápsulas que contenham tipicamente excipientes convencionais, tais como agentes aglutinantes, cargas, lubrificantes, desintegrantes, agentes humectantes, agentes auxiliares de suspensão, agentes emulsionantes, conservantes, sais tampão, agentes aromatizantes, corantes e/ou edulcorantes, conforme for adequado. No entanto, são preferíveis as formas unitárias de dosagem, conforme adiante descrito.
As formas preferidas de preparações para administração interna são as formas unitárias de dosagem, isto é, comprimidos e cápsulas. Tais formas unitárias de dosagem contêm entre 0,1 mg e 20 mg e de preferência entre 2,5 mg e 10 mg de compostos da invenção.
De vim modo geral, os compostos de acordo com a invenção podem ser utilizados por administração interna nos casos para os quais seja indicada uma terapia adrenocortical sistémica.
Em termos gerais, as preparações para administração interna podem conter entre 0,05% e 10% do ingrediente activo, em função do tipo de preparação em causa. A dose diária pode variar entre 0,1 mg e 60 mg, v.g. entre 5 mg e 30 mg, dependendo isso da doença que se pretenda tratar e da duração do tratamento desejado.
As formulações entéricas revestidas ou de libertação lenta podem ser vantajosas, em particular para o tratamento de doenças inflamatórias intestinais.
As composições farmacêuticas de acordo com a invenção também podem ser utilizadas em combinação com outro agente terapeuticamente activo, por exemplo, um agonista do adreno-receptor β2, um anti--histamínico ou um anti-alérgico. Sendo assim, de acordo com outro dos seus aspectos, a invenção proporciona uma combinação de um composto de fórmula estrutural (I), ou de um seu solvato fisio-logicamente aceitável, com outro agente terapeuticamente activo, por 9 V f“ I—^
U exemplo, um agonista do adreno-receptor β2, um anti-histamínico ou um anti-alérgico. A combinação referida antes pode assumir convenientemente a forma de uma formulação farmacêutica, constituindo assim um outro aspecto da invenção as formulações farmacêuticas que incorporem uma combinação, conforme definida antes, conjuntamente com um veiculo aceitável sob o ponto de vista farmacêutico.
Os compostos individuais de tais combinações podem ser administrados de forma sequencial ou simultânea, em formulações farmacêuticas separadas ou combinadas. Os especialistas na matéria determinarão facilmente as doses adequadas de agentes terapêuticos conhecidos.
Os compostos de fórmula estrutural (I) e os seus solvatos podem ser preparados pela metodologia adiante descrita, a qual constitui outro aspecto da presente invenção. Os novos compostos de fórmula estrutural (II) constituem ainda um outro aspecto da presente invenção.
Assim, de acordo com um primeiro processo (A), é possível preparar um composto de fórmula estrutural (I) efectuando o tratamento de um composto de fórmula estrutural (II)
R« em que os símbolos Ri, R2, R3, R4 e........... possuem as significações definidas antes e o símbolo X representa um grupo adequado, tal como um éster tio-hidroxadamato, por exemplo, 2-tioxo-2H-piridina--1-iloxi-carbonilo, 2-tioxo-4-metil-3H-tiazol-3-iloxi-carbonilo ou 2-tioxo-4-fenil-3H-tiazol-3-iloxi-carbonilo, com um composto de fórmula estrutural (III) 10 ο c
s s s / í°l
0 o
(III) em que o símbolo n representa 0 ou 2. A reacção dos radicais para introduzir o grupo lactona pode ser realizada por irradiação de um composto de fórmula estrutural (II) na presença de um composto de fórmula estrutural (III) num solvente inerte, tal como a N, N-dimetilformamida, o tolueno ou o diclorometano, de forma conveniente a uma temperatura baixa, tal como aproximadamente 0°C, e de preferência sob uma atmosfera inerte, tal como uma atmosfera de azoto ou semelhante. É possível utilizar qualquer fonte de radiação adequada, por exemplo, lâmpadas de filamento de tungsténio de 200W. Em alternativa, é possível realizar a reacção de radicais para introduzir o grupo lactona aquecendo um composto de fórmula estrutural (II) na presença de um composto de fórmula estrutural (III) num solvente inerte, tal como a N,N-dimetilformamida, o tolueno ou o diclorometano, a temperaturas elevadas, v.g. 80°C-90°C, na presença de um iniciador de radicais, tal como AIBN, na ausência de luz e de preferência sob uma atmosfera inerte, tal como uma atmosfera de azoto ou semelhante.
Os compostos de fórmula estrutural (I) também podem ser preparados a partir de outros compostos de fórmula estrutural (I), utilizando procedimentos convencionais de interconversão, incluindo a transa-cetalação. Assim, constitui outro aspecto da presente invenção um processo para preparar um composto de fórmula estrutural (I) por interconversão de um outro composto de fórmula estrutural (I) (processo B).
Os compostos de fórmula estrutural (I) que possuem uma ligação simples 1,2 podem ser preparados por redução parcial do correspondente composto de ligação dupla 1,2, por métodos convencionais. Assim, por exemplo, é possível efectuar a hidrogenação do correspondente composto de fórmula estrutural (I) ou de um intermediário utilizado para a preparação de compostos de fórmula estrutural (I), utilizando 11
V
um catalisador de paládio, convenientemente num solvente adequado, v.g. acetato de etilo, ou então, de preferência, utilizando cloreto de tris(trifenilfosfina)-ródio (I) (conhecido pela designação de catalisador de Wilkinson), de forma conveniente num solvente adequado, tal como o tolueno, o acetato de etilo ou o etanol.
Faz-se observar aos especialistas na matéria que pode ser desejável utilizar derivados protegidos dos intermediários utilizados na preparação de compostos de fórmula estrutural (I) . Assim, os processos anteriores podem requerer uma reacção de desprotecção enquanto passo intermediário ou final para a obtenção do composto pretendido. Deste modo, em conformidade com outro processo (C), é possível preparar um composto de fórmula estrutural (I) submetendo um derivado protegido de um composto de fórmula estrutural (I) a uma reacção para remover o grupo ou os grupos de protecção presentes, constituindo isso um outro aspecto da presente invenção.
As reacções de protecção ou desprotecção de grupos funcionais podem ser realizadas utilizando meios convencionais. Sendo assim, os grupos hidroxilo podem ser protegidos utilizando qualquer grupo convencional de protecção de radicais hidroxilo, por exemplo, conforme descrito em ‘Protective Groups in Organic Chemistry’, Ed. J.F.W. McQmie (Plenum Press, 1973) ou em ‘Protective Groups in Organic Synthesis’ por Theodora W. Green (John Wiley and Sons, 1991).
Como exemplos de grupos protectores adequados para radicais hidroxilo refere-se os seleccionados entre grupos alquilo (v.g. t--butilo ou metoximetilo), grupos aralquilo (v.g. benzilo, difenil--metilo ou trifenilmetilo), grupos heterocíclicos, tais como tetra--hidropiranilo, grupos acilo (v.g. acetilo ou benzoílo) e grupos sililo, tais como trialquilsililo (v.g. t-butil-dimetilsililo). Os grupos de protecção de radicais hidroxilo podem ser removidos por técnicas convencionais. Assim, por exemplo, os grupos alquilo, sililo, acilo e heterocíclicos podem ser removidos por solvólise, v.g. por hidrólise sob condições acidicas ou básicas. De um modo idêntico, também os grupos aralquilo, tais como trifenilmetilo, podem ser removidos por solvólise, v.g. por hidrólise em condições acidicas. 12
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Os grupos aralquilo, tais como benzilo, podem ser clivados por hidrogenólise na presença de um catalisador de um metal nobre, tal como o paládio sobre carvão.
Os compostos de fórmulas estruturais (II) e (III) são compostos genericamente conhecidos ou então podem ser preparados por métodos análogos aos descritos na especialidade para a preparação de compostos conhecidos de fórmulas estruturais (II) e (III) ou ainda podem ser preparados pelos métodos aqui descritos. Os novos compostos de fórmulas estruturais (II) e (III) constituem um outro aspecto da presente invenção.
Assim, é possível preparar um composto de fórmula estrutural (II) a partir de um composto de fórmula estrutural (IV)
(em que os símbolos Ri, R2, R3, R4 e possuem as significa ções definidas antes) por aplicação ou adaptação de métodos conhecidos para a activação de ácidos carboxílicos, por exemplo, os métodos descritos por Kertesz e Marx em ‘Journal of Organic Chemistry’, 1986, 2315-2328.
Sendo assim, por exemplo, é possível preparar um composto de fórmula estrutural (II) fazendo reagir um composto de fórmula estrutural (IV) com um agente de activação adequado, tal como o clorofosfato de dietilo, na presença de uma base, tal como uma amina terciária, v. g. trietilamina, e num solvente inerte, tal como tetra-hidrofurano, éter dietílico ou diclorometano, de forma conveniente à temperatura ambiente e sob uma atmosfera inerte, tal como uma atmosfera de azoto, e facultativamente na presença de crivos moleculares, para formar um intermediário activado, tal como 13 [ I—^ um anidrido misto de fosfato de dietilo que satisfaça à fórmula estrutural (V) 0 OEt
(em que os símbolos Ri, R2, R3, R4 e ........... possuem as significa ções definidas antes).
Depois é possível fazer reagir o intermediário activado, que pode ser isolado se necessário, com um tiol, por exemplo, seleccionado entre sal sódico do N-óxido de 2-mercaptopiridina, 3-hidroxi-4--metiltiazol-2(3H)-tiona ou 3-hidroxi-4-feniltiazol-2(3H)-tiona, de forma conveniente sob uma atmosfera inerte, tal como uma atmosfera de azoto, e com protecção contra a luz, para formar o composto de fórmula estrutural (II) desejado. Faz-se observar aos especialistas na matéria que não é necessário isolar o intermediário activado no caso de o tiol estar presente durante a reacção ou se for adicionado após a activação.
Os compostos de fórmula estrutural (III) podem ser preparados pelos métodos descritos por Reppe et al. em ‘Justus Liebigs Ann. Chem.’ 1955, 596, 187 ou então por oxidação da correspondente tiol-lactona, tal como o composto β-mercapto-y-butirolactona, utilizando um agente de oxidação adequado, tal como um átomo de halogénio, v.g. iodo. 0 composto β-mercapto-y-butirolactona pode ser preparado pelo método descrito por G. Fuchs, ‘Ark. Kemi’, 1968, 29, 379. É possível preparar um composto de fórmula estrutural (IV) por oxidação de um composto de fórmula estrutural (VI) 14
OH
R« (em que os símbolos Ri, R2, R3, R^ e possuem as significações definidas antes) por aplicação ou adaptação de métodos conhecidos, por exemplo, métodos do tipo dos descritos por Kertesz e Marx em ‘Journal of Organic Chemistry’, 1986, 51, 2315-2328.
Os compostos de fórmula estrutural (VI) estão comercialmente disponíveis; por exemplo, o acetoneto de fluocinolona, o budesoneto e o acetoneto de triam-cinolona são fornecidos pela empresa Sigma--Aldrich, ou então podem ser preparados a partir de compostos de fórmula estrutural (VI) comercialmente disponíveis, por exemplo, por métodos de transacetalação descritos no documento EP0262108 e por redução parcial dos compostos de ligação dupla 1,2 pelos métodos aqui descritos.
Os isómeros individuais de fórmula estrutural (I) no local de ligação do radical lactona podem ser preparados a partir de materiais primitivos que possuam a estereoquímica adequada ou então por epimerização, resolução ou cromatografia (v.g. separação por CLER) numa fase adequada da síntese dos compostos pretendidos de fórmula estrutural (I), recorrendo a métodos convencionais.
Assim, por exemplo, faz-se observar que um processo de síntese em que se utilize uma mistura racémica de compostos de fórmula estrutural (III) irá proporcionar compostos de fórmula estrutural (I) sob a forma de uma mistura de diastereoisómeros, os quais podem então ser separados por métodos convencionais, tais como a cromatografia ou a recristalização fraccional. Em alternativa, os diastereoisómeros individuais podem ser preparados utilizando compostos 15
Lz de fórmula estrutural (III) sob a forma de enantiómeros (R,R) ou (S,S) .
Um método de epimerização preferível implica a conversão de um diastereoisómero de fórmula estrutural (I), ou de uma mistura de diastereoisómeros de fórmula estrutural (I), numa mistura enriquecida com outro diastereoisómero por um procedimento de hidrólise/ /relactonação. Assim, por exemplo, é possível submeter o grupo lactona de um composto de fórmula estrutural (I) a uma reacção de hidrólise com uma base, tal como o hidróxido de sódio, para formar um sal hidroxi-ácido de cadeia aberta, o qual pode ser isolado, se necessário, seguindo-se a operação de relactonação, utilizando, por exemplo, um ácido adequado para se obter o material enriquecido com um diastereoisómero.
De um modo idêntico, os compostos de fórmula estrutural (I) em que os símbolos Ri e R2 representam substituintes diferentes podem existir nas formas diastereoisoméricas R e S. A síntese de tais compostos pode ser estereospecífica, por forma a serem obtidos diastereoisómeros individuais. Assim, por exemplo, o diastereoisómero R de um composto de fórmula estrutural (I), em que o símbolo Ri representa um átomo de hidrogénio e o símbolo R2 representa um grupo n-propilo, pode ser convenientemente preparado por transacetalação do correspondente derivado de grupo 16a, 17a-isopropilideno-dioxi com butiraldeído, na presença de um catalisador ácido, tal como o ácido perclórico, conforme descrito no documento EP0262108. A reacção de transacetalação pode ser efectuada enquanto passo intermédio ou após a introdução do grupo lactona.
Os solvatos (v.g. hidratos) de um composto de fórmula estrutural (I) podem ser formados durante o procedimento de execução de um dos passos dos processos referidos antes. Assim, os compostos de fórmula estrutural (I) podem ser isolados em conjunto com moléculas de solvente por cristalização ou evaporação a partir de um solvente adequado para se obter os correspondentes solvatos.
Os exemplos seguintes ilustram a invenção, sem contudo a limitarem de nenhum modo. 16
V
L· K EXEMPLOS Geral
Os pontos de fusão foram determinados num bloco de Kofler e os seus valores não estão corrigidos. Os espectros de RMN-1!! foram registados a 250 MHz ou 400 MHz e os desvios químicos são expressos em ppm relativamente ao tetrametilsilano. Foram utilizadas as abreviaturas a seguir indicadas para descrever as multiplicidades dos sinais: s (singuleto), d (dupleto), t (tripleto), q (quarteto), m (multipleto), dd (dupleto de dupletos), durante (dupleto de tripletos) e lr (largo). As abreviaturas EM(TMM+) e EM(EM+) designam os espectros de massa determinados utilizando respectivamente as técnicas de termomicronização ou electromicronização em modo positivo. A CCF (cromatografia em camada fina) foi realizada sobre placas F254 de gel de sílica 60 da Merck e a cromatografia em coluna foi realizada através de gel de sílica 60 (Art. 7734 ou 9385) da Merck. A CLER (cromatografia em líquido de elevado rendimento) preparativa foi realizada num sistema ‘Gilson Medicai Electronics’, utilizando a fase estacionária indicada no exemplo. A abreviatura DMF é utilizada para designar a N,N-dimetilformamida anidra. Efectuou-se a secagem das soluções orgânicas sobre sulfato 'de magnésio anidro.
No caso de serem preparadas misturas de isómeros resultantes do centro assimétrico no grupo lactona, é possível separar estes isómeros por técnicas convencionais de cromatografia através de sílica, sendo-lhes depois atribuídas as designações de isómeros Ae B respectivamente em função da sua ordem de eluição a partir da coluna.
Intermediário 1
Anidrido dietilfosfórico do ácido 16a, 17a- (R-butilidenodioxi)-6a,9a--diflúor-ll3-hidroxi-3-oxo-androsta-l,4-dieno-173-carboxílico
Preparou-se uma solução de 4 g (8,84 mmol) de ácido 16a,17a-(R--butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-3-oxo-androsta-l, 4-dieno- -17P~carboxílico em 100 ml de tetra-hidrofurano, tratou-se com 3 g de 17 ^ 1^^ crivos moleculares em pó de 4Ã e depois com 2,64 mL (17,68 mmol) de trietilamina e agitou-se a mistura durante 2 horas sob uma atmosfera de azoto à temperatura de 20°C. Em seguida adicionou-se 1,92 mL (13,26 mmol) de clorofosfato de dietilo e agitou-se a mistura de reacção durante mais 16 horas a temperatura de 20°C. Filtrou-se a mistura de reacção e concentrou-se o filtrado. Dissolveu--se o resíduo em 150 mL de acetato de etilo e lavou-se com ácido clorídrico 1 M (2 x 100 mL), com uma solução aquosa de carbonato de potássio, com água e com salmoura (utilizando 100 mL de cada) . Secou-se (MgSO,}) a fase orgânica e removeu-se o solvente sob pressão reduzida para se obter 4,354 g (84%) do composto em epígrafe: EM (TMM+) m/z 589 (M+H) + ; RMN δ (CDC13) 7,16 (1H, d, J = 10 Hz), 6,44 (1H, s), 6,37 (1H, d, J = 10 Hz), 5,49 e 5,29 (1H, 2m) , 5,00 (1H, d, J - 5 Hz), 4,78 (1H, t, J = 4 Hz), 4,47-4,02 (5H, m), 1,55 (3H, s), 1,39 (6H, t, J = 7 hz), 1,08 (3H, s) , 0,90 (3H, t, J = 7,5 Hz).
Intermediário 2 Éster 2-tioxo-2.H'-piridina-l-ílico do ácido 16a, 17a- (R-butilidenodioxi) --6a, 9a-diflúor-llp-hidroxi-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-173-carboxílico
Num balão protegido contra a luz (folha de alumínio) tratou-se uma solução de 1 g (1,7 mmol) de anidrido dietilfosfórico do ácido 16a, 17a- (R-butilidenodioxi) -6a, 9a-diflúor-llp-hidroxi-3-oxo-androsta--1,4-dieno-17p~carboxílico (intermediário 1) em 8,5 mL de DMF com 304 mg (2,04 mmol) de sal sódico de 2-mercaptopiridina-N-óxido à temperatura de 20°C e sob uma atmosfera de azoto durante 16 horas. Depois verteu-se a mistura de reacção sobre 100 mL de acetato de etilo e lavou-se a mistura com 100 mL de salmoura, com água (3 x 100 mL), com uma solução saturada de bicarbonato de sódio, com água e com salmoura (utilizando 100 mL de cada). Secou-se (MgS04) a fase orgânica, removeu-se o solvente sob pressão reduzida e purificou-se o resíduo por CLER (coluna de diol com as dimensões de 25 cm x 5 cm), efectuando a eluição com acetato de etilo a 90%/heptano, para se obter 580 mg (61%) do composto em epígrafe: EM (TMM+) m/z 562 (M+H)+; 18
V
V
Γ IV (KBr) 3443, 1788, 1736, 1705, 1670, 1633, 1606, 1527 απ'1; RMN δ (DMSO-d6) 8,24 (1H, d, J = 7 Hz), 7,60 (1H, d, J = 8 Hz) , 7,67 (1H, t, J = 8 hz), 7,29 (1H, d, J = 10 Hz), 6,94 (1H, t, J = 7 Hz), 6,31 (1H, d, J = 10 Hz), 6,13 (1H, s) , 5,73 e 5,56 (1H, 2m) , 5,58 (1H, s Ir), 5,22 (1H, t, J = 4 Hz), 5,02 (1H, d, J = 5 Hz), 4,24 (1H, m), 1,51 (3H, s), 1,15 (3H, s), 0,89 (3H, t, J = 7,5 Hz). (Encontrado: C, 61,06; H, 6,21; N, 2,05; S, 5,00. Calculado para C^sFzNOçS^HeOz: C, 61,00; H, 6,36; N, 2,16; S, 4,93%).
Intermediário 3 Ácido 16a, 17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-llfi-hidroxi-3-oxo--androsta-4-eno-17p-carboxílico
Preparou-se uma solução de 4,66 g (10,3 mmol) de ácido 16a,17a--(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-3-oxo-androsta-l, 4-di-eno-173-carboxílico em 180 mL de etanol e hidrogenou-se sobre 466 mg de cloreto de tris(trifenilfosfina)-ródio(I) à pressão atmosférica durante 65 horas. Adicionou-se mais 500 mg de catalisador e hidrogenou--se a mistura de reacção durante mais 48 horas. Filtrou-se a mistura através de celite e concentrou-se o filtrado. Dissolveu-se o resíduo em 150 mL de acetato de etilo e extraiu-se com uma solução aquosa de carbonato de potássio (3 x 100 mL) . Lavou-se os extractos aquosos combinados, utilizando para tal 100 mL de acetato de etilo, e acidificou-se para pH 2 com ácido clorídrico 7M. Extraiu-se a suspensão resultante com acetato de etilo (3 x 100 mL) e lavou-se os extractos orgânicos combinados, utilizando para tal água (2 x 100 mL) e salmoura (2 x 150 mL) . Secou-se (MgSCh) a fase orgânica e removeu-se o solvente sob pressão reduzida para se obter 3,932 g (84%) do composto em epígrafe: p.f. 145°C-150°C; EM (TMM+) m/z 455 (M+H)+; IV Vmáx (KBr) 3443, 1736, 1654, 1649 cm-1; RMN δ (DMS0-de) 5,81 (1H, s), 5,60 e 5,41 (1H, 2m) , 5,17 (1H, s lr), 4,87 (1H, s lr) , 4,68 (1H, t, J = 4 Hz), 4,15 (1H, m) , 1,49 (3H, s) , 0,93 (3H, s), 0,87 (3H, t, J = 7 Hz). (Encontrado: C, 61,01; H, 7,29. Calculado para C24H32F206«H20: C, 61,00; H, 7,25%). 19
Intermediário 4
Anidrido dietilfosfórico do ácido 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a--diflúor-ll3-hidroxi-3-oxo-androsta-4-eno-17p-carboxílico
Preparou-se uma solução de 3 g (6,6 mmol) de ácido 16a,17a-(R--butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-3-oxo-androsta-4-eno--17p-carboxílico em 75 mL de tetra-hidrofurano, tratou-se com 2 g de crivos moleculares em pó de 4À e depois com 1,38 mL (9,9 mmol) de trietilamina e agitou-se a mistura durante 1,5 horas sob uma atmosfera de azoto à temperatura de 20°C. Em seguida adicionou-se 1,05 mL (7,26 mmol) de clorofosfato de dietilo e agitou-se a mistura de reacção durante mais 16 horas à temperatura de 20°C. Filtrou-se a mistura de reacção e concentrou-se o filtrado. Dissolveu-se o resíduo em 120 mL de acetato de etilo e lavou-se com ácido clorídrico 2 M (2 x 100 mL), com uma solução aquosa de carbonato de potássio, com água e com salmoura (utilizando 100 mL de cada). Secou-se (MgS04) a fase orgânica e removeu-se o solvente sob pressão reduzida para se obter 3,342 g (86%) do composto em epígrafe: EM (EM+) m/z 591 (M+H)+; IV Vmáx (KBr) 1767, 1668 cm"1; RMN δ (CDCls) 6,14 (1H, s), 5,37 e 5,18 (1H, 2m), 5,10 (1H, d, J = 5 Hz), 4,79 (1H, t, J = 4,5 Hz), 4,4-4,2 (5H, m) , 1,53 (3H, s) , 1,39 (6H, t, J = 7 hz), 1,06 (3H, s), 0,93 (3H, t, J = 7 Hz) . (Encontrado: C, 56,99; H, 7,08. Calculado para C28H41F2O9P: C, 56, 94; H, 7,00%).
Intermediário 5 Éster 2-tioxo-2H-piridina-l-ílico do ácido 16a, 17a- (R-butilidenodioxi) --6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-3-oxo-androsta-4-eno-17p-carboxílico
Num balão protegido contra a luz (folha de alumínio) tratou-se uma solução de 1,5 g (2,54 mmol) de anidrido dietilfosfórico do ácido 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-3-oxo--androsta-4-eno-17p-carboxílico (intermediário 4) em 12 mL de DMF e tratou-se com 455 mg (3,05 mmol) de sal sódico de 2-mercapto-piridina-N-óxido à temperatura de 20°C e sob uma atmosfera de azoto 20
durante 20 horas. Depois verteu-se a mistura de reacção sobre 150 mL de acetato de etilo e lavou-se a mistura com 100 mL de salmoura, com água (2 x 100 mL), com uma solução saturada de bicarbonato de sódio, com água e com salmoura (utilizando 100 mL de cada). Secou-se (MgS04) a fase orgânica e removeu-se o solvente sob pressão reduzida para se obter 1,25 g (87%) do composto em epígrafe: EM (TMM+) m/z 564 (M+H)+; IV (KBr) 3412, 1800, 1718, 1684, 1669, 1609, 1527 cm'1; RMN δ (DMS0-d5) 8,23 (1H, d, J = 7 Hz), 7,6 (1H, dd, J = 9 e 2 Hz), 7,46 (1H, dt, J = 7 e 2 Hz) , 6,93 (1H, dt, J = 7 e 2 Hz), 5,83 (1H, s), 5,62 e 5,43 (1H, 2m) , 5,28 (1H, d, J 0 4,5 Hz), 5,24 (1H, t, J = 4,5 Hz), 5,0 (1H, d, J = 4,5 Hz), 4,26-4,16 (1H, m), 1,51 (3H, s), 14 (3H, s), 0,91 (3H, t, J = 7,5 Hz). (Encontrado: C, 61,63; H, 6,46; N, 2,16; S, 5,23. Calculado para CssHssFsNOeS^O, 3C4H802: C, 61,47; H, 6,39; N, 2,37; S, 5,43%).
Intermediário 6
Anidrido dietilfosfórico do ácido 6a,9a-diflúor-ll3-hidroxi-16g,17a--isopropilidenodioxi-3-oxo-androsta-4-eno-173-carboxílico
Preparou-se uma solução de 3 g (6,81 mmol) de ácido 6a, 9a-di-flúor-ll3-hidroxi-16a,17a-isopropilidenodioxi-3-oxo-androsta-4-eno--17P~carboxílico em 75 mL de tetra-hidrofurano, tratou-se com 2 g de crivos moleculares em pó de 4Ã e depois com 1,42 mL (10,21 mmol) de trietilamina e agitou-se a mistura durante 2 horas sob uma atmosfera de azoto à temperatura de 20°C. Em seguida adicionou-se 1,08 mL (7,49 mmol) de clorofosfato de dietilo e agitou-se a mistura de reacção durante mais 20 horas à temperatura de 20°C. Filtrou-se a mistura de reacção e concentrou-se o filtrado. Dissolveu-se o resíduo em 120 mL de acetato de etilo e lavou-se com ácido clorídrico 2 M, com água, com uma solução aquosa de carbonato de potássio, com água e com salmoura (utilizando 100 mL de cada). Secou-se (MgS04) a fase orgânica e removeu-se o solvente sob pressão reduzida para se obter 3,637 g (92%) do composto em epígrafe: EM (TMM+) m/z 577 (M+H)+; IV 21 V\ι
t
Vrnáx (KBr) 3418, 1768, 1683, 1669, cm-1; RMN δ (CDC13) 6,14 (1H, s), 5,37 e 5, 18 (1H, . 2m) , 5,12 (1H, d, J = 4,5 Hz) , 4,41-4,19 (5H, m) , 1,52 (3H, S) , 1, 48 (3H, s), 1,39 (3H, t, J = 6,5 Hz) , 1,38 (3H, t, J = 6, 5 Hz) , 1,28 (3H, s), 1 , 05 (3H, s) . (Encontrado: C, 55,80; H, 6,91. Calculado para C27H39F209P*0,18C4H8O2*0, 2H20: C, 55,86; H, 6,91%). Intermediário 7 Éster 2-tioxo-2fj-piridina-l-ílico do ácido 6g, 9a-diflúor-11 β-hidroxi--16a, 17a-isopropilidenodioxi-3-oxo-androsta-4-eno-17P-carboxílico
Num balão protegido contra a luz (folha de alumínio) tratou-se uma solução de 1,5 g (2,6 mmol) de anidrido dietilfosfórico do ácido 6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-16a,17a-isopropilidenodioxi-3-oxo-androsta--4-eno-17p-carboxílico (intermediário 6) em 12 mL de DMF e tratou--se com 465 mg (3,12 mmol) de sal sódico de 2-mercaptopiridina-N--óxido à temperatura de 20°C e sob uma atmosfera de azoto durante 16 horas. Depois verteu-se a mistura de reacção sobre 200 mL de acetato de etilo e lavou-se a mistura com 150 mL de salmoura, com água (3 x 50 mL) e novamente com salmoura (2 x 50 mL) . Secou-se (MgS04) a fase orgânica e removeu-se o solvente sob pressão reduzida para se obter 1,128 g (79%) do composto em epígrafe: EM (TMM+) m/z 550 (M+H)+; IV (KBr) 3391, 1805, 1715, 1669, 1654, 1612 cm-1; RMN δ (DMSO-dff) 7,92 (1H, d, J = 6 Hz) , 7,60 (1H, d, J = 8 Hz), 7,45 (1H, t, J = 8 Hz), 6,88 (1H, m) , 5,83 (1H, s), 5,62 e 5,43 (1H, 2m), 5,33 (1H, d, J = 5 Hz), 5,13 (1H, s lr), 4,21 (1H, m), 1,51, 1,43, 1,39 e 1,19 (4s, 3H cada). (Encontrado: C, 58,80; H, 5,91; N, 2,50; S, 5,18. Calculado para C28H33F2N06S·!, 1H200,15C3H7NO: C, 58,87; H, 6,30; N, 2,78; S, 5,52%).
Intermediário 8 4,4’-dissulfano-di-il-bis(di-hidrofurano-2-ona)
Preparou-se uma solução de 106 mg (0,9 mmol) de β-mercapto-y--butirolactona em 2 mL de diclorometano, tratou-se com uma solução de 22
II
U t 253 mg (1 mmol) de iodo em 5 mL de diclorometano e agitou-se a mistura durante 18 horas à temperatura de 20°C. Diluiu-se a mistura de reacção com diclorometano, lavou-se com uma solução aquosa de metabissulfito de sódio, secou-se (MgS04), removeu-se o solvente sob pressão reduzida e purificou-se o resíduo por CCF preparativa numa experiência em prato individual (20 cm x 20 cm), utilizando acetato de etilo:ciclo-hexano (2:1), para se obter 30 mg (28%) do composto em epígrafe: EM (TMM+) m/z 252 (M+NH4)+; IV (KBr) 1778, 1771, 1164, 1023, 989, 843 cm'1; RMN δ (CDC13) 4,6 (2H, dd, J = 9 e 6 Hz) , 4,35 (2H, dt, J = 5 e 4 Hz), 3, 86-3,72 (2H, m), 2,96 (2H, dd, J = 17 e 8
Hz), 2,66 (2H, durante, J = 18 e 5 Hz); EMER (IE) encotnrado: 234, 0017. calculado para CBHio04S2: 234,0020.
Exemplo 1 16a, 17a-(R-Butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-17p-(2-oxo--tetra-hidrofurano-3-ilsulfanil)-androsta-1,4-dieno-3-ona
Preparou-se uma solução de 300 mg (0,53 mmol) de éster 2-tioxo--2i7-piridina-l-ílico do ácido 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a, 9a-di-flúor-lip-hidroxi-3-oxo-androsta-l,4-dieno-17p-carboxílico em 5,5 mL de DMF anidra e adicionou-se a uma solução agitada de 199 mg (1,07 mmol) de 3,3’-dissulfano-di-il-bis (di-hidrofurano-2-ona) (composto este que também é conhecido pela designação de dissulfureto de (γ--butirolactona) ) em 2 mL de DMF anidra, sob uma atmosfera de azoto e à temperatura de 0°C. Protegeu-se a mistura de reacção contra a luz e agitou-se sob vácuo durante alguns minutos. Depois colocou--se a mistura sob uma atmosfera de azoto e submeteu-se a irradiação, à mesma temperatura, com duas lâmpadas de filamento de tungsténio de 200 W durante aproximadamente 16 horas. Diluiu-se a mistura de reacção com 125 mL de acetato de etilo e lavou-se com salmoura, água, ácido clorídrico 2M, água, uma solução saturada de bicarbonato de sódio, água e salmoura (utilizando 100 mL de cada). Secou-se (MgS04) a solução orgânica, removeu-se o solvente sob pressão reduzida e purificou-se o resíduo por CLER em fase inversa (coluna ‘Dynamax’ 23
V C18, 25 cm x 5 cm), efectuando a eluição com acetonitrilo a 65%/água, com um débito de 45 mL/minuto e detecção a 240 nm. Combinou-se as fracções adequadas e evaporou-se sob pressão reduzida. Dissolveu-se o resíduo em 50 mL de acetato de etilo, secou-se (MgS04) a solução e evaporou-se para se obter 75 mg (27%) do isómero A do composto em epígrafe: p.f. 183°C-185°C; EM (TMM+) m/z 525 (M+H)+; IV (KBr) 1772, 1669, 1630, 1611 cm-1; RMN δ <CDC13) 7,13 (1H, d, J = 10 Hz), 6,43 (1H, s) , 6,37 (1H, d, J = 10 Hz), 5,48 e 5,28 (1H, 2m), 5,26 (1H, t, J = 4,5 Hz), 4,41-4,21 (4H, m) , 3,85 (1H, t, J = 8,5 Hz), 1,54 (3H, s), 1,29 (3H, s) , 0,94 (3H, t, J - 7,5 Hz). (Encontrado: C, 61,59; H, 6,73; S, 6,07. Calculado para C27H34F2O6S: C, 61,82; H, 6,53; S, 6,11%) e 83,3 mg (30%) do isómero B do composto em epígrafe: p.f. 204°C-207°C; EM (TMM+) m/z 525 (M+H)+; IV v,^ (KBr) 1774, 1668, 1628, 1609 cm-1; RMN δ (CDC13) 7,08 (1H, d, J = 10 Hz), 6,44 (1H, s), 6,37 (1H, d, J = 10 Hz), 5,45 (1H, t, J = 4,5 Hz), 5,47 e 5,28 (1H, 2m), 4,80-4,21 (4H, m), 3,81 (1H, t, J = 8,5 Hz), 1,54 (3H, s) , 1,19 (3H, s) , 0,93 (3H, t, J = 7,5 Hz). (Encontrado: C, 61,05; H, 6,68; S, 6,76. Calculado para CzvH^FzOeS^O, 5C4H802: C, 61,25; H, 6,74; S, 5,64%).
Exemplo 2 6a, 9a-diflúor-ll3-hidroxi-16tx, 17g-isopropilidenodioxi) -17β- (2-oxo--tetra-hidrofurano-3-ilsulfanil)-androsta-1, 4-dieno-3-ona Método 1
Preparou-se uma solução de 2,504 g (4,57 mmol) de ácido 6g,9g--diflúor-llp-hidroxi-16g,17g-isopropilidenodioxi)-3-oxo-androsta-l, 4--dieno-17p-carboxílico em 15 mL de DMF anidra, adicionou-se esta a uma solução agitada de 12,148 g (9,17 mmol) de 3,3’-dissulfano-di--il-bis(di-hidrofurano-2-ona) (composto este que também é conhecido pela designação de dissulfureto de (γ-butirolactona) ) em 15 mL de DMF anidra, sob uma atmosfera de azoto e à temperatura de 0°C, e depois submeteu-se a irradiação sob o efeito de duas lâmpadas de 24
filamento de tungsténio de 200 W durante aproximadamente 4 horas. Diluiu-se a mistura de reacção com 650 mL de acetato de etilo e lavou-se com salmoura, água, ácido clorídrico 2M, água, uma solução saturada de bicarbonato de sódio, água e salmoura (utilizando 100 mL de cada). Secou-se (MgS04) a solução orgânica, removeu-se o solvente sob pressão reduzida e purificou-se o resíduo por cromatografia através de gel de sílica, efectuando a eluição com clorofórmio: .•metanol (50:1), e depois por CLER em fase inversa (coluna ‘Dynamax’ C18, 25 cm x 5 cm), efectuando a eluição com acetonitrilo a 60%/água, com um débito de 45 mL/minuto e detecção a 240 nm. Combinou-se as fracções adequadas e evaporou-se sob pressão reduzida. Dissolveu-se o resíduo em 50 mL de acetato de etilo, secou-se (MgS04) a solução, evaporou-se e triturou-se em éter dietílico para se obter 602 mg (26%) do isómero A do composto em epígrafe: p.f. 183°C-185°C; EM (TMM+) m/z 511 (M+H)+; IV (KBr) 3461, 1768, 1668, 1633 cm _1; RMN Ô (CDC13) 7,25 (1H, dd, J = 10 e 1 Hz), 6,43 (1H, s) , 6,37 (1H, dd, J = 10 e 2 Hz), 5,46 e 5,33 (1H, 2m) , 4,56 (1H, t, J = 3 Hz) , 4,38-4,26 (3H, m) , 3,88 (1H, t, J = 8 Hz), 1, 62, 1,54, 1,44, 1,27 (4s, 3H cada). (Encontrado: C, 60,8; H, 6,6; S, 5,7. Calculado para C26H32F2OgS*0, 6C4HioO*0, 5H2O: C, 60,5; H, 7,0; S, 5,7%) e 635 mg (27%) do isómero B do composto em epígrafe: p.f. 296°C-302°C; EM (TMM+) m/z 511 (M+H)+; IV Vraáx (KBr) 3461, 1774, 1668, 1629 cm-1; RMN δ (CDC13) 7,08 (1H, dd, J = 10 e 1 Hz), 6,45 (1H, s) , 6,38 (1H, dd, J = 10 e 2 Hz), 5,45 e 5,35 (1H, 2m), 4,7 (1H, t, J = 3 Hz) , 4,43-4,26 (3H, m), 3,93 (1H, t, J = 8 Hz), 1,69, 1,52, 1,44, 1,20 (4s, 3H, cada). (Encontrado: C, 61,2; H, 6,1; S, 6,1. Calculado para C26H32F206S: C, 61,15; H, 6,3; S, 6,3%).
Concluiu-se que a configuração do isómero B era S no centro assimétrico do radical lactona realizando um estudo de difracção de raios X. Método 2
Preparou-se uma solução de 100 mg (0,19 mmol) de 6a, 9a-diflúor--lip-hidroxi-16a, 17a-isopropilidenodioxi) -17β- (2-oxo-tetra-hidrofurano- 25
-3-ilsulfanil)-androsta-1,4-dieno-3-ona (exemplo 2, isómero B) em 3 mL de tetra-hidrofurano , tratou-se com 0,19 mL de hidróxido de sódio (1M) e agitou-se a mistura durante 2 horas à temperatura de 20°C. Evaporou-se a mistura de reacção até à secura sob pressão reduzida, dissolveu-se o resíduo em 16 mL de água e lavou-se com 35 mL de éter dietílico e 25 mL de acetato de etilo. Depois liofilizou-se a fase aquosa para se obter 76 mg (70%) de sal sódico do ácido 2-(6a, 9a--diflúor-lip-hidroxi-16a, 17a-isopropilidenodioxi-3-oxo-androsta-l, 4-di-eno-17p-il-sulfanil)-4-hidroxibutanóico: EM (EM+) m/z 529 (M+H)+, 551 (M+Na)+; RMN δ (DMSO-ck) 7,28 (1H, d, J = 10 Hz), 6,25 (1H, dd, J = 10 e 2 Hz), 6,10 (1H, s) , 5,69 e 5,56 (1H, 2m) , 4,50 (0,1H, d, J = 5 Hz), 4,31 (0,9H, d, J = 5 Hz), 4,12 (1H, m), 3,65 (1H, dd, J = 9 e 3 Hz), 3,55 (1H, m), 3,42 (1H, m) , 1,55, 1,50, 1,28, 1,17 (4s, 3H cada); CLER TA 6,077 minutos, 10% (isómero B) e 6,264 minutos, 79,5% (isómero A) [coluna ‘Phenomenex Prodigy’ (15 cm x 0,46 cm) com ODS-2, efectuando a eluição com CH3CN a 15%-95%/H20 durante 16 minutos] (Encontrado: C, 51,8; H, 6,5; S, 5,6. Calculado para C2GH33F207SNa: C, 51,7; H, 6,5; S, 5,3%). A acidificação do sal sódico do ácido 2-(6a,9a-diflúor-ΙΙβ--hidroxi-16a, 17a-isopropilidenodioxi-3-oxo-androsta-l, 4-dieno-17P~il--sulfanil)-4-hidroxibutanóico com ácido p-tolueno-sulfónico numa mistura de acetato de etilo e ácido clorídrico 2M (1:1) durante 18 horas proporcionou predominantemente o isómero A da lactona do exemplo 2 (CLER TA 8,125 minutos 63% (isómero A) e 7,747 minutos 7% (isómero B).
Exemplo 3 16a,17a-(R-Butilidenodioxi)-6a, 9a-diflúor-lip-hidroxi-173-(2-oxo--tetra-hidrofurano-3-ilsulfanil)-androsta-4-eno-3-ona
Preparou-se uma solução de 400 mg (0,71 mmol) de éster 2-tioxo--2íí-piridina-l-ílico do ácido 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-di-flúor-llp-hidroxi-3-oxo-androsta-4-eno-17p-carboxílico (intermediário 5) 26
V
em 7,5 mL de DMF anidra e adicionou-se a uma solução agitada de 264,5 mg (1,42 mmol) de 3,3’-dissulfano-di-il-bis (di-hidro-furano-2-ona) (também conhecido pela designação de dissulfureto de (γ-butirolactona) em 2,6 mL de DMF anidra sob uma atmosfera de azoto à temperatura de 0°C. Protegeu-se a mistura de reacção contra a luz e agitou-se sob vácuo durante alguns minutos. Depois colocou-se a mistura sob uma atmosfera de azoto e submeteu-se, ainda à temperatura de 0°C, a irradiação com duas lâmpadas de filamento de tungsténio de 200W durante aproximadamente 5 horas. Diluiu-se a mistura de reacção com 150 mL de acetato de etilo e lavou-se com salmoura, água, - ácido clorídrico 2M, água, uma solução aquosa de carbonato de potássio, água e salmoura (100 mL de cada) . Secou-se (MgS04) a solução orgânica, removeu-se o solvente sob pressão reduzida e purificou-se o resíduo por CLER de fase inversa (‘Dynamax’ C18, 25 cm x 5 cm), efectuando a eluição com acetonitrilo a 65%/água, com um débito de 45 mL/minuto e detecção a 240 nm. Combinou-se as fracções adequadas e evaporou--se sob pressão reduzida. Dissolveu-se o resíduo em 50 mL de acetato de etilo, secou-se (MgS04) a solução, evaporou-se e triturou-se com éter dietílico para se obter 79,4 mg (21%) do isómero A do composto em epígrafe: p.f. 120°C-122°C; EM (TMM+) m/z 527 (M+H)+; IV (KBr) 3480, 1768, 1682, 1668 cm-1; EMN δ (CDC13) 6,14 (1H, s) , 5,36 e 5,17 (1H, 2m), 5,27 (1H, t, J = 4 Hz), 4,4-4,2 (4H, m), 3,88 (1H, t, J = 8,5 Hz), 1,53 (3H, s), 1,27 (3H, s) , 0,97 (3H, t, J = 7,5 Hz). (Encontrado: C, 61,17; H, 6,94; S, 6,18. Calculado para C27H36F2O6S*0,2H2O: C, 61,16; H, 6,92; S, 6,05%) e 91 mg (24%) do isómero B do composto em epígrafe: p.f. 209°C-213°C; EM (TMM+) m/z 527 (M+H)+; IV (KBr) 3493, 1774, 1668 cm'1; RMN δ (CDC13) 6,15 (1H, s), 5,47 (1H/ t, J = 4,5 Hz), 5,36 e 5,17 (1H, 2m), 4,5-4,2 (4H, m), 3,84 (1H, t, J = 8,5 Hz), 1,53 (3H, s) , 1,17 (3H, s) , 0,93 (3H, t, J = 7,5 Hz). (Encontrado: C, 61,50; H, 7,36; S, 6,87. Calculado para C27H36F206S«0,25C4H10O0,15C4Hg02: C, 61,52; H, 7,17; S, 5,74%).
U t
Exemplo 4 6a,9a-diflúor-ll3-hidroxi-16a,17a-isopropilidenodioxi)-17β-(2-oxo--tetra-hldrofurano-3-il-sulfanil)-androsta-4-eno-3-ona
Preparou-se uma solução de 400 mg (0,73 inmol) de éster 2-tioxo--2H-piridina-l-ílico do ácido 6a, 9a-diflúor-lip~hidroxi-16a, 17a-iso-propilidenodioxi-3-oxo-androsta-4-eno-17p-carboxílico (intermediário 7) em 7,5 mL de DMF anidra e adicionou-se a uma solução agitada de 271 mg (1,45 mmol) de 3,3’-dissulfano-di-il-bis(di-hidro-furano-2-ona) (também conhecido pela designação de dissulfureto de (γ-butirolactona) em 2,7 mL de DMF anidra sob uma atmosfera de azoto à temperatura de 0°C. Protegeu-se a mistura de reacção contra a luz e desgaseificou--se por agitação vigorosa sob vácuo durante alguns minutos. Depois colocou-se a mistura sob uma atmosfera de azoto e submeteu-se, ainda à temperatura de 0°C, a irradiação com duas lâmpadas de filamento de tungsténio de 200W durante 4,5 horas. Diluiu-se a mistura de reacção com 150 mL de acetato de etilo e lavou-se com água (3 x 100 mL), ácido clorídrico 2M, água, uma solução aquosa de carbonato de potássio, água e salmoura (100 mL de cada). Secou-se (MgS04) a solução orgânica, concentrou-se, purificou-se por CLER de fase inversa (‘Dynamax’ C18, 25 cm x 5 cm) , efectuando a eluição com acetonitrilo a 60%/água e purifiçou-se novamente por CLER efectuando a eluição com acetonitrilo a 53%/água. Combinou-se as fracções adequadas e evaporou-se sob pressão reduzida. Dissolveu-se o resíduo em 50 mL de acetato de etilo, secou-se (MgS04) a solução e evaporou-se para se obter 46,6 mg (12%) do isómero A do composto em epígrafe: p.f. 258°C-263°C; EM (TMM+) m/z 513 (M+H)+; IV y* (KBr) 3480, 1772, 1669 cm"1; RMN δ (CDC13) 6,14 (1H, s) , 5,38 e 5,19 (1H, 2m), 4,57 (1H, s lr), 4,4-4,2 (3H, m), 3,89 (1H, t, J = 8,5 Hz), 1,64, 1,53, 1,48, 1,25 (4s, 3H cada). (Encontrado: C, 61,04; H, 6,78; S, 6,10. Calculado para C26H34F206S: C, 60,92; H, 6,69; S, 6,25%) e 33,1 mg (9%) do isómero B do composto em epígrafe: p.f. 237°C-240°C; EM (TMM+) m/z 513 (M+H)+; IV (KBr) 3501, 1774, 1668 cm'1; RMN δ (CDC13) 6,14 (1H, s) , 5,37 e 5,18 28 ^ ^ (1H, 2m), 4,68 (1H, d, J = 4,5 Hz), 4,45-4,21 (3H, m), 3,95 (1H, t, J = 8,5 Hz), 1,67, 1,53, 1,47, 1,16 (4s, 3H cada). (Encontrado: C, 61,21; H, 6,72. Calculado para C26H34F2O6S: C, 60,92; H, 6,69.
Concluiu-se que a configuração do isómero B era S no centro assimétrico do radical lactona realizando um estudo de difracção de raios X.
Exemplo 5 16«,17g-(R-Butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-ll3-hidroxi-173-(2-oxo--tetra-hidrofurano-4-il-sulfanil)-androsta-4-eno-3-ona
Preparou-se uma solução de 1,3 mg (2,3 mmol) de éster 2-tioxo--2H-piridina-l-ílico do ácido 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a, 9a-di-flúor-llp-hidroxi-3-oxo-androsta-4-eno-17p-carboxílico (intermediário 5) em 13 mL de DMF anidra e adicionou-se a uma solução agitada de 450 mg (1,92 mmol) de 4, 4’-dissulfano-di-il-bis(di-hidro-furano-2--ona) (intermediário 8) em 5 mL de DMF anidra sob uma atmosfera de azoto à temperatura de 0°C. Protegeu-se a mistura de reacção contra a luz e agitou-se sob vácuo durante alguns minutos. Depois colocou-se a mistura sob uma atmosfera de azoto e submeteu-se, ainda à temperatura de 0°C, a irradiação com duas lâmpadas de filamento de tungsténio de 200 W durante aproximadamente 5 horas. Diluiu--se a mistura de reacção com 250 mL de acetato de etilo e lavou-se com salmoura, ácido clorídrico 2M e novamente com salmoura (100 mL de cada). Secou-se (MgS04) a solução orgânica, removeu-se o solvente sob pressão reduzida e purificou-se o resíduo por cromatografia em coluna através de gel de sílica, efectuando a eluição com uma mistura a 1:1 de acetato de etilo:ciclo-hexano e depois por CLER de fase inversa (‘Dynamax’ C18, 25 cm x 5 cm), efectuando a eluição com acetonitrilo a 65%/água, com um débito de 45 mL/minuto e detecção a 230 nm. Combinou-se as fracções adequadas e evaporou-se sob pressão reduzida. Dissolveu-se o primeiro resíduo obtido em 50 mL de acetato de etilo, secou-se (MgS04) a solução, evaporou-se e triturou-se com éter dietílico para se obter 54 mg (4%) do isómero 29
V
V
u A do composto em epígrafe: p.f. 117°C-119°C; EM (TMM+) m/z 527 (M+H)+, 443 (MH-C4H402)+; IV v,** (KBr) 3474, 1782, 1667, 1001, 732 cm"1; RMN δ (CDC13) 6,15 (1H, s) , 5, 37 e 5,18 (1H, 2m) , 5, 22 (1H, t, J = 5 Hz), 4,63 (1H , dd, J = 9 e 8 Hz), 4,37 (1H, m) , 4, 24 (1H, d, J = 5 Hz), 4,2-4,1 (1H, lr), 4,14 (1H, t, J = 9 Hz) , 4, 05- -3,88 (1H, m), 2,85 (1H, dd, J = 17 e 8 Hz), 1,53 (3H, s) , 1 L,2 (3H, s) , 0,97 (3H, - t, J = 8 Hz). (Encontrado: C, 59,56; H, 6,74; S, 5,61. Calculado para C27H36F206S*H20: C, 59,54; H, 7,03; S, 5,89%). Dissolveu-se o segundo resíduo obtido em 50 mL de diclorometano, secou-se (MgS04) a solução e evaporou-se para se obter 29 mg (2%) do isómero B do composto em epígrafe: p.f. 112°C-113°C; EM (TMM+) m/z 527 (M+H)+, 443 (MH- C4H4O2)+; IV Vmáx (KBr) 1782, 1669, 1280, 736 cm"1; RMN δ (CDC13) 6,14 (1H, s), 5,25 (1H, t, J = 4 Hz), 5,35 e 5,17 (1H, 2m) , 4,58 (1H,
dd, J = 9 e 7 Hz), 4,37 (1H, m), 4,28 (1H, d, J = 5 Hz) , 4, 05 (1H, t, J = 9 Hz) , 4,0-3,86 (1H, m) , 2,93 1 (1H, dd, J = 18 e 8 Hz) , 2, 62 (1H, dd, J = 18 e 9 Hz), 1,53 (3H, s), 1,17 (3H, s) , 0, 96 (3H, t, J = 7 Hz). (Encontrado: C, 57,94; H, 6,43; S, 5,28. Calculado para C27H36F206S*0,5CH2C12: C, 58,04; H, 6,55; S, 5,63%).
Actividade farmacológica
In vitro
Estudou-se a actividade farmacológica numa experiência funcional in vitro para se demonstrar a actividade glucocorticóide, a qual faz prever, de um modo geral, uma actividade anti-inflamatória ou antialérgica in vivo. A experiência funcional utilizada foi uma modificação do método descrito por T.S. Berger et al. em J. of Steroid Biochem. Molec. Biol. 1992, 41 (3-8), 733-738, “Interaction of Glucocorticoid analogues with the Human Glucocorticoid Receptor”.
Assim, efectuou-se a transfecção de células Hela com um gene repórter detectável (fosfatase alcalina placentária segregada, FAPs (o mesmo que sPAP) ) sob o controlo de um promotor da resposta 30 γ~" L· glucocorticóide (a RTL do vírus do tumor mamário das fêmeas de murganho, VTMM (o mesmo que MMTV)).
Efectuou-se a incubação de diversas concentrações de composto padrão (dexametasona) ou de compostos da invenção com células Hela transfectadas, durante 72 horas. No final da operação de incubação, adicionou-se substrato para FAPs (acetato de p-nitrofenol) e mediu-se o produto por um método espectrofotométrico. A elevada absorvência reflectiu um aumento da transcrição de FAPs, tendo então sido construídas curvas de concentração/resposta por forma a poderem ser determinados os valores CE50.
Nesta experiência os isómeros dos exemplos 1 a 5 possuíam valores CE50 inferiores a 200 nM.
Hidrólise no sangue
Todos os isómeros dos exemplos eram instáveis no plasma humano (períodos de semi-vida inferiores a 60 minutos), indicando isto que se prevê que possuam um perfil vantajoso de efeitos secundários in vivo.
In vivo (i) Actividade anti-inflamatória - Inibição do edema da orelha dos ratos
Dissolve-se os compostos de ensaio em acetona e aplica-se uma quantidade de 40 pL, contendo 5% de óleo de cróton, à superfície interna de cada orelha de ratos (machos) com uma massa de 60-80 g. Decorridas 6 horas os animais são mortos e as suas orelhas retiradas. Com um punção efectua-se o corte de discos de tamanho padrão (0,5 cm de diâmetro) que são então pesados. Calcula-se o peso médio dos discos de orelha e a partir daqui calcula-se a percentagem de inibição da inflamação das orelhas em comparação com orelhas tratadas apenas com óleo de cróton. 31 Γ Lei ^ Dose Inibição (%) 100 μg 56 100 μg 54 100 μg 55
Composto
Isómero A do exemplo 2 Isómero B do exemplo 2 Isómero A do exemplo 3 (ii) Efeitos sistémicos - supressão da HACT em ratos adrenalectomizados Efectuou-se a adrenalectomização de ratos (macho) da -estirpe CD (90-120 g) sob anestesia com isoflurano e enriqueceu-se a água que lhes foi fornecida com 0,9% de soluto salino. Decorridos 4 dias administrou-se (sob anestesia com isoflurano), por via intratecal, uma dose individual de composto em suspensão em soluto salino (contendo 0,2% de Tween-80, 0,2 mL) às 10 da manhã. Ao fim de 4 horas os animais foram sacrificados por administração de ‘Euthetal’ e efectuou-se a colheita de amostras de sangue por punção intra-cardíaca, as quais foram colocadas em tubos heparinizados. Centrifugou--se as amostras (20 minutos a 1000 r.p.m. e a 4°C), recolheu-se o plasma e realizou-se um radioimunoensaio (RIE) para pesquisa da hormona adrenocorticotrófica (HACT), utilizando um estojo duplo de RIE com anticorpos de CDP (o mesmo que DPC) . Em cada experiência foram incluídos grupos de contraprova intactos e estimulados só com veículo para se poder verificar a variação diurna de HACT e os efeitos do veículo. Os resultados foram calculados relativamente à curva padrão do RIE e foram expressos em pg de HACT/mL de plasma, permitindo assim o cálculo da redução percentual da HACT.
Composto Dose Redução da HACT (%)
Acetoneto de fluocinolona 1 \xq 49 Acetoneto de fluocinolona 5 μg 84 Isómero A do exemplo 2 125 μ? 5 Isómero A do exemplo 2 250 μο 29 Isómero A do exemplo 2 500 μσ 45 32
V
V
t
Este resultado ilustra a actividade sistémica mínima associada a estes derivados instáveis no plasma.
Formulações farmacêuticas
Seguidamente são apresentados exemplos de formulações adequadas dos compostos da invenção. A expressão “ingrediente activo” é aqui utilizada para representar um composto da invenção e pode designar, por exemplo, os isómeros (ou uma sua mistura) do exemplo 3. 1. Carregadores para inalação
Ingrediente activo micronizado 1,6% p/p
Lactose BP 98,4% p/p. 0 ingrediente activo é micronizado de um modo convencional, até serem obtidas partículas finas com tamanhos compreendidos num intervalo tal que seja possível a inalação de praticamente todo o medicamento para dentro dos pulmões após a sua administração, antes de ser misturado com a lactose de qualidade normal para a preparação de comprimidos, utilizando um misturador de alta velocidade. Com a mistura pulveriforme ' efectua-se o enchimento de cápsulas de gelatina numa máquina de encapsulação adequada. O conteúdo dos carregadores é administrado utilizando um inalador de pó, tal como o inalador ‘ROTAHALER”’. Em alternativa, com a mistura pulveriforme é possível encher os compartimentos vesiculares de uma embalagem ou fita de tipo vesicular. 0 conteúdo da embalagem ou fita de tipo vesicular é administrado utilizando um inalador de pó, tal como o inalador ‘DISKHALER"’ ou ‘DISKUS”\ [‘ROTAHALER’, ‘DISKHALER’ e ‘DISKUS’ são marcas comercializadas pelas empresas do grupo Glaxo Wellcome]. 2 . Formulação em aerossol (i) Suspensão 33
u
por lata mg/actuação
Ingrediente activo micronizado 1,1,1,2-tetrafluoroetano 0,25 74, 75 40 mg 11,96 g O ingrediente activo é pesado directamente para dentro de uma lata de alumínio aberta e depois encaixa-se no lugar próprio uma válvula doseadora. Introduz-se então na lata o 1,1,1,2-tetrafluoroetano, sob pressão, através da válvula, e agita-se a lata para dispersar o fármaco. O inalador resultante contém 0,33% (p/p) de ingrediente activo. (ii) Solução porlata 40 mg 1/2 g 10,76 g mg/actuação 0,25 7,5 67,25
Ingrediente activo micronizado Etanol (anidro) 1,1,1,2-tetrafluoroetano
Dissolve-se o ingrediente activo no etanol. A solução etanólica resultante de ingrediente activo é introduzida calibradamente numa lata de alumínio aberta e depois encaixa-se no lugar próprio uma válvula doseadora. Introduz-se então o 1,1,1,2-tetrafluoroetano sob pressão, através da válvula. O inalador resultante contém 0,33% (p/p) de ingrediente activo e 10% (p/p) de etanol. 3. Creme
Ingrediente activo micronizado Parafina líquida Álcool cetostearilico Cetomacrogol 1000 Miristato de isopropilo Propileno-glicol Ácido benzóico Fosfato de sódio Monoidrato do ácido cítrico Água purificada % (p/p) 0,2 40 5 1 5 10 0, 2 0, 05 0, 05 até 100 34
Dispersa-se o ingrediente activo micronizado numa porção da água que contém uma porção do cetomacrogol 1000. Funde-se conjuntamente a parafina liquida, o álcool cetostearilico e o miristato de isopropilo, arrefece-se para uma temperatura compreendida entre 50°C e 60°C e junta-se à porção de água restante que contém o propileno-glicol, o ácido benzóico (conservante), o fosfato de sódio e o ácido cítrico (agentes tampão). Adiciona-se a fase oleosa resultante à suspensão do ingrediente activo, sob agitação, até arrefecer.
Lisboa, 17 de Outubro de 2000 0 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
35

Claims (17)

  1. r
    f REIVINDICAÇÕES 1. Composto de fórmula estrutural (I)
    R« e seus solvatos, os substituintes em Ri que e r2 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e grupos alquilo (Cx-C6) ; os substituintes r3 e r4 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e halogénio; e o símbolo ........... representa uma ligação simples ou dupla.
  2. 2. Composto de acordo com a reivindicação 1, em que os substituintes Ri e R2 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e grupos alquilo(Ci-C3) .
  3. 3. Composto de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, em que os substituintes Rx e R2 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e grupos metilo e n--propilo.
  4. 4. Composto de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, em que os símbolos Rx e R2 representam ambos grupos metilo.
  5. 5. Composto de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, em que os substituintes Rx e R2 são diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio e grupos n-propilo. 1
  6. 6. Composto de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 5, em que os substituintes R3 e Rj são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio, de flúor ou de cloro.
  7. 7. Composto de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 6, em que os substituintes R3 e R4 são iguais ou diferentes e cada um deles é seleccionado entre átomos de hidrogénio ou de flúor.
  8. 8. Composto de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 7, em que os símbolos R3 e R4 representam átomos de flúor.
  9. 9. Composto de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 8, em que o átomo de enxofre está ligado ao átomo de carbono α do radical lactona.
  10. 10. Composto de fórmula estrutural (I) de acordo com a reivindicação 1, seleccionado entre 6a, 9a-diflúor-llp-hidroxi-16a,17a-isopropilidenodioxi-17p-(2--oxo-tetra-hidrofurano-3-il-sulfanil)-androst-4-eno-3-ona; 6a,9a-diflúor-Ιΐβ-hidroxi-16a,17a-isopropilidenodioxi-17p-(2--oxo-tetra-hidrofurano-3-il-sulfanil)-androst-1,4-dieno-3-ona; 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-17p-(2--oxo-tetra-hidrofurano-4-il-sulfanil)-androst-1, 4-dieno-3-ona; 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-17p-(2--oxo-tetra-hidrofurano-3-il-sulfanil)-androst-4-eno-3-ona; 16a,17a-(R-butilidenodioxi)-6a,9a-diflúor-lip-hidroxi-17p-(2--oxo-tetra-hidrofurano-3-il-sulfanil)-androst-4-eno-3-ona; e seus solvatos.
  11. 11. Composto de fórmula estrutural (I), tal como definido numa qualquer das reivindicações 1 a 10, ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, para utilização em medicina humana ou veterinária. 2 ** Λ
  12. 12. Utilização de um composto de fórmula estrutural (I), tal como definido numa qualquer das reivindicações 1 a 10, ou de um seu solvato fisiologicamente aceitável, para a preparação de um medicamento para o tratamento de doenças inflamatórias e/ou alérgicas.
  13. 13. Composição farmacêutica que incorpora um composto de fórmula estrutural (I), tal como definido numa qualquer das reivindicações 1 a 10, ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, se desejado em mistura com um ou vários diluentes ou veículos aceitáveis sob o ponto de vista fisiológico.
  14. 14. Formulação farmacêutica em aerossol que incorpora um composto de fórmula estrutural (I), tal como definido numa qualquer das reivindicações 1 a 10, ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, e um composto fluorocarbonado ou um composto cloro-fluorocarbonado que contenha hidrogénio enquanto agente propulsor, facultativamente em combinação com um agente tensioactivo e/ou um co-solvente.
  15. 15. Combinação que compreende por um composto de fórmula estrutural (I), tal como definido numa qualquer das reivindicações 1 a 10, ou um seu solvato fisiologicamente aceitável, conjuntamente com outro agente terapeuticamente activo.
  16. 16. Combinação de acordo com a reivindicação 15, em que o referido agente terapeuticamente activo diferente é um agonista do adreno--receptor β2.
  17. 17. Processo para a preparação de um composto de fórmula estrutural (I), o qual compreende os passos que consistem em: A) tratar um composto de fórmula estrutural (II) 3 1
    (II) R«
    ^*2 em que os símbolos Ri, R2, R3, R4 e 7......... possuem as significações definidas antes e o símbolo X representa um grupo adequado, tal como um éster tio-hidroxamato, por exemplo, 2-tioxo-2H--piridina-l-iloxi-carbonilo, 2-tioxo-4-metil-3H-tiazol-3-iloxi--carbonilo ou 2-tioxo-4-fenil-3H-tiazol-3-iloxi-carbonilo, com um composto de fórmula estrutural (III) O
    em que o símbolo n representa 0 ou 2; B) converter um composto de fórmula estrutural (I) num composto diferente de fórmula estrutural (I) por transacetalação, epimeri-zação do local de ligação do radical lactona ou redução parcial da ligação dupla 1,2/ ou C) desproteger um derivado protegido de um composto de fórmula estrutural (I); se necessário, sendo cada um dos processos A, B e C anteriores seguidos de uma das operações seguintes (i) formação do solvato ou (ii) isolamento de um isómero individual de um composto de fórmula estrutural (I). Lisboa, 17 de Outubro de 2000 O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
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