PT867515E - Processo para isolar um sal de acido clavulanico e de um metal alcalino farmaceuticamente aceitavel - Google Patents

Processo para isolar um sal de acido clavulanico e de um metal alcalino farmaceuticamente aceitavel Download PDF

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Jaoquim P Cardoso
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Cipan Companhia Ind P De Antib
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Description

A t 1
Descrição “Processo para isolar um sal de ácido clavulânico e de um metal alcalino farmaceuticamente aceitável” [0001] A presente invenção refere-se a um processo novo para isolar um sal de ácido clavulânico e de um metal alcalino farmaceuticamente aceitável, a partir de um caldo de fermentação contendo ácido clavulânico impuro, o qual compreende os passos que consistem em filtrar o caldo fermentado, extrair o ácido clavulânico com um solvente imiscível ou parcialmente imiscível com água, a um valor de pH entre 1,2 e 2 e fazer precipitar o sal A de ácido clavulânico e de um metal alcalino por adição de uma solução de um alquilalcanoato de um metal alcalino.
[0002] O ácido clavulânico e os seus ésteres e sais de metais alcalinos são utilizados em preparações farmacêuticas para evitar a desactivação dos antibióticos à base de β-lactama. As preparações comerciais de ácido clavulânico contêm clavulanato de potássio em combinação com tri-hidrato de amoxicilina. O ácido clavulânico é um óleo higroscópico instável. O clavulanato de potássio é mais estável do que o ácido livre ou os seus sais e por tal motivo é utilizado mais frequentemente nas preparações comerciais.
[0003] O ácido clavulânico e os seus derivados são inibidoras das β-lactamases. A resistência dos antibióticos β-lactamas está associada à inactivação da estrutura da β-lactama, devido à abertura do anel da β-lactama por acção da β-lactamase produzida por bactérias. Assim as enzimas inactivadoras são vulgarmente designadas por β-lactamases e estão divididas em penicilinase e cefalosporinase. 2 [9004] Admite-se ainda que o próprio ácido clavulânico tenha uma actividade anti-bacteriana.
[0005] O ácido clavulânico é produzido a partir de diversas estirpes de microrganismos mediante um processo de fermentação. Neste processo são utilizadas, por exemplo, estirpes pertencentes ao género Streptomyces, tais como S. clavuligerus NRRL 3585 (patente de invenção norte-americana n° 4 110 165), S. jumoniinensis NRRL 5741 (patente de invenção britânica n° 1 563 103), S. katsurahamanus IFO 13716 (patente de invenção japonesa n° 83 009 579) e Streptomyces sp. P6621 FERN 2804 (patente de invenção japonesa n° 55 162 993). Para a preparação de ácido clavulânico por um processo de fermentação é preferível o microrganismo Streptomyces clavuligerus.
[0006] No estado actual da técnica são conhecidos e descritos diferentes processos para a preparação e purificação de um caldo de fermentação contendo ácido clavulânico.
[0007] O documento GB 1 508 977 descreve a preparação de ácido clavulânico e dos seus sais por filtração do caldo de fermentação, mediante a passagem através de uma resina de permuta aniónica.
[0008] O documento GB 1 543 563 descreve um processo de fermentação em que se mantém o valor de pH do meio no intervalo entre 6,3 e 6,7. Prepara-se um sal farmaceuticamente aceitável, tal como o clavulanato de potássio, por um processo de permuta iónica a partir de clavulanato de lítio. No çntanto, o clavulanato de lítio não é um sal aceitável sob o ponto de vista farmacêutico. Assim sendó, é necessário recorrer a um processo de permuta iónica como passo complementar para a ptrçpim$ção de uma forma farmaceuticamente aceitável do composto. Além disso, o sal cloreto de lítio remanescente é solúvel em solventes orgânicos e por tal motivo é difícil separar o -çlçsççto de lítio na fase aquosa durante o processo de extracção.
[0009] Outros documentos respeitantes ao estado da técnica, tais como o documento EP-0 647 229, descrevem a utilização de sais aminados do ácido clavulânico como compostos intermediários para a preparação e purificação de ácido clavulânico e dos seus sais com metais alcalinos. Por exemplo, o documento EP-0 647 229 descreve um processo para a preparação de um ácido clavulânico purificado ou de um seu sal ou éster mediante a preparação de um sal diaminado do ácido clavulânico e subsequente conversão deste composto intermediário em ácido clavulânico ou num seu sal ou éster aceitável sob o ponto de vista farmacêutica. A conversão é efectuada por adição, por exemplo, de 2-etil-hexanoato de potássio e por precipitação do clavulanato de potássio. Muitas destas aminas são inadequadas para a produção de um sal de ácido clavulânico ou então dão origem a sais aminados de ácido clavulânico que são higroscópicos ou tóxicos ou têm simultaneamente estes dois inconvenientes e que por tal motivo são inadequados para serem utilizados como intermediários para a preparação de um composto aceitável sob o ponto de vista farmacêutico.
[0010] Há outros processos de purificação, conhecidos no estado da técnica, que são executados sem nenhuns compostos aminados. Por exemplo, o documento WO 95/34194 A2, descreve um processo para a produção de um sal de ácido clavulânico com um metal alcalino em que o ácido clavulânico impuro em solução aquosa é extraído por meio de uma mistura solvente de uma cetona e de um acetato de alquilo em condições acídicas. A solução é depois tratada de uma forma convencional e acrescenta-se-lhe uma solução de um sal de um ácido alcanóico com um metal alcalino, dissolvida numa cetona ou num alcanol, para se obter o sal purificado de ácido clavulânico com um metal alcalino. Assim, no processo de acordo com este estado da técnica é omitido o passo de formação de sais aminados. Este processo tem a vantagem de fazer com que seja desnecessária a utilização de aminas geralmente tóxicas. De acordo com uma variante preferida, como sal de um ácido alcanóico com um metal alcalino utiliza-se um sal de sódio ou de potássio, em especial o 2-etil-liexanoato de potássio.
[0011] Há um processo idêntico que vem descrito no documento WO 96/28452 Al. Este processo compreende os passos de remoção de sólidos a partir de um caldo de fermentação que contém ácido clavulânico, sendo a remoção efectuada por microfiltração e subsequente acidificação do filtrado para um valor de pH compreendido entre 1 e 3, seguindo-se a extracção do filtrado acidificado, mediante a utilização de um solvente imiscível com a água e a posterior separação do extracto que contém o ácido clavulânico. Este extracto é misturado com um dador metálico e pelo menos mais um solvente. O sal clavulanato de um metal assim obtido é depois separado da solução.
[0012] Como sais orgânicos de compostos dadores de metais é possível utilizar os se-leccionados entre carbonatos, bicarbonatos ou hidróxidos de potássio, sódio, lítio ou magnésio. É preferível utilizar um sal de um ácido carboxílico. Outros sais preferidos, dadores de metais, são seleccionados entre 2-etil-hexanoato de potássio, acetato de potássio, 2-etil-hexanoato de lítio e acetato de lítio.
[0013] O documento EP-0 182 522 BI também descreve um processo para a preparação de ácido clavulânico e dos seus sais e ésteres. Neste processo submete-se o caldo de fermentação aos tratamentos adiante indicados. Os sólidos são removidos por filtração ou centrifugação. Acidifca-se o caldo de fermentação para um valor de pH compreendido entre 1 e 3 e extrai-se o ácido clavulânico mediante a adição de um solvente imiscível com a água, sendo as duas fases separadas, por exemplo, por centrifugação. Isto permite obter o ácido clavulânico na fase imiscível com a água. Purifica-se a solução misturando-a com a solução onde está dissol- 5 vido o 2-etil-hexanoato de lítio, isolando o clavulanato de lítio e convertendo facultativamente o sal de lítio noutros sais ou num éster. A conversão do sal de lítio noutros sais é realizada por procedimentos de permuta tónica, utilizando para tal resinas de permuta tónica na forma do catião desejado, de preferência sódio ou potássio.
[0014] O documento US 5 498 788 descreve um novo processo para a preparação de ácido clavulânico, ou de um seu sal potássico, a partir de um concentrado de uma solução aquosa límpida de ácido clavulânico impuro na forma de um sal de sódio.
[0015] Os processos do estado da técnica, referidos antes, têm o inconveniente de os sais de metais alcalinos preparados por precipitação directa não serem suficientemente puros para fins farmacêuticos. Assim sendo, são necessários outros passos de purificação, por exemplo, por recristalização, purificação através de uma coluna, etc..
[0016] Posto isto, a presente invenção tem por objecto a preparação de ácido clavulânico e dos seus sais de metais alcalinos farmaceuticamente aceitáveis, por exemplo, o clavulanato de sódio, de uma forma nova e simples, em que a substância pretendida é obtida com um rendimento muito elevado, sem serem necessários mais nenhuns passos de purificação, e em que a elevada pureza evita a utilização de compostos litiados ou aminados tóxicos.
[0017] Este problema técnico é resolvido por um processo que se caracteriza pelos passos seguintes: - antes da filtração do caldo de fermentação dilui-se com água o caldo de fermentação que contém o ácido clavulânico, em que a sua concentração antes da diluição com água está compreendida entre 10% e 70% (v/v), juntando-se um agente floculante e ajustando o pH para um valor entre 3 e 5: 6 - para uma purificação complementar, converte-se o sal A de ácido clavulânico com um metal alcalino em ácido clavulânico por adição de um ácido inorgânico e depois extrai-se com um solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água; - junta-se à solução de ácido clavulânico uma outra solução de um sal B alquil-alcanoato de um metal alcalino diferente e faz-se precipitar esse sal B de ácido clavulânico e de um metal alcalino.
[0018] Os sais adequados de acordo coma presente invenção são os sais farmaceuti-camente aceitáveis derivados de metais alcalinos e de metais alcalino-terrosos, tais como os sais de sódio, potássio, cálcio e magnésio.
[0019] De todos estes compostos, o clavulanato de potássio é o mais estável e é aquele que é normalmente utilizado para as preparações farmacêuticas. O próprio ácido clavulânico é um óleo higroscópico instável que não é utilizado para a preparação de composições farmacêuticas.
[0020] De acordo com uma variante preferencial, o caldo fermentado que contém o ácido clavulânico é previamente diluído com água antes da filtração, estando a sua concentração antes da diluição com água compreendida entre 40% e 60% (v/v).
[0021] De acordo com uma variante preferencial, o alquil-alcanoato é um alquil-hexa-noato, em especial um 2-etil-hexanoato. O metal alcalino A é o sódio e o metal alcalino B é o potássio.
[0022] De acordo com outra variante preferencial, purifica-se o caldo filtrado que contém o ácido clavulânico a seguir ao passo de filtração, por adsorção sobre uma resina de permuta aniónica contida numa coluna, e efectua-se a eluição com uma solução aquosa de um sal de um metal alcalino. Como resina de permuta aniónica utiliza-se, por exemplo, o produto ‘DIAION® SA-11A’. A seguir ao passo de eluição realiza-se a extracção do ácido clavulânico * 7 com um solvente imiscível com a água ou com um solvente parcialmente imiscível com a água e faz-se precipitar o clavulanato de sódio por adição de uma solução de 2-etil-hexanoato de sódio num solvente adequado após a desidratação com sulfatos anidros de sódio ou magnésio e subsequente purificação com carvão activado.
[0023] Como passo alternativo do processo também é possível efectuar a extracção directa do ácido clavulânico contido no caldo filtrado, utilizando para tal um solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água e trabalhando com um valor adequado de pH compreendido entre 1,2 e 2,0, sem utilizar uma coluna. De preferência, utiliza-se neste passo entre 3 a 4 volumes de solvente, relativamente ao caldo filtrado. Extrai-se o ácido clavulânico a partir do solvente anterior para uma solução aquosa, utilizando uma base orgânica, de preferência trietilamina ou dietilamina. Nesta operação obtém-se uma concentração de cerca de 10 a 15 vezes. O solvente consumido pode ser reutilizado no processo sem nenhum passo de purificação. Extrai-se novamente o ácido clavulânico com um solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água. A partir desse solvente faz-se precipitar o clavulanato de sódio por adição de uma solução de 2-etil-hexanoato de sódio num solvente adequado, após a desidratação.
[0024] O ácido clavulânico é um óleo higroscópico e não é muito estável em solução aquosa. Por tal motivo desidrata-se esta solução de ácido clavulânico num solvente imiscível com a água ou num solvente parcialmente imiscível com a água, sendo a desidratação efectuada preferencialmente por adição de sulfato de sódio ou de magnésio anidro e depois purifíca-se ainda mais por adição de carvão activado. A utilização do carvão activado permite retirar da solução as impurezas corantes.
[0025] De acordo com uma variante preferencial utiliza-se como solvente uma substância seleccionada entre acetato de etilo, acetato de butilo, metil-isobutil-cetona ou suas misturas. Além do mais, antes do passo de filtração é possível utilizar um agente floculante. Como agentes floculantes são preferíveis os sais de amónio quaternário.
[0026] Constitui outro objecto da presente invenção a utilização de cristais de clavulanato de sódio enquanto composto intermediário para a preparação de clavulanato de potássio aceitável sob o ponto de vista farmacêutico.
[0027] A filtração do caldo fermentado que contém o ácido clavulânico é normalmente difícil e foi já sugerida a utilização de agentes floculantes para melhorar as possibilidades de filtração do caldo completo, por exemplo, conforme descrito no documento EP-A 0 387 178. A presente invenção descreve um método novo, simples e barato, para melhorar não só as possibilidades de filtração do caldo completo mas também como forma de aumentar o rendimento da filtração e de facilitar os processos subsequentes a jusante.
[0028] De forma surpreendente descobriu-se que era possível melhorar a recuperação de ácido clavulânico a partir de um caldo aquoso fennentado mediante uma diluição prévia com água. Esta diluição prévia do caldo fermentado, quando combinada com a utilização de agentes floculantes e um ajustamento dos valores do pH, é ainda mais eficiente, tanto ao nível das possibilidades de filtração como do rendimento da filtração e das operações subsequentes a jusante. A diluição prévia do caldo com água faz diminuir a sua viscosidade, fazendo com que a filtração seja mais fácil. O rendimento da filtração também melhora, uma vez que fica na massa filtrada um filtrado mais pobre. A utilização de um agente floculante e a acidificação suave para valores de pH entre 3 e 5 origina a precipitação de proteínas que irão ficar retidas na massa filtrada, melhorando o regime de filtração. Obtém-se deste modo um filtrado mais puro que vai permitir que as operações subsequentes de recuperação do ácido clavulânico sejam mais fáceis. De acordo com a presente invenção, é possível produzir clavulanato de potássio de alta qualidade com bons rendimentos a partir do caldo fermentado de microrganismos produtores de ácido clavulânico, em conformidade com passos que estão descritos na parte caracterizadora da reivindicação 1.
[0029] A seguir à filtração do caldo fermentado é possível extrair directamente a solução com um solvente orgânico e trabalhando com valores adequados do pH, compreendidos entre cerca de 1,2 e 2,0, e utilizando de preferência 3 a 4 volumes de solvente, relativamente ao caldo filtrado. Também é possível fazer adsorver a solução, antes desse passo, sobre uma resina de permuta aniónica e efectuar o eluição do ácido clavulânico com uma solução aquosa de um sal de um metal alcalino. O passo de extracção origina uma fase orgânica que contém o ácido clavulânico proveniente do processo de fermentação. Desidrata-se a fase orgânica com sulfato de sódio ou de magnésio anidro e purifica-se com carvão activado. Depois junta--se uma solução orgânica de 2-etil-hexanoato de sódio e após o período de cristalização é possível recolher cristais de clavulanato de sódio por filtração.
[0030] A conversão do clavulanato de sódio em clavulanato de potássio efectua-se por extracção do ácido clavulânico com um solvente adequado e por cristalização do clavulanato de potássio, após a eluição do ácido com um solvente adequado e subsequente adição de uma solução de 2-etil-hexanoato de potássio ou de acetato de potássio num solvente adequado. Para a realização deste passo do processo coloca-se o clavulanato de sódio em suspensão numa mistura de metil-isobutil-cetona ou de acetato de etilo ou de acetato de butilo com água. Junta-se a esta solução um ácido inorgânico. Graças a esta adição, o sal do ácido clavulânico é convertido em ácido clavulânico. O ácido é extraído para a fase orgânica, com agitação. 10 [0031] Depois dilui-se a mistura com isopropanol e junta-se uma solução de 2-etil--hexanoato de potássio em isopropanol até se obter um valor de pH compreendido entre 6 e 7. A seguir a um período de cristalização de 2 horas a uma baixa temperatura é possível recolher os cristais de clavulanato de potássio por filtração.
[0032] Se necessário, é possível recristalizar o clavulanato de potássio.
[0033] De acordo com uma variante preferida é possível extrair o ácido clavulânico a partir do solvente imiscível com a água ou do solvente parcialmente imiscível com a água para uma solução aquosa, utilizando uma fase orgânica, de preferência a trietilamina ou a di-etilamina. Esta operação permite obter uma concentração de cerca de 10 a 15 vezes. O solvente consumido pode ser reutilizado no processo sem nenhum passo de purificação.
[0034] Uma outra via alternativa consiste na reextracção do ácido clavulânico com um solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água.
[0035] Graças ao processo da presente invenção é possível preparar sais potássicos do ácido clavulânico com uma elevada pureza e bons rendimentos. O processo é simples e permite trabalhar sem recurso a nenhumas aminas tóxicas. Além disso, a pureza do sal potássico do ácido clavulânico, preparado segundo a presente invenção, é superior à pureza deste composto feito segundo processos do estado da técnica conhecida, em que se pratica directamente a precipitação da reacção com 2-etil-hexanoato de potássio.
[0036] Os exemplos a seguir descritos têm por finalidade ilustrar a presente invenção, sem contudo a limitarem. 11
A. EXPERIÊNCIAS DE FILTRAÇÃO DE CALDO FERMENTADO DE ÁCIDO CLAVU-LÂNICO
Exemplo 1. Efeito sobre a velocidade e o rendimento da filtração diluindo previ amente com água o caldo fermentado.
[0037] A diversos volumes de 200 mL de caldo fermentado de ácido clavulânico acrescentou-se um auxiliar de filtração (Dicalite 478) na concentração de 4% (p/v) e depois diluiu-se com água cada um desses volumes e filtrou-se sob vácuo num filtro de tipo ‘Buckner’.
[0038] Os valores obtidos para as velocidades e rendimentos da filtração estão agrupados no Quadro 1.
Quadro 1
Percentagem da diluição prévia com água (v/v) Velocidade de filtração (L.m^.h'1) Rendimento da filtração (%) 0 16 85,3 10 18 87,5 20 20 90,1 30 25 91,6 40 30 92,5 50 35 92,6 60 30 92,8 70 28 93,5
Exemplo 2. Efeito combinado da diluição prévia do caldo fermentado e da utilização dos agentes floculantes sobre a velocidade e o rendimento da filtração [0039] A diversos volumes de 200 mL de caldo fermentado de ácido clavulânico acrescentou-se um auxiliar de filtração (Dicalite 478) na concentração de 4% (p/v) e o agente 12 Λ floculante ‘Rolquat CDM-BC’ na concentração de 0,4% (v/v). Diluiu-se cada volume de 200 mL com água e filtrou-se conforme descrito no Exemplo 1.
[00401 Os valores obtidos para as velocidades de filtração estão indicados no quadro 2. Os rendimentos da filtração foram semelhantes aos obtidos no exemplo 1.
Quadro 2
Percentagem da diluição prévia com água (v/v) Velocidade de filtração CLinV) 0 25 10 30 20 35 30 42 40 46 50 50 60 45 70 40
Exemplo 3. Efeito combinado sobre a velocidade e o rendimento da filtração do caldo fermentado previamente diluído, resultante da utilização de um agente floculante e do ajustamento do valor do pH para 4,5.
[0041] A diversos volumes de 200 mL de caldo fermentado de ácido clavulânico juntou--se um auxiliar de filtração (Dicalite 478) na concentração de 4% (p/v) e o agente floculante utilizado no exemplo 2 na concentração de 0,4% (v/v). A seguir ajustou-se para 4,5 o valor do pH de cada um desses volumes de 200 mL de caldo fermentado, mediante a adição de ácido sulfurico a 15% (p/v). Diluiu-se com água cada um desses volumes e filtrou-se conforme descrito no Exemplo 1. Os valores obtidos para as velocidades de filtração estão indicados no quadro 3. Os rendimentos de filtração obtidos foram idênticos aos do exemplo 1.
Quadro 3
Percentagem da diluição prévia com água (v/v) Velocidade de filtração (L.m'2.hl) 0 50 10 55 20 60 30 62 40 70 50 75 60 70 70 65
B. PREPARAÇÃO DO SAL INTERMEDIÁRIO DE ÁCIDO CLAVULÂNICO
[0042] Os exemplos a seguir descritos ilustram a preparação do sal intermediário do ácido clavulânico (clavulanato de sódio).
Exemplo 4 [0043] A 750 L de caldo fermentado de Streptomyces clavuligerus, com uma concentração de ácido clavulânico da ordem de 3800 pg/mL, acrescentou-se 4% (p/v) de auxiliar de filtração, diluiu-se previamente com 40% de água desionizada e filtrou-se num filtro de prensa após a adição de 0,4% (v/v) de uma gente floculante (Rolquat CDM BC) e após o ajustamento do valor do pH para 4,5 com ácido sulfurico a 15% (p/v). Após a filtração lavou-se a massa obtida com 10% (v/v) de água, o que permitiu obter um volume total de caldo filtrado de cerca de 1100 L com uma concentração de 2500 pg/mL (rendimento da filtração de cerca de 92%).
[0044] Fez-se adsorver o filtrado, que continha o ácido clavulânico, sobre uma resina aniónica (Diaion SA-11A) contida em colunas e realizou-se a eluição do ácido clavulânico adsorvido, utilizando uma solução de cloreto de sódio 1,0 Μ. O rendimento combinado das operações de adsorção e de eluição foi aproximadamente de 85% do valor teórico e a concentração média do produto misto eluído assim enriquecido foi de cerca de 10000 pg/mL. Este produto eluído foi depois extraído com 4 volumes de acetato de etilo com um valor de pH aproximado de 1,4, utilizando ácido sulfurico a 25% (p/v), para proporcionar um extracto em acetato de etilo com uma concentração de cerca de 2000 pg/mL. Também é possível utilizar acetato de butilo ou metil-isobutil-cetona. Tratou-se o extracto em acetato de etilo com sulfato de sódio anidro e carvão activado e filtrou-se, utilizando um filtro de tipo ‘Buckner’. O filtrado assim obtido foi novamente tratado com sulfato de sódio anidro e mais uma vez filtrado.
[0045] A partir do extracto em acetato de etilo desidratado e purificado obteve-se o clavulanato de sódio intermediário conforme a seguir se descreve.
[0046] Preparou-se uma solução 0,3 M de 2-etil-hexanoato de sódio. Tratou-se esta solução com sulfato de sódio anidro e carvão activado e depois filtrou-se. Seguidamente juntou-se esta solução límpida ao extracto em acetato de etilo, durante 1 hora, até sem obter um valor de pH compreendido no intervalo entre 6,0 e 6,2. A seguir a esta adição e após um período de cristalização de aproximadamente 1 hora a uma baixa temperatura (5°C) efectuou-se a recolha dos cristais de clavulanato de sódio por filtração (também é possível recorrer à centrifugação), realizou-se a lavagem duas vezes com acetona e a seguir secou-se com uma corrente de azoto gasoso em condições hipobáricas. A análise do clavulanato de sódio permitiu concluir que havia uma concentração de 70% em ácido clavulânico, significando isto que houve um rendimento global, a partir do caldo completo, de cerca de 58% do valor teórico.
Exemplo 5 [0047] Preparou-se o sal intermediário conforme descrito no exemplo 1, com as diferenças a seguir enumeradas.
[0048] O solvente utilizado para extrair o ácido clavulânico do produto eluído misto, assim enriquecido, foi o acetato de butilo, tendo a desidratação subsequente sido realizada com sulfato de sódio anidro e tendo a purificação sido efectuada com carvão activado. Após a remoção dos sólidos, o acetato de butilo purificado foi então tratado com uma solução 0,3M de 2-hexil-hexanoato de sódio em acetato de etilo. A cristalização do clavulanato de sódio teve lugar durante 1,5 horas a 5°C. A análise do clavulanato de sódio permitiu concluir que havia uma concentração de cerca de 70% em ácido clavulânico e que o rendimento a partir do caldo completo foi de cerca de 45% do valor teórico.
Exemplo 6 [0049] Obteve-se o sal intermediário conforme descrito no exemplo 1, com as diferenças a seguir enumeradas.
[0050] O solvente utilizado para extrair o ácido clavulânico a partir do produto eluído, assim enriquecido, foi a metil-isobutil-cetona, tendo sido efectuada a desidratação, a seguir à extracção, com sulfato de sódio anidro e tendo a purificação sido realizada com carvão activado. A seguir à remoção dos sólidos, a metil-isobutil-cetona purificada que continha o ácido clavulânico foi então tratada com uma solução 0,3M de 2-etil-hexanoato de sódio em metil-isobutil-cetona. A cristalização do clavulanato de sódio teve lugar durante 1,5 horas a 5°C. A análise do clavulanato de sódio permitiu concluir que havia uma concentração de cerca de 70% em ácido clavulânico e que o rendimento final a partir do caldo completo foi de cerca de 50% do valor teórico.
Exemplo 7 [0051] Obteve-se o sal intermediário conforme descrito no exemplo 1, com as diferenças adiante enumeradas.
[0052] Extraiu-se o caldo filtrado directamente com acetato de etilo. A seguir extraiu-se o ácido clavulânico para uma solução aquosa, utilizando trietilamina. O ácido clavulânico em solução aquosa foi reextraído com o mesmo solvente e a cristalização do clavulanato de sódio foi realizada a partir de uma solução 0,3M de 2-etil-hexanoato de sódio em acetato de etilo.
[0053] A análise do clavulanato de sódio permitiu concluir que havia uma concentração de 72% em ácido clavulânico e que o rendimento global obtido a partir do caldo completo foi aproximadamente 50% do valor teórico. C. PREPARAÇÃO DO CLAVULANATO DE POTÁSSIO PURO Exemplo 8 [0054] Colocou-se em suspensão 1,5 kg (em termos de ácido clavulânico) de clavulanato de sódio intermediário, preparado em conformidade com o procedimento descrito na parte B dos exemplos 4 a 7, numa mistura de metil-isobutil-cetona e de água desionizada (97/3, v/v) a uma temperatura de 5°C. Acrescentou-se ácido clorídrico puro diluído até se obter um valor de pH igual a 1,3 e extraiu-se o ácido clavulânico para a fase orgânica, com agitação. Após a separação de fases por gravidade, desidratou-se a metil-isobutil-cetona assim enriquecida. utilizando para a desidratação sulfato de sódio anidro na concentração de 80 g/L, a uma baixa temperatura. Removeu-se o sulfato de sódio por filtração e depois tratou-se o filtrado assim obtido novamente com mais sulfato de sódio anidro na concentração de 20 g/L e descolorou-se com carvão activado. A seguir à filtração, utilizando diatomite como auxiliar de filtração, diluiu-se com isopropanol o solvente assim enriquecido.
[0055] À mistura assim obtida acrescentou-se uma solução 0,3M de 1-etil-hexanoato de potássio em isopropanol, durante 1,5 horas, para se obter um valor de pH de cerca de 6,5. Após a adição da solução de 2-etil-hexanoato de potássio e a seguir a um período de cristalização de 2 horas a uma baixa temperatura procedeu-se à colheita dos cristais de clavulanato de potássio por filtração num filtro fechado, lavou-se com acetona, pressurizou-se com uma corrente de azoto e secou-se sob vácuo à temperatura ambiente, até se obter uma concentração de humidade inferior a 0,5%. A análise do produto obtido permitiu concluir que havia uma concentração de 82% em ácido clavulânico. O rendimento de conversão a partir do clavulanato de sódio foi de 80% do valor teórico.
Exemplo 9 [0056] Colocou-se em suspensão 1,51¾ (em termos de ácido clavulânico) de clavulanato de sódio intermediário, numa mistura de butanol/água (90/10, v/v) e acrescentou-se ácido clorídrico puro diluído até ao valor de pH igual a 1,3, mantendo a temperatura abaixo de 5°C. Converteu-se o sal sódico do ácido clavulânico em ácido clavulânico e depois extraiu-se com o solvente. Separou-se a fase aquosa por gravidade. Após a separação de fases removeu-se a água existente no solvente por destilação azeotrópica sob pressão reduzida e depois tratou-se o solvente concentrado, assim enriquecido, com carvão activado e filtrou-se. Ao solvente
filtrado, purificado e enriquecido acrescentou-se uma solução 0,3M de 2-etil-hexanoato de potássio em butanol, durante 1,5 horas, à temperatura ambiente.
[0057] Após a adição da solução de 2-etil-hexanoato de potássio arrefeceu-se a mistura de reacção para 5°C e a seguir a um período de cristalização de 1,5 horas procedeu-se à colheita dos cristais de clavulanato de potássio por filtração num filtro fechado, lavou-se com acetona, pressurizou-se com uma corrente de azoto e secou-se sob vácuo à temperatura ambiente, até se obter um teor em humidade inferior a 0,5%.
[0058] A análise do produto obtido permitiu concluir que havia uma concentração de 81% (em termos de ácido clavulânico). O rendimento de conversão a partir do clavulanato de sódio foi de 75% do valor teórico.
Exemplo 10 [0059] Colocou-se em suspensão 1,5 kg (em termos de ácido clavulânico) de clavulanato de sódio intermediário, preparado em conformidade com os procedimentos da parte B dos exemplos 4 a 7, numa mistura de acetato de butilo/água (97/3, v/v) e acrescentou-se ácido clorídrico puro diluído até se obter um valor de pH igual a 1,3. Manteve-se a temperatura abaixo de 5°C. Converteu-se o sal sódico do ácido clavulânico em ácido clavulânico e extraiu-se com o solvente. Após a extracção e a separação de fases tratou-se a fase de acetato de butilo, assim enriquecida, com sulfato de sódio anidro e com carvão activado e depois filtrou-se. Diluiu-se com isopropanol o solvente filtrado e enriquecido, assim obtido. Ao solvente misto, assim obtido, acrescentou-se uma solução 0,.3M de 2-etil-hexanoato de potássio em isopropanol, durante 1,5 horas, até se obter um valor de pH aproximadamente igual a 6,5. Após um período de cristalização de 2 horas a 5°C procedeu-se à colheita dos cristais de clavulanato de potássio por filtração num filtro fechado, lavou-se com acetona, pressurizou-se com uma corrente de azoto e secou-se sob vácuo à temperatura ambiente, até se obter um teor em humidade inferior a 0,5%. O rendimento de conversão a partir do clavulanato de sódio foi de 78% do valor teórico.
Exemplo 11. Recristalização do clavulanato de potássio [0060] Sempre que necessário é possível purificar o clavulanato de potássio conforme descrito no exemplo seguinte. Preparou-se uma mistura de metil-isobutil-cetona e água (98/2, v/v). Colocou-se o clavulanato de potássio em suspensão na mistura previamente preparada e acrescentou-se ácido clorídrico puro diluído, até se obter um valor de pH igual a 1,3. Manteve-se a temperatura abaixo de 5°C. Converteu-se o clavulanato de potássio em ácido clavulânico e extraiu-se com o solvente. Após a extracção e a separação das fases tratou-se a metil-isobutil-cetona, assim enriquecida, com sulfato de sódio anidro e carvão activado e depois filtrou-se. Juntou-se isopropanol à metil-isobutil-cetona e acrescentou-se uma solução 0,3 M de 2-etil--hexanoato de potássio em isopropranol durante 1 hora, à temperatura ambiente. Após um período de cristalização de 3 horas a 5°C procedeu-se à recolha dos cristais de clavulanato de potássio por filtração num filtro fechado, lavou-se com acetona anidra, pressurizou-se com uma corrente de azoto e secou-se sob vácuo à temperatura ambiente, até se obter um teor em humidade inferior a 0,5%. O rendimento da recristalização foi de cerca de 80% do valor teórico.

Claims (14)

1 Reivindicações 1. Processo para isolar um sal farmaceuticamente aceitável de um metal alcalino e de ácido clavulânico a partir de um caldo de fermentação que contém ácido clavulânico impuro, o qual compreende os passos de filtração do caldo fermentado, extracção do ácido clavulânico com um solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água a um valor de pH compreendido entre 1,2 e 2, precipitação de um sal A de um metal alcalino e de ácido clavulânico por adição de uma solução de um alquil-alcanoato de um metal alcalino, caracterizado pelos passos seguintes: - antes da filtração o caldo de fermentação que contém o ácido clavulânico é previamente diluído com água, estando a percentagem da diluição prévia com água compreendida entre 10% e 70% (v/v); - para uma maior purificação, converte-se o sal A de um metal alcalino com ácido clavulânico em ácido clavulânico por adição de um ácido inorgânico e extrai-se com um solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água; - acrescenta-se uma solução de um alquil-alcanoato de um metal alcalino B diferente e faz-se precipitar o sal B de um metal alcalino e ácido clavulânico.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, em que o caldo fermentado que contém o ácido clavulânico é previamente diluído com água, estando a percentagem da diluição prévia com água compreendida entre 40% e 60% (v/).
3. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 ou 2, em que o alquil--alcanoato é um alquil-hexanoato, em especial um 2-etil-hexanoato. -4 k
4. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, em que o metal alcalino A é o sódio e o metal alcalino B é o potássio.
5. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 4, em que a seguir ao passo de filtração do caldo filtrado que contém o ácido clavulânico se realiza a adsorção sobre uma resina de permuta aniónica contida numa coluna e se efectua a eluição com uma solução aquosa de um sal de um metal alcalino.
6. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 5, em que a solução de ácido clavulânico num solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água é desidratada por adição de sulfatos de sódio ou magnésio anidros e é ainda mais purificada por adição de carvão activado.
7. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 6, em que se utiliza entre 3 e 4 volumes de um solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água, relativamente à solução do caldo filtrado que contém o ácido clavulânico.
8. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 7, em que o solvente é se-leccionado entre acetato de etilo, acetato de butilo, metil-isobutil-cetona e suas misturas.
9. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 8, em que agente flocu-lante utilizado é um sal de amónio quaternário. 3 t»
10. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 9, em que a seguir ao passo de filtração o ácido clavulânico é extraído, sem ser utilizada nenhuma coluna, com um solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água, a um valor de pH compreendido entre 1,2 e 2,0.
11. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 10, em que se utiliza entre 3 e 4 volumes de solvente relativamente ao caldo filtrado.
12. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 11, em que o ácido clavulânico é extraído do solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água para uma solução aquosa, utilizando para tal uma base orgânica, e é reextraído novamente para o solvente imiscível com a água ou parcialmente imiscível com a água.
13. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 12, em que a diluição prévia é combinada com a utilização de um agente floculante.
14. Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 12, em que a diluição prévia é combinada com o ajustamento do pH para um valor entre 3 e 5 e com a utilização de um agente floculante. lf>. Utilização dos cristais de clavulanato de sódio como composto intermediário para a preparação do clavulanato de potássio aceitável sob o ponto de vista farmacêutico.
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