PT82168B - Manga de material plastico para proteger a junta de cabos electricos e telefonicos e processo para realizar a estanqueidade dessa manga - Google Patents

Description

A presente invenção refere-se a uma manga de material plástico para proteger a junta de cabos eléctricos ou telefónicos.

A invenção refere-se igualmente ao processo para realizar a estanqueidade de uma tal manga.

A patente francesa 2,469.782 e os cer tificados de adição anexos a esta patente: 2.479.545, 2.492.151, 82.11467 e 83.02641, registados pela Requerente, descrevem todos uma manga para proteger a junta de cabos em especial telefó nicos, que compreende duas meias-conchas associadas, uma encostada à outra pelos seus bordos adjacentes. Estes bordos adjacen tes definem entre si, na posição de montagem, uma garganta peri férica na qual se introduz, por exemplo por injecção, um materi al pastoso de estanqueidade.

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Nas extremidades opostas da manga, o cabo é apertado entre uma série de maxilas encastradas de manei ra amovível no interior da manga.

Na patente francesa e nos certificados de adição atrás mencionados, a Requerente descreveu diferen tes meios para obter uma estanqueidade excelente entre os bordos adjacentes das duas meias-conchas da manga e igualmente entre o cabo e as maxilas de aperto encastradas nas extremidades da manga.

As soluções descritas nesta patente e nestes certificados de adição são todas satisfatórias. Todavia, recorrem a materiais complicados na sua utilização, tais como cartuchos para injectar a matéria de estanqueidade na garganta periférica definida entre os bordos adjacentes das meias-conchas previamente associadas.

objecto da presente invenção consis te pois em proporcionar uma manga para proteger cabos que permi te obter uma estanqueidade excelente entre os bordos adjacentes das meias-conchas desta manga, com o auxílio de meios simultaneamente pouco dispendiosos e simples de aplicar.

A manga de protecção segundo a presen te invenção compreende duas meias-conchas associadas uma contra a outra segundo os seus bordos adjacentes, compreendendo uma das meias-conchas uma nervura longitudinal encaixada numa ranhu ra aberta no bordo adjacente da outra meia-concha e meios de es tanqueidade previstos nos referidos bordos.

Segundo a presente invenção, esta man ga é caracterizada por a ranhura ser ladeada do lado interior por uma parede suficientemente fina para ser flexível, por a nervura encaixada na referida ranhura apresentar uma altura ligeiramente menor que a profundidade da ranhura, por a face da nervura que é adjacente à face interior da referida parede flexível que é adjacente à face interior da referida parede flexível formar com esta face um ângulo de alguns graus, cujo vértice está situado na extremidade da referida parede_t sendo o espa ço definido por este ângulo preenchido por uma fita de mastique • que é deformada e comprimida entre as referidas faces da nervu- ra e da parede.

De acordo com o processo segundo a presente invenção, para realizar a estanqueidade entre as duas meias-conchas da manga de protecção atrás mencionada, aplica-se uma fita de mastigue contra a face interior da parede flexível que ladeia a rahhura de uma das duas meias-conchas, encaixa-se a nervura da outra meia-concha na ranhura, apertam-se uma contra a outra as duas meias-conchas, depois do que se põe o interior da manga sob pressão.

G-raças ao ângulo de alguns graus exis tente entre as faces adjacentes da nervura e da parede flexível, quando esta nervura for encaixada na ranhura, a fita de mastique encontra-se comprimida entre estas duas faces e é progressi vamente deformada por fluência. A compressão do mastique entre estas duas faces tende a fazer flectir a parede flexível para o interior da manga.

A pressão que é aplicada ao interior da manga, depois da associação das duas meias-mangas uma na outra, por exemplo por meio de parafusos de aperto, tende a repelir a parede flexível para o lado da nervura, o que tem por efeito comprimir o mastique, reforçando assim a estanqueidade. G-raças ao ângulo formado entre as faces adjacentes da parede flexível e da nervura, sob o efeito da compressão, o mastique tende a fluir mais no sentido do espaço compreendido entre o vértice da nervura e o fundo da ranhura, o que é favorável no que respeita à estanqueidade, e não a fluir para o vértice da parede flexível e para o interior da manga.

Outras particularidades e vantagens da presente invenção serão mais evidentes na descrição seguinte

As figuras dos desenhos anexos, dados a título de exemplos não limitativos, representam:

A fig. 1, uma vista em corte longitudinal de uma manga segundo a presente invenção montada em torno da junta de um cabo telefónico;

. A fig. 2, uma vista em corte, numa es cala maior, feito pelo plano (II-II) da fig. 1;

A fig. 3» uma vista em corte, numa es . cala maior, feito pelo plano (III-III) da fig. 2, tendo sido re - tirada a meia-concha superior;

A fig. 4, uma vista, numa escala maior, do pormenor (IV) da fig. 2; e

A fig 5, uma vista análoga à da fig. 4, estando as meias-conchas parcialmente encaixadas uma na outra e ilustrando a aplicação do processo segundo a presente invenção. Na forma de realização das fig. 1 e 2, a manga (1) de material plástico montada em torno da junta (3) do cabo eléctrico (2), compreende duas meias-conchas (la,lb) (ver a fig. 2), associadas uma contra a outra, por meio de para fusos de aperto (4), segundo os seus bordos adjacentes (2a,2b).

cabo (2) está fixado axialmente nas extremidades (5,6) da manga por uma série de maxilas (7,8,9,10) encastradas no interior da manga (1) e apertadas sobre uma fita adesiva (11), à base de elastomero, que envolve o cabo (2).

Ve-se com mais pormenor na fig. 4 que o bordo (2a) da meia-concha (la) compreende uma nervura longitu dinal (12) encaixada numa ranhura (13) aberta no bordo adjacente (2b) da outra meia-concha (1b) (ver também a fig. 3).

A ranhura (13) é ladeada, do lado inte rior por uma parede (14) suficientemente fina para ser flexível

Gomo se indica na fig. 4, a nervura (12) encaixada na ranhura (13) apresenta uma altura (H) ligeira mente menor que a profundidade (P) da ranhura. Além disso, a fa ce (12a) da nervura (12) que é adjacente à face interior (14a) da parede (14) forma com esta face um ângulo (a) de alguns graus (2 a 5 graus, por exemplo) cujo vértice (15) está situado na ex tremidade (14b) da parede (14). 0 espaço definido por este angu lo (a) é preenchido por uma fita de mastique (16) que é deforma da e comprimida entre a face (12a) da nervura (12) e a face (14a) da parede (14).

espaço (E) compreendido entre o vér tice (12b) da nervura (12) e o fundo da ranhura (13) é preenchi do pelo material proveniente da fluência da fita de mastique (16) que é comprimida entre as faces (12a) e (14a).

Gomo se vê também na fig. 4, a parede (14), a ranhura (13) e a nervura (12) apresentam uma secção tra pezoidal, coincidindo a base maior (B) da secção trapezoidal da ranhura (13) com a da nervura (12) encaixada nesta.

- 4 Além disso, as faces (17) e (18) da nervura (12) e da ranhura (13) opostas, à parede flexível (14) estão aplicadas uma contra a outra e são sensivelmente perpendi culares ao plano de montagem (K) das duas meias-conchas (la,lb).

Segundo a presente invenção, para rea lizar a estanqueidade entre as duas meias-conchas (la,lb) da manga (1) que se acaba de descrever, procede-sevda seguinte maneira (ver a fig. 5).

Aplica-se uma fita de mastique (16) contra a face interior (14a) da parede flexível (14) que ladeia a ranhura (13) da meia-concha (lb), encaixa-se a nervura (12) da outra meia-concha (la) na ranhura (13), apertam-se uma contra a outra as meias-conchas (la) e (1b), por meio dos parafusos (4), e depois põe-se sob pressão o interior da manga (1). A pressão interior desta manga pode ser da ordem de alguns bars.

A espessura da fita de mastique (16) é pelo menos igual à distância d compreendida entre o vértice (12b) da nervura (12) e a face interior (14a) da parede flexível (14), quando esta nervura está completamente encaixada na ranhura.

De preferência, o volume da fita de mastique (16) é pelo menos igual ao volume do espaço compreendi do entre as faces adjacentes (12a,14a) da nervura (12) e da parede flexível (14) e entre o .vértice (12b) da nervura (12) e o fundo da ranhura (13).

Quando se associam as duas meias-conchas (la,lb) da manga segundo a presente invenção, a nervura (12) da meia-concha (la) encaixa-se na ranhura (13) da meia-con cha (1b), como se indica na fig. 5· Quando se faz este encaixe, a fita de mastique (16) cujo volume é inicialmente maior que o do espaço disponível entre o ângulo formado pelas duas faces (12a) e (14a) uma em frente da outra, é deformada e comprimida progressivamente, fluindo para baixo, de modo que o excesso de mastique preenche o espaço (E). Esta compressão do mastique (16) tem como efeito empurrar a nervura (12a) contra a face (18) da ranhura (13) e empurrar a parede flexível (14) ligeiramente para fora (ver a seta (E) na fig. 5)·

Depois do aperto por meio dos parafu-

sos (4)} o mastique (16) está aprisionado e comprimido no espaço compreendido entre as duas faces (12a) e (14a) e entre o ver tice (12b) da nervura e o fundo da ranhura (13).

Depois da aplicação da pressão no interior da manga, verifica-se que não há qualquer fuga para o ex terior.

Esta pressão interior evita todo o risco de penetração de humidade no interior da manga. Além disso, esta pressão interior empurra a parede flexível (14) num sentido oposto ao da seta (E) da fig. 5, comprimindo ainda mais o mastique (16), o que reforça a estanqueidade e evita todo ris co de fluência do mastique ao nível da junção entre o vértice (14b) da parede flexível e a base da nervura (12).

A fita de mastique (16) pode ser apli cada manualmente na face (14a) da parede (14). De preferência, no entanto, esta fita (16) é extruida directamente e automatica mente sobre a face (14a) da parede (14) por meio de uma máquina de extrusão apropriada.

mastique (16) pode ser feito à base de um elastómero de um tipo usado correntemente para realizar trabalhos de estanqueidade. Este mastique deve ser suficientemente mole para que possa tomar a forma do ângulo definido entre as superfícies (12a) e (14a) sem que essa deformação gere uma pressão demaseado forte na parede flexível (14), que faria correr o risco de flectir demaseadamente esta para o exterior. Assim, existe uma certa correlação, determinada pela emperiência, entre a deformabilidade do mastique (16) e a flexibilidade da parede (14).

Ê evidente que a presente invenção não se limita aos exemplos que se acaba de descrever e que podem introduzir-se na mesma numerosas modificações sem sair do quadro da presente invenção.

Claims (1)

1. Manga de material plástico para proteger a junta de cabos eléctricos ou telefónicos, que compreende duas meias-conchas (la,lb) associadas uma na outra, segundo os seus bordos adjacentes (2a,2b), compreendendo o bordo (2a) de uma (la) das meias-conchas uma nervura longitudinal (12) encaixada numa ranhura (13) aberta no bordo adjacente (2b) da outra meia-concha (lb) e prevendo-se meios de estanqueidade entre os referidos bordos, caracterizada por a ranhura (13) ser ladea da do lado interior por uma parede (14) suficientemente fina pa ra ser flexível, por a nervura (12) encaixada na referida ranhu ra apresentar uma altura (H) ligeiramente menor que a profundidade (p) da ranhura, por a face (12a) da nervura (12) que é adjacente à face interior (14a) da referida parede flexível for mar com esta face um ângulo (a) de alguns graus, cujo vértice (15) está situado na extremidade da referida parede, sendo o es paço definido por este ângulo (a) preenchido por uma fita de mastique (16) que é deformada e comprimida entre as referidas faces da nervura e da parede.

   - 2a Manga de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o espaço (E) compreendido entre o vértice (12b) da nervura (12) e o fundo da ranhura (13) ser pelo menos parcialmente preenchido pela matéria proveniente da fluência da fita de mastique (16) que é comprimida entre as faces (12a e 14a).

   - 3^ - 7 -

   Manga de acordo com uma das reivinca çoes 1 ou 2, caracterizada por a parede flexível (14), a ranhura (15) e a nervura (12) apresentarem uma secção trapezoidal.

   Manga de acordo com uma das reivindica çoes laa 5, caracterizada por as bases maiores (B) da secção trapezoidal da ranhura (15) e da nervura (12) encaixada nesta coincidirem.

   Manga de acordo com uma das reivindica ções 1 a 4, caracterizada por as faces (17,18) da nervura (12) e da nervura (15) opostas à parede flexível (14) serem aplicadas uma contra a outra e serem sensivelmente perpendiculares ao plano de montagem (M) das duas meias-conchas (la,lb).

   Processo para realizar a estanqueidade entre as duas meias-conchas (la,lb) da manga de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por se aplicar uma fita de mastigue (16) contra a face interior (14a) da parede flexível (14) que ladeia a ranhura (15) de uma das meias-conchas, por se encaixar a nervura (12) da outra meia-concha na ranhura (15) θ por se apertar uma contra a outra as duas meias-conchas (la,lb), depois do que se coloca o interior da manga sob pres- 8 Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por a espessura da fita de mastigue (16) ser pelo menos igual à distância (d) conipreendida entre o verti ce (12b) da nervura (12) e a face interior (14a) da parede fie xível (14), guando a referida nervura estiver completamente encaixada na ranhura.

   - 84 Processo de acordo com uma das reivin dicações 6 ou 7, caracterizado por o volume da fita de mastigue (16) ser pelo menos igual ao volume do espaço compreendido entre as faces adjacentes (12a,14a) da nervura e da parede flexível e entre o vértice (12b) da nervura e o fundo da ranhura (15).

   - 9 I®^UM

   A invenção refere-se a uma manga de material plástico para proteger a junta de cabos electricos constituída por duas meias-conchas (la,lb) associadas uma contra a outra. 0 bordo (2a) de uma (la) das duas meias-conchas compreen de uma nervura (12) encaixada numa ranhura (13) aberta no bordo (2b) da outra meia-concha (lb).

   A ranhura (13) é ladeada por uma parede (14) flexível. A nervura (12) encaixada na ranhura apresenta uma face (12a) que forma um ângulo (a) de alguns graus com a fa ce interior (14a) da parede flexível (14)· 0 espaço formado por este ângulo é preenchido por uma fita de mastique (16) que é de formada e comprimida entre as referidas faces (12a e 14a).

   Utilização para proteger os cabos telefónicos e electricos contra a humidade.