PT3023262T - Palheta de mistura - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "PALHETA DE MISTURA" A presente invenção refere-se em geral a uma palheta de mistura. De um modo mais especifico, a invenção refere-se a uma palheta de mistura que pode ser utilizada para misturar tintas, verniz, laca ou goma-laca ou em geral qualquer tipo de fluido viscoso que necessite de ser misturado antes de utilização. A tinta é armazenada habitualmente em latas durante algum tempo até a tinta ser finalmente aplicada. Quando a tinta é armazenada durante muito tempo, os sedimentos ou pigmentos mais pesados que constituem a tinta irão acumular no fundo, de modo que é necessário misturar ou agitar a tinta antes da tinta poder ser aplicada. Caso contrário, a tinta não pode ser aplicada uniformemente, resultando num trabalho de pintura de má qualidade. Igualmente, quando se misturam tintas coloridas diferentes umas com as outras, é necessário misturar exaustivamente a tinta resultante de modo a obter uma mistura homogénea.

Tradicionalmente, utilizam-se paus de madeira para misturar, i. e., agitar, as tintas. Contudo, estes paus introduzem impurezas na tinta, resultando numa má qualidade do trabalho de pintura. É mostrado no documento EP 1279523 AI uma palheta de mistura mais aperfeiçoada, i. e., um pau de mistura, para misturar tintas. Os problemas associados com a utilização de paus de madeira são solucionados através de uma palheta de mistura que é fabricada a partir de plástico moldado por injeção. Em algumas formas de realização, a palheta de mistura pode possuir orifícios de passagem na sua superfície, de modo que a palheta de mistura possa ser deslocada facilmente através da tinta, as quais melhoram igualmente a mistura. Igualmente, o documento EP 1279523 AI descreve que a palheta de mistura pode compreender alguma curvatura, a qual influencia o escoamento do fluido em torno da palheta de mistura, de modo que sejam criados vórtices, os quais por sua vez melhoram o processo de mistura.

Como as tintas modernas podem ser muito dispendiosas, é importante garantir que não se desperdiça tinta. Infelizmente, é difícil recuperar o excesso de tinta que adere às palhetas de mistura curvas. Isto deve-se à tinta que adere à curvatura não poder ser simplesmente raspada, por exemplo, no rebordo de uma lata de tinta, como seria possível com palhetas de mistura planas convencionais. O documento EP 1279523 Al descreve numa forma de realização uma palheta de mistura que possui uma funcionalidade semelhante a uma faca de carpete, onde a parte de palheta pode deslocar-se telescopicamente para o interior da parte de pega. Quando a parte de palheta se desloca telescopicamente para o interior da parte de pega, o excesso de tinta é removido da parte de palheta através de uma superfície de limpeza que está incluída na parte de pega. Mesmo apesar do excesso de tinta poder ser removido da palheta depois de utilização, devido a este mecanismo, um tal mecanismo é complicado e, por isso, dispendioso de fabricar. Especialmente, um tal mecanismo não é viável economicamente para as palhetas de mistura que se destinam apenas a uma única utilização.

Deste modo, existe uma necessidade para palhetas de mistura para uma única utilização que possam ser limpas rapidamente e economicamente do excesso de tinta. Esta necessidade é satisfeita através da palheta de mistura e do método correspondente, como definido nas reivindicações 1 e 12 independentes. A palheta de mistura, de acordo com a presente invenção compreende uma primeira secção adaptada para misturar uma tinta, e uma segunda secção que possui, pelo menos, uma margem de remoção, em que a margem de remoção possui uma geometria complementar à secção transversal horizontal da primeira secção, e em que a segunda secção está fixa de modo destacável na primeira secção. A primeira secção que está adaptada para misturar pode possuir uma forma substancialmente plana e na direção vertical, i. e., na direção de suporte da palheta de mistura, uma forma alongada para empurrar contra a tinta liquida. No caso mais simples, a primeira secção pode possuir uma secção transversal planar, i. e., uma secção transversal horizontal retangular ao longo do seu comprimento vertical. Contudo, alternativamente, a secção transversal horizontal ao longo do comprimento vertical pode ser igualmente não planar, i. e., possuindo uma secção transversal horizontal não retangular ao longo do seu comprimento vertical. Por exemplo, a primeira secção pode ser escavada ao longo do seu comprimento vertical, i. e., côncava. A segunda secção pode estar fixa de modo destacável à primeira secção direta e indiretamente. Por exemplo, no caso da segunda secção estar fixa de modo destacável, de modo indireto na primeira secção, pode estar localizada uma terceira secção entre a primeira secção e a segunda secção. 0 facto de a primeira secção e a segunda secção estarem fixas de modo destacável, uma à outra, permite que a segunda secção se destaque facilmente do remanescente da palheta de mistura. A fixação destacável da primeira secção até à segunda secção ou vice-versa pode obter-se através de uma perfuração ou afunilamento no material da palheta de mistura. Consequentemente, num primeiro estado, a primeira secção e a segunda secção podem estar ligadas uma à outra e logo que a ligação seja quebrada na perfuração ou no afunilamento no material, a primeira secção e a segunda secção destacam-se uma da outra. Este tipo de fixação é uma fixação não reversível. Contudo, é igualmente possivel que a fixação seja reversível, de modo que a primeira secção e a segunda secção possam destacar-se e ser fixas de novo mais tarde. A segunda secção da palheta de mistura pode ser utilizada para suportar a primeira secção durante o processo de mistura. A segunda secção pode ser uma extensão da primeira secção possuindo substancialmente a mesma secção transversal horizontal que a primeira secção.

Igualmente, a segunda secção possui, pelo menos, uma margem de remoção, em que a margem de remoção possui uma geometria complementar à secção transversal horizontal da primeira secção. Isto significa que a geometria complementar da margem de remoção forma em conjunto com a geometria da secção transversal horizontal da primeira secção um orifício completo, i. e., proporcionando a forma positiva ou negativa de modo a ajustar-se na forma negativa ou positiva, respetivamente, da secção transversal horizontal da primeira secção. Por exemplo, se a primeira secção for planar, i. e., possuir uma secção transversal horizontal retangular ao longo do seu comprimento vertical, então a geometria da margem de remoção é igualmente planar. Contudo, como descrito anteriormente, a primeira secção pode ser igualmente não planar, i. e., a primeira secção pode possuir uma secção transversal horizontal não retangular ao longo do seu comprimento. Por exemplo, a secção transversal horizontal da primeira secção pode ser côncava. Em seguida, neste exemplo, a margem de remoção da segunda secção possuirá uma geometria convexa de modo a interagir com a secção transversal côncava da primeira secção, ou vice-versa, em que a secção transversal horizontal da primeira secção pode ser convexa e a margem de remoção da segunda secção pode ser côncava. Alternativamente, a secção transversal da primeira secção pode possuir partes convexa e côncava. Em seguida, a margem de remoção da segunda secção será correspondentemente côncava e convexa de modo a interagir com a secção transversal da primeira secção. A secção transversal horizontal da própria margem de remoção, pode ser planar, como a lâmina de uma faca ou pode possuir uma secção transversal horizontal como a secção transversal horizontal da primeira secção. Igualmente, a geometria complementar à secção transversal horizontal da primeira secção é formada sobre a margem de remoção através de reentrâncias e saliências correspondentes no material. As reentrâncias e as saliências na margem de remoção podem ser pontiagudas, i. e., aguçadas, ou são simplesmente rombas.

Logo que o utilizador tenha acabado de misturar, o utilizador pode destacar simplesmente a segunda secção, e alinhar a margem de remoção com a secção transversal horizontal da primeira secção para remover o excesso de tinta que está sobre a primeira secção da palheta de mistura através da movimentação da margem de remoção ao longo do comprimento da primeira secção. Por exemplo, isto efetua-se de cima para baixo, i. e., o utilizador desloca a margem de remoção em direção da extremidade da primeira secção voltada para a lata de tinta ou reservatório onde o excesso de tinta está a ser recolhido. 0 ângulo de alinhamento entre a margem de remoção e a primeira secção pode ser escolhido arbitrariamente. Contudo, no caso da primeira secção possuir uma secção transversal horizontal não retangular devido às reentrâncias e saliências, pode existir um ou dois ângulos com os quais se pode obter a remoção do excesso de tinta de um modo mais eficiente. Logo que um lado, e. g., o lado frontal da primeira secção seja limpo, o utilizador pode virar simplesmente a primeira secção do seu lado frontal para o seu lado posterior onde o processo é repetido até que todo o excesso de tinta, ou pelo menos a maioria do excesso de tinta seja removido também do lado posterior da primeira secção. Vantajosamente, o excesso de tinta pode ser removido de modo eficiente desde a primeira secção da palheta de mistura depois de utilização através da utilização da margem de remoção da segunda secção que corresponde à secção transversal horizontal da primeira secção da palheta de mistura. Por exemplo, isto pode ser realizado movimentando a segunda secção ao longo do comprimento da primeira secção enquanto a geometria da margem de remoção que possui a geometria complementar da primeira secção que interage com a primeira secção. Igualmente, através do destacamento de uma secção da palheta de mistura não existe necessidade de utilizar quaisquer ferramentas de limpeza separadas que devem elas próprias ser armazenadas, transportadas ou mesmo limpas individualmente. Depois da limpeza, a segunda e a primeira secção, i. e., o remanescente da palheta de mistura, podem ser simplesmente descartadas.

Numa forma de realização, a pelo menos uma margem de remoção é oposta à margem que resulta do destacamento da segunda secção. Esta maneira de localizar a pelo menos uma margem de remoção possui a vantagem de a geometria, i. e., a forma, da margem de remoção não restringir o utilizador durante a mistura. Por exemplo, durante a mistura o utilizador segurará provavelmente a palheta de mistura nos lados da segunda secção. Contudo, no presente caso, a margem de remoção que possui a geometria complementar é a margem que aponta em direção do utilizador, dado a margem que resultará do destacamento da segunda secção ser a margem que aponta em direção da primeira secção. Deste modo, o utilizador não segurará provavelmente a palheta de mistura na margem que aponta em direção do mesmo. Contudo, alternativamente, a margem de remoção que possui a geometria complementar pode ser igualmente a margem que resulta do destacamento da parte da segunda secção, ou numa outra alternativa uma ou as duas margens laterais da segunda secção podem possuir igualmente a geometria complementar.

Numa outra forma de realização, a segunda secção está fixa de modo destacável por meio de uma perfuração no material da palheta de mistura. Esta perfuração pode ser introduzida durante o fabrico da palheta de mistura, onde são introduzidas pequenas aberturas no material da palheta de mistura. Por exemplo, estas aberturas podem já estar introduzidas no molde, de modo que a palheta de mistura vazada resultante possua aberturas de perfuração correspondentes no seu material. Estas aberturas podem, por exemplo, estar dispostas numa linha reta para uma rotura fácil, ou podem estar dispostas de modo que a margem de rotura, i. e., a margem que resulta do destacamento da segunda parte, possua alguma geometria especifica. Por exemplo, a margem de rotura pode possuir a geometria complementar à secção transversal horizontal da primeira secção da palheta de mistura, como descrito anteriormente, de modo que a margem de rotura possa ser utilizada como margem de remoção.

Além disso, ainda numa outra forma de realização, a segunda secção está fixa de modo destacável por meio de um afunilamento no material da palheta de mistura. Neste caso, o termo "afunilamento" refere-se à redução de material que forma a área onde a segunda secção está fixa de modo destacável. Por exemplo, a segunda secção é fixa de modo destacável tornando a secção onde a segunda secção está fixa de modo destacável menos rigida, quando comparada com o material em seu torno. Isto pode efetuar-se de modo que a segunda secção possa quebrar facilmente.

Numa outra forma de realização pelo menos uma parte da primeira secção possui uma secção transversal horizontal não retangular. Vantajosamente, como já descrito anteriormente, a primeira secção da palheta de mistura que está adaptada para misturar a tinta pode possuir alguma curvatura ao longo do seu comprimento para criar ainda um vórtice para melhorar a mistura. A primeira secção das palhetas de mistura mais convencionais, é de um modo geral uniforme, i. e., planar, resultando numa secção transversal horizontal retangular. Contudo, uma curvatura resulta numa secção transversal horizontal não retangular.

Numa forma de realização, pelo menos a parte da primeira secção da palheta de mistura possui uma secção transversal curva. Por exemplo, a secção transversal horizontal da primeira secção pode ser côncava. Contudo, são possíveis igualmente formas curvas diferentes. Numa outra forma de realização pelo menos a parte da primeira secção da palheta de mistura possui uma secção transversal horizontal em forma de s. Uma tal secção transversal horizontal em forma de s, pode ser criada por enrolamento da superfície substancialmente retangular e planar da primeira secção da palheta de mistura numa forma em s, de modo que a secção transversal horizontal resultante possua igualmente a forma de s. Numa outra forma de realização, pelo menos, a parte da primeira secção da palheta de mistura possui uma secção transversal horizontal em forma de z. Contudo, a secção transversal horizontal pode ser igualmente intermédia entre a forma em s e a forma em z.

Numa outra forma de realização, a primeira secção compreende pelo menos um orifício de passagem. Através da introdução de orifícios de passagem na primeira secção da palheta de mistura reduz-se a resistência sentida pelo utilizador enquanto mistura a tinta, bem como podem obter-se melhores resultados de mistura. Por exemplo, estes orifícios de passagem podem ser circulares, ou podem possuir qualquer forma geométrica tal como elíptica, ou configurada como uma gota de água.

Numa outra forma de realização, a segunda secção está fixa de modo destacável na primeira secção. Vantajosamente, a segunda secção pode ser utilizada como uma pega para suportar a primeira secção quando a primeira secção é utilizada para misturar. Deste modo, ainda numa outra forma de realização, a segunda secção compreende uma pluralidade de reforços distanciados ao longo do comprimento da segunda secção. Estes reforços podem ser simplesmente espessamentos no material da segunda secção ou estruturas geométricas, tal como uma parte de interligação de abas da secção transversal horizontal da segunda secção. Estes reforços auxiliam a melhorar a resistência física geral da segunda secção e permitem igualmente um melhor manuseamento da palheta de mistura, í. e., estes reforços permitem que o utilizador possua uma melhor preensão durante a mistura. Contudo, adicionalmente, pelo menos, parte da primeira seção pode compreender igualmente estes reforços, de modo que um utilizador possa também suportar melhor a primeira secção diretamente.

Numa outra forma de realização a palheta de mistura é constituída por e material sintético reciclado. Vantajosamente, este material proporciona uma alternativa amiga do ambiente em relação a materiais orgânicos, tal como a madeira.

Ainda numa outra forma de realização, descreve-se um método de remoção do excesso de tinta de uma palheta de mistura. A palheta de mistura utilizada compreende uma primeira secção adaptada para misturar uma tinta, e uma segunda secção que possui, pelo menos, uma margem de remoção, em que a margem de remoção possui uma geometria complementar a uma secção transversal horizontal da primeira secção, o método compreendendo o destacamento da segunda secção fixa de modo destacável, e movimentação da margem de remoção ao longo de um comprimento da primeira secção da palheta de mistura para remover o excesso de tinta.

Na descrição que se segue, a palheta de mistura de acordo com a presente invenção é descrita ainda com referência às ilustrações esquemáticas mostradas nas figuras, em que:

As Figuras la, lb, lc e ld são vistas diferentes de uma forma de realização de uma palheta de mistura de acordo com a invenção, A Figura 2a é uma vista frontal de uma palheta de mistura de acordo com a invenção com a segunda secção destacada, A Figura 2b é uma vista frontal de uma palheta de mistura de acordo com a invenção onde a margem de remoção da segunda secção está alinhada com a primeira secção, e A Figura 2c é uma vista dimensional de uma palheta de mistura de acordo com a invenção onde a margem de remoção da segunda secção está alinhada com a primeira secção.

As Figuras 1 mostram vistas diferentes (vista frontal, lateral, posterior, superior, de extremidade e em perspetiva) de uma forma de realização de uma palheta 1 de mistura de acordo com a invenção, com uma primeira secção 2 adaptada para misturar uma tinta e uma segunda secção 3 que possui uma margem 4 de remoção. As secções 5, 6 transversais horizontais estão indicadas esquematicamente na parte mais superior das Figuras la a lc, onde a Figura la mostra o lado frontal da palheta 1 de mistura, enquanto a Figura lc mostra o lado posterior da palheta 1 de mistura. Como se pode observar nas Figuras, a geometria da margem 4 de remoção é complementar à secção 5, 6 transversal horizontal da primeira secção 2 que se estende na direção vertical. Vantajosamente, isso permite a adaptação da margem 4 de remoção no interior da geometria, i. e., no interior do perfil, da primeira secção.

Na forma de realização aqui mostrada, a primeira secção 2 compreende várias aberturas, tal como a abertura 7 no seu material. Estas aberturas permitem uma mistura mais fácil e mais eficiente das tintas. As aberturas nas Figuras 1 estão dispostas através de toda a primeira secção 2 e estão configuradas para rotura. Contudo, este exemplo não deve ser limitativo e é evidente para um especialista da técnica que as aberturas podem possuir qualquer forma, tais como circular ou retanqular, e estarem dispostas com qualquer padrão sobre a primeira secção 2. Igualmente, na forma de realização como mostrado nas Figuras 1 a secção 5, 6 transversal da primeira secção 2 é em forma de s. Contudo, em formas de realização alternativas, a secção transversal pode ser igualmente retangular, convexa/côncava, possuindo uma forma em V, etc.

As Figuras 1 mostram igualmente reforços, como o reforço 8, que estão dispostos ao longo do comprimento vertical da segunda secção 3 e, parcialmente, ao longo do comprimento da primeira secção 2. Os reforços 8 aqui mostrados são na forma de abas que estão localizadas na secção 5, 6 transversal horizontal em forma de s. Vantajosamente, estes reforços 8 adicionam uma estabilidade extra à palheta de mistura, bem como são úteis para que o utilizador segure de modo eficiente a palheta 1 de mistura, mesmo quando toda a palheta de mistura está coberta com tinta escorregadia.

Nas formas de realização aqui mostradas, mostra-se que a primeira secção 2 e a segunda secção 3 são mantidas juntas através de uma fita 9 perfurada. Se o utilizador começar a dobrar a primeira secção 2 e a segunda secção 3, uma em relação à outra, ambas as partes irão quebrar-se ao longo da fita 9 de perfuração. Contudo, o especialista da técnica conheceria igualmente modos alternativos do modo como a segunda secção 3 poderia ser destacada da primeira secção 2, tal como por exemplo através da redução de espessura do material ao longo da tira, i. e., afunilando o material. A Figura 2a mostra, como a Figura la, a vista frontal da palheta 1 de mistura. No exemplo aqui mostrado, a segunda secção 3 está destacada da primeira secção 2. Como já descrito anteriormente, isto pode ser efetuado através da dobragem de ambas as secções 2, 3, uma em relação à outra, até que se quebrem ao longo da fita 9 de perfuração. A Figura 2a mostra que ambas as secções 2, 3 estão separadas, uma da outra, ao longo de uma linha horizontal reta deixando uma margem 10 na segunda secção 3 oposta à margem 4 de remoção. Alternativamente, contudo, a margem 10 pode, igualmente ou pelo contrário, possuir a geometria da margem 4 de remoção. A geometria da margem de remoção pode ser realizada igualmente em qualquer dos dois lados 11, 12 da segunda secção 3.

As Figuras 2b e 2c mostram uma vista frontal e uma vista em perspetiva da palheta 1 de mistura, onde a margem 4 de remoção da segunda secção 3 está alinhada com a secção 5, 6 transversal da primeira secção 2.

Depois da segunda secção 3 ser destacada, o utilizador pode segurar a primeira secção 2, de um modo preferido, na parte mais superior onde não existe tinta ou existe pouca tinta. Para remover o excesso de tinta, a margem 4 de remoção é simplesmente alinhada com a secção 5, 6 transversal horizontal da primeira secção 2, í. e., a margem 4 de remoção que possui uma geometria complementar à secção 5, 6 transversal horizontal da primeira secção 2 é simplesmente empurrada para a secção 5, 6 transversal horizontal da primeira secção 2.

Para remover o excesso de tinta, a margem 4 de remoção é deslocada para baixo ao longo do comprimento da primeira secção 2 de modo a raspar a tinta. Vantajosamente, quando a margem 4 de remoção é deslocada para baixo ao longo do comprimento da primeira secção 2, pela primeira vez, a maioria do excesso de tinta pode ser já removido da primeira secção 2 devido aos orifícios 7 de passagem em forma de gota na primeira secção 2. A margem 4 de remoção pode ser deslocada para baixo ao longo do comprimento da primeira secção 2 mais do que uma vez para garantir que seja recolhido tanto excesso de tinta quanto possível. A primeira secção 2 pode ser, em seguida, virada para o seu lado posterior onde o processo é repetido até que todo o excesso de tinta, ou pelo menos a maioria dele, seja removido igualmente do lado posterior da primeira secção 2.

Lisboa, 9 de outubro de 2017

Claims (12)

1. REIVINDICAÇÕES

   1. Palheta de mistura compreendendo: uma primeira secção (2) adaptada para misturar uma tinta, e uma segunda secção (3) que possui, pelo menos, uma margem (4) de remoção, em que a margem (4) de remoção possui uma geometria complementar à secção (5, 6) transversal horizontal da primeira secção (2), e caracterizada por a segunda secção (3) estar fixa de modo destacável na primeira secção (2).
2. 2. Palheta de mistura da reivindicação 1, em que a, pelo menos uma, margem (4) de remoção é oposta à margem que resulta do destacamento da segunda secção (3) .
3. 3. Palheta de mistura das reivindicações 1 ou 2, em que a segunda secção (3) está fixa de modo destacável por meio de uma perfuração (9) no material da palheta de mistura.
4. 4. Palheta de mistura das reivindicações 1 ou 2, em que a segunda secção (3) está fixa de modo destacável por meio de um afunilamento no material na palheta de mistura.
5. 5. Palheta de mistura das reivindicações 1 a 4, em que, pelo menos, uma parte da primeira secção (2) possui uma secção (5, 6) transversal horizontal não retangular.
6. 6. Palheta de mistura das reivindicações 1 a 5, em que, pelo menos, uma parte da primeira secção (2) da palheta de mistura possui uma secção (5, 6) transversal horizontal curva.
7. 7. Palheta de mistura das reivindicações 1 a 6, em que, pelo menos, uma parte da primeira secção (2) da palheta de mistura possui uma secção (5, 6) transversal horizontal em forma de s.
8. 8. Palheta de mistura das reivindicações 1 a 6, em que, pelo menos, uma parte da primeira secção (2) da palheta de mistura possui uma secção (5, 6) transversal horizontal em forma de z.
9. 9. Palheta de mistura das reivindicações 1 a 8, em que a primeira secção (2) compreende, pelo menos, um orifício (7) de passagem.
10. 10. Palheta de mistura das reivindicações 1 a 9, em que a segunda secção (3) compreende uma pluralidade de reforços (8) distanciados ao longo do comprimento da segunda secção (3).
11. 11. Palheta de mistura das reivindicações 1 a 10, em que a palheta de mistura é constituída por material sintético reciclado.
12. 12. Método de remoção do excesso de tinta de uma palheta de mistura, em que a palheta de mistura compreende uma primeira secção (2) adaptada para misturar uma tinta e uma segunda secção (3) que possui, pelo menos, uma margem (4) de remoção, em que a margem de remoção (4) possui uma geometria complementar a uma secção (5, 6) transversal horizontal da primeira secção (2), o método compreendendo: Destacar a segunda secção (3) fixa de modo destacável da primeira secção (2), e Movimentar a margem (4) de remoção ao longo de um comprimento da primeira secção (2) da palheta de mistura para remover o excesso de tinta. Lisboa, 9 de outubro de 2017