PT2984237T - Defensa insuflável - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "DEFENSA INSUFLÁVEL" A invenção diz respeito às ligações de suspensão da defensa têxtil utilizada para a protecção dos cascos dos navios.

As ligações de suspensão da defensa têxtil são objectos colados, soldados ou cosidos na parte superior flexível da defensa. Eles criam a ligação entre a defensa, que protege o casco dos navios dos choques contra o cais no qual o navio está amarrado, e a extremidade que passa no interior das ligações, ela própria fixada à amurada do navio.

Essas ligações de suspensão são destinadas a suspender a defensa com a ajuda de uma extremidade fixada à amurada do navio. Elas devem ser capazes de suportar esforços de tracção verticais de grande intensidade, ocasionados por diferentes movimentos, especialmente o de arfagem do navio atracado ao cais.

Existem três tipos de defensas: 1- Defensa têxtil dotada de ligações de suspensão flexíveis com olhais, sendo os olhais fixados numa lingueta ligada à defensa. 2- Defensa de borracha dotada de ligações de suspensão moldadas sob a forma de uma peça monobloco no fabrico para uma resistência máxima à tracção vertical . 3- Defensa insuflável em PVC dotada de ligações de suspensão soldadas ou coladas sobre reforços verticais no interior do invólucro em PVC para uma resistência máxima à tracção vertical. 0 principal inconveniente ocasionado pela utilização de ligações de suspensão flexíveis fixadas na parte superior da defensa têxtil é o do arrancamento constatado durante os esforços de tracção repetitivos e violentos ocasionados pelos movimentos relativos entre o casco do navio e o cais ao qual ele está amarrado.

Esta inconveniente altera a qualidade de resistência mecânica do invólucro têxtil da defensa, fazendo com que a utilização desta última se torne perigosa. 0 dispositivo da invenção permite remediar este inconveniente através da utilização de um apêndice insuflado situado na parte superior do corpo do elemento insuflável . A invenção diz respeito a um defensa insuflável compreendendo um primeiro invólucro insuflável interno (4) dotado, pelo menos numa extremidade situada no prolongamento da câmara, de um apêndice tubular insuflável (3) equipado com uma placa de extremidade (2) com bujão, indo o conjunto alojar-se num segundo invólucro externo (5) que abraça o primeiro invólucro e o apêndice (3) e que se acha equipado, ao nivel do pescoço que abraça o apêndice, com pelo menos um par de meios de fixação (9) do tipo anel em forma de D.

De acordo com modos de realização: o segundo invólucro externo (5) compreende pelo menos um material têxtil. a placa de extremidade compreende um corpo (13) com um orifício roscado, dotado de maneira coaxial com um bujão (12) próprio para o esvaziamento e um bujão (11) próprio para o enchimento. o apêndice (3) é fixado no pescoço (5) do segundo invólucro externo (5) em pelo menos duas zonas de fixação distribuídas de uma maneira regular ao longo da periferia, não sendo o primeiro invólucro insuflável interno (4) solidário com o segundo invólucro têxtil externo (5) . o apêndice (3) é fixado por colagem no pescoço (5) do segundo invólucro externo (5) em pelo menos duas zonas de fixação distribuídas de uma maneira regular ao longo da periferia, não sendo o primeiro invólucro insuflável interno (4) solidário com o segundo invólucro têxtil externo (5) . pelo menos um par de meios de fixação (9) do tipo anel em forma de D é cosido verticalmente em pelo menos duas zonas de costura distribuídas de uma maneira regular ao longo da periferia no pescoço (5) do segundo invólucro externo (5). as referidas zonas de costura cobrem as referidas zonas de fixação. o segundo invólucro (5) compreende na sua extremidade aberta um anel elástico que vai apoiar o segundo invólucro sobre a parte externa da placa. o segundo invólucro (5) em material têxtil compreende um valor de titulação de pelo menos 800 decitex na parte inferior direita cilíndrica e de pelo menos 200 decitex na restante parte do pescoço e na vizinhança do pescoço.

Depois do apêndice ter sido insuflado, o pescoço onde estão fixadas as ligações de suspensão torna-se rígido. O efeito da pressão do conjunto permite que os fios ou a malha da parede do pescoço, onde estão fixadas as liga ções de suspensão, possa(m) ficar sob tensão permanente. A rigidez assim conferida ao pescoço permite concentrar sobre esta zona (A), Figura 2, os efeitos mecânicos ligados aos esforços de tracção. A junção pescoço/corpo da defensa constitui uma barreira que impede a transmissão dos esforços mecânicos de tracção prejudiciais para o corpo (6) da defensa, Fig. 1. 0 corpo da defensa não suporta senão os esforços de pressão sobre a zona (B), Fig. 2, ligados aos movimentos relativos do casco do navio em relação ao cais ao qual ele está amarrado, sem risco de arrancamento da malha têxtil.

Isto faz com que a utilização da defensa seja segura e eficaz para a protecção do navio atracado ao cais.

Os desenhos anexos ilustram a invenção: A Figura 1 representa a vista de frente do conjunto do elemento insuflável, A Figura 2 representa em corte, Zona (A) o dispositivo da invenção, Zona (B) o corpo do elemento insuflável, A Figura 3 representa em corte, o dispositivo da invenção, A Figura 4 representa em corte, vista a partir de cima, a parte estanque do dispositivo da invenção, A Figura 5 representa, vistas de frente, as ligações de suspensão ao dispositivo da invenção, A Figura 6 representa uma variante da invenção, vista de frente, com dois apêndices opostos, A Figura 7 representa a técnica anterior relativa à invenção.

Com referência a estes desenhos, vemos que a Fig. 1 representa a protecção, de forma ogival, do casco de um navio. Esta última não é limitativa. Esta defensa é insuflável e esvaziável. Ela compreende um poliuretano interno (4), Fig. 1, extra flexível, parcialmente solidário com a parede do pescoço têxtil situada ao nível do apêndice (5), Fig. 3, do dispositivo da invenção, a parte externa pré-formada (5), Fig. 1, tricotada ou tecida, cobre a parte insuflável interna (6), Figura 1, uma placa (2), Fig. 3, soldada à parte superior do apêndice (3), Fig. 3, equipada com um bujão estanque próprio para o enchimento (11), Fig. 3, e o esvaziamento (12), Fig. 3. Uma extremidade (1) que permite suspender a defensa ligada à amurada do navio equipada com um anel flexível (7), Fig. 1, permite o efeito de inclinação ocasional da defensa.

Depois do conjunto constituído pelas zonas (A) e (B), Fig. 2, ter sido submetido a uma pressurização efectu-ada pelo utilizador, a defensa poderá ser suspensa do navio com toda a segurança. A zona (A) da Fig. 2 é a zona exposta às tracções verticais do dispositivo da invenção a titulo de exemplo não limitativo. 0 pescoço têxtil (5), Fig. 5, terá dimensões da ordem de 8 cm de altura e um diâmetro de 5 cm ao nivel da cintura (10), Fig. 3. Este dispositivo anti-deformação integrado na parte inferior do apêndice (3) , Fig. 3, permite manter a sua forma inicial por ocasião dos aumentos de pressão da zona (B), Fig. 2. A pressão varia entre 0,2 bar e 1,8 bar máximo, as ligações de suspensão (9), Figs. 5, cosidas no pescoço têxtil são dotadas de anéis de aço inoxidável (8) forma de D, Fig. 5, gue permitem a passagem de uma extremidade gue se acha, ela própria, ligada à amurada do navio. A estrutura das diferentes peças ou partes gue constituem a invenção representada pela Fig. 3 define o modo de realização do dispositivo da invenção. O material poliuretano é cortado numa peça única dobrada sobre si própria e soldada nas extremidades, a fim de criar um invólucro insuflável estanque que dá forma ao corpo (6), Fig. 1, e ao apêndice (3), Fig. 1. A seguir irá ser fixada na base do apêndice (3) , Fig. 3, uma cintura semi-rigida (10) em poliuretano, Fig. 3, com uma largura de 1 cm. Esta largura não é limitativa .

Na parte superior do apêndice é criado um orifício com um diâmetro de 3,2 cm próprio para nele se ir alo- jar uma placa (2), Fig. 3, equipada com um lábio de desbordo (16), Fig. 4, com uma largura 1 cm, equipado com um corpo (13), Fig. 3, dotado de um orifício roscado. 0 conjunto é realizado em material poliuretano numa única operação de moldagem por injecção. Ele irá ser soldado graças ao lábio de desbordo (16), Fig. 4, na parte superior do apêndice (3), Fig. 3, do invólucro de poliuretano (4), Fig. 3, criando assim a desejada estanqueidade do conjunto.

Dois bujões integram o conjunto: um bujão com válvula de retenção enroscado no corpo roscado (13), Fig. 3, para o esvaziamento (12), Figura 3; um segundo bujão previsto para o enchimento (11), Fig. 3, enroscado na parte interna do bujão (12), Fig. 3.

As ligações de suspensão (9), Fig. 5, são, a título de exemplo, tiras têxteis confeccionadas nas extremidades dos anéis de aço inoxidável em forma de "D". As ligações de suspensão em forma de anel de aço inoxidável são depois cosidas no pescoço do invólucro têxtil (5) , Fig. 5, assim como um elástico (14), Fig. 5, que permite dobrar o conjunto do pescoço têxtil. 0 apêndice (3), Fig. 3, irá ser solidário com a parede internar do pescoço têxtil, pelo método de colagem do dispositivo da invenção. A Fig. 4 representa uma vista pelo lado de cima do dispositivo da invenção: um bujão de enchimento (11), Fig. 4; um segundo bujão (12), Fig. 4, equipado com uma válvula de retenção prevista para o esvaziamento rápido; uma placa de poliuretano (2), Fig. 4, equipada com uma junta de lábio de poliuretano prevista para ser soldada; as ligações de suspensão (9), Fig. 4; o apêndice em poliuretano (3), Fig. 4; o invólucro têxtil (5), Fig. 4. A Fig. 5 representa o corpo têxtil (5), Fig. 5, e as ligações de suspensão (9), Fig. 5, do tipo tiras tecidas, dobradas, em poliéster de elevada resistência à trac-ção, com uma espessura de 2 mm, com uma largura de 5 cm e com um comprimento de 8 cm. Estas dimensões não são limitativas. As ligações de suspensão (9), Fig. 5, são cosidas e realizadas com uma máquina por um operador. Uma costura dupla (17), Fig. 5, realiza um rectângulo de 6 cm de altura, 4 cm de largura. Uma costura dupla cruzada é realizada no interior do rectângulo a fim de permitir uma repartição dos esforços mecânicos associados à tracção exercida pela arfagem do navio atracado ao cais. Um anel de aço inoxidável (8) em forma de D, Fig. 5, reparte a carga sobre a ligação. 0 dispositivo de acordo com a invenção é particularmente destinado à suspensão segura da defensa têxtil de um navio amarrado ao cais.

Claims (9)

1. REIVINDICAÇÕES

   1. Defense insuflável caracterizada por compreender um primeiro invólucro insuflável interno (4) dotado, pelo menos numa extremidade situada no prolongamento da câmara, de um apêndice tubular insuflável (3) equipado com uma placa de extremidade (2) com bujão, indo o conjunto alojar-se num segundo invólucro externo (5) que abraça o primeiro invólucro e o apêndice (3) e que se acha equipado, ao nivel do pescoço que abraça o apêndice, com pelo menos um par de meios de fixação (9) do tipo anel em forma de D.
2. 2. Defensa de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o segundo invólucro externo (5) compreender pelo menos um material têxtil.
3. 3. Defensa de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada por a placa de extremidade compreender um corpo (13) dotado de maneira coaxial com um bujão (12) próprio para o esvaziamento e um bujão (11) próprio para o enchimento.
4. 4. Defensa de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por o apêndice (3) ser fixado no pescoço (5) do segundo invólucro externo (5) em pelo menos duas zonas de fixação distribuídas de uma maneira regular ao longo da periferia, não sendo o primeiro invólucro insuflável interno (4) solidário com o segundo invólucro têxtil externo (5) .
5. 5. Defensa de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por o apêndice (3) ser fixado por colagem no pescoço (5) do segundo invólucro externo (5) em pelo menos duas zonas de fixação distribuídas de uma maneira regular ao longo da periferia, não sendo o primeiro invólucro insuflável interno (4) solidário com o segundo invólucro têxtil externo (5).
6. 6. Defensa de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por pelo menos um par de meios de fixação (9) do tipo anel em forma de "D" ser cosido verticalmente em pelo menos duas zonas de costura distribuídas de uma maneira regular ao longo da periferia no pescoço (5) do segundo invólucro externo (5).
7. 7. Defensa de acordo com a reivindicação 6 em combinação com a reivindicação 4 ou 5, caracterizada por as referidas zonas de costura cobrirem as referidas zonas de fixação.
8. 8. Defensa de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por o segundo invólucro (5) compreender na sua extremidade aberta um anel elástico que vai apoiar o segundo invólucro sobre a parte externa da placa.
9. 9. Defensa de acordo com qualquer uma das rei- vindicações 2 a 8, caracterizada por o segundo invólucro (5) em material têxtil compreender um valor de titulação de pelo menos 800 decitex na parte inferior direita cilíndrica e de pelo menos 200 decitex na restante parte do pescoço e na vizinhança do pescoço.