PT2459553E - Furazanobenzimidazoles como precursores de fármacos para tratar doenças neoplásicas ou autoimunes - Google Patents

Furazanobenzimidazoles como precursores de fármacos para tratar doenças neoplásicas ou autoimunes Download PDF

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Felix Bachmann
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Description

1 DESCRIÇÃO "FURAZANOBENZIMIDAZOLES COMO PRECURSORES DE FÁRMACOS PARA TRATAR DOENÇAS NEOPLÁSICAS OU AUTO- IMUNES" A invenção diz respeito a precursores de fármacos que sejam furazanobenzimidazoles substituídos, a processos para a sua preparação e a composições farmacêuticas que os contenham, à sua utilização opcionalmente em combinação com um ou mais outros compostos activos do ponto de vista farmacêutico na terapia de doenças neoplásicas e de doenças auto-imunes. 0 cancro é uma das principais causas de morte para os seres humanos. Embora tenha sido desenvolvida uma série de fármacos e de técnicas contra doenças neoplásicas, tais como a cirurgia e a terapia com radiação, ainda existe uma necessidade de métodos alternativos e melhorados de tratamento de doenças neoplásicas. o lúpus eritematoso
As doenças auto-imunes estão associadas a uma proliferação anormal de linfócitos em resultado de defeitos na terminação da activação e no crescimento de linfócitos. Amiúde, estas doenças estão associadas a inflamação, tal como a artrite reumatóide, a diabetes melitos dependente de insulina, a esclerose múltipla, 2 sistémico e outras semelhantes. 0 tratamento destas doenças está focado em fármacos anti-inflamatórios e imuno-supressores que apresentam em muitos casos efeitos colaterais severos. Portanto, existe uma necessidade de fármacos alternativos com um novo modo de actuação, apresentando menos efeitos colaterais. A apoptose é um termo utilizado para descrever uma série de acontecimentos celulares que ocorrem para se verificar uma morte programada de células. Existem diversos caminhos de apoptose, alguns dos quais já se encontram caracterizados, enquanto outros ainda não foram elucidados. Quando é perturbado o equilíbrio entre a divisão celular e a apoptose, podem ocorrer doenças com risco de vida, incluindo o cancro, patologias auto-imunes, doenças neurodegenerativas e cardiovasculares.
Tornou-se evidente nos últimos anos que a morte programada de células (apoptose) é tão importante para a saúde de um organismo multicelular como a divisão celular. Através da divisão celular repetida e do desenvolvimento diferenciado continuado da reparação dos tecidos, são geradas células em excesso ou mesmo prejudiciais. Para que se mantenha a homeostasia dos tecidos, estas células têm que se removidas ou mortas. A relação delicada entre o crescimento de células e a apoptose num organismo é espelhada pelo equilíbrio molecular complexo que determina se uma determinada célula vai sofrer uma divisão, se o seu 3 ciclo celular vai parar, ou se fica comprometida com uma morte celular programada. A desregulação da proliferação celular, ou a falta de uma morte celular apropriada, tem implicações clinicas com largo espectro. Estão envolvidas no grande número de doenças associadas a uma tal desregulação as de hiperproliferação, inflamação, remodelação tecidular e reparação celular. Nesta categoria estão incluídas indicações conhecidas tais como cancros, restenose, hiperplasia da íntima, angiogénese, endometriose, patologias linfoproliferativas, patologias relacionadas com transplantações (rejeição de enxertos), polipose, perda da função neural no caso de remodelação de tecidos e outras semelhantes. Estas células podem perder o controlo normal da regulação da divisão celular, e também podem falhar em sofrer uma morte celular apropriada.
Uma vez que a apoptose está inibida ou sofre atraso na maior parte dos tipos de doença proliferativa, doenças neoplásicas, a indução da apoptose é uma opção para o tratamento do cancro, sobretudo para tipos de cancro que denotem resistência a uma quimioterapia clássica, a radiação e a imunoterapia (Apoptosis and Câncer Chemotherapy, Hickman e Dive, editores, Blackwell Publishing, 1999). Também se podem utilizar compostos que induzam a apoptose nas doenças e patologias auto-imunes e nas relacionadas com transplantações, em que a indução da apoptose pode ser utilizada para restaurar os processos normais de morte celular e portanto conseguir-se remover os 4 sintomas e possivelmente curar as doenças. Nas aplicações adicionais de compostos induzindo a apoptose pode incluir-se a restenose, isto é, a acumulação vascular de células de moleculares lisas nas paredes das artérias, e as infecções persistentes provocadas por uma falha na remoção de células infectadas por bactérias e por vírus. Além disto, a apoptose pode ser induzida ou restabelecida em células epiteliais, em células endoteliais, em células musculares, e noutras que tenham perdido contacto com a matriz extracelular. Estas células são potencialmente capazes de colonizar outros órgãos e podem portanto desenvolver-se a patologias tais como as neoplasias, a endometriose e outras semelhantes. 0 WO 2004/103-994 descreve compostos furazanobenzimidazole com a fórmula (I)
em que R, R1 a R6 e X têm determinados significados definidos com generalidade, como indutores da apoptose em células de cancro.
Naquela referência também se descreve que aqueles compostos podem ser administrados sob a forma de seus precursores que sejam clivados no corpo do animal ou do ser 5 humano para originar o composto correspondente com a fórmula (I) , e menciona-se que entre outros tipos de precursores são adequadas as amidas de aminoácidos com ocorrência natural, por exemplo amidas formadas a partir da função ácido do aminoácido e grupos amino adequados do composto com a fórmula (I). A solubilidade dos furazanobenzimidazoles tais como os exemplificados no WO 2004/103.994 em água, é em geral pequena. Isto é um problema para a preparação de composições farmacêuticas, em particular composições para administração parenteral. A referência sugere apenas muito em geral utilizar-se uma solução aquosa de um sal solúvel em água dos compostos com a fórmula (I) para administração parenteral.
Verificou-se agora que amidas seleccionadas derivadas de furazanobenzimidazoles com a acima mencionada fórmula (I) , nas quais R represente um grupo arilo ou heteroarilo substituído com pelo menos um grupo amino, e um aminoácido natural seleccionado de entre glicina (Gly), alanina (Ala) e lisina (Lys), apresentam uma solubilidade significativamente melhorada em água e são clivadas in vivo à amina aromática ou heteroaromática correspondente, actuando deste modo como precursores de fármacos. A melhor solubilidade em fase aquosa simplifica a preparação de composições farmacêuticas e diminui a necessidade de excipientes que aumentem a solubilidade, em comparação com o fármaco de referência. Isto constitui uma vantagem 6 particular uma vez que estes excipientes podem provocar efeitos tóxicos indesejáveis (Excipient Toxicity and Safety; Weiner, Myra L.; Kotkoskie, Lois A.; Editores (2000), Publicado por Dekker, Nova Iorque, EUA. Pharmacological effects of formulation vehicles: implications for câncer chemotherapy; ten Tije, Albert J.; Verweij, Jaap; Loos, Walter J.; Sparreboom, Alex; Clinicai Pharmacokinetics (2003), 42(7), 665-685).
Em particular no que toca ao precursor de fármaco derivado de lisina (Lys), observa-se um aumento de solubilidade particularmente pronunciado ao longo de uma larga gama de pH e mesmo em condições apenas ligeiramente ácidas. Estas propriedades de solubilidade específicas do derivado de lisina também a valores de pH mais elevados proporcionam uma flexibilidade especialmente excelente na preparação de composições aceitáveis do ponto de vista farmacêutico. Verificou-se também nos estudos farmacocinéticos em murganhos, que as amidas precursoras de fármacos derivadas de glicina (Gly), alanina (Ala) e lisina (Lys) proporcionam uma exposição significativamente maior dos animais ao fármaco de origem (expressa sob a forma do valor da AUC (área sob a curva) ) , do que os derivados de outros aminoácidos naturais. Por exemplo, os valores da AUC são mais do que 50 por cento mais elevados do que os valores da AUC determinados após administração de amidas precursoras de fármacos derivadas de outros aminoácidos naturais muito semelhantes tais como asparagina (Asn), serina (Ser), glutamina (Gin) ou arginina (Arg). 7
Além disto, verificou-se que o precursor de fármaco especifico derivado de Lys do Exemplo 1 deste pedido é mais bem tolerado, proporciona uma exposição mais longa dos tumores ao fármaco e apresenta uma eficácia superior em modelos de tumores em animais à dose máxima tolerada, do que o fármaco de origem correspondente. Estes efeitos surpreendentes também sugerem uma eficácia mais elevada deste precursor de fármaco na terapia de doenças neoplásicas e auto-imunes.
Num ensaio em sangue inteiro in vitro, uma amida de aminoácido derivada do grupo amino no anel de furazano é menos eficientemente transformada no fármaco de origem correspondente do que o derivado correspondente em que a amida de aminoácido seja um substituinte do resíduo R na fórmula (I) acima mencionada. Isto mostra que nem todas as amidas derivadas de um grupo amino do composto com a fórmula (I) e de um aminoácido natural são igualmente apropriadas a título de precursores de fármacos. São descritos na literatura diversos outros tipos de precursores de fármacos com grupos amina (por exemplo A. L. Simplicio, J. M. Clancy, J. F. Gilmer, Molecules 2008, 13, 519-546; Prodrugs: Challenges and Rewards, [em: Biotechnol.: Pharm. Aspects, 2007; 5(Parte 2)] V. J. Stella, R. T. Borchardt, M. J. Hageman, R. Oliyai, H. Maag, J. W. Tilley, Editores, EUA. 2007, páginas 102-131, Publicado por: (Springer, New York, N. Y.); J. Rautio, H.
Kumpulainen, T. Heimbach, R. Oliyai, D. Oh, T. Jãrvinen, J. Savolainen, Nature Rev. Drug Discovery 2008, 7, 255-270).
No entanto, nem todos os potenciais precursores de fármacos são transformados no fármaco de origem numa fracção suficiente, em todos os casos, o que se exemplifica com um derivado amidina e um derivado sulfamato dos furazanobenzimidazoles, que não proporcionam teores mesuráveis do fármaco no sangue após terem sido administrados, em estudos em animais. Isto sublinha ainda mais o desafio de se identificarem para um fármaco determinado os precursores de fármaco adequados, que acumulem todas as propriedades pretendidas. A invenção presente relaciona-se portanto com compostos com a fórmula (II)
R / HN
'Z' nos quais
represente 9 um resíduo divalente de benzeno que seja não substituído ou substituído com um ou mais substituintes adicionais seleccionados independentemente de entre alquilo inferior, haloalquilo inferior, hidroxialquilo inferior, alcoxil inferior-alquilo inferior, aciloxil inferior-alquilo inferior, fenilo, hidroxilo, alcoxilo inferior, hidroxialcoxilo inferior, alcoxil inferior-alcoxilo inferior, fenilalcoxilo inferior, alquilcarboniloxilo inferior, amino, monoalquilamino, dialquilamino, alcoxicarbonilamino inferior, alquilcarbonilamino inferior, amino substituído em que os dois substituintes no azoto formem em conjunto com o azoto um heterociclilo, alquilcarbonilo inferior, carboxilo, alcoxicarbonilo inferior, ciano, halogéneo, e nitro; ou em que dois substituintes adjacentes possam ser metilenodioxilo; ou um resíduo divalente de piridina (Z = N) que seja não substituída ou substituída adicionalmente com alquilo inferior, alcoxilo inferior, alcoxil inferior-alcoxilo inferior, amino, substituído opcionalmente com um ou dois substituintes seleccionados de entre alquilo inferior, alcenilo inferior e alquilcarbonilo, haloalquilo inferior, alcoxil inferior-alquilo inferior, ou halogéneo; R1 represente hidrogénio, alquilcarbonilo inferior, hidroxialquilo inferior ou cianoalquilo inferior; e R2 represente um grupo seleccionado de entre: 10 ο
οΧ^ΝΗ2
HNk/O η2ν ΝΗ2. e os seus sais aceitáveis do ponto de vista farmacêutico.
Os furazanobenzimidazoles com a fórmula (II) são precursores de fármacos com uma melhor solubilidade em fase aquosa, e são clivados in vivo para proporcionar o fármaco de origem correspondente com a fórmula (I — 11) :
em que R1 e Z tenham os mesmos significados que na fórmula (II). Os compostos também são clivados em ensaios celulares e em sangue inteiro.
Os furazanobenzimidazoles com a fórmula (II) têm deste modo os mesmos usos terapêuticos que os compostos de origem correspondentes que estão descritos em pormenor no W02004/103.994. Em especial, os compostos com a fórmula (II) induzem selectivamente a apoptose em células cancerosas e eles podem ser utilizados para o tratamento de doenças neoplásicas e auto-imunes. A invenção diz portanto 11 respeito também a compostos com a fórmula (II) para utilização como medicamentos. A invenção diz respeito além disto a métodos para a síntese de tais compostos, a composições farmacêuticas contendo compostos com a fórmula (II), à utilização de compostos com a fórmula (II) para a preparação de uma composição farmacêutica para o tratamento de doenças neoplásicas e auto-imunes, e a métodos de tratamento de doenças neoplásicas e auto-imunes utilizando os referidos compostos com a fórmula (II) ou composições farmacêuticas que os contenham.
Para os objectivos do pedido presente, o qualificativo "inferior" denota um grupo contendo entre 1 e no máximo 7, em particular 1 a no máximo 4, átomos de carbono, sendo os grupos em questão quer lineares, quer ramificados com uma ou mais ramificações.
Quando se utilizar a forma plural para compostos, sais, e outros semelhantes, isto deve ser entendido com incluindo também um único composto, sal, ou outros semelhantes.
As ligações duplas podem ter em princípio as configurações E ou Z. Os compostos desta invenção podem portanto existir como misturas de isómeros ou como isómeros por si sós. Caso nada se especifique, estarão contempladas ambas as formas isoméricas. 12
Qualquer átomo de carbono assimétrico não indicado na fórmula (II) como possuindo uma configuração bem determinada pode estar presente com a configuração (R), (S) ou (R,S), preferivelmente assumindo a configuração (R) ou a (S) . Os compostos podem portanto estar presentes como misturas de isómeros ou como isómeros puros, preferivelmente como estereoisómeros enantiomericamente puros. A invenção também diz respeito aos tautómeros possíveis dos compostos com a fórmula (II). 0 alquilo inferior tem preferivelmente 1 a 4 átomos de carbono e é butilo, tal como n-butilo, sec-butilo, isobutilo, terc-butilo, propilo, tal como n-propilo ou isopropilo, etilo ou metilo. Preferivelmente o alquilo inferior é metilo ou etilo. 0 cicloalquilo tem preferivelmente 3 a 7 átomos anelares, e pode ser não substituído ou substituído, por exemplo com alquilo inferior ou alcoxilo inferior. 0 cicloalquilo é, por exemplo, ciclohexilo, ciclopentilo, ou metilciclopentilo.
Arilo denota um anel aromático monocíclico ou bicíclico fundido com 5 a 10 átomos de carbono, tal como fenilo, 1-naftilo ou 2-naftilo, ou também um anel bicíclico fundido parcialmente saturado incluindo um grupo fenilo, tal como indanilo, dihidronaftilo ou tetrahidronaftilo. 13 13
Quando z representa um resíduo de benzeno divalente e inclui substituintes adicionais, estes são preferivelmente alquilo inferior, alcoxilo inferior, alcoxil inferior-alcoxilo inferior, amino substituído opcionalmente com um ou dois substituintes seleccionados de entre alquilo inferior, alcenilo inferior e alquilcarbonilo, metilenodioxilo, haloalquilo inferior, alcoxil inferior-alquilo inferior ou halogéneo, mais preferivelmente alquilo inferior, alcoxilo inferior, alcoxil inferior-alcoxilo inferior, metilenodioxilo, haloalquilo inferior, alcoxil inferior-alquilo inferior ou halogéneo. 0 resíduo divalente de benzeno é preferivelmente 1,4-fenileno.
Heteroarilo representa um grupo aromático contendo pelo menos um heteroátomo seleccionado de entre azoto, oxigénio e enxofre, e é monocíclico ou bicíclico. Incluem-se nos heteroarilos monocíclicos os grupos heteroarilo com 5 ou 6 membros contendo 1, 2, 3 ou 4 heteroátomos seleccionados de entre azoto, enxofre e oxigénio. Incluem-se nos grupos heteroarilo bicíclicos grupos heteroarilo com 9 ou 10 membros, com anéis fundidos. Incluem-se nos exemplos de heteroarilo pirrolilo, tienilo, furilo, pirazolilo, imidazolilo, triazolilo, oxazolilo, isoxazolilo, oxadiazolilo, tiazolilo, isotiazolilo, tiadiazolilo, piridilo, piridazinilo, pirimidinilo, 14 pirazinilo, os derivados benzo-fundidos destes grupos heteroarilo monocíclicos, tais como indolilo, benzimidazolilo ou benzofurilo, quinolinilo, isoquinolinilo, quinazolinilo, ou purinilo.
Quando z representar um grupo de piridina divalente e incluir substituintes adicionais, estes são preferivelmente alquilo inferior, alcoxilo inferior, alcoxil inferior-alcoxilo inferior, amino substituído opcionalmente com um ou dois substituintes seleccionados de entre alquilo inferior, alcenilo inferior e alquilcarbonilo, haloalquilo inferior, alcoxil inferior-alquilo inferior, amino ou halogéneo.
Preferivelmente, o grupo piridina divalente é um grupo com a fórmula
Heterociclilo designa preferivelmente um anel monocíclico ou bicíclico saturado, parcialmente saturado ou insaturado, contendo 4-10 átomos, incluindo um, dois ou três heteroátomos seleccionados de entre azoto, oxigénio e enxofre, que pode, a não ser que algo seja especificado em contrário, ser ligado por um carbono ou por um azoto, em que um átomo de azoto do anel possa opcionalmente ser substituído com um grupo seleccionado de entre alquilo 15 inferior, aminoalquilo inferior, arilo, aril-alquilo inferior e acilo, e um átomo de carbono anelar possa ser substituído com um grupo seleccionado de entre alquilo inferior, aminoalquilo inferior, arilo, aril-alquilo inferior, heteroarilo, alcoxilo inferior, hidroxilo ou oxo. São exemplos de heterociclilo pirrolidinilo, oxazolidinilo, tiazolidinilo, piperidinilo, morfolinilo, piperazinilo, dioxolanilo e tetrahidropiranilo.
Acilo designa, por exemplo, alquilcarbonilo inferior, ciclohexilcarbonilo, arilcarbonilo, aril-alquilcarbonilo inferior, ou heteroarilcarbonilo. Acilo é preferivelmente alquilcarbonilo inferior, em especial propionilo ou acetilo.
Hidroxialquilo inferior é preferivelmente hidroximetilo, 2-hidroxietilo ou 2-hidroxi-2-propilo.
Cianoalquilo inferior designa preferivelmente cianometilo e cianoetilo. preferivelmente trifluorometilo,
Haloalquilo inferior é fluoroalquilo inferior, em particular 3,3,3-trifluoroetilo ou pentafluoroetilo.
Halogéneo é flúor, cloro, bromo, ou iodo.
Alcoxilo inferior é em particular metoxilo, etoxilo, isopropiloxilo, ou terc-butiloxilo. 16
Os sais são em particular os sais aceitáveis do ponto de vista farmacêutico. Estes sais são formados, por exemplo, como sais de adição de ácido, preferivelmente com ácidos orgânicos ou inorgânicos, de compostos com a fórmula (II) contendo um átomo de azoto básico. Os ácidos inorgânicos adeguados são, por exemplo, os ácidos halogenados, tais como o ácido clorídrico, o ácido sulfúrico, ou o ácido fosfórico. São ácidos orgânicos adequados, por exemplo, os ácidos carboxílicos, fosfónicos, sulfónicos ou sulfâmicos, por exemplo ácido acético, ácido propiónico, ácido octanóico, ácido dodecanóico, ácido glicólico, ácido láctico, ácido fumárico, ácido succínico, ácido adípico, ácido pimélico, ácido subérico, ácido azeláico, ácido málico, ácido tartárico, ácido cítrico, aminoácidos, tais como ácido glutâmico ou ácido aspártico, ácido maleico, ácido hidroximaleico, ácido metilmaleico, ácido ciclohexanocarboxílico, ácido adamantanocarboxílico, ácido benzóico, ácido salicílico, ácido 4-aminossalicílico, ácido ftálico, ácido fenilacético, ácido mandélico, ácido cinâmico, ácido metanossulfónico ou etanossulfónico, ácido 2- hidroxietanossulfónico, ácido etano-1,2-dissulfónico, ácido benzenossulfónico, ácido 2-naftalenossulfónico, ácido 1,5-naftaleno-dissulfónico, ácido 2-metilbenzenossulfónico 3- metilbenzeno sulfónico ou 4 metilbenzenossufónico, ácido metilsulfúrico, ácido etilsulfúrico, ácido dodecilsulfúrico, ácido N-ciclohexilsulfâmico, ácido N-metilsulfâmico, N-etilsulfâmico ou N-propilsulfâmico, ou 17 outros ácidos protónicos orgânicos, tais como ácido ascórbico.
Para os propósitos de isolamento e de purificação, também se podem utilizar sais que não sejam aceitáveis do ponto de vista farmacêutico, por exemplo picratos ou percloratos. Para utilização em terapia, só são em pregues os sais aceitáveis do ponto de vista farmacêutico ou os compostos livres (quando aplicáveis sob a forma de preparações farmacêuticas), e estes são portanto preferidos.
Atento o relacionamento de proximidade entre os novos compostos sob a forma livre e os que assumem a forma dos seus sais, incluindo aqueles sais que se podem utilizar como intermediários, por exemplo na purificação ou na identificação dos novos compostos, qualquer referência aos compostos livres, acima ou adiante neste documento, deve ser entendida como referindo também os sais correspondentes, consoante seja apropriado e expediente.
Podem utilizar-se os compostos com a fórmula (II) do mesmo modo que os correspondentes fármacos de que eles provêm. Portanto a invenção também diz respeito a compostos com a fórmula (II) tal como definidos acima neste documento para utilização como medicamentos, em especial para o tratamento de uma doença neoplásica de uma doença auto-imune, de patologia relacionada com transplantação e/ou de 18 uma doença degenerativa, em especial para o tratamento de uma doença neoplásica.
Os compostos com a fórmula (II) consoante a invenção denotam eficácia terapêutica em particular contra doenças neoplásicas e doenças auto-imunes. Em especial, os compostos da invenção são activos contra lesões malignas, por exemplo neoplasias epiteliais, neoplasias de células escamosas, neoplasias de células basais, papilomas de células transicionais e carcinomas, adenomas e adenocarcinomas, neoplasias anexiais e de apêndices da pele, neoplasias mucoepidermóides, neoplasias cisticas, neoplasias mucinosas e serosas, neoplasias dos duetos, lobulares e medulares, neoplasias de células acinares, neoplasias epiteliais complexas, neoplasias gonadais especializadas, paragangliomas e tumores glómicos, nevos e melanomas, tumores de partes moles e sarcomas, neoplasias fibromatosas, neoplasias mixomatosas, neoplasias lipomatosas, neoplasias miomatosas, neoplasias mistas e complexas, neoplasias estromais fibroepiteliais, neoplasias de tipo sinovial, neoplasias mesoteliais, neoplasias de células germinativas, neoplasias trofoblásticas, mesonefromas, tumores dos vasos sanguíneos, tumores dos vasos linfáticos, neoplasias ósseas e condromatosas, tumores de células gigantes, tumores ósseos diversos, tumores odontogénicos, gliomas, meningiomas, tumores da bainha dos nervos, tumores de células granulares neuroepiteliomatosos e alveolares, sarcomas de partes moles, linfomas de Hodgkin não de Hodgkin, outras 19 linfoneoplasias, tumores de células de plasma, mastocitomas, doenças imunoproliferativas, leucemias, doenças reumáticas, doenças linfoproliferativas diversas e sindromes mielodisplásicas.
Em especial, um composto com a fórmula (II) consoante a invenção denota eficácia terapêutica em particular contra doenças neoplásicas sólidas, por exemplo neoplasias epiteliais, neoplasias de células escamosas, neoplasias de células basais, papilomas e carcinomas de células transicionais, adenomas e adenocarcinomas, neoplasias anexiais de apêndices da pele, neoplasias mucoepidermóides, neoplasias císticas, mucinosas e serosas, neoplasias ductais, lobulares e medulares, neoplasias de células acinares, neoplasias epiteliais complexas, neoplasias especializadas das gónadas, paragangliomas e tumores glómicos, nevos e melanomas, tumores e sarcomas de tecidos moles, neoplasias fibromatosas, neoplasias mixomatosas, neoplasias lipomatosas, neoplasias miomatosas, neoplasias complexas mistas e estromais, neoplasias fibroepiteliais, neoplasias de tipo sinovial, neoplasias mesoteliais, neoplasias de células germinativas, neoplasias trofoblásticas, mesonefromas, tumores dos vasos sanguíneos, tumores dos vasos linfáticos, neoplasias ósseas e condromatosas, tumores de células gigantes, tumores ósseos diversos, tumores odontogénicos, gliomas, neoplasias neuroepiteliomatosas, meningiomas, tumores da bainha dos nervos, tumores de células granulares e sarcomas alveolares de partes moles. 20
Os compostos da invenção são e igual modo activos contra doenças auto-imunes, por exemplo contra lúpus eritematoso sistémico, discóide ou subagudo cutâneo, artrite reumatóide, síndrome antifosfolipidos, CREST, esclerose sistémica progressiva, doença mista de tecido conjuntivo (síndrome de Sharp), síndrome de Reiter, artrite juvenil, doença por aglutininas a frio, crioglobulinemia mista, febre reumática, espondilite anquilosante, poliartrite crónica, miastenia grave, esclerose múltipla, polineuropatia desmielinizante inflamatória crónica, síndrome de Guillan-Barré, dermatomiosite/polimiosite, anemia hemolítica auto-imune, púrpura trombocitopénica, neutropenia, diabetes melitos de tipo I, tireoidite (incluindo a doença de Graves e a de Hashimoto), doença de Addison, síndrome poliglandular, pênfigo (vulgar, foliáceo, sebáceos e vegetans), pênfigo bolhoso e penfigóide cicatricial, penfigóide gestacional, epidermólise bolhosa adquirida, doença IgA linear, líquen escleroso e atrófico, morbus de Duhring, psoríase vulgar, psoríase gutata, psoríase pustular generalizada e psoríase pustular localizada, vitiligo, alopecia areata, cirrose biliar primária, hepatite auto-imune, todas as formas de glomerulonefrite, hemorragia pulmonar (síndrome de Goodpasture) , nefropatia IgA, anemia perniciosa e gastrite auto-imune, doenças inflamatórias do intestino (incluindo colite ulcerosa e doença de Crohn), doença de Behçet, doença Celíaca, uveíte auto-imune, miocardite auto-imune, orquite granulomatosa, espermatogénese sem orquite, 21 idiopática e fibrose pulmonar secundária, doenças inflamatórias com uma possibilidade de patogénese auto-imune, tais como pioderma gangrensosum, líquen rubro, sarcoidose (incluindo de Lofgren e de tipo cutâneo/subcutâneo), granuloma anular, reacções imunológicas de tipo I e de tipo IV, asma brônquica, dermatite polinosa, atópica, de contacto e proveniente do ar, vasculite de grandes vasos (de células gigantes e arterite de Takayasu), vasculite de vasos de tamanho médio (poliartrite nodosa, doença de Kawasaki), vasculite de pequenos vasos (granulomatose de Wegener, síndrome de Churg Strauss, poliangi-ite microscópica, púrpura de Henoch-Schoenlein, vasculite crioglobulinémica essencial, angi-ite leucoclástica cutânea), síndromes de hipersensibilidade, necrose epidérmica tóxica (síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme) , doenças devidas a efeitos colaterais de fármacos, todas as formas de reacção imunológica cutâneas, específicas de órgãos e efeitos sistémicos devidas aos tipos de reacção I-VI (classificação de Coombs), patologias relacionadas com transplantes, tais como doença aguda e crónica de enxerto em relação ao hospedeiro e do hospedeiro em relação ao enxerto, envolvendo todos os órgãos (pele, coração, rim, medula óssea, olhos, fígado, baço, pulmão, músculos, sistema nervoso central e periférico, tecido conjuntivo, ossos, sangue e vasos linfáticos, sistema génito-urinário, orelha, cartilagens, sistema linfático primário e secundário incluindo a medula óssea, nódulos linfáticos, o timo, o tracto gastrointestinal, incluindo da oro-faringe, 22 esofágico, do estômago, do intestino delgado, do cólon, do recto, e incluindo partes dos órgãos mencionados acima e adiante, ao nivel de uma única célula, e de subestruturas, por exemplo células estaminais).
Pode administrar-se um composto com a fórmula (II) por si só ou em combinação com outros agentes terapêuticos, tomando a terapia de combinação possível a forma de combinações fixas, ou a administração de um composto da invenção com um ou mais agentes terapêuticos de modo alternado, ou administrados independentemente uns dos outros, ou a administração combinada de combinações fixas com um ou mais outros agentes terapêuticos. Pode-se administrar um composto com a fórmula (II) , para além ou adicionalmente, em particular para a terapia de tumores, em combinação com quimioterapia, com radioterapia, com imunoterapia, com intervenção cirúrgica, ou com uma combinação destas. A terapia a longo termo também é possível tal como a terapia e, no contexto de outras estratégias de tratamento, tal como se descreveu acima. Outros tratamentos possíveis são uma terapia para manter o estado de um doente depois da regressão do tumor, ou mesmo uma terapia quimiopreventiva, por exemplo para doentes em risco. É especialmente preferida a utilização de compostos com a fórmula (II) em combinação com a radioterapia.
Os agentes terapêuticos que intervêm nas combinações possíveis são em particular um ou mais compostos citoestáticos ou citotóxicos, por exemplo um ou 23 vários agentes quimioterapêuticos seleccionados de entre o conjunto constituído por indarrubicina, citarabina, interferão, hidroxiureia, bissulfano, ou um inibidor da síntese de poliamina, um inibidor de proteína quinase, em particular de uma serina/treonina proteína quinase, tal como a proteína quinase C, ou proteína quinase da tirosina, tal como a tirosina quinase do receptor do factor de crescimento epidérmico, uma citoquina, um regulador negativo do crescimento, tal como TGF-β ou IFN-β, um inibidor de aromatase, um citoestático clássico, um inibidor da interacção de um domínio SH2 com uma proteína fosforilada, um inibidor de Bcl-2 e moduladores de membros da família Bcl-2 tais como as proteínas Bax, Bid, Bad, Bim, Nip3 e BH3-apenas
Um composto consoante a invenção não se destina apenas à gestão (profiláctica e preferivelmente terapêutica) de seres humanos, mas também ao tratamento de outros animais de sangue quente, por exemplo de animais comercialmente úteis, por exemplo roedores, tais como murganhos, coelhos ou ratos, ou cobaias. Um tal composto também pode ser utilizado como padrão de referência para permitir uma comparação com outros compostos.
Breve descrição dos desenhos A Figura 1 mostra uma comparação das actividades anti-tumorais do precursor de fármaco de lisina consoante o Exemplo 1 com o correspondente 24 fármaco de que ele provém em xenotransplantes de cancro colo-rectal SW480, depois de uma aplicação semanal por via endovenosa. A Figura 2 mostra uma comparação das actividades anti-tumorais dos referidos compostos em xenotransplantes de cancro colo-rectal SW480, depois de três aplicações semanais por via endovenosa.
Nos conjuntos de compostos com a fórmula (II) mencionados adiante neste documento, as definições dos substituintes mencionadas nas definições gerais acima neste documento podem ser razoavelmente utilizadas, por exemplo, para substituir definições mais gerais, ou em particular as definições caracterizadas como sendo preferidas.
Uma concretização especifica da invenção são compostos com a fórmula (II) tal e qual, isto é, que não estejam sob a forma de um sal. Verificou-se nomeadamente que a forma de sal não é necessária para proporcionar uma solubilidade suficiente dos compostos em meios aquosos. Isto é especif icamente o caso do composto com a fórmula (II) na qual R2 represente o grupo com a fórmula
25
Estes compostos são já muito solúveis em meios aquosos que apresentem um pH de entre 6,5 e 5. São preferidos os compostos com a fórmula (II) na qual o grupo com a fórmula
represente 1,4-pfenileno ou um grupo
Outro conjunto preferido dos compostos com a fórmula (II) são aqueles nos quais R1 represente hidrogénio ou cianoalquilo inferior, em especial cianoetilo.
Mais um conjunto particularmente preferido de compostos com a fórmula (II) são os compostos com as fórmulas
26
Em particular os compostos com as fórmulas
, N
É mais preferido o composto com fórmula 27 ΗΝ
e os seus sais aceitáveis do ponto de vista farmacêutico, por exemplo um sal cloridrato.
Podem preparar-se os compostos da invenção por processos que são conhecidos por si próprios, em especial um processo no qual se acila um composto com a fórmula (I-II) ,r1
HN
na qual R1 e Z sejam definidos tal como para a fórmula (II) e na qual o grupo z 28 possa opcionalmente ser mais substituído com um ou dois substituintes adicionais tal como se definiram acima, ou um composto que contenha grupos funcionais sob forma protegida, ou um seu sal: (1) com um aminoácido com a fórmula (III) x>° (III) H%" na qual R10 seja seleccionado de entre hidrogénio (Gly); metilo (Ala) e aminobutilo protegido (Lys) e R11 seja um grupo protector de amino adequado, e (2) sejam removidos quaisquer grupos protectores do composto resultante para se obter um composto com a fórmula (II) e, se tal se pretender, (3) se transforme o referido composto com a fórmula (II) num sal tal como se descreveu acima, ou se transforme um sal de um composto com a fórmula (II) no composto livre 29 correspondente com a fórmula (II) ou num outro sal, e/ou se separe uma mistura de compostos isoméricos do produto nos seus isómeros individuais .
Leva-se a cabo a acilação de um composto com a fórmula (I-II) com um aminoácido com a fórmula (III) de um modo conhecido por si próprio, em geral na presença de um solvente adequado polar ou dipolar aprótico, sob arrefecimento ou aquecimento consoante for necessário, por exemplo numa gama de temperaturas de entre cerca de menos 80°C e cerca de mais 150°C, mais preferivelmente de entre menos 30 °C e mais 120 °C, em particular numa gama de entre cerca de 0°C e a temperatura de refluxo do solvente utilizado. Opcionalmente adiciona-se uma base adequada, em especial uma base aromática tal como piridina ou colidina ou uma base de amina terciária tal como trietilamina ou di-isopropiletilamina, ou um sal básico inorgânico, por exemplo carbonato de sódio ou de potássio.
Pode levar-se a cabo a acilação em condições utilizadas para a formação de amidas, conhecidas por si próprias na química de péptidos, por exemplo com agentes que activam o grupo carboxilo, tais como as carbodi-imidas tais como a N, N'-dietilcarbodi-imida, a N, N' -dipropilcarbodi-imida, a N,N'-di-isopropilcarbodi-imida, a N,N'-diciclohexilcarbodi-imida e o cloridrato de N-(3-dimetilaminoisopropil)-N'-etilcarbodi-imida (EDC), ou com agentes tais como o 1-hidroxibenzotriazole (HOBt), o 30 hexafluorofosfato de benzotriazol-1- iloxitris(dimetilamino)-fosfónio (BOP), o hexafluorofosfato de O- (7-aza-benzotriazol-l-il)-N,N,N',N'-tetrametil-urónio (HATU), o tetrafluoroborato de 2-(2-oxo-l-(2H)-piridil)-1,1,3,3-tetrametilurónio (TPTU), opcionalmente na presença de bases, catalisadores ou co-reagentes adequados. Também se pode activar o grupo carboxilo sob a forma de um halogeneto de acilo, preferivelmente um cloreto de acilo, por exemplo por reacção com cloreto de tionilo ou com cloreto de oxalilo, ou sob a forma de um anidrido, simétrico ou não simétrico, por exemplo por reacção com halogenoformatos tais como o cloroformato de etilo, opcionalmente na presença de bases, catalisadores ou co-reagentes adequados.
Caso um ou mais outros grupos funcionais, por exemplo carboxilo, hidroxilo ou amino, estejam ou precisem de ser protegidos num composto com a fórmula (I-II) ou (III), porque não devem tomar parte na reacção, utilizam-se grupos protectores tais como os que são habitualmente utilizados na síntese de amidas como, em especial de compostos peptídicos, cefalosporinas, penicilinas, derivados de ácidos nucleicos e açúcares, que são conhecidos dos especialistas da técnica. São grupos protectores adequados para grupos amino por exemplo carbamato de t-butilo, carbamato de benzilo ou carbamato de 9-fluorenilmetilo. 31
Os grupos protectores podem já estar presentes nos precursores e devem proteger os grupos funcionais a gue dizem respeito contra reacções secundárias indesejáveis, tais como alquilações, acilações, eterificações, esterificações, oxidações, solvólise, e reacções semelhantes. É uma caracteristica dos grupos protectores que eles se prestam facilmente, isto é sem reacções secundárias indesejáveis, a serem removidos, tipicamente por solvólise, redução, fotólise ou também por actividade enzimática, por exemplo em condições análogas às condições fisiológicas, e que eles não estão presentes nos produtos finais. 0 especialista sabe, ou pode estabelecer facilmente, quais os grupos protectores adequados face às reacções mencionadas acima neste documento e adiante neste documento. A protecção destes grupos funcionais por grupos destes, os grupos protectores eles próprios, e as reacções para a sua remoção, estão descritos por exemplo em livros de referência padrão para a síntese peptídica, e em particular em livros sobre grupos protectores, tais como J. F. W. McOmie, "Protective Groups in Organic Chemistry", Plenum Press, Londres e Nova Iorque 1973, em "Methoden der Organischen Chemie" (Métodos da Química Orgânica), Houben-Weyl, 4a edição, Volume 15/1, Georg Thieme Verlag, Estugarda 1974, e em T. W. Greene, G. M. Wuts "Protective Groups in Organic Synthesis", Wiley, Nova Iorgue, 2006. 32
Nos passos processuais adicionais, levados a cabo consoante se pretenda, podem estar presentes grupos funcionais dos compostos de partida que não entrem em reacção, sob uma forma não protegida, ou podem estar protegidos por exemplo com um ou mais dos grupos protectores mencionados acima neste documento como "grupos protectores". Os grupos protectores são então parcial ou completamente removidos seguindo um dos métodos ai descritos.
Podem preparar-se sais de um composto com a fórmula (II) que possua um grupo formador de sal, de um modo conhecido por si próprio. Os sais de adição de ácidos dos compostos com a fórmula (II) podem deste modo ser obtidos por tratamento com um ácido ou com um reagente de permuta de aniões adequado.
Podem em geral transformar-se os sais em compostos livres, por exemplo no caso dos sais de adição a ácidos por tratamento com compostos básicos adequados, por exemplo com carbonatos de metais alcalinos, com hidrogenocarbonatos de metais alcalinos, ou com hidróxidos de metais alcalinos, tipicamente com carbonato de potássio ou com hidróxido de sódio.
Deve sublinhar-se que também podem ocorrer reacções análogas às transformações mencionadas neste capitulo, a nivel dos intermediários apropriados. 33
Todos os passos processuais descritos neste documento podem ser levados a cabo em condições reaccionais conhecidas, preferivelmente nas que sejam especificamente mencionadas, na ausência ou em geral na presença de solventes ou de diluentes, preferivelmente os que sejam inertes em relação aos reagentes utilizados e que sejam capazes de os dissolver, na ausência ou na presença de catalisadores, agentes de condensação ou agentes neutralizantes, por exemplo de permuta iónica, tipicamente de permuta catiónica, por exemplo sob a sua forma de H+, consoante o tipo de reacção e/ou de reagentes e a temperaturas mais baixas, normais, ou elevadas, por exemplo na gama de entre menos 100°C e cerca de 190°C, preferivelmente de entre cerca de menos 80°C e cerca de 150°C, por exemplo a entre menos 80 e 60°C, a entre menos 20 e 40 °C, à temperatura ambiente, ou à do ponto de ebulição do solvente que se utilizar, à pressão atmosférica ou num reactor fechado, quando apropriado sob pressão, e/ou numa atmosfera inerte, por exemplo sob árgon ou azoto.
Podem estar presentes sais em todos os compostos de partida e intermediários, quando estes contiverem grupos formadores de sais. Também podem estar presentes sais durante a reacção desses compostos, desde que eles não perturbem o decurso da reacção.
Em todos os passos reaccionais, as misturas de isómeros que ocorram podem ser separadas nos isómeros individuais, por exemplo diastereómeros ou enantiómeros, ou 34 a quaisquer misturas de isómeros, por exemplo racematos ou misturas diastereoméricas.
Na concretização preferida, preparam-se os compostos com a fórmula (II) de acordo ou por analogia com os processos e os passos de processo descritos nos Exemplos.
Os compostos com a fórmula (II), incluindo os seus sais, também podem assumir as formas de hidratos ou de solvatos.
As matérias-primas com a fórmula (I-II) e (III) são conhecidas e ou estão comercialmente disponíveis, ou podem ser sintetizadas por analogia ou consoante os métodos que são conhecidos na técnica. 0 fabrico dos compostos com a fórmula (I—II) está descrito por exemplo no WO 2004/103.994 e pode ser levado a cabo por exemplo consoante o seguinte esquema reaccional geral: 35
(III)
Também se podem fabricar os compostos com a fórmula (II) como se ilustra para as correspondentes amidas de lisina precursoras de fármacos no esquema reaccional seguinte, no qual "Cbz" significa benziloxicarbonilo:
R1 HN
36
Este processo pode ser utilizado para fabricar não só os compostos com a presente fórmula (II) mas também pode ser vantajosamente utilizado para fabricar amidas precursoras de fármacos dos compostos com a fórmula (I) tal como se define no WO 2004/103.994, com qualquer aminoácido com ocorrência natural em geral, por exemplo as amidas precursoras de fármacos dos compostos com a fórmula (I-II) tal como se definiram acima, com os referidos aminoácidos, isto é, com glicina, alanina, arginina, asparagina, ácido asparaginico, cisteina, glutamina, ácido glutaminico, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, prolina, serina, treonina, triptofano, tirosina ou valina, por exemplo. A invenção também diz respeito portanto a um processo para o fabrico de um composto com a fórmula (II — G) :
R1 / HN
ou de um seu sal, incluindo os passos de: (a) se fazer reagir um composto com a fórmula 37 Ο ζ νη2 com um derivado de um alf a-aminoácido com a fórmula:
O HO—Aminoácido protegido na presença de um agente activante e opcionalmente na presença de bases adequadas, catalisadores adequados ou co-reagentes adequados, preferivelmente na presença de hexafluorofosfato de 0-(7-azabenzotriazol-l-il)-N,N,N',N'-tetrametilurónio (HATU) e de 2,4,6-colidina, para se obter o composto com a fórmula:
(b) se fazer reagir o produto do Passo (a) com um agente bromante tal como bromo ou brometo cúprico, preferivelmente brometo cúprico para se obter o bromocomposto com a fórmula: 38
(c) se fazer reagir o referido bromocomposto obtido no Passo (b) com um composto com a fórmula: R1 /
HN
N I O na presença de uma base, por exemplo carbonato de potássio, para se obter o composto com a fórmula:
Aminoácido protegido (d) se removerem quaisquer grupos protectores que estejam presentes do grupo "aminoácido protegido" para se obter o composto com a fórmula (II-G) e, opcionalmente, 39 (e) se transformar o composto referido com a fórmula (II-G) num seu sal, em que as fórmulas R1 e z\ tenham um dos significados descritos acima neste documento, R2_g seja um grupo com a fórmula
O
—N—U— Aminoácido H "Aminoácido" representa um resíduo derivado de Glicina, Alanina ou Lisina por remoção do grupo carboxilo do átomo de carbono alfa do aminoácido referido, e "Aminoácido protegido" significa o mesmo aminoácido que "Aminoácido", cujos grupos amino primários e se necessário outros grupos funcionais deste aminoácido estejam protegidos com grupos protectores adequados. Os grupos protectores adequados são conhecidos dos especialistas da técnica e estão por exemplo descritos em "Protective Groups in Organic Synthesis." Terceira Edição, por Theodora W. Greene e Peter G. M. Wuts. John Wiley & Sons, Nova Iorque, 1999. xxi + 779 pp. 16 x 24 cm. ISBN 0-471-16019-9. 40 A invenção presente também diz respeito a composições farmacêuticas que incluam um composto com a fórmula (II) a titulo de componente ou ingrediente activo e que possam ser utilizadas particularmente como medicamentos, em especial no tratamento das doenças mencionadas acima. São especialmente preferidas as composições para administração entérica, tal como nasal, bucal, rectal ou especialmente, administração oral, ou para administração parentérica, tal como a administração endovenosa, intramuscular ou subcutânea, a animais de sangue quente, em particular a seres humanos. As composições incluem o ingrediente activo, preferivelmente em conjunto com um veiculo aceitável do ponto de vista farmacêutico. A dosagem do ingrediente activo depende da doença que se está a tratar e da espécie, da sua idade, massa corporal, e estado individual, dos dados farmacocinéticos individuais, e do modo de administração. A invenção também diz respeito a composições farmacêuticas para utilização num método para a gestão profilática ou particularmente terapêutica do corpo humano ou de um animal, em especial num método de tratar doenças neoplásicas, doenças auto-imunes, patologias relacionadas com transplantação e/ou doenças degenerativas, em particular as mencionadas acima neste documento. 41 A invenção também diz respeito a processos e à utilização dos compostos com a fórmula (II) para a preparação das preparações farmacêuticas que contenham compostos com a fórmula (II) ou seus sais a titulo de uma componente activa do ponto de vista farmacêutico. A invenção presente também diz respeito à utilização dos compostos com a fórmula (II) em sistemas de depósito para libertação local de fármacos, tais como polímeros biodegradáveis. A composição farmacêutica para a gestão profiláctica ou em particular terapêutica de uma doença neoplásica, de uma doença auto-imune, de uma patologia relacionada com a transplantação e/ou de uma doença degenerativa, de um animal com sangue quente, em particular de um ser humano ou de um mamífero que necessite de um tal tratamento, incluindo um composto com a fórmula (II) a título de um ingrediente activo, numa quantidade que seja activa do ponto de vista profiláctico ou em especial terapêutico, contra as doenças referidas, é de igual modo preferida.
As composições farmacêuticas incluem entre cerca de 1 % e cerca de 95 % de ingrediente activo. As formas de administração de dose única contêm preferivelmente entre cerca de 20 % e cerca de 90 % de ingrediente activo e as formas que não são do tipo de dose única contêm preferivelmente entre cerca de 5 % e cerca de 20 % de 42 ingrediente activo. As formas de unidade de dose são, por exemplo, comprimidos revestidos e não revestidos, ampolas, frascos, supositórios, ou cápsulas. São formas de dosagem adicionais, por exemplo, unguentos, cremes, pastas, espumas, tinturas, batons, gotas, aspersões, dispersões, etc. São exemplos as cápsulas contendo entre cerca de 0,01 g e cerca de 1,0 g de ingrediente activo.
Preparam-se as composições farmacêuticas da invenção presente e um modo conhecido por si próprio, por exemplo através dos processos convencionais de mistura, granulação, revestimento, dissolução ou liofilização. É dada uma preferência especifica à utilização de soluções do ingrediente activo, em particular de soluções aquosas, em especial soluções aquosas isotónicas que, por exemplo no caso das composições liofilizadas incluindo o ingrediente activo por si só ou em conjunto com um veiculo, por exemplo manitol, podem ser preparadas antes da utilização. Podem esterilizar-se as composições farmacêuticas e/ou elas podem incluir excipientes, por exemplo conservantes, estabilizadores, agentes molhantes e/ou emulsionantes, solubilizadores, sais para regular a pressão osmótica e/ou tampões, de um modo conhecido por si próprio, por exemplo recorrendo aos processos convencionais de dissolução e de liofilização. As referidas soluções ou suspensões podem incluir agentes de aumento da viscosidade, tipicamente carboximetilcelulose sódica, carboximetilcelulose, dextrana, polivinilpirrolidona, ou 43 gelatinas, ou também solubilizantes, por exemplo Tween 80® (mono-oleato de polioxietileno(20)sorbitan). O fabrico de preparações injectáveis é em geral levado a cabo em condições estéreis, tal como o enchimento, por exemplo, de ampolas ou frascos, e a selagem dos contentores.
Os veículos adequados são em particular cargas, tais como açúcares, por exemplo lactose, sacarose, manitol ou sorbitol, preparações celulósicas, e/ou fosfatos de cálcio, por exemplo fosfato tricálcico ou hidrogenofosfato de cálcio, e também aglomerantes, tais como amidos, por exemplo de milho, de trigo, de arroz ou de batata, metilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose, carboximetilcelulose sódica, e/ou polivinilpirrolidona, e/ou, caso tal se pretenda, desintegrantes, tais como os amidos mencionados acima, e também carboximetilamido, polivinilpirrolidona com ligações cruzadas, ácido algínico ou um seu sal, tal como alginato de sódio. São excipientes adicionais em particular os condicionantes do caudal e os lubrificantes, por exemplo ácido silícico, talco, ácido esteárico ou os seus sais, tais como os estearatos de cálcio ou de magnésio, e/ou polietilenoglicol, ou seus derivados.
Os núcleos dos comprimidos podem incluir revestimentos superficiais adequados, opcionalmente entéricos, recorrendo-se à utilização de, entre outros, 44 soluções concentradas de açúcar que podem incluir goma-arábica, talco, polivinilpirrolidona, polietilenoglicol e/ou dióxido de titânio, ou soluções de revestimento em solventes orgânicos adequados ou em misturas de solventes, ou, para a preparação de revestimentos entéricos, soluções de preparações de celulose adequadas, tais como ftalato de acetilcelulose ou ftalato de hidroxipropilmetilcelulose. Podem adicionar-se corantes ou pigmentos aos comprimidos ou aos revestimentos dos comprimidos, por exemplo com objectivos de identificação ou para indicar doses diferentes do ingrediente activo.
As composições farmacêuticas para administração oral também incluem cápsulas duras constituídas por gelatina, e também cápsulas mole seladas constituídas por gelatina e um plastificante, tal como glicerol ou sorbitol. As cápsulas duras podem conter o ingrediente activo sob a forma de grânulos, por exemplo em mistura com cargas, tais como amido de milho, aglomerantes, e/ou agentes de escorregamento, tais como talco ou estearato de magnésio, e opcionalmente estabilizantes. Nas cápsulas moles, o ingrediente active está preferivelmente dissolvido ou suspenso em excipientes líquidos adequados, tais como óleos gordos, óleo de parafina ou polietilenoglicóis líquidos ou ainda ésteres de ácidos gordos com etilenoglicol ou propilenoglicol, aos quais se podem também adicionar estabilizantes e detergentes, por exemplo do tipo dos ésteres de ácidos gordos com polioxietilenossorbitan. 45 São composições farmacêuticas adequadas para administração rectal, por exemplo, supositórios que são constituídos por uma combinação do ingrediente activo com uma base para supositórios. São bases adequadas para supositórios, por exemplo, triacilgliceróis naturais ou sintéticos, hidrocarbonetos de tipo parafina, polietilenoglicóis ou alcanóis superiores.
Para administração parentérica, são particularmente adequadas soluções aquosas de um ingrediente activo sob uma forma solúvel em água, por exemplo a de um sal solúvel em água, ou suspensões aquosas injectáveis que contenham substâncias que lhes aumentem a viscosidade, por exemplo carboximetilcelulose sódica, sorbitol e/ou dextrana, e, caso tal se pretenda, estabilizantes. 0 ingrediente activo, opcionalmente em conjunto com excipientes, também pode assumir a forma de um liofilizado e pode ser dissolvido antes da administração parentérica por adição dos solventes adequados.
Também se podem utilizar soluções como as que são utilizadas, por exemplo, para administração parentérica, a título de soluções para infusão.
Os conservadores preferidos são, por exemplo, antioxidantes, tais como ácido ascórbico, ou microbicidas, tais como ácido sórbico ou ácido benzóico. 46 A invenção presente diz também respeito ainda a um método para o tratamento de uma doença neoplásica, uma doença auto-imune, uma patologia relacionada com transplantação e/ou uma doença degenerativa, o qual inclui administrar-se um composto com a fórmula (II) ou um seu sal aceitável do ponto de vista farmacêutico, no qual os grupos e os símbolos tenham os significados que se definiram acima para a fórmula (II), numa quantidade eficaz contra a doença referida, a um animal de sangue quente que necessite de um tal tratamento. Os compostos com a fórmula (II) podem ser administrados tal e qual ou em particular sob a forma de composições farmacêuticas, a título profiláctico ou terapêutico, preferivelmente numa quantidade eficaz contra as doenças referidas, a um animal de sangue quente, por exemplo um ser humano, que necessite de um tal tratamento. No caso de um indivíduo com uma massa corporal de cerca de 70 kg a dose diária administrada é de entre cerca de 0,01 g e cerca de 5 g, preferivelmente entre cerca de 0,05 g e cerca de 1,5 g, de um composto da invenção presente. A invenção presente diz respeito em particular também à utilização de um composto com a fórmula (II), ou de um seu sal aceitável do ponto de vista farmacêutico, em particular de um composto com a fórmula (II) que se afirma ser preferido, ou de um seu sal aceitável do ponto de vista farmacêutico, tal qual ou sob a forma de uma formulação farmacêutica com pelo menos um veículo aceitável do ponto de vista farmacêutico, para a gestão terapêutica e também profiláctica de uma ou mais das doenças mencionadas acima 47 neste documento, em especial uma doença neoplásica, uma doença auto-imune, uma patologia relacionada com uma transplantação e/ou uma doença degenerativa. A quantidade preferida da dose, a composição e a preparação e formulações farmacêuticas (remédios) que se irão utilizar em cada caso, estão descritas acima.
Os Exemplos que se seguem servem para ilustrar a invenção sem limitar o âmbito da invenção.
Exemplos
Abreviaturas: Cbz = benziloxicarbonilo, DIPEA = N,N-di-isopropil-N-etilamina, DMAP = N,N-dimetilaminopiridina, DMF = N,N-dimetilformamida, DMSO = sulfóxido de dimetilo, eq = equivalente, ESI = ionização por aspersão com electrões, HATU = hexafluorofosfato de 0-(7-azabenzotriazol-l-il)-Ν,Ν,Ν',N'-tetrametilurónio, THF = tetrahidrofurano.
Todos os reagentes e solventes são de qualidade comercial e foram utilizados sem qualquer purificação adicional, a não ser aonde se indicar algo em contrário.
As temperaturas apresentadas são temperaturas externas dos banhos, a não ser aonde se indicar algo em contrário. 48
Os espectros de massa (ESI-MS) foram registados num espectrómetro Waters Micromass ZQ, num espectrómetro Varian 1200L Quadrupole MS ou num espectrómetro Agileant 1100 LC/MSD.
Os espectros de RMN foram obtidos com um espectrómetro Bruker Avance 400 MHz ou com um espectrómetro Varian Mercury Plus 400 MHz, utilizando DMSO-d6, CDCI3, acetona-d6, CD3OD, D20 a titulo de solvente. Os desvios químicos (δ) estão expressos em ppm.
Exemplo 1 (A) Síntese de 3-(4-{l-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-lH-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo
49 Éster benzílico do ácido (4-acetil-fenil)- carbâmico
Adicionam-se a uma solução agitada de 10 g de 4-aminoacetofenona (74 mmol, 1 eq) numa mistura de 60 mL de água e 100 mL de dioxano a 0°C, 12,43 g de NaHCCb (148 mmol, 2 eq) e 15,3 g de cloroformato de benzilo (85 mmol, 1,15 eq, pureza de 95 %). Agita-se a mistura à temperatura ambiente durante 4 h e depois concentra-se sob pressão reduzida para remover o dioxano. Dilui-se a suspensão com 7 0 mL de água e 150 mL de acetato de etilo. Separam-se as fases e lava-se a fase orgânica com 2 x 50 mL de salmoura, seca-se sobre Na2S04, filtra-se e concentra-se sob pressão reduzida para se obterem 19,5 g do produto sob a forma de um sólido. MS (ESI+): 270 [M+H]. RMN de ΧΗ (400 MHz, DMSO-dg) ppm: 10,18 (S, 1H) 7, 92-7, 89 (m, 2H) , 7,61-7,58 (m, 2H) , 7,46-7,33 (m, 5H) 5,18 (s, 2H) , 2,51 (s, 3H) . Éster benzilico do ácido [4-(2-bromo- -acetil) fenil]-carbâmico 50
Br
Aquece-se uma mistura de 18,5 g de éster benzílico do ácido (4-acetil-fenil)-carbâmico (a 95 %, 65,3 mmol, 1 eq) com 30,7 g de CuBr2 (138 mmol, 2,1 eq) em 740 mL de etanol ao refluxo durante 2 h. Depois de arrefecer até à temperatura ambiente, filtra-se a mistura e lava-se o resíduo com 2.000 mL de acetato de etilo. A mistura ácida (pH <1) dos filtrados de etanol e acetato de etilo é levada a pH 5 por adição de uma solução aquosa 1 N de NaOH. Adicionam-se 200 mL de água. Separa-se a fase orgânica, lava-se com 3 x 200 mL de salmoura, seca-se sobre Na2SC>4, filtra-se e concentra-se sob pressão reduzida para se obterem 23,78 g do produto em bruto sob a forma de um sólido, que se utiliza no passo seguinte sem qualquer purificação adicional. MS (ESI+) : 348 + 350 [M+H]. RMN de *Η (400 MHz, DMSO-de) ppm: 10,26 (s, 1H) 8, 00-7, 90 (m, 2H) , 7,65-7,59 (m, 2H) , 7,46-7,34 (m, 5H) 5,19 (s, 2H) , 4, 84 (s, 2H). (lH-Benzimidazol-2-il)-hidroxi-imino-acetonitrilo
51
Adiciona-se gota a gota, a uma solução agitada e arrefecida sobre gelo de 10 g de 2-benzimidazolilacetonitrilo (63,6 mmol, 1 eq) em 50 mL de ácido acético glacial, uma solução de 4,83 g de nitrito de sódio (70 mmol, 1,1 eq) numa quantidade mínima de água (10 mL). Completada a adição, deixa-se agitar a mistura reaccional à temperatura ambiente durante 1 h. Filtra-se o precipitado que se formou durante o decurso da reacção e lava-se com 2 x 20 mL de água fria e com 2 x 30 mL de éter dietílico para se obterem 11,8 g do produto sob a forma de um sólido amarelo claro. MS (ESI+): 187 [M+H]. RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) ppm: 14,44 (largo, 1H) , 13,15 (s, 1H), 7, 80 - 7,20 (m, 4H) . 4-(lH-Benzimidazol-2-il)-furazan-3-ilamina
Adicionam-se lentamente a uma solução agitada e arrefecida sobre gelo de 13,2 g de cloridrato de hidroxilamina (190 mmol, 3 eq) em 20 mL de água, 15,3 g de hidróxido de potássio (27,2 mmol, 4,3 eq) . Em seguida adicionam-se 60 mL de diglima (éter dimetílico do dietilenoglicol) e 11,8 g de (lH-benzimidazol-2-il)-hidroxi-imino-acetonitrilo (63,4 mmol, 1 eq) . Retira-se o 52 banho de gelo e aquece-se a mistura reaccional ao refluxo durante 8 h (temperatura do banho 170°C). Depois de arrefecer até à temperatura ambiente, filtra-se a mistura reaccional e lava-se o resíduo com água para se obter a primeira colheita do produto pretendido (6,2 g). Trata-se o filtrado com 150 mL de água. Filtra-se a suspensão resultante e lava-se com água para se obter uma segunda colheita do produto (2,17 g) . Misturam-se ambas as colheitas e utiliza-se no passo seguinte. MS (ESI+): 202 [M+H]. RMN de 1H (400 MHz, DMSO-d6) ppm: 13,7 (largo, 1H), 7,78 (largo, 2H), 7,35-7,32 (m, 2H), 6,84 (s, 2H). 3-[4-(lH-Benzimidazol-2-il)-furazan-3-ilamino]-propionitrilo
CN
HN
H,N Ν'
Adiciona-se a uma solução agitada e arrefecida sobre gelo de 18,2 g de 4-(lH-benzimidazol-2-il)-furazan-3-ilamina (90,5 mmol, 1 eq) em 240 mL de piridina, 30 mL de solução de metóxido de sódio (a 30 % em MeOH) (163 mmol, 1,8 eq) e subsequentemente 6 mL de acrilonitrilo (90,5 mmol, 1 eq) . Agita-se a mistura reaccional à temperatura ambiente de um dia para o outro, concentra-se sob pressão 53 reduzida. Suspende-se o resíduo em 250 mL de água e extrai-se com 4 x 400 mL de acetato de etilo. Lava-se o conjunto das fases orgânicas com 2 x 500 mL de salmoura, seca-se sobre Na2SC>4, filtra-se e concentra-se sob pressão reduzida. Dissolve-se o produto em bruto em cerca de 1.000 mL de acetato de etilo ao refluxo. Em seguida adicionam-se 1.700 mL de n-hexano à solução. Deixa-se a mistura turva resultante repousar à temperatura ambiente de um dia para o outro e filtra-se o precipitado que se formou para se obterem 11,1 g do produto sob a forma de um sólido amarelo claro. Concentra-se o filtrado à secura sob pressão reduzida e suspende-se o resíduo em 100 mL de uma mistura a 1/1 de n-hexano/acetato de etilo. Filtra-se a suspensão para se obterem mais 4,7 g de produto. MS (ESI+): 255 [M+H]. RMN de 1H (400 MHz, DMSO-de) ppm: 13,75 (largo, 1H), 7,81 (largo, 1H), 7,61 (largo, 1H), 7,37-7,34 (m, 2H), 7,21 (t, 1H, <J=6 Hz), 3,68 (q, 2H, J=6 Hz), 2,94 (t, 2H, J= 6 Hz) .
Ester benzilico do ácido [4-(2-{2-[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-carbâmico 54
54 CN
S
Adiciona-se a uma solução agitada de 11,1 g de 3-[4-(lH-benzimidazol-2-il)-furazan-3-ilamino]-propionitrilo (a 95 %, 41,5 mmol, 1 eq) em 90 mL de N,N-dimetilformamida, 7,84 g de carbonato de potássio (56,8 mmol, 1,3 eq), e em seguida 23,25 g e éster benzilico do ácido [4-(2-bromo-acetil) -fenil] -carbâmico (a 75 %, 50,1 mmol, 1,2 eq) .
Agita-se a mistura reaccional durante 4 h à temperatura ambiente. Adicionam-se então 700 mL de água e extrai-se a suspensão resultante com 3 x 800 mL de acetato de etilo. Lava-se o conjunto das fases orgânicas com água e com salmoura, seca-se sobre Na2S04, filtra-se e concentra-se para se obter o produto em bruto sob a forma de um sólido castanho escuro. Suspende-se este produto em bruto em 150 mL de uma mistura a 2/1 de acetato de etilo/metanol. Por filtração obtêm-se 12,63 g do produto pretendido sob a forma de um pó castanho claro. MS (ESI+): 522 [M+H]. RMN de XH (400 MHz, DMSO-d6) ppm: 10,33 (s, 1H) , 2H, J=9 8,09 (d, 2H, J= 9 Hz), 7,91-7,82 (m, 2H) , 7,71 (d, 55
Hz), 7,50-7,36 (m, 8H) , 6,33 (s, 2H) , 5,22 (s, 2H) , 3,70-3,65 (m, 2H) , 2,95 (t, 2H, J= 6,5 Hz). 3-(4—{1—[2-(4-Amino-fenil)-2-oxo-etil]-1H-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo
Adiciona-se a uma suspensão de 6,4 g de [4-(2-(2-éster benzilico do ácido [4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-carbâmico (12,3 mmol, 1 eq) numa mistura de 700 mL de acetato de etilo com 500 mL de metanol, 1,3 g de paládio a 10 % sobre carbono. Agita-se a mistura reaccional durante 3 h sob uma atmosfera de hidrogénio (1 atm) à temperatura ambiente. Em seguida filtra-se através de celite e concentra-se sob pressão reduzida para se obter o produto em bruto sob a forma de um sólido amarelo claro, que se suspende em 60 mL de uma mistura a 7/5 de acetato de etilo/metanol. Por filtração obtêm-se 3,5 g do produto pretendido sob a forma de um sólido branco sujo. Concentra-se o filtrado e trata-se o resíduo com 5 mL da mistura a 7/5 de acetato de etilo/metanol. Por filtração obtêm-se mais 0,45 g numa segunda colheita do produto. 56 MS (ESI+): 388 [M+H]. RMN de ΧΗ (400 MHz, DMSO-d6) ppm: 7, 89-7, 87 (m, 1H) , 7,83-7,77 ( m, 3H), 7,47 (t, 1H, J=6 Hz), 7,42-7,38 (m, 2H) , 6,67-6,65 (m, 2H) , 6,28 (s, 2H) , 6,19 (s, 2H), 3,70- 3, 66 (m, 2H), 2, 95 (t, 2H, J=6,5 Hz) . (B) Preparação da S-[4-(2—{2—[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-amida do ácido 2,6-diamino-hexanóico
Processo I
Éster benzílico do ácido S'-{5- benziloxicarbonilamino-5-[4-(2—{2—[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenilcarbamoil]-pentil}-carbâmico 57 $
CN UM
Método A
Adicionam-se a uma solução de 1,926 g de N,N-di-Z-L-lisina (4,65 mmol; 1,2 eq) em 10 mL de N,N-dimetilformamida seca a 0°C, 0,862 g de 4-metilmorfolina (8,52 mmol; 0,937 mL; 2,2 eq) e 0,572 g de cloroformato de etilo (5,27 mmol; 0,503 mL; 1,36 eq) e agita-se a mistura a 0°C durante 10 min. Em seguida adiciona-se uma solução de 1,5 g de 3-(4 —{1-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-1H- benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo (3,87 mmol; 1 eq) em 10 mL de N, N-dimet ilf ormamida seca e agita-se a mistura à temperatura ambiente de um dia para o outro. A transformação não é completa, portanto adicionam-se mais 0, 385 g de N,N-di-Z-L-lisina (0,93 mmol; 0,24 eq) numa pequena quantidade de N,N-dimetilformamida e 0,172 g de 4-metilmorfolina (1,7 mmol; 0,187 mL; 0,44 eq) e 0,114 g de cloroformato de etilo (1,05 mmol; 0,1 mL; 0,27 eq) e agita-se a mistura reaccional de um dia para o outro à temperatura ambiente. Depois dilui-se a mistura reaccional com acetato de etilo e lava-se com uma solução de ácido cítrico a 5 % e com salmoura. Seca-se a fase orgânica sobre 58 sulfato de magnésio, filtra-se e concentra-se sob pressão reduzida. Lava-se o resíduo com uma mistura de diclorometano e com éter di-isopropílico e seca-se sob pressão reduzida para se obterem 2,38 g do produto sob a forma de um sólido branco sujo. MS (ESI+): 784.5 [M+H]. RMN de *Η (DMSO-d6) ppm: 10.5 (s, 1H), 8.12 (d, J= 8.8 Hz, 2H) , 7.91-7.84 (m, 4H), 7.66 (d, J= 7.5 Hz, 1H) , 7.48-7.26 (m, 14H), 6.35 (s, 2H), 5.06 (s, 2H), 5.00 (s, 2H), 4.21-4.15 (m, 1H), 3. 6 9 (q, J= 6.5 Hz, 2H), 3.01- 2.94 (m, 4H), 1.80-1.65 (m, 2H) , 1.50-1.25 (m, 4H) .
Método B
Dissolvem-se 3,73 g de N,N-di-Z-L-lisina (9,0 mmol; 1,2 eq), 1,82 g de 2,3,5-colidina (15 mmol; 1,95 mL; 2 eq) e 5,7 g de HATU (15 mmol; 2 eq) em 50 mL de N,N-dimetilformamida seca e agita-se a mistura à temperatura ambiente durante 5 minutos. Depois adiciona-se uma solução de 2,9 g de 3-(4-{1-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-1H-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo (7,5 mmol; 1 eq) em 30 mL de N,N-dimetilformamida seca e agita-se a mistura à temperatura ambiente durante 2 dias. Adicionam-se mais 0,37 g de N, N-di-Z-L-lisina (0,9 mmol; 0,12 eq) e agita-se a mistura durante um dia à temperatura ambiente. Adicionam-se mais 0,74 g de N,N-di-Z-L-lisina (1,8 mmol; 0,24 eq), 0,36 g de 2,3,5-colidina (3 mmol; 0,39 59 mL; 0,4 eq) e 1,14 g de HATU (3 mmol; 0,4 eq) e agita-se a mistura reaccional durante um dia à temperatura ambiente.
Dilui-se a mistura reaccional com acetato de etilo e lava-se com água, com solução de ácido cítrico a 5 % e com salmoura. Seca-se a fase orgânica sobre sulfato de magnésio, filtra-se e concentra-se sob pressão reduzida. Lava-se o resíduo com uma mistura de ciclohexano/diclorometano/acetato de etilo a 1/2/2 e subsequentemente com uma mistura de diclorometano/éter di-isopropílico a 1/1. Seca-se sob pressão reduzida para se obterem 4,2 6 g do produto sob a forma de um sólido branco su jo. S-[4-(2—{2—[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-amida do ácido 2,6-diamino-hexanóico e o seu sal cloridrato (Exemplo 1)
Trata-se uma solução de 4,77 g de éster benzílico do ácido S-{5-benziloxicarbonilamino-5-[4-(2-{2-[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)- 60 fenilcarbamoí1]-pentil}-carbâmico (6,09 mmol; 1 eq) numa mistura de 200 mL de THF, 50 mL de metanol e 3,5 mL de ácido clorídrico 2 N, com 0,129 g de Pd/C (a 10 %) e agita-se a mistura resultante durante 5 h à temperatura ambiente sob uma atmosfera de hidrogénio (1 atm). Em seguida separa-se o catalisador por filtração e removem-se os solventes sob pressão reduzida. Purifica-se o resíduo por cromatografia sobre gel de MCI com água/acetonitrilo a 3/1 como eluente para se obter o produto pretendido.
Transformação no seu sal cloridrato: Dissolve-se o produto muna mistura de 50 mL de dioxano e 20 mL de metanol e trata-se com 4 mL de uma solução 4 M de HC1 em dioxano. Depois removem-se os solventes sob pressão reduzida. Lava-se o resíduo com uma mistura de diclorometano com éter di-isopropílico e seca-se sob pressão reduzida para se obterem 1,59 g do produto sob a forma de um pó branco sujo. MS (ES+): 516,4 [M+H]. RMN de *Η (DMSO-de) ppm: 11,6 (s, 1H) , 8,51 (s, 3H) , 8,16 (d, J= 8,3 Hz, 2H) , 7, 97-7,85 (m, 7H) , 7,45-7,39 (m, 3H) , 6,36 (s, 2H) , 4,19-4,17 (m, 1H) , 3,69 (q, J= 6,3
Hz, 2H), 2,95 (t, J= 6,3 Hz, 2H) , 2,81-2,79 (m, 2H) , 1,99- 1,88 (m, 2H) , 1,65-1,61 (m, 2H) , 1,50-1,46 (m, 2H) .
Processo II
61 CN HN
Éster benzílico do ácido S-[5-(4-acetil-fenilcarbamoíl)-5-benziloxicarbonilamino-pentil]-carbâmico
Num balão de 250 mL equipado com um agitador magnético, dissolvem-se 5,0 g de N,N'-dibenziloxicarbonil-L-lisina (12,06 mmol, 1,0 eq), 9,17 g de HATU (24,13 mmol, 2,0 eq) e 2,19 g de 2,4,6-colidina (18,10 mmol, 1,5 eq) em 70 mL de N, N-dimetilf ormamida, e adiciona-se 1,96 g de 4-aminoacetofenona (14,48 mmol, 1,2 eq) . Agita-se a mistura amarela clara a 10°C durante 18 h. Dilui-se a mistura reaccional com 40 mL se solução aquosa saturada de NH4C1. Filtra-se o precipitado branco e lava-se muito bem o bolo de filtração com água e com éter isopropílico para se 62 obterem 5,3 g do produto pretendido, sob a forma de um sólido. MS (ESI+): 532.3 [M+H]. RMN de (400 MHz, DMSO-d6) ppm: 10,3 '4 (S, 1H) , 7, 90 (d, J=8,8 Hz, 2H) , 7,71 (d, J= 8, 8 Hz, 2H) , 7,58 (m, 1H) , 7,33 -7,30 (m, 10H) , 7,20 (m, 1H) , 5, 00 (s, 2H) , 4,95 (S, 2H) , 4,10 (m, 1H) , 2,96 (m, 2H) , 2,50 (s, 3H), 1,71- 1,27 (m, 6H) .
Ester_benzílico_do_ácido_S- { 5- benziloxicarbonilamino-5-[4-(2-bromo-acetil)-fenilcarbamoíl]-pentilj-carbâmico
Num balao de 100 mL equipado com um agitador magnético, dissolvem-se 0,5 g de éster benzílico do ácido S- [5- (4-acetil-fenilcarbamoíl)-5-benziloxicarbonilamino- pentil]-carbâmico (0, 94 mmol, 1,0 eq) em 15 mL de clorofórmio e 15 mL de acetato de etilo, e adicionam-se 0,53 g de brometo cúprico (2,35 mmol, 2,5 eq) ao balão. Agita-se a mistura verde escura a 78°C durante 6 h. Arrefece-se a mistura até à temperatura ambiente, dilui-se com 40 mL de diclorometano e filtra-se. Lava-se o filtrado 63 com 20 mL de água e separaram-se as fases. Extrai-se a fase aquosa por duas vezes com 10 mL de diclorometano. Lava-se o conjunto das fases orgânicas com salmoura, seca-se sobre sulfato de sódio e concentra-se para se obter o produto em bruto, que se purifica por recristalização a partir de 3 mL de tolueno para se obterem 350 mg do produto pretendido sob a forma de um sólido amarelo claro. RMN de *Η (400 MHz, DMS0-d6) ppm: 10,3 '9 (s, \—1 7, 95 (d, J=8,0 Hz, 2H) , 7,73 (d, J=8, 0 Hz, 2H) , 7, 60 (m, 1H) , 7,39 -7,20 (m, 10H) , 7, 13 (m, 1H) , 5, 00 (s, 2H) , 4, 95 (s, 2H) , 4, 81 (s, 2H) , 4,15 ( m, 1H) , 2, 97 (m, 2H) , 1 , 62- 1,28 (m, 6H). Éster benzilico do ácido S-{5- benziloxicarbonilamino-5-[4-(2-{2-[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]—benzimidazol-l-il}-acetil)-fenilcarbamoíl]-pentil}-carbâmico
Num balão se 50 mL equipado com um agitador magnético, dissolvem-se 1,3 g de éster benzilico do ácido 64 S-{5-benziloxicarbonilamino-5-[4-(2-bromo-acetil)-fenilcarbamoíl]-pentil}-carbâmico (2,13 mmol, 1,0 eq) e 569 mg de 3-[4-(lH-benzimidazol-2-il)-furazan-3-ilamino]-propionitrilo (2,24 mmol, 1,05 eq) em 20 mL de N, N-dimetilformamida, e em seguida adicionam-se 441 mg de carbonato de potássio (3,19 mmol, 1,5 eq) ao balão à temperatura ambiente. Agita-se a mistura à temperatura ambiente durante 30 minutos.
Dilui-se com 20 mL de solução aquosa saturada de NH4CI. Filtra-se o precipitado resultante e lava-se bem com água e com metanol para se obterem 1,3 g do produto pretendido sob a forma de um sólido amarelo claro.
Preparam-se os compostos seguintes por analogia com os métodos descritos acima, quer como bases livres, quer sob a forma de sal cloridrato:
Estrutura j I Exemplo / | Alanina ) hnvenção HN |
RMN 2 RMN de 1H (DMSÕ-de) ppm: 8,11 I(d, 2H, J= 9 Hz), 7,92-7,84 (m, |4H), 7,48-7,38 (m, 3H), 6,35 (s, I2H), 3,69 (q, 2H, J= 6,5 Hz), 3,49 (q, 1H, J= 7 Hz), 2,95 (t, 2H,J = 6,5 Hz), 1,25 (d, 3H, J = 7 Hz). MS (ESI+) 459,2 [M+H] 65 65 Estrutura
RMN |Exemplo 3|RMN de 1H (DMSO-d6) ppm: |Glicina«HCI [11,14 (s, 1H), 8,25 (s, 3H), 8,16 [Invenção [(d, 2H,J= 8,5 Hz) 7,92-7,84 (m, | 4H), 7,48-7,40 (m, 3H), 6,37 (s, | 2H), 3,92-3,87 (m, 2H), 3,68 (q, I [2H J= 6,5 Hz), 2,95 (t, 2H,J= 6,5 | | Hz). |Exemplo 4[RMN de 1H (DMSO-d6) ppm: [Triptofano*HCI ^ 11,26 (s, 1H), 11,06 (s, 1H), 8,39 IComparação l(s, 2H), 8,15 (d, 2H,J= 8,5 Hz) ! 17,92-7,84 (m, 4H), 7,72 (d, ! MH, J =7,8 Hz) 7,48-7,34 (m, 4H), | [7,28 (s, 1H), 7,10 (t, 1H,J=7,6), I [6,99 (t, 1H,J = 7,5), 6,36 (s, 2H), I 4,35-4,27 (m, 1H), 3,72-3,67 (m, ! 2H), 3,50-3,30 (m, 2H), 2,96 (t, I 2H,J= 6,5 Hz).
[Exemplo 5|RMN de 1H (DMSO-d6) ppm: IFenilalanina«HCI [11,28 (s, 1H), 8,48 (s largo, 3H), IComparação 18,14 (d, 2H, J= 8,8 Hz) 7,92-7,82 I Km, 4H), 7,48-7,38 (m, 3H), 7,34 ! I(s, 3H), 7,34-7,26 (m, 2H), 6,35 (s, | 2H), 4,36 (s largo, 1H), 3,67 (q, | I2H,J = 6,5 Hz), 3,28-3,13 (m,2H), | 2,95 (t, 2H, v/ = 6,5 Hz). MS (ESI+) 445,3 [M+H]
574,4 [M+H]
535,4 [M+H] 66 Estrutura
RMN |Exemplo 6[RMN de 1H (DMSO-d6) ppm: |Histidina«HCI 111,66 (s, 1H), 9,07 (s, 1H), 8,70 (s [Comparação [ largo, 3H), 8,16 (d, 2H, J= 8,5 Hz) | 17,96-7,85 (m, 4H), 7,59 (s, 1H), | 17,48-7,40 (m, 3H), 6,36 (s, 2H), I [4,60-4,57 (m 1H), 3,69 (q, 2H, J = [ |6,5 Hz), 3,48-3,32 (m,2H), 2,95 (t, I 2H, J = 6,5 Hz). MS (ESI+) 525,4 [M+H]
HN
|Exemplo 7[RMN de 1H (DMSO-d6) ppm: [Asparagina*HCI [11,07 (s, 1H), 8,34 (s largo, 3H), IComparação 18,16 (d, 2H, J= 8,5 Hz) 7,92-7,85 ! i(m, 4H), 7,75 (s, 1H), 7,48-7,40 I Km, 3H), 7,31 (s, 1H), 6,36 (s, 2H), | [4,35-4,29 (m, 1H), 3,69 (q, 2H, J = \ |6,5 Hz), 2,95 (t, 2H, J= 6,5 Hz), ! 2,92-2,73 (m, 2H). 502,4 [M+H]
IExemplo 8[RMN de 1H (DMSO-d6) ppm: |Glutamina*HCI [11,28 (s, 1H), 8,45 (s largo, 3H), [Comparação [8,18 (d, 2H, J= 8,8 Hz) 7,92-7,85 [ (m, 4H), 7,51-7,40 (m, 4H), 6,37 [ [(s,2H), 4,16-4,09 (m, 1H), 3,69 (q, [ [2H, J= 6,5 Hz), 2,95 (t, 2H, J = [ [6,5 Hz), 2,34-2,28 (m, 2H), 2,13- [ [2,07 (m,2H). 516,4 [M+H] 67 67
Estrutura
Exemplo Arginina«HCI Comparação N
HN
sRMN 9ÍRMN de 1H (DMSO-de) ppm: 1544,3 < 11,56 (s, 1H), 8,49 (s largo, 3H), j[M+H] j 18,16 (d, 2H, J= 8,5 Hz), 7,97-7,81 i !
Km, 5H), 7,47-7,38 (m, 4H), 6,36 j |
|(s,2H), 4,25-4,19 (m, 1H), 3,68 (q, I j |2H,J = 6,5 Hz), 3,25-3,15 (m, 2H),! I Í2.95 (t, 2H, J= 6,5 Hz), 1,94-1,851 ! (m,2H), 1,64-1,55 (m,2H). | j
[Exemplo 10ÍRMN de 1H (DMSO-d6) ppm :|475,4 j |Serina*HCI 111,18 (s, 1H), 8,35 (s largo, 2-3H), |[M+H] | IComparação [8,14 (d, 2H,J= 8,5 Hz) 7,91-7,841 I | (m, 4H), 7,47-7,39 (m, 3H), 6,36! j I (s, 2H), 4,15-4,11 (m, 1H), 3,97-i j ! |3,87 (m, 2H), 3,68 (q, 2H, J= 6,5! !
I Hz), 2,95 (t, 2H, J- 6,3 Hz). ! I
Exemplo 11 |RMN de 1H (DMSO-de) ppm: 8,11 1501,2 ! Leucina (d, 2H,J=8,9 Hz), 7,92-7,84 (m, |[M+H] |
Comparação |4H), 7,46-7,39 (m, 3H), 6,35 (s,! I Í2H), 3,69 (q, 2H,J= 6,4 Hz), 3,40! !
Km, 1H) 2,95 (t, 2H, J=6,5 Hz),! ! 1,79 (m, 1H), 1,51 (m, 1H), 1,37; j (m, 1H), 0,92 (m, 6H). I | 68
Exemplo 12 A) Éster terc-butílico do ácido [(4—{2—[2— (4— amino-furazan-3-il)-benzimidazol-l-il]-acetil}-fenilcarbamoíl)-metil]-carbâmico
Adicionam-se a uma solução agitada de 0,06 g de N-BOC-glicina (CAS 4530-20-5) (0,34 mmol; 1,2 eq.) em 1 mL
de N, N '-dimetilformamida, 0,16 g de hexafluorofosfato de 2-(7-aza-lH-benzotriazole-l-il)-1,1,3,3-tetrametilurónio (0,43 mmol; 1,5 eq.) e 0,1 mL de trietilamina (0,71 mmol; 2,5 eq) , à temperatura ambiente. Agita-se durante 0,5 h à temperatura ambiente, e adiciona-se uma solução de 0,1 g de 2-[2-(4-amino-furazan-3-il)-benzimidazol-l-il]-1-(4-amino-fenil)-etanona (CAS 798577-83-0) (0,28 mmol; 1 eq) em 1 mL de N, N' -dimetilformamida. Agita-se a solução reaccional de um dia para o outro à temperatura ambiente. Em seguida adiciona-se uma solução contendo 0,03 g de N-BOC-glicina (0,17 mmol; 0,6 eq) contendo 0,08 g do hexafluorofosfato de 2- (7-aza-lH-benzotriazole-l-il)-1,1,3,3-tetrametilurónio (HATU) (0,22 mmol; 0,75 eq.) e 0,05 mL de trietilamina (0,35 mmol; 1,25 eq) em 0,5 mL e N, Ν' -dimet ilf ormamida, à 69 solução reaccional, à temperatura ambiente. Adiciona-se mais uma vez a mesma mistura passadas mais 24 h e de novo passadas mais 8 h. Agita-se a mistura reaccional durante mais 64 h (período reaccional total de 120 h) . Dilui-se a mistura reaccional com acetato de etilo (10 mL) e lava-se com água (10 mL) , solução aquosa de ácido cítrico a 10 % (10 mL) , salmoura (2x5 mL) , seca-se sobre sulfato de magnésio, filtra-se e concentra-se à secura para se obter o produto em bruto.
Sujeita-se o produto em bruto a uma cromatografia em coluna sobre gel de sílica (eluente: acetato de etilo/ciclohexano = de 1/1 a 4/1). Recristaliza-se o material obtido a partir de diclorometano para se obterem 0,085 g do produto pretendido sob a forma de um pó branco. MS (ESI+): 492,4 [M+H]. RMN de *Η (DMS0-d6) ppm: 10,40 (s, 1H) , 8,12 (d, J= 8,8 Hz, 2H) , 7,88 (d, J = 7,6 Hz, 2H) , 7,82 (d, J = 8,8 Hz; 2H) , 7,40 (m, 2H) , 7,11 (t, J = 6,0 Hz), 7,00 (s, 2H), 6,33 (s, 2H), 3,79 (d, J= 6 Hz, 2H), 1,41 (s, 9H). B) Sal cloridrato da 2-amino-N-(4-{2-[2-(4-amino-furazan-3-il)-benzimidazol-l-il]-acetilí-fenil)-acetamida 70
Α~
Adicionam-se gota a gota a uma solução agitada de 0,045 g de éster terc-butílico do ácido [ (4-{2-[2-(4-amino-furazan-3-il)-benzimidazol-l-il]-acetil}-fenilcarbamoíl)-metil]-carbâmico (0,09 mmol; 1 eq) em 0,5 mL de 1,4-dioxano, 0,11 mL de uma solução 4M de HC1 em 1,4-dioxano (0,44 mmol; 5 eq.), à temperatura ambiente. Agita-se a mistura reaccional durante 2 h à temperatura ambiente. Em seguida, adicionam-se 5 mL de éter di-isopropílico e filtra-se a suspensão resultante, lava-se com éter di-isopropílico (2x2 mL) e seca-se sob pressão reduzida para se obterem 0,04 g de material em bruto. Sujeita-se o sólido em bruto a uma cromatograf ia em coluna sobre gel MCI eluindo com uma mistura de água/acetonitrilo (de 85/15 a 70/30) contendo 0,05 % de HC1, para se obterem 0,014 g do produto pretendido sob a forma de um pó cor de laranja. MS (ESI+): 392,4 [M+H]. RMN de *Η (DMS0-d6: ) ppm: 11,21 (s, 1H) , 8,29 (s largo, 3H) , 8 ,16 a Ch II 00 > co Hz, 2H) , 7,8 8 (d, J = = 8,8 Hz, 2H) , 7,84 (m, 2H) , 7,41 (m, 2H) , 7,1-6,9 (m, 2H), 6,36 (s, 2H) , 3,95 (m, 2H) . 71
Exemplo 13 (Comparação) 4-[1-(2-Trimetilsilanil-etoximetil)-1H-benzimidazol-2-il]-furazan-3-ilamina Κ,Ν GcWi N'° H H,N Gcvf, Ν'1 — > O ; Si-' \
Adiciona-se a uma suspensão agitada de 0,5 g de 4-(lH-benzimidazol-2-il)-furazan-3-ilamina (CAS 332026-86-5) (2,49 mmol; 1,0 eq) em 15 mL de tetrahidrofurano seco, arrefecida a 0°C, 0,075 g de hidreto de sódio (2,98 mmol; 1,2 eq) em porções. Agita-se durante 10 minutos a 0-5°C, trata-se a solução límpida resultante com 0,54 mL de cloreto de 2-(trimetilsilil)etoximetilo (2,91 mmol; 1,17 eq). Agita-se a solução reaccional durante 0,5 h a 0-5°C e depois dilui-se com 30 mL de acetato de etilo. Lava-se a solução com água (20 mL) e com salmoura (20 mL) , seca-se sobre sulfato de magnésio, filtra-se e concentra-se à secura. Tritura-se o resíduo oleoso em éter di-isopropílico (10 mL) e retira-se o solvente sob pressão reduzida para se obterem 0,7 8 g do produto pretendido sob a forma de um sólido branco sujo. MS (ESI+): 332,4 [M+H]. 72 RMN de ΧΗ (DMSO-dg) ppm: 8,01 (m, 2H) , 7,65-7,53 (m, 2H) , 7,13 (s, 2H) , 6,22 (s, 2H) , 3,72 (t, J= 8,0 Hz, 2H), 0,96 (t, J= 8.0 Η, 2H), 0.01 (s, 9H). Éster benzílico do ácido ({4-[l-(2-trimetilsilanil-etoximetil)-lH-benzimidazol-2-il]-furazan-3-ilcarbamoíl}-metil)-carbâmico
H,N O
"N O Si- O 0 N P-7 HN O n" n ό \ o ) Si-
Adicionam-se gota a gota a uma suspensão agitada de 1,42 g de N-Z-glicina (CAS 1138-80-3) (6, 65 mmol; 2,9 eq) em 4 mL de diclorometano, 1,23 mL de 1-cloro-N, N-2-trimetil-l-propenilamina (9,17 mmol; 4 eq) , à temperatura ambiente. Agita-se a solução límpida resultante durante 1 h e depois concentra-se à secura para se obter o cloreto de acilo correspondente sob a forma de um óleo incolor. Num tubo selado, trata-se uma solução agitada de 0,8 g de 4-[l-(2-trimetilsilanil-etoximetil)-lH-benzimidazol-2-il] -furazan-3-ilamina (2,29 mmol; 1,0 eq) em 10 mL de tetrahidrofurano arrefecida a 0-5°C, por adição de 0,29 g de hidreto de sódio (11,5 mmol; 5 eq) em porções sucessivas e em seguida com uma solução do cloreto de acilo preparado de fresco em 5 mL de tetrahidrofurano. No final da adição remove-se o banho de gelo. Aquece-se a solução a 70°C e 73 agita-se durante 21 h a esta temperatura. Deixa-se arrefecer a mistura reaccional até à temperatura ambiente e dilui-se com 40 mL de acetato de etilo. Adiciona-se-lhe cuidadosamente água (30 mL) e separam-se as duas fases. Lava-se a fase orgânica com salmoura (2 x 20 mL) , seca-se sobre sulfato de magnésio, filtra-se e concentra-se à secura sob pressão reduzida para se obter o produto em bruto. Purifica-se o produto em bruto por cromatografia em coluna sobre gel de sílica eluente: acetato de etilo/ciclohexano = de 5/95 a 55/45), para se obterem 0,57 g do produto pretendido sob a forma de um sólido branco. MS (ESI+): 523,4 [M+H]. RMN de ΧΗ (DMSO-dg) ppm:ll,76 (s, 1H) , 8,29 (t, J = 5,6 Hz, 1H) , 7,89 (d, J = 8,2 Hz, 2H) , 7,78 (d, J = 8.2 Hz, 2H) , 7, 53-7,29 (m, 5H) , 6,08 (s, 2H) , 5,08 (s, 2H) , 4.02 (J = 5,6 Hz, 2H) , 3,59 (t, J= 8,0 Hz, 2H) , 0,84 (t, J= 8,0 Hz, 2H) , 0,01 (s, 9H) . Éster benzilico do ácido {[4-(lH-benzimidazol-2-il)-furazan-3-ilcarbamoíl]-metilj-carbâmico )
O ) < su
Η O
Q
N
HN
y N 'N Ó H
Adicionam-se em porçoes 0,55 g de éster benzilico do ácido ({4-[1-(2-trimetilsilanil-etoximetil)-1H- benzimidazol-2-il]-furazan-3-ilcarbamoí1}-metil)-carbâmico (1,00 mmol; 1 eq) a 2,75 mL de ácido trifluoroacético (35,3 mmol; 35 eq) , à temperatura ambiente. Agita-se a solução durante lhe concentra-se à secura sob pressão reduzida. Dissolve-se o resíduo em 3 mL de THF. Adiciona-se 2 mL de uma solução aquosa a 8 % de hidrogenocarbonato de sódio. Aquece-se a mistura bifásica resultante a 50°C agitando-se vigorosamente durante 1,5 h. Dilui-se a mistura com 10 mL de acetato de etilo e 5 mL de água, separa-se a fase orgânica, lava-se com salmoura (5 mL), seca-se sobre sulfato de magnésio, filtra-se e concentra-se à secura sob pressão reduzida para se obterem 0,4 g do produto pretendido sob a forma de um sólido branco. MS (ESI+): 393,3 [M+H]. RMN de ΧΗ (DMSO-d6) ppm: 11,65 (s, 1H) , 8,26 (t, J = 6,0 Hz, 1H) , 7,67 (d, J = 8,0 Hz, 2H) , 7,38-7,30 (m, 7H) , 5,10 (s, 2H) , 4,04 (d, J= 6,0 Hz, 2H) . Éster benzilico do ácido [4-(2-{2-[4-(2-benziloxicarbonilamino-acetilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-carbâmico 75
Adiciona-se a uma solução agitada de 0,4 g de éster benzilico do ácido {[4-(lH-benzimidazol-2-il)-furazan-3-ilcarbamoí1]-metil}-carbâmico (0,97 mmol, 1 eq) em 6 mL de N, N' -dimetilf ormamida, 0,2 g de carbonato de potássio (1,4 mmol; 1,45 eq.) à temperatura ambiente, e em seguida adicionam-se 0,41 g de éster benzilico do ácido [4-(2-bromo-acetil)-fenil]-carbâmico (CAS 157014-41-0) (1,16 mmol; 1,2 eq.). Agita-se a mistura reaccional durante 2 h à temperatura ambiente e dilui-se com 20 mL de acetato de etilo. Lava-se a solução com água (2 x 10 mL) e com salmoura (2 x 10 mL) , seca-se sobre sulfato de magnésio, filtra-se e concentra-se à secura sob pressão reduzida. Dissolve-se então o resíduo em acetato de etilo quente (2 mL) e coloca-se a solução sobre um banho de gelo. Passada 0,5 h, filtra-se a suspensão resultante e lava-se o sólido com acetato de etilo frio (1 mL) para se obterem 0,2 g do produto pretendido sob a forma de um pó branco. MS (ESI+): 660,5 [M+H]. RMN de (DMSO-dg) ppm: 11,80 (s, 1H) , 10,35 (s, 1H) , 8,34 (t, J= 4,6 Hz, 1H) , 8,11 (d, J= 8,0 Hz, 2H) , 76 7, 80 (m, 2H) , 7,73 (d, J = 8,0 Hz, 2H) , 7,50 -7,32 (m, 12H) , 6, 38 (s, 2H) , 5,23 (s, 2H) , 5,12 (s, 2H) , 4,06 (d. J= 4, 6
Hz, 2H).
Sal cloridrato de 2-amino-N-(4-{1-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-lH-benzimidazol-2-il}-furazan-3-il)-acetamida
O
'N N° °.....nh2
HN
N N Ó
N N
\
NH2 \
Agita-se uma mistura de 0,2 g de éster benzilico do ácido [ 4-(2-{2-[4-(2-benziloxicarbonilamino- acetilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-carbâmico (0,29 mmol; 1 eq) em 2 mL de tetrahidrofurano e 2 mL de metanol, contendo 0,19 mL de uma solução de HC1 4 M em 1,4-dioxano (0,86 mmol; 3 eq) e 0,046 g de Pd/C a 10 % (0,04 mmol; 0,14 eq.) durante 7 horas sob uma atmosfera de hidrogénio à temperatura ambiente. Filtra-se a mistura e concentra-se o filtrado sob pressão reduzida. Suspende-se o resíduo em 2 mL de uma mistura de diclorometano/éter di-isopropílico (a 1/1, em volume) e filtra-se a suspensão. Lava-se o sólido com 2 mL de éter di-isopropílico e seca-se sob pressão reduzida para se obter o produto em bruto. Purifica-se o sólido por 77 cromatografia em coluna sobre gel MCI (eluente água/acetonitrilo = desde 75/25 até 65/35, contendo 0,1 % de HC1), para se obterem 0,02 g do produto pretendido sob a forma de um pó castanho claro. MS (ESI+): 392,3 [M+H]. RMN de XH (DMSO-de) ppm: 11,29 (s, 1H) , 8,46 (s largo, 3H), 7,95- 7,83 (m, 4H) , 7,41 (m, 2H) , 6, 98 (d, J = 8,4 Hz, 2H) , 6,22 (s, 2H), 4,23 (m, 2H). Exemplo 14 (Comparação) Ν'-[4-(2—{2—[4—(2-Ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-N,N-dimetil-formamidina CN ( CN < > HN / HN N-0 N'u Os/ nh2 NÀ N- /
Adiciona-se lentamente uma solução de 0,05 mL de N,N-di-isopropiletilamina em 1 mL de N,N-dimetilformamida a uma solução de 116 mg (0,3 mmol) de 3-(4-{1-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-lH-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo e 459 mg (0,3 mmol) de oxicloreto de fósforo em 3 mL de N,N-dimetilformamida, a -10°C. Terminada 78 a adição, deixa-se aquecer a mistura até à temperatura ambiente e agita-se durante três dias. Em seguida, adiciona-se-lhe uma solução aquosa saturada de cloreto de amónio e extrai-se a mistura reaccional com diclorometano. Forma-se um precipitado na fase de diclorometano. Separa-se este precipitado por filtração, lava-se com água e com diclorometano, e seca-se sob pressão reduzida. Dissolve-se o resíduo em acetonitrilo e adiciona-se a solução a uma solução 2 N de hidróxido de sódio em água, a 0°C. 0 valor do pH resultante é maior do que 11. Agita-se a mistura à temperatura ambiente durante 1 h. Separa-se por filtração o precipitado que se forma, lava-se com água e com acetonitrilo, e seca-se sob pressão reduzida para se obterem 89 mg do produto pretendido. MS (ESI+): 443,2 [M+H]. RMN de (DMSO-de) PPm: 8, 00 -7, 97 (m, 3H) , 7,91- 7, 83 (m, 2H) , 7, 4 9- 7,38 (m, 3H), 7 ,11 (d, J = 8, 5 Hz, 2H), 6, 32 (s, 2H) , 3, 69 (q, J = 6 ,5 Hz, 2H) , 3 ,09 (s, . 3H) , 2,99 (s, 3H) , 2, 95 (t , J = 6,5 Hz, . 2H) .
Exemplo 15 (Comparação)
Sal sódico do ácido [4-(2-{2-[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-sulfâmico 79
Adicionam-se gota a gota 50 pL (0,75 mmol) de ácido clorossulfónico a 603 pL (7,5 mmol) de piridina, sob arrefecimento com um banho de gelo/etanol. Agita-se a mistura durante 1 h, adicionam-se 116 mg (0,3 mmol) de 3-(4-{1-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-lH-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo dissolvidos numa pequena quantidade de piridina e agita-se a mistura à temperatura ambiente de um dia para o outro. Adiciona-se uma solução aquosa 1 N de hidróxido de sódio até se atingir o pH 10. Concentra-se a mistura sob pressão reduzida. Trata-se o resíduo com água e obtém-se o produto sólido (143 mg) por centrifugação, lavando-se em seguida com água e secando-se sob pressão reduzida. MS (ESI+): 468,1 [M+H]. RMN de XH (DMSO-d6) ppm: 8,89 (s, 1H) , 7,90-7,81 (m, 4H) , 7,49- 7,37 (m, 3H) , 7,15 (d, J = 8,5 Hz, 2H) , 6,25 (s, 2H) , 3, 69 (q, J = 6,5 Hz, 2H), 2,95 (t, J = 6,5 Hz, 2H) . Métodos para testar os compostos da invenção 80
Determinação da cinética da dissolução:
Diluem-se os compostos, proporcionados como soluções de reserva 20 mM ou 10 mM, em 100 % de DMSO, a 1:40 em tampão aquoso, a uma concentração de 0,5 mM ou 0,25 mM, respectivamente, contendo 2,5 % de DMSO residual. O tampão a pH 6,5 é constituído por 3-(N-morfolino)-2-hidroxipropanossulfónico (MOPSO) 0,05 M, ajustado ao pH pretendido com NaOH. Preparam-se tampões a pH 5 e a pH 3 a partir de concentrados comercialmente disponíveis (Titrisol®, Merck). Incubam-se então as amostras à temperatura ambiente durante 6 horas sob uma agitação suave e depois filtra-se sobre vazio através de uma placa MultiScreen DV (membrana hidrofílica Durapore em PVDF, 0,65 μιτι de dimensão de poro, Millipore) . Ajustam-se os filtrados a 20 % e acetonitrilo e analisam-se por espectroscopia no UV para se obterem os valores dos máximos de absorção e os comprimentos de onda correspondentes. Calcula-se a concentração de composto no filtrado com base na parte linear e uma curva padrão construída utilizando 3 a 5 concentrações conhecidas de cada amostra em tampão aquoso, com um suplemento de 20 % de acetonitrilo.
Todos os precursores de fármacos derivados de aminoácidos denotam uma melhor solubilidade aquosa quando comparados com o composto de origem. Obtém-se a solubilidade mais elevada a pH 3 para todos os precursores 81 de fármacos. ApH5eapH6,5, o precursor de fármaco de lisina denota a solubilidade mais elevada.
Exemplo |pH Ceficaz s (μΜ) | 3-(4-{1-[2-(4-Amino-fenil)-2-oxoetil]-1H-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo - fármaco de origem (6,5 [5,0 <10 | <10 | [3,0 <10 i Leu 6,5 20 | Exemplo 11 15,0 37 I Comparação ! 3,0 189 | Ala (6,5 91 | Exemplo 2 ]5,0 55 | |3,0 O O CM Λ Gly (6,5 106 | Exemplo 3 |5,0 71 I |3,Ò o 0 CM A Lys Exemplo 1 (6,5 [5,0 190 i >200 | |3,0 >200 |
Estudos farmacocinéticos in vivo:
Avaliam-se os compostos in vivo após administração endovenosa a murganhos NMRI machos utilizando o método de despiste Vena saphena.
Administra-se uma dose de 1 mg/kg do composto por via e.v. como um bolus (a 5 mL/kg) . Obtêm-se amostras de sangue em série (40 yL) depois de se fazer uma perfuração até à veia safena, e recolhem-se num tubo capilar revestido 82 com heparina sódica a partir de dois murganhos para cada ponto ao longo do tempo, anterior à dose, aos 5 minutos, 15 minutos, 30 minutos, 45 minutos, 1 h, 2 h, 4 h, 6 h, 8 h e 24 h após administração endovenosa.
Pesam-se as amostras de sangue e coloca-se o sangue em 300 pL de uma solução de paragem constituída por acetonitrilo/água (a 80:20) com um padrão interno.
Determinam-se as concentrações do composto (precursor do fármaco) nas amostras de sangue, bem como do fármaco de que provém, utilizando uma análise por LC-MS/MS cujo limite de quantificação é de entre 4 e 40 ng/mL. Cálculo da área sob a curva (AUC)
Calculam-se as concentrações médias aritméticas no plasma/sangue utilizando se necessário o valor de BLQ (inferior ao limite de quantificação) - de zero. AUCinfEv Área sob a curva média normalizada de concentração no sangue em [ng*h/mL] relação ao tempo (1 mg/kg) para uma aplicação e.v. desde o instante zero média até ao último instante de amostragem, com uma concentração acima do limite de quantificação.
Calcula-se a média da AUCinfiv recorrendo à regra linear do trapézio.
Num estudo tratam-se por via endovenosa murganhos com precursores de fármacos consoante a invenção, seguindo-se uma determinação da concentração do fármaco no sangue. 83
Para comparação, testam-se também amidas precursoras de fármacos semelhantes baseadas noutros aminoácidos naturais. 0 valor de AUC é uma medida da exposição total dos animais ao fármaco.
Verifica-se que os precursores de fármacos derivados da lisina, da glicina e da alanina proporcionam valores de AUC pelo menos 50 % superiores aos do fármaco de origem do que os precursores de fármacos de comparação baseados nos aminoácidos naturais quimicamente relacionados mais próximos. Este aumento notável da exposição ao fármaco de origem após a administração dos precursores do fármaco consoante a invenção é bastante surpreendente e inesperado.
Aminoácido do Precursor AUC do fármaco de origem 3-(4-(1 -[2-(4-aminofeniI)-2-oxo-etiI]- j 1H-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo [ng»h/mL] | Lys (da invenção) Exemplo 1 1.090 | Ala (da invenção) Exemplo 2 1.044 | Gly (da invenção) Exemplo 3 1.000 | Trp (de comparação) Exemplo 4 ......... 276 i Phe (de comparação) Exemplo 5 445 | His (de comparação) Exemplo 6 598 i Asn (de comparação) Exemplo 7 455 | Gin (de comparação) Exemplo 8 552 | Arg (de comparação) 660 i 84 Aminoácido Precursor do AUC do fármaco de origem 3-(4-(1 -[2-(4-aminofeniI)-2-oxo-etiI]-1 H-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo [ng*h/mL]
Exemplo 9 425 680
Ser (de comparação) Exemplo 10
Leu (de comparação) Exemplo 11
Após administração endovenosa do Exemplo 14 e do Exemplo 15 a murganhos, não se detectam teores significativos do fármaco de origem 3- (4-{1-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-lH-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo.
Estudos_farmacocinéticos_em_murganhos xenotransplantados
Tratam-se murganhos fêmea CD-I Nu/Nu aos quais se implantaram células de carcinoma humano do cólon SW480, quer com o "Fármaco de Origem", isto é, 3— (4—{1— [2 — (4 — amino-fenil)-2-oxo-etil]-lH-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo, quer com o "Exemplo 1" isto é, cloridrato da S~[4-(2-{2-[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-amida do ácido 2,6-diamino-hexanóico, quando o tumor atingia uma dimensão de cerca de 150 mm3 +/- 10 %. Tratam-se os murganhos (33 para cada composto) por via e.v. (a 5 mL/kg) uma vez por semana com 10 mg/kg de "Fármaco de Origem" (veículo: NMP 6,7 %, Solutol HS15 10 %, Kolidon 12 8,3 %, em água desmineralizada), quer com 24,5 mg/kg de "Exemplo 1" 85 (veículo: acetato de sódio em soro salino, quantidade suficiente para pH 5) durante 2 semanas. Devido a diminuição das massas corporais > 10 % em alguns dos animais, os volumes aplicados são subsequentemente diminuídos para 4 mL/kg, resultando em doses de 8 mg/kg de "Fármaco de origem" e de 19,6 mg/kg de "Exemplo 1", durante mais uma semana.
Após a 4a aplicação (4a semana), sacrificam-se três animais/ponto de amostragem para os grupos a "Fármaco de Origem" e a "Exemplo 1", antes, e aos 5 minutos, 15 minutos, 30 minutos, 45 minutos, 1 h, 1,5 h, 2 h, 4 h, 6 h e 24 h depois, da administração. Recolhe-se sangue por punção cardíaca, sobre tubos com K3EDTA mantidos sobre gelo até uma centrifugação 4°C. Armazena-se o plasma a -20°C. Na necropsia removem-se os tumores e determinam-se as suas massas. Armazenam-se os tumores a -20°C. Analisam-se as amostras de plasma e de tumor por LC-MS/MS. Calculam-se os parâmetros farmacocinéticos utilizando o WinNonLin 5.2. Todos os resultados para o "Exemplo 1" representam a base livre.
Resultados
Demonstra-se a distribuição de tumores tanto para o grupo a que se administra "Fármaco de Origem", tal e qual ou sob a forma do "Exemplo 1". Detectam-se as concentrações de tumores logo no primeiro instante de amostragem aos 5 minutos após a administração. A razão de tumor/plasma é de 86 cerca de 1. Não existe acumulação nos tumores, uma vez que a concentração nos tumores evolui em paralelo com a concentração no plasma. No entanto, após administração do "Exemplo 1", a exposição dos tumores ao "Fármaco de Origem" e ao "Exemplo 1" compara como sendo quase duas vezes mais longa (ida média Ti/2 de 8,3 e de 9,6 h) em comparação com a exposição após administração do fármaco (Ti/2 de 5,4 h) .
Parâmetros farmacocinéticos de "Fármaco de Origem" no plasma e no tecido tumoral após administração por via e.v. de 8 mg/kg de "Fármaco de Origem" a murganhos xenotransplantados. sPlasma Tumores j Cmax (ng/mL) 111.000 3.210 ! AUCúitimo (ng*h/mL) 144.800 45.500 Ti/2 (h) — 13,2 5,4 | Parâmetros farmacocinéticos de "Fármaco de Origem" no plasma e no tecido tumoral após administração por via e.v. de 19 ,6 mg/kg de "Fármaco de Origem" a murganhos xenotransplantados. jPlasma — Tumores | Cmax (ng/mL) [9.290 5.680 AUCúitimo (ng*h/mL) [47.400 56.300 Ti/2 (h) 16, 8 00 00 Parâmetros farmacocinéticos de "Exemplo 1" no plasma e no tecido tumoral após administração por via e.v. 87 de 19,6 mg/kg de "Fármaco de Origem" a murganhos xenotransplantados. jPlasma Tumores j Cmax (ng/mL) [81.900 6.010 | AUCúitimo (ng»h/mL) |21.100 29.300 | Ti/2 (h) |5, 5 9, 6 |
Estudos de eficácia In vivo:
Utilizam-se murganhos portadores de xenotransplantes de cancro colo-rectal SW480 para testar e comparar a eficácia contra o cancro e a tolerabilidade das aplicações por via endovenosa (e.v.) do precursor consoante o Exemplo 1 (cloridrato da [4-(2-{2-[4-(2-ciano-etilamino)-furazan-3-il]-benzimidazol-l-il}-acetil)-fenil]-amida do ácido S-2, 6-diamino-hexanóico) e do correspondente composto de origem (3-(4-{l-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-1H-benzimidazol-2-il}-furazan-3-ilamino)-propionitrilo) ao teor de dose máxima tolerada (MTD). Antes da experiência de eficácia, leva-se a cabo uma determinação do valor de MTD de cada composto administrado uma vez por semana em murganhos nus da mesma estirpe não portadores de tumores. Uma administração de 24,5 mg/kg de precursor de fármaco e de 10 mg/kg de fármaco de origem, sob a forma de um bolus administrado por via e.v. uma vez por semana, resulta em diminuições da massa corporal > 10 % em alguns animais em ambos os grupos. Os valores de MTD em murganhos portadores de tumores são portanto determinados como sendo 15 - 20 % inferiores, resultando em doses de 21 mg/kg de precursor de fármaco e de 8 mg/kg de fármaco de origem. Injectam-se por via subcutânea células de carcinoma colo-rectal humano (SW480) (4 x 106 células) no dorso de murganhos nus atimicos de 4 - 8 semanas de idade. Determinam-se os volumes dos tumores recorrendo a um paquímetro para avaliar o comprimento do tumor (L) e a sua espessura (1) , e usando a fórmula (L x l2)/2. Deixam-se expandir os tumores até um volume de 200 mm3 (± 10 %) antes de se iniciar o tratamento. Administram-se o precursor do fármaco e o fármaco de origem por via e.v. durante 24 dias, quer uma vez por semana 21 mg/kg e a 8 mg/kg, respectivamente, quer três vezes por semana (dias 1/4/7) a 7,1 mg/kg e a 2,7 mg/kg, respectivamente (ambos os regimes representam a mesma dose semanal total). Monitorizam-se diariamente os volumes dos tumores e as massas corporais.
Utilizando o regime semanal (cf. a Figura 1), o precursor de fármaco leva a um valor final da razão T/C (razão entre o volume do tumor no grupo em tratamento e o do grupo de controlo) no dia 24 de 34 % (p<0,001 em relação aos controlos) , em comparação com 45 % para o fármaco de origem (p<0,001 em relação aos controlos). Utilizando o regime de administração três vezes por semana (cf. a Figura 2) , o precursor de fármaco leva a um valor final da razão T/C (dia 24) de 26 % (p<0,001 em relação ao controlo) em comparação com 54 % para o fármaco de origem (p=0, 002 em relação ao controlo). As alterações de massa corporal observadas foram diminutas em todos os grupos em 89 tratamento. No entanto, um animal no grupo de tratamento com fármaco de origem (tratamento a três vezes por semana) morreu no dia 10. A administração do precursor de fármaco três vezes por semana proporciona uma eficácia significativamente melhor no modelo de xenotransplante de cancro em murganho, do que a administração correspondente de fármaco de origem (p< 0,05). A Figura 1 proporciona uma representação gráfica das alterações do volume médio do tumor durante o período do tratamento quando se utiliza o regime de administração, em que tanto o precursor do fármaco como o fármaco de origem são administrados semanalmente durante 24 dias a doses de, respectivamente, 21 mg/kg e 8 mg/kg, sendo administrados controlos apropriados de veículo (a 5 mL/kg) seguindo o mesmo regime. Os pontos de dados representam valores médios +/- EPM (n= 7-8 animais, a cada animal tinha sido enxertado um tumor). A Figura 2 proporciona uma representação gráfica das alterações do volume médio do tumor durante o período do tratamento quando se utiliza o regime de administração, em que tanto o precursor do fármaco como o fármaco de origem são administrados três vezes por semana (dias 1/4/7) durante 24 dias, a doses de, respectivamente, 7,1 mg/kg e 2,7 mg/kg em 5 mL/kg, sendo administrados controlos apropriados de veículo (a 5 mL/kg) seguindo o mesmo regime. 90
Os pontos de dados representam valores médios + /- EPM (n= 7-8 animais, a cada animal tinha sido enxertado um tumor).
Comparação da transformação percursor de fármaco em fármaco, par o percursor de fármaco consoante o Exemplo 12 (invenção presente) e para o percursor de fármaco consoante o Exemplo 13 (de comparação) em sangue inteiro
Processo:
Carregam-se 495 pL de sangue de rato fresco heparinizado com 5 pL de uma solução a 1 mg/mL em DMSO do analito (precursor do fármaco) a 37°C. Após t = 0, 5, 15, 30, 60 e 120 minutos, retira-se uma amostra de sangue e precipita-se. Portanto adicionam-se a uma amostra de sangue de 50 pL ou de sangue carregado com analito, 150 pL de acetonitrilo contendo um padrão interno. Centrifugam-se as amostras e injectam-se 20 pL do sobrenadante num sistema de HPLC para a determinação da concentração em composto (percursor de fármaco e fármaco de origem) por uma análise de LC-MS/MS.
Para calibração, prepara-se uma curva padrão com um composto numa gama de concentrações de entre 10 e 10.000 ng/mL em sangue fresco heparinizado de rato. Portanto o sangue é carregado com analito (2 pL de solução em DMSO em 198 pL de sangue fresco de rato) e precipitado tal como as amostras desconhecidas.
Resultados: 0 precursor do fármaco 2-amino-N-(4-{2-[2-(4-amino-furazan-3-il)-benzimidazol-l-il]-acetil}-fenil)-acetamida consoante a invenção presente (Exemplo 12) +e completamente transformado no seu fármaco de origem 2 — [2 — (4-amino-furazan-3-il)-benzimidazol-l-il]-1-(4-amino-fenil)-etanona em sangue de rato ao fim de 120 minutos, enquanto a transformação do regioisómero do referido precursor de fármaco 2-amino-N-(4-{1-[2-(4-amino-fenil)-2-oxo-etil]-lH-benzimidazol-2-il}-furazan-3-il)-acetamida (Exemplo 13) é notavelmente mais lenta (cerca de 74 % ao fim de 120 minutos).
Lisboa, 13 de Novembro de 2014.

Claims (18)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Um composto com a fórmula (II) R1 / HN
na qual
represente um resíduo divalente de benzeno que seja não substituído ou substituído com um ou mais substituintes adicionais seleccionados independentemente de entre alquilo inferior, haloalquilo inferior, hidroxialquilo inferior, alcoxil inferior-alquilo inferior, aciloxil inferior-alquilo inferior, fenilo, hidroxilo, alcoxilo inferior, hidroxialcoxilo inferior, alcoxil inferior-alcoxilo inferior, fenilalcoxilo inferior, alquilcarboniloxilo inferior, amino, monoalquilamino, dialquilamino, alcoxicarbonilamino inferior, alquilcarbonilamino inferior, amino substituído em que os dois substituintes no azoto formem em conjunto com o azoto um heterociclilo, alquilcarbonilo inferior, carboxilo, alcoxicarbonilo 2 inferior, ciano, halogéneo, e nitro; ou em que dois substituintes adjacentes possam ser metilenodioxilo; ou um resíduo divalente de piridina (Z = N) que seja não substituída ou substituída adicionalmente com alquilo inferior, alcoxilo inferior, alcoxil inferior-alcoxilo inferior, amino, substituído opcionalmente com um ou dois substituintes seleccionados de entre alquilo inferior, alcenilo inferior e alquilcarbonilo, haloalquilo inferior, alcoxil inferior-alquilo inferior, ou halogéneo; R1 represente hidrogénio, alquilcarbonilo inferior, hidroxialquilo inferior ou cianoalquilo inferior; e R2 represente um grupo seleccionado de entre:
ou os seus sais aceitáveis do ponto de vista farmacêutico, em que o qualificativo "inferior" denote um grupo linear ou ramificado contendo entre 1 e 7 átomos de carbono. 3
2. Um composto com a fórmula (II) consoante a reivindicação 1, que não seja um sal.
3. Um composto consoante as reivindicações 1 ou 2, no qual represente 1,4-fenileno ou um grupo com a fórmula
4. Um composto consoante qualquer uma das reivindicações 1 a 3, no qual R1 represente hidrogénio ou cianoalquilo inferior.
5. Um composto consoante a reivindicação 1, que seja seleccionado de entre os compostos com as fórmulas 4
das reivindicações 1 a 5, no qual R1 seja cianoetilo. 5
7. Um composto consoante a reivindicação 5 ou a 6, seleccionado de entre os compostos com as fórmulas 5
HN
0 composto consoante a reivindicação 2 que tenha a fórmula HN
9. seja um sal 0 composto consoante a reivindicação 1, que aceitável do ponto de vista farmacêutico do composto com a fórmula 6 ΗΝ
em especial ou sal cloridrato.
10. Um processo para preparar um composto com a fórmula (II) tal como se reivindicou em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, que inclua os passos em que: (1) se acila um composto com a fórmula (I — 11) r' / HN
na qual 7 7 sejam tal como na fórmula R1 e o grupo (II); ou um tal composto incluindo grupos funcionais sob forma protegida, ou um seu sal, com um aminoácido com a fórmula (III) O HO JyR10 HN. i, (ΠΙ) na qual R10 seja seleccionado de entre hidrogénio (Gly), metilo (Ala) e aminobutilo protegido (Lys) e R11 seja um grupo protector de amino, e (2) se removam quaisquer grupos protectores do composto resultante para se obter um composto com a fórmula (II) ou um seu sal e, caso tal se pretenda, (3) se transforme o composto obtido com a fórmula (II) num sal ou se transforme o sal do composto com a fórmula (II) que se obteve no composto com a fórmula (II). - 8 -
11. Um processo para o fabrico de um composto com a fórmula (II-G): R1 / HN
ou de um seu sal, que inclua os passos em que: (a) se faça reagir um composto com a fórmula
com um derivado de um alf a-aminoácido com a fórmula: O HO—Aminoácido protegido na presença de um agente activante e opcionalmente na presença de bases adequadas, catalisadores adequados ou co-reagentes adequados, preferivelmente na presença de hexafluorofosfato de 0-(7-azabenzotriazol-l-il)- 9 Ν,Ν,Ν',Ν'-tetrametilurónio (HATU) e de 2,4,6-colidina, para se obter o composto com a fórmula: O 0 1 I Aminoácido protegido ;ted Amino acid (b) se faça reagir o produto do Passo (a) com um agente bromante tal como bromo ou brometo cúprico, preferivelmente brometo cúprico para se obter o bromocomposto com a fórmula:
(c) se faça reagir o referido bromocomposto obtido no Passo (b) com um composto com a fórmula: R1 / HN 10 na presença de uma base, por exemplo carbonato de potássio, para se obter o composto com a fórmula:
(d) se removam quaisquer grupos protectores que estejam presentes do grupo "aminoácido protegido" para se obter o composto com a fórmula (II-G) e, opcionalmente, (e) se transforme o composto referido com a fórmula (II-G) num seu sal, em que as fórmulas R1 e z\ tenham um dos significados descritos acima neste documento, r2-g seja um grupo com a fórmula O —N—U— Aminoácido H 11 significando o qualificativo "inferior" um grupo linear ou ramificado contendo entre 1 e 7 átomos de carbono. "Aminoácido" represente um resíduo derivado de Glicina, Alanina ou Lisina por remoção do grupo carboxilo do átomo de carbono alfa do aminoácido referido, e "Aminoácido protegido" signifique o mesmo aminoácido que "Aminoácido", cujos grupos amino primários e se necessário outros grupos funcionais deste aminoácido estejam protegidos com grupos protectores.
12. Um processo consoante a reivindicação 11, no qual "Aminoácido" represente lisina.
13. Um processo consoante a reivindicação 11, para o fabrico dos compostos consoante qualquer uma das reivindicações 1 a 9.
14. Um composto consoante qualquer uma das reivindicações 1 a 9, para utilização como um medicamento.
15. Um composto para utilização consoante a reivindicação 14, para o tratamento de uma doença neoplásica, de uma doença auto-imune, de uma patologia 12 relacionada com uma transplantação e/ou de uma doença degenerativa.
16. Um composto para utilização consoante a reivindicação 15, para o tratamento de uma doença neoplásica sólida.
17. Uma composição farmacêutica que inclua um composto com a fórmula (II) ou um seu sal aceitável do ponto de vista farmacêutico tal como foi reivindicado em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, e um veiculo aceitável do ponto de vista farmacêutico e inerte.
18. Uma composição farmacêutica consoante a reivindicação 17, que seja uma solução aquosa.
19. Uma composição farmacêutica consoante a reivindicação 17, que seja solúvel num veiculo aquoso.
20. Uma composição consoante a reivindicação 17, que seja concebida como o composição para administração parentérica.
21. A utilização de um composto com a fórmula (II) consoante qualquer uma das reivindicações 1 a 9 ou de um seu sal aceitável do ponto de vista farmacêutico para a preparação de uma composição farmacêutica para o tratamento de uma doença neoplásica, de uma doença auto-imune, de uma patologia relacionada com uma transplantação e/ou de uma 13 doença degenerativa, em especial para o tratamento de uma doença neoplásica sólida. Lisboa, 13 de Novembro de 2014.
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