PT2204401E

PT2204401E - Composição de verniz para substrato impresso por jacto de tinta

Info

Publication number: PT2204401E
Application number: PT92909704T
Authority: PT
Inventors: Edmond Abergel
Original assignee: Mgi France
Priority date: 2008-12-30
Filing date: 2009-12-18
Publication date: 2012-12-06
Also published as: FR2940657A1; FR2940657B1; EP2204401A1; US20100166975A1; US8822562B2; ES2397499T3; EP2204401B1; SI2204401T1

Description

ΕΡ2204401Β1

DESCRIÇÃO

COMPOSIÇÃO DE VERNIZ PARA SUBSTRATO IMPRESSO POR JACTO DE

TINTA A presente invenção refere-se ao domínio das camadas de protecção para substratos impressos por jacto de tinta e mais particularmente ao domínio dos vernizes depositados por jacto de tinta que sem necessidade de um aquecimento significativo no momento do seu depósito.

No decurso de impressão, é depositada uma tinta na superfície de um substrato, podendo este substrato ser, por exemplo, papel ou plástico. É por isso habitual cobrir a superfície impressa deste substrato com uma camada de protecção. Esta camada de protecção completa a fixação da imagem impressa sobre o substrato, ao mesmo tempo que garante a resistência da impressão contra certas agressões, como por exemplo, projecções, por exemplo a luz, o calor ou a humidade. 0 depósito desta camada de protecção sobre o substrato impresso é geralmente efectuada fazendo intervir uma impressão por jacto de tinta. 0 verniz também permite personalizar o documento fazendo aparecer zonas com motivos em verniz e outras zonas sem verniz. 0 pedido de patente US 2005/02499895 propõe um exemplo de tinta de cobertura depositada por jacto de tinta cuja composição compreende, designadamente, oligómeros e monómeros endurecíveis por radiação e pelo menos um fotoiniciador para desencadear a polimerização e, portanto, a rigidificação da camada depositada. Este documento propõe uma selecção diversificada entre muitos componentes para 1 ΕΡ2204401Β1 realizar essa tinta de cobertura. No entanto, a escolha destes componentes e a sua mistura é ditada em proporções de oligómeros e de monómeros que conduzem à obtenção de uma tinta de cobertura cuja viscosidade está compreendida entre 15 mPa.s a 40°C e entre 8 mPa.s a 70°C. Uma tinta de cobertura com uma tal viscosidade impõe um aquecimento das cabeças em gamas de temperatura bastante elevada para evitar a solidificação do verniz e uma alteração das cabeças de impressão, sendo estas cabeças de impressão peças relativamente dispendiosas nos dispositivos de impressão. A presente invenção tem por objectivo remediar um ou vários inconvenientes da arte anterior fornecendo uma tinta de cobertura adequada para limitar os riscos de alteração das cabeças de impressão e funcionando em intervalos de temperatura que não impõem um aquecimento significativo do verniz no momento do seu depósito no substrato impresso.

Este objectivo é atingido graças a um verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta, cuja composição do verniz compreende pelo menos: ♦ um oligómero endurecível, ♦ um monómero endurecível seleccionado num grupo que integra monómeros acrílicos alcoxilados e/ou poli-alcoxilados compreendendo um ou vários di ou tri-acrilatos, e ♦ um fotoiniciador, 2 ΕΡ2204401Β1 caracterizado por o oligómero endurecível ser seleccionado de um grupo cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C, por a relação de proporção entre monómero e oligómero estar compreendida entre 1/6 e 1/25, e por a mistura dos componentes do verniz apresentar uma viscosidade entre 15 e 22 mPa.s a 25°C e entre 5 e 2 mPa.s a 60°C, e uma tensão de superfície entre 15 e 28 mN/m a 23°C.

De acordo com uma variante de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por o oligómero endurecível ser seleccionado de um grupo cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C, em que a relação de proporção entre oligómero e monómero está compreendida entre 1/7 e 1/21.

De acordo com uma variante de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por a composição do verniz compreender pelo menos: • um redutor de viscosidade que facilita a aderência do verniz ao substrato impresso, e/ou • um inibidor de radicais livres.

De acordo com outra variante de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por a mistura de componentes do verniz apresentar uma condutividade inferior a 1,5 ps. 3 ΕΡ2204401Β1

De acordo com uma primeira particularidade de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por o fotoiniciador compreender, pelo menos, 2-metil-l-4-metiltiofenil-2-4-morfolinil-propanona.

De acordo com uma segunda particularidade de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por o fotoiniciador incluir, pelo menos, 2-isopropil-tioxantona.

De acordo com uma variante de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por o verniz compreender N-vinilcaprolactama para assegurar a aderência do verniz à superfície do substrato impresso.

De acordo com uma particularidade de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por o oligómero endurecível cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C compreender pelo menos um uretano di-acrilato alifático.

De acordo com uma outra particularidade de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por o oligómero endurecível cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C compreender pelo menos um uretano acrilato hexa-funcional. 4 ΕΡ2204401Β1

De acordo com outra particularidade de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por o oligómero endurecível cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C compreender pelo menos um epóxi di-acrilato bisfenol A.

De acordo com uma variante de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por a composição do verniz compreender pelo menos um aditivo com uma granulometria inferior a 50 pm, sendo este aditivo: • um agente de acabamento mate para obter um verniz mate ou acetinado, e/ou • palhetas para obter um verniz brilhante, e/ou • pigmentos e/ou corantes para obter um verniz colorido, e/ou • pigmentos e/ou corantes fluorescentes para obter um verniz fluorescente, e/ou • pigmentos e/ou corantes sensíveis à luz negra para obter um verniz de efeito óptico.

De acordo com uma variante de realização, o verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por a composição do verniz compreender uma granulometria adequada 5 ΕΡ2204401Β1 para passagem num bico no momento de uma depositação por jacto de tinta no substrato impresso.

Um outro objectivo da invenção consiste em propor um processo para permitir a produção de um verniz de acordo com a invenção.

Este objectivo é atingido graças a um processo de produção de um verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta, caracterizado por o processo compreender: • uma etapa de mistura do redutor de viscosidade com o inibidor de radicais livres, um fotoiniciador a uma temperatura compreendida entre 150 e 300°C, • uma etapa de arrefecimento da mistura até à temperatura ambiente, • uma etapa de adição sob agitação de pelo menos um oligómero endurecível consoante a composição do verniz, pelo menos um monómero endurecível consoante a composição do verniz.

De acordo com uma particularidade de realização, o processo de produção de um verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta é caracterizado por o processo compreender: • uma etapa de filtração da mistura obtida de acordo com uma granulometria adequada para a passagem num 6 ΕΡ2204401Β1 bico no momento de um depósito por jacto de tinta no substrato impresso. A invenção com as suas caracteristicas e vantagens, ressaltará mais claramente através da leitura da descrição feita com referência aos desenhos anexos em que: • a figura 1 representa um quadro que estabelece a composição de três vernizes de acordo com a invenção, • a figura 2 representa uma comparação da viscosidade em função da temperatura de um verniz de acordo com a invenção com a tinta de protecção da arte anterior.

Convém assinalar que as moléculas citadas neste documento não estão limitadas à composição do verniz da invenção, mas são ilustrativas de moléculas, monómeros ou polímeros que possuem ou apresentam características, propriedades ou funções idênticas ou semelhantes. A presente invenção refere-se a um verniz de protecção destinado a cobrir a superfície de um substrato impresso. Este verniz é feito sem solvente e compreende na sua composição pelo menos um oligómero endurecível seleccionado num grupo cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C, um monómero endurecível seleccionado num grupo que integra monómeros acrílicos, alcoxilados e/ou poli-alcoxilados compreendendo um ou vários di ou tri-acrilatos, e um fotoiniciador de superfície. É importante que a escolha do oligómero ou da mistura de oligómeros ocorra no seio de um grupo cujos componentes 7 ΕΡ2204401Β1 apresentam uma viscosidade superior a 1 Pa.s a 23°C. De acordo com um modo de realização preferencial, esta viscosidade é superior a 1 Pa.s a esta temperatura de 23°C. Com efeito, a mistura de oligómeros tem por objecto aumentar a reactividade da composição do verniz e a sua resistência quimica e fisica, como por exemplo, a fissuração. Este oligómero está associado à composição do verniz com diferentes monómeros que participam noutras propriedades do verniz. Conforme o tipo de oligómero utilizado e o nivel de viscosidade pretendido para o verniz, a relação entre oligómero e monómero na composição apresenta um valor entre 1/6 e 1/25. De acordo com um modo de realização preferido da composição do verniz, o valor desta relação situa-se preferencialmente entre 1/7 e 1/21.

Conforme o tipo de verniz pretendido, ou seja, conforme o tipo de caracteristicas físicas pretendidas em função do substrato a cobrir, a escolha do oligómero difere. No entanto, a viscosidade do oligómero está compreendida entre 5 e 45 Pa.s, ou mesmo preferencialmente entre 12 e 29 Pa.s a 25°C. No caso de uma polimerização onde é necessária uma secagem rápida para a obtenção de um verniz que apresenta uma dureza ou rigidez adequadas para um depósito sobre um substrato formado por uma superfície plástica substancialmente rígida, o oligómero escolhido é um acrilato hexa-funcional disponível, por exemplo, sob o nome EBECRYL 1290 ou EBECRYL 5129. Este oligómero encontra-se habitualmente disponível sob o nome EBECRYL 220 e apresenta uma viscosidade da ordem de 28,5 Pa.s a 25°C. O EBECRYL 220 é um uretano acrilato aromático hexa-funcional, enquanto que o EBECRYL 12 90 e EBECRYL 512 9 são uretanos acrilato alifáticos hexa-funcionais. O uretano acrilato 8 ΕΡ2204401Β1 hexa-funcional pode, conforme o caso, ser substituído por um epóxi di-acrilato bisfenol A disponível sob a referência EBECRYL 605 que apresenta uma viscosidade da ordem de 7,5 Pa.s a 25°C. Por outro lado, quando o verniz se destina a ser depositado sobre um substrato flexível, tal como papel, o oligómero preferido como oligómero da mistura é um uretano di-acrilato alifático. Este oligómero está facilmente disponível sob o nome EBECRYL 8402 e apresenta uma viscosidade da ordem de 12,5 Pa.s a 25°C. Com a utilização deste oligómero, o verniz obtido apresenta uma maior flexibilidade superior à de um verniz obtido com um epóxi di-acrilato bisfenol A, que ele próprio mostra uma rigidez inferior à de um verniz obtido com um uretano acrilato hexa-funcional. A flexibilidade e a rigidez do verniz é também função da proporção entre oligómero e monómero na composição. Assim, um epóxi di-acrilato bisfenol A é usado com uma relação oligómero/monômero que apresenta um valor compreendido entre 1/6 e 1/9. Preferencialmente, este valor está compreendido entre 1/7 e 1/8 e, idealmente, este valor é da ordem de 1/7,5. Quando o oligómero usado é um uretano acrilato hexa-funcional, a mistura é feita com uma relação oligómero e monómero bem menor pois apresenta um valor entre 1/15 e 1/25. Preferencialmente, este valor está situado numa gama compreendida entre 1/19, 1/22, ou idealmente, é da ordem de 1/20,5. A utilização de um uretano acrilato hexa-funcional necessita, por isso, de uma quantidade mais limitada de componente endurecedor no verniz comparado a um epóxi di-acrilato bisfenol A. No caso de uma utilização de um uretano di-acrilato alifático, a relação entre oligómero e monómero mostra um valor 9 ΕΡ2204401Β1 compreendido entre 1/8 e 1/12. Esse valor situa-se preferencialmente num intervalo de valores compreendidos entre 1/9, 1/11 para ter idealmente um valor de 1/10.

Podem considerar-se misturas de oligómeros, e designadamente misturas que reúnem os diferentes oligómeros acima mencionados, de modo que a composição da mistura permita a obtenção de um verniz com propriedades comuns ou mesmo intermédias entre vernizes flexíveis e vernizes duros. Estes vernizes "intermédios" aliam a flexibilidade e resistência a possíveis agressões.

Os monómeros que completam a composição do verniz, além de apresentarem capacidades de endurecimento, para alguns deles, são seleccionados em função das suas propriedades. Assim, são usados certos monómeros que permitem aumentar a reactividade do verniz, como por exemplo, o tripopileno-glicol-di-acrilato ou o propoxilado-glicerol-tri-acrilato, respectivamente conhecidos sob os nomes TPGDA e OTA 480. Este último componente possui também como propriedade trazer uma resistência química à mistura. São utilizados outros monómeros para permitir uma redução da viscosidade do verniz. Estes monómeros são, por exemplo, octilo-decil-acrilato e isobornil-acrilato, respectivamente conhecidos sob os nomes EBECRYL ODA e IBOA. O octilo-decil-acrilato também tem como propriedade limitar as tensões de superfície na mistura. Da mesma forma, a utilização do isobornil-acrilato permite facilitar a aderência do verniz durante o seu depósito na superfície do substrato. A aderência em superfícies substancialmente rígidas como plásticos ou PVC (policloreto de vinil) pode ser melhorada 10 ΕΡ2204401Β1 através da utilização de N-vinilcaprolactama como um dos monómeros que entram na composição do verniz.

Para obter um espalhamento ideal do verniz na superfície do suporte impresso, a composição do verniz integra um surfactante que pode, por exemplo, ser a mistura conhecida sob o nome Tego Wett 500. Podem ser utilizados outros agentes surfactantes, tais como, por exemplo e de modo não limitativo, poliéter siloxano, álcool alcoxilado, um fluoro-surfactante, ou ainda um surfactante "sem silicone". A reacção de polimerização, quando o verniz é projectado sobre a superfície do substrato, é iniciada pelo menos por um fotoiniciador que pode ser de profundidade ou de superfície. Estes fotoiniciadores são, por exemplo, o

Additol ITX e/ou o Irgacure 907, que correspondem, respectivamente, ao 2-isopropil-tioxantona e ao 2-metil-l-4-metiltiofenil-2-4-morfolinil-propanona. Estes fotoiniciadores o desencadeamento da reacção de polimerização de verniz apenas na presença de radiação ultravioleta. Os picos de absorção utilizados para garantir a formação de radicais livres que iniciam a polimerização de verniz apresentam geralmente um comprimento de onda na ordem de 300 a 390 nm para o Additol ITX e um comprimento de onda na ordem de 230 a 304 nm para o Irgacure 907. Esta radiação pode ser assegurada, por exemplo, graças a um dispositivo colocado no sistema de impressão que utiliza o verniz. Poderiam ser utilizados outros, tais como, por exemplo e sem limitação, benzofenona, óxido de fosfina 2,4,6-tri-metil-benzoil-di-fenil, 1-hydroxi-ciclo-hexil- 11 ΕΡ2204401Β1 fenil-cetona, iso-propil- tioxantona, n-metil-dietanolamina ou ainda óxido di-fenil (2,4,6-tri-metil-benzoil)-fosfina.

Para evitar a solidificação do verniz sob a acção do calor em condições indesejadas, o verniz integra um antioxidante que desempenha o papel de inibidor dos radicais livres. Esta inibição pode ser assegurada, por exemplo, integrando na composição uma mistura conhecida como Genorad 16 ou Additol S110.

Os diferentes componentes que permitem a realização do verniz da invenção são misturados em proporções determinadas. Assim, temos: • o inibidor, Genorad 16, que está presente numa proporção de 0,1 a 2,0%, preferencialmente numa proporção de 1,0% da mistura final, • o surfactante, Tego Wett 500, que está presente numa proporção de 0,1 a 2,0%, preferencialmente numa proporção de 1,0% da mistura final, • os fotoiniciadores de superfície estão presentes numa proporção de 8 a 15%, de preferência numa proporção de 12%, respectivamente com o Additol ITX numa proporção de 4,0 a 10,0%, preferencialmente de 7,2% e o Irgacure 907 numa proporção de 2,0 a 4,9%, preferencialmente 4,9% da mistura final, • o monómero de função que assegura a aderência ao suporte, ou seja, o N-vinilcaprolactama, está presente 12 ΕΡ2204401Β1 numa proporção de 8 a 15%, preferencialmente numa proporção de 10% da mistura final, • o monómero de função melhora a reactividade da mistura, ou seja, o tripopileno-glicol-di-acrilato, está presente numa proporção de 15 a 25%, preferencialmente numa proporção de 20% da mistura final, • o monómero de função que permite a redução da tensão de superfície e da viscosidade, ou seja, o EBECRYL ODA, está presente numa proporção de 12 a 18%, preferencialmente numa proporção de 15% da mistura final. O conjunto dos componentes que são o oligómero ou mistura de oligómeros, o monómero de função activadora de reacção que é o OTA 480 e o monómero de função que aumenta a aderência que é o IBOA, formam uma mistura que representa 25 a 35% da composição final, preferencialmente 30%. As proporções tendem a ser modificadas em função do tipo de oligómero ou dos tipos de oligómeros seleccionados para entrar na composição do verniz da invenção.

Quando o oligómero seleccionado é um epóxi di-acrilato bisfenol A, este representa cerca de 8 a 15% da mistura final, de preferência 10%, o OTA 480 e o IBOA estão, quanto a si, presentes em proporções de 12 a 18% da mistura final, preferencialmente 15%. Pelo contrário, quando o oligómero escolhido é um uretano acrilato hexa-funcional ou um uretano di-acrilato alifático, o IBOA representa cerca de 15 a 25% da mistura final, preferencialmente 20%. No 13 ΕΡ2204401Β1 entanto, no caso de o oligómero ser um uretano di-acrilato alifático, o oligómero e o OTA 480 representam respectivamente 5 a 15% da mistura final, preferencialmente 8% e 10 a 15% da mistura final, de preferência 12%. Da mesma forma, quando o oligómero é um uretano acrilato hexa-funcional, as proporções são modificadas de modo que o oligómero e o OTA 480 representam respectivamente 2 a 5% da mistura final, de preferência 4% e 15 a 18% da mistura final, preferencialmente de 16%.

Dependendo do tipo de verniz que se pretende realizar, podem ser adicionados aos componentes elementos adicionais. Assim, para a concepção de verniz mate ou acetinado, podem ser trazidos para a mistura agentes de acabamento mate. Para a obtenção de um verniz brilhante, adicionar-se-ão palhetas; para a obtenção de vernizes coloridos, adicionar-se-ão pigmentos ou corantes das cores pretendidas, podendo estes pigmentos ser também fluorescentes ou sensíveis à luz negra para a obtenção de verniz especial. O verniz pode integrar na sua composição pelo menos uma resina escolhida entre as resinas acrílicas, vinilicas, cetónicas, poliésteres e aldeídos. Esta resina é adicionada à composição numa proporção da ordem de 5 a 10% da mistura final. A escolha da resina depende do suporte e do resultado pretendido. Estas resinas têm como propriedades melhorar a resistência química da composição final e a resistência mecânica do verniz depositado. Um exemplo de resina vinílica susceptível de conferir propriedades de aderência ao substrato pode ser a resina conhecida sob a referência VYHH. 14 ΕΡ2204401Β1 A produção de verniz de acordo com a invenção é realizada efectuando sucessivamente: • uma etapa de mistura do redutor de viscosidade com o inibidor de radicais livres e um fotoiniciador a uma temperatura compreendida entre 150 e 300°C, conforme a velocidade da mistura pretendida, • uma etapa de arrefecimento da mistura até à temperatura ambiente, • uma etapa de adição sob agitação de pelo menos um oligómero endurecível conforme a composição do verniz, e/ou pelo menos um monómero endurecível conforme a composição do verniz, assim como qualguer outro elemento que entre na composição do verniz.

De acordo com um modo de operação preferido, o surfactante é adicionado em último lugar para evitar a formação de espumas durante a agitação dos componentes que estão a ser misturados. Para evitar este aparecimento de espumas, podem ser adicionados à mistura agentes espumantes, tais como o poliéter siloxano. Este agente desespumante ou anti-espuma é assim adicionado numa proporção de 0,1 a 1,0%, preferencialmente 0,3%. Um exemplo de agente surfactante susceptivel de ser utilizado é o Tego Foamex 805. A tensão de superfície da mistura obtida apresenta então um valor compreendido entre 15 a 28 mN/m a 23°C, preferencialmente entre 20 a 28 mN/m a 23°C. 15 ΕΡ2204401Β1 A mistura obtida apresenta tem uma condutividade inferior a 1,5 yS, preferencialmente inferior a 0,8 yS, idealmente 0,1 yS. O processo de produção pode também incluir uma etapa de filtração da mistura obtida de acordo com uma granulometria adequada à passagem num bico no momento de um depósito por jacto de tinta sobre o substrato impresso. O depósito por jacto de tinta pode ser efectuado, quer pela técnica conhecida como 'Bubble Jet' de projecção da tinta contida num bico por uma sobrepressão criada por uma bolha gasosa formada ao nível de uma resistência de aquecimento, quer por outra técnica conhecida que consiste em formar uma sobrepressão utilizando um componente piezoelétrico que se vai encurvar sob o efeito de uma tensão eléctrica para reduzir o volume do reservatório de tinta. Com efeito, operando-se a projecção do verniz através de um bico, é imperativo que a granulometria dos componentes do verniz não provoque uma obstrução do bico. Assim, a filtragem é realizada a 10 ym, preferencialmente a 5 ym e idealmente a 1 ym.

De acordo com um modo de realização preferido, mas que não é limitativo da invenção, a determinação dos parâmetros físicos dos componentes ou da composição da mistura é operada a temperaturas indicadas e em condições de pressões habituais à superfície terrestre, preferencialmente da ordem de uma atmosfera (1013 mBar). É assim que a viscosidade pode ser medida com o auxílio de um viscosímetro Haake Viscotester 550 equipado com um Cup NV e um Rotor NV, que são instrumentos de medição conhecidos, comercializadas pela sociedade ThermoFisher, envolvendo um 16 ΕΡ2204401Β1 sistema de regulação de temperatura, conectado num banho termostatizado, mantém a amostra de verniz a uma temperatura de 25°C. Da mesma forma, a tensão de superfície é medida com o auxílio de um tensiómetro DSA 100 com o método da gota pendente, comercializado pela sociedade KRÍJSS. A granulometria e a condut ividade são respectivamente medidas com o auxílio, por um lado, de um aparelho de medição da dimensão de partículas chamado MASTERSIZER 2000, comercializado pela sociedade MALVERN e, por outro lado, por um conductímero CYBERSCAN CON 11 da EUTECH INSTRUMENTOS com uma célula de medição de referência ECCONSEN91W/35608-50, cuja constante de célula é K = 1.0.

Deve ser claro para os peritos na arte que a presente invenção permite modos de realização sob muitas outras formas específicas sem se afastar do âmbito de aplicação da invenção, tal como reivindicada. Por consequência, as presentes formas de realização devem ser consideradas a título de ilustração, mas podem ser modificadas no domínio definido pelo escopo das reivindicações anexas.

Lisboa, 22 de Novembro de 2012 17

Claims

ΕΡ2204401Β1 REIVINDICAÇÕES 1. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta, cuja composição do verniz compreende: • pelo menos um oligómero endurecível, • pelo menos um monómero endurecível seleccionado num grupo que integra monómeros acrílicos alcoxilados e/ou poli-alcoxilados compreendendo um ou vários di ou tri-acrilatos, e • pelo menos um fotoiniciador, caracterizado por o oligómero endurecível ser selecionado num grupo cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C, por a relação de proporção entre monómero e oligómero estar compreendida entre 1/6 e 1/25, e por a mistura dos componentes do verniz apresentar uma viscosidade compreendida entre 15 e 22 mPa.s a 25°C e entre 5 e 2 mPa.s a 60°C, e uma tensão de superfície compreendida entre 15 e 28 mN/m a 23°C, sendo a viscosidade medida por um viscosímetro com uma taça de medição e um rotor e envolvendo um sistema de regulação de temperatura ligado a um banho termostatizado.
2. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o oligómero endurecível ser selecionado num grupo cuja viscosidade é superior a 1 1 ΕΡ2204401Β1 Pa.s a 23°C, e por a relação de proporção entre monómero e oligómero estar compreendida entre 1/7 e 1/21.
3. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com qualquer das afirmações 1 e 2, caracterizado por a composição do verniz compreender pelo menos: - um redutor de viscosidade que facilita a aderência do verniz ao substrato impresso, e/ou - um inibidor de radicais livres.
4. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com a reivindicação 1 a 3, caracterizado por a mistura dos componentes do verniz apresentar uma condutividade inferior a 1,5 pS, medida por um conductímero cuja célula de medição apresenta uma constante de medição de K=1.0.
5. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma as reivindicações 1 a 4, caracterizado por o fotoiniciador compreender pelo menos 2-metil-l-4-metiltiofenil-2-4-morfolinil-propanona.
6. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o fotoiniciador compreender pelo menos 2-isopropil-tioxantona. 2 ΕΡ2204401Β1
7. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o verniz compreender N-vinilcaprolactama para assegurar a aderência do verniz à superfície do substrato impresso.
8. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o oligómero endurecível cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C compreender pelo menos um uretano di-acrilato alifático.
9. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o oligómero endurecível cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C compreender pelo menos um uretano acrilato hexa-funcional.
10. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o oligómero endurecível cuja viscosidade é superior a 1 Pa.s a 23°C compreender pelo menos um epóxi di-acrilato bisfenol A.
11. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a composição do verniz compreender pelo menos um aditivo com uma granulometria inferior a 50 pm, sendo este aditivo: 3 ΕΡ2204401Β1 • um agente de acabamento mate para obter um verniz mate ou acetinado, e/ou • palhetas para obter um verniz brilhante, e/ou • pigmentos e/ou corantes para obter um verniz colorido, e/ou • pigmentos e/ou corantes fluorescentes para obter um verniz fluorescente, e/ou • pigmentos e/ou corantes sensíveis à luz negra para obter um verniz de efeito óptico.
12. Verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a composição do verniz compreender uma granulometria adequada para a passagem num bico no momento de um depósito por jacto de tinta sobre o substrato impresso.
13. Processo para a produção de um verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com uma das reivindicações 2 a 12, caracterizado por o processo compreender: • uma etapa de mistura do redutor de viscosidade com o inibidor de radicais livres e um fotoiniciador a uma temperatura compreendida entre 150 e 300°C, • uma etapa de arrefecimento da mistura até à temperatura ambiente, 4 ΕΡ2204401Β1 • uma etapa de adição sob agitação de pelo menos um oligómero endurecivel conforme a composição do verniz, pelo menos um monómero endurecivel conforme a composição do verniz.
14. Processo para a produção de um verniz para cobrir a superfície de um substrato impresso e depositado por jacto de tinta de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por o processo compreender: - uma etapa de filtração da mistura obtida de acordo com a granulometria adequada para passagem num bico, no momento de um depósito por jacto de tinta no substrato impresso. Lisboa, 22 de Novembro de 2012 5