PT1864049E - União para tubos - Google Patents

Description

1 DESCRIÇÃO "UNIÃO PARA TUBOS"

Campo Técnico A invenção refere-se a uma união para tubos, que compreende: - uma manga anular com pelo menos uma extremidade de inserção, conformada de tal modo que a extremidade de um tubo possa ser introduzida, numa direcção de inserção, estando a referida manga munida de uma flange saliente e sendo a face terminal afunilada na direcção de inserção do tubo, - um meio anular de retenção, que possui uma face de retenção virada para a face exterior do tubo, - um meio anular flexivel de vedação disposto entre a flange e o meio de retenção, quando vistos na direcção axial, - um meio anular de pressão e - meios de aperto, do tipo cavilha roscada/porca, para puxar a manga e o meio de pressão na direcção um do outro, a fim de movimentar a face de retenção do meio de retenção e o meio de vedação para o interior, num encaixe respectivamente de retenção apertada e de vedação, com a face exterior do tubo. Técnica Anterior

Uniões para tubos do tipo acima são usadas para ligar tubos entre si, de modo estanque e à prova de tensões, ou para unir tubos a outro equipamento, por exemplo uma válvula num oleoduto ou gasoduto. Uma aplicação tipica é em condutas para abastecimento de água e gás. Os tubos a isso destinados são agrupados de acordo com o seu diâmetro 2 nominal DN mas, dentro do mesmo diâmetro nominal, tubos de diferentes materiais apresentam diâmetros exteriores diferentes. Assim, um tubo de plástico de DN 100 tem um diâmetro exterior de 110 mm, um tubo de aço possui um diâmetro de 114 mm e um tubo de ferro fundido possui um diâmetro exterior de 118 mm. As uniões para tubos do presente tipo permitem a utilização da mesma união para tubos dentro de um grupo específico de DN. A GB 2 167 146 A descreve uma união para tubos do tipo acima, em que um aro de vedação e um aro de retenção estão apertados entre a face terminal cónica de uma manga e uma face terminal cónica de um aro de pressão, a fim de levar, respectivamente o aro de vedação e o aro de retenção, a um encaixe estanque e fixo com a face exterior do tubo. 0 aro de pressão é conformado como um aro rígido integralmente formado.

Além disso as EP 0 794 378 Bl, EP 1 138 999 AI e EP 0 974 780 Bl descrevem, todas, uma união para tubos do tipo acima, na qual um aro de retenção e vedação está disposto entre a face terminal cónica da flange de uma manga e a face cónica de um aro de pressão. 0 aro de retenção e vedação é forçado a uma retenção apertada e a um encaixe estanque com a superfície exterior do tubo, quando o aro de pressão é puxado na direcção da flange da manga. 0 aro de retenção e vedação é formado por um grande número de elementos em forma de cunha encostados uns aos outros. O aro de pressão é um aro rígido integralmente formado. Especialmente devido ao grande número de elementos do aro de retenção e vedação, a união para tubos é complexa e de fabrico dispendioso. 3

Descrição da Invenção 0 objecto da presente invenção é proporcionar uma união para tubos do tipo acima, a qual é simples e barata de fabricar e instalar num sistema de tubagens e que pode ser usada para tubos de diferentes diâmetros e diferentes materiais, ao mesmo tempo que se obtém uma união apertada e à prova de tensões, a qual permite alguma variação angular ou desvio angular em relação a um alinhamento axial preciso da manga da união para tubos e da extremidade do tubo nela inserida. A união para tubos de acordo com a invenção é caracterizada por o meio de pressão estar dividido num certo número de segmentos separados e estar munido de uma face de contacto adaptada para encostar de forma móvel na face terminal da flange e conformada de tal modo que, pela deslocação axial do meio de pressão relativamente à flange, os segmentos do meio de pressão são movimentados para o interior, na direcção da face exterior do tubo, por as cavilhas roscadas se inserirem através de aberturas alongadas, que se estendem radialmente na flange e por serem proporcionados meios para reter radialmente as cavilhas roscadas relativamente ao meio de pressão.

Quando as cavilhas roscadas são apertadas, os segmentos anulares do meio de pressão são movimentados para o interior, deslizando a face de contacto ao longo da face terminal da flange. Em resultado disso, o meio de vedação e o meio de retenção são forçados para o interior, para um encaixe de retenção, respectivamente estanque e apertado, com a face exterior do tubo. Em simultâneo com o movimento para o interior dos segmentos anulares do meio de pressão, as cavilhas roscadas são movimentadas radialmente para o 4 interior, com as aberturas da flange a permitirem esse movimento. Em resultado disso, por meio de uma pressão exercida pelos segmentos do meio de pressão, a união para tubos fica dotada de uma estabilidade aumentada guando sujeita a pressão, uma vez que a distância entre a face exterior do tubo e os segmentos anulares do meio de pressão é substancialmente a mesma, independentemente do diâmetro exterior do tubo e que a distância entre as cavilhas roscadas e a face exterior do tubo também é substancialmente a mesma, independentemente do diâmetro exterior do tubo. Além de ser comparativamente barata e simples de fabricar, a união para tubos de acordo com a invenção é fácil de instalar e permite uma certa variação angular ou desvio angular dos tubos em relação à manga devido à segmentação dos meios de pressão.

As aberturas radiais da flange podem ser ranhuras, que se desenvolvem na direcção da periferia exterior da flange.

Além disso, de acordo com a invenção, o meio anular de retenção pode ser formado integralmente com o meio anular de pressão e portanto ser também dividido em segmentos anulares .

De acordo com a invenção, o meio anular de retenção pode ainda ser dividido num certo número de segmentos anulares de retenção intervalados uns dos outros.

De acordo com uma outra forma de realização da invenção, é preferido que os segmentos anulares do meio de retenção estejam unidos ao meio de vedação. A retenção pode ser proporcionada por meio de uma união por encaixe de forma, ou por uma união por fricção entre os segmentos do meio de 5 vedação e do meio de retenção, por meio de uma união adesiva, opcionalmente proporcionada em ligação com a moldagem do meio de vedação flexível, ou por outros meios.

De acordo com uma forma de realização vantajosa da invenção, o meio de retenção é disposto de tal modo em relação ao meio de pressão, que os segmentos do meio de pressão fazem ponte sobre os intervalos entre os segmentos do meio de pressão. Os segmentos do meio de retenção também encostam assim vantajosamente ao meio de vedação, nos intervalos entre os segmentos do meio de pressão.

Para se obter o desejado posicionamento dos segmentos do meio de retenção em relação ao meio de vedação e aos segmentos do meio de pressão, o meio de vedação pode ser munido de projecções, que se estendem para o interior dos espaços entre os segmentos do meio de pressão.

Para assegurar um encaixe e uma vedação óptimos contra a face exterior do tubo, o número de segmentos de retenção deve ser superior ao número de segmentos do meio de pressão. 0 número de segmentos do meio de retenção deve portanto ser um múltiplo do número de segmentos do meio de pressão. A face terminal da flange pode ser de formato cónico e possuir um ângulo de inclinação inferior a 45° em relação ao eixo da união para tubos ou da manga. A face de contacto do meio de retenção pode também ser cónica e possuir um ângulo de inclinação correspondente ao ângulo de inclinação da face terminal. A face terminal da flange e a face de contacto do meio de pressão podem, no entanto, ser também de qualquer outro formato, que permita o pretendido 6 movimento para o interior do meio de pressão, quando as cavilhas roscadas são apertadas. A face terminal e facultativamente também a face de contacto podem, portanto ser arqueadas ou curvas.

De acordo com uma outra forma de realização da invenção, o meio de pressão está munido, na sua face radialmente interna, de uma cavidade que recebe o meio anular de retenção e o meio anular de retenção tem uma face radial externa adaptada a encostar-se a uma parede da cavidade, de tal modo que os segmentos do meio de retenção sejam movimentados na direcção da face exterior do tubo, quando o meio de pressão for movimentado axialmente em relação ao meio anular de retenção. 0 meio anular de retenção pode ter substancialmente a forma de uma cunha, quando visto em corte perpendicular e a sua superfície radial exterior pode possuir uma inclinação inferior a 45°, de preferência inferior a 30°, relativamente ao eixo da união para tubos.

De acordo com ainda outra forma de realização da invenção, os segmentos do meio de pressão estão munidos de furos perfurantes destinados a receber cavilhas roscadas, de modo que as cavilhas sejam substancialmente retidas numa direcção radial.

Além disso, de acordo com uma outra forma de realização da invenção, as cavilhas roscadas podem ser recebidas nos intervalos entre os segmentos do meio de pressão.

Em resultado disso, um membro de aperto, proporcionado juntamente com a cavilha roscada, pode estabelecer a ponte 7 sobre cada um dos intervalos entre os segmentos do meio de pressão, tendo o referido membro de aperto faces cónicas, que actuam em cooperação com correspondentes faces cónicas existentes em dois segmentos adjacentes do meio de pressão, de modo a forçar os segmentos do meio de pressão na direcção uns dos outros, durante o aperto das cavilhas roscadas.

Além disso, de acordo com uma forma de realização da invenção, segmentos adjacentes do meio de pressão, em faces laterais viradas umas para as outras, podem ser munidos, respectivamente, de uma cavidade e de uma projecção de encaixe, sendo a referida projecção móvel na direcção periférica no interior da referida cavidade.

Em resultado disso, um segmento transfere o seu movimento para dois segmentos adjacentes, quando é apertado por meio de uma cavilha roscada e move-se axialmente e para o interior, na direcção da extremidade do tubo. Consequentemente apenas é necessário apertar alternadamente um dos outros segmentos por meio das cavilhas roscadas, pelo que, vantajosamente, o número de cavilhas roscadas pode ser reduzido a metade e a retenção da extremidade de um tubo na união para tubos é acelerada e facilitada.

Além disso, de acordo com uma forma de realização da invenção, uma das extremidades das cavilhas pode encontrar-se giratoriamente unida à manga na direcção radial, em pontos que se encontram espacialmente afastados da flange da manga.

Quando as cavilhas roscadas são apertadas, giram para o interior, na direcção da manga, em volta do centro de rotação do movimento para o interior dos segmentos do meio de pressão. Esta forma de realização da invenção é particularmente adequada quando apenas uma extremidade de tubo deva ser fixada à união ou quando duas extremidades de tubo, que formem um ângulo, tenham de ser fixadas à união para tubos. Neste último caso, as cavilhas que giram radialmente para o interior estão naturalmente associadas a cada uma das extremidades da união para tubos.

Finalmente, deverá referir-se que a face de aperto do meio de aperto pode, vantajosamente, estar munida de dentes para retenção na face exterior do tubo.

Breve Descrição dos Desenhos A invenção é explicada abaixo em pormenor, com referência aos desenhos, nos quais A Figura 1 é uma vista terminal de uma união para tubos de acordo com a invenção, destinada a unir dois tubos, A Figura 2 é uma vista em corte axial através da união para tubos da Figura 1, ao longo da linha II-II, A Figura 3 é uma vista parcial diagramática da união para tubos de acordo com a invenção, substancialmente correspondente à parte III da Figura 2 e onde um tubo com o maior diâmetro, ao qual se destina a união para tubos, é fixado a uma extremidade respectiva da união para tubos, A Figura 4 é uma vista parcial correspondente à da Figura 3 e onde um tubo, do menor diâmetro a que se destina a união para tubos, é fixado à extremidade respectiva da união para tubos, 9 A Figura 5 é uma vista parcial correspondente às das Figuras 4 e 5, de uma forma de realização alternativa de uma união para tubos de acordo com a invenção, A Figura 6 é uma vista terminal, parcial, de mais uma forma de realização da união para tubos de acordo com a invenção, A Figura 7 é uma vista em corte ao longo da linha VII-VII da Figura 6, A Figura 8 é uma vista parcial, em perspectiva, de outra forma de realização da união para tubos de acordo com a invenção, A Figura 9 é uma vista terminal de uma parte da união para tubos, na direcção da seta P e A Figura 10 é uma vista em corte ao longo da linha X-X da Figura 9.

Melhores Forma ou Formas de realização da invenção A forma de realização de uma união para tubos 1 de acordo com a invenção apresentada nas Figuras 1 a 4 está adaptada a unir dois tubos de modo substancialmente coaxial. A união para tubos 1 inclui uma manga 2, a qual está munida de uma flange que se projecta para o exterior 3, 4 em cada uma das suas extremidades opostas, tendo cada uma das referidas flanges uma face terminal 5, 6, a qual afunila na direcção de inserção de uma extremidade de tubo, que foi introduzida e recebida em extremidades opostas da manga. Na Figura 2, a direcção de inserção das extremidades dos tubos na manga é indicada por meio das setas I. 10

Conforme se vê na Figura 2, a união para tubos 1 é de formato substancialmente simétrico em volta do plano central da manga 2. Na descrição abaixo faz-se portanto principalmente referência à metade da manga apresentada no lado direito da Figura 2. Em cada uma das extremidades, a união para tubos inclui ainda um aro de pressão 8, munido de uma face de contacto 9, virada para a face terminal 6 da flange 4 e em contacto móvel com ela. O aro de pressão 8 está dividido num certo número de segmentos anulares de pressão 10 afastados uns dos outros numa direcção periférica. Na forma de realização apresentada, o aro de pressão é constituido por oito segmentos anulares de pressão, conforme se mostra na Figura 1. Na forma de realização apresentada, a face terminal 6 da flange 4 é de forma cónica e a face de contacto 9 do aro de pressão possui um formato cónico correspondente. A união para tubos 1 inclui ainda, um aro de vedação 12 disposto entre a flange 4 da manga 4 e o aro de pressão 8, quando visto na direcção axial, e um aro de aperto 13.

Na forma de realização apresentada, o aro de vedação 12 tem substancialmente o formato de uma cunha e possui uma primeira face de vedação 14, adaptada para se encostar de forma estanque na face terminal cónica 6 da flange 4. O aro de vedação 12 possui ainda uma face vedante radial interna 15 adaptada a contactar a face exterior de uma extremidade de tubo inserida na união para tubos, conforme descrito abaixo em pormenor. 0 aro de retenção 13 compreende um certo número de segmentos anulares de aperto 17 afastados uns dos outros 11 quando vistos numa direcção periférica e dispostos entre o aro de vedação 12 e o aro de pressão 8, quando vistos na direcção axial. 0 seqmentos 17 do aro de retenção 13 estão liqados ao aro de vedação 12 por meio de bossas axiais 18 presentes nos segmentos anulares de aperto 17, projectando-se as referidas bossas para o interior de cavidades correspondentes 19 presentes no aro de vedação, conforme se mostra nas Figuras 3 e 4.

Numa vista em corte perpendicular os segmentos 17 do aro de retenção 13 têm substancialmente o formato de uma cunha e estão munidos de uma face cónica radialmente exterior 20, a qual encosta contra uma face radialmente interna correspondente 21 de uma cavidade 22 da face radialmente interna 23 do aro de pressão 8. Além disso, os segmentos 17 do aro de retenção 13 possuem, cada um deles, uma face de aperto radialmente interna 24 munida de dentes 25. A união para tubos apresentada inclui ainda meios de aperto, do tipo cavilha roscada/porca, que compreendem cavilhas roscadas 26 e porcas 27. As hastes das cavilhas são recebidas em ranhuras 29, 30, que se estendem radialmente, proporcionadas nas flanges opostas 3, 4 da manga 2. As hastes das cavilhas roscadas 28 estendem-se ainda através de furos perfurantes 32 proporcionados nos segmentos anulares de pressão 10 do aro de pressão 8.

Na forma de realização apresentada nas Figuras 1-4, as cabeças 31 das cavilhas roscadas 26 encostam na face terminal axialmente exterior dos segmentos anulares de pressão apresentados no lado esquerdo da Figura 2. No aro de pressão 8 apresentado no lado direito da Figura 2, as porcas 27 encostam à face axialmente exterior dos segmentos 12 anulares de pressão 10 do aro de pressão 8 por intermédio de uma anilha de pressão 33.

Quando as uniões cavilha roscada/porca 26, 27 são apertadas, as faces de contacto dos segmentos 10 do aro de pressão 8 são forçadas na direcção das faces terminais 5, 6 das flanges 3, 4, pelo que os segmentos 10 do aro de pressão 8 são movimentados para o interior, na direcção da face exterior 16 do tubo. Os segmentos anulares 17 do aro de retenção 13 e a face de vedação do aro de vedação 12 são por isso forçados também para o interior, na direcção da face exterior 16 dos tubos, para respectivamente se selarem e apertarem em encaixe firme com eles. O movimento para o interior dos segmentos anulares de pressão 10 do aro de pressão 8 forçam também as cavilhas roscadas 26 para o interior, encaixando-se as cavilhas nos furos perfurantes 32 dos segmentos anulares de pressão 10 e ficando livremente móveis nas fendas radiais das flanges 3, 4.

Finalmente, com referência às Figuras 1 e 2, deverá notar-se que o aro flexível de vedação 12 está munido de saliências 34, que se projectam para o interior de intervalos entre segmentos anulares de pressão 10 adjacentes e que o aro de retenção 13 está munido de segmentos 17, que encostam e formam ponte entre segmentos anulares de pressão 10 adjacentes. As saliências 34 do aro de vedação 12 asseguram por isso um posicionamento correcto do aro de vedação 12 e portanto dos segmentos 17 do aro de retenção 13 em relação aos segmentos 10 do aro de pressão A Figura 3 mostra a parte, encerrada num circulo na Figura 2, da união para tubos apresentada nas Figuras 1 e 2 e em 13 que uma extremidade de tubo 7 foi inserida e fixada, tendo a referida extremidade de tubo um diâmetro exterior máximo de tubo, para o qual a união para tubos foi determinada. A Figura 4 mostra uma parte semelhante à da Figura 3, mas no entanto com a extremidade do tubo 7, inserida e fixada na extremidade da união para tubos, a ter o menor diâmetro de tubo pretendido para a união para tubos. Uma comparação entre a Figura 3 e a Figura 4 mostra que a distância entre a face exterior do tubo 7, 7' e a face radialmente interior dos segmentos anulares 10 do aro de pressão 8 é a mesma na extremidade de tubo 7 com o maior diâmetro na extremidade de tubo e na extremidade do tubo 7' com o menor diâmetro, sendo a referida distância também a mesma em todos os diâmetros de tubo intermédios. Correspondentemente, uma comparação entre a Figura 3 e a Figura 4 mostra que a distância entre o eixo 37 das cavilhas roscadas 26 e a face exterior do tubo 7, 7' é a mesma, independentemente do diâmetro exterior dos referidos tubos.

Faz-se agora referência à Figura 5, que mostra uma parte correspondente à apresentada nas Figuras 3 e 4 de uma forma de realização alternativa de uma união para tubos de acordo com a invenção. Nesta forma de realização, uma extremidade da cavilha roscada 39 encontra-se giratoriamente ligada (em 38) de uma maneira, que é em si conhecida, à face exterior da manga 2, em pontos axialmente afastados da flange 4. Quando o tubo 7, de diâmetro exterior máximo, é recebido e fixado por meio da união para tubos, o eixo das cavilhas 39 inclina-se em relação à face exterior do tubo, conforme se mostra na Figura 5. Quando se fixam tubos com um diâmetro exterior menor do que o diâmetro máximo, o eixo das cavilhas roscadas 39 forma um pequeno ângulo com a face exterior do tubo e ao receber e fixar o tubo de menor 14 diâmetro o eixo das cavilhas roscadas fica substancialmente paralelo ou inclina-se ligeiramente para o interior em relação à face exterior do tubo. Esta forma de realização da invenção é particularmente adequada quando apenas uma extremidade de tubo deva ser fixada à união para tubos, ou quando duas extremidades de tubo, que formem um ângulo, por exemplo um ângulo recto, em relação uma à outra, tenham de ser fixadas à união para tubos. 0 método de execução da união para tubos apresentada na Figura 5 corresponde à forma de realização descrita acima e portanto não é repetido.

Na parte de uma outra união para tubos alternativa de acordo cm a invenção apresentada na Figura 6, as cavilhas 40 estão dispostas de tal modo, que se estendem através dos intervalos entre dois segmentos anulares de pressão. Entre as cabeças das cavilhas roscadas 42 e os segmentos anulares de pressão está disposto um membro de aperto 43, que possui um furo de recepção 44 destinado a receber a haste 45 das cavilhas roscadas 40. O membro de aperto 43 sobrepõe-se aos dois segmentos anulares de pressão 41 adjacentes e está munido de faces cónicas 46, 47 na área de sobreposição, encostando-se essas áreas a correspondentes faces cónicas 48, 49 proporcionadas nas porções de aresta dos segmentos anulares 41. Quando se apertam as cavilhas roscadas 40, as faces cónicas 46, 47 do membro de aperto 43 cooperam com as faces cónicas 48,49 dos segmentos anulares para forçar os segmentos anulares de pressão 41 em direcção uns aos outros, conforme é mais evidente a partir da Figura 7. Ao mesmo tempo, os segmentos anulares de pressão, em conjunto com as cavilhas roscadas, são movimentados para o interior conforme explicado acima. Em ligação com esta última forma de realização, deverá notar-se que a porca da união de 15 cavilha roscada pode naturalmente encostar no membro de aperto 43, em vez de na cabeça da cavilha roscada 42, que se mostra.

Faz-se agora referência às Figuras 8-10, que apresentam uma outra forma de realização de uma união para tubos de acordo com a invenção. Nas formas de realização anteriormente descritas da união para tubos, o aro de pressão é formado por segmentos anulares de pressão afastados entre si. A união para tubos apresentada nas Figuras 8-10 difere deles por o seu aro de pressão ser constituído por dois tipos diferentes de segmentos anulares de pressão 50, 51 dispostos alternadamente na direcção periférica. O primeiro tipo de segmento anular de pressão 50 está munido de uma projecção 54, 55 em cada uma das faces laterais 52, 53. Além disso, de uma forma correspondente à dos segmentos anulares de pressão 10 apresentados nas Figuras 1-4, o primeiro tipo de segmentos anulares de pressão 50 está munido de um furo de passagem destinado a receber uma haste de uma cavilha roscada 56. O outro tipo de segmentos anulares de pressão 51 possui faces laterais 57, 58 munidas de cavidades 59, 60 e em que as projecções 54, 55 do primeiro tipo de segmentos anulares de pressão 50 são recebidas. Cada uma das cavidades 59, 60 possui um fundo 61, 62, contra o qual uma face radialmente inferior 63 de uma projecção 55 se encosta. As cavidades 59, 60 abrem para a face terminal 64 do segundo tipo de segmentos 51. As cavidades 59, 60 são conformadas e dimensionadas de tal modo em relação às projecções 54, 55, que são mutuamente deslocáveis em encaixe quando, vistas na direcção periférica, isto é, de tal modo que o aro de pressão formado pelos dois tipos de segmentos anulares de pressão 50, 51, pode assumir diferentes diâmetros. Isso é ainda 16 possibilitado por as faces laterais mutuamente opostas 52, 57; 53, 58 dos segmentos anulares de pressão 50, 51 estarem intervaladas umas em relação às outras.

Antes de o método de funcionamento da união para tubos das Figuras 8-10 ser descrito em pormenor, deverá notar-se que, com excepção das diferenças acima, no que se refere aos segmentos anulares de pressão, a presente união para tubos corresponde à união para tubos apresentada nas Figuras 1-4 e portanto inclui uma manga 2, com uma flange 4 e um aro de vedação com aro de retenção associado, constituído por segmentos anulares de retenção. Deverá ainda ser notado que os segmentos anulares de pressão 50, 51 correspondem aos aros de aperto anteriormente descritos - naquilo que se refere ao seu contorno exterior e exceptuando as diferenças acima indicadas.

Quando as cavilhas roscadas 56 são apertadas, o primeiro tipo de segmentos anulares de pressão 50 é forçado para o interior, na direcção do tubo inserido na união para tubos, deslizando as suas faces de contacto inclinadas ao longo da face terminal cónica da flange 4. O encaixe das projecções 54, 55 nas cavidades 59, 60 do segundo tipo de segmentos anulares de pressão 51 tem por efeito que o segundo tipo de segmentos anulares de pressão 51 siga o movimento do primeiro tipo de segmentos anulares de pressão 50, encostando a face inferior 63 das projecções 54, 55 no fundo 61, 62 das cavidades 59, , 60 . Consequentemente, os segmentos anulares de pressão 50 e 51 contribuem para forçar o aro de vedação e o aro de retenção ao encaixe com a extremidade do tubo inserida na respectiva extremidade da união para tubos. 17

Uma vantagem significativa da união para tubos apresentada nas Figuras 8-10 é gue, em comparação com as formas de realização anteriormente descritas de uma união para tubos de acordo com a invenção, é usado metade do número de cavilhas roscadas. Em resultado disso, a retenção de um tubo, numa união para tubos, é vantajosamente facilitada e tornada mais expedita. A invenção pode ser modificada de muitas formas, sem com isso se desviar do âmbito da invenção. Como exemplo, na forma de realização da união para tubos referida em último lugar, as cavidades do segundo tipo de segmentos anulares de pressão, podem ser cavidades fechadas, isto é, não se prolongarem até à face terminal 64. Deverá além disso ser notado que, em todas as formas de realização descritas, é possível formar os segmentos do aro de retenção integralmente com os segmentos do aro de pressão. 18

Lista dos números de referência 1 união para tubos 2 manga 3,4 flange 5, 6 face terminal da flange I direcção de inserção 7 extremidade de tubo com diâmetro exterior máximo 7' extremidade de tubo com diâmetro exterior mínimo 8 aro de pressão 9 face de contacto 10 segmento de aro de pressão 12 aro de vedação 13 aro de retenção 14 primeira face de vedação do aro de vedação 15 face de vedação radial interna do aro de vedação 16 face exterior do tubo 17 segmento anular de retenção 18 bossa axial do segmento anular de retenção 19 cavidade no aro de vedação 20 face cónica exterior do aro de retenção 21 face interna da cavidade 22 cavidade no aro de pressão 23 face interna do aro de pressão 24 face de aperto do aro de retenção 25 dentes 26 cavilha roscada 27 porca 28 haste da cavilha roscada 29,30 ranhuras 31 cabeça da cavilha roscada 32 furo perfurante 33 anilha 19 19 34 35 37 38 39,40 41 42 43 44 45 46,47 48,49 50 51 52,53 54,55 56 57,58 59,60 61,62 63 64 projecções distância entre o aro de pressão e a face exterior do tubo eixo da cavilha roscada centro de rotação cavilha roscada segmento anular de pressão cabeça da cavilha roscada membro de aperto furo de passagem haste da cavilha roscada face cónica do membro de aperto face cónica dos segmentos anulares de pressão primeiro tipo de segmento anular de pressão segundo tipo segmento anular de pressão faces laterais de 50 projecções cavilha roscada faces laterais de 51 cavidades fundo de 59,60 superfície inferior face terminal de 51

Lisboa, 15 de Setembro de 2010

Claims (10)

1 REIVINDICAÇÕES . União para tubos (1), que compreende: uma manga anular (2) , que apresenta pelo menos uma extremidade de inserção, conformada de tal modo que a extremidade de um tubo pode ser inserida e ser recebida nela, ao ser introduzida numa direcção de inserção (I), estando a referida manga munida de uma flange (4) saliente, a qual possui uma face terminal (6) afunilada na direcção de inserção do tubo, um meio anular de retenção (13) , o qual apresenta uma face de retenção (24) virada para a face exterior do tubo, um meio anular flexível de vedação (12) , proporcionado entre a flange (4) e o meio de retenção (13), quando vistos na direcção axial, um meio anular de pressão (8) e meios de aperto, do tipo cavilha roscada/porca, para forçar a manga (2) e o meio de pressão (8) na direcção um do outro, de modo a movimentar a face de retenção do meio de retenção (13) e o meio de vedação (12), para o interior, num encaixe respectivamente de retenção apertada e vedação, com a superfície exterior do tubo, caracterizada por o meio de pressão (8) estar dividido num certo número de segmentos anulares separados (10) e munidos de uma face de contacto (9) adaptada para encostar de forma móvel na face terminal (6) da flange (4) e conformados de tal modo que, por meio da 2 deslocação axial do meio de pressão em relação à flange, os segmentos do meio de pressão são deslocados para o interior, na direcção da face exterior (16) do tubo, as cavilhas se projectam através de aberturas alongadas, que se estendem radialmente (29,30) na flange (4) e são proporcionados meios para reter as cavilhas substancialmente na direcção radial relativamente ao meio de pressão (8) , de modo que, simultaneamente com o movimento para o interior dos segmentos anulares (10) do meio de pressão (8) as cavilhas sejam movimentadas radialmente para o interior.

2. União para tubos de acordo com a Reivindicação 1, caracterizada por o meio anular de retenção (13) ser formado integralmente com o meio anular de pressão (8) e portanto também ser dividido em segmentos anulares.

3. União para tubos de acordo com a Reivindicação 1, caracterizada por o meio anular de retenção (13) estar dividido num certo número de segmentos anulares de retenção separados (17) intervalados entre si.

4. União para tubos de acordo com a Reivindicação 3, caracterizada por os segmentos (17) do meio de retenção (13) estarem unidos ao meio de vedação (12).

5. União para tubos de acordo com a Reivindicação 3 ou 4, caracterizada por o meio de retenção (13) estar disposto de tal modo em relação ao meio de pressão (8), que os segmentos do meio de retenção (17) estabelecem uma ponte sobre os intervalos existentes entre os segmentos (10) do meio de pressão (8). 3

6. União para tubos de acordo com uma ou mais das Reivindicações anteriores, caracterizada por, na sua face radial interna, o meio de pressão (8) estar munido de uma cavidade, que recebe o meio anular de retenção (13) e por o meio anular de retenção ter uma face radial exterior (20) adaptada para encostar a uma parede (21) da cavidade (22), de tal modo que o meio de retenção (13) é movimentado na direcção da face exterior do tubo quando o meio de pressão (8) é movimentado axialmente em relação ao meio anular de retenção (13).

7. União para tubos de acordo com uma ou mais das Reivindicações anteriores, caracterizada por os segmentos (10) do meio de pressão (8) estarem munidos de furos perfurantes (32) destinados a receber as cavilhas roscadas, de modo que as cavilhas roscadas sejam retidas substancialmente na direcção radial.

8. União para tubos de acordo com uma ou mais das Reivindicações anteriores, caracterizada por as cavilhas roscadas serem recebidas nos intervalos entre os segmentos (10) do meio de pressão (8).

9. União para tubos de acordo com uma ou mais das Reivindicações anteriores, caracterizada por os segmentos de meio de pressão adjacentes (50,51) estarem munidos, nas faces laterais (52,57;53,58) viradas uma para a outra, respectivamente de uma cavidade (59,60) e de uma projecção de encaixe (54,55), sendo a referida projecção móvel, na direcção periférica, no interior da referida cavidade. 4

10. União para tubos de acordo com uma ou mais das Reivindicações anteriores, caracterizada por, as cavilhas roscadas (39) estarem giratoriamente unidas por uma das extremidades, na direcção radial, à manga (2) num ponto (38) desta, que fica afastado da flange (4) . Lisboa, 15 de Setembro de 2010