PT1769731E

PT1769731E - Disposição de espéculo vaginal

Info

Publication number: PT1769731E
Application number: PT05386023T
Authority: PT
Inventors: Konstantinos Balas
Original assignee: Forth Photonics Ltd
Priority date: 2005-09-29
Filing date: 2005-09-29
Publication date: 2009-04-03
Also published as: WO2007036744A3; EP1769731A1; CN101277641A; CN101277641B; DK1769731T3; EP1928293A2; ATE424755T1; JP2009509606A; EP1928293B8; US20080306345A1; DE602005013228D1; EP1769731B1; ES2322481T3; PT1928293T; WO2007036744A2; EP1928293B1; JP5380071B2

Description

ΕΡ 1 769 731/ΡΤ

DESCRIÇÃO "Disposição de espéculo vaginal"

SUMÁRIO DO INVENTO 0 presente invento refere-se a um espéculo vaginal que concretiza um aplicador para o fornecimento uniforme de uma dose normalizada de um marcador de diagnóstico liquido no tracto genital inferior da mulher. 0 aplicador compreende um recipiente de marcador e um mecanismo para transferência de uma quantidade desejável do seu conteúdo para uma sonda de injecção para fornecimento do marcador à superfície do tecido. A sonda pode ser um injector, que gera um padrão de injecção desejável, que depende da localização dos tecidos a serem examinados. A secção transversal da sonda de injecção é substancialmente mais pequena do que abertura traseira do espéculo, de modo que a monitorização dos efeitos ópticos provocados no tecido pelo marcador e a inserção de ferramentas de tratamento não é obstruída. A sonda pode ser fixa numa vareta de prolongamento, a qual pode estar mecanicamente acoplada às valvas de espéculo, de uma maneira tal que o eixo longitudinal da sonda e, consequentemente, a direcção de injecção permanece estável, independentemente do ângulo de abertura efectivo das valvas, determinado pela anatomia da parede vaginal. Meios ópticos e de formação de imagens electrónicos, meios de iluminação e ferramentas de tratamento podem ser montados na vareta de prolongamento, podendo a vareta ser fixa de modo destacável a sistemas de posicionamento mecânicos ou a dispositivos de formação de imagens, utilizados em colposcopia. A disposição de espéculo vaginal apresentada pode ser utilizada como uma ferramenta para exames de diagnóstico e rastreio e para o tratamento das neoplasias cervicais e vaginais.

TÉCNICA ANTERIOR A detecção e a identificação de alterações patológicas do tracto genital baixo da mulher (colo do útero, vagina) 2

ΕΡ 1 769 731/PT envolvem uma série de procedimentos médicos que incluem testes de rastreio (testes pelo método de Papanicolaou), exame dos tecidos com o auxilio de um microscópio (colposcopia), a recolha de amostras para biópsia e histologia. Um teste anormal pelo método de Papanicolaou é seguido por colposcopia, em que a vagina é aberta com o auxilio de um espéculo para permitir a visualização dos tecidos com o auxilio de um microscópio. Em colposcopia, um certo número de marcadores de diagnóstico é aplicado topicamente, os quais alteram as propriedades ópticas do tecido, dependendo da patologia. Em particular, a aplicação de 3 a 5% de solução de ácido acético provoca um embranquecimento reversível das zonas anormais dos tecidos. Ficou provado que o grau e a duração do efeito de embranquecimento estão correlacionados bem com o grau de neoplasias. 0 aumento de contraste provocado entre as zonas normais e anormais proporciona meios valiosos para auxílio do diagnóstico de colposcopia e para localização de zonas anormais para recolha de amostras para biópsia e tratamento. Existe uma confiança considerável no valor de diagnóstico destes marcadores de diagnóstico, os quais foram desenvolvidos durante os 70 anos de utilização destes testes na prática clínica. O emprego dos testes in vivo à base de marcador como uma alternativa ao teste de Papanicolau in vitro para rastreio da patologia cervical tem aumentado em anos recentes. Os testes in vivo à base de marcador empregam um procedimento semelhante ao procedimento de colposcopia, mas são tipicamente executados sem a utilização de um microscópio (colposcópio). A vagina é aberta com o auxílio de um espéculo, o que é seguido pela aplicação da solução de ácido acético na superfície dos tecidos e da monitorização a olho nu das alterações induzidas pelo marcador na cor do tecido examinado. Esta técnica é conhecida como especuloscopia. Contrastando com os testes pelo método de Papanicolaou, a especuloscopia oferece resultados de diagnóstico imediatos, os quais permitem a recolha de amostras para a biópsia e/ou o tratamento da lesão, mesmo durante a mesma consulta.

Um inconveniente principal tanto da colposcopia como da especuloscopia deriva do facto de que a quantidade de 3 ΕΡ 1 769 731/ΡΤ marcador aplicado não é normalizada, ao mesmo tempo que os meios de administração do marcador e os procedimentos não asseguram a sua aplicação uniforme através de toda a zona do tecido examinado. Além disso, os meios de injecção empregues obstruem a abertura traseira do espéculo, não permitindo a monitorização dos efeitos provocados pelo marcador durante a sua aplicação e devido a este facto é perdida informação de diagnóstico crítica. Tipicamente, é aplicado um volume incontrolado de marcador quer pela lavagem do tecido com o auxílio de uma escova de algodão, humidificada com a solução de ácido acético, ou com o auxílio de uma atomizador manual de uso geral, o qual fornece remotamente uma quantidade aleatória do marcador. Em alguns casos é executada mais do que uma injecção de uma maneira repetitiva durante a evolução do fenómeno de embranquecimento acético, a fim de se conseguir um contraste melhor. A pesquisa clínica, conduzida pelos inventores do presente invento, mostrou que a monitorização dos efeitos provocados pelo marcador, durante e após a sua aplicação, tem um grande valor de diagnóstico. A mesma pesquisa mostrou também que a concentração e a quantidade da solução de marcador, aplicada no tecido examinado são muito criticas, uma vez que, para uma dada patologia, as diferentes doses de marcador geram diferentes efeitos ópticos, os quais podem causar diagnósticos errados. Em particular, para uma dada patologia dos tecidos, uma dose insuficiente de marcador pode causar em lesões cancerosas um padrão de embranquecimento acético semelhante ao provocado por uma quantidade de marcador óptima em inflamações e em neoplasias de baixo grau. De modo semelhante, uma dose de marcador alta pode causar um padrão de embranquecimento acético em inflamações e em lesões pré-cancerosas de grau baixo tipicamente encontrado em lesões cancerosas. Consequentemente, a falta de uma disposição de espéculo que permita a normalização da quantidade de marcador aplicado na superfície do tecido pode resultar em resultados de falso positivo e/ou de falso negativo, diminuindo assim o desempenho de diagnóstico destes testes em termos tanto da sensibilidade como da especificidade.

Um certo número de documentos da técnica anterior apresentam várias disposições de espéculos vaginais com meios 4

ΕΡ 1 769 731/PT de formação de imagens e de iluminação integrados num espéculo, mas as mesmas são caracterizadas pela falta de meios de injecção para aplicação uniforme de uma quantidade normalizada de um marcador de diagnóstico, enquanto que permite simultaneamente a inspecção dos efeitos ópticos produzidos por este último.

Tais documentos da técnica anterior incluem GB214913 e GB191027965. Estes documentos apresentam um espéculo vaginal com meios de injecção de fluido incorporados. A finalidade dos meios de injecção de fluido, como descrito nestes documentos, é a lavagem do tracto genital baixo da mulher e não oferecem qualquer normalização do liquido injectado. É uma má noticia que nestes documentos da técnica anterior, a lavagem não empregue um marcador de diagnóstico e, por conseguinte, não se destine a auxiliar o diagnóstico e o rastreio. Com mais importância, o mesmo não permite a visualização da zona de interesse, uma vez que todo o espaço interno do espéculo é ocupado pelos meios de injecção de fluido e não existe espaço livre disponível para permitir a observação e a inserção de ferramentas de tratamento.

Outros documentos da técnica anterior apresentam espéculos vaginais com meios de iluminação integrados para iluminação da vagina. Tais espéculos são apresentados, por exemplo, nos documentos GB1408382, US3762400, US3851642.

Estes espéculos vaginais destinam-se ao exame médico da vagina, mas os mesmos não são acompanhados com os meios de injecção de fluido integrados necessários para um exame médico de diagnóstico da vagina em que é necessária a aplicação uniforme de um volume normalizado de um marcador de diagnóstico.

Outra técnica anterior descrita nos documentos W09007299, W09728753, US4210133 e US4046140, apresenta espéculos vaginais com um microscópio ou câmara integrados para observação e/ou captação de imagens do tecido cervical. Nas implementações descritas, os microscópios ou as câmaras estão localizados dentro das valvas, não permitindo a inserção de ferramentas para a recolha de amostras para biópsia e tratamento simultaneamente com a inspecção com o auxilio de um microscópio ou câmara. Além disso, os 5

ΕΡ 1 769 731/PT instrumentos apresentados nos documentos anteriores não permitem a injecção de marcadores de diagnóstico. Finalmente, o documento da técnica anterior US20040122327 apresenta uma disposição de uteroscópio que inclui uma lente panorâmica para visualização de toda a cavidade uterina numa imagem, que está montada sobre um veio alongado para inserção dentro do útero da paciente. Um ou mais balões transparentes insufláveis estão montados sobre o veio alongado, que envolve o sistema óptico de formação de imagens. É proporcionado um canal de instrumentos no veio do uteroscópio para inserção dos instrumentos, tais como um tubo de sucção, externo a ou entre os balões transparentes insufláveis. É apresentado em US 2005/090751 um espéculo que tem meios de injecção para pulverização controlada do tecido.

OBJECTOS DO INVENTO O objecto do presente invento é proporcionar uma disposição de espéculo, como a definida na reivindicação 1, meios de integração, para fornecimento uniforme um volume de marcador normalizado, enquanto que simultaneamente permite a visualização e a monitorização dos efeitos ópticos provocados, para fins de diagnóstico e de rastreio e a inserção de ferramentas de tratamento dentro do canal vaginal, para recolha de amostras para biópsia e tratamento. É um outro objecto do presente invento proporcionar uma disposição de espéculo que integra ainda meios ópticos, de formação de imagens electrónicos e de iluminação com uma disposição de espéculo, que concretiza o mecanismo de injecção de marcadores de diagnóstico, enquanto simultaneamente permite a inserção de ferramentas de tratamento dentro do canal vaginal. É ainda um outro objecto do invento proporcionar uma disposição de espéculo com um veio de prolongamento, a qual pode ser ligada a um suporte mecânico e meios de posicionamento, que incluem os empregues nos dispositivos de formação de imagens utilizados em colposcopia, para suporte e estabilização do espéculo e operação com mãos livres. 6 ΕΡ 1 769 731/ΡΤ

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A Figura 1 ilustra uma disposição de espéculo vaginal composta por valvas e pegas, uma vareta de prolongamento, mecanicamente acoplada às valvas, e a sonda de injecção fixa à vareta, um recipiente de marcador liquido e meios hidráulicos para permitir a injecção do marcador. A Figura 2 ilustra uma disposição de espéculo vaginal composta por valvas e pegas, uma vareta de prolongamento, mecanicamente acoplada às valvas, e um suporte mecânico, fixo a uma plataforma tal como o chão ou a uma marquesa de exame, e ligada de modo destacável ao veio de prolongamento. No dito suporte mecânico e na vizinhança do seu ponto de ligação ao veio de prolongamento, estão montados os seguintes componentes: uma sonda de injecção, uma fonte de luz com um polarizador removível e um polarizador de formação de imagens rotativo removível, meios de filtro óptico e ópticas de ampliação de imagem. A Figura 3 ilustra uma vista traseira de um espéculo de acordo com os ensinamentos presente invento. A Figura 4 ilustra um injector de agulha com uma agulha, que tem um diâmetro exterior dimensionado para maximizar o campo de visionamento através da abertura traseira de um espéculo de acordo com os ensinamentos do presente invento. É utilizado um mecanismo de acoplamento para ligação do injector de agulha ao tubo que proporciona um canal, através do qual se escoa o marcador. A Figura 5 ilustra um aparelho para reter um veio de espéculo num sistema óptico de formação de imagens ou num componente de base.

DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DO INVENTO

Nas figuras está ilustrado um espéculo tipo Cusco para de fins de ilustração e os especialista na técnica apreciarão que o presente invento não está limitado a um tal espéculo, mas, em vez disso, é aplicável a qualquer tipo de espéculo que tenha uma disposição mecânica adequada para abertura da 7

ΕΡ 1 769 731/PT vagina para permitir a visualizaçao dos tecidos que compõem um tracto genital inferior da mulher. A Figura 1 apresenta um espéculo tipo Cusco que tem duas valvas (1, 2), ligadas entre si com o auxilio de uma junção articulada (3), localizada na parte traseira das valvas. Cada valva é junta à pega correspondente (4, 5) com o auxilio de um pino (6) . A distância de separação entre as pegas (4, 5) torna-se máxima quando partes frontais das valvas (1, 2) estão em contacto. Quando o espéculo é inserido dentro da vagina, as valvas ficam em ou quase em contacto uma com a outra, para conforto da paciente. Após a inserção, as pegas (4, 5) são aproximadas uma da outra, separando as valvas (1, 2) e abrindo a vagina. A separação das valvas é bloqueada mecanicamente numa posição desejável, determinada pela anatomia do tecido. Segue-se então o exame, que envolve a aplicação de um ou mais marcadores de diagnóstico e a monitorização das alterações induzidas pelo marcador nas propriedades, por exemplo, a cor, do tecido. Como foi indicado acima, a aplicação uniforme de uma quantidade normalizada do marcador de diagnóstico, enquanto simultaneamente permite a inspecção do tecido é critica para exame e avaliação de diagnóstico. A aplicação uniforme e simultânea do marcador através de toda a zona dos tecidos examinados pode ser conseguida com o auxilio de um mecanismo de injecção de liquido, capaz do fornecimento do marcador à distância. No caso em que colo do útero é examinado e devido à sua forma quase circular, um padrão de injecção preferível é o cónico, com um diâmetro máximo igual ao diâmetro do colo do útero, o qual é aproximadamente de 2,5 a 3 cm (1 polegada).

Uma sonda de injecção (7) é, de preferência, montada adequadamente numa posição fixa, de modo que a sua direcção de injecção não é afectada pelo ângulo de abertura das valvas de espéculo (1, 2), o qual pode variar devido à anatomia da vagina. Uma tal posição fixa não pode ser conseguida pela fixação da sonda de injecção sobre qualquer das valvas, uma vez que, pela alteração do seu ângulo, a direcção da injecção será em conformidade alterada. Consequentemente, dependendo 8

ΕΡ 1 769 731/PT do ângulo da valva, serão expostas diferentes partes do tecido a um volume diferente do fluido marcador.

No caso de um espéculo tipo Cusco as valvas abrem simetricamente em torno da junção articulada do espéculo (3), compondo assim uma base elegível para fixar a sonda (7) (a qual não está de acordo com o invento). A solução, de acordo com o invento, é fixar a sonda de injecção num veio de prolongamento (8), o qual está mecanicamente acoplado aos pinos (6) que ligam as pegas às valvas. A parte frontal do veio é junta à junção da pega de valva da primeira valva (4), enquanto que a junção do pino da pega de valva da segunda valva (5) pode deslizar dentro de uma ranhura (9), formada ao longo do eixo longitudinal do veio de prolongamento (8). Esta disposição assegura que a posição relativa do eixo longitudinal da sonda (10) em relação ao eixo de simetria longitudinal do sistema de valvas (11) permanece a mesma para todos os ângulos possíveis das valvas. Por conseguinte, através da montagem adequada da sonda de injecção (7) no veio de prolongamento (8), o seu eixo longitudinal intersecta a zona central do tecido examinado em todas as posições relativas possíveis das valvas (1, 2), assegurando assim a aplicação uniforme do marcador nas várias condições anatómicas.

Numa concretização do presente invento, a sonda de injecção (7) é um injector, que fornece remotamente uma nuvem de gotícuias de marcador líquido com uma dimensão desejável à superfície do tecido. A secção transversal da sonda de injecção (7) é substancialmente mais pequena do que a abertura traseira do sistema de valvas (12) e, de preferência, a mesma tem um injector de forma tipo agulha, com a finalidade de não obscurecer a visualização (13) do tecido antes, durante e após a injecção e para permitir a inserção de ferramentas de tratamento (14). O marcador líquido é transmitido à sonda de injecção (7) a partir de um recipiente de marcador (15, 16), ligando quer permanentemente quer de modo destacável estas partes entre si, ou através de um tubo (17) que liga estas partes quer permanentemente quer de modo destacável. A injecção do fluido é conseguida com o auxílio da pressão hidráulica aplicada manualmente ou de qualquer outro modo. 9 ΕΡ 1 769 731/ΡΤ

Numa concretização do presente invento, o recipiente e os meios hidráulicos compreendem uma seringa com um recipiente (15) e um êmbolo (18). Numa outra concretização do presente invento, o recipiente é o frasco (16) e os meios hidráulicos são constituídos por um tubo com duas válvulas de não retorno (19) e um êmbolo (18). Quando o êmbolo (18) é puxado para fora, o liquido enche o tubo que encerra o êmbolo com uma quantidade desejável de líquido marcador e válvula do frasco (19) fecha. Empurrando o êmbolo para dentro, a válvula de tubo (20) abre, a válvula de frasco (19) fecha e o líquido é injectado a partir da sonda de injecção (7). Numa concretização do invento, mais do que uma marcação que provoca a coloração das diferentes características do desempenho de diagnóstico é executada com a disposição descrita acima quer simultaneamente quer em sequência no tempo.

As investigações clínicas realizadas pelos inventores do presente invento mostraram que a quantidade óptima do marcador é entre um volume de cerca de 2,5 ml e 3,5 ml. Este volume assegura uma lavagem suficiente e uniforme de toda a superfície do colo do útero para produzir o efeito óptico de diagnóstico. Ao mesmo tempo, este volume é desejável, uma vez que o mesmo elimina a acumulação indesejada do marcador em excesso entre a valva inferior (20) e a parte inferior do tecido examinado, o que pode obscurecer a visualização do tecido. A disposição de espéculo vaginal do presente invento, como ilustrada na Figura 1, pode ser fabricada, quer em parte quer na totalidade, a partir de um material metálico ou a partir de material sintético (plástico, vidro acrílico (Plexiglas)). A disposição de espéculo do presente invento, quer em parte quer na totalidade, pode ser quer reutilizável ou descartável. Numa concretização, a disposição de espéculo, que compreende o sistema de valva e pega, o veio de prolongamento, no qual está fixo o injector, o injector, mecanicamente acoplado à seringa previamente cheia com o marcador, é descartável. A Figura 2 apresenta uma outra concretização da disposição de espéculo vaginal. O comprimento do veio de 10

ΕΡ 1 769 731/PT prolongamento (8) é determinado pela distância de trabalho do aparelho óptico de formação de imagens empregue para o exame da parte inferior do sistema genital da mulher, tal como câmaras, colposcópios etc. e as suas combinações. 0 veio de prolongamento está ligado de modo destacável a estes aparelhos de formação de imagens, com o auxilio um mecanismo de bloqueio (21) . 0 mecanismo de bloqueio (21) está fixo ao aparelho de formação de imagens e numa localização adequada, de modo que, quando o mecanismo de bloqueio é acoplado ao veio de prolongamento, o eixo de simetria longitudinal do sistema de valvas (11) coincide substancialmente com a bissectriz do ângulo de visionamento (13). Numa outra concretização deste invento, adequada para utilização em especuloscopia, o mecanismo de bloqueio (21) está montado sobre um suporte mecânico, o qual, por sua vez, está quer fixo à marquesa de exame quer inclui uma base (23), colocada no chão. 0 suporte mecânico pode ser um braço de articulação (22) para facilitar as manipulações para a ligação do veio de espéculo (8) ao mecanismo de bloqueio (21).

No dito suporte mecânico (22) e na vizinhança do seu ponto de ligação ao veio de prolongamento, podem ser montados os seguintes componentes: uma sonda de injecção (7), ligada a um recipiente de marcador (16, 15), quer directamente quer através de um tubo (17), e meios hidráulicos para permissão da injecção, tendo todos as especificações descritas acima em relação à Figura 1, uma fonte de luz (24) com uma alimentação de energia (25) e, pelo menos, um dos seguintes elementos ópticos (26) interpostos nos trajectos dos raios de iluminação e de formação de imagens: ópticas de amplificação e focagem, filtros e polarizadores. Os elementos ópticos (26) podem ser montados de uma maneira removível a partir do trajecto dos raios, pela inclinação dos mesmos para a esquerda ou para a direita. Os polarizadores podem ser fixos numa base que permite a rotação dos seus eixos de polarização. A secção transversal da fonte de luz e das ópticas de iluminação (24, 26) é substancialmente mais pequena do que a abertura óptica traseira do sistema de valvas (12) para a finalidade de não obscurecer a visualização do tecido. 11

ΕΡ 1 769 731/PT A fonte de luz (24) pode ser uma lâmpada de halogéneo e/ou a lâmpada de diodos emissores de luz (LED) ou outra fonte de luz adequada. Quando o eixo de polarização do polarizador de formação de imagens se torna, após a rotação, vertical em relação ao eixo de polarização da fonte de luz, é então eliminada a reflexão de superfície (encandeamento), tendo como resultado uma melhoria substancial do contraste percebido. Isto facilita a detecção e a monitorização das características de importância de diagnóstico. 0 contraste percebido é ainda aumentado com o auxílio de um filtro óptico e de meios de ampliação de imagem (26).

Uma vez que o veio de prolongamento (8) está ligado ao dito suporte mecânico, o eixo longitudinal da sonda de injecção (12) pode ter uma posição relativa fixa ao eixo longitudinal (11) do sistema de valvas, assegurando que o anterior intersecta a zona central do tecido e a aplicação uniforme do marcador em toda a zona do tecido examinado. A disposição de espéculo vaginal do corrente invento, ilustrada na Figura 2, pode ser fabricada quer em parte quer na totalidade, quer a partir de material metálico quer a partir de material sintético (plástico, vidro acrílico (Plexiglas)). A disposição de espéculo do corrente invento pode ser em parte quer reutilizável quer descartável. Numa concretização preferida da disposição vaginal, como a apresentada na Figura 2, o sistema de valva e pega com o veio de prolongamento é descartável e a base mecânica com os componentes (em parte ou na totalidade) montados na mesma, é reutilizável. A Figura 3 ilustra uma vista traseira das valvas de espéculo juntas (1, 2), do veio de prolongamento (8) e do injector (7). As dimensões da secção transversal (40) do injector são substancialmente mais pequenas do que as dimensões da secção transversal (41) de uma abertura traseira (42) do sistema de valvas, permitindo assim a visualização da zona examinada anteriormente, durante e após a injecção do marcador. A Figura 4 ilustra um injector de agulha (27), tendo a agulha (43) um diâmetro exterior dimensionado para maximizar 12

ΕΡ 1 769 731/PT ο campo de visionamento através da abertura traseira (42) do sistema de valvas. É utilizado um mecanismo de acoplamento (28) para a ligação do injector de agulha (27), que proporciona o tubo (17) um canal para o marcador a partir de um recipiente que contém o marcador para um orifício de entrada dos meios de acoplamento (28). A Figura 5 ilustra com mais pormenor uma concretização do veio (8) . Os especialistas na técnica apreciarão que o veio (8) não está limitado à concretização ilustrada e são possíveis outras configurações de veio. 0 veio (8), ilustrado na Figura 5 é bem adequado para utilização para a retenção do veio de espéculo num sistema óptico de formação de imagens (26), num componente de base (23), ou em ambos. Na concretização ilustrada, a extremidade distai (29) de um veio de espéculo (8) inclui uma ranhura afunilada conicamente (30) num lado de fundo. A ranhura afunilada conicamente (30) actua como uma guia para o alinhamento adequado do espéculo em relação ao sistema óptico externo (26). Um mecanismo de retenção engata na extremidade distai (29) do veio (8) com um pino de prolongamento (31) que tem uma cavilha (32) tendo um eixo longitudinal perpendicular ao eixo longitudinal do pino de prolongamento (31). A posição da cavilha (32) determina o deslocamento do espéculo a partir do sistema óptico externo. A extremidade distai (29) do veio (8) engata no pino de prolongamento (31) utilizando uma cunha com acção de excêntrico carregada por mola (33). A extremidade distai (29) do veio (8) inclui também uma ranhura de receptáculo (34) para coincidir com a cunha com acção de excêntrico (32).

Em operação, o veio (8) é movido para o sistema óptico para forçar a cavilha (32) para contacto com a ranhura afunilada conicamente no veio (8) até que a cunha com acção de excêntrico (33) coincide com a ranhura de receptáculo (34) no veio (8). O veio (8) é desbloqueado da cavilha (32), premindo um botão de libertação (35) , o que tem o efeito de engate na cunha com acção de excêntrico (32). Neste estado, a ranhura de receptáculo (34) está desprovida de um componente de bloqueio e o veio (8) pode ser removido. A cunha com acção de excêntrico (32) e o botão de libertação (35) são feitos 13

ΕΡ 1 769 731/PT retornar aos seus estados normais devido à acçao da mola (36), alojada no pino de engate (31).

Lisboa, 2009-03-26

Claims

ΕΡ 1 769 731/PT 1/4 REIVINDICAÇÕES 1 - Disposição de espéculo vaginal (12), que compreende: um suporte mecânico que tem um veio (8) com uma primeira extremidade de veio, e uma segunda extremidade de veio acoplada de modo destacável a um mecanismo de injecção para fornecimento de uma marcador de diagnóstico na superfície do tecido examinado que tem uma sonda de injecção (7) tendo um eixo longitudinal (11), um recipiente de marcador (15, 16) e meios para permissão da injecção do marcador (18), em que as dimensões de uma secção transversal da sonda de injecção (7) são substancialmente mais pequenas do que as dimensões de uma secção transversal de uma abertura traseira da disposição de espéculo vaginal (12), caracterizada por a disposição de espéculo vaginal compreender um sistema de valvas para abertura da vagina, que tem uma primeira valva (1) e uma segunda valva (2), ligadas por uma junção articulada (3), e que são posicionáveis uma em relação à outra numa pluralidade de ângulos e um eixo longitudinal entre uma porção distai e uma porção proximal de cada uma das primeira e segunda valvas, em que a primeira extremidade de veio está mecanicamente acoplada ao sistema de valvas e caracterizada ainda por a dita primeira extremidade de veio do dito veio ser junto com uma junção da pega de valva (5) da primeira valva (1), e uma pino (6) da junção da pega de valva (4) da segunda valva (2) mover-se dentro de uma ranhura (9), formada ao longo de um eixo longitudinal do dito veio de prolongamento (8) para assegurar que a posição relativa do eixo longitudinal da sonda de injecção (11) e o seu eixo de simetria longitudinal do sistema de valvas permanecem substancialmente fixos para cada da pluralidade dos ângulos entre as primeira (1) e segunda (2) valvas, e em que da sonda de injecção (7) permite uma aplicação substancialmente homogénea do marcador sobre uma zona ΕΡ 1 769 731/ΡΤ 2/4 desejada do tecido vaginal ou cervical examinado, independentemente de um ângulo de abertura das primeira (1) e segunda (2) valvas e permite a observação da zona desejada através da abertura traseira do sistema de valvas, antes, durante e após a injecção do marcador.
2 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 1, caracterizada ainda por a segunda extremidade de veio está acoplada de modo destacável a uma aparelho de formação de imagens.
3 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 1, caracterizada ainda por a segunda extremidade de veio estar acoplada de modo destacável a um componente de base.
4 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 1, caracterizada ainda por que a dita sonda de injecção estar montada numa porção do dito veio do suporte mecânico.
5 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 3, caracterizada ainda por o dito componente de base incluir um braço articulado (22) com uma primeira porção de extremidade fixa a uma base (23) e uma segunda porção de extremidade fixa a um mecanismo de bloqueio (21) do veio.
6 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 5, caracterizada ainda por o dito mecanismo de bloqueio (21) incluir um de um mecanismo de bloqueio mecânico, de um mecanismo de bloqueio magnético, ou de um mecanismo de bloqueio electromagnético.
7 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizada ainda por a dita sonda de injecção (7) estar fixa ao dito componente de base numa vizinhança do dito mecanismo de bloqueio.
8 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a dita sonda de injecção compreender um injector.
ΕΡ 1 769 731/PT 3/4 9 _ Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 8, caracterizada ainda por o dito injector compreender um injector de agulha (27).
10 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 1, caracterizada ainda por o mecanismo de injecção compreender ainda meios de bomba hidráulica para bombagem de um volume predeterminado de um marcador para dentro e através da dita sonda de injecção.
11 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por o dito volume predeterminado do marcador variar entre 2,5 ml e 3,5 ml.
12 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 10, caracterizada ainda por o dito marcador estar entre 3% e 5% de solução de ácido acético.
13 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 1, caracterizada ainda por compreender ainda uma fonte de luz (24).
14 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 5, caracterizada ainda por compreender ainda uma fonte de luz (24) fixa ao componente de base numa vizinhança do dito mecanismo de bloqueio (21) do veio.
15 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 1, caracterizada ainda por compreender adicionalmente um elemento óptico (26).
16 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 15, caracterizada ainda por o elemento óptico (26) compreender um de um elemento óptico de amplificação, de um elemento óptico de focagem, de um filtro óptico ou de um polarizador.
17 - Disposição de espéculo vaginal de qualquer das reivindicações 1 a 16, caracterizada ainda por o dito sistema de valvas, o dito veio (8) e a dita sonda de injecção (7) serem formados a partir de um material metálico. ΕΡ 1 769 731/PT 4/4
18 Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 17, caracterizada ainda por o dito sistema de valvas, o dito veio (8) e a dita sonda de injecção (7) serem reutilizáveis.
19 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 16, caracterizada ainda por o dito sistema de valvas, o dito veio (8) e a dita sonda de injecção (7) terem cada uma porção formada a partir de um composto polimérico.
20 - Disposição de espéculo vaginal de acordo com a reivindicação 19, caracterizada ainda por o dito sistema de valvas, o dito veio (8) e a dita sonda de injecção (7) serem descartáveis. Lisboa, 2009-03-26