PT1609766E - Processo de preparação de matérias primas para o fabrico de vidro - Google Patents

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PT1609766E
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Description

DESCRIÇÃO EPÍGRAFE: "PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS PARA O FABRICO DE VIDRO" A invenção diz respeito a um processo de preparação de certas matérias que se podem utilizar para fabricar o vidro.
No contexto da presente invenção, compreende-se por "matérias primas" todos os materiais, matérias vitrifiçáveis, minerais naturais ou produtos sintéticos, materiais saídos de reciclagem do tipo calcinados etc..., que podem entrar na composição que alimenta um forno de vidro. Do mesmo modo, compreende-se por "vidro" o vidro no sentido lato, quer dizer englobando todo o material de matriz de vidro, vitrocerâmica ou cerâmica. 0 termo de "fabrico" compreende a etapa de fusão indispensável das matérias-primas e eventualmente todas as etapas ulteriormente/complementares visando afinar/condicionar o vidro em fusão tendo em vista a sua moldagem definitiva, nomeadamente sob a forma de vidro plano (vidraças), de vidro oco (frascos, garrafas), de vidro sob a forma de lã mineral (vidro ou rocha) utilizado pelas suas propriedades de isolamento térmico ou fónico ou até mesmo eventualmente de l vidro sob a forma de fios ditos têxtil utilizados no reforço. A invenção interessa-se muito particularmente pelas matérias primas necessárias para fabricar os vidros tendo um teor significativo em alcalinos, nomeadamente em sódio, por exemplo os vidros do tipo silico-sodo-cálcico utilizados para fazer o vidro plano. A matéria prima actualmente a mais frequentemente utilizada para fornecer o sódio ou o potássio é o carbonato de sódio Na2C03 ou o carbonato de potássio K2C03, escolha que não é desprovida de inconvenientes. Com efeito, por um lado este composto apenas fornece o sódio como elemento constitutivo do vidro, toda a parte carbonada se decompondo sob a forma de libertações de C02 durante a fusão. Por outro lado, trata-se de uma matéria prima onerosa, comparativamente com outras, porque é um produto de sintese, obtido pelo processo Solvay a partir de cloreto de sódio e de calcário, processo impondo um certo número de etapas de fabrico e bastante pouco económico em energia. É a razão pela qual se propôs utilizar como fonte de sódio não um carbonato mas um silicato, eventualmente sob a forma de um silicato misto de alcalinos (Na) e de alcalino-terrosos (Ca) que se prepara previamente. A utilização deste tipo de produto intermediário tem a vantagem de fornecer conjuntamente vários constituintes do vidro, de suprimir a fase de descarbonatação, 2 e de reduzir as emissões de CO2 do forno de fusão. Ela permite igualmente acelerar a fusão das matérias primas no seu conjunto, e favorecer a sua homogeneização no decurso da fusão, como isto é indicado, por exemplo, nas patentes FR-1 211 098 e FR-1 469 109. Entretanto, esta via coloca 0 problema do fabrico deste silicato.
Um primeiro modo de sintese foi descrito na patente WO-00/46161 : trata-se de converter um halogeneto, por exemplo 0 NaCl, e a silica em silicato a alta temperatura, 0 fornecimento térmico sendo fornecido com a ajuda de queimadores imergidos. A combustão por queimadores imergidos era já conhecida, por exemplo das patentes US-3 627 504, US-3 260 587 ou US-4 539 034, para assegurar a fusão de matérias vitrifiçáveis para fazer o vidro. Utilizar esta tecnologia no contexto diferente da sintese de silicatos, a montante pois do fabrico propriamente dito do vidro, fornece com efeito bastantes vantagens : este modo de combustão provoca, no seio das matérias no decurso da reacção, fortes turbulências, fortes movimentos de convecção em redor das chamas ou jactos de gás dos queimadores imergidos, o que favorece uma brassagem muito eficaz dos reactivos. Além disso, os queimadores imergidos fornecem directamente o calor lá onde ele é necessário, na massa dos produtos no decurso de reacção. É igualmente um modo de combustão respeitoso do ambiente. 3
Para mais detalhes sobre as diferentes reacções em jogo, poder-se-á reportar à patente WO-00/46161 pré mencionada. A conversão directa de NaCl e da silica feita desta maneira é pois muito atractiva a vários titulos. Entretanto, verifica-se que esta conversão directa era dificil de realizar a grande escala. A invenção tem então por objectivo a realização de um outro tipo de fabrico de silicato, que possa conservar as vantagens da técnica precedentemente descrita, tudo sendo mais fácil de utilizar à escala industrial. Acessoriamente, procurar-se-á que este novo tipo de fabrico seja o mais respeitoso possível do ambiente e tem em conta/valoriza bem todos os produtos de reacção implicados para além dos silicatos, silicatos cujo fabrico é o objectivo principal da presente invenção. A invenção tem pois primeiramente por objecto um processo de fabrico de compostos à base de silicato (s) de alcalinos tais como Na, K e/ou de alcalino-terrosos tais como Ca, Mg e/ou de terras raras tais como Ce, eventualmente sob forma de silicatos mistos associando pelo menos dois destes elementos, o dito processo fazendo intervir uma reacção de conversão (2) de sulfatos dos ditos alcalinos e/ou das ditas terras raras e/ou dos ditos alcalino-terrosos com a sílica em silicatos 4 correspondentes, o fornecimento térmico necessário para esta conversão sendo fornecido, pelo menos em parte, por uma reacção de combustão (3) utilizando um ou uma pluralidade de queimador(es) imergido(s), caracterizado por para realização da reacção de combustão (3) se utilizar pelo menos um combustível de enxofre e por se recuperar os óxidos de enxofre obtidos por oxidação de compostos de enxofre durante a reacção de combustão (3) assim como os óxidos de enxofre obtidos durante a reacção (2) de conversão dos sulfatos em silicatos, e por os fazer sofrer uma reacção de conversão em ácido sulfúrico.
Neste quadro, o processo pode também fazer intervir: (i) uma reacção de conversão (1) de halogenetos, nomeadamente de cloretos, dos ditos alcalinos e/ou dos ditos alcalino-terrosos e/ou das ditas terras raras, em sulfatos correspondentes, (ii) uma reacção de conversão (2) dos ditos sulfatos com a sílica em silicatos correspondentes, o fornecimento térmico necessário a esta conversão sendo fornecido, pelo menos em parte, por uma reacção de combustão (3) utilizando um ou uma pluralidade de queimador(es) imergido(s). 5 0 processo de acordo com a invenção pode também apenas comportar a etapa (ii) segundo a reacção (2) .
Compreende-se aqui sob o termo de «silica» todo o composto contendo maioritariamente a silica (óxido de silicio) S1O2, mesmo se ele igualmente conter de outros elementos, de outros compostos minoritários, o que é particularmente 0 caso quando se utiliza materiais naturais do tipo areia.
Compreende-se aqui por «queimadores imergidos», os queimadores configurados de maneira a que as «chamas» que eles geram ou os gases de combustão saldos dessas chamas se desenvolvem no reactor em que se realiza a conversão, no seio até mesmo da massa das matérias no decurso da transformação. Geralmente, eles encontram-se dispostos de maneira a aflorar ou a ultrapassar ligeiramente as paredes laterais ou da soleira do reactor utilizado (fala-se aqui de chamas, mesmo que se não se trate propriamente dito das mesmas «chamas» que aquelas produzidas pelos queimadores aéreos, para maior simplicidade). O processo descrito mais acima pode ser um aperfeiçoamento do processo descrito na patente WO-00/46161, no sentido de que ele divide em duas etapas distintas a reacção global fazendo intervir um halogeneto (como o NaCl) e a silica para fazer um silicato. Na presente invenção, tem-se assim eventualmente uma 6 etapa intermédia consistindo em passar pelo fabrico de um sulfato. A praticabilidade industrial é fortemente melhorada : evita-se assim ter de «quebrar» termicamente, a muito alta temperatura, um halogeneto do tipo NaCl, que tenderia a provocar uma certa volatilização de NaCl no forno onde a reacção se efectuava com a silica. Pelo contrário, na invenção, a etapa (1) de conversão do halogeneto em sulfato é mais fácil de realizar, pode fazer-se a uma temperatura relativamente mais baixa e nas condições operatórias já dominadas na indústria quimica. A etapa (2) de conversão do sulfato em silicato por queimadores imergidos permite de obter o produto desejado com todas as vantagens dos queimadores imergidos evocados no preâmbulo da presente patente.
Para ilustrar estas duas etapas, tendo em vista fabricar o silicato de sódio, a invenção propõe pois nomeadamente as etapas sucessivas seguintes: (i) 2 NaCl + H2S04 Na2S04 + 2 HC1 (ii) Na2SC>4 + x Si02 -> (Si02)x - Na20 + SO2/SO3
Para esta segunda reacção, o valor de x pode variar, um exemplo é nomeadamente x = 2. 0 presente texto voltará ulteriormente sobre o interesse/a 7 valorização dos reactivos/produtos de reacção implicados nestas reacções, além de NaCl, S1O2 e o silicato (Si02)x - Na20. A eficácia dos queimadores a todos os níveis (qualidade da mistura, excelente transferência térmica), faz com que a conversão segundo a reacção (2) seja muito favorecida, e isso sem que tenha necessariamente necessidade de atingir temperaturas extremamente elevadas.
Uma outra vantagem dos queimadores imergidos é a seguinte : eles permitem a introdução de combustíveis líquidos/sólidos da mesma maneira que as matérias primas vitrificáveis. De facto, isto conduz à obtenção de redox elevado do silicato em fusão, 0 que é favorável à reacção de decomposição dos sulfatos. 0 comburente escolhido para alimentar o(s) queimador (es) imergido(s) na reacção (2) pode ser simplesmente o ar. De preferência, privilegia-se entretanto um comburente sob a forma de ar enriquecido em oxigénio, e até mesmo sob a forma substancialmente de oxigénio só. Uma forte concentração em oxigénio é vantajosa por diferentes razões : diminui-se assim o volume dos fumos de combustão, o que é favorável sobre o plano energético e evita todo o risco de fluidificação excessiva das matérias no decurso da reacção podendo provocar projecções sobre as super estruturas, a abóbada do reactor onde se realiza a conversão. Além disso, as «chamas» obtidas são mais curtas, mais emissivas, o que permite uma transferência mais rápida da sua energia às matérias no decurso da fusão/conversão.
No que diz respeito à escolha do combustível para o(s) queimador(es) imergido(s), três vias são possíveis, alternativas ou cumulativas : pode-se escolher um combustível líquido, gasoso ou sob forma sólida.
Se ele é pelo menos parcialmente sob forma gasosa, ele pode alimentar directamente os queimadores imergidos. Se ele é sob forma líquida, sólida, pode-se conduzir à proximidade dos queimadores imergidos.
Como combustível gasoso, pode-se citar o gás natural (maioritariamente o metano), o propano, o hidrogénio, ou todo outro composto hidrocarbonatado e/ou enxofrado.
Como combustível sólido ou líquido, pode-se citar todo o composto maioritariamente sob forma carbonatada e/ou hidrocarbonatada e/ou enxofrada (incluindo o enxofre e o carbono) : como no caso precedente, pode tratar-se de sob-produtos da indústria petrolífera (fuel pesado, betumes). Pode também tratar-se de materiais à base de polímero que se vai 9 poder assim reciclar (todo o material dito plástico, pneumático, ...), e mesmo a areia contaminada de hidrocarboneto, que vai também fornecer por um lado a sílica e por outro o combustível, o que é uma maneira engenhosa de tratar o problema da despoluição das praias após as marés negras por exemplo.
De facto, uma característica particularmente original da presente invenção é que se utiliza os combustíveis contendo o enxofre, até mesmo o enxofre puro. Encontram-se traços de enxofre em todos os polímeros vulcanizados (pneumático), encontram-se também nos sob-produtos da indústria petrolífera, e a invenção permite valorizá-los de maneira interessante : com efeito, o enxofre contido no combustível fornecido para fazer reacção de combustão (3) vai oxidar-se. Ora, de maneira conhecida na indústria química/petrolífera, pode-se transformar estes óxidos de enxofre (SO2 e/ou SO3) em ácido sulfúrico, recuperando-os nos fumos e tratando-os de maneira apropriada. Tem-se então duas escolhas (alternativa ou cumulativa de facto, nomeadamente em função da quantidade de H2SO4 fabricada, que depende estritamente da taxa de S escolhida no combustível) : seja valoriza-se H2S04 como reactivo largamente utilizado na industria química, independentemente do processo de acordo com a invenção, seja em o reutilizando no processo da invenção. Com efeito, a 10 reacção (1) de conversão dos halogenetos em sulfatos utiliza vantajosamente o ácido sulfúrico : tem-se também um processo «em boca», em que o processo de combustão da reacção (2) é utilizado como reactivo, uma vez transformado, na reacção (1).
Existe uma outra maneira, alternativa ou cumulativa com a precedente, para fabricar o H2SO4 a partir do processo de acordo com a invenção : a reacção (2) de conversão de sulfato em silicato produz ela também óxidos de enxofre SO2 e/ou SO3. Pode-se pois ai também recuperar estes óxidos de enxofre, e fazê-los sofrer uma reacção de conversão em ácido sulfúrico. Como no caso precedente, pode-se re-utilizar este ácido sulfúrico como reactivo na reacção (1) e/ou o valorizar como reactivo para a industria química.
De facto, se o combustível contém uma quantidade significativa de enxofre, estas duas reacções de conversão de óxidos de enxofre em ácido sulfúrico podem produzir mais, e até mesmo significativamente mais, ácido sulfúrico do que é necessário para a reacção (1) de conversão dos halogenetos em sulfatos, o que valoriza o processo de acordo com a invenção no seu conjunto.
Existe um outro produto de reacção no processo da invenção que é valorizável na indústria química nomeadamente, é o ácido 11 clorídrico HCl, fabricado durante a reacção (1) de conversão dos halogenetos em sulfatos, quando o halogeneto em questão é um cloreto do tipo NaCl.
Pode-se evidentemente trata-lo como um efluente, que se pode neutralizar com o carbonato de cálcio CaC03, o que torna a fabricar o CaCl2, utilizável por exemplo para eliminar a neve das estradas. Pode-se também considerar HCl como um produto químico de base largamente utilizado na indústria química (tudo como H2SO4), e extraí-lo dos fumos para estabelecer uma fileira de produção industrial de HCl. Tem-se então interesse em implantar 0 dispositivo de realização desta reacção (1) no local da indústria quimica que tem necessidade deste tipo de produtos clorados.
Uma primeira saída para os silicatos fabricados de acordo com a invenção diz respeito à industria do vidro : eles podem se substituir, pelo menos em parte, nas matérias primas tradicionais providas de alcalinos ou de terras raras, com, muito particularmente no que diz respeito ao sódio, uma substituição pelo menos parcial do Na2CC>3 por Na20-(SÍO2) x. Pode-se pois empregar os silicatos da invenção para alimentar um forno de vidro.
Pode ser necessário de fazer suportar uma etapa de tratamento 12 do tipo granulação ao silicato formado de acordo com a invenção antes da introdução no forno de vidro. O forno de vidro pode ser de concepção tradicional (por exemplo forno de fusão eléctrica por eléctrodos imergidos, forno de queimadores aéreos funcionando com regeneradores laterais, forno de boca, e todo o tipo de forno conhecido na industria do vidro incluindo assim os fornos de queimadores imergidos), com eventualmente uma concepção e um modo de funcionamento ligeiramente adaptados a um processo de fusão sem carbonato ou com menos carbonato que para as fusões standards. É de notar que certos silicatos que não o silicato de sódio são igualmente muito interessantes de fabricar de acordo com a invenção. Assim, a invenção permite fabricar o silicato de potássio a partir de KC1, o que é, economicamente pelo menos, mais vantajoso como matéria prima portadora de Si e de K para fabricar os vidros ditos "de alcalinos mistos", quer dizer contendo ao mesmo tempo Na e K. Estes vidros são nomeadamente utilizados para fazer écrans tácteis, vidros de écran de televisão, vidros para écran de plasma de visualização ("Plasma Display Pane1" em inglês).
Além disso, a invenção permite fabricar de maneira mais económica vidros especiais contendo aditivos para os quais os cloretos são menos caros que os óxidos. É o caso das terras 13 raras como o cério : a presença de óxido de cério conferindo propriedades anti-U.V. aos vidros, e as terras raras deste tipo entram também na composição de vidros especiais de alto módulo elástico para disco duro. A invenção permite assim de ter uma matéria prima portadora de Si e de Ce, o silicato de cério, tem um custo moderado.
Uma segunda saída para os silicatos fabricados de acordo com a invenção (à excepção de serem utilizados como matérias primas para forno de vidro), mais particularmente o silicato de soda, respeitante à indústria de detergentes ; o silicato de soda entrando frequentemente na composição das lixívias / detergentes.
Uma terceira saída para os silicatos (e eventualmente os derivados clorados) formados de acordo com a invenção respeitante à preparação de sílicas particulares, designadas comummente sob o termo de "sílicas precipitadas" entrando por exemplo na composição de betões. Pode-se com efeito realizar um ataque ácido dos silicatos formados de acordo com a invenção, vantajosamente pelo ácido sulfúrico, de maneira a fazer precipitar a sílica sob a forma de partículas tendo uma granulometria particular : a dimensão das partículas considerada é geralmente nanométrica (1 a 100 nm por exemplo). 14
Para realizar a reacção (1) de conversão dos halogenetos em sulfatos, pode-se utilizar um reactor conhecido na indústria quimica sob o termo de forno Mannheím.
Para realizar a reacção (2) de conversão dos sulfatos em silicatos, pode-se utilizar, como descrito na patente W0-00/46161, um reactor equipado de queimador (es) imergido (s) e de pelo menos um meio de introdução da silica e/ou dos sulfatos sob o nível das matérias em fusão, nomeadamente sob a forma de uma ou várias entradas no forno de parafuso sem fim. É do mesmo modo, de preferência, para os combustíveis sólidos ou líquidos eventualmente utilizados, como os compostos carbonatados e/ou hidrocarbonatados e/ou enxofrados (incluindo o enxofre e o carbono) precedentemente mencionados. Pode-se assim introduzir directamente no seio da massa dos produtos no decurso da fusão/reacção pelo menos aqueles dos reactivos em princípio susceptíveis de se vaporizar antes de ter tempo de reagir.
Para optimizar sobre o plano energético o conjunto do processo, pode-se recuperar o calor dos fumos do reactor de queimadores imergidos utilizados para a reacção (2) e o utilizar para contribuir para o fornecimento térmico necessário à reacção (1) no forno do tipo Mannheím. 15 0 processo de acordo com a invenção precedentemente descrito comporta portanto bastantes vantagens, entre as quais: > uma diminuição das emissões de CO2 nos fornos de vidro que substituem todo ou parte do carbonato de sódio pelo silicato de sódio, um consumo energética mais reduzido destes fornos porque se diminui ou se suprime as reacções de descarbonização, > uma valorização do halogéneo de halogeneto de partida, nomeadamente sob forma HC1 quando se trata de um cloreto, > uma possibilidade de fazer rodar o processo em ciclo, com reutilização do sob-produto H2SO4 fabricado, > uma possibilidade de valorizar como combustível os derivados de enxofres. A invenção será detalhada mais adiante com a ajuda de exemplos não limitativos, e com a ajuda de uma figura 1 : □ figura 1: um esquema de uma variante preferida do processo de acordo com a invenção, funcionando em ciclo.
Os dois exemplos de acordo com a invenção respeitando os dois 16 ao fabrico do silicato de sódio a partir de cloreto de sódio e de ácido sulfúrico, segundo a variante ilustrada na figura 1.
Retomaremos em detalhe o processo reaccional, em três grandes etapas, representado sob a forma de um ciclo na figura 1 : o objectivo dos dois exemplos é de fabricar 1000 kg de silicato de sódio da fórmula Na20-(Si02) 2, seja 5489 moles. Considera-se que os rendimentos das reacções implicadas são de 100 %. 1 - Sintese do sulfato de sódio 2 NaCl + H2SO4 - Na2S04 + 2 HC1 quantidade em moles 2 x 5489 5489 5489 2 x 5489 quantidade em kg 642 538 779 401
Esta etapa faz-se num forno Mannheim de maneira conhecida. 2 - Síntese do silicato de soda em queimador imergido
Na2S04 + 2 Si02 - Na20-(Si02) 2 + SO2/SO3 quantidade em moles 5489 2 x 5489 5489 5489 quantidade em kg 779 660 1000
Esta sintese faz-se num forno de queimadores imergidos, como aquele descrito na patente WO-00/46161. 17 3 - Reacção de combustão suportando a energia necessária na síntese do silicato (estimada aqui a 2042 kwh/tonelada de silicato
Para um combustível contendo cadeias carbonadas de fórmula tipo CHX, e o enxofre, as reacções de combustão são: (3) CHX + (1+x/4) 02 _> C02 + x/2 H20 S + O2 —> S02
Conforme o teor em enxofre do combustível, a reacção de combustão liberta mais ou menos SO2 nos fumos que se vão acrescentar aos SOx produzidos pela síntese do silicato em ele mesmo. Nota-se «y» o numero de moles de S02 proveniente da combustão. 4 e 4' - conversão dos óxidos de enxofre em ácido sulfúrico SO2/SO3 —> H2SO4 quantidade em moles 5489 + y 5489 + y 5489 moles de H2S04 são introduzidos na síntese do sulfato de sódio (1). Os «y» moles restantes são valorizáveis fora deste ciclo de síntese. 18 EXEMPLO 1
Este exemplo utiliza para a etapa (3) do combustível 100 % sob a forma de enxofre (proveniente nomeadamente da dessulfuração de produtos petrolíferos em refinaria). O seu poder calorífico inferior (PCI) é de 2584 kWh/tonelada de enxofre. A reacção (2) necessita de 2042 kWh, seja 790 kg de enxofre (24688 moles de S). A combustão deste enxofre produz y = 24688 moles de SO2
Além disso os 5489 moles auto-alimentando o ciclo em H2SO4, obtém pois 24688 moles de H2S04 suplementares, seja 2420 kg valorizáveis fora do ciclo. EXEMPLO 2
Este exemplo utiliza para a etapa (3) um combustível sob a forma de fuel pesado n° 2 a 4 % de enxofre. O seu PCI é de aproximadamente 10930 kWh/t. Tem-se portanto necessidade de 187 kg deste fuel para produzir uma tonelada de 19 silicato.
Vai-se portanto queimar 7,5 kg de enxofre proveniente deste fuel, seja 234 moles, libertando y = 234 moles de SO2.
Obtêm-se pois 234 moles, seja 23 kg de H2SO4 valorizáveis fora do ciclo. Vê-se portanto que segundo a escolha do combustível, o excesso de ácido sulfúrico que se pode obter em relação àquele que é necessário à reacção (1) varia bastante. Todas as soluções intermediárias, com a associação de fuel e de enxofre, ou ainda a utilização de pneumáticos vulcanizados, são possíveis, 0 que permite optimizar a combustão (3) em função do tipo de combustível mais disponível e/ou a quantidade de ácido sulfúrico que se quer produzir.
Lisboa, 2 de Fevereiro de 2011 20

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  1. REIVINDICAÇÕES 1* - Processo de fabrico de composto à base de silicato(s) de alcalinos tais como Na, K e/ou de alcalino-terrosos tais como Ca, Mg e/ou de terras raras tais como Ce, eventualmente sob a forma de silicatos mistos associando pelo menos dois destes elementos, o dito processo fazendo intervir uma reacçâo de conversão (2) de sulfatos dos ditos alcalinos e/ou das ditas terras raras e/ou dos ditos alcalino-terrosos com a silica em silicatos correspondentes, o fornecimento térmico necessário a esta conversão sendo fornecido, pelo menos em parte, por uma reacção de combustão (3) utilizando um ou uma pluralidade de queimador(es) imergido(s), caracterizado por para promover a reacção de combustão (3) se utilizar pelo menos um combustível de enxofre e por se recuperar os óxidos de enxofre obtidos por oxidação de compostos de enxofre durante a reacção de combustão (3) assim como os óxidos de enxofre obtidos durante a reacçâo (2) de conversão dos sulfatos em silicatos, e por os fazer submeter a uma reacção de conversão em ácido sulfúrico. 2â - Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por fazer igualmente intervir uma reacção de conversão (1) de halogenetos, nomeadamente de cloretos, os ditos alcalinos e/ou as ditas terras raras e/ou os ditos 1 alcalino-terrosos, em sulfatos correspondentes, os quais intervêm de seguida na reacção (2) . 3a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por para realizar a reacção de combustão (3), se utilizar um combustível sob forma gasosa compreendendo um composto de enxofre. 4a - Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por se alimentar directamente o(s) queimador(es) imergido(s) com o combustível sob forma gasosa compreendendo um composto de enxofre. 5a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por para realizar a reacção de combustão (3) se utilizar um combustível sob forma líquida ou sólida à base de composto de enxofre. 6a - Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por se conduzir na proximidade do dito (dos ditos) queimador(es) imergido(s) o combustível sob a forma líquida ou sólida à base de composto de enxofre. 7a - Processo de acordo com a reivindicação n° 2, caracterizado por a reacção de conversão (1) dos halogenetos 2 em sulfatos se efectuar com o ácido sulfúrico, todo ou parte deste ácido proveniente da reacção (4) de conversão em ácido sulfúrico dos óxidos de enxofre provenientes da reacção (3) de combustão e da reacção (4') de conversão em ácido sulfúrico dos óxidos de enxofre provenientes da reacção (2) de conversão dos sulfatos em silicatos. 8a - Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por as reacções (4) e (4') de conversão dos óxidos de enxofre em ácido sulfúrico produzirem muito mais de ácido sulfúrico que aquele que é necessário para a reacção (1) de conversão (1) dos halogenetos em sulfatos. 9a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado por fabricar o silicato de sódio por: - conversão de NaCl por H2SO4 em Na2S04, assim como o HC1 valorizável, depois - conversão do Na2S04 em (Si02)x-Na20 segundo a reacção de conversão (2) pela sílica com um fornecimento térmico utilizando queimadores imergidos. 10a - Processo de acordo com a reivindicação n° 2, 3 caracterizado por se recuperar o calor dos fumos do reactor de queimadores imergidos utilizado para a reacção (2) e que se utiliza para contribuir para o fornecimento térmico necessário à reacção (1) . 11- - Processo de acordo com a reivindicação precedente ou a reivindicação n° 2, caracterizado por a reacção (1) ter lugar num reactor Mannheim. 12a - Processo de acordo com uma das duas reivindicações precedentes, caracterizado por se recuperar os óxidos de enxofre dos fumos e por os converter em ácido sulfúrico. 13a - Processo de acordo com a reivindicação precedente, caracterizado por o ácido sulfúrico recuperado ser utilizado na reacção (1) . 14a - Utilização do processo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizada por preparar matérias vitrificáveis para o fabrico do vidro, matérias primas para o fabrico de detergentes, ou matérias primas para o fabrico de silica precipitada. 15a - Utilização do processo de acordo com uma das reivindicações n° 1 a 13, caracterizada por valorizar os 4 derivados de enxofre e/ou hidrocarbonatados e/ou carbonatados, do tipo sob-produtos da industria petrolífera, como combustível durante a reacção de combustão (3) utilizando um ou vários queimador(es) imergido(s). Lisboa, 2 de Fevereiro de 2011 5 FOLHA UNICA o il lis o '· BBcõ O
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