PT1605802E - Almofada adequada ao corpo feminino - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "ALMOFADA ADEQUADA AO CORPO FEMININO" O presente invento diz respeito a uma almofacda adequada ao corpo feminino, i.e., com um formato específico, que permite ao corpo descansar quando se encontra deitado decúbito ventral, i.e., na posição cie "barriga para baixo".

Assumir uma posição deitada correcta quando se descansa é de uma importância fundamental para o bem-estar-psíquico e físico. Nomeadamente, a posição decúbito ventral é saudável e permite que a coluna vertebral se acomode, <3Le acordo com uma postura adequada, forçando o alinhamento vertebral num plano quase horizontal.

Além do mais, muitas das pessoas que adoptam esta posição como a mais natural e repousante, assumem-ma. habitualmente. Outras, pelas razões acima mencionadas , adoptam-na na procura de uma postura adequada para evita, ar ou melhorar desvios da coluna ou ainda porque alivia as dores e patologias cervicais, vertebrais ou lombares.

Contrariamente às indicações positivas, a posição decúbito ventral pode não ser adequada às mulheres, porque , nessa posição, o peso do peito "esmaga" os seios. Esto problema é tanto mais pertinente quanto maiores forem o s seios, não tendo que estar necessariamente relacionado coto o tamanho, assumindo assim um carácter subjectivo.

De facto, o desconforto pode estar relacionado co*n outros factores, como por exemplo, mastopatias, irritações 9 provocadas pelo aleitamento ou pelo ciclo menstrual, efeitos secundários de cirurgias plásticas aos seios, mastectomias ou qualquer outra ocorrência na zona mamária.

Em determinados casos, evita-se a posição decúbitco ventral de forma absoluta; noutros casos, uma mulher qme adormeça nessa posição, sente um certo desconforto, forçando-a a adoptar uma outra posição, o que comporta uma perturbação evidente dos estádios do sono, podendo mesmo vir a comprometer parcialmente os efeitos do descanso.

Uma outra desvantagem diz respeito ao "esmagamento" dos seios, o que conduz à formação prematura de rugas e vincos nas paredes laterais do peito, em especial na zona. do esterno, um defeito que pode ser evidente até mesmo cora um decote normal.

Para ultrapassar estes inconvenientes, ainda qute parcialmente, utiliza-se, em determinados casos, a colocação de uma ou duas almofadas normais, de forma a manter a parte central do tórax elevada. Este artifício embora possa proporcionar algum conforto, provocra deformações de postura da coluna, comprometendo os benefícios da posição decúbito ventral. o mesmo sucede coto a utilização de almofadas em forma de rolo e de perfi 1 reduzido, que se colocam por baixo do peito. A inovação mais recente prevê a utilização cL<3 almofadas de pequenas dimensões, que se colocam entre o js seios, na zona do esterno, mantidas mediante um sistema &<e toras ou alças. Para além do desconforto inerente, est *e tipo de almofadas, concebidas para evitar os defeito 43 do "esmagamento", é ineficaz quando o corpo em descanso s«s 3 inclina para um dos lados, provocando o achatamento de u,m dos seios e o levantamento do outro, e uma pressão incorrecta sobre o esterno, o que dificulta a respiração.

Existem ainda outras almofadas em forma de borboleta ou com uma configuração em X, que se obtém insuflando str num contentor flexível, de formato adequado. 0 centro do X é colocado entre os seios e os braços do X apoiam os braços.

Tal como no exemplo anterior, existe uma desvantagem relacionada com o formato, que permite a inclinação <3.0 corpo em descanso, o que provoca igualmente o "esmagamento" de um dos seios. Além disso, falta a sensação de apoio quxe uma almofada tradicional proporciona.

Existem outras soluções para o problema acima descrito e que envolvem formatos planos. Estes exemplos, adoptados nomeadamente em cuidados hospitalares para doente s submetidos a cirurgias, não são obviamente adaptáveis par*<a. o dia-a-dia. 0 US-3967 335-A, um colchão para banhos solares , possui orifícios na zona das glândulas mamárias. 0 problema técnico subjacente ao presente invento consiste em proporcionar uma almofada adequada ao corpo feminino, que permita ultrapassar os inconvenientess mencionados. A solução para esse problema é uma almofada, tal como» se especifica acima, constituída pelo seguinte: 4

Um corpo principal, com uma abertura central que permite a introdução de um seio, e a respectiva superfície de descanso para a zona circundante;

Um corpo secundário, de forma alongada, colocada transversalmente em relação à abertura do corpo principal, de forma a poder ser colocado entre os seios, à altura do esterno, que se caracteriza pelo formato oval anular do corpo principal (2) e em que as extremidades do corpo secundário (4) estão fixadas no corpo principal da almofada, estando assim adaptada a funcionar como um elemento estrutural para manter o formato oval mencionado. A principal vantagem da almofada, de acordo com o invento, reside no facto de facilitar o descanso do peito da mulher, mantendo os seios separados entre eles e elevados, não ficando "esmagados" pelo corpo. A forma de donut do corpo principal permite ainda um apoio lateral eficaz do corpo.

Numa configuração preferida do invento, durante a. utilização, a superfície de descanso fica mais elevada na zona do diafragma, relativamente à área de descanso na zona do pescoço, de forma a diminuir a pressão na parte superior do esterno, facilitando assim as funções respiratórias . Esta elevação é obtida por uma maior espessura do corpo principal na zona do diafragma. 0 presente invento será descrito doravante com referência a uma configuração, dando como exemplo, embora, sem carácter limitativo, os desenhos em anexo, em que; 5 - A Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma almofada adequada ao corpo feminino, de acordo com o invento; - A Figura 2 é uma vista em perspectiva que ilustra a utilização da almofada da Figura 1; - A Figura 3 é uma vista de cima da almofada da Figura 1; - A Figura 3A é um corte transversal da almofada da

Figura 1, ao longo da linha A-A da Figura 3; - A Figura 3B é um corte transversal da almofada da

Figura 1, ao longo da linha B-B da Figura 3.

Relativamente às figuras, a figura 1 indica geralmente uma almofada adequada ao corpo feminino. Possui o formato de um 8 ou de um donut, com um corpo principal (2) , de formato oval anular, com uma abertura central, que permite a introdução de um seio e a respectiva superfície de descanso (3). A almofada 1 é constituída ainda por um corpo secundário (4), de formato alongado, colocado transversalmente em relação à abertura central do corpo principal (2), de forma a poder ser colocada entre os seios, na zona do esterno, formando, conjuntamente com o contorno do corpo principal (2), duas reentrâncias (5) para. colocar o seio respectivo.

Tal como se pode ver no corte transversal (figura 3B) , durante a utilização da almofada (1) , a superfície de descanso fica mais elevada na zona do diafragma do que na zona do pescoço.

Para se conseguir este efeito, por exemplo, basta, diminuir gradualmente a maciez das diversas secções que 6 formam o corpo principal ou até mesmo aumentar a espessura na zona do diafragma do corpo principal (2) relativamente à da zona do pescoço.

Quanto à estrutura da almofada, esta possui um revestimento em tecido analérgico e que permite a respiração, garantindo o máximo conforto.

Numa variante desta configuração, o revestimento pode ser em fibras naturais, como por exemplo o algodão, com as necessárias características analérgicas e de transpiração.

Possui ainda um enchimento (9), que pode ser em qualquer tipo de material adequado e conhecido do especialista na matéria.

Esta estrutura, comum a todas as almofadas, torna a. almofada (1) substancialmente deformãvel, macia e elástica. Para que possa manter a sua forma oval, o corpo principal (2) possui um elemento estrutural específico.

Este elemento estrutural pode ser obtido em diversos formatos. Nomeadamente, pode ter uma rigidez maior do que a restante parte do corpo principal.

De acordo com a presente configuração, o elemento estrutural é constituído por um núcleo anular (7), situado no interior do corpo principal da almofada (2) ou, opcionalmente, na base de descanso, tal como se indica em (8} . Este núcleo anular pode ser feito de um elemento tubular ou em forma de corda, pode ter apenas a forma de um anel ou pode ainda ser constituído por uma junta cruzada. (10), que atravessa o corpo secundário (4). 7

Alternativamente, o elemento estrutural pode ser constituído por uma camada anular mais rígida, situada na base do corpo principal.

Em qualquer dos casos, também o corpo secundário, fixado nas respectivas extremidades do corpo principal da almofada, funciona como um elemento estrutural para manter a forma oval, conjunta e opcionalmente com o núcleo anular (7) .

De acordo com uma outra configuração da almofada (1) , a elasticidade e/ou a maciez do corpo principal da almofada. (I) vai diminuindo gradualmente desde a superfície de descanso do peito até à base.

Na configuração presente, o corpo secundário (4) forma, com o corpo principal (2), uma superfície de descanso homogénea (3) para o peito e uma superfície base homogénea (8), sem quaisquer asperezas.

Mais ainda, durante a utilização, a superfície de descanso eleva-se nas partes laterais do peito, relativamente à superfície de descanso na zona do pescoço. Este efeito pode ser obtido de diversas maneiras, entre as quais, por exemplo, dando ao corpo principal (2) uma maiorr espessura nas partes laterais, relativamente à espessura da zona do pescoço.

Além disso, na configuração presente, as reentrâncias (5) formadas pelo corpo principal da almofada (2) e pelo corpo secundário (4) possuem superfícies laterais côncavas (II) , que formam uma copa para cada reentrância (5), de forma a receber naturalmente o formato do seio. 8

Na Figura 2, apresenta-se a utilização da almofada acima descrita; colocada por baixo do peito, permite a introdução do seio na reentrância respectiva, podendo adoptar-se de seguida a posição decúbito ventral.

Com esta configuração, o corpo descansa sobre as extremidades do corpo principal da almofada (2) e, em menor grau, sobre o corpo secundário. Assim, o corpo da mulher adopta uma postura ccrrecta, com a coluna alinhada num plano horizontal. A ligeira diferença de nível entre o diafragma e a parte superior do esterno permite uma respiração mais fácil e confortável. 0 seio assume uma posição natural, sem ficar "esmagado" e sem vincos, não provocando qualquer desconforto ou dor, nomeadamente no caso de irritações, raastopatias, hospitalização pós-operatóría, bem como no dia-a-dia. A almofada acima descrita pode ser fornecida em diferentes tamanhos, com especial referência à altura e largura, adequados a qualquer tamanho ou dimensão.

Entre as variantes possíveis, é de salientar uma. configuração total ou parcialmente insuflável, opcionalmente com a utilização de células auto-insufláveis .

Pode ainda ser fornecido um revestimento amovível e facilmente lavável.

De acordo com o exposto acima, uma pessoa, especializada na técnica poderá confeccionar inúmeras 9 variantes estruturais, segundo o âmbito de protecção estabelecido nas seguintes reivindicações.

Lisboa, 2 de Abril de 3007

Claims (16)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Uma almofada (1), adequada ao corpo feminino, constituída pelo seguinte: Um corpo principal (2) , com uma abertura central, que permite a introdução de um seio e respectiva superfície de descanso (3) para a zona circundante; Um corpo secundário (4) de forma alongada, colocado transversalmente em relação à abertura do corpo principal (2) , de forma a poder ser colocado entre os seios, à altura do esterno. que se caracteriza pelo formato oval anular do corpo principal (2) e em que as extremidades do corpo secundário (4) estão fixadas ao corpo principal da almofada, estando assim adaptada a funcionar como um elemento estrutural para manter o formato oval mencionado.

2. Uma almofada (1), de acordo com a reivindicação 1, em que a superfície de descanso, durante a utilização, fica mais elevada na zona do diafragma do que na zona do pescoço (3) .

3. Uma almofada (1), de acordo com a reivindicação l ou 2, em que a espessura do corpo principal (2) na zona do diafragma é maior do que na zona do pescoço.

4. Uma almofada (1), de acordo com a reivindicação 1, em que o corpo principal (2) possui um elemento estrutural 2 mais rígido do que a restante parte do corpo principal (2) .

5. Uma almofada (1), de acordo com a reivindicação 4, em que o elemento estrutural é constituído por um núcleo anular (7) , no interior do corpo principal da almofada (2) , situando-se num ponto substancialmente central da secção do corpo principal.

6. Uma almofada (1), de acordo com a reivindicação 5, em que o núcleo anular (7) é constituído por um elemento tubular ou em forma de corda.

7. Uma almofada (1), de acordo com a reivindicação 4, em que o elemento estrutural possui uma camada anular de maior rigidez, situada na base do corpo principal (2).

8. Uma almofada (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a elasticidade e/ou a maciez do corpo principal (2) diminui desde a superfície de descanso do peito (3) até â base (8).

9. Uma almofada (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o corpo secundário da almofada (4) forma, conjuntamente com o corpo principal (2), uma superfície de descanso homogénea (3) para o peito e uma superfície base homogénea (8).

10. Uma almofada (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que, durante a utilização, a superfície de descanso mencionada (3), fica elevada lateralmente em relação ã superfície de descanso (3) na zona do pescoço. 3

11. Uma almofada (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o corpo principal (2) possui uma maior espessura nas partes laterais do que na zona do pescoço.

12 . Uma almofada (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que as reentrâncias (5) , formadas internamente pelo corpo principal e pelo corpo secundário, possuem superfícies laterais côncavas (11) que formam uma copa para cada reentrância (5).

13. Uma almofada (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o corpo principal (2) e o corpo secundário (4) se encontram revestidos por um tecido analérgico.

14 . Uma almofada (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o corpo principal (2) e o corpo secundário (4) se encontram revestidos por um tecido que permite a transpiração.

15. Uma almofada (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o corpo principal (2) e o corpo secundário (4) se encontram revestidos por um tecido de fibras naturais.

16. Uma almofada (1), de acordo com a reivindicação 15, em que o tecido é de algodão. Lisboa, 2 de Abril de 2007