PT1572522E - Chassis de veículo - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "CHASSIS DE VEÍCULO" A presente invenção refere-se a uma estrutura de um chassis de um veiculo compreendendo pelo menos dois eixos principais que se deslocam longitudinalmente ao longo da extensão do veiculo e uma pluralidade de membros cruzados que unem o mesmo, em que ambos os eixos principais se encontram basicamente construídos como um veio em forma de I compreendendo uma porção de orla superior e de orla inferior com uma porção de teia a ligar as mesmas. Mais adiante neste texto, a invenção é explicada usando um chassis de um reboque como uma forma de realização exemplificativa da estrutura.

Os reboques dos camiões modernos usam habitualmente uma estrutura designada como sendo uma estrutura de chassis em escada. Este tipo de estrutura de chassis tem dois eixos longitudinais principais ligados um ao outro por intermédio de uma pluralidade de membros cruzados. À estrutura de chassis montada deste modo, após um possível chassis auxiliar ter sido montado sobre esta, são montados os eixos e uma montagem superior desejada do veículo. Habitualmente o eixo principal é feito de uma folha de metal através de soldagem.

Na sua forma mais simples, o eixo é feito por soldagem de uma placa de teia vertical entre duas placas de orla horizontais sobrepostas, sendo formado um veio em forma de I. A altura do meio é geralmente maior do que a sua largura. Habitualmente as placas são feitas de um aço estrutural normal. Em construções convencionais, os membros cruzados são fabricados como veios em forma de C que são 2 presos aos eixos principais pelas suas orlas de extremidade especificamente concebidas.

Em construções convencionais as uniões soldadas que unem as placas estão localizadas muito próximas umas das outras afectando deste modo a totalidade da estrutura e a rigidez da teia vertical. Deste modo, as uniões soldadas são os factores principais que definem a resistência do chassis do veiculo. No entanto, a soldagem de uma teia vertical sobre a totalidade da extensão do eixo principal às placas de orla vertical é uma operação complicada. Para uma resistência suficientemente elevada é também necessário fazer o eixo principal substancialmente elevado, pelo que o peso líquido da estrutura se torna grande.

Numa tal concepção a placa de teia vertical relativamente fina e no entanto elevada pode sofrer deformações sob cargas variáveis. Durante o seu fabrico, o eixo principal pode estar também dotado de pontos de ligação soldados cruzados que substancialmente deterioram a resistência da estrutura terminada. De um modo adicional, um aço convencional corrói-se rapidamente qualquer que seja o processamento posterior usado para proteger a estrutura do veículo.

De um modo adicional, o fabrico e a montagem dos membros cruzados é uma tarefa complexa que requer múltiplas etapas de laboração. Em primeiro lugar, as orlas de extremidade têm de ser soldadas aos membros cruzados, pelo que a sua soldagem aos eixos principais pode ter lugar. De um modo adicional, as aberturas para a passagem de tubos e de fios têm de ser laboradas em placas de extremidade de membros cruzados. Finalmente, a fixação das orlas de extremidade 3 tem de ser feita usando ligações soldadas verticalmente que são desfavoravelmente sujeitas a tensões. São conhecidas alternativas para as construções de veios em forma de I convencionais. Por exemplo o documento US 5507522 revela uma estrutura de um chassis de um veículo que tem uma construção de veio em forma de I. O veio em forma de I é feito de duas estruturas de placa em que ambas compreendem uma primeira secção contínua em forma de U e uma segunda secção contínua em forma de U. Quando as duas estruturas de placas são colocadas em contacto uma com a outra, as secções em forma de U formam duas secções de caixa. As secções de caixa estão ligadas uma à outra por duas orlas de metal que prendem as duas estruturas de placa de metal. O documento US acima é baseado no preâmbulo da reivindicação independente 1.

No documento WO 97/29255 são revelados dois membros cruzados de uma estrutura de chassis que são fabricados de uma única folha de metal. As orlas do membro cruzado incluem porções de aba que se dobram. Estas porções de aba são usadas quando o membro cruzado é ligado entre as orlas superior e inferior de um veio em forma de I que pertence à estrutura do chassis. O documento FR 754102 revela também membros cruzados em que são usadas orlas que se dobram. É um objecto da presente invenção proporcionar um novo tipo de estrutura de chassis de veículo com uma maior rigidez e resistência do que as construções anteriores tendo no entanto membros de menores dimensões e um menor peso líquido. As características caracterizantes da presente invenção encontram-se reveladas nas reivindicações em 4 anexo. O eixo principal de uma estrutura de chassis de acordo com a presente invenção é feito de uma pluralidade de partes simples ligadas umas às outras por intermédio de ligações de grande área. Esta técnica dá origem a um eixo principal leve mas rigido e forte. 0 membro cruzado é também mais simples do que as construções anteriores e pode ser preso de um modo mais vantajoso com a sua capacidade de suporte de carga. De um modo adicional, o material da estrutura do chassis é seleccionado de um modo tal que a taxa de corrosão é minima. De um modo adicional à escolha correcta do material da estrutura é obtido um aumento significativo na resistência estrutural, em que tanto os eixos principais como os membros cruzados podem ser tornados mais pequenos e, deste modo, apresentam um peso menor do que os das construções de acordo com as técnicas anteriores. Sem estar comprometido por estas caracteristicas, um reboque com uma estrutura de chassis de acordo com a presente invenção satisfaz as especificações reguladas pelos estatutos.

De seguida a invenção será examinada de um modo mais detalhado fazendo referência aos desenhos anexos que ilustram certas aplicações da invenção, em que a FIG. 1 é uma vista em elevação lateral de uma forma de realização exemplificativa de um reboque tendo uma estrutura de chassis de acordo com a invenção; a FIG. 2a é uma vista no plano superior da construção básica de uma estrutura de chassis de reboque; a FIG. 2b é uma vista em elevação lateral de uma forma de realização de uma estrutura de chassis de reboque; a FIG 2c é uma vista parcial ampliada de uma porção da estrutura de chassis do reboque da FIG. 2a durante o seu fabrico; 5 a FIG. 3a é uma vista posterior de uma forma de realização do eixo principal do chassis de acordo com a invenção; a FIG. 3b é uma vista em corte transversal das partes do eixo principal do chassis da FIG. 3a tomadas separadas umas das outras; a FIG. 4a é uma vista posterior de uma forma de realização alternativa do eixo principal do chassis de acordo com a invenção; a FIG. 4b é uma vista em corte transversal das partes do eixo principal do chassis da FIG. 4a tomadas em separado umas das outras; a FIG. 4c é uma vista posterior de mais uma forma de realização alternativa do eixo principal do chassis de acordo com a invenção; a FIG. 4d é uma vista em corte transversal das partes do eixo principal do chassis da FIG. 4c tomadas em separado umas das outras; a FIG. 5a é uma vista desenvolvida no plano da parte da teia do eixo na estrutura de chassis do reboque da FIG. 2b durante o seu fabrico; a FIG. 5b é uma vista em elevação lateral de uma forma de realização de um membro cruzado de acordo com a invenção durante o seu fabrico; a FIG. 6 é uma vista axonométrica da etapa de ligação de um eixo principal e de um membro cruzado, de acordo com a invenção, um ao outro; a FIG. 7 é uma vista no plano superior da construção básica de uma outra forma de realização de uma estrutura de chassis de um reboque de acordo com a invenção; a FIG. 8 é uma vista em elevação lateral da estrutura de chassis da FIG. 7; a FIG. 9 é uma vista em corte transversal tomada ao longo do plano B-B do eixo principal da estrutura de chassis da FIG. 7; 6 a FIG. 10 é uma vista em corte transversal tomada ao longo do plano A-A do eixo principal da estrutura de chassis da FIG. 7; a FIG. 11 é uma vista da etapa de ligação do eixo principal e do membro cruzado um ao outro tomada ao longo do plano B-B da forma de realização da estrutura de chassis da FIG. 7; a FIG. 12 é uma vista em corte tomada ao longo do plano D-D da FIG. 11; e a FIG. 13 é uma vista da etapa de ligação do eixo principal e do membro cruzado um ao outro tomada ao longo do plano A-A da forma de realização do chassis da FIG. 7.

Fazendo referência à FIG. 1, é ilustrado um reboque implementado usando uma estrutura de chassis 10 de acordo com a invenção. Aqui o reboque é destinado ao transporte de troncos, pelo que hastes verticais 11 são montadas no chassis 10.

Na estrutura do chassis 10 são também montados eixos 12 e 12' com rodas e componentes de suspensão. Não estando limitado pelos ensinamentos desta forma de realização exemplificativa, a estrutura de chassis de acordo com a invenção pode ser também usada como estrutura de chassis para outros tipos de veículos e no fabrico de reboques que apresentam estruturas superiores diferentes e que se encontram adaptados para distintas finalidades. A estrutura de chassis de acordo com a presente invenção é também adequada para ser usada no fabrico de semi-reboques.

As FIGS 2a e 2b mostram uma forma de realização completa de uma estrutura de chassis 10. Habitualmente a estrutura de chassis 10 compreende dois eixos principais 13 com membros cruzados 14 presos entre eles. Deste modo resulta uma construção em escada do tipo que se encontra ilustrado na 7 FIG. 2a. Tal como se encontra ilustrado na FIG. 2b, a altura da estrutura do chassis 10 é menor na sua porção frontal de modo a permitir a rotação debaixo da mesma de um conjunto de bogie 16 que compreende um eixo frontal 12 e tendo um veio de engate 15 a ele ligado. Enquanto que na presente forma de realização a porção afunilada 17 da estrutura de chassis 10 é um ponto critico em relação ao carregamento do eixo principal 13, a construção de acordo com a presente invenção a ser mais detalhadamente explicada mais adiante no texto é capaz de proporcionar uma boa resistência.

De acordo com a técnica anterior, o eixo principal 13 é composto por uma orla superior 18 e por uma orla inferior 19, com uma teia 20 a unir as duas (FIG. 3a). Ao contrário das técnicas anteriores, a teia 20 de acordo com a invenção é formada por duas estruturas de placa 20' e 20" que incluem pelo menos uma secção continua em forma de U. De um modo adicional, as porções de teia 21, 21' das estruturas de placa 20' e 20" estão adaptadas de costas uma para a outra, em que as porções de orla superior 22 das estruturas de placa formam uma parte da orla superior 18 da secção do veio (FIGS. 3a e 4a). De um modo adicional, a orla inferior 19 da secção de veio tem a ela ligada uma secção de caixa que define um espaço longitudinal continuo (FIG. 3a) ou, de um modo alternativo, a orla inferior está adaptada para formar uma secção de caixa que define um espaço longitudinal continuo (FIG. 4a) . De um modo ainda adicional, a secção de caixa pode ser realizada unindo uma placa de cobertura às porções de orla inferior das placas de teia após elas serem adequadamente formadas (FIG. 4c) . Uma secção de caixa formada deste modo no eixo principal 13, em conjunto com as secções de placa 20' e 20" proporcionam uma melhoria substancial na rigidez da 8 estrutura final. Com o auxílio de porções de orla 22 e 22' é também mais fácil ligar a teia vertical 20 a outras partes do eixo principal 13. É um conceito geral da invenção produzir todas as partes do eixo principal com comprimentos máximos em que o eixo principal pode ser fabricado com um número mínimo de porções soldadas ao longo do eixo. A FIG. 5a mostra uma vista no plano desenvolvida de uma estrutura de placa 28 adequada para o fabrico da estrutura de eixo principal de acordo com a invenção.

De um modo vantajoso, a estrutura de placa 28 apresenta um comprimento substancialmente igual ao comprimento total da estrutura do chassis, em que o número de pontos de soldadura cruzados é minimizado. Como resultado das limitações de ordem prática em termos de fabrico, a extremidade anterior da estrutura de placa 28 é feita a partir de uma placa de extensão curta 29. A soldadura de ligação oblíqua 30 que é desse modo requerida na junta não compromete, no entanto, a resistência da estrutura desde que um conjunto de suspensão 16 com rodas 16 seja montado neste ponto de ligação de soldadura 30. De facto, este ponto tem um maior número de braçadeiras do que as outras partes da construção que se encontram a ela presas. A estrutura de placa 28 é dobrada ao longo das linhas tracejadas em que as porções de orla inferior 22 e 22' são respectivamente formadas. De um modo adicional, na área de estreitamento 17 encontra-se presa uma estreita placa suplementar 31 que forma a orla inferior do eixo nesta área. A estrutura de placa 28 está ainda dotada de um determinado espaçamento em relação às outras em que os cortes oblíquos 32 existentes na sua superfície são numa fase posterior do fabrico do eixo, transformados em zonas 9 de reforço da solda 33. As estruturas de placa opostas apresentam estes cortes feitos em locais não simétricos, sendo as soldas de reforço localizadas em pontos alternados em qualquer um dos lados do eixo principal ao longo da sua extensão de acordo com o indicado na FIG. 2b. A função prática das soldas de reforço é evitar o aumento de volume dos lados da estrutura de placa. As soldas de reforço podem ser também implementadas como pontos de soldadura 33', situação em que as estruturas de placa 20' e 20" podem apresentar orifícios perfurados 32'. Tal como pode ser visto na FIG. 3b, os orifícios perfurados 32' estão localizados de um modo alternado a diferentes alturas das porções de teia do eixo.

Tal como se encontra ilustrado nas FIGS. 3a, 4a e 4c, os rebordos de cada uma das placas curvas em forma de U apresentam soldas 24.1 - 24.4 ao longo do eixo principal. Para além das soldas 24.1 - 24.4 é feita uma junta colada entre a porção de orla superior 18, as estruturas 20' e 20" da placa em forma de U, e a porção de orla especial 19. Para além de conferir consideravelmente mais resistência à estrutura, a junta colada torna mais fácil a soldadura das orlas pois a cola é de preferencialmente deixada secar antes de se iniciar a soldadura das orlas. Muito embora o calor da soldadura possa desintegrar uma certa área da junta colada tal não provoca uma grande perda de resistência. A construção de acordo com a presente invenção confere uma resistência superior à das estruturas anteriores, permitindo deste modo que o eixo principal seja menos profundo do que o convencional. Os eixos anteriores apresentavam uma altura de 400 mm e uma largura de 150 mm. Agora, um eixo principal de acordo com a presente invenção 10 pode ter uma altura de 350 mm e uma largura de 120 mm para uma igual resistência e para uma igual capacidade de suporte de carga. Para além das juntas coladas, a resistência da presente estrutura é melhorada seleccionando aço inoxidável estrutural de resistência muito elevada como sendo o material das porções de orla superior e inferior assim como para a teia. Este tipo de aço estrutural tem uma resistência à pressão não inferior a 600 N/mm2, de um modo vantajoso de entre 750 e 850 N/mm2. Como resultado, a estrutura pode ser tornada mais leve do que as formas de realização anteriores. Quando submetida a encurvamento, a resistência das estruturas de placa feitas de um aço de resistência muito elevada é ainda mais melhorada. Após o encurvamento, as placas podem apresentar uma resistência de até 1000 N/mm2. O uso de processamento posterior convencional pode ser também omitido quando é usado aço inoxidável enquanto material estrutural. Uma protecção adicional é conferida pela junta colada que impede a entrada de humidade nos intervalos entre as estruturas de placas ligadas. A FIG. 3b ilustra as partes de um eixo principal separadas umas das outras. As partes podem ser componentes padrão ou ser feitas de propósito de um modo não complicado. As orlas superior e inferior podem ser obtidas como partes previamente feitas com dimensões que podem ser as do comprimento total do eixo principal. As partes de placa 20' e 20" que formam a porção de teia 20 em forma de U são relativamente fáceis de fabricar por encurvamento. Em conjunto com o aço de alta resistência aqui usado, o encurvamento confere um aumento substancial na resistência do material o que melhora ainda mais a resistência do eixo principal acabado. Devido às secções continuas da 11 estrutura, o número de pontos de ligação com soldadura cruzada no eixo principal é minimizado.

As FIGS. 4a e 4b; 4c, 4d ilustram formas de realização alternativas das partes de uma estrutura de chassis de acordo com a presente invenção. As partes que servem funções iguais encontram-se indicadas nos diagramas com os mesmos números. Neste caso, o fabrico da porção inferior do eixo principal não necessita de qualquer secção separada continua mas, ao invés, as formas curvas nas partes de placa 20' e 20" formam a parte de caixa anteriormente mencionada no texto. Muito embora as curvas aqui requeridas sejam de realização ligeiramente mais dificil, a construção pode ser implementada sem usar uma tubagem contínua de secção em forma de caixa. De um modo adicional, o número de pontos de solda é menor do que na forma de realização anteriormente descrita. Adicionalmente, a teia une de um modo liso a porção de orla inferior sem solda.

No ponto de estreitamento 17 do eixo principal da estrutura de chassis, a secção de orla inferior requer certas operações de trabalho. Na FIG. 2c é ilustrada uma porção desta secção 19' durante o seu fabrico. De modo a dobrar a secção 19', são feitos dois entalhes 25 e 25' de modo a que um lado da secção 19' permaneça intacto. Na estrutura acabada, a área em torno do entalhe 25 mais próximo do veio do reboque é reforçada por uma placa de remendo externa 26 presa por soldagem ao lado de baixo da secção 19'. Apesar dos entalhes e das curvas feitas deste modo, a secção de orla inferior é contínua ao longo da totalidade do comprimento do chassis do reboque. De um modo adicional, a secção de orla inferior mantém uma secção em corte transversal essencialmente em forma de caixa que 12 proporciona um tubo de instalação continuo, por exemplo para os fios e tubagens da parte posterior do reboque.

Dependendo da aplicação, as dimensões das pares dos eixos principais podem variar. De um modo geral, no ponto de maior altura do eixo principal, a altura da secção de orla inferior é de 10 a 25%, de preferência de 15 a 20% da altura total do eixo principal. Na forma de realização exemplificativa acima discutida, as dimensões externas do eixo principal são de 120 mm de largura por 150 mm de altura. Respectivamente, as dimensões da secção de caixa rectangular são de 60 mm de altura por 120 mm de largura e, ainda respectivamente, a tira de placa de aço 18 que forma a orla superior 18 tem uma espessura de 5,5 mm por uma largura de 120 mm. A estrutura de placa 20' é curvada a partir de uma placa com uma espessura de 4 mm. Quando necessário, a estrutura de placa 20' no ponto de estreitamento 17 da estrutura de chassis 10 pode ser feita de uma pluralidade de estruturas diferentes, mantendo no entanto a construção de base da estrutura de chassis inalterada.

Também os membros cruzados da estrutura de chassis de acordo com a invenção apresentam uma construção nova. Na FIG. 5b é ilustrada uma estrutura de placa 34 a partir da qual pode ser feito todo o membro cruzado 14. Nas orlas superior e inferior da estrutura de placa 34 estão dispostos um par de porções de aba que se dobram 35 que podem servir como orlas de endurecimento. Nesta forma de realização o membro cruzado terminado tem uma secção em corte transversal em forma de C. De um modo adicional, nas extremidades da estrutura de placa 34 está um segundo par de porções de aba que se dobram 35' que são usadas para prender o membro cruzado 14 à teia principal do eixo 13 principal 13. Como resultado desta disposição, as placas de orla separadas geralmente usadas nas técnicas anteriores podem ser completamente omitidas. De um modo adicional, a estrutura de placa está dimensionada de modo a que se encaixe de um modo preciso no intervalo entre a orla superior 18 e a orla inferior 19. De um modo ainda adicional, as outras abas 35' do segundo par de abas que se dobram apresentam um lado oblíquo, pelo que a união que será soldada durante a montagem também se encontra orientada de um modo obliquo. Como é sabido, uma ligação de solda oblíqua é vantajosa sob tensão. A junta entre o membro cruzado e o eixo principal pode ser terminada soldando sobre o mesmo uma faixa de aço 36 indicada na FIG. 6 por uma fina linha a tracejado. A faixa é do mesmo material usado nas outras partes da estrutura de chassis de acordo com a presente invenção.

Na forma de realização da estrutura de chassis de acordo com a FIG. 7, a construção básica da estrutura de chassis é similar à da estrutura em escada usada na forma de realização da FIG. 2a que foi anteriormente discutida. A estrutura de chassis de acordo com esta forma de realização compreende dois eixos principais 113 que são paralelos um ao outro a uma certa distância um do outro e que se encontram ligados entre si por membros cruzados 114 espaçados a uma distância uns dos outros.

Conforme pode ser visto na FIGS. 9 e 10, a secção transversal do eixo principal 113 é na sua essência similar à das FIGS. 3a, 4a e 4c acima discutidas. Nesta forma de realização a secção de caixa formada na porção inferior do eixo é reforçada por uma secção em forma de U 123 adaptada ao interior da estrutura com secção em caixa. A secção em caixa é fechada do mesmo modo que a estrutura da FIG. 4c 14 soldando uma placa 119" sobre as orlas da secção em forma de U formadas pelas porções de orla inferior das placas de teia curvas. A estrutura principal do eixo é tornada mais forte por uma junta colada 127 entre placas opostas, tal como se encontra explicitamente ilustrado nas FIGS. 11 e 13.

Nesta forma de realização alternativa, a estrutura dos membros cruzados 114 é também implementada de um modo diferente da forma das FIGS. 5 e 6. Na forma de realização ilustrada nas áreas de altura completa da estrutura do chassis, os membros cruzados apresentam uma secção em forma de Z tal como se encontra ilustrado na FIG. 12. Com um formato igual à secção transversal do membro cruzado, na teia 120 do eixo principal 113 é feito um corte através do qual a extremidade do membro cruzado é inserida e de seguida presa ao eixo principal por intermédio de soldagem (FIG. 11).

Na construção do semi-reboque descrita como forma de realização exemplificativa, o eixo principal é feito mais superficial na parte anterior da estrutura do chassis, pelo que o membro cruzado no interior desta área tem de um modo preferencial uma estrutura em forma de C, uma estrutura em forma de U ou uma estrutura de caixa convencional, suportada na estrutura de orla inferior do eixo principal da forma que se encontra ilustrada na FIG. 13.

Uma estrutura de chassis feita de acordo com a presente invenção é pouco profunda, mas é no entanto rígida. Não está sujeita a corrosão mesmo se for omitido o tratamento posterior de protecção. De um modo adicional, a estrutura de chassis é mais fácil de fabricar do que as das técnicas anteriores, e as suas juntas soldadas em particular podem 15 ser feitas com uma elevada precisão pois as juntas coladas ligam as partes a ser soldadas uma à outra. Apesar do seu material estrutural mais caro, o custo global de fabrico da presente estrutura de chassis continua a ser inferior ao das construções de acordo com as técnicas anteriores.

Lisboa, 21 de Março de 2011

Claims (6)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Uma estrutura de chassis de veículo que compreende pelo menos dois eixos principais (13; 113) que se deslocam na direcção longitudinal do veículo e uma pluralidade de membros cruzados (14; 114) que unem os eixos principais, em que um dos eixos principais (13; 113) basicamente compreendendo um feixe em forma de I formado por uma orla superior e por uma orla inferior (18, 19; 118, 119) dentro de uma teia (20; 120) que une o mesmo, sendo a teia (20; 120) feita de duas estruturas de placas (20', 20"; 120', 120") compreendendo pelo menos uma primeira porção contínua em forma de U, em que as porções de teia 21, 21'; 121, 121') das referidas estruturas de placa se encontram colocadas em contacto umas com as outras e as porções de orla superior (22; 122, 122') das mesmas formam uma parte da orla superior (18; 118), e a porção de orla inferior (19; 119) está adaptada para formar uma secção de caixa que define um espaço contínuo na direcção longitudinal do eixo principal, caracterizada por a secção de caixa (119) ser reforçada por uma secção em forma de U (123) adaptada ao interior da estrutura com secção em forma de caixa.

2. A estrutura de chassis de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ao longo da totalidade da extensão do eixo principal (113) a altura da seção de orla inferior (119) ser de 10 a 25%, de preferência de 15 a 20%, da altura global do eixo principal (113).

3. A estrutura de chassis de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada por as superfícies opostas das partes de placa de estrutura do chassis se encontrarem ligadas uma à outra por uma junta de cola. 2

4. A estrutura de chassis de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizada por as orlas de cada uma das referidas estruturas de placa ter juntas soldadas nelas feitas de modo a que as zonas soldadas estejam dispostas longitudinalmente ao longo do eixo principal.

5. A estrutura de chassis de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizada por a porção de orla superior (118), a teia (120) e a porção de orla inferior (119), assim como os membros cruzados (114) serem feitos de um aço inoxidável de resistência estrutural muito elevada, com uma resistência não inferior a 600 N/mm2.

6. A estrutura de chassis de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizada por o membro cruzado (114) ser fabricado de uma peça de folha única tendo as suas orlas superior e inferior dispostas de modo a incluírem um primeiro par de porções de abas que se encurvam (135) de modo a servirem para fazer orlas de endurecimento, que o membro cruzado (114) tem uma secção em corte transversal em forma de z e por na teia do eixo principal (113) ser feito um corte com um formato compatível com as dimensões em corte transversal externas do membro cruzado. Lisboa, 21 de Março de 2011 1/11

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