PT1439272E - Lona equipada com um elemento destinado a ser ligado na ourela da lona tendo em vista o seu engate numa estrutura rígida - Google Patents

Description

ΕΡ1439272Β1

DESCRIÇÃO

LONA EQUIPADA COM UM ELEMENTO DESTINADO A SER LIGADO NA OURELA DA LONA TENDO EM VISTA O SEU ENGATE NUMA ESTRUTURA

RÍGIDA

Domínio técnico 0 invento refere-se a um aperfeiçoamento introduzido nas lonas realizadas nomeadamente em tecido revestido, e que são destinadas a serem posicionadas numa estrutura rígida. Este tipo de lonas é utilizado em múltiplas aplicações, e nomeadamente para realizar construções à base de estruturas em tensão comparáveis a tendas ou a toldos, mas igualmente para formar toda a espécie de paredes, quer se trate de revestimento de protecção ou de tecto ou tecto falso, inclusivamente coberturas. 0 invento visa um aperfeiçoamento importado para este tipo de lona para melhorar a sua facilidade de montagem e a qualidade do seu estado de tensão quando está instalada. Técnicas anteriores

Para realizar tendas ou toldos à base de lonas em tensão, utiliza-se geralmente um conjunto de estruturas metálicas que formam pilares e um vigamento entre os quais são colocadas lonas em tensão. Entre estes diversos modos de engate, é conhecido o que consiste em equipar as ourelas das lonas com elementos designados "relingas" que comportam uma vara que se estende na ourela da lona. Esta vara é 1 ΕΡ1439272Β1 introduzida numa garganta realizada numa das vigas metálicas da estrutura rigida. São igualmente conhecidos outros sistemas de engate, que concretizam quer a utilização de molas, ou então também laçadas que passam através de olhais realizados num elemento que é aplicado na ourela de lona.

Este tipo de construção é destinado a ser posicionado em locais muito diversos, cuja horizontalidade do solo nem sempre é perfeita. Por este motivo, a distância e a inclinação relativa das diferentes vigas podem variar de uma montagem para outra.

Assim, a lona que é posicionada entre duas vigas não está sempre no seu estado de tensão óptimo, o que pode provocar efeitos de ondulação que degradam o aspecto visual do conjunto da estrutura. No caso inverso, em que as vigas se encontram, após montagem, ligeiramente mais afastadas do que deveriam, isso obriga o operador a exercer esforços muito significativos para posicionar a lona nas diferentes gargantas, e assegurar-lhe o deslizamento até à sua posição definitiva.

As tolerâncias de montagem dos elementos da estrutura rigida são igualmente o resultado do facto de uma tal estrutura dever poder ser montada e desmontada numerosas vezes, o que, inevitavelmente, provoca um aumento das folgas mecânicas.

Estas questões de tolerância de montagem da estrutura rigida induzem igualmente restrições na precisão de confecção 2 ΕΡ1439272Β1 das lonas, e nomeadamente da montagem dos meios de engate no bordo da lona.

Foram descritos dispositivos que permitem resolver estes problemas nos documentos US 4 398 376 e US 4 583 331 que apresentam meios insufláveis para esticar uma parede ou erigir uma estrutura. No entanto, nestes dois documentos os meios de insuflação são formados por uma câmara-de-ar estanque posicionada ao nível da ligação entre duas partes de estofo, sendo as duas partes ligadas uma com a outra e solidarizadas. Sabe-se que a confecção associada ao posicionamento desta câmara-de-ar é complexa. De igual modo, os movimentos relativos entre a câmara-de-ar e o resto da lona são uma fonte de problemas. Finalmente, o posicionamento das válvulas de insuflação é igualmente uma operação muito delicada.

Um problema que o invento se propõe resolver é o de facilitar o posicionamento das zonas insufláveis numa lona com utilização de um elemento ligado na ourela de uma lona. Um outro problema que o invento se propõe resolver é o de reduzir as operações de confecção que permitem realizar esta zona insuflável.

Descrição do invento 0 invento refere-se, portanto, a uma lona equipada com um elemento que é destinado a ser ligado na ourela da lona tendo em vista o seu engate numa estrutura rígida e o seu posicionamento sob tensão. 3 ΕΡ1439272Β1

De maneira conhecida, um tal elemento comporta uma zona de engate, apta para cooperar directamente ou indirectamente com a estrutura, assim como uma zona que é solidarizada à lona.

De acordo com o invento, a lona caracteriza-se por o elemento compreender uma zona inextensível que forma uma câmara insuflável, estanque aos gases, situada entre a zona de engate e a zona solidarizada à lona, e formada pelo espaço definido entre as duas abas que ligam a zona de engate e a zona solidarizada à lona. Neste caso, estas duas abas são portanto igualmente estanques aos gases. 0 volume da câmara insuflável é delimitado por um lado pela zona de soldadura entre as abas ao nível da zona de engate da relinga, e por outro lado, pela zona de soldadura de cada uma das abas na lona.

Portanto, um tal elemento realiza simultaneamente a função de relinga que facilita o posicionamento de uma lona num suporte, de manter esta lona no suporte mas permite igualmente esticar a lona por insuflação de uma zona extensível na sua periferia.

Dito de outra maneira, o invento consiste em posicionar na ourela de lona um elemento que possui uma câmara deformável por insuflação formada pelo espaço definido entre duas abas. Assim, o posicionamento e a própria formação desta zona insuflável necessitam de um número de operações muito pequeno.

Na prática, as duas abas podem ser soldadas entre si ao nível da zona de engate, e são soldadas cada uma à lona. Dito 4 ΕΡ1439272Β1 de outra maneira, a zona insuflável pode ser realizada durante o posicionamento do elemento na lona.

Esta câmara é achatada no seu estado vazio, e portanto possui um comprimento máximo. Quando está insuflada, aumenta de volume, com redução da sua dimensão medida paralelamente á lona. A insuflação permite portanto assegurar um esforço na lona na direcção do exterior, o que permite portanto compensar as tolerâncias de posicionamento dos elementos rígidos da estrutura assegurando-se um tensionamento da lona. Deste modo, o tensionamento da lona não se efectua durante a montagem, e mais precisamente durante o engate da lona na estrutura, mas numa operação independente, que ocorre ulteriormente. A montagem é assim facilitada, dado que a lona é posicionada sem ser obrigatoriamente sob tensão.

Como já evocado, a zona de engate do elemento característico pode ter diferentes elementos mecânicos de cooperação com a estrutura rígida. Pode tratar-se nomeadamente de uma vara longitudinal destinada a ser introduzida numa garganta complementar realizada na estrutura, ou então também uma pluralidade de olhais destinados a receber meios de fixação à estrutura.

Na prática, este tipo de elementos pode ser montado em todo o tipo de lonas, pelo menos numa ourela, de maneira a assegurar um tensionamento em pelo menos uma direcção da lona. 5 ΕΡ1439272Β1

Todavia pode afigurar-se vantajoso realizar um tensionamento bidireccional, equipando-se a lona com elementos característicos em pelo menos dois lados adjacentes, e preferencialmente nos quatro lados da lona, quando esta é de forma quadrangular.

Para assegurar uma repartição homogénea da pressão no seio das diferentes câmaras insufláveis, pode prever-se que as diferentes câmaras dispostas à volta da lona sejam ligadas pneumaticamente.

Numa forma particular, nomeadamente no caso em que as lonas apresentam dimensões bastante diferentes entre comprimento e largura, podem utilizar-se câmaras insufláveis, que apresentam larguras diferentes no seu estado vazio.

Noutros termos, os esforços exercidos pelas câmaras caracteristicas sendo proporcionais à sua superfície no seu estado insuflado, pode ser vantajoso utilizar câmaras insufláveis de maior diâmetro ao nível dos lados mais curtos, de maneira a exercer um esforço mais significativo paralelamente aos lados mais longos.

Descrição sumária das figuras A maneira de realizar o invento, bem como as vantagens que dele resultam serão bem evidentes da descrição dos modos de realização que seguem, com o apoio das figuras anexadas, nas quais: - A figura 1 é uma vista em perspectiva sumária de uma lona em de acordo com o invento equipada com dois 6 ΕΡ1439272Β1 elementos conformes ao invento, mostrada consoante várias variantes no referente ao engate e à realização da câmara insuflável. - As figuras 2 e 3 são vistas em corte que mostram o elemento característico nos estados vazio e insuflado respectivamente. - A figura 4 é uma vista em corte que ilustra uma variante de realização de elementos característicos. - A figura 5 é uma vista em perspectiva sumária, que ilustra uma lona equipada nos seus quatro lados com elementos característicos do invento.

Modo de realização do invento A lona (1) ilustrada na figura 1 destina-se a ser esticada entre dois montantes (2,3) de uma estrutura rígida. Para este efeito, é equipada com elementos característicos (5, 6) que são solidarizados à ourela (8) da lona, e que podem cooperar com a estrutura (2,3) por meios de engate.

Na forma mostrada na figura 1, ilustram-se diferentes meios de engate. Assim, o elemento característico (5) pode compreender uma vara (10) destinada a ser introduzida numa garganta (11) prevista na estrutura (3) . A abertura desta garganta (11) é inferior à dimensão da vara (10) para assegurar a sua fixação. Podem ser utilizados outros meios de fixação como ilustrado na parte baixa da figura 1, na qual se observam molas (13) engatadas de um lado em olhais (14) formados na zona de engate do elemento (6) . Estes olhais 7 ΕΡ1439272Β1 (14) , podem igualmente acolher uma laçada (15) que liga o montante (2) e o elemento caracteristico (6). 0 elemento (5, 6) montado na ourela da lona compreende uma zona insuflável (20,21) da qual um exemplo de realização está ilustrado na figura 2. O elemento (5) ilustrado na figura 2 é realizado a partir de uma banda têxtil dobrada sobre si própria. Este elemento (5) comporta, portanto, uma zona de engate (22) que aprisiona a vara (10) . As duas abas (23,24) são soldadas entre si ao nível da zona (25) de maneira a aprisionar a vara e a formar uma zona insuflável. Esta zona insuflável é portanto formada pelas duas abas (23,24) que são por sua vez solidarizadas à ourela da lona ao nível da zona (29) . Esta solidarização pode efectuar-se por soldadura, colagem ou qualquer outro meio equivalente.

As faces internas das abas (23, 24) receberam um tratamento que lhes permite ser estanques aos gases e, por exemplo, um banho à base de poliuretano. Entretanto, é igualmente possível utilizar para realizar as abas (23,24 ) o mesmo têxtil que o da lona (1) , se este for estanque aos gases. Esta câmara insuflável está associada a um local do elemento caracteristico (5) com uma válvula de insuflação que permite a introdução de ar pressurizado.

Quando a câmara insuflável está cheia, o elemento caracteristico (5) deforma-se em conformidade com a ilustração da figura 3. Neste caso extremo em que a câmara é ΕΡ1439272Β1 insuflada até ao seu máximo, o seu comprimento inicial L (ver figura 2) apresenta então um comprimento 1/, inferior aproximadamente a 35% de L. Segue-se que a lona (1) experimenta uma tensão F dirigida para o exterior.

Como já evocado, a câmara insuflável pode ser realizada como ilustrado na figura 4, directamente pelas abas (23,24) solidarizados entre si por colagem ao nível da zona (25) e com a lona ao nível da zona de engate (29) na lona. A figura 5 ilustra uma situação na qual a lona não é quadrada, mas opostamente apresenta uma largura claramente superior ao seu comprimento. Neste caso, os elementos (33,34) posicionados na ourela da lona (35) apresentam câmaras (36,37) que são de dimensões diferentes. Efectivamente, os esforços exercidos na lona no sentido da largura, pela câmara (37) são superiores aos que são exercidos segundo o sentido da altura, por intermédio da câmara (36).

Neste caso, a câmara (37) situada numa ourela vertical é então de maior diâmetro, para exercer para pressão equivalente, um esforço superior no sentido horizontal da lona. Obviamente, a orientação ilustrada na figura 5 só o é a título de exemplo, e pode transpor-se para qualquer posicionamento da lona no espaço.

As pressões nas diferentes câmaras (36,37) são iguais, graças às ligações pneumáticas (39) que ligam as próprias câmaras insufladas por intermédio da válvula (40).

Evidencia-se do que precede que o elemento de engate procura múltiplas vantagens e nomeadamente: 9 ΕΡ1439272Β1 A possibilidade de regular a tensão da lona consoante uma ou duas direcções, quaisquer que sejam as tolerâncias de montagem da estrutura rígida;

As operações de montagem são facilitadas, dado que o tensionamento intervém após o posicionamento da lona;

As precisões de fabrico da lona, nomeadamente da confecção pelo posicionamento do elemento característico são diminuídas. Efectivamente, as diferentes tolerâncias são compensadas pela possibilidade de modificação das dimensões da câmara insuflável; É possível declinar as dimensões e câmaras insufláveis consoante as tolerâncias que se deseja compensar;

Aplicações industriais 0 invento pode ser utilizado em múltiplos sectores, que utilizam lonas que devam apresentar um estado de tensão.

Pode nomeadamente citar-se a realização de construções à base de lonas esticadas, tais como toldos, tendas e outras estruturas desmontáveis. Estas lonas em tensão podem igualmente ser utilizadas para realizar coberturas em tensão ou mais geralmente paredes verticais ou horizontais tais como tectos em tensão ou revestimentos de protecção.

Pode igualmente ser utilizado no domínio da publicidade para assegurar uma horizontalidade do suporte de informações.

Lisboa, 16 de Fevereiro de 2012 10

Claims (7)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Lona (1) equipada com um elemento (5) disposto pelo menos numa das suas ourelas (8) para tendo em vista o seu engate numa estrutura rígida (2,3) e o seu tensionamento, compreendendo o referido elemento (5) , uma zona de engate (22) , apta a cooperar directamente ou indirectamente com a referida estrutura (2,3), e uma zona (27) solidarizada à lona, em que o elemento (5) compreende uma zona inextensível (26) que forma uma câmara insuflável (20,21), estanque aos gases, situada entre a zona de engate (22) e a zona (27) solidarizada à lona, caracterizada por a referida zona extensível (26) ser formada pelo espaço definido entre as duas abas (23,24) que ligam a zona de engate (22) e a zona (27) solidarizada à lona.
2. 2. Lona de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as duas abas (23, 24) serem soldadas entre si (25) ao nível da zona de engate e são soldadas (29) cada uma à lona (1).
3. 3. Lona de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a zona de engate (22) compreender uma vara longitudinal (10) destinada a cooperar com uma garganta complementar (11) realizada na estrutura (3).
4. 4. Lona de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a zona de engate compreender uma pluralidade de olhais (14) destinados a receber meios (13,15) de fixação à estrutura.
5. 5. Lona (35) de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por compreender uma forma quadrangular e elementos (33,34) nos seus 4 lados. 1
6. 6. Lona de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por as câmaras insufláveis (36,37) dos quatro elementos (33,34) serem ligadas pneumaticamente.
7. 7. Lona de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por as câmaras insufláveis (36,37) dos quatro elementos (33,34) apresentarem larguras diferentes no seu estado não insuflado. Lisboa, 16 de Fevereiro de 2012 2