PT1227273E - Processo e dispositivo de estanqueidade entre um elemento fixo e um elemento móvel linearmente em relação a este - Google Patents
Processo e dispositivo de estanqueidade entre um elemento fixo e um elemento móvel linearmente em relação a este Download PDFInfo
- Publication number
- PT1227273E PT1227273E PT02290200T PT02290200T PT1227273E PT 1227273 E PT1227273 E PT 1227273E PT 02290200 T PT02290200 T PT 02290200T PT 02290200 T PT02290200 T PT 02290200T PT 1227273 E PT1227273 E PT 1227273E
- Authority
- PT
- Portugal
- Prior art keywords
- skirt
- fixed
- elements
- movable
- fluid
- Prior art date
Links
Classifications
-
- B—PERFORMING OPERATIONS; TRANSPORTING
- B60—VEHICLES IN GENERAL
- B60V—AIR-CUSHION VEHICLES
- B60V1/00—Air-cushion
- B60V1/16—Flexible skirts
-
- F—MECHANICAL ENGINEERING; LIGHTING; HEATING; WEAPONS; BLASTING
- F16—ENGINEERING ELEMENTS AND UNITS; GENERAL MEASURES FOR PRODUCING AND MAINTAINING EFFECTIVE FUNCTIONING OF MACHINES OR INSTALLATIONS; THERMAL INSULATION IN GENERAL
- F16J—PISTONS; CYLINDERS; SEALINGS
- F16J15/00—Sealings
- F16J15/46—Sealings with packing ring expanded or pressed into place by fluid pressure, e.g. inflatable packings
- F16J15/48—Sealings with packing ring expanded or pressed into place by fluid pressure, e.g. inflatable packings influenced by the pressure within the member to be sealed
Landscapes
- Engineering & Computer Science (AREA)
- Mechanical Engineering (AREA)
- General Engineering & Computer Science (AREA)
- Aviation & Aerospace Engineering (AREA)
- Transportation (AREA)
- Physics & Mathematics (AREA)
- Architecture (AREA)
- Fluid Mechanics (AREA)
- Sealing Devices (AREA)
- Actuator (AREA)
- Electrical Discharge Machining, Electrochemical Machining, And Combined Machining (AREA)
- Piezo-Electric Or Mechanical Vibrators, Or Delay Or Filter Circuits (AREA)
Description
ΕΡ 1 227 273 /PT
DESCRIÇÃO "Processo e dispositivo de estanqueidade entre um elemento fixo e um elemento móvel linearmente em relação a este" 0 invento refere-se a um dispositivo de estanqueidade entre um elemento fixo e um elemento móvel linearmente em relação a este e que permite melhorar o controlo do deslocamento do elemento móvel. A DE-1 247 145B mostra um engenho com almofada de ar que comporta um dispositivo de estanqueidade disposto entre as superfícies respectivas de dois elementos, do qual um é móvel linearmente numa direcção paralela à superfície do outro elemento que está fixo. Este dispositivo de estanqueidade compreende pelo menos uma saia flexível de secção em forma de « U » invertido, cuja superfície é contínua, da qual uma das extremidades é fixada de maneira contínua e estanque na superfície de um dos elementos, estando a dita saia apta para ser dilatada por um fluído que penetra pela abertura do « U » e para apresentar uma espessura dada e variável de junta de estanqueidade relativa.
Este dispositivo de estanqueidade só se refere a um meio para suportar o engenho. Com efeito, a saia é fixa segundo o contorno periférico do elemento e apresenta secções transversais em oposição. A diferença de pressão do fluído entre o interior da saia e o exterior não pode portanto criar nenhum esforço de motricidade de um elemento em relação ao outro. É previsto um outro meio para criar o esforço motor. São também conhecidos dispositivos de estanqueidade no caso do deslocamento de um êmbolo num cilindro, ou de todo o objecto cilíndrico num tubo de guiamento concêntrico e de grande comprimento. 0 dispositivo de estanqueidade está então apto para assegurar uma estanqueidade entre um primeiro fluído mantido sob pressão do lado a montante do dispositivo e um segundo fluído situado a uma pressão inferior do lado a jusante do dispositivo, sendo os lados a montante e a jusante do dispositivo definidos em relação ao sentido de deslocação do 2
ΕΡ 1 227 273 /PT elemento móvel. Neste tipo de aplicação, contrariamente a DE-1 247 145B, a diferença de pressão de um lado e do outro do dispositivo de estanqueidade tem um efeito motor no elemento móvel.
Um exemplo de tais dispositivos de estanqueidade conhecidos apresenta-se sob a forma de juntas do tipo de lábio em forma de « U » invertido, do qual uma das ramificações é ancorada numa garqanta realizada na superfície do elemento fixo, estando a outra ramificação livre para deformar-se sob a acção da pressão que se exerce do lado a montante. Assim, a extremidade desta ramificação livre da junta de lábios entra em contacto com a superfície do elemento móvel, assegura então por certo a estanqueidade mas, pelo seu atrito, perturba a trajectória deste último, com estrago da superfície exterior e necessita de mudanças frequentes.
Por outro lado, a espessura e a rigidez relativamente importantes deste tipo de junta, não permite uma grande amplitude de deformação da sua ramificação livre em função das variações de pressão exercidas e dos deslocamentos transversais do elemento móvel; estes deslocamentos transversais são os perpendiculares à trajectória do elemento móvel e relativos em relação ao elemento fixo.
Por outro lado podem produzir-se roturas de juntas. 0 problema colocado é de realizar um dispositivo de estanqueidade que evita os supracitados inconvenientes, resistente a fortes pressões a montante, sobretudo quando são necessárias para assegurar o movimento linear do elemento móvel, que aceita deslocamentos relativos e transversais bastante importantes do elemento móvel em relação ao elemento fixo, de pelo menos 40% em relação à distância média fixa em funcionamento inicial de base, sem perda significativa de desempenho, tanto na sua velocidade de deslocamento linear como nos meios concretizados para a assegurarem e que perturbam ao mínimo a trajectória do elemento móvel.
Este último ponto é importante para as aplicações a corpos móveis que se deslocam em tubos de guiamento fixos, 3
ΕΡ 1 227 273 /PT quando estes corpos móveis experimentam esforços externos à saida destes tubos.
De acordo com o invento, um dispositivo de estanqueidade disposto entre as superfícies respectivas de dois elementos constituídos por um objecto cilíndrico e um tubo de guiamento concêntrico, sendo o objecto cilíndrico móvel linearmente numa direcção paralela à superfície do tubo de guiamento que está fixo, sendo este dispositivo de estanqueidade em forma de « U » invertido do qual uma das ramificações é ancorada na superfície de um dos elementos e do qual a outra ramificação é livre para deformar-se sob a acção da pressão que se exerce a montante, é caracterizado por: o dispositivo compreender pelo menos uma saia flexível de secção em forma de « U » invertido, cuja superfície é contínua e da qual uma das extremidades está fixa de maneira contínua e estanque sobre a superfície de um dos ditos elementos, sendo a dita saia de forma pseudo-tórica na direcção perpendicular à extremidade da ramificação do « U » cuja extremidade está destinada a ser fixa a um dos elementos, estando a saia apta para ser dilatada por um fluído que penetra pela abertura do « U » e para apresentar uma espessura dada e variável da junta de estanqueidade relativa; a extremidade da saia estar disposta perpendicularmente à direcção de deslocamento linear do elemento móvel, e por a outra extremidade estar ligada à dita superfície do dito elemento por meios de ligação. 0 invento refere-se igualmente a um processo de estanqueidade entre as superfícies respectivas de dois elementos constituídos por um objecto cilíndrico e um tubo de guiamento concêntrico, sendo o objecto cilíndrico móvel linearmente numa direcção paralela à superfície do tubo de guiamento que está fixo, processo segundo o qual utiliza-se um dispositivo de estanqueidade em forma de « U » invertido do qual uma das ramificações é ancorada na superfície do elemento fixo e do qual a outra ramificação é livre de deformar-se sob a acção da pressão que se exerce a montante, estando este dispositivo de estanqueidade apto para assegurar uma estanqueidade entre um primeiro fluído mantido sob pressão do lado a montante do 4
ΕΡ 1 227 273 /PT dispositivo e um segundo fluido situado do lado a jusante a uma pressão inferior, sendo os lados a montante e a jusante definidos em relação ao sentido de deslocamento linear do elemento móvel, caracterizado por: - realizar-se pelo menos uma saia flexível de secção em forma de « U » invertido cuja superfície é contínua; - fixar-se uma das extremidades da dita saia de maneira contínua e estanque sobre a superfície de um dos elementos fixo ou móvel; - dispor-se e fixar-se a dita extremidade da saia perpendicularmente à direcção de deslocamento linear do elemento móvel; e - ligar-se a outra extremidade da dita saia à dita superfície de um dos elementos por meios de ligação aptos para deixarem passar o primeiro fluído para o interior da forma em « U », sendo a dita saia de forma pseudo-tórica na direcção perpendicular à extremidade da ramificação do « U » cuja extremidade está destinada a ser fixa a um dos elementos, - dilatar-se a dita saia com o primeiro fluído sob pressão que penetra no interior da forma em « U » até que esta saia ocupe uma distância dada, variável em relação à superfície do elemento que lhe está em frente, e inferior à distância que separa as superfícies dos elementos fixo e móvel, saia a qual assegura uma estanqueidade relativa entre os ditos elementos.
De preferência, utiliza-se gás como primeiro e segundo fluidos tal como ar, comportando-se então a saia segundo o princípio da almofada de ar e que permite um débito dado de fuga de gás entre a membrana que a constitui e o elemento para o qual é dilatada, quer dizer, o que lhe está em frente por oposição aquele na qual esta fixa.
Este processo de estanqueidade relativa que utiliza o princípio de funcionamento da almofada de ar é uma aplicação particular deste princípio cujo efeito técnico é surpreendente, pois não se trata aqui, como objectivo principal, de estabelecer a sustentação de um elemento móvel 5
ΕΡ 1 227 273 /PT num suporte fixo e que se propulsiona por cima deste a uma distância que se auto-regula em função do seu peso e da pressão de dilatação das suas saias: o objecto do presente invento é diferente dado que se trata de obter uma estanqueidade relativa dada entre as superfícies de um elemento móvel e do suporte contra o qual se desloca, ao obturar o espaço que os separa e que tem um valor dado e fixo por outros critérios que os da pressão e do peso, tais como as dimensões relativas dos elementos fixo e móvel, como para um objecto que se desloca no interior de um tubo que lhe é concêntrico e que é suportado por outros meios que asseguram o seu guiamento. 0 resultado é um novo dispositivo e processo de estanqueidade entre um elemento fixo e um elemento móvel linearmente em relação a este, que responde ao problema colocado e que oferece características de concretização muito interessantes que permitem nomeadamente melhorar o controlo do deslocamento do elemento móvel.
Em particular, graças ao processo de estanqueidade que segue o invento que utiliza o princípio da almofada de ar, um tal dispositivo é auto-adaptativo pois revela-se de uma maneira surpreendente que, se a superfície do elemento móvel se afastar da superfície do elemento fixo, por razões independentes do dispositivo e da pressão que o dilata, ou se aproximar, a saia que constitui o dispositivo deforma-se de tal maneira que a distância correspondente ao espaço que permite a fuga do fluído a montante para o fluído a jusante, entre a dita saia e o elemento que lhe está em frente, permanece constante.
Uma tal disposição permite suprimir os atritos entre o elemento fixo ou móvel e a saia, o que assegura uma maior resistência da saia ao longo do tempo, e evitar todo o risco de deterioração da superfície do elemento que lhe está em frente, ao reduzir ao mínimo os riscos de perturbações ao nível da trajectória deste elemento móvel.
Adicionalmente, permanecendo a distância de fuga quase constante, a pressão constante, o débito de fuga do fluído a 6
ΕΡ 1 227 273 /PT montante também o é igualmente e permite um melhor controlo da pressão deste.
Outras vantagens e particularidades do invento resultarão da descrição seguinte, dada a título de exemplos não limitativos e feita com referência às figuras anexas nas quais: - a figura 1 é uma vista esquemática em corte de um dispositivo de acordo com o invento disposto entre dois elementos, um móvel, o outro fixo no qual é fixo o dito dispositivo, sabendo-se que este dispositivo poderia igualmente ser trazido pelo elemento móvel; - a figura 2 é uma vista esquemática em alçado de uma realização particular de um dispositivo de acordo com o invento tal como o da figura 1.
Os elementos comuns às figuras 1 e 2 são referenciados por referências numéricas idênticas.
Na figura 1, pode visualizar-se o dispositivo de estanqueidade 2 de acordo com o invento. Este está disposto entre a superfície de um elemento fixo 4 e a de um elemento móvel 6 que se desloca numa única direcção, sendo este deslocamento qualificado de linear, paralelamente à superfície 16 do elemento fixo 4, a uma distância D deste e no sentido referenciado pela seta F. A montante do dispositivo de estanqueidade 2 encontra-se um primeiro fluído 8, de preferência gás tal como o ar, sob uma pressão V que se exerce no elemento móvel 6 e que pode por outro lado assegurar o seu deslocamento no sentido da seta F. A jusante do dispositivo de estanqueidade 2 encontra-se um segundo fluído 10 a uma pressão P2 inferior à pressão Pi e que pode ser igualmente um gás tal como o ar. O dispositivo de estanqueidade 2 representado na figura 1 comporta uma saia 12 de secção em forma de « U » e cuja superfície é contínua. 7
ΕΡ 1 227 273 /PT A saia 12 é numa matéria que apresenta: - por um lado uma grande resistência à tracção, em toda a direcção tangente à sua superfície, sendo a dita tracção provocada pela diferença de pressões Ρχ-Ρ2; - por outro lado, uma grande flexibilidade em todo o plano perpendicular à sua superfície e que a corta afim de poder dobrá-la, que permite deformações transversais para que a saia 12 se possa adaptar à variante de diversos parâmetros, nomeadamente aos deslocamentos transversais do elemento móvel 6. A matéria utilizada para a saia 12 é de preferência um verdadeiro compósito previamente formado para responder à conformação requerida na aplicação, que apresenta uma resistência aos esforços que se podem exercer muito boa.
Este compósito é realizado num elastómero reforçado, sendo a estrutura interna de reforço sob a forma de fibras ou tecido, submergidas ou humedecidas pelo material elastómero monobloco cujas dimensões exteriores determinam as da saia, estando a estrutura interna disposta a distâncias previamente determinadas das ditas dimensões exteriores. A saia 12 pode ser realizada em polímero, por exemplo em poliuretano, estando o dito polímero de preferência reforçado para resistir às fortes tracções. A estrutura de reforço da saia 12 é em geral constituída de fibras de aramida.
Num modo de realização preferido, as fibras da estrutura de reforço da saia 12 são dispostas no sentido que permite melhor absorver os esforços de tracção, quer dizer, maioritariamente segundo a direcção de aplicação destes. A espessura da saia 12 é escolhida em função do destino da aplicação do dispositivo de estanqueidade 2 de acordo com o invento.
Para pressões Pi da ordem de 106 Pa (10 bar) e uma distância média D entre as paredes ou superfícies dos 8 ΕΡ 1 227 273 /PT elementos móvel 6 e fixo 4 da ordem de 80 mm, a espessura da saia 12 está de preferência compreendida entre 2 e 5 mm. A extremidade 14 da saia 12 é realizada na superfície 16 do elemento fixo 4 de maneira contínua e estanque. Esta fixação da extremidade 14 é tal que a superfície da saia 12 ali seja tangencial à superfície do elemento considerado, tal como a superfície 16 do elemento fixo 4 referenciado nas figuras.
Esta ligação pode nomeadamente ser obtida por um sistema do tipo flange realizada por um talão realizado nesta extremidade 14 da saia 12 e que vem em batente contra todo o rebordo de uma garganta realizada no elemento no qual se quer fixar o dito dispositivo de estanqueidade 2. A outra extremidade 18 da saia 12 é ligada a esta mesma superfície do elemento considerado, tal como a 16 do elemento fixo 4, por intermédio de uma ou várias correias de resistência 20, formando as correias de resistência 20 de um lado uma superfície descontínua através da qual o primeiro fluído 8 penetra na abertura em « U » da saia 12 para a dilatar, e por outro lado um ângulo a com a dita superfície 16.
De preferência, a extremidade 14 da saia 12 é disposta perpendicularmente à direcção de deslocamento linear do elemento móvel 6.
No caso de um elemento móvel 6 de secção circular que se desloca num tubo concêntrico, a saia 12 é de forma pseudo-tórica em todo o plano perpendicular à extremidade da ramificação do « U » cuja extremidade 14 está destinada a ser fixa ao elemento fixo 4.
Vai agora descrever-se o processo de estanqueidade que utiliza o dispositivo 2 representado na figura 1, com gás tal como o ar como primeiro fluído 8 situado a montante do dispositivo de estanqueidade 2, e este mesmo gás como segundo fluído 10 situado a jusante deste mesmo dispositivo 2. 9
ΕΡ 1 227 273 /PT
Quando se aplica uma pressão Pi de gás superior à pressão P2 do fluído 10, a diferença de pressões Pi-P2 que se exerce no interior das ramificações do « U » da saia 12 vai fazer dilatar a dita saia que vai ocupar uma distância "d" dada e variável em relação à superfície 16 do elemento fixo 4 .
Sob a acção deste diferencial de pressões Pi-P2, a saia 12 dilata-se portanto entre a superfície 16 do elemento fixo 4 à qual a saia 2 é fixada de maneira contínua e estanque, e a superfície 22 do elemento móvel 6.
Entretanto, comprova-se que, desde que o diferencial de pressões Pi-P2 atinja um valor de alguns milhares de Pa (algumas dezenas de mbar), e embora a distância D que separa a superfície 16 do elemento fixo 4 da superfície 22 do elemento móvel 6 e previamente fixada e definida por outros meios, a distância d ocupada pela saia 12 de acordo com o invento em relação à superfície 16 do elemento fixo 4 é inferior a D: a saia 12 comporta-se então segundo o princípio da almofada de ar, a parte 24 da saia 12 não entra em contacto com o elemento móvel 6 e permanece a uma pequena distância dada e deste, da ordem de l/10e de mm para alguns milhares de Pa (algumas dezenas de mbar) de diferencial de pressões.
Cria-se então um dado débito de fuga que vem regular e limitar a dilatação da saia 12 e permite então uma auto-regulação e um equilíbrio do dispositivo de estanqueidade relativo assim obtido.
Este processo de estanqueidade mantém-se mesmo a mais forte diferencial de pressões, aumentando a distância de fuga e com este, até 3/10e a 4/10e de mm para 5.105 Pa (5 bar) e da ordem de 1 mm para 15.105 Pa (15 bar). O elemento móvel 6 tem portanto uma trajectória linear segundo a direcção F que não está perturbada, nem pelos atritos de origem mecânica gerados pelas juntas de lábios da arte anterior, nem pelos esforços laterais exercidos por estes atritos quando o elemento móvel 6 tende a deslocar-se transversalmente, quer dizer perpendicularmente à direcção F, 10
ΕΡ 1 227 273 /PT contra aqueles. A ausência de tais atritos mecânicos preserva igualmente a superfície 22 do elemento móvel 6 assim como a saia 12 do dispositivo de estanqueidade 2 de acordo com o invento. A distância e obtida que separa a parte 24 da saia 12 da superfície 22 do elemento móvel 6 é função do valor do ângulo a que os meios de ligação formam, em espécie a ou as correias de resistência 20, com a superfície 16 do elemento fixo 4 e da diferença de pressões entre Pi e P2 dos primeiro e segundo fluidos 8 e 10. Esta distância diminui quando se escolhe um ângulo a mais pequeno e quando o diferencial de pressões Ρ2-P2 diminui igualmente. O processo de estanqueidade segundo o invento permite obter que o dispositivo de estanqueidade de acordo com o invento se posicione automaticamente no volume livre entre as superfícies 16 e 22, mesmo na hipótese de um deslocamento lateral do elemento móvel 6.
No caso dos elementos fixo 4 e móvel 6 de secção circular, a flexibilidade da saia 12 permite adaptar-se às dimensões e aos deslocamentos transversais do elemento móvel 6 que se desloca linearmente no interior do elemento fixo 4, podendo o elemento móvel 6 aproximar-se de um lado para este 4 e afastar-se então simultaneamente do lado diametralmente oposto; com efeito, constatou-se que para uma distância média D, por exemplo de 80 mm (mas podendo esta distância ser até 150 a 200 mm), o dispositivo de estanqueidade 2 de acordo com o invento deforma-se e pode continuar a funcionar nas condições do processo de acordo com o invento com uma distância D reduzida em 20 mm ou ao contrário aumentada até 140 mm, que representa pelo menos 40%, e mesmo até 60 a 80%, de variação de distâncias possíveis. A figura 2 representa um exemplo de realização de um dispositivo de estanqueidade 2, 30 de acordo com o invento que compreende uma saia 12 de secção em forma de « U » cuja parede é uma superfície contínua e estanque e constituída por uma membrana 32 reforçada de fibras sintéticas e de espessura constante. A extremidade 14 da saia 12 destina-se a ser ligada à superfície de um elemento fixo, mas que podia ser a 11
ΕΡ 1 227 273 /PT do elemento móvel (não representadas nas duas hipóteses), de maneira continua e estanque por um talão 34, em forma por exemplo de um fuso de secção em forma de gota de água que assegura a interface de fixação e de estanqueidade com uma peça de forma complementar solidária com o elemento fixo 4. A outra extremidade 18 da saia ou membrana 32 comporta: - por um lado, entalhes 36 que constituem uma superfície descontínua para esta extremidade 18 da membrana 32, permitindo esta superfície descontínua deixar escapar o primeiro fluído 8, que dilata a partir de montante o interior do « U » estanque da saia 12 para o exterior da ramificação deste « U » que está em frente ao elemento para o qual se dilata, sem que a membrana 32 venha contactar com o dito elemento, justamente graças em parte a este fluído 8 que foge então para jusante do dispositivo 2,30 de acordo com o invento pelo espaço e que alimenta. - por outro lado, um talão de fixação 38 formado por exemplo por um fuso de secção em forma de gota de água entrecortada pelos ditos entalhes 36 e que possui no seu centro um orifício 40 que permite alojar eixos de fixação não representados nesta figura. O conjunto destes elementos que constitui a extremidade 18 da saia ou membrana 32 constitui a parte auto-adaptativa do dispositivo de estanqueidade obtido com as peças que ligam os ditos eixos de fixação à parede 16 do elemento fixo 4, tais como cabos, correias, conjuntos mecânicos... A altura H deste dispositivo de estanqueidade e a forma dos seus entalhes 36 são definidas em função do débito de fuga desejado, sendo o objectivo só deixar estabelecer-se um reduzido débito de fuga de escoamento de gás, podendo este estabelecer-se a partir de alguns milhares de Pa (algumas dezenas de mbar). Esta altura H pode ser de algumas dezenas de mm a algumas centenas de cm; no caso de grandes alturas, a saia 12 pode comportar elementos de fixação 39 na sua parte arredondada 41, para a manter em posição, mesmo na ausência de pressão interior, contra a parede 16 do elemento fixo 4 quando este está disposto verticalmente e a parte arredondada 41 para cima. 12
ΕΡ 1 227 273 /PT
No caso de um elemento fixo 4 cuja parede 16 é um cilindro de revolução, como a 32 do elemento móvel 6, a extremidade 18 do dispositivo de estanqueidade está disposta segundo um circulo de diâmetro dito interior e a extremidade 14 segundo um circulo de diâmetro dito exterior.
Estas extremidades 14, 18 podem ter qualquer forma que siga a forma da circunferência dos elementos fixo 4 e móvel 6 que estão um em frente do outro: em particular, se o elemento, que não leva o dispositivo de estanqueidade 2,30 segundo o invento, comportar excrescências ou zonas ocas, as partes de extremidade 18 da saia 12 que lhe estão em frente podem ser moldadas segundo formas complementares e a pressurização da saia 12 segundo o processo do invento manterá estas partes de extremidades 18 sem atrito e à mesma distância auto-adaptativa da superfície destas excrescências e/ou zonas ocas que para o resto da superfície do elemento correspondem.
Bem entendido, o invento não está limitado ao modo de realização do dispositivo acima descrito e podem ser-lhe fornecidas variantes de execução em função dos elementos fixos e móveis considerados, da sua forma, do seu modo de deslocamento relativo, das peças mecânicas que se deseja realizar para fixar o dispositivo no invento.
Por exemplo, como já indicado precedentemente, o dispositivo de estanqueidade de acordo com o invento pode ser solidário com o elemento móvel 6 e deslocar-se com ele, mesmo que a fonte de pressurização do primeiro fluído seja independente deste elemento móvel 6 (contrariamente ao resto na utilização como almofadas de ar para a sustentação dos corpos móveis que alimentam a sua própria saia).
Podem igualmente ser dispostos vários dispositivos de estanqueidade 2,30 segundo o invento, dispostos uns a seguir aos outros, no sentido do deslocamento linear do elemento móvel 6 e ao longo da superfície 16 do elemento fixo 4 contra a qual se desloca o elemento móvel 6: estes dispositivos 2,30 são paralelos uns aos outros e cada um entre si só se posiciona quando o elemento móvel 6 chega à sua altura para que a pressão do fluído a montante 8 o possa dilatar para o 13
ΕΡ 1 227 273 /PT dito elemento móvel 6; depois da passagem do dito elemento móvel 6, o dispositivo 2,30 esvazia-se uma vez que existe então pressão equivalente entre os volumes interior e exterior do « U » que forma a saia 10, 12 como antes da passagem do elemento móvel 6.
Lisboa,
Claims (11)
- ΕΡ 1 227 273 /PT 1/4 REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de estanqueidade (2,30) disposto entre as superfícies (16,22) respectivas de dois elementos (4,6) constituídos por um objecto cilíndrico (6) e um tubo de guiamento concêntrico (4), sendo o objecto cilíndrico (6) móvel linearmente numa direcção paralela à superfície (16) do tubo de guiamento (4) que está fixo, sendo este dispositivo de estanqueidade (2,30) em forma de « U » invertido do qual uma das ramificações está ancorada na superfície de um dos elementos e do qual a outra ramificação é livre de se deformar sob a acção da pressão que se exerce a montante, caracterizado por: o dispositivo compreender pelo menos uma saia (12) flexível de secção em forma de « U » invertido, cuja superfície é continua e da qual uma (14) das extremidades está fixa de maneira contínua e estanque na superfície (16,22) de um dos ditos elementos (4,6), sendo a dita saia (12) de forma pseudo-tórica na direcção perpendicular à extremidade da ramificação do « U » cuja extremidade está destinada a ser fixa a um dos elementos, estando a saia (12) apta para ser dilatada por um fluído (8) que penetra pela abertura do « U » e para apresentar uma espessura dada e variável da junta de estanqueidade relativa, estando a extremidade (14) da saia (12) disposta perpendicularmente à direcção de deslocamento linear do elemento móvel (6), e estando a outra extremidade (18) ligada à dita superfície (16,22) do dito elemento por meios de ligação (20).
- 2. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a saia (12) ser fixa tangencialmente à superfície (16,22) de um dos ditos elementos (4,6) pela sua extremidade (14).
- 3. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por a saia (12) estar fixa ao elemento fixo (4) .
- 4. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a saia (12) ser ΕΡ 1 227 273 /PT 2/4 realizada em elastómero reforçado, sendo a estrutura interna de reforço sob a forma de fibras ou tecido, submergidas e humedecidas pelo material elastómero monobloco cujas dimensões exteriores determinam as da saia, estando a estrutura interna disposta a distâncias previamente determinadas das ditas dimensões exteriores.
- 5. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a saia (12) ser em poliuretano reforçado de fibras de aramida.
- 6. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a espessura da saia (12) estar compreendida entre 2 e 5 mm.
- 7. Processo de estanqueidade entre as superfícies (16,22) respectivas de dois elementos (4,6) constituídos por um objecto cilíndrico (6) e um tubo de guiamento concêntrico (4), sendo o objecto cilíndrico (6) móvel linearmente numa direcção paralela à superfície (16) do tubo de guiamento (4) que está fixo, processo segundo o qual se utiliza um dispositivo de estanqueidade (2,30) em forma de « U » invertido do qual uma das ramificações está ancorada na superfície do elemento fixo e do qual a outra ramificação é livre de se deformar sob a acção da pressão que se exerce a montante, estando este dispositivo de estanqueidade (2,30) apto para assegurar uma estanqueidade entre um primeiro fluído (8) mantido sob pressão do lado a montante do dispositivo (2,30) e um segundo fluído (10) situado do lado a jusante a uma pressão inferior, sendo os lados a montante e a jusante definidos em relação ao sentido de deslocamento linear do elemento móvel (6), caracterizado por: - realizar-se pelo menos uma saia (12) flexível de secção em forma de « U » invertido cuja superfície é contínua; - fixar-se uma (14) das extremidades da dita saia (12) de maneira contínua e estanque na superfície (16) de um dos elementos fixo (4) ou móvel (6); - dispor-se e fixar-se a dita extremidade (14) da saia perpendicularmente à direcção de deslocamento linear do elemento móvel; e ΕΡ 1 227 273 /PT 3/4 - ligar-se a outra extremidade (18) da dita saia (12) à dita superfície (16) de um dos elementos por meios de ligação (20) aptos para deixarem passar o primeiro fluído (8) para o interior da forma em « U », sendo a dita saia (12) de forma pseudo-tórica na direcção perpendicular à extremidade da ramificação do « U » cuja extremidade está destinada a ser fixa a um dos elementos, - dilatar-se a dita saia (12) com o primeiro fluído (8) sob pressão que penetra no interior da forma em « U » até que esta saia (12) ocupe uma distância (d) dada, variável em relação à superfície (16,22) do elemento que lhe está em frente, e inferior à distância (D) que separa as superfícies (16,22) dos elementos fixo (4) e móvel (6), saia (12) a qual assegura uma estanqueidade relativa entre os ditos elementos (4,6) .
- 8. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por utilizar-se gás como primeiro e segundo fluidos (8,10), comportando-se então a saia (12) segundo o princípio da almofada de ar e permitindo um débito dado de fuga de gás.
- 9. Processo de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado por se definir a distância (e) entre a saia (12) e o elemento móvel (6) em função do valor do ângulo (a) que os meios de ligação (20) formam com a superfície (16) do elemento fixo (4) e da diferença de pressões entre os fluidos a montante (8) e a jusante (10).
- 10. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 9, caracterizado por dilatar-se a saia (12) com um diferencial de pressão P1-P2 de alguns milhares de Pa (algumas dezenas de mbar) para 0 posicionamento relativo do dispositivo de estanqueidade (2,30), ocupando a dita saia (12) uma distância (d) inferior, de dois décimos de mm, no máximo, à da (D) que separa as superfícies (16,22) do elemento fixo (4) e móvel (6).
- 11. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 10, caracterizado por se disporem vários dispositivos de estanqueidade (2,30) ao longo da superfície ΕΡ 1 227 273 /PT 4/4 (16) do elemento fixo (4) contra a qual se desloca o elemento móvel (6), estando estes dispositivos (2,30) paralelos uns aos outros. Lisboa,
Applications Claiming Priority (1)
Application Number | Priority Date | Filing Date | Title |
---|---|---|---|
FR0101169A FR2820183B1 (fr) | 2001-01-29 | 2001-01-29 | Procede et dispositif d'etancheite entre un element fixe et un element mobile lineairement par rapport a celui-ci |
Publications (1)
Publication Number | Publication Date |
---|---|
PT1227273E true PT1227273E (pt) | 2007-04-30 |
Family
ID=8859350
Family Applications (1)
Application Number | Title | Priority Date | Filing Date |
---|---|---|---|
PT02290200T PT1227273E (pt) | 2001-01-29 | 2002-01-29 | Processo e dispositivo de estanqueidade entre um elemento fixo e um elemento móvel linearmente em relação a este |
Country Status (8)
Country | Link |
---|---|
EP (1) | EP1227273B1 (pt) |
AT (1) | ATE356309T1 (pt) |
CY (1) | CY1106630T1 (pt) |
DE (1) | DE60218551T2 (pt) |
DK (1) | DK1227273T3 (pt) |
ES (1) | ES2278883T3 (pt) |
FR (1) | FR2820183B1 (pt) |
PT (1) | PT1227273E (pt) |
Family Cites Families (3)
Publication number | Priority date | Publication date | Assignee | Title |
---|---|---|---|---|
US3243004A (en) * | 1962-05-02 | 1966-03-29 | Gen Motors Corp | Diaphragm construction for air cushion device |
DE1247145B (de) * | 1963-10-08 | 1967-08-10 | Hovercraft Dev Ltd | Gaskissenfahrzeug mit einer flexiblen Gaskissenbegrenzungsschuerze |
US3822792A (en) * | 1972-11-28 | 1974-07-09 | Us Air Force | Air flotation cargo handling system |
-
2001
- 2001-01-29 FR FR0101169A patent/FR2820183B1/fr not_active Expired - Fee Related
-
2002
- 2002-01-29 EP EP02290200A patent/EP1227273B1/fr not_active Expired - Lifetime
- 2002-01-29 DK DK02290200T patent/DK1227273T3/da active
- 2002-01-29 ES ES02290200T patent/ES2278883T3/es not_active Expired - Lifetime
- 2002-01-29 AT AT02290200T patent/ATE356309T1/de active
- 2002-01-29 DE DE60218551T patent/DE60218551T2/de not_active Expired - Lifetime
- 2002-01-29 PT PT02290200T patent/PT1227273E/pt unknown
-
2007
- 2007-05-29 CY CY20071100723T patent/CY1106630T1/el unknown
Also Published As
Publication number | Publication date |
---|---|
ATE356309T1 (de) | 2007-03-15 |
DE60218551D1 (de) | 2007-04-19 |
FR2820183A1 (fr) | 2002-08-02 |
ES2278883T3 (es) | 2007-08-16 |
EP1227273B1 (fr) | 2007-03-07 |
EP1227273A1 (fr) | 2002-07-31 |
CY1106630T1 (el) | 2012-01-25 |
DK1227273T3 (da) | 2007-05-29 |
DE60218551T2 (de) | 2007-11-22 |
FR2820183B1 (fr) | 2003-10-03 |
Similar Documents
Publication | Publication Date | Title |
---|---|---|
ES2411384T3 (es) | Montaje de válvula que tiene un asiento de válvula reforzado | |
ES2444865T3 (es) | Conjunto de junta de estanqueidad giratoria compuesta | |
KR100250864B1 (ko) | 체크밸브 | |
CA2808523A1 (en) | Resilient seat seal for a valve | |
ES2302854T3 (es) | Valvula de control de diafragma rodante. | |
US3792720A (en) | Diaphragm valve | |
US3613518A (en) | Diaphragm actuator | |
US11435021B2 (en) | In-pipe moving device | |
PT1227273E (pt) | Processo e dispositivo de estanqueidade entre um elemento fixo e um elemento móvel linearmente em relação a este | |
US6880815B2 (en) | Apparatus for aerating water | |
BR102017024217A2 (pt) | Conjunto de vedação para um membro rotativo | |
KR101573120B1 (ko) | 배관 내부 검사용 이동로봇 | |
ES2321006T3 (es) | Resorte neumatico, en particular para un vehiculo de motor. | |
KR20050093846A (ko) | 얇은-벽 유체 도관용 안티-버클링 장치 | |
KR101842885B1 (ko) | 안전 브레이크어웨이 커플링 | |
ES2203767T3 (es) | Junta de estanqueidad de metal especialmente para un dispositivo de griferia. | |
ES2781321T3 (es) | Dispositivo de válvula para un sistema de fluido médico | |
CN111503199A (zh) | 弹性轴承 | |
US20190234775A1 (en) | Fluid sensing device | |
CN214741726U (zh) | 一种运载火箭发动机摇摆管路系统及游机摇摆机构 | |
US11407490B2 (en) | Aircraft structural component with aircraft skeleton component and fluid conduit component | |
JP2015132373A (ja) | 可撓性管継手およびそれを用いた継手構造 | |
US4851066A (en) | Snap-secured bladder for air-distribution terminal | |
BRPI0411376B1 (pt) | processo de fabricação contínua de um invólucro de tecido revestido | |
EP0312702A2 (en) | Conically shaped corrugated seal |