PT1143970E - Compostos de piridina, sua utilização e preparação - Google Patents
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Description
ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
DESCRIÇÃO "Compostos de piridina, sua utilização e preparação"
Campo Técnico A presente divulgação refere-se a determinados novos compostos de piridina, em particular a novos derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina (também aqui referida como DM pen) . Os derivados acilo, por sua vez, exibem actividade anticancerosa, e são o objecto do Pedido de Patente norte-americano N.S. 60/116,675 apresentado em 21 de Janeiro, 1999, e intitulado "Acyl Derivatives of 4-Demethylpenclomedine, Use and Preparation Thereof". Determinados compostos de piridina da presente divulgação exibem também actividade anticancerosa. Deste modo, a presente divulgação também se refere a composições farmacêuticas compreendendo esses compostos de piridina particulares, assim como à sua utilização no tratamento de cancro num mamifero. A presente invenção também se refere a um método para a produção dos compostos da presente invenção e a um método para a produção dos derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina a partir dos compostos de piridina da presente divulgação.
Anterioridade da Invenção
Apesar de avanços significativos terem ocorrido no tratamento do cancro, este permanece ainda uma grande preocupação na área da saúde. Foi relatado que o cancro é a causa de morte de até um em quatro americanos.
Estão incluídos entre os fármacos quimioterapêuticos conhecidos a carmustina, a doxorrubicina, o metotrexato, o TAXOL®, a mostarda de azoto, a procarbazina e a vinblastina, para enumerar apenas alguns. Contudo, muitos fármacos quimioterapêuticos também produzem efeitos secundários indesejáveis no paciente. Por exemplo, a Patente U.S. 4,717,726 divulga alegadamente um composto adequado para inibir o crescimento de determinados tipos de neoplasmas malignos em mamíferos. Veja-se também Plowman et ai., Câncer Res., 49 (1989), 1909-1915. O composto divulgado, 3,5-dicloro-2,4-dimetoxi-6-(triclorometil)piridina, também conhecido como 2 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ penclomedina, não é contudo satisfatório como quimioterapêutico porque se sabe que produz certos efeitos secundários indesejáveis especialmente no sistema nervoso central.
Por exemplo, foram relatadas toxicidades neurológicas e hematológicas de penclomedina em estudos pré-clinicos e clínicos iniciais. Foi observada em ratos neurotoxicidade relacionada com a dose, consistindo em tremores musculares, descoordenação, convulsões e actividade reduzida. A neurotoxicidade parece estar relacionada com as concentrações plasmáticas de pico do fármaco, uma vez que se desenvolveu durante ou imediatamente após a infusão e podia ser melhorada diminuindo a taxa de administração do fármaco. Em cães, emese grave e ataques estavam associados com níveis plasmáticos de penclomedina superiores a 30 μΜ. Neurotoxicidade, consistindo em dismetria, ataxia e vertigens, foi também a principal toxicidade limitante da dose de penclomedina administrada na forma de uma hora de infusão durante 5 dias consecutivos em pacientes com tumores sólidos avançados. A presença destas toxicidades, em concentrações plasmáticas de pico muito inferiores em comparação com as relatadas em estudos pré-clínicos, pode impedir a administração de maiores doses de penclomedina e de atingir concentrações associadas com actividade antitumoral óptima. Berlin et al., Proc. Amer. Assoe. Câncer Res., 36, 238 (1005); 0'Reilly et al., Proc. Amer. Soc. Clin. Oncol., 14, 471 (1995).
Alguma anterioridade relevante pode ser encontrada em 0'Reilley et al., Clinicai Câncer Research, 2 (March 1996), 541-548. Esta referência descreve um estudo para avaliar a distribuição de 14C-penclomedina nos tecidos e tumores de ratos portadores de tumores. O estudo verificou que a espécie radioactiva predominante no cérebro era a penclomedina, o que pode explicar a neurotoxicidade observada do fármaco.
Mais recentemente, sugeriu-se a 3,5-dicloro-2-metoxi-4-hidroxi-6-(triclorometil)piridina ou 4-desmetilpenclomedina como um composto para o tratamento do cancro. Veja-se WO 97/46531 de Hartman et al. 3 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Apesar dos avanços que se têm feito no tratamento do cancro, há ainda lugar para fármacos melhorados que sejam eficazes no tratamento do cancro, enquanto ao mesmo tempo exibindo reduzidos efeitos secundários adversos.
Sumário da invenção A presente divulgação refere-se a novos compostos de piridina, que encontram especial utilidade como precursores para a produção de determinados derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina que, por sua vez, possuem actividade anticancerosa como será aqui discutido adiante.
Os compostos da presente invenção são definidos na reivindicação 1. A presente invenção também se refere a um método de produção dos compostos da invenção como definido na reivindicação 8. A presente invenção também se refere a composições farmacêuticas como definido na reivindicação 4 e a um composto para utilização como medicamento como definido nas reivindicações 5.
Ainda outros objectos e vantagens da presente invenção serão prontamente evidentes aos peritos na especialidade a partir da descrição detalhada que se segue, em que se mostram e descrevem apenas as concretizações preferidas da invenção, simplesmente a titulo de ilustração do melhor modo contemplado de realização da invenção.
Deste modo, a descrição deve ser considerada de natureza ilustrativa e não restritiva.
Melhor e vários Modos de Realização da Invenção A presente descrição refere-se a compostos de piridina representados pelas seguintes fórmulas: 3 4 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ ORi Cl
X
RiO
e 0R2 clvVcl
II r2o·
3 em que cada Ri é independentemente um grupo alquilo desde que pelo menos um Ri seja um grupo alquilo contendo pelo menos dois átomos de carbono; e cada R2 é independentemente H, um grupo acilo ou alquilo possuindo pelo menos dois átomos de carbono ou R2 pode ser metilo na posição 4 desde que R2 seja acilo na posição 6. 0 grupo alquilo tipicamente contém 1 a 22 átomos de carbono e preferivelmente 2 a 22 átomos de carbono.
Os grupos acilo R2 podem ser de cadeia linear ou ramificada, podem ser não substituídos ou substituídos tal como com halogéneo tal como Cl, Br e I, e/ou incluem anéis de 5 e 6 membros. A porção de anel pode ser um carbociclo ou um heterociclo incluindo um heteroátomo tal como 0, S ou N. Tipicamente, o grupo acilo contém 1-12 átomos de carbono. A presente descrição também se refere a compostos representados pela fórmula R4
IV em que um de R3 ou R< é Cl e o outro de R3 ou R4 é 0-alquilo. 0 grupo alquilo tipicamente contém 1 a 22 átomos de carbono. Preferivelmente R3 é 0-alquilo e Rt é Cl. 5 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Os compostos de fórmula IV podem ser produzidos fazendo reagir 3,4,5,6-tetracloro-2-(triclorometil)piridina com um álcool na presença de uma base e separando o referido composto da mistura reaccional. Uma base típica é NaOH. Este processo é preferivelmente realizado sob refluxo sendo um álcool típico o metanol.
Embora muitos dos compostos precursores anteriores não exibam nenhuma actividade anticancerosa apreciável, observou-se que pelo menos alguns dos compostos precursores apresentam actividade anticancerosa activa. Estes compostos têm a estrutura em que pelo menos o grupo Ri localizado na posição 4 é etilo e incluem 3,5-dicloro-4,6-dietoxi-2-(triclorometil)piridina e 3,5-dicloro-4-etoxi-6-metoxi-2-(triclorometil)piridina. Portanto, os compostos em que pelo menos o grupo Ri na posição 4 é etilo ou seus sais farmaceuticamente aceitáveis, podem ser utilizados no tratamento do cancro num mamífero. Contudo, estes compostos não são tão activos como os derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina de acordo com o pedido de Patente U.S. co-pendente N.S. 60/116,675 apresentado em 21 de Janeiro, 1999, e intitulado "Acyl Derivative of 4-Demethylpenchlomedine, Use and Preparation Thereof", e também exibem maior toxicidade em comparação com estes derivados acilo de DM-PEN.
Estes novos compostos derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina são representados pela fórmula: OAcilo
III e seus sais farmaceuticamente aceitáveis.
Os grupos acilo podem ser de cadeia linear ou ramificada, podem ser não substituídos ou substituídos tal como com halogéneo tal como Cl, Br e I, e/ou incluem anéis de 5 e 6 membros. A porção de anel pode ser um carbociclo ou um heterociclo incluindo um heteroátomo tal como O, S ou N. O grupo acilo contém 1-12 átomos de carbono. ΕΡ 1 143 970/ΡΤ São exemplos destes grupos acilo adequados os seguintes, cada um tendo sido avaliado quanto a actividade de acordo com a presente invenção, e cada um tendo sido caracterizado por espectroscopia de massa:
O I! ACYL = CCH3 acetilo (A) (M+H)+ = 352(5CI) ACYL = CCHjOCHj metoxiacetilo (MA) (M+H)* = 382(50) ACYL = C—iÇ5 2-furoílo (F) (M+Hf = 404(50)
2,4,6-triclorobenzoílo (TCB) (M+H)+ = 516(80) NOj ACYL = C— benzoílo (B) (M+H)+ = 414 (50) 0
II ACYL = C-C(CH3)3 pivaloílo (P) (M+Hf = 394(50) ACYL = OCHzJeCHj octanoílo (O) (M+H)+ = 436 (50) 0
II ACYL = c— —a ACYL = C-JZjl^ cr 5-nitro-2-furoílo (NF) (M+H)+ = 449(50) ff. jri
ACYL = CCHj-^ J
V 2-tiofenacetilo (TA) (M+H)+ = 434(50) 0II ACYL = CCHjCH2COOCH3 2-carbometoxipropionilo (CMP) (M+H)+ = 424 (50) o ACYL = C- 2-tiofenocarbonilo (TC) (M+Hf = 420(50)
UJ ACYL = CCHjCI cloroacetilo (CA) (M+H)+= 386(60) ACYL = C—^y-CHjCI p-clorometilbenzoílo (CMB) (M+H)* = 462(6CI) 0II ACYL = CCHClj dicloroacetilo (DCA) (M+H)+ = 420(70) ACYL = CCH2Br bromoacetilo (BA) (M+H)+ = 430 (50,1Br) ACYL = CCHj OCCH3 acetoxiacetilo (AA) (M+Hf = 410(5CI)
ACYL p-nitrobenzoílo (NB) (M+H)+ = 459(50)
ACYL ACYL = CCHjl iodoacetilo (IA) (M+H)+ = 478(50) ACYL = CCH = CH2 acriloílo (AC) (M+H)+ = 364(50) K>
Isonicotinoílo (IN) (M+H)+ = 415(50)
Os exemplos de sais de adição de ácido farmaceuticamente aceitáveis incluem os que são derivados de ácidos inorgânicos, 7 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ tais como os ácidos clorídrico, bromídrico, fosfórico, metafosfórico, nítrico e sulfúrico, e ácidos orgânicos, tais como os ácidos tartárico, acético, cítrico, málico, láctico, fumárico, benzóico, glicólico, glucónico, succínico e arilsulfónico, por exemplo ácido p-toluenossulfónico.
Verificou-se que os compostos acilo de fórmula III são surpreendente e vantajosamente úteis no tratamento do cancro de mamíferos, especialmente cancro humano. Verificou-se que estes compostos exibem actividade geralmente superior em comparação com 4-desmetilpenclomedina e penclomedina. Adicionalmente, crê-se que possuem reduzida toxicidade em comparação tanto com a desmetilpenclomedina como com a penclomedina (PEN).
Nota-se ainda, como será discutido adiante, que os compostos acilo de fórmula III não são considerados como sendo formas de pro-fármaco de DM-PEN. Tanto a penclomedina (PEN) como a dm-pen são inactivos como agentes citotóxicos in vitro mas têm que ser metabolizados para produzir citotoxicidade, como demonstrado pela sua actividade anticancerosa in vivo, o que indica que a DM-PEN, assim como a PEN, é um pro-fármaco do metabolito final activado. 0 mecanismo proposto através do qual a PEN e a DM-PEN exibem citotoxicidade in vivo, é apresentado no Esquema 1 e indica que a PEN e a DM-PEN estão na mesma via de activação metabólica, que inclui um radical livre não acilado, activado para reticulação de ADN. Em contraste, crê-se (Esquema 2) que os derivados acilo (DM-ACYL-PEN) são convertidos por via do fígado num radical livre acilado (e não num radical livre não acilado) e, como tal, não são totalmente activados para reticulação do ADN mas permanecem numa forma de pro-fármaco à medida que saem do fígado e entram na circulação. 0 radical livre acilado parcialmente activado é transportado para as células através da circulação e forma um aducto com o ADN nuclear. Subsequentemente, o aducto é desacilado por esterases celulares genéricas particularmente na célula tumoral, o que permite a completa activação in situ, e possivelmente reduzida toxicidade generalizada para o hospedeiro em comparação com a PEN e a DM-PEN, ambas completamente activadas no fígado para aducção do ADN e reticulação antes de serem transportadas através da circulação para células tumorais e não tumorais. A 8 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ desacilação gera uma porção 4-hidroxi no núcleo de piridina, que depois tautomeriza por via do mecanismo ceto-enólico para produzir uma porção alfa-haloceto nas posições 4,5 em que a função 5-cloro é activada para deslocamento por uma porção nucleófila no ADN para completar uma reticulação de ADN, como mostrado no Esquema 2. Este mecanismo é adicionalmente suportado pela actividade genericamente superior dos derivados acilo em comparação com a DM-PEN vs. xenoenxerto de tumor mamário MX-1 humano implantado tanto subcutaneamente (s.c.) como intracerebralmente (i.c.), xenoenxerto de tumor do SNC U251 humano implantado s.c., e nas linhas de leucemia P388 progenitora, e particularmente, resistentes a ciclofosfamida (CPA), como mostrado nas Tabelas 1-4 adiante. 9 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Esquema 1 MECANISMO PROPOSTO DE ACÇAO DE PEN E 4-DESMETILPENCLOMEDINA (DM-PEN)
reticulação intercadeia de ADN -HCl 0 10 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Esquema 2
MECANISMO PROPOSTO DE ACÇÃO DE 4-DESMETIL-4-ACILPENCLOMEDINA (DM-ACYL-PEN)
Os derivados acilo de DM-PEN podem ser sintetizados pela seguinte via que emprega os compostos de piridina da presente descrição. 11 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
DM-A-PEN
Como acima ilustrado, os derivados acilo de DM-PEN podem ser produzidos por reacção de 3,4,5,6-tetracloro-2-(triclorometil)piridina com um álcool na presença de uma base para produzir a correspondente 3,5-dicloro-4,6-dialcoxi-2-(triclorometil)piridina (í.e. composto de fórmula I), que por sua vez é feita reagir com um agente desalquilante tal como cloreto de alumínio anidro para produzir didesmetilpenclomedina. (Composto de fórmula II em que cada R2 é H.) E evidente que podem ser utilizados outros agentes desalquilantes, se desejado. A didesmetilpenclomedina é então feita reagir com um agente acilante para formar os correspondentes derivados acilo de desmetilpenclomedina (i.e. composto de fórmula II em que pelo menos um R2 é acilo), que é então feito reagir com um agente alquilante tal como (trimetilsilil)diazometano para produzir os derivados acilo de DM-PEN.
Entenda-se que podem ser utilizados outros agentes acilantes e agentes alquilantes. Adicionalmente, vários parâmetros reaccionais como a temperatura, as quantidades relativas e a pressão podem ser seleccionados pelos peritos na 12 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ especialidade depois de estarem ao corrente da presente divulgação.
Em adição, os compostos de fórmula I acima divulgados podem ser produzidos por reacção de um composto com a fórmula R4
em que um de R3 e R4 é Cl e o outro de R3 e R4 é O-alquilo, com um álcool, na presença de uma base.
Uma base tipica é NaOH, e a reacção é tipicamente realizada sob refluxo.
Adicionalmente, os compostos de fórmula I acima divulgados podem ser produzidos por reacção de um composto com a fórmula OH 1 ORi Cl. Λ .Cl ClN Λ / OU tôc RiO^ NCC13 HO'" ^Krd:cl3 em que R4 é um grupo alquilo possuindo pelo menos dois átomos de carbono, com um agente alquilante tal como (trimetilsilil)diazometano.
Ri possui tipicamente 2-22 átomos de carbono.
Os compostos de fórmula II acima divulgados em que R2 na posição 4 é H e R2 na posição 6 é um grupo alquilo, podem também ser preparados por reacção de um composto representado pela fórmula
em que cada Ri é independentemente um grupo alquilo com R4 na posição 4 possuindo pelo menos dois átomos de carbono, com um 13 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ agente desalquilante para desalquilar selectivamente o referido composto na posição 4.
Um agente desalquilante típico é o dimetilsulfóxido. A reacção é tipicamente realizada a temperaturas elevadas tais como cerca de 140 a cerca de 160°C, sendo um exemplo cerca de 150°C. O grupo alquilo na posição 4 tipicamente contém 2-22 átomos de carbono, e preferivelmente 2-6 átomos de carbono, dos quais são exemplos o etilo e o n-butilo. O grupo alquilo é preferivelmente de cadeia linear. Por exemplo, sob as condições empregues no Exemplo 3 adiante, utilizando isopropilo, não se alcançou o resultado pretendido. O processo acima é adequado para a produção de 4-desmetilpenclomedina que, por sua vez, pode ser utilizada para produzir os derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina acima divulgados.
Os novos precursores para a produção dos derivados acilo da presente invenção são representados pelas seguintes fórmulas: ORi
Cl
Cl.
I
RiO"
'N CC1 3 e or2 cl. X Cl
II r2o'·' 'arreei 3 em que cada Ri é independentemente um grupo alquilo desde que pelo menos um Ri seja um grupo alquilo contendo pelo menos dois átomos de carbono; e 14 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ cada R-2 é independentemente H, acilo ou alquilo possuindo pelo menos dois átomos de carbono ou R2 pode ser metilo na posição 4 desde que R2 seja acilo na posição 6. 0 grupo alquilo tipicamente contém 1 a 22 átomos de carbono e preferivelmente 2 a 22 átomos de carbono.
Os grupos acilo R2 podem ser de cadeia linear ou ramificada, podem ser não substituídos ou substituídos tal como com halogéneo tal como Cl, Br e I, e/ou incluem anéis de 5 e 6 membros. A porção de anel pode ser um carbociclo ou um heterociclo incluindo um heteroátomo tal como 0, S ou N. Tipicamente, o grupo acilo contém 1-12 átomos de carbono.
Embora muitos dos compostos precursores anteriores não exibam qualquer actividade anticancerosa apreciável, observou-se que pelo menos alguns dos compostos precursores apresentam actividade anticancerosa activa. Estes compostos possuem a estrutura em que pelo menos o grupo Ri localizado na posição 4 é etilo e incluem 3,5-dicloro-4,6-dietoxi-2-(triclorometil)piridina e 3,5-dicloro-4-etoxi-6-metoxi-2-(triclorometil)piridina. Portanto, os compostos em que pelo menos o grupo Ri na posição 4 é etilo ou seus sais farmaceuticamente aceitáveis, podem ser utilizados no tratamento do cancro num mamífero. Contudo, estes compostos precursores não são tão activos como os compostos acilo da presente invenção e também exibem maior toxicidade em comparação com os compostos acilo da presente invenção.
Os exemplos não limitantes que se seguem são apresentados para adicionalmente ilustrar a presente divulgação.
Exemplo 1 0 procedimento é o seguinte: 3,4,5,6-tetracloro-2-(triclorometil)piridina (4,00 g; 11,96 mm), hidróxido de sódio (1,92 g; 48 mm) e etanol anidro (60 ml) são mantidos em refluxo durante 1-1/2 h. A mistura reaccional é concentrada até à secura, e o resíduo é extractado duas vezes com cloreto de metileno (2 x 60 ml) . O extracto é lavado com água e a camada orgânica, após secagem sobre MgSCg, é filtrado e concentrado até à secura. 0 produto bruto resultante é purificado por cromatografia em coluna em sílica-gel (230- 15 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ 400 mesh) e eluído com hexanos. As fracções são recolhidas e analisadas por TLC, e as que contêm o produto são combinadas e evaporadas. O residuo é seco sobre P2O5 in vacuo: rendimento: 3,18 g (75%); sólido branco; p.f. 27-28°C, 3,5-dicloro-4,6- dietoxi-2-(triclorometil)piridina. Este produto (1 g) é dissolvido em 20 ml de cloreto de metileno anidro. A esta solução adiciona-se cloreto de alumínio anidro (1,0 g), e a mistura reaccional é agitada durante 1 h à temperatura ambiente. Evapora-se a mistura reaccional até à secura in vacuo, e purifica-se o produto bruto por cromatografia em coluna em sílica-gel (230-400 mesh) com eluição com clorofórmiormetanol 5:1. As fracções são recolhidas e analisadas por TLC, e as que contêm o produto são combinadas e evaporadas. O resíduo é seco in vacuo sobre P2O5: rendimento: 818 mg (97%), didesmetilpenclomedina. Este produto (100 mg) é dissolvido em 2 ml de piridina anidra. A esta solução adiciona-se gota a gota anidrido acético (0,03 ml). Agita-se a mistura reaccional durante 6 h à temperatura ambiente e concentra-se até à secura in vacuo. O produto bruto é purificado por cromatografia em coluna em sílica-gel (230— 400 mesh) por eluição com clorofórmio-metanol 95:5. As fracções desejadas são combinadas com base numa análise cromatográfica em camada fina, concentradas até à secura e secas in vacuo sobre P2O5. Rendimento: 8 mg (7%); análise FABMS, m/z 338 (5 Cl), 4-desmetil-4-acetil-6- desmetilpenclomedina. Este produto (8 mg) é dissolvido em 1 ml de metanol e tratado com excesso de diazometano ou (trimetilsilil)diazometano. Após 30 min à temperatura ambiente, analisou-se a solução por TLC, o que indicou uma conversão quantitativa em DM-A-PEN, e evaporou-se até à secura in vacuo, obtendo-se a estrutura alvo.
Exemplo 2
Como mostrado no esquema reaccional adiante, o análogo de etilo de DM-PEN, DM-E-PEN, é preparado a partir de 3,5-dicloro-4,6-dietoxi-2-(triclorometil)piridina através de um procedimento idêntico ao utilizado para a DM-PEN, e a sua estrutura é confirmada por análise espectral de massa e a sua pureza por análise TLC. Trata-se a DM-E-PEN em acetona com excesso de (trimetilsilil)diazometano e agita-se 45 min à temperatura ambiente. A evaporação origina um resíduo que é purificado por cromatografia em coluna de sílica-gel, 16
ΕΡ 1 143 970/PT originando a 6-desmetil-6-etil-PEN (6-DM-6-E-PEN) cuja estrutura é confirmada por FABMS.
DM-E-PEN 6-DM-6-E-FEN
Preparam-se as estruturas seguintes a partir de 3,4,5,6-tetracloro-2-(triclorometil)piridina por reacção com hidróxido de sódio em metanol em refluxo. A evaporação, extracção do residuo com diclorometano, lavagem do extracto com água, secagem sobre sulfato de magnésio e evaporação originam um residuo que é separado por cromatografia em coluna de silica-gel em hexano. A análise TLC de fracções da coluna, a combinação de fracções apropriadas e a evaporação originam dois produtos, 6-desmetoxi-6-cloro-PEN (6-DMO-6-C-PEN) e 4-desmetoxi-4-cloro-PEN (4-DMO-4-C-PEN) numa razão de 9:1. As estruturas são confirmadas por 1H-RMN e análise FABMS e estão aqui apresentadas:
OCH3 Cl c1yVc1 Cl Va C1'^VnN;?Í^>'CC13 CH30'^s IT^CCl 6-DMO-6-C-PEN 4-DMO -4-C-PEN A 4-DMO-4-C-PEN é convertida em 4-DM-4-E-PEN por refluxo numa solução de hidróxido de sódio em etanol, sendo a purificação realizada por cromatografia em coluna de silica-gel em hexano e subsequente caracterização por 1H-RMN e análise FABMS:
Cl QCH2CH3
Cl
C1 CH3CH2OH Cl. NaOH
Cl CH30- tr^CCl; CH30"" ^r^ccis
4-DMO-4-C-PEN 4-DM-4-E-PEN 17 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Exemplo 3
Preparação de 4-Desmetilpenclomedina
OC2H5 OH I Cl. . /Cl cl\A/ci )¾ *0,430 tíst ch30" ch3o/^n/ n:ci3 I II 4- -DM-4-E-PEN 4-DM-PEN 0 composto I (4-DM-4-E-PEN 510 mg, 1,5 mmol) é dissolvido em DMSO anidro (3 ml) e aquecido a cerca de 150°C durante cerca de 1 h. A solução é liofilizada e o produto bruto é purificado por cromatografia em coluna. A coluna é empacotada com silica-gel (230-400 mesh) e eluida com clorofórmio-metanol 9:1. As porções desejadas são recolhidas, concentradas e secas in vacuo sobre P2O5.
Rendimento: F1 252 mg (material de partida) F2 166 mg (produto pretendido) (35,5%)
Exemplo 4
Procedimento para a Preparação de Didesmetildiacetil-PEN (DDM-DA-PEN) a partir de Didesmetil-PEN (DDM-PEN)
Dissolvem-se cerca de 950 mg de didesmetilpenclomedina (DDM-PEN) preparada a partir de didesmetildietil-PEN da maneira descrita acima no Exemplo 1, em 2 ml de anidrido acético e 2 gotas de piridina e aquece-se durante cerca de 10 min numa regulação baixa numa placa de aquecimento e deixa-se repousar durante cerca de 30 min à temperatura ambiente. Remove-se o excesso de anidrido acético por evaporação in vacuo, e cristaliza-se o residuo em hexano, obtendo-se cerca de 600 mg de DDM-DA-PEN na forma de cristais brancos. 18 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ 18 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ ΟΗ
DDM-PEN Ο II 0-C-CH3 C1·
ch3—C-0
II ο
DDM-DA-PEN
Exemplo 5
Procedimento para a Preparação de DM-A-PEN a partir de Didesmetildiacetil-PEN (DDM-DA-PEN)
Agita-se a DDM-DA-PEN preparada de acordo com o procedimento do Exemplo 4 (20 mg), em 2 ml de uma solução de 0,1 ml de ácido clorídrico concentrado em 10 ml de metanol, durante cerca de 2 horas à temperatura ambiente, e evapora-se até à secura in vácuo. Trata-se o residuo com excesso de (trimetilsilil)diazometano, e deixa-se a solução repousar à temperatura ambiente durante 2 horas e evapora-se in vacuo. Separa-se o resíduo por cromatografia em camada fina (TLC) preparativa numa placa de silica-gel analítica de 4" em hexano:diclorometano (1:1). A banda principal no UV-visível (Rf 0,9) é eluida com acetona, e a evaporação origina 9 mg de um produto que é idêntico à DM-A-PEN autêntica após co-TLC em hexano-diclorometano (1:1). O rendimento é de 49%.
Cl
DDM-DA-PEN CH3—c—O in uch II 0 O-C-CH3 O II Cl
.Cl OH n CCb não isolado 0 II O-C-CH; sL X\
Cl
CH3O N CC13 DM-A-PEN 19 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Actividade Antitumoral
Os resultados de actividade antitumoral dos derivados acilo de DM-PEN vs xenoenxerto de tumor mamário humano MX-1 implantado s.c. ou i.c. com tratamento intraperitoneal (i.p.) ou oral com o fármaco estão apresentados na Tabela 1 adiante. Para determinados derivados lipófilos, tais como DM-B-PEN, o derivado benzoílo, é evidente dos resultados que a absorção oral foi fraca, obtendo-se baixa actividade antitumoral, enquanto se observou elevada actividade após administração i.p.
Outros derivados, tais como DM-MA-PEN (metoxiacetilo), DM-O-PEN (octanoilo), DM-F-PEN (2-furoílo) e DM-TC-PEN (2-tiofenocarbonilo) demonstraram actividade significativa contra tumor implantado i.c. em comparação com PEN e DM-PEN, como mostrado na Tabela 2, sendo observadas curas para dois dos derivados acilados mas não para PEN ou DM-PEN.
Um derivado, DM-A-PEN (acetilo), foi avaliado contra outros xenoenxertos de tumor humano implantados s.c., como mostrado na Tabela 3, sendo observada actividade moderada a modesta contra tumor do SNC humano U251, tumores mamários humanos ZR-75-1 e MCF7, tumor renal humano CAKI-1, tumor pulmonar de células pequenas NCI-H82 e tumor do cólon humano HT29. A actividade de DM-A-PEN foi comparada com a actividade de PEN e DM-PEN contra leucemia murina P388 (P388/0) e três linhas resistentes (P388/L-PAM, P388/CPA e P388/BCNU; melfalano, ciclofosfamida e carmustina, resp.), como mostrado na Tabela 4. 20 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Tabela 1
Sumário da Actividade Antitumoral In Vivo de DM-ACYL-PEN Contra Tumor Mamário Humano MX-1 DM-ACYL-PEN Local do Tumor3 Dosagem IP Óptima (< LD10) (mg/kg/dose) Programa % de AEV Mediana (apenas ratinhos que morreram) T-Cb (dias) Sobrev. sem Tumor/ Total DM-A-PEN sc MX-1 90 Dias 12-16 -c >41,0 5/5 U sc MX-1 60 Dias 14-18 - >38,3 4/5 U sc MX-1 13 5de Dias 13-17 - >38,5 5/5 60 (LD20) Dias 15-19 - >37, 2 3/5 1! ic MX-1 60 Dias 1-5 + 60 - 13 5de Dias 1-5 + 88 - DM-B-PEN SC 135de Dias 13-17 - -1,4 0/5 H sc 135 Dias 11-15 - >42,7 5/5 H ic 135 Dias 1-5 + 84 - 0/5 n ic 135d Dias 1-5 + 12 - 0/5 DM-P-PEN sc 135de Dias 13-17 - 0, 9 0/5 I» sc 135e Dias 11-15 - >42,7 5/5 I» ic 135 Dias 1-5 + 64 - 0/5 I» ic 135d Dias 1-5 + 20 - 0/5 DM-CMP-PEN sc 13 5de Dias 13-17 - >38,5 2/5 1» sc 135 Dias 11-15 - >42,7 3/5 1» ic 90d Dias 1-5 + 76 - 1/5 u ic 90 Dias 1-5 + 87 - 1/5 DM-CA-PEN sc 60 Dias 12-16 - >41,0 3/5 13 5de Dias 12-16 - >41,0 5/5 U ic 13 5de Dias 1-5 + 84 - 2/5 DM-BA-PEN sc 135 Dias 12-16 - >41,0 2/5 DM-IA-PEN sc 60 (LD40) Dias 12-16 - 20,3 1/5 DM-MA-PEN sc 135de Dias 12-16 - >41,0 5/5 H ic 90d Dias 1-5 + 110 - 1/5 H ic 90 Dias 1-5 + 126 - 1/5 DM-O-PEN ic 90 Dias 1-5 + 121 - 0/5 DM-TCB-PEN ic 135 Dias 1-5 + 92 - 1/5 DM-CMB-PEN ic 90 Dias 1-5 + 73 - 0/5 DM-AA-PEN ic 135d,e Dias 1-5 + 115 - 2/5 I» ic 135e Dias 1-5 + 67 - 0/5 DM-F-PEN sc 90 Dias 12-16 - >41,2 5/5 I» ic 135 Dias 1-5 + 108 - 2/5 21 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ DM-NF-PEN SC 90 Dias 12-16 - >41,2 4/5 H ic 135 Dias 1-5 + 59 - 0/5 DM-AC-PEN SC 60 Dias 12-16 - 30,0 1/5 H ic 60 Dias 1-5 + 55 - 0/5 DM-TA-PEN SC 90 Dias 12-16 - >41,2 3/5 H ic 90 Dias 1-5 + 75 - 0/5 DM-TC-PEN SC 90 Dias 12-16 - >41,2 4/5 H ic 135 Dias 1-5 + 100 - 0/5 DM-DCA-PEN SC 135e Dias 12-16 — >38,6 2/5 DM-IN-PEN SC 90 (LD20) Dias 12-16 - >38,6 3/5 DM-NB-PEN SC 135e Dias 12-16 - >38,6 5/5 a Ratinhos atímicos (Ncr-nu) foram implantados com tumor mamário MX-1 humano (quer ic com 106 células quer sc com 30-40 mg de fragmentos). b A diferença na mediana dos tempos após o tratamento para tumores dos grupos tratados (T) dobrarem duas vezes em massa comparativamente com a mediana do grupo de controlo (C). c Os valores de % de AEV não têm significado pois os ratinhos foram sacrificados quando os seus tumores atingiram 4 g. d Tratamento Oral (por gavagem). e Maior dosagem testada. CMB = p-clorometilbenzoilo AA = acetoxiacetilo F = 2-furoílo NF = 5-nitro-2-furoilo AC = acriloilo TA = tiofenacetilo TC = tiofenocarbonilo DCA = dicloroacetilo IN = isonicotinoilo NB = p-nitrobenzoilo A = acetilo B = benzoilo P = pivaloilo CMP = 2-carbometoxipropionilo CA = cloroacerilo BA = bromoacetilo LA = iodoacerilo MA = metoxiacetilo O = octanoilo TCB = 2,4,6-triclorobenzoilo 22 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Tabela 2
Actividade Comparativa de PEN, DM-PEN e DM-ACYL-PEN Contra Tumor Mamário MX-1 Humano Implantado I.C. nas Doses Óptimas (LD10 ou Menos) e Programa (QDl-5) Administrado I.P. PEN DM-PEN DM-ACYL-PEN % de AEV Mediana® Sobreviventes % de AEV Mediana® Sobreviventes % de AEV Mediana® Sobreviventes 88 0/5 60 0/5 126a 1/5 121b 0/5 108c 2/5 100d 0/5 3 DM-MA-PEN b DM-O-PEN c DM-F-PEN d DM-TC-PEN e baseada apenas em ratinhos que morreram
Tabela 3
Sumário da Actividade Antitumoral In Vivo de DM-ACETYL-PEN
Tumor3 Dosagem IP Óptima (< LD10) (mg/kg/dose) Programa T-Cb (dias) Sobrev sem Tumor/Total sc ZR-75-1 90 Dias 8-12 14,1 0/5 ff 60 Dias 10-14 10, 6 0/5 sc MCF7 60 Dias 14-18 7,1 0/5 sc UISO-BCA-1 90 Dias 16-20 -2,4 0/5 sc HT29 90 Dias 14-18 5,8 0/5 sc NCI-H82 60 Dias 13-17 7,2 0/5 sc NCI-H460 90 Dias 6-10 1 o 0/5 sc U251 90 Dias 19-23 15, 7 0/5 sc SF-295 90 Dias 9-13 0,7 0/5 sc CAKI-1 90 Dias 19-23 00 0/5 sc OVCAR-5 90 Dias 12-16 4,0 0/5 sc SK-MEL-28 90 Dias 8-12 0,7 0/5 Ratinhos atímicos (Ncr-nu) foram implantados ic com 106 células de tumor mamário MX-1 humano ou sc com fragmentos de tumores humanos (MX-1, UISO-BCA-1, MCF7, e ZR-75-1 mamários; HT29 do cólon, NCI-H460 do pulmão de células não pequenas; OVCAR-5 ovariano; CAKI-1 renal; SK-MEL-28 de melanoma; NCI-H82 de pulmão de células pequenas; U251 e SF-295 do SNC). b A diferença na mediana dos tempos após o tratamento para tumores dos grupos tratados (T) dobrarem duas vezes em massa comparativamente com a mediana do grupo de controlo (C). 23 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Tabela 4
AVALIAÇÃO DA ACTIVIDADE ANTITUMORAL DE PENCLOMEDINA, DM-PEN E DM-A-PEN CONTRA LEUCEMIAS P388/0, P388/L-PAM, P388/CPA E P388/BCNU EM RATINHOS CDEFI FÊMEAS
IMPLANTE: IP, l,0E+06 CÉLULAS
P388/0 P388/L-PAM (CARGA TUMORAL NO INÍCIO DE Rx = ca (CARGA TUMORAL NO INÍCIO DE Rx = ca 5,9E+06 CÉLULAS) 6,3E+06 CÉLULAS) TRATAMENTO: IP RESPOSTA TERAPÊUTICA · RESPOSTA TERAPÊUTICA ♦ LOGlO DA LOGlO DA ALTERAÇÃO ALTERAÇÃO LÍQUIDA LÍQUIDA APROX. NA APROX. NA DOSAGEM SOBREV MEDIANA CARGA TUMORAL SOBREV MEDIANA CARGA TUMORAL (MG/KG/ 50 DIAS/ DO DIA % DE NO FINAL DE 50 DIAS/ DO DIA % DE NO FINAL DE AGENTE (DOSE) PROGRAMA TOTAL DA MORTE AEV Rx1 TOTAL DA MORTE AEV Rx1 L-PAM (melfa- 20, 0 Q1D X 1 (1) 5 / 6 34,0 + 209 ca -6,8 0/6 16, 0 + 14 -1,6 lano) (NSC 8806) 15,0 6 / 6 - ~ ~ 0 / 6 16, 0 + 14 -1,6 CPA (ciclofos- 265,0 QlD X 1 (1) 6 / 6 - ~ - famida) (NSC 26271) 175,0 1 / 6 o o O2) +172 ca -68 BCNU (carmu- 30, 0 Q1D X 1 (1) 6 / 6 - ~ ~ stina) (NSC 400962) DO O O 3 / 6 27,0 + 145 ca-6,8 PEN 135,0 QlD X 5(1) 0 / 6 21,0 + 90 -4, 6 0 / 6 13,0 -8 + 1,5 90, 0 0 / 6 18,0 + 45 -0,6 0/6 13, 0 -8 + 1,5 60, 0 0 / 6 14,5 + 31 + 0,4 0/6 14, 0 0 + 1,4 DM-PEN 135,0 QlD X 5 (1) 0 / 6 8,5 -23 TÓXICO 0/6 13, 5 -4 + 1,5 (LD33) 90, 0 0 / 6 19,0 + 72 -3, 1 0/6 13, 0 -8 + 1,5 60, 0 0 / 6 16,0 + 45 co o 0 / 6 13,5 -4 + 1,5 DM-A-PEN 135,0 QID X 5 (1) 0 / 6 28,5 + 159 ca -6,8 0 / 6 19,0 + 35 -0,8 (LD33) (LD17) 90, 0 0 / 6 21,5 +95 -5,0 0 / 6 16,0 + 14 + 1,2 60, 0 0 / 6 19,0 + 72 -3, 1 0/6 16, 0 + 14 + 1,2
ASCITES DE P388/0, P388/L-PAM, P388/CPA E P388/BCNU; FONTES DE TUMOR; PS 18/A/04F3T1, P388/L-PAM 02/A/04F15T3, P388/CPA 05/A/04F6T2 E P388/BCNU 03/A/04F18T1; IMPLANTADAS: 10/30/96; CD2F1 - FÊMEA - CHARLES RIVER, PORTAGE 1 LOG10 DA ALTERAÇÃO = LOG DA ALTERAÇÃO LIQUIDA NA POPULAÇÃO DE CÉLULAS TUMORAIS VIÁVEIS NO FINAL DE Rx EM COMPARAÇÃO COM O INICIO DE Rx; e.g., UMA ALTERAÇÃO LOGARÍTMICA DE -6 SIGNIFICA QUE HOUVE UMA REDUÇÃO DE 99,9999% E UMA ALTERAÇÃO LOGARÍTMICA DE +3 SIGNIFICA QUE HOUVE UM AUMENTO DE 1000 VEZES NA CARGA TUMORAL NO FINAL DE Rx. 2 BASEADO NA MEDIANA DO DIA DA MORTE (APENAS RATINHOS QUE MORRERAM). 24 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Tabela 4 (continuação)
AVALIAÇÃO DA ACTIVIDADE ANTITUMORAL DE PENCLOMEDINA, DM-PEN E DM-A-PEN CONTRA LEUCEMIAS P388/0, P388/L-PAM, P388/CPA E P388/BCNU EM RATINHOS CDEFI FÊMEAS
IMPLANTE: IP, l,0E+06 CÉLULAS P388/CPA P388/BCNU (CARGA TUMORAL NO INÍCIO DE Rx = ca (CARGA TUMORAL NO INÍCIO DE Rx = ca 3,7E + 06 CÉLULAS) 6,3E+06 CÉLULAS) TRATAMENTO: IP RESPOSTA TERAPÊUTICA ♦ RESPOSTA TERAPÊUTICA · LOG10 DA LOGlO DA ALTERAÇÃO ALTERAÇÃO LÍQUIDA LÍQUIDA APROX. NA APROX. NA DOSAGEM SOBREV MEDIANA CARGA TUMORAL SOBREV MEDIANA CARGA TUMORAL (MG/KG/ 50 DIAS/ DO DIA % DE NO FINAL DE 50 DIAS/ DO DIA % DE NO FINAL DE AGENTE (DOSE) PROGRAMA TOTAL DA MORTE AEV Rx** TOTAL DA MORTE AEV Rx** L-PAM 20,0 Q1D X 1 (1) (melfalano) 15,0 (NSC 8606) CPA (ciclofos- 265,0 QlD X 1 (1) 0 / 6 14, 0 + 27 -1, 7 famida) (NSC 26271) 175,0 0 / 6 12,0 + 9 -0, 6 BCNU 30,0 Q1D X 1 (1) 0 / 6 8,5 -6 + 0,4 (carmustina) (NSC 409962) 20,0 0 / 6 9,0 0 0 PEN 135,0 QlD X 5(1) 0 / 6 10,5 -5 + 1, 7 0 / 6 11,5 +27 + 1,2 90,0 0 / 6 10,5 -5 + 1, 7 0 / 6 9,0 0 + 1, 7 60,0 0 / 6 10,5 -5 +1, 7 0 / 6 8,5 -6 + 1, 8 DM-PEN 135,0 QlD X 5 (1) 0 / 6 14, 5 + 31 + 0, 3 0 / 6 17,0 +88 -3,1 (LD17) 90,0 0 / 6 17,0 + 54 -1, 1 0 / 6 14,0 +55 -0, 8 60,0 0 / 6 13, 5 + 22 + 0,9 0 / 6 12,0 +33 + 0, 8 DM-A-PEN 135,0 QlD X 5 (1) 0 / 6 25, 0 + 127 -5, 7 0 / 6 21,0 + 133 -4,1 (LDl7) 90,0 0 / 6 20, 5 + 86 -3,1 0 / 6 16,0 + 77 -2, 3 60,0 0 / 6 17,0 + 54 -1, 1 1 / 6 13,0 +44 0
ASCITES DE P388/0, P388/L-PAM, P388/CPA E P388/BCNU; FONTES DE TUMOR; PS 18/A/04F3T1, P388/L-PAM
02/A/04F15T3, P388/CPA 05/A/04F6T2 E P388/BCNU 03/A/04F18T1; IMPLANTADAS: 10/30/96; CD2F1 - FÊMEA - CHARLES RIVER, PORTAGE * BASEADO NA MEDIANA DO DIA DA MORTE (APENAS RATINHOS QUE MORRERAM). ** LOG10 DA ALTERAÇÃO = LOG DA ALTERAÇÃO LÍQUIDA NA POPULAÇÃO DE CÉLULAS TUMORAIS VIÁVEIS NO FINAL DE Rx EM COMPARAÇÃO COM O INÍCIO DE Rx; e.g. , UMA ALTERAÇÃO LOGARÍTMICA DE -6 SIGNIFICA QUE HOUVE UMA REDUÇÃO DE 99,9999% E UMA ALTERAÇÃO LOGARÍTMICA DE +3 SIGNIFICA QUE HOUVE UM AUMENTO DE 1000 VEZES NA CARGA TUMORAL NO FINAL DE Rx.
Nas doses não tóxicas mais elevadas avaliadas, observou-se que a DM-A-PEN é mais activa do que a DM-PEN contra P388/0 (por uma morte celular logarítmica de 1,9), P388/CPA (por uma impressionável morte celular logarítmica de 4,6) e P388/BCNU (por uma morte celular logarítmica de 1,5). Embora a DM-A-PEN fosse apenas ligeiramente mais activa do que 25 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ a ΡΕΝ contra Ρ388/0 (por uma morte celular logarítmica de 0,4), foi muito mais activa do que a PEN contra P388/CPA (por uma morte celular logarítmica de 7,4) e mais activa contra P388/BCNU (por uma morte celular logarítmica de 3,5). A muito maior actividade de DM-A-PEN contra P388/CPA sugere que este agente pode ser activo contra outros tumores resistentes a CPA, e a consistentemente maior actividade de DM-A-PEN contra P388/0, P388/CPA e P388/BCNU também sugere que esta não é um pro-fármaco de DM-PEN. Embora a DM-A-PEN fosse ligeiramente mais activa do que a PEN ou a DM-PEN contra P388/L-PAM (por uma morte celular logarítmica de 0,2-0,3), nenhuma das três apresentou actividade significativa neste modelo de tumor.
Os compostos de fórmula I em que o Ri na posição 4 é etilo (referidos como 4-etilpiridinas) ou os derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina podem ser utilizados sozinhos ou em associação apropriada, e também podem ser utilizados em combinação com transportadores farmaceuticamente aceitáveis e outros compostos farmaceuticamente activos tais como outros fármacos de tratamento do cancro. As 4-etilpiridinas e derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina também podem ser utilizados na forma dos seus sais de adição de ácido. O agente activo pode estar presente na composição farmacêutica em qualquer quantidade adequada.
Os transportadores farmaceuticamente aceitáveis aqui descritos, por exemplo, veículos, adjuvantes, excipientes ou diluentes, são bem conhecidos dos peritos na especialidade. Tipicamente, o transportador farmaceuticamente aceitável é quimicamente inerte relativamente aos compostos activos e não tem efeitos secundários prejudiciais ou toxicidade sob as condições de utilização. Os transportadores farmaceuticamente aceitáveis podem incluir polímeros e matrizes poliméricas. A escolha do transportador será determinada em parte pelo método particular utilizado para administrar a composição. Deste modo, existe uma ampla variedade de formulações adequadas da composição farmacêutica da presente invenção. As formulações seguintes para administração oral, em aerossol, parentérica, subcutânea, intravenosa, intra-arterial, intramuscular, intraperitoneal, intratecal, rectal e vaginal são meramente exemplificativas e de nenhum modo limitantes. 26 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
As formulações adequadas para administração oral podem consistir em (a) soluções liquidas, tais como uma quantidade eficaz do composto dissolvida em diluentes, tais como áqua, solução salina ou sumo de laranja; (b) cápsulas, saquetas, comprimidos, rebuçados, e trociscos, cada um contendo uma quantidade predeterminada do inqrediente activo, na forma de sólidos ou grânulos; (c) pós; (d) suspensões num liquido apropriado; e (e) emulsões adequadas. As formulações liquidas podem incluir diluentes, tais como água e álcoois, por exemplo, etanol, álcool benzílico, propilenoglicol, glicerina e os álcoois de polietileno, com ou sem a adição de um tensioactivo, um agente de suspensão ou um agente emulsionante farmaceuticamente aceitáveis. As formas em cápsula podem ser do tipo ordinário de invólucro duro ou mole contendo, por exemplo, tensioactivos, lubrificantes e enchimentos inertes, tais como lactose, sacarose, fosfato de cálcio e amido de milho. As formas em comprimido podem incluir um ou mais dos seguintes: lactose, sacarose, manitol, amido de milho, amido de batata, ácido alginico, celulose microcristalina, goma-arábica, gelatina, goma guár, dióxido de silício coloidal, croscarmelose de sódio, talco, estearato de magnésio, estearato de cálcio, estearato de zinco, ácido esteárico e outros excipientes, corantes, diluentes, agentes tamponantes, agentes desintegrantes, agentes humidificantes, conservantes, agentes aromatizantes e transportadores farmacologicamente compatíveis. As formas em rebuçado podem compreender o ingrediente activo num aroma, usualmente sacarose e goma-arábica ou goma adragante, assim como pastilhas compreendendo o ingrediente activo numa base inerte, tal como gelatina e glicerina, ou sacarose e goma-arábica, emulsões e géis contendo, em adição ao ingrediente activo, transportadores conhecidos na especialidade.
Os derivados acilo de 4-desmetilpenclomedina sozinhos ou em combinação com outros componentes adequados, podem ser preparados em formulações em aerossol destinadas a administração por via de inalação. Estas formulações em aerossol podem ser colocadas em propulsores pressurizados aceitáveis, tais como diclorodifluorometano, propano e azoto. Podem também ser formulados em formas farmacêuticas para 27 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ preparações não pressurizadas, tais como um nebulizador ou um atomizador.
As formulações adequadas para administração parentérica incluem soluções para injecção isotónicas estéreis, aquosas e não aquosas, que podem conter antioxidantes, tampões, bacterióstatos e solutos que tornam a formulação isotónica com o sangue do beneficiário pretendido, e suspensões estéreis aquosas e não aquosas que podem incluir agentes de suspensão, solubilizantes, agentes espessantes, estabilizantes e conservantes. 0 composto pode ser administrado num diluente fisiologicamente aceitável num transportador farmacêutico, tal como um liquido estéril ou uma mistura de líquidos, incluindo água, solução salina, dextrose aquosa e soluções de açúcares relacionados, um álcool, tal como etanol, isopropanol ou álcool hexadecílico, glicóis, tais como propilenoglicol ou polietilenoglicol tais como poli(etilenoglicol) 400, cetais de gliceróis, tais como 2,2-dimetil-l,3-dioxolano-4-metanol, éteres, um óleo, um ácido gordo, um éster ou um glicérido de ácido gordo, ou um glicérido de ácido gordo acetilado com ou sem a adição de um tensioactivo farmaceuticamente aceitável, tal como um sabão ou um detergente, um agente de suspensão, tal como pectina, carbómeros, metilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose ou carboximetilcelulose, ou agentes emulsionantes e outros adjuvantes farmacêuticos.
Os óleos que podem ser utilizados em formulações parentéricas incluem óleos minerais, animais, vegetais ou sintéticos. Os exemplos específicos de óleos incluem óleo de amendoim, de soja, de sésamo, de semente de algodão, de milho, azeite, vaselina e parafina líquida. Os ácidos gordos adequados para utilização em formulações parentéricas incluem ácido oleico, ácido esteárico e ácido isoesteárico. O oleato de etilo e miristato da isopropilo são exemplos de ésteres de ácidos gordos adequados. Os sabões adequados para utilização em formulações parentéricas incluem sais gordos de metais alcalinos, de amónio e de trietanolamina, e os detergentes adequados incluem (a) detergentes catiónicos tais como, por exemplo, halogenetos de dimetildialquilamónio e halogenetos de alquilpiridínio, (b) detergentes aniónicos tais como, por exemplo, sulfonatos de alquilo, arilo e olefina, sulfatos de alquilo, olefina, éter e monoglicérido, e sulfossuccinatos, 28 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ (c) detergentes não iónicos tais como, por exemplo, óxidos gordos de amina, alcanolamidas de ácido gordo, e copolimeros de polioxietileno e polipropileno, (d) detergentes anfotéricos tais como, por exemplo, β-aminopropionatos de alquilo, e sais de amónio quaternário de 2-alquilimidazolina, e (e) suas misturas.
As formulações parentéricas contêm tipicamente de cerca de 0,5% a cerca de 25% em peso do ingrediente activo em solução. Conservantes e tampões adequados podem ser utilizados nestas formulações. De modo a minimizar ou eliminar a irritação no local de injecção, estas composições podem conter um ou mais tensioactivos não iónicos possuindo um equilíbrio hidrófilo-lipófilo (HLB) de cerca de 12 a cerca de 17. A quantidade de tensioactivo nestas formulações varia de cerca de 5% a cerca de 15% em peso. Os tensioactivos adequados incluem ésteres de ácidos gordos de polietileno e sorbitano, tais como monooleato de sorbitano e os aductos de elevado peso molecular de óxido de etileno com uma hidrófoba, formada pela condensação de óxido de propileno com propilenoglicol.
Os excipientes farmaceuticamente aceitáveis são também bem conhecidos dos peritos na especialidade. A escolha do excipiente será determinada em parte pelo composto particular, assim como pelo método particular utilizado para administrar a composição. Deste modo, existe uma ampla variedade de formulações adequadas da composição farmacêutica da presente invenção. Os seguintes métodos e excipientes são meramente exemplificativos e de nenhum modo limitantes. Os excipientes farmaceuticamente aceitáveis preferivelmente não interferem com a acção dos ingredientes activos e não causam efeitos secundários adversos. Os transportadores e excipientes adequados incluem solventes tais como água, álcool e propilenoglicol, absorventes e diluentes sólidos, agentes superficialmente activos, agentes de suspensão, aglutinantes para compressão, lubrificantes, aromas e agentes corantes.
As formulações podem estar apresentadas em recipientes selados uni-dose ou multi-doses, tais como ampolas e frascos, e podem ser armazenadas numa condição criodessecada (liofilizada) que requer apenas a adição do excipiente liquido estéril, por exemplo, água, para as injecções, imediatamente 29 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ antes da utilização. Podem preparar-se soluções e suspensões extemporâneas para injecção a partir de pós, grânulos e comprimidos estéreis. Os requisitos para transportadores farmacêuticos eficazes para composições injectáveis são bem conhecidos das pessoas competentes na matéria. Veja-se Pharmaceutics and Pharmacy Practice, J.B. Lippincott Co., Philadelphia, PA, Banker and Chalmers, Eds., 238-250 (1982) e ASHP Handhook on Injectable Drugs, Toissel, 4th ed., 622-630 (1986) .
As formulações adequadas para administração tópica incluem rebuçados compreendendo o ingrediente activo num aroma, usualmente sacarose e goma-arábica ou goma adragante; pastilhas compreendendo o ingrediente activo numa base inerte, tal como gelatina e glicerina, ou sacarose e goma-arábica; e colutórios compreendendo o ingrediente activo num transportador líquido adequado; assim como cremes, emulsões e géis contendo, em adição ao ingrediente activo, transportadores conhecidos na especialidade.
Adicionalmente, as formulações adequadas para administração rectal podem ser apresentadas na forma de supositórios por mistura com uma variedade de bases como bases emulsionantes ou bases solúveis em água. As formulações adequadas para administração vaginal podem ser apresentadas na forma de pessários, tampões, cremes, géis, pomadas, espumas, ou fórmulas para pulverização contendo, em adição ao ingrediente activo, transportadores conforme se considere apropriado na especialidade.
Um perito na especialidade notará que estão disponíveis métodos adequados de administração de um composto da presente invenção a um animal, e, embora se possa utilizar mais do que uma via para administrar um composto particular, uma via particular pode proporcionar uma reacção mais imediata e mais eficaz do que outra via. A presente invenção proporciona ainda um composto para utilização como medicamento para o tratamento do cancro num mamífero, especialmente em seres humanos. 30 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ
Em relação a estas aplicações, o tratamento inclui a administração a um animal, particularmente um mamífero, e mais particularmente um ser humano, de uma quantidade terapeuticamente eficaz do composto eficaz na inibição de neoplasia e crescimento tumoral. O composto e as composições da presente invenção podem ser administrados para tratar vários cancros, incluindo leucemias e linfomas tais como leucemia linfocitica aguda, leucemias não linfociticas agudas, leucemia linfocitica crónica, leucemia mielógena crónica, Doença de Hodgkin, linfomas não hodgkinianos e mieloma múltiplo, tumores sólidos da infância tais como tumores cerebrais, neuroblastoma, retinoblastoma, Tumor de Wilms, tumores ósseos e sarcomas de tecido mole, tumores sólidos comuns de adultos tais como cancro do pulmão, cancro do cólon e do recto, cancro da mama, cancro da próstata, cancros urinários, cancros uterinos, cancros orais, cancro pancreático, melanoma e outros cancros cutâneos, cancro do estômago, cancro ovariano, tumores cerebrais, cancro do figado, cancro laringeo, cancro da tiróide, cancro esofágico e cancro testicular. O medicamento é particularmente aplicável no tratamento de tumores cerebrais, colónicos, renais e mamários, e preferivelmente tumores colónicos, cerebrais e mamários. O tratamento pode ser posto em prática em mamíferos, particularmente seres humanos. A dose administrada a um animal, particularmente um ser humano, no contexto da presente invenção, deverá ser suficiente para efectuar uma resposta terapêutica no animal ao longo de uma moldura temporal razoável. Um perito na especialidade reconhecerá que a dosagem dependerá de uma variedade de factores incluindo a condição do animal, o peso corporal do animal, assim como a gravidade e o estádio do cancro.
Uma dose adequada é aquela que irá resultar numa concentração do agente activo em tecido tumoral que se sabe efectuar a resposta desejada. A dosagem preferida é a quantidade que resulta na máxima inibição do cancro, sem efeitos secundários não controláveis. 31 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ A quantidade total do composto da presente invenção administrada num tratamento tipico está preferivelmente entre cerca de 60 mg/kg e cerca de 2000 mg/kg de peso corporal para ratinhos, e entre cerca de 5 mg/kg e cerca de 100 mg/kg de peso corporal, e mais preferivelmente entre 5 mg/kg e cerca de 20 mg/kg de peso corporal para seres humanos. Esta quantidade total é tipicamente, mas não necessariamente, administrada na forma de uma série de doses mais pequenas ao longo de um periodo de cerca de um dia a cerca de 24 meses, e preferivelmente ao longo de um período de 28 dias a cerca de 12 meses. O tamanho da dose também será determinado pela via, pelo momento e frequência da administração assim como pela existência, natureza e extensão de quaisquer efeitos secundários adversos que possam acompanhar a administração do composto e do efeito fisiológico pretendido. Será notado pelos peritos na especialidade que várias condições ou estados de doença, em particular condições ou estados de doença crónicos, podem requerer tratamento prolongado envolvendo múltiplas administrações. O tratamento compreende a administração adicional de um agente quimioterapêutico outro que não os derivados acilo da presente invenção. Qualquer agente quimioterapêutico adequado pode ser empregue para este fim. O agente quimioterapêutico é tipicamente seleccionado do grupo que consiste em agentes alquilantes, antimetabolitos, produtos naturais, agentes hormonais e agentes vários.
Os exemplos de agentes quimioterapêuticos alquilantes incluem carmustina, clorambucilo, cisplatina, lomustina, ciclofosfamida, melfalano, mecloretamina, procarbazina, tiotepa, mostarda de uracilo, trietilenomelamina, busulfano, pipobromano, estreptozocina, ifosfamida, dacarbazina, carboplatina e hexametilmelamina.
Os exemplos de agentes quimioterapêuticos que são antimetabolitos incluem arabinósido de citosina, fluorouracilo, gemcitabina, hidroxiurea, mercaptopurina, 32 ΕΡ 1 143 970/ΡΤ metotrexato, tioguanina, floxuridina, fludarabina, cladribina e L-asparaginase.
Os exemplos de agentes quimioterapêuticos que são produtos naturais incluem actinomicina D, bleomicina, camptotecinas, daunomicina, doxorrubicina, etoposido, mitomicina C, TAXOL (paclitaxel), taxotere, teniposido, vincristina, vinorelbina, mitramicina, idarubicina, MITHRACIN™ (plicamicina) e desoxicoformicina.
Um exemplo de um agente quimioterapêutico hormonal inclui tamoxifeno. Os exemplos dos agentes quimioterapêuticos vários referidos incluem mitotano, mitoxantrona, vinblastina e levamisole.
Lisboa, 2010-10-20
Claims (11)
- ΕΡ 1 143 970/ΡΤ 1/2 REIVINDICAÇÕES 1. Composto representado pela fórmula: lOAciloem que R2 é metilo e o grupo acilo é linear ou ramificado, não substituído ou substituído, tal como com halogéneo como Cl, Br e I, e/ou inclui um anel de 5 ou 6 membros, em que a porção de anel é um carbociclo ou um heterociclo incluindo um heteroátomo tal como 0, S ou N, e em que o grupo acilo contém 1- 12 átomos de carbono.
- 2. Composto da reivindicação 1 em que o grupo acilo é seleccionado do grupo que consiste em acetilo, metoxiacetilo, 2- furoílo, benzoílo, octanoílo, 5-nitro-2-furoílo, pivaloílo, 2,4,6-triclorobenzoílo, 2-tiofenacetilo, 2-carbometoxipropionilo, 2-tiofenocarbonilo, cloroacetilo, p-clorometilbenzoílo, dicloroacetilo, bromoacetilo, acetoxiacetilo, p-nitrobenzoílo, iodoacetilo, acriloílo e isonicotinoílo.
- 3. Composto da reivindicação 1 em que o grupo acilo na posição 4 é acetilo.
- 4. Composição farmacêutica compreendendo o composto de qualquer uma das reivindicações 1-3 ou um seu sal de adição e um transportador farmaceuticamente aceitável.
- 5. Composto de acordo com a reivindicação 1 para utilização como medicamento para o tratamento do cancro num mamífero por administração ao mamífero de uma quantidade eficaz para tratamento do cancro do referido composto ou de um seu sal de adição de ácido.
- 6. Composto de acordo com a reivindicação 5, em que o tratamento se destina a ser realizado ao longo de um período de um dia a 24 meses. ΕΡ 1 143 970/ΡΤ 2/2
- 7. Composto de acordo com a reivindicação 5, em que o mamífero é um ser humano.
- 8. Método para produção do composto da reivindicação 1 que compreende: a) reacção de 3,4,5,6-tetracloro-2-(triclorometil)piridina com um álcool na presença de uma base para produzir a correspondente 3,5-dicloro-4,6-dialcoxi-2-(triclorometil)-piridina; b) reacção do produto obtido em a) com um agente desalquilante para produzir didesmetilpenclomedina; c) reacção do produto obtido em b) com um agente acilante para formar a correspondente 4-acil-6-desmetilpenclomedina; d) reacção do produto obtido em c) com um agente alquilante para formar o composto da reivindicação 1.
- 9. Método da reivindicação 8 em que o agente desalquilante é cloreto de alumínio anidro.
- 10. Método da reivindicação 8 em que o agente acilante é um anidrido de ácido carboxílico ou um halogeneto de ácido carboxílico.
- 11. Método da reivindicação 8 em que o agente alquilante é (trimetilsilil)diazometano ou diazometano. Lisboa, 2010-10-20
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