PT1072510E - Dispositivo para enchimento de um cilindro de seringa - Google Patents

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PT1072510E PT00109845T PT00109845T PT1072510E PT 1072510 E PT1072510 E PT 1072510E PT 00109845 T PT00109845 T PT 00109845T PT 00109845 T PT00109845 T PT 00109845T PT 1072510 E PT1072510 E PT 1072510E
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Description

DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO PARA ENCHIMENTO DE UM CILINDRO DE SERINGA" A presente invenção refere-se a um dispositivo para enchimento de um cilindro de seringa, com um casquilho de cilindro, que está colocado numa cabeça de alojamento e que pode ser introduzido, em direcção axial, na abertura de entrada do cilindro de seringa e através do qual se verifica o enchimento do cilindro de seringa, além disso com um casquilho de centragem, colocado coaxialmente ao casquilho de cilindro e que pode ser deslocado axialmente em relação a este, que apresenta, na sua extremidade voltada para o cilindro de seringa, uma superfície cónica de centragem para o lado frontal do cilindro de seringa, sendo que a extremidade livre do casquilho de centragem, na posição inicial, está saliente para além da extremidade do casquilho de cilindro, pelo menos ligeiramente. 0 documento Dl (US 3.730.235) mostra um dispositivo para enchimento de recipientes que - como ali se pode ver, em especial, na fig. 9 - torna necessário uma multiplicidade de peças móveis, em especial, procede à alimentação do produto a encher através de uma ligação por tubo flexível, uma vez que aquele desemboca num êmbolo que pode ser deslocado.
Outros dispositivos deste género são conhecidos no estado da técnica, em diferentes formas de realização e têm utilização, entre outros, no processo de enchimento de seringas pré-carregadas, em especial de seringas de duas câmaras. A vantagem de seringas de duas câmaras consiste, em especial, em 1 poder oferecer substâncias farmacêuticas que são instáveis em solução aquosa, mesmo assim, sob a forma de carregadas previamente para aplicação, na medida em que a substância farmacêutica propriamente dita é carregada previamente sob a forma de pó, separada do solvente - respectivamente, em câmaras próprias. Para remover o solvente da substância farmacêutica é utilizado habitualmente um processo de liofilização. As duas câmaras da seringa estão normalmente separadas uma da outra através de um tampão intermédio.
Antes da utilização da seringa, a solução é transferida de uma câmara, através do chamado by-pass, para a câmara do lado da cânula, de modo que pode verificar-se uma mistura das duas substâncias ou uma reconstituição da substância em forma de pó. A seringa de duas câmaras é constituída, em regra, por um cilindro de vidro, cuja abertura do lado da cânula está realizada estreitada, em forma de gargalo e está formada correspondendo ao sistema de obturação a receber. A extremidade proximal serve para o alojamento de um apoio dos dedos e está realizada, correspondentemente, com um rebordo anular.
Antes do enchimento da seringa com os produtos referidos, as duas câmaras devem ser separadas através de colocação do tampão, imediatamente antes do by-pass. A colocação de um tampão verifica-se habitualmente através de um tubo de colocação de parede fina, cujo diâmetro exterior é ligeiramente menor que o diâmetro interior livre do cilindro de vidro. Logo que o tampão é levado para a posição prevista axialmente, o tampão é comprimido para fora, possivelmente através de um êmbolo, após o que, com a expansão correspondente, encosta à parede interior do cilindro de vidro. 2
Em seguida verifica-se o enchimento da câmara anterior com o produto liquido. Com isto uma agulha de enchimento de um dispositivo de enchimento desloca-se para dentro, através do gargalo do cilindro de vidro, até pouco antes do tampão médio. Em seguida, verifica-se o enchimento da câmara anterior, durante o recuo simultâneo da agulha de enchimento.
Aquando da introdução da agulha de enchimento através da boca do gargalo do cilindro de vidro, é necessário uma centragem do casquilho de cilindro que serve como agulha de enchimento ou tubo de colocação, para, aquando da introdução no cilindro de seringa, evitar danos na sua extremidade do lado frontal.
Cabe à invenção o objectivo de criar um dispositivo do género referido na introdução, através do qual seja assegurado que, aquando da introdução do casquilho de cilindro na seringa, seja garantida uma orientação coaxial suficiente, entre o cilindro de seringa e o casquilho de cilindro, de modo que sejam excluídos seguramente danos no cilindro de seringa e, em especial, também no casquilho de cilindro, sendo que deve ser obtida uma estrutura simples do dispositivo, tendo em consideração um funcionamento o mais possível livre de avarias e de manutenção.
Este objectivo é resolvido, de acordo com a invenção, por o casquilho de cilindro estar colocado fixo na cabeça de alojamento e o casquilho de centragem poder ser ajustado na direcção da cabeça de alojamento, contra a força de uma mola, sendo o casquilho de centragem guiado, de modo a deslizar, num casquilho exterior da cabeça de alojamento. 3 A vantagem obtida através da invenção consiste, no essencial, em que, através do casquilho de centragem que encaixa primeiro no cilindro de seringa com a superfície de centragem, o casquilho de cilindro e o cilindro de seringa são levados para uma posição de alinhamento de um em relação ao outro, de modo que, na sequência disso, o casquilho de cilindro pode introduzir-se no cilindro de seringa, sem que - pelo menos do lado frontal - ambos fiquem em contacto um com o outro, portanto, é evitado um assentamento reciproco, com a consequência de danos. 0 próprio impulso de movimento é, neste caso, feito pela cabeça de alojamento, sendo que o casquilho de centragem encosta primeiro ao cilindro de seringa e depois -após a centragem que se segue - com a continuação do impulso de movimento da cabeça de alojamento, o casquilho de cilindro introduz-se no cilindro de seringa. Depois o casquilho de cilindro, configurado como agulha de enchimento, pode proceder ao enchimento.
De acordo com uma primeira configuração vantajosa da invenção, que é adequada, em especial, no caso de cilindros de seringa com um rebordo anular saliente radialmente para fora ou um apoio dos dedos, a superfície de centragem está realizada como superfície cónica exterior.
Se, em contrapartida, não existir qualquer apoio dos dedos, então é especialmente vantajoso se a superfície de centragem está realizada como superfície cónica interior, uma vez que então o cone não agarra no interior do cilindro de seringa, cuja secção transversal interior livre não experimenta, portanto, qualquer redução de secção transversal. 4
Uma vez que, no caso da superfície de centragem configurada como cone exterior, uma centragem é possível apenas em reduzida escala, sem redução demasiado grande da secção transversal interior da abertura do cilindro de seringa, pode ser uma vantagem se o casquilho de centragem apresenta adicionalmente uma aba de centragem com uma superfície cónica interior. Esta aba de centragem efectua então primeiro uma pré-centragem, até que entra em acção a superfície de centragem propriamente dita.
Aquando do enchimento do cilindro de seringa é desejável, em regra, proceder a uma aspiração de partículas eventualmente existentes na zona da abertura de enchimento. Por outro lado, verifica-se a colocação do tampão, que é possível, em princípio, também por meio de um êmbolo através do tubo cilíndrico, de um modo preferido através de vácuo, com o qual o cilindro de seringa é atravessado temporariamente, facto pelo qual o tampão é "extraído" do casquilho de cilindro. Para isso a invenção prevê, em aperfeiçoamento vantajoso, que entre o casquilho de centragem e o casquilho de cilindro esteja situada uma folga anular, que está em ligação com uma conexão de aspiração.
Em complemento, o casquilho de centragem, na sua superfície de revestimento interior e/ou exterior, pode estar provido de pelo menos uma ranhura longitudinal, como canal de circulação, facto pelo qual a eficácia da aspiração pode ser ainda aumentada.
Finalmente, é favorável para estas aplicações se a superfície de centragem está realizada como superfície estanque.
Em seguida, a invenção é explicada em pormenor, em exemplos de realização representados no desenho; mostram: 5
Fig. 1 o objecto da invenção, numa primeira forma de realização, concebida aqui para a colocação de tampões em corpos de seringa puramente cilíndricos, Fig. 2 uma representação apenas parcial do objecto da fig. 1, em forma modificada, para a colocação de tampões em cilindros de seringa com rebordo anular, Fig. 3 uma configuração alternativa do objecto de acordo com a fig. 2, Fig. 4 o objecto de acordo com a fig. 2, após concluída a centragem, Fig. 5 o objecto de acordo com a fig. 1, após concluída a centragem, Fig. 6 o objecto de acordo com a fig. 4, no entanto, com o tubo de colocação deslocado para a frente, Fig. 7 o objecto de acordo com a fig. 5, no entanto, com o tubo de colocação deslocado para a frente, Fig. 8 uma outra forma de realização da invenção, prevista para o enchimento do cilindro de seringa, Fig. 9 o objecto de acordo com a fig. 8, no entanto, aquando do enchimento. 0 dispositivo representado no desenho nas figs. 8 e 9 serve para o enchimento de um cilindro 1 de seringa, mas pode também 6 ser utilizado para a colocação de um tampão 2 no cilindro 1 de seringa, de acordo com as figs. 1 a 7.
Em pormenor, o dispositivo apresenta um casquilho 3 de cilindro, que está colocado numa cabeça 4 de alojamento e pode ser introduzido, em direcção axial, na abertura de entrada do cilindro 1 de seringa.
Nas figs. 1 a 7, o casquilho 3 de cilindro está realizado como tubo de colocação, que suporta no seu interior, do lado da extremidade, o tampão 2 a colocar. Nas figs. 8 e 9, em contrapartida, o casquilho 3 de cilindro está configurado como agulha de enchimento, através da qual se verifica o enchimento do cilindro 1 de seringa.
Coaxialmente ao casquilho 3 de cilindro está colocado um casquilho 5 de centragem, que pode ser deslocado axialmente em relação ao casquilho 3 de cilindro. Este casquilho 5 de centragem apresenta, na sua extremidade voltada para o cilindro 1 de seringa, uma superfície 6 cónica de centragem para o lado frontal do cilindro 1 de seringa. Na posição inicial, como está representada nas figs. 1 a 3 e 8, a extremidade livre do casquilho 5 de centragem está saliente, pelo menos ligeiramente, para além da extremidade do casquilho 3 de cilindro, de modo que, aquando do recuo da cabeça 4 de alojamento no cilindro 1 de seringa, como está representado nas figs. 5 e 7 através da seta 7, a superfície cónica do casquilho 5 de centragem entra em contacto primeiro com o cilindro 1 de seringa.
Na fig. 1 a superfície 6 de centragem está realizada como superfície cónica interior, que é vantajosa, em especial, para seringas puramente cilíndricas, uma vez que aqui a superfície 7 cónica pode estar configurada relativamente grande e, por conseguinte, é obtida uma grande zona de centragem.
Na fig. 2 a superfície 6 de centragem, em contrapartida, está realizada como superfície cónica exterior, de modo que aqui 0 cone está ligeiramente saliente para o interior do cilindro 1 de seringa e a secção transversal da abertura livre do cilindro 1 de seringa reduz-se correspondentemente. Esta superfície cónica exterior é adequada quando o cilindro 1 de seringa, como representado, está provido de um rebordo 8 anular ou de um apoio dos dedos, uma vez que o seu contorno exterior está sujeito, em regra, a maiores tolerâncias. Naturalmente, a zona de centragem está, deste modo, consideravelmente limitada.
Por isso, é adequada, no entanto, a forma de realização de acordo com a fig. 3, na qual o casquilho 5 de centragem apresenta adicionalmente uma aba 9 de centragem com uma superfície cónica interior, que procede a um ajuste prévio do cilindro 1 de seringa, sobre o contorno exterior do rebordo 8 anular. 0 casquilho 3 de cilindro está colocado fixo na cabeça 4 de alojamento, enquanto o casquilho 5 de centragem pode ser ajustado na direcção da cabeça 4 de alojamento, contra a força de uma mola 10. Desta maneira é assegurado, por um lado, que o casquilho 5 de centragem, sob a força da mola, encosta à superfície frontal do cilindro 1 de seringa e, por conseguinte, providencia uma centragem progressiva; por outro lado, o casquilho 5 de centragem, depois de concluída a colocação do tampão 2 ou o enchimento da seringa, regressa automaticamente à posição inicial, de modo que se pode desencadear imediatamente a operação de trabalho seguinte. O casquilho 5 de centragem é 8 guiado para isso, de modo a deslizar num casquilho 11 exterior da cabeça 4 de alojamento, como resulta directamente dos desenhos.
Entre o casquilho 5 de centragem e o casquilho 3 de cilindro está prevista uma folga 12 anular, que está em ligação com uma conexão 13 de aspiração. Deste modo existe a possibilidade, em especial aquando do enchimento do cilindro 1 de seringa, de remover partículas através de aspiração, que podem surgir, por exemplo, através do impulso de movimento do casquilho 5 de centragem. Aquando da utilização do dispositivo para a colocação de tampões 2, existe deste modo a possibilidade de produzir uma depressão no cilindro 1 de seringa, facto pelo qual o tampão 2 é removido do tubo 3 de colocação.
Para obter aqui uma melhoria do rendimento da aspiração, o casquilho 5 de centragem, na sua superfície de revestimento interior ou exterior, pode estar provido de pelo menos uma ranhura 14 longitudinal, como canal de circulação, como está sugerida nas figs. 8 e 9.
Para evitar com isto perdas de pressão, a superfície 6 de centragem, de maneira habitual, portanto, por exemplo, através de configuração ligeiramente elástica, pode estar realizada como superfície estanque.
Lisboa, 26 de Agosto de 2010 9

Claims (7)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo para enchimento de um cilindro (1) de seringa, com um casquilho (3) de cilindro, que está colocado numa cabeça (4) de alojamento e que pode ser introduzido, em direcção axial, na abertura de entrada do cilindro (1) de seringa e através do qual se verifica o enchimento do cilindro (1) de seringa, além disso com um casquilho (5) de centragem, colocado coaxialmente ao casquilho (3) de cilindro e que pode ser deslocado axialmente em relação a este, que apresenta, na sua extremidade voltada para o cilindro (1) de seringa, uma superfície (6) cónica de centragem para o lado frontal do cilindro (1) de seringa, sendo que a extremidade livre do casquilho (5) de centragem, na posição inicial, está saliente para além da extremidade do casquilho (3) de cilindro, pelo menos ligeiramente, caracterizado por o casquilho (3) de cilindro estar colocado fixo na cabeça (4) de alojamento e o casquilho (5) de centragem poder ser ajustado na direcção da cabeça (4) de alojamento, contra a força de uma mola (10), sendo o casquilho (5) de centragem guiado, de modo a deslizar, num casquilho (11) exterior da cabeça (4) de alojamento.
  2. 2. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a superfície (6) de centragem estar realizada como superfície cónica exterior.
  3. 3. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a superfície (6) de centragem estar realizada como superfície cónica interior. 1
  4. 4. Dispositivo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o casquilho (5) de centragem apresentar adicionalmente uma aba (9) de centragem com uma superfície cónica interior.
  5. 5. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por entre o casquilho (5) de centragem e o casquilho (3) de cilindro estar prevista uma folga (12) anular, que está em ligação com uma conexão (13) de aspiração.
  6. 6. Dispositivo de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por o casquilho (5) de centragem, na sua superfície de revestimento interior e/ou exterior, estar provido de pelo menos uma ranhura (14) longitudinal, como canal de circulação.
  7. 7. Dispositivo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a superfície (6) de centragem estar realizada como superfície estanque. Lisboa, 26 de Agosto de 2010 2
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