PT104082A - Rolha vedante de remoção e reinserção manual - Google Patents

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Miguel Freire De Albuqu Cabral
Paulo Dinis Vale Lopes
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Abstract

ROLHA DE CORTIÇA COMPREENDENDO UM ELEMENTO (1) SUPERIOR OU CABEÇA E UM ELEMENTO (2) INFERIOR OU CORPO QUE CONSTITUEM UMA PEÇA ÚNICA, EM QUE A REFERIDA CABEÇA (1) POSSUI UMA ALTURA (A') DE, PELO MENOS, CERCA DE 8 MM E O CORPO (2) É CILÍNDRICO E POSSUI UM COMPRIMENTO (C') DE CERCA DE 10 A 30 MM E UM DIÂMETRO (D') DE CERCA DE 21 A 26 MM. A CABEÇA (1) DEVE POSSUIR UM DIÂMETRO (DA') SUPERIOR AO DIÂMETRO (D')DO CORPO (2) EM, PELO MENOS, CERCA DE 3 MM. A REFERIDA ROLHA, QUE PODE SER CHANFRADA (3) E POSSUIR, PELO MENOS, UM DISCO (4) DE CORTIÇA EM QUALQUER DAS SUAS EXTREMIDADES, PODE SER UTILIZADA EM RECIPIENTES DE VINHO E BEBIDAS E É PASSÍVEL DE SER REUTILIZADA DE UM MODO MERAMENTE MANUAL.

Description

DESCRIÇÃO "ROLHA VEDANTE DE REMOÇÃO E REINSERÇÃO MANUAL"
CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a rolhas, para recipientes de bebidas, passiveis de serem removidas e reinseridas de um modo manual, sem recurso a dispositivos saca-rolhas, e que garantem a vedação do recipiente na primeira inserção e tapando o recipiente em inserções subsequentes.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
As rolhas de cortiça são utilizadas desde o Século XVIII para tapar e/ou vedar recipientes de vinho e estão muito difundidas no mercado. De um modo geral não existiam alternativas às rolhas de cortiça até surgirem as rolhas vedantes de material plástico, em meados dos anos 90 do Século XX. A introdução de uma rolha de cortiça num gargalo de um recipiente de vinho tem como objectivo tapar o recipiente e, ao mesmo tempo, vedá-lo. Pelo contrário, a introdução de uma rolha num recipiente de uma bebida denominada "espirituosa" tem como objectivo tapar o recipiente mas não vedá-lo. O objectivo de vedar um recipiente é evitar fugas da bebida para o exterior através do gargalo de recipiente e, em 1 simultâneo, evitar que o vinho sofra alterações prematuras normalmente atribuídas ao fenómeno de oxidação. 0 objectivo de tapar um recipiente é unicamente o de evitar fugas da bebida para o exterior através do gargalo de recipiente.
Quando se utiliza uma rolha para vedar, o recipiente é normalmente armazenado deitado, não havendo fugas de vinho para o exterior e evoluindo o vinho lentamente apenas com o oxigénio que lhe vai sendo cedido pela rolha. Quando se utiliza uma rolha somente para tapar, o recipiente é armazenado de pé e o liquido tem de possuir protecção suficiente para evitar o fenómeno de oxidação ao longo do tempo ou pretende-se que o mesmo oxide (por exemplo, vinho do Porto e vinho da Madeira).
Para vedar um recipiente, são normalmente utilizadas rolhas de cortiça que possuem comprimentos de cerca de 38 a 54 mm e um diâmetro que é normalmente de 24 mm mas que pode variar de acordo com o diâmetro interno de gargalo. Tem de existir uma diferença, entre o diâmetro da rolha e o diâmetro do gargalo, de cerca de 5,5 a 7,5 mm, de modo a garantir a vedação. Estas rolhas são inseridas no gargalo por compressão até cerca de 15,5 mm e, depois, introduzidas por pistão, ficando um dos topos da rolha ao mesmo nivel da extremidade superior do gargalo. Estas rolhas nunca são boleadas numa extremidade, podendo possuir um chanfre de cerca de 2 a 4 mm.
Neste grupo de rolhas utilizadas para vedar um recipiente encontram-se as rolhas para vinhos espumantes. Estas rolhas também vedam os recipientes mas, além disso, são susceptiveis de remoção manual. Esta remoção manual é possivel porque existe uma 2 pressão interna, em direcção ao exterior, exercida pelo gás libertado pela própria bebida, que auxilia a acção manual de remoção. No entanto, face às dimensões destas rolhas, torna-se impossível a sua reutilização manual devido à dimensão recuperada do seu diâmetro externo após extracção. À saida da linha de produção, estas rolhas de vinhos espumantes possuem comprimentos de cerca de 48 mm e diâmetros de cerca de 30,5 a 31 mm.
Para tapar um recipiente, são normalmente utilizadas rolhas que possuem comprimentos de cerca de 27 a 29 mm, boleadas na sua extremidade inferior ao longo de cerca de 2 cm do seu comprimento, e possuem um diâmetro de cerca de 19,5 a 20 mm, mas que pode variar muito de acordo com o diâmetro interno de gargalo. A diferença entre o diâmetro da rolha e o diâmetro interno do gargalo nunca é superior a 2 mm, sendo, frequentemente, de 1,5 mm. As rolhas utilizadas para tapar, são rolhas que possuem cápsulas de vários materiais, tais como, plástico, vidro, madeira e mesmo cortiça. Estas rolhas, quando engarrafadas, não são comprimidas, pelo que o engarrafamento é feito por intermédio de uma força mecânica ou manual na direcção longitudinal, no sentido do exterior para o interior do recipiente, que irá introduzir a rolha no gargalo do recipiente até à cápsula. A cápsula fica no exterior do recipiente para facilitar uma abertura posterior, não necessitando de dispositivo saca-rolhas para ser retirada.
As rolhas vedantes de material plástico tentaram imitar as rolhas de cortiça, quer no que se refere ao seu aspecto geral, nomeadamente as dimensões e o aspecto fisico, quer na eficácia da vedação. À semelhança das actuais rolhas de cortiça, é necessário um dispositivo saca-rolhas para extrair estas rolhas 3 de material plástico do gargalo dos respectivos recipientes. Para estágios muito curtos em recipiente, o vinho suporta a quantidade de oxigénio que entra no recipiente devido à deficiente vedação das rolhas de material plástico, no entanto, quando o vinho estagia por períodos mais longos em recipiente, surgem notas de oxidação prematura que alteram significativamente as características organolépticas do vinho.
Outro tipo de rolhas/vedantes para tapar e/ou vedar recipientes de vinho e/ou bebidas semelhantes são as cápsulas de rosca de material de alumínio, muito utilizadas noutros recipientes de bebidas que não o vinho. Estas rolhas/vedantes começaram a impor-se no mercado do vinho devido, principalmente, à forte pressão comercial da Austrália e da Nova Zelândia onde uma percentagem muito significativa de vinho engarrafado se encontra vedado com este tipo de rolhas/vedantes. A vantagem das cápsulas de rosca está no modo como podem ser retiradas, uma vez que, ao não precisarem de dispositivos saca-rolhas, a sua abertura é fácil e conveniente, principalmente no sector da restauração No entanto, surgiram problemas relacionados com o aparecimento de aromas defeituosos devido a reacções de redução no vinho em virtude da total ausência de entrada de oxigénio.
Subsiste, assim, a necessidade de uma rolha de preço competitivo, que permita manter a evolução do vinho ao longo do tempo, que proporcione uma acção vedante e capaz de ser facilmente retirada sem a utilização de dispositivos saca-rolhas e de ser novamente inserida apenas por aperto e torção manual.
Esta rolha, para além de manter inalteradas as caracteristicas organolépticas do vinho ao longo do tempo, deverá ser passível de ser retirada do gargalo do recipiente sem 4 necessitar de dispositivo saca-rolhas e, além disso, deverá ser passivel de ser reutilizada, podendo ser de novo introduzida no gargalo de recipiente por acção meramente manual, sem recurso a qualquer dispositivo. Estas rolhas serão daqui em diante designadas por, "rolha SSR", isto é, rolha Sem Saca-Rolhas.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a uma rolha de cortiça compreendendo um elemento superior ou cabeça e um elemento inferior ou corpo, para utilização em recipientes de vinho e/ou bebidas, que combina as vantagens de: assegurar a vedação do referido recipiente, mantendo inalteradas as caracteristicas organolépticas da bebida; não necessitar de dispositivos saca-rolhas para a sua remoção; ser passivel de fácil reutilização, meramente manual, para reinserção e remoção.
Verificou-se, surpreendentemente, que as vantagens acima indicadas que superam as dificuldades da técnica anterior, são conseguidas com a rolha da presente invenção.
Assim, de acordo com a presente invenção, a rolha de cortiça, compreendendo um elemento superior ou cabeça e um elemento inferior ou corpo é caracterizada por: 5 a referida cabeça possuir uma altura de, pelo menos, cerca de 8 mm; o referido corpo ser cilíndrico e possuir um diâmetro de cerca de 21 a 26 mm e um comprimento de cerca de 10 a 30 mm.
Além disso, a rolha de cortiça da presente invenção é caracterizada por a referida cabeça possuir um diâmetro que é superior ao diâmetro do corpo em, pelo menos, cerca de 3 mm e por o formato da referida cabeça de rolha ser cilíndrico, cúbico, paralelipipédico, cónico e semelhantes. A referida rolha de cortiça da invenção pode ser fabricada de cortiça natural, cortiça natural colmatada, cortiça aglomerada e suas combinações, podendo compreender, na referida cabeça e/ou no referido corpo, pelo menos, um disco de cortiça natural. O referido disco é um elemento bem conhecido dos especialistas na técnica, que pode ser ligado a qualquer uma das extremidades de rolha. A rolha de cortiça da invenção pode também possuir, pelo menos numa das extremidades de rolha, um chanfre de cerca de 2 a 4 mm.
Numa forma preferida de realização, a referida cabeça da rolha de cortiça da invenção deve possuir um diâmetro de 30 mm e uma altura de 20 mm e o referido corpo um diâmetro de 23 mm e um comprimento de 25 mm.
Noutra forma preferida de realização, a referida cabeça deve possuir um diâmetro de 30 mm e uma altura de 20 mm, possuindo o referido corpo um diâmetro de 23 mm e um comprimento 6 de 27 mm, devendo a extremidade inferior do corpo ser chanfrada com um chanfre de 2 mm.
Ainda noutra forma preferida de realização, a referida cabeça deve possuir um diâmetro de 30 mm e uma altura de 15 mm, possuindo o referido corpo um diâmetro de 24 mm e um comprimento de 27 mm, devendo a extremidade inferior do corpo ser chanfrada com um chanfre de 4 mm.
Numa outra forma preferida de realização, a referida cabeça deve possuir um diâmetro de 30 mm e uma altura de 20 mm, compreendendo a cabeça um disco de cortiça natural de 15 mm de altura, possuindo o referido corpo um diâmetro de 23 mm e um comprimento de 25 mm, devendo a extremidade inferior do corpo ser chanfrada com um chanfre de 4 mm.
Em ainda outra forma preferida de realização, a referida cabeça deve possuir um diâmetro de 30 mm e uma altura de 20 mm, compreendendo a cabeça um disco de cortiça natural de 15 mm de altura, possuindo o referido corpo um diâmetro de 21 mm e um comprimento de 25 mm, devendo a extremidade inferior do corpo ser chanfrada com um chanfre de 4 mm. A rolha da presente invenção é adequada para fechar recipientes contendo bebida seleccionada do grupo compreendendo vinho, cerveja, bebidas espirituosas, água, refrigerantes e outras. A seguir procede-se à descrição detalhada da invenção fazendo-se referência a formas de realização preferidas (a titulo exemplificativo) e às figuras anexas, em que: 7 A Fig. 1 é uma vista lateral, esquemática, de uma rolha de técnica anterior; A Fig. 2A é uma vista lateral, esguemática, de uma primeira forma de realização da rolha SSR da presente invenção; A Fig. 2B é uma vista lateral, esquemática, de uma segunda e terceira forma de realização da rolha SSR da presente invenção; A Fig. 3 é uma vista lateral, esquemática, de uma quarta forma de realização da rolha SSR da presente invenção A Fig. 4 é uma representação gráfica da evolução de absorção em garrafa em função do tempo, num ensaio de capacidade vedante; A Fig. 5 é uma representação gráfica de teores de SO2 livre em função do tempo num ensaio de capacidade vedante; A Fig. 6 é uma representação gráfica de teores de SO2 total em função do tempo para as diferentes rolhas utilizadas de um ensaio de capacidade vedante.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se, assim, a uma nova rolha de cortiça compreendendo um elemento (1) superior ou cabeça e um elemento (2) inferior ou corpo, para utilização em recipientes de vinho e/ou bebidas. 8
Esta nova rolha resolve plenamente os problemas descritos das rolhas de técnica anterior.
Nesta invenção, a expressão "rolha de cortiça" refere-se a uma rolha de cortiça natural, cortiça natural colmatada, cortiça aglomerada e suas combinações, a expressão "rolha de cortiça aglomerada" refere-se, de acordo com a norma ISO 2190, a uma rolha de cortiça aglomerada que compreende, pelo menos, 51% (em peso) de granulado de cortiça com uma granulometria minima de 0,5 mm, um peso especifico máximo de 60 Kg/m3 e um teor em água igual ou inferior a 8%. O termo "manual" refere-se a qualquer acção executada por um utilizador sem recurso a quaisquer dispositivos automatizados, mecânicos, eléctricos, electrónicos ou semelhantes. A expressão "rolha boleada" refere-se a uma rolha cuja aresta do bordo de qualquer das suas extremidades é arredondada por abrasão. Além disso, a expressão "rolha chanfrada" refere-se a uma rolha cuja aresta do bordo de qualquer das suas extremidades é cortada de um modo angular, para reduzir o diâmetro da face de qualquer das referidas extremidades de modo, por exemplo, a facilitar a inserção da rolha no gargalo. O termo "reutilização" refere-se a uma rolha que pode ser utilizada para múltiplas introduções e/ou remoções do gargalo de recipiente. As expressões "primeiro engarrafamento" ou "primeira acção de engarrafamento" referem-se à primeira vez que uma rolha é introduzida no gargalo de recipiente após o seu fabrico. Normalmente esta primeira acção de introdução é realizada em fábrica e é, habitualmente, automatizada. O termo "disco" refere-se a um elemento de cortiça que pode ser fixado em qualquer uma das extremidades de uma rolha. Normalmente este elemento adere à(s) extremidade(s) de rolha por colagem e possui exactamente o mesmo perfil da(s) extremidade(s) onde é aplicado. Normalmente a sua altura é 9 superior a, pelo menos, cerca de 1 mm, mas pode variar muito. Este elemento é habitualmente feito de cortiça natural, de melhor qualidade do que a cortiça da respectiva rolha onde é aplicado.
De um modo geral as rolhas de técnica anterior podem ser divididas em três tipos.
Num primeiro tipo estão as rolhas que vedam um recipiente de bebida. Este tipo de rolhas não permite a sua remoção manual por estarem completamente colocadas no interior do gargalo dos recipientes contentores e carecem de um dispositivo saca-rolhas para serem removidas. Este tipo de rolhas não permite a sua reutilização para tapar (voltar a ser colocada no mesmo recipiente) por acção meramente manual, ou, quando tal é conseguido, é por acção de uma força manual elevada precedida de uma rotação de 180° relativamente às extremidades de rolha, colocando, deste modo, a anterior extremidade superior da rolha no bordo de gargalo para, de seguida, empurrar a rolha para dentro do gargalo de recipiente. Esta acção de reutilização manual é possivel porque a nova extremidade de encaixe não tinha estado em contacto com o liquido de recipiente durante o engarrafamento inicial, pelo que não executa uma acção de recuperação da forma inicial tão grande como a extremidade inferior de engarrafamento inicial que esteve em contacto com a bebida, sendo, assim, possivel introduzi-la no gargalo de recipiente numa situação de reutilização. No entanto este processo não é aconselhável nem desejável visto que a nova extremidade de encaixe de rolha terá sido anteriormente submetida a uma acção mecânica de perfuração por intermédio de um dispositivo saca-rolhas no processo de extracção de rolha, pelo que possui a sua integridade fisica danificada pela 10 referida acção de perfuração e, além disso, a força manual necessária para a introduzir no gargalo é tão elevada que muitas vezes danifica a nova extremidade de encaixe. É de referir ainda que esta última extremidade esteve inicialmente exposta ao meio ambiente e ao manuseamento do utilizador, pelo que, numa perspectiva de salubridade, não é aconselhável o seu contacto com a bebida. Consequentemente, na reutilização, o furo realizado na extremidade ficará virado para dentro do recipiente libertando residuos de material de rolha para dentro da bebida, o que não é desejável. Outro problema é que, no processo de extracção mecânica da rolha do gargalo de recipiente, o dispositivo saca-rolhas muitas vezes perfura a rolha de uma extremidade à outra, enviando os residuos de material de rolha resultantes dessa perfuração total para dentro da bebida, o que não é igualmente desejável. Além disso esta rolha perfurada perde a capacidade de tapar o recipiente.
Num outro tipo estão as rolhas utilizadas, por exemplo, para os vinhos espumantes. Estas rolhas também vedam os recipientes mas destacam-se do tipo anterior pois conseguem ser removidas manualmente. Possuindo estas rolhas cerca de 30,5 a 31 mm de diâmetro (d) e cerca de 48 mm de comprimento (c) ,
Fig. 1, tal remoção manual apenas é conseguida por se verificar uma pressão interna, em direcção ao exterior, exercida pelo gás libertado pela própria bebida, que auxilia a acção de remoção manual. Além disso, torna-se impossível reutilizar manualmente estas rolhas devido à dimensão recuperada do seu diâmetro (d) externo, após extracção.
Um último tipo de rolhas é constituído por aquelas que são concebidas para apenas tapar (não vedando) os recipientes, de modo a apenas impedir fugas da bebida para o exterior, através 11 do gargalo de recipiente. Estas rolhas, utilizadas normalmente em recipientes de bebidas denominadas "espirituosas", são normalmente passíveis de utilização meramente manual, mas possuem o problema de não vedarem o recipiente. Estas rolhas, como referido acima, são constituídas por um corpo cilíndrico pequeno em comprimento e por uma cápsula de remoção.
Nos dois primeiros tipos, as rolhas para vedar possuem um comprimento (c) que pode variar entre cerca de 38 a 54 cm e um diâmetro (d) que deve possuir uma diferença entre o diâmetro (d) de rolha e o diâmetro de gargalo de cerca de 5,5 a 7,5 mm, de modo a garantir o efeito vedante. Estas rolhas são fabricadas como peças individuais por brocagem a partir da cortiça natural ou por extrusão ou moldagem de granulado de cortiça, com uma forma cilíndrica e o seu processo de engarrafamento é normalmente mecânico e envolve, em ambos os casos, uma inserção inicial no gargalo de recipiente com compressão prévia e uma posterior aplicação de pistão para a restante introdução da rolha no recipiente.
No último tipo, as rolhas apenas para tapar recipientes de bebida possuem um comprimento que varia entre cerca de 27 a 2 9 mm e um diâmetro que deve possuir uma diferença entre o diâmetro de rolha e o diâmetro de gargalo nunca superior a 2 mm. Estas rolhas compreendem uma cabeça/cápsula e um corpo que são, normalmente, de materiais diferentes. 0 processo de engarrafamento é feito apenas por intermédio de uma força mecânica ou manual na direcção longitudinal, no sentido do exterior para o interior do recipiente, que irá introduzir a rolha no gargalo do recipiente até à cápsula. 12 A nova rolha da presente invenção constituirá um quarto tipo de rolhas, conseguindo vedar e, simultaneamente, ser manualmente removível e ser reutilizável/reinserida no mesmo recipiente sem o risco de degradação da rolha e do conteúdo do recipiente e sem ser necessária a aplicação de uma força elevada ou a utilização de dispositivos mecânicos.
Por este motivo, a nova rolha da presente invenção elimina as desvantagens das rolhas de técnica anterior e combina as principais vantagens destas.
Fazendo-se referência às Fig. 2A - 3, a rolha SSR que aqui se divulga compreende dois elementos (1, 2). A existência de dois elementos (1, 2) superior e inferior, respectivamente, com diferentes dimensões bem definidas confere à rolha SSR a aptidão para uma reutilização meramente manual, mantendo, não obstante, a capacidade vedante das rolhas de vedar, de técnica anterior, no primeiro engarrafamento. Esta combinação de vantagens não era possivel com as rolhas de técnica anterior.
Para assegurar uma tal reutilização meramente manual, o elemento (1) superior ou cabeça de rolha SSR é a parte de rolha SSR que fica no exterior do gargalo de recipiente após o engarrafamento e deve possuir uma altura (a' , a' ' ) de, pelo menos, cerca de 8 mm e, se possuir um perfil circular, um diâmetro (da', da'' ) que deve ser superior ao diâmetro (d' , d' ' ) do corpo (2) em, pelo menos, cerca de 3 mm. É de salientar que o perfil da cabeça (1) de rolha SSR pode não ser simplesmente circular, podendo adoptar qualquer perfil passível de ser obtido pelo processo de produção da rolha SSR. Também está contemplada a possibilidade da cabeça (2) compreender, pelo menos, um 13 disco (4) de cortiça, de igual perfil, na sua extremidade superior, se assim se desejar. 0 elemento (2) inferior ou corpo de rolha SSR, deve ser cilíndrico e pode compreender, pelo menos, um disco (4) de cortiça de igual perfil e/ou um chanfre (3) na sua extremidade inferior. Este elemento (2) inferior ou corpo é a parte da rolha SSR que fica totalmente no interior do gargalo de recipiente após o engarrafamento. Surpreendentemente, verificou-se que, para obter uma aptidão conjunta de reutilização meramente manual e capacidade vedante, o corpo (2) de rolha SSR deve possuir um comprimento (c' , c' ' ) de cerca de 10 a 30 mm e, no caso de gargalos normalizados com diâmetros desde 16,5 a 18 mm, um diâmetro (d', d' ' ) de cerca de 21 a 26 mm. Como se pode verificar, os valores das dimensões (c', c"; d', d' ' ) do corpo (2) de rolha SSR da presente invenção, particularmente o comprimento (c', c'') de corpo (2) de rolha SSR, situam-se entre os valores praticados na produção das rolhas vedantes e os praticados na produção das rolhas de tapar mas não vedantes, ambas de técnica anterior.
No processo de engarrafamento, a cabeça (1) de rolha SSR deve ficar encostada ao bordo de gargalo de recipiente, devendo o corpo (2) de rolha SSR ser totalmente introduzido no gargalo. O processo de reinserção (ou de remoção) de uma rolha SSR num gargalo de recipiente é semelhante ao utilizado para as rolhas de tapar mas não vedantes de técnica anterior, podendo ser executado de um modo meramente manual, superando, neste caso, o problema da falta de acção vedante inicial (após a primeira acção de engarrafamento) apresentado pelas rolhas de 14 técnica anterior, uma vez que a rolha SSR da invenção garante a vedação do recipiente no primeiro engarrafamento.
Relativamente às rolhas vedantes de técnica anterior, são evidentes as vantagens da rolha SSR da presente invenção, que mantêm a vantagem da acção vedante mas superam os problemas relacionados com a remoção manual e reutilização apresentados pelas rolhas de técnica anterior.
Fazendo referência à Fig. 2A, numa forma de realização preferida de acordo com a invenção, uma rolha SSR compreende um elemento (D superior, ou cabeça, de secção circular, e por um elemento (2) inferior, ou corpo, cilíndrico. A cabeça (1) e o corpo (2) constituem-se numa peça única em cortiça. A cabeça (1) possui um diâmetro (da') de 30 mm e uma altura (a') de 20 mm, possuindo o corpo (2) um diâmetro (d') de 23 mm e um comprimento (c') de 25 mm.
Fazendo agora referência à Fig. 2B, noutra forma de realização preferida, de acordo com a invenção, uma rolha SSR é constituída por uma cabeça (1) , de secção circular, e por um corpo (2) cilíndrico. A cabeça (1) e o corpo (2) constituem-se numa peça única em cortiça. A cabeça (1) possui um diâmetro (da' ) de 30 mm e uma altura (a' ) de 20 mm possuindo o corpo (2) um diâmetro (d') de 23 mm e um comprimento (c') de 27 mm. Esta rolha SSR é ainda chanfrada, com um chanfre (3) de 2 mm, na extremidade inferior do corpo (2) de rolha.
Ainda no que respeita à Fig. 2B, numa outra forma de realização preferida de acordo com a invenção, uma rolha SSR é constituída por uma cabeça (1) de secção circular e por um corpo (2) cilíndrico. A cabeça (1) e o corpo (2) constituem-se 15 em cortiça. numa peça única em cortiça. A cabeça (1) possui um diâmetro (da' ) de 30 mm e uma altura (a' ) de 15 mm, possuindo o corpo (2) um diâmetro (d') de 24 mm e um comprimento (c' ) de 27 mm e sendo a extremidade inferior de corpo (2) chanfrada com um chanfre (3) de 4 mm.
No que se refere à Fig. 3, noutra forma de realização preferida de acordo com a invenção, uma rolha SSR é constituída por uma cabeça (1) de secção circular e por um corpo (2) cilíndrico. A cabeça (1) e o corpo (2) constituem-se numa peça única em cortiça. A cabeça possui um diâmetro (da' ' ) de 30 mm e uma altura (a'') de 20 mm, compreendendo um disco (4) com uma altura (ad'') de 15 mm. O corpo (2) possui um diâmetro (d'') de 23 mm, um comprimento (c' ' ) de 25 mm e um chanfre (3) de 4 mm sua extremidade inferior.
Ainda com referência à Fig. 3, ainda noutra forma de realização preferida, a referida cabeça (1) possui um diâmetro (da' ' ) de 30 mm e uma altura (a' ' ) de 20 mm, compreendendo a cabeça (1) um disco (4) de cortiça natural de 15 mm de altura, possuindo o referido corpo (2) um diâmetro (d'') de 21 mm e um comprimento (c'' ) de 25 mm, devendo a extremidade inferior do corpo ser chanfrada com um chanfre (3) de 4 mm. EXEMPLO 1. Facilidade de remoção manual
Produziu-se uma série de rolhas de aglomerado de cortiça, com as dimensões que constam do quadro 1, pelo processo de extrusão seguida de rectificação à dimensão desejada, para testar em garrafas com gargalo normalizado (CETIE - "Centre Technique International de 1'Embouteillage et Contitionnement"). 16
Todas as rolhas obtidas e que constam do quadro 1 foram submetidas a um tratamento padrão de superfície com Bopsil, 15 mg/rolha. As rolhas foram ainda submetidas a um processo de lavação branca.
Quadro 1 - Rolhas SSR e respectivas dimensões Cabeça Corpo Altura Diâm Compr Diâm. Chanfre (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) SSR 1 20 30 25 23 SSR 2 20 30 27 23 2 SSR 3 15 27 30 24 SSR 4 15 27 38 24 SSR 5 15 27 45 24 SSR 6 10 27 30 24 SSR 7 10 27 38 24 SSR 8 10 27 45 24 SSR 9 15 27 25 24 SSR 10 10 27 25 24 SSR 11 15 30 30 24 SSR 12 15 30 35 24 SSR 13 10 30 30 24 SSR 14 10 30 35 24 SSR 15 15 30 27 24 4 SSR 16 15 30 20 21 SSR 17 15 30 15 21 SSR 18 15 30 10 21 SSR 19 15 30 20 26 SSR 20 15 30 20 25 17
Com as rolhas descritas no Quadro I foram feitos ensaios de engarrafamento em garrafas com gargalo normalizado (CETIE Centre Technique International de 1'Embouteillage et Contitionnement). Pretendia-se avaliar a facilidade de as rolhas serem retiradas do gargalo por indivíduos com forças musculares diferentes. Os resultados obtidos constam do Quadro 2.
Quadro 2 - Avaliação qualitativa de extracção da rolha SSR SSR Mulher 1 Mulher 2 Homem 1 Homem 2 1 A A A A 2 A A A A 3 C C C C 4 C C C C 5 C C C C 6 C C C C 7 C C C C 8 c c c C 9 A A A A 10 C C B B 11 C C B B 12 C C B B 13 C C C C 14 C C C C 15 A A A A 16 A A A A 17 A A A A 18 A A A A 19 C C B B 20 C C B B A. fácil B. dificil C. Impossível 18
No Quadro 2 anterior consta uma relação entre as rolhas fabricadas, referidas no Quadro 1, e a facilidade de extracção das mesmas de recipientes de gargalo normalizado. A avaliação da facilidade de extracção das rolhas fez-se de um modo qualitativo, por intermédio de grupos de indivíduos com diferentes forças musculares. Assim, a letra A corresponde a extracção fácil, a letra B corresponde a extracção difícil e a letra C corresponde a extracção impossível de realizar.
Com base na referida avaliação, foi possível seleccionar dimensões ideais para as rolhas SSR da presente invenção de modo a poderem ser retiradas manualmente dos gargalos normalizados de garrafas, que, como se pode observar a partir do Quadro 2, são as rolhas 1, 2, 9, 15, 16, 17 e 18.
Exemplo 2. Ensaio da capacidade vedante
Realizaram-se ensaios de engarrafamento no sentido de verificar a capacidade vedante das rolhas SSR da presente invenção, comparando-a com a capacidade vedante de uma rolha aglomerada de técnica anterior.
As rolhas seleccionadas para comparação foram: rolhas aglomeradas de técnica anterior de 38 x 24 mm (comprimento x diâmetro); rolhas SSR 15 (Quadro 1 do exemplo anterior) , em que a cabeça possui 30 mm de diâmetro e 15 mm de altura e o corpo possui 27 mm de comprimento e 24 mm de diâmetro com um chanfre de 4 mm. 19
Todas as rolhas aglomeradas de técnica anterior foram fabricadas de um modo convencional, por extrusão a partir de bastões de 25 mm, tendo sido submetidas a um tratamento padrão de superfície com Bopsil, 15 mg/rolha, e a uma lavação branca.
Todas as rolhas SSR 15 foram fabricadas por extrusão, a partir de bastões de 32 mm, seguida de rectificação, tendo sido submetidas a um tratamento padrão de superfície com Bopsil, 15 mg/rolha. Estas rolhas foram divididas em dois grupos, em gue um dos grupos foi submetido a um processo de lavação branca (rolhas SSR 15b) e o outro grupo foi submetido a um processo de lavação cor de cortiça (rolhas SSR 15c).
No que respeita ao processo de fabrico dos dois tipos de rolhas, é de referir que embora se utilize uma extrusão para ambos, as velocidades de avanço e temperatura da máquina de extrusão para as rolhas SSR diferem relativamente às das rolhas aglomeradas de técnica anterior, devido às diferentes dimensões (acima referidas) dos respectivos bastões.
No ensaio de engarrafamento foi utilizado vinho Verde Branco, da Sociedade Vinhos Borges e utilizadas garrafas Bordalesas de 750 mL de cor esmeralda. A distribuição das rolhas foi como se indica a seguir: 35 garrafas com rolhas aglomeradas; 20 garrafas com rolhas SSR 15b; 20 garrafas com rolhas SSR 15c.
Devido ao diferente formato das rolhas, utilizou-se uma linha de engarrafamento de vinho para engarrafar as rolhas 20 aglomeradas e uma linha de engarrafamento de champanhe para engarrafar as rolhas SSR.
Todas as garrafas foram armazenadas na posição horizontal à temperatura ambiente.
Analisaram-se as garrafas distribuídas como se indica no quadro seguinte: N° de Garrafas com rolhas Tempos Aglomeradas SSR 15b SSR 15c 0 meses 2 2 2 3 meses 6 6 6 6 meses 10 5 5 12 meses 10 5 5 Na sequência do ensaie > todas as rolhas SSR 15 foram extraídas e fim de 3, 6 e reinseridas nas 12 meses. garrafas com grande facilidade ao No que respeita à Fig. 4, relativamente à absorção em garrafa, os resultados apresentados foram obtidos pela variação dos pesos das rolhas medidos antes do engarrafamento inicial e após a sua remoção no fim de cada periodo de tempo referido na figura.
Verificou-se que nas rolhas SSR deste ensaio a absorção é muito limitada, e substancialmente mais baixa do que no caso das rolhas aglomeradas de técnica anterior. Isto acontece porque, devido às diferenças que se verificam nos processos de fabrico (acima descritos), as rolhas SSR (aqui produzidas de bastões de 21 32 mm) são mais compactadas do que as rolhas aglomeradas de técnica anterior (produzidas de bastões de 25 mm) e, por este motivo, absorvem menos do que estas últimas. Além do aspecto produtivo, deve ser também referido que a formulação utilizada nas rolhas SSR possui uma quantidade de parafina ligeiramente superior à da formulação utilizada nas rolhas aglomeradas de técnica anterior, o que também pode justificar a diferente absorção. Isto significa que as diferenças de absorção verificadas para os dois tipos de rolhas não têm qualquer relação com a forma das mesmas.
Fazendo referência às Fig. 5 e 6, os resultados apresentados relativamente à evolução dos teores de SO2 livre (Fig. 5) e total (Fig. 6), foram obtidos por titulação potenciométrica, de acordo com o método interno 104 da CVRW.
Verifica-se que a evolução dos teores de SO2, livre e total, é igual nas rolhas SSR 15b e nas rolhas SSR 15c. Pelo contrário, as perdas de SO2 livre e total nos vinhos vedados com rolhas aglomeradas de técnica anterior é menor, porque, ao absorverem mais, estas rolhas dilatam-se e, deste modo, ajustam-se mais ao gargalo.
Verifica-se também que os valores de SO2 total são maiores ao fim de 12 meses porque a entidade que efectuou as medições alterou o método utilizado nas medições anteriores. No entanto, este facto em nada afecta os resultados uma vez que o valor relativo entre vedantes é igual. 22
Exemplo 3. Ensaio de análise sensorial
Ao longo de 3 períodos de análise foi efectuada uma análise sensorial comparativa, entre vinhos vedados com rolhas SSR e com rolhas aglomeradas de técnica anterior, com o objectivo de verificar se a evolução dos vinhos variava conforme o vedante. Este ensaio foi realizado com recurso a um teste triangular de acordo com a norma NF ISO V09-013 de 1995.
As rolhas em estudo foram as mesmas do exemplo anterior, compreendendo rolhas aglomeradas de técnica anterior, rolhas SSRb e rolhas SSRc. Fizeram-se combinações de três amostras de vinho, em que cada provador tinha obrigatoriamente de indicar uma das três como sendo diferente (mesmo que não achasse nenhuma nestas condições). A seguir foram determinadas as respostas certas e comparadas com o denominado número crítico que correspondia ao número mínimo de respostas certas para que as amostras fossem consideradas estatisticamente diferentes. Este número crítico está indicado em tabela da norma ISO e varia com o número de provadores.
Para uma melhor compreensão mostra-se, de seguida, o Quadro 3 que inclui os dados do ensaio. 23
Quadro 3 - Testes de análise sensorial CA NP A, SSRb, SSRb 9 A, A, SSRb 9 SSRb, SSRb, A 9 SSRb, A, SSRb 9 A, A, SSRb 9 Total de respostas 45 A, A, SSRc 9 SSRc, SSRc, A 9 SSRc, A, SSRc 9 A, SSRc, A 9 SSRc, SSRc, A 9 Total de respostas 45 NRC NCr Res 2 6 ns 3 6 ns 3 6 ns 3 6 ns 2 6 ns 13 21 ns 3 6 ns 3 6 ns 2 6 ns 3 6 ns 4 6 ns 15 21 ns
Refere-se de seguida o significado dos itens constantes da tabela anterior: "CA" - Controlo de amostras, "NP" - Número de provadores, "NRC" - Número de respostas certas, "NCr" - Número critico, Res" - Resultados, "ns" - vinho não se alterou, "A" - rolhas aglomeradas de técnica anterior como definido no exemplo 2.
Em sintese, no que respeita à oxidação ao fim de 3 e 6 meses, os provadores não registaram qualquer diferença estatisticamente significativa entre os vinhos. Ao fim de 12 meses, três provadores consideraram oxidadas 3 garrafas rolhadas com rolhas aglomeradas de técnica anterior, embora estatisticamente essa diferença também não seja considerada significativa. 24
Em relação à capacidade vedante, o ensaio de engarrafamento ao longo de um ano mostrou que as rolhas SSR, de acordo com a presente invenção, se comportam do mesmo modo que as rolhas aglomeradas de técnica anterior utilizadas como referência. As diferenças encontradas na absorção são devidas ao diferente modo de produção (como referido anteriormente) e não às dimensões e forma das rolhas.
No que se refere à utilização das rolhas SSR da presente invenção, estas provaram a sua susceptibilidade para a reutilização meramente manual, tendo sido extraídas e inseridas com grande facilidade.
Os resultados são claros e indicam que as rolhas SSR da presente invenção têm uma capacidade vedante em tudo idêntica à das rolhas aglomeradas utilizadas para a comparação no ensaio de engarrafamento ao fim de 12 meses.
Lisboa, 8 de Agosto de 2008 25

Claims (12)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Rolha de cortiça compreendendo um elemento (1) superior ou cabeça e um elemento (2) inferior ou corpo, caracterizada por: • a referida cabeça (1) possuir uma altura (a', a'') de, pelo menos, cerca de 8 mm; • o referido corpo (2) ser cilindrico e possuir um diâmetro (d' , d' ' ) de cerca de 21 a 26 mm e um comprimento (c' , c' ' ) de cerca de 10 a 30 mm.
  2. 2 . Rolha de cortiça, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a referida cabeça (1) possuir um diâmetro (da', da'' ) superior ao diâmetro (d', d'') do corpo (2), em, pelo menos, cerca de 3 mm.
  3. 3. Rolha de cortiça, de acordo com a reivindicação 1 e reivindicação 2, caracterizada por o formato da referida cabeça (1) de rolha ser cilindrico, cúbico, paralelipipédico, cónico e semelhantes.
  4. 4. Rolha de cortiça, de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizada por a referida rolha (SSR) ser de cortiça natural, cortiça natural colmatada, cortiça aglomerada e suas combinações.
  5. 5. Rolha de cortiça, de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizada por a referida cabeça (1) e/ou o referido 1 corpo (2) compreender, pelo menos, um disco (4) de cortiça natural.
  6. 6. Rolha de cortiça, de acordo com a reivindicação 1 a 5, caracterizada por a referida cabeça (1) e/ou o referido corpo (2) possuir um chanfre (3) de cerca de 2 a 4 mm.
  7. 7 . Rolha de cortiça, de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizada por a referida cabeça (1) possuir um diâmetro (da', da' ' ) de 30 mm e uma altura (a' , a' ' ) de 20 mm, possuindo o referido corpo (2) um diâmetro (d', d' ') de 23 mm e um comprimento (c' , c'') de 25 mm.
  8. 8. Rolha de cortiça, de acordo com as reivindicações 1, 2, 3, 4 e 6, caracterizada por a referida cabeça (1) possuir um diâmetro (da', da'') de 30 mm e uma altura (a', a'') de 2 0 mm, possuindo o referido corpo (2) um diâmetro (d', d' ') de 23 mm, um comprimento (c' , c' ' ) de 2 7 mm e sendo o referido corpo (2) chanfrado com um chanfre (3) de 2 mm.
  9. Rolha de cortiça, de acordo com as reivindicações 1, 2, 3, 4 e 6 , caracterizada por a referida cabeça (1) possuir um diâmetro (da', da'') de 30 mm e uma altura (a' , a' ' ) de 15 mm, possuindo o referido corpo (2) um diâmetro (d', d' ' ) de 2 4 mm, um comprimento (c\ c") de 2 7 mm e sendo 0 referido corpo (2) chanfrado com um chanfre (2) de 4 mm.
  10. 10. Rolha de cortiça, de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizada por a referida cabeça (1) possuir um diâmetro (da' , da' ' ) de 30 mm e uma altura (a' , a' ' ) de 2 0 mm, compreendendo a cabeça (1) um disco (4) com uma altura (ad'' ) de 15 mm, possuindo o referido corpo (2) um 2 diâmetro (d', d'') de 23 mm, um comprimento (c', c' ') de 25 mm e sendo o referido corpo chanfrado com um chanfre (3) de 4 mm.
  11. 11. Rolha de cortiça, de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizada por a cabeça (1 ) possuir um diâmetro (da'') de 30 mm e uma altura (a' ' ) de 20 mm, compreendendo a cabeça (1) um disco (4) com uma altura (ad' ' ) de 15 mm, possuindo o referido corpo (2) um diâmetro (d") de 21 mm, um comprimento (c' ' ) de 25 mm e sendo o referido corpo chanfrado com um chanfre (3) de 4 mm.
  12. 12. Utilização de rolha de cortiça descrita nas reivindicações anteriores, caracterizada por fechar recipientes contendo bebida seleccionada do grupo compreendendo vinho, cerveja, bebidas espirituosas, água, refrigerantes e outras. Lisboa, 8 de Agosto de 2008 3
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