PT103967A

PT103967A - Embalagem em plástico

Info

Publication number: PT103967A
Application number: PT10396708A
Authority: PT
Inventors: Erik Bock
Original assignee: Erik Bock
Priority date: 2007-10-04
Filing date: 2008-02-13
Publication date: 2009-04-06
Also published as: PT10286T; MX2007016548A; ES1066463U; ES1066463Y; WO2009043687A1

Abstract

EMBALAGEM EM PLÁSTICO, PARTICULARMENTE APLICÁVEL A FRASCOS PARA PRODUTOS LÍQUIDOS OU SEMI-PASTOSOS TAIS COM TINTAS, COMPREENDENDO UM RECIPIENTE CILÍNDRICO (1) E UMA TAMPA CORRESPONDENTE (2) PARA O FECHAR HERMETICAMENTE, TENDO A FACE INTERNA DA PAREDE DO RECIPIENTE, A UMA CURTA DISTÂNCIA POR BAIXO DO SEU CANTO SUPERIOR, UMA NERVURA ANULAR PERIFÉRICA (5) QUE, NO SEU REBORDO INFERIOR, DETERMINA UM RESSALTO DE ENTRADA (10); A TAMPA (2) DA EMBALAGEM É UMA PEÇA ÚNICA DE CONFIGURAÇÃO GERAL DISCIFORME, CUJA PORÇÃO MAIS EXTERIOR TEM UMA PRIMEIRA PARTE INTERIOR DESCENDENTE (11) E UMA SEGUNDA PARTE EXTERIOR ASCENDENTE (12), INCLINADAS PARA FORA E DE CONFIGURAÇÃO GERAL IRREGULAR.

Description

1

DESCRIÇÃO

EMBALAGEM EM PLÁSTICO

Sector técnico do invento 0 presente invento refere-se a uma embalagem em plástico que compreende um recipiente e uma tampa correspondente para o fechar hermeticamente. A embalagem objecto do presente invento é aplicável, com vantagem, ao enchimento de produtos líquidos ou semi-pastosos, tais como tinta.

Antecedentes do invento É conhecido, actualmente, um tipo de embalagem constituído por um recipiente e uma tampa correspondente, em que a boca do recipiente, que é feito numa peça única, está proporcionada com um rebordo interior, que ressalta da face interna da parede do recipiente, proporcionado com uma nervura anular cuja função é a de cooperar com uma saliência respectiva, existente na tampa do recipiente, para reter a dita tampa na posição de fecho.

Foi comprovado que, em circunstâncias especiais, como por exemplo depois de uma queda acidental da embalagem cheia, ou como consequência de um impacto com uma embalagem adjacente durante as operações de armazenagem ou transporte das embalagens cheias, nas quais aumenta a pressão no interior da embalagem, a tampa sai da sua posição de fecho hermético podendo verter parte do produto armazenado para o exterior.

Um objectivo principal do presente invento consiste em dar a conhecer uma embalagem que melhore o desempenho das embalagens, tal como descrito anteriormente, e, em especial, que tenha uma maior capacidade de sujeição e retenção da tampa do recipiente. 2

Explicação do invento A embalagem do invento é do tipo que compreende um recipiente cilíndrico e uma tampa correspondente para o fechar hermeticamente, tendo, na face interna da parede do recipiente, a uma curta distância por baixo do seu canto superior, uma nervura anular periférica que, no seu rebordo inferior, determina um ressalto de entrada.

Em particular, a embalagem caracteriza-se por a tampa ser uma peça única, de configuração geralmente disciforme, cuja porção mais exterior está proporcionada com uma primeira parte interior descendente e uma segunda parte exterior ascendente, inclinadas para fora e de configuração geral irregular, que está adaptada para se manter aplicada, pelo menos parcialmente, sobre a porção superior da face interna da parede do recipiente, e proporcionada com uma nervura anular periférica por baixo do ressalto de entrada da boca do recipiente na posição de fecho da tampa, e por as ditas primeira e segunda partes estarem unidas por uma porção de união dotada da flexibilidade necessária para actuar como uma charneira e permitir, quando surge uma sobrepressão interna na embalagem como consequência de um embate ou de uma queda, um movimento relativo entre as ditas primeira e segunda partes que provoca uma dilatação da tampa que assegura a nervura anular periférica da tampa debaixo do ressalto de entrada da boca do recipiente e impede a sua saída acidental e, como consequência, a abertura da embalagem.

Com vantagem, a charneira produz um efeito de absorção das pancadas ou deformações que podem produzir-se na parede da embalagem, perto da zona da sua boca, evitando-se aberturas acidentais da mesma. 3

De acordo com outra característica da embalagem, a porção de união é formada por uma porção anular cuja espessura lhe proporciona a flexibilidade desejada, sendo formada, de preferência, por uma porção de secção inferior às primeira e segundo partes.

De acordo com outra caracteristica do invento, a dita segunda parte exterior ascendente da secção transversal da porção mais exterior da tampa, compreende, de dentro para fora, uma primeira secção ascendente em plano inclinado, uma segunda secção curta ascendente essencialmente vertical, uma terceira secção em plano inclinado até cima e para fora, uma quarta secção ascendente também essencialmente vertical e uma quinta secção horizontal até fora, e, perto da união entre o primeiro e o segunda secção está disposta uma segunda porção cuja espessura determina, na tampa, uma segunda porção anular periférica correspondente adaptada para actuar como uma charneira flexível.

De acordo com esta configuração particular, para além de favorecer a sujeição da tampa por encaixe da nervura anular da dita tampa no ressalto da boca da embalagem, melhora a estanqueicidade do conjunto por manter porções dos segundo a quinto secções aplicados por deformação elástica da charneira contra a parede interior da boca da embalagem.

De acordo com outra caracteristica do invento, a quinta secção da segunda parte exterior ascendente da tampa tem uma fenda que permite o acesso, através do corpo da tampa, a uma cavidade de entrada do canto da tampa disposta nas pelo menos terceira e quarta secções do canto da tampa, definindo a dita fenda, na periferia do dito quinta secção, um tira fina adaptada para ser partida, com se fosse um selo, quando se 4 introduz uma ferramenta na fenda com a finalidade de destapar a embalagem.

Consegue-se fazer, assim, a abertura da embalagem sem necessidade de ter que manipular previamente a embalagem, como ocorre com a patilha nas embalagens conhecidas, para além de que não se deixa de proporcionar a mesma com um sistema anti-fraude, o do selo, para detectar que foi aberto anteriormente.

De um modo preferido, entre a face exterior da primeira parte e a face exterior da cavidade de entrada da segundo parte da tampa são proporcionadas umas nervuras de reforço que unem a parede externa da dita cavidade de entrada à dita primeira parte.

Breve descrição dos desenhos

Os desenhos anexos ilustram, a título de exemplo não limitativo, o modo de realização do conjunto formado por uma boca de uma embalagem cilíndrica e a tampa correspondente para fechar hermeticamente a dita embalagem. Assim:

As figuras 1 e 2 são vistas em perspectiva de um recipiente e de uma tampa que formam uma embalagem de acordo com o invento; A figura 3 é uma vista em corte, em perspectiva e segundo um plano diametral, da porção superior do recipiente e da tampa das figuras 1 e 2, respectivamente, na qual a tampa está aplicada convenientemente na boca do recipiente, fechando-o por cima; e

As figuras 4 e 5 são vistas em detalhe das zonas A e B, respectivamente, da figura 3. 5

Descrição detalhada dos desenhos 0 conjunto recipiente 1 e tampa 2 representado nas figuras 1 e 2, respectivamente, é feito em plástico e constitui uma peça única. 0 recipiente 1 tem forma geralmente cilíndrica e a sua parede lateral 3, na zona adjacente à sua boca, apresenta uma espessura prática ligeiramente superior à do resto da parede da embalagem. A boca do recipiente 1 compreende um bordo superior 4, essencialmente plano, e, na sua face interna, uma nervura anular periférica 5 adaptada para reter, numa posição de fecho hermético da embalagem, a tampa 2. A dita tampa tem uma configuração geralmente disciforme e o seu canto externo está configurado para permitir o acoplamento seguro na boca do recipiente 1. Para isso, o canto externo é também proporcionado com uma nervura anular periférica 6, destinada a ficar colocada por baixo da nervura anular periférica 5 do recipiente 1, na posição de fecho hermético da tampa 2.

Enquanto o recipiente 1 é formado a partir de um corpo de revolução, a tampa 2 apresenta uma zona angular de abertura 7, cujo perfil do canto externo varia ligeiramente em relação ao perfil do resto da tampa 2, como será explicado em mais detalhe mais adiante. A figura 3 ilustra a tampa 2 aplicada na boca do recipiente 1. 0 recipiente 1 e a tampa 2 ilustrados estão seccionados por um plano diametral de corte que passa pela zona angular de abertura 7 da tampa 2.

Em ambas as representações de detalhe das zonas A e B das figuras 4 e 5 se observa o contorno da face interna da zona da boca do recipiente 1. É tomado em consideração, nas figuras 4 e 5, que a face interna do recipiente 1 compreende, de cima para baixo, uma primeira parte vertical 8, unida sem solução de 6 continuidade com uma parte 9 inclinada descendentemente que configura a nervura anular periférica 5, a qual determina, no seu bordo inferior, um ressalto de entrada 10.

No que diz respeito à tampa 2, a secção transversal do seu canto varia ligeiramente na zona angular de abertura 7, A dita secção transversal, representada na figura 4, é proporcionada com uma primeira parte interior descendente 11, rectilinea e essencialmente vertical, e com uma segunda parte exterior ascendente 12, inclinada para fora e de configuração irregular complementar ao perfil da face interna do recipiente 1.

Ambos as primeira e segunda partes estão unidas, entre si, por uma primeira porção de secção inferior 13 que determina, na tampa, uma porção anular periférica correspondente, adaptada para actuar como uma charneira flexivel.

Observa-se, para além disso, que a referida segunda parte exterior ascendente 12 da secção transversal do canto da tampa 2 compreende, de dentro para fora, uma primeira secção ascendente em plano inclinado 14, uma curta segunda secção ascendente essencialmente vertical 15, uma terceira secção em plano inclinado até cima e para fora 16, uma quarta secção ascendente também sensivelmente vertical 17 e uma quinta secção horizontal até fora 18 destinada a ficar apoiada no bordo superior 4 do canto da boca do recipiente 1, na posição de fecho da tampa 2. A segunda secção exterior ascendente 12 é a que está proporcionado com uma protuberância até fora que determina a nervura anular periférica 6 adaptada para ficar disposta por baixo do ressalto de entrada 10 da boca do recipiente 1, e para colaborar com o dito ressalto na sujeição da tampa 2 na posição de fecho hermético. 7

Na figura 4 pode também observar-se que, na união entre aa primeira e a segunda secções 14 e 15 da segunda parte exterior ascendente 12 da secção transversal do canto da tampa 2, está disposta uma segunda porção de secção inferior 19 que determina, na tampa, uma segunda porção anular periférica correspondente, adaptada também para actuar como uma charneira flexível.

Se se verificasse uma queda acidental da embalagem cheia, a deformação da parede lateral 3 da embalagem geraria uma sobrepressão interna que provocaria a deformação da tampa 2, articulando-se as porções da tampa 2 em ambos os lados das porções de secção inferior 13 e 19, dilatando-se a tampa 3 e aumentando o encaixe da nervura anular periférica 6 por baixo do ressalto de entrada 10 do recipiente 1. 0 perfil do canto da tampa 2 na zona de abertura 7 está representado em detalhe na figura 5. Pode ver-se nesta figura 5 que, na quinta secção horizontal até fora 18 da segunda parte exterior ascendente 12 da secção transversal do canto da tampa, existe uma fenda 25 que permite o acesso, através do corpo da tampa 2, a uma cavidade 21 de entrada do canto da tampa 2, disposta nas pelo menos terceira 16 e quarta 17 secções do canto da tampa 2, definindo a dita fenda 25, na periferia do quinta secção 18, uma tira fina 22 adaptada para ser partida, como uma selo, quando se introduz uma ferramenta na fenda 25 com a finalidade de destapar o embalagem.

Tal como está ilustrado na figura 2, entre a face exterior da primeira parte interior descendente 11, e a face exterior da cavidade de entrada 21 da segunda parte 12 da secção transversal do canto da tampa 2, existem umas nervuras 23 de reforço que unem a parede externa da dita cavidade de entrada 21 com a dita primeira parte interior descendente 11. Em 8 concreto, cada uma das duas nervuras 23 está disposta num extremo da fenda 25 (uma das quais está representada na figura 5) .

Assim, observa-se também na figura 2 como a tampa 2 está proporcionada sobre a face exterior das terceira e quarta secções, 16 e 17, da segunda parte exterior 12 de uma série de filetes 26 radiais e verticais, que estão distribuídos regularmente ao longo da referida segunda parte exterior ascendente 12. Os cantos superiores dos ditos filetes 26 estão destinados a receber o apoio de uma tampa 2 idêntica superposta, permitindo o empilhamento de forma estável de tampas 2 antes da sua aplicação em embalagens correspondentes.

Por ultimo, é de referir' que o recipiente 1 está proporcionado, na sua base, com um rasgo anular periférico 24 (ver figura 1) adaptado para receber o encaixe de uma nervura anular correspondente 27 proporcionada para esse efeito na tampa 2.

Lisboa, 13 de Fevereiro de 2008

Claims

1 REIVINDICAÇÕES 1. Embalagem em plástico, aplicável particularmente a latas para produtos líquidos ou semi-pastosos, tal como tintas, compreendendo um recipiente cilíndrico (1) e uma tampa correspondente (2) para o fechar hermeticamente, tendo a face interna da parede do recipiente, a curta distância por baixo do seu canto superior, uma nervura anular periférica (5) que, no seu bordo inferior, determina um ressalto de entrada (10) , caracterizada por a tampa (2) da embalagem ser uma peça única de configuração geralmente disciforme, cuja porção mais exterior está equipada com uma primeira parte interior descendente (11} e de uma segunda parte exterior ascendente (12), inclinada para fora e de configuração geral irregular, que está adaptada para ser aplicada, pelo menos parcialmente, sobre a porção superior da face interna da parede do recipiente (1), e proporcionada com uma nervura anular periférica (6) disposta por baixo do ressalto de entrada (10) da boca do dito recipiente (1) na posição de fecho da tampa (2); e por as primeira e segunda partes (11; 12) estarem unidas por meio de uma porção de união com a flexibilidade necessária para actuar como uma charneira e permitir, ao surgir uma sobrepressão interna na embalagem como consequência de uma pancada ou de uma queda, um movimento relativo entre as ditas primeira e segunda partes, o que provoca uma dilatação da tampa (2) que prende a nervura anular periférica (6) da tampa por baixo do ressalto de entrada (10) da boca do recipiente, impedindo a sua saída acidental.

2. Embalagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a porção de união ser formada por uma porção anular cuja espessura lhe proporciona a flexibilidade desejada, 2 sendo formada, de preferência, por uma porção de menor secção (13) do que a da primeira ou segunda partes (11, 12).

3. Embalagem de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizada por a dita segunda parte exterior ascendente (12) da secção transversal da porção mais exterior da tampa 2 compreender, de dentro para fora, uma primeira secção ascendente em plano inclinado (14), uma segunda secção curta ascendente essencialmente vertical (15), uma terceira secção em plano inclinado até cima e para fora (16) , uma quarta secção ascendente também essencialmente vertical (17) e uma quinta secção horizontal até fora (18), e por, perto da união entre o primeiro e o segundo secções, existir uma segunda porção cuja espessura determina, na tampa, uma segunda porção anular periférica correspondente (19), adaptada para actuar como uma charneira flexivel.

4. Embalagem de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por na quinta secção (18) da segunda parte exterior ascendente (12) da tampa (2) existir uma fenda (25) que permite o acesso, através do corpo da tampa (2), a uma cavidade de entrada (21) do canto da tampa (2) colocada nas pelo menos terceira e quarta secções (16, 17) do canto da tampa, definindo a dita fenda (25), na periferia da dita quinta secção, uma tira fina (22) adaptada para ser partida, como um selo, quando se introduz uma ferramenta na fenda com o objectivo de destapar a embalagem.

5. Embalagem de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por entre a face exterior da primeiro parte (11) e a face exterior da cavidade de entrada (21) da segundo parte (12) da tampa (2) existirem umas nervuras (23) de reforço que unem a parede externa da dita cavidade de entrada à dita primeira parte. Lisboa, 13 de Fevereiro de 2008