PT1010964E - Dispositivo de ignicao de uma espoleta - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO DE IGNIÇÃO DE UMA ESPOLETA" A invenção refere-se ao domínio dos mecanismos de ignição eléctrica para projécteis, mísseis, minas e bombas miniatura e tem mais particularmente por objecto um dispositivo de ignição de uma espoleta do tipo idêntico ao que vem descrito na patente DE 3206285, ou seja, que inclui nomeadamente uma alimentação eléctrica de um circuito que compreende nomeadamente meios de comutação e meios como uma resistência eléctrica ou incluem um percutor e meios para o mover preparados para inflamar a espoleta.
Conhecem-se vários dispositivos de ignição de uma espoleta. Assim, o pedido de patente N° FR 2742859, em nome dos requerentes, descreve um dispositivo de escorvagem com tempo programável, incluindo uma espoleta, meios de alimentação eléctricos de um circuito, que compreende principalmente uma resistência de ignição, meios de comutação do circuito de alimentação da resistência de ignição, meios de programação de uma duração de temporização e meios de comando dos meios de comutação constituídos por um microcontrolador e por uma roda codificadora, assim como um módulo de armadilhar ligado ao microcontrolador. A título de exemplo, os meios para armadilhar podem ser do tipo com abertura de contacto e constituídos por um circuito fechado alimentado pelos meios de alimentação e compreendendo um certo número de contactores de abertura telecomandada à distância ou por inércia ou por um fio de escorregamento.
Estes tipos de contactores podem apresentar inconvenientes para a sua concretização no quadro de uma mina terrestre anticarro.
Com efeito, em certos casos, não é possível prever um despoletamento telecomandado ou do tipo de inércia, e além disso, o fio de escorregamento não permite a discriminação entre um soldado e o veículo para a ignição da espoleta.
Par q remediar este problema e despoletar a ignição unicamente em presença de um veículo, o documento FR 2654824 menciona que, para o reconhecimento de um veículo, pode-se, por exemplo, utilizar um detector sensível ao contacto pelo veículo ou à pressão, ou um detector sensível ao seu campo magnético ou à variação do campo magnético da terra sob a acção do veículo ou a um detector de vibração.
Descreve-se, por outro lado, a utilização de uma dupla detecção, uma por influência e outra por contacto ou pressão.
Entre os detectores sensíveis ao contacto ou à pressão de um veículo, podem citar-se os que vêm descritos nos documentos FR 2504254, FR 2507307 e EP 942257. 0 primeiro descreve uma mina anticarro que inclui um detector, na sua parte superior constituído nomeadamente por uma placa de pressão destinada a provocar a ignição por inflamação de uma cadeia pirotécnica constituída por um percutor, por uma espoleta, por um relé de inflamação e por um bloco de inflamação permitindo a ignição da carga pirotécnica útil encerrada na mina.
Os segundo e terceiro documentos descrevem uma mina anticarro que possui uma carga útil, assim como uma dupla detecção do carro, uma por influência e a outra por contacto, que provoca a ignição directa da carga útil. 2 i__^ ^^*· \l
Todos os dispositivos descritos nos documentos pré-citados apresentam inconvenientes. Assim, a mina com placa, descrita no documento FR 2504254, necessita de uma passagem do veiculo a destruir pela vertical da mina, o que reduz notavelmente a probabilidade de accionamento da mina pelo veiculo.
Os documentos FR 2654824 e FR 2507307 mostram a possibilidade de fazer crescer de forma notável o alcance de uma mina pela utilização, além de uma detecção por contacto ou por pressão, de uma detecção por influência.
Todavia, esta dupla detecção necessita da presença de dois conjuntos electrónicos distintos, o que aumenta o número de componentes e portanto o custo dos meios de ignição da espoleta e diminui a fiabilidade global do dispositivo.
Aliás, os dispositivos descritos nestas últimas patentes não permitem optimizar os efeitos da explosão da mina sobre o carro. 0 objecto da invenção é propor meios de ignição de uma espoleta muito fiáveis, necessitando de um mínimo de componentes electrónicos e, embora não utilizando um único tipo de meios de detecção, apresentem um alcance acrescido relativamente a um dispositivo igual ao descrito no documento FR 2504254, e permitindo optimizar os efeitos da explosão do engenho explosivo associado aos meios de ignição. A solução conseguida é um dispositivo de ignição de uma espoleta do tipo incluindo, nomeadamente, pelo menos uma alimentação eléctrica de um circuito que compreende, nomeadamente, meios de detecção e/ou de comutação e meios como, por exemplo, uma resistência eléctrica ou possuindo um percutor, e meios preparados para o fazer mover aptos a inflamar a espoleta e caracterizado por os meios de detecção e/ou de 3
comutação serem constituídos por uma rede de contactores prontos para abrir e também fechar, um circuito incluindo pelo menos a referida alimentação eléctrica, sob a acção de um contacto ou de uma força e a voltar a fechar e também a abrir o referido circuito quando do desaparecimento do referido contacto ou da referida força.
Segundo uma característica particular, a rede é constituída por uma tira de contactores.
De acordo com uma outra característica, os referidos contactores são constituídos por comutadores de membrana.
De acordo com uma outra característica, os comutadores de membrana são constituídos por uma primeira placa que inclui um orifício, uma segunda placa que inclui, ela própria, um orifício e rebordos inclinados que se introduzem no orifício da primeira placa, uma membrana esférica com a forma de um segmento esférico dirigido para cima e fixado na extremidade dos rebordos inclinados, uma banda electricamente condutora fixada na face interior da membrana.
De acordo com uma característica preferencial que permite introduzir um limite de detecção, no caso um limite de pressão, a referida rede está colocada no interior de um revestimento deformável de material, cuja dureza é preferencialmente superior a 40° shore. A escolha da forma e do ou dos materiais constitutivos do revestimento, bem como a constituição dos comutadores de membrana, permite a introdução de um limite de pressão mínimo, acima do qual o comutador de membrana se pode fechar e abaixo do qual não pode. 4 p
De acordo com uma caracteristica particular, este revestimento é constituído por um perfilado em silicone extrusado, cuja dureza pode ser de 60° shore.
Segundo uma caracteristica preferencial, o revestimento inclui vários segmentos limitados por uma modificação da sua estrutura e em condiçOes de facilitar a sua dobragem.
Segundo uma caracteristica adicional, esta modificação de estrutura consiste numa redução da sua espessura no todo ou em parte da sua circunferência e pode, por exemplo, ser constituída por uma garganta, estando os comutadores de preferência posicionados fora da secção recta da modificação da estrutura do revestimento.
De acordo com uma outra caracteristica, permitindo, por exemplo, introduzir um limite de desbloqueio da espoleta, os comutadores de membranas são ligados a meios de tratamento dos sinais eléctricos emitidos pelos meios de detecção, estando estes meios de tratamento preparados, nomeadamente, para filtrar os objectivos e para comandar o desbloqueamento da escorvagem.
De acordo com uma caracteristica adicional, estes meios de tratamento incluem um módulo de contagem.
Segundo uma caracteristica particular, estes meios de tratamento dos sinais são constituídos por um microcontrolador.
De acordo com uma outra caracteristica, os meios de tratamento são ligados à alimentação eléctrica, aos meios de detecção e à resistência de ignição da espoleta.
De acordo com uma caracteristica adicional, meios de comutação comandados pelos meios de tratamento são colocados entre estes últimos e a resistência de ignição da espoleta. 5 ί
De acordo com outra caracteristica adicional, os meios de temporização estão associados aos meios de tratamento e/ou aos meios de comutação comandados pelos meios de tratamento. A invenção tem também por objecto um engenho explosivo do tipo que possui uma carga explosiva, uma espoleta e meios de ignição desta carga explosiva e é caracterizado por os meios de ignição incluírem um dispositivo de ignição de acordo com uma das características anteriormente citadas.
Outras vantagens e características aparecerão na descrição de formas particulares de realização da invenção, tendo em vista as figuras anexas, entre as quais: - a figura 1 mostra uma variante de realização dos meios de detecção de acordo com a invenção, - a figura 2 apresenta um esquema de uma vista em corte dos meios de detecção de acordo com esta variante de realização de acordo com a invenção, - a figura 3 representa um comutador de membrana utilizado no quadro desta variante de realização da invenção, - a figura 4 apresenta um esquema do dispositivo de ignição de acordo com uma primeira forma de realização, - as figuras 5 e 6 mostram um esquema do dispositivo de ignição de acordo com uma segunda forma de realização, - as figuras 7a e 7b mostram um exemplo de accionamento do comutador de membrana, - a figura 8 apresenta um esquema de um dispositivo de ignição de acordo com uma terceira forma de realização, 6
- a figura 9 apresenta uma disposição particular de engenhos explosivos, que utilizam meios de ignição de acordo com a invenção.
As figuras 1 e 2 apresentam meios de detecção 10 de acordo com a invenção destinados a ser integrados num dispositivo de ignição de uma espoleta dada a sua associação com um engenho explosivo, por exemplo uma mina.
Estes meios de detecção 10 são constituídos por uma tira (fileira) de interruptores de membrana 12 e são inseridos num revestimento 13 em forma de tubo de secção rectangular.
Este revestimento 13 é de silicone extrudido de dureza 60° shore e obtido por extrusão. Inclui, por outro lado, modificações de estrutura 25 regularmente repartidas em todo o seu comprimento a fim de permitir a sua dobragem em acordeão. Estas modificações de estrutura consistem numa diminuição longitudinal da sua secção em alguns milímetros, ou, por outras palavras, numa garganta situada em toda a periferia exterior do revestimento 13.
As dimensões exteriores deste revestimento são de 54 mm de largura e de 10 mm de altura, enquanto que as do espaço livre interno são de 30 mm de largura e de 6 mm de altura. O seu comprimento total é de 4 m e inclui quatro modificações de estrutura que permitem a sua dobragem em cinco segmentos. A tira 11 de interruptores 12 tem uma largura de 24 mm e está disposta centrada na face interna inferior 14 do revestimento 13. Os interruptores 12 são do tipo descrito no documento EP 202711. Como se mostra na figura 3, possuem uma primeira placa 15, que inclui um orifício circular 16, uma segunda placa 17, incluindo ela própria um orifício circular 18, 7 Γ L·. ^ t e os rebordos inclinados 19 que se inscrevem no orifício 16 da primeira placa 15. Uma membrana esférica 21, tendo a forma de um segmento esférico dirigido para cima, é fixada na extremidade 20 dos rebordos inclinados 19. Uma banda electricamente condutora 22 é fixada na face inferior da membrana 21. A segunda placa 17 está fixada sobre a primeira placa 15 por colagem. Uma banda condutora 23 colocada longitudinalmente está centrada sobre a tira flexível 11 e cada um dos conjuntos constituídos pelas placas 15 e 17 e pela membrana 21 é fixado sobre a tira 11 e centrado sobre esta. Assim, por cada conjunto, uma parte da banda condutora 22 está na vertical de uma parte da banda condutora 23.
Como se mostra na figura 4, os meios de detecção 10 são ligados a meios do tratamento 30 dos sinais eléctricos gerados (0 ou 5V) pelos meios de detecção 10.
Estes meios de tratamento são, além disso, ligados por um lado a meios de alimentação eléctrica 40, bem como a uma resistência 31 de ignição de uma espoleta 32.
Como se mostra na figura 5 e a fim de melhorar a segurança da escorvagem, os meios de tratamento podem ser constituídos por um microcontrolador e serem ligados a meios 38 de programação de uma duração de temporização constituídos, por exemplo, por rodas codificadoras, assim como a meios 34 de comutação do circuito de alimentação da resistência 31 de escorvagem, bem como a um condensador 36 que fornece uma intensidade L2 quando da sua descarga, sendo a intensidade LI da corrente de carqa fornecida pelos meios de alimentação 40 desse condensador insuficiente para povocar a ignição da espoleta. 8 11 t
Um microcontrolador 30 comanda a abertura e/ou o fecho dos meios de comutação 34.
Como está esquematizado na figura 6, esses meios 34 de comutação incluem primeiros meios 41 constituídos por um dispositivo electromecânico de segurança compreendendo um relógio mecânico associado a um inversor mecânico, que está normalmente em posição aberta e que fecha o circuito no fim de uma duração pré-determinada de funcionamento deste relógio. Este inversor está ligado a um condensador 36 em condições de fornecer uma intensidade L2 quando da sua descarga, sendo a intensidade LI da corrente de carga fornecida pelos meios de alimentação 40 deste condensador insuficiente para provocar a ignição da espoleta.
Estes meios de comutação 34 incluem segundos meios constituídos por um transístor 50, cuja fonte está ligada à alimentação 40, a grelha ao microcontrolador 30 e o dreno à entrada do inversor do conjunto electromecânico 41, e um transístor 55, cuja fonte está ligada à resistência de escorvamento 31, a grelha ao microcontrolador 30 por meio de uma resistência 72 e o dreno à saída do condensador 36.
Além disso, o dreno 53 do transístor 50 está ligado a um transístor 60 de curto circuito, ele próprio ligado ao microcontrolador 30 e à massa.
Por outro lado, resistências 70, 71, 72 de limitação da intensidade da corrente são colocadas no circuito a montante dos meios elsctromecânicos e entre o microcontrolador 30 e o transístor 55, de maneira que em caso de falha dos transístores e dos meios electromecânicos a resistência de escorvagem 12 seja atravessada por uma corrente, cuja intensidade é insuficiente para provocar o escorvamento do detonador. 9
Além disso, meios de sinalização 81 e 80 são colocados, respectivamnete, a jusante da alimentação 40 e em paralelo com a resitência de escorvagem 31.
Finalmente, um interruptor mecânico 21 com duas posições colocado à salda da alimentação permite numa primeira posição ligar todos os meios electrónicos à massa, enquanto que na segunda posição todos os meios electrónicos são alimentados, mas o condensador 36 só é, em qualquer dos casos, ligado ao circuito de alimentação após um intervalo de segurança gerado pelo dispositivo electromecânico de segurança 41. 0 funcionamento de um dispositivo de acordo com a invenção é o seguinte. Todos os comutadores de membrana da rede estão inicialmente abertos. Como se mostra nas figuras 7a e 7b, a aplicação de um rodízio 90 de um carro sobre um destes comutadores 12 provoca o contacto entre os elementos condutores 22 e 23 e depois a rotura deste contacto após a passagem do rodízio, sendo o interruptor reversível e regressando à sua posição inicial. É assim gerado um impulso de tensão e compatibilizado pelos meios de tratamento 30.
Estes meios de tratamento podem, ou desbloquear imediatamente a alimentação da resistência 60 com uma intensidade suficiente para fazer a ignição da espoleta 32, ou só desbloquear esta ignição após a detecção de um certo número de impulsos. A título de exemplo, os meios de tratamento podem ser programados para desbloquear a ignição só depois da detecção de três impulsos separados durante um intervalo mínimo, portanto, só após a passagem de três rodízios e isto afim da explosão se produzir no ponto mais vulnerável do carro, nomeadamente, ao nível do paiol das munições. 10
Podem também ser programados para só desbloquear a ignição da espoleta após a detecção de quatro, mesmo cinco, impulsos separados por um intervalo mínimo e que se produzam num espaço de tempo limitado, e isto afim de apenas destruir os engenhos de lagartas. Os meios de tratamento podem assim ter uma função de filtragem dos objectivos.
No caso do exemplo das figuras 5 e 6, o funcionamento é sensivelmente o mesmo que o descrito anteriormente, mas estão previstos meios complementares para proteger ao máximo as pessoas encarregadas da colocação das minas. 0 funcionamento é então o seguinte: 0 interruptor mecânico 21 está inicialmente na sua primeira posição, não estando portanto os meios electrónicos 10, 30, 34, 36 alimentados. 0 utilizador determina, com a ajuda das rodas codificadoras, uma duração de temporização Dl e depois coloca, com a ajuda de uma chave particular, o interruptor 21 na posição em que todos os meios electrónicos ficam electricamente alimentados e as rodas codificadoras bloqueadas.
Os meios de ignição são em seguida posicionados sobre uma mina e esta mina escondida no solo enquanto os meios de detecção são ou colocados no solo ou escondidos.
Nesta posição, o desconto da duração da temporização Dl, começado quando da manobra do interruptor 21, prossegue enquanto o relógio mecânico de temporização dos meios electromecânicos de segurança é desbloqueado. Quando termina um tempo Tpl pré-programado do funcionamento deste relógio, produz-se a oscilação do inversor mecânico 41 e portanto o fecho da parte do circuito situado entre o transístor 50 e o condensador 36. 11
Também, em todos os casos em que a duração Dl da temporização programada pelo utilizador é inferior ao tempo pré-programado Tpl ou, no caso de falha do microcontrolador 30 ou dos transístores 50, 55, 60, a ignição só poderá eventualmente verificar-se em qualquer caso após ter expirado este tempo Tpl.
No inicio do desconto do valor Dl, o microcontrolador 30 desactiva o transístor 60 de curtocircuito e activa o transístor 50, que se torna então passante. O condensador 36 carrega então e, no fim do tempo pré-programado Tp2, a activação pelo microcontrolador 30 do transístor 55 produz a descarga do condensador 36 através deste transístor 55 e da resistência de escorvagem 31, sendo a intensidade 12 que circula nesta última então suficiente para provocar a escorvagem do detonador e a explosão da mina. A activação do transístor 55 é comandada como anteriormente vem descrito, ou seja, desde a detecção de vim impulso de tensão pelos meios de detecção 10 ou após a detecção de um certo número de impulsos, por exemplo três, para atingir uma parte sensível do carro, ou quatro, digamos mesmo cinco, para apenas destruir os engenhos com lagartas, sendo este número de impulsos de preferência combinado com os tempos que separam e englobam estes impulsos. É de notar, aliás, que por questões de segurança, é preferível que o tempo de carga Tp2 do condensador seja longo relativamente ao seu tempo de descarga. Assim, os disfuncionamentos, que se traduziriam por comandos simultâneos de todos os transdutores (caso dos efeitos EMP e nucleares), não teriam qualquer consequência.
De acordo com uma variante de realização da invenção, os meios de temporização podem ser simplificados, como os que se apresentam na figura 6. O dispositivo de escorvagem compreende 12
então os meios de detecção 10, uma alimentação eléctrica 40, no caso pilhas, um relé de abertura temporizada 33, um relé de fecho temporizado 35, um condensador 36 e uma resistência de escorvagem 31 da espoleta 32.
Desde a introdução das pilhas, os dois relés ficam excitados. Estando o relé 33 em primeiro lugar fechado, o condensador 36 carrega. Este relé 33 abre após um tempo Tp4, depois o relé 35 fecha e desde que um dos comutadores de membrana 12 dos meios de detecção 10 feche o circuito, o condensador 36 descarrega sobre a resistência 31, provocando a ignição da espoleta 32.
No caso de uma escorvagem com o deslocamento de uma peça mecânica, a descarga do condensador alimenta um solenoide, cuja activação provoca o desbloqueio da peça electromecânica que escorva o detonador.
Em virtude da reversibilidade dos meios de detecção de acordo com a invenção, é possível adaptar as modalidades de ignição em função da natureza do objectivo. Assim, se este é constituído por uma coluna de carros, como vem representado na figura 9, é possível programar o microcontrolador 30 de maneira que a ignição da espoleta só seja comandada após a passagem de um certo número de carros.
Os engenhos explosivos 91 a 95 representados na figura 9 são colocados, por exemplo, todos os 30 metros e numa extensão de 150 metros. Estes cinco engenhos explosivos incluem cada um oa seus próprios meios de detecção 10 de acordo com a invenção ligados a meios 30 de tratamento dos sinais eléctricos que incluem um microcontrolador. 13 (p ^ ^t
No entanto, os meios de ignição dos engenhos explosivos 91, 92, 94 e 95 são desactivados, enquanto os meios de ignição do engenho explosivo 93 são activados.
Esta desactivação consiste em impedir a ignição da espoleta mesmo em casos de detecção de um carro; assim, os carros podem rolar sobre os meios de detecção 10, serem detectados por estes meios, mas sem que se produza a ignição da espoleta. Pode, por exemplo, ser realizada por software ao nível do microcontrolador dos meios 30 de tratamento ou por hardware por meio de um interruptor.
Além disso, os meios 30 associados aos engenhos explosivos 91, 92, 94 e 95 estão programados para que, após activação, façam desbloquear a ignição à primeira detecção de um carro pelos seus meios de detecção associados 10.
Os meios 30 de tratamento associados ao engenho 93 são programados, por um lado, para desbloquear a ignição do engenho explosivo 93 logo que se faz a detecção da passagem de um terceiro carro e, por outro lado, para activar os meios 30 dos outros engenhos explosivos após detecção desta terceira passagem, podendo esta activação, por exemplo, ser realizada por via filar ou por via hertziana com um conjunto emissor/receptor.
Assim, a detecção da passagem dos carros 100 e 101 sobre os meios de detecção 10 associados ao engenho explosivo 93, o único cujos meios de ignição estejam activados não produz nada. Pelo contrário, a passagem de um terceiro carro, ou seja, o carro 102, provoca a explosão do engenho explosivo 93 e a activação dos meios de ignição associados aos engenhos explosivos 91, 92, 94 e 95. Desde então, a detecção de um carro por um dos meios de detecção 10 associados a estes engenhos explosivos provoca a 14 ignição da espoleta e portanto a explosão do engenho explosivo correspondente.
Um tal funcionamento dos meios de ignição provoca o efeito de armadilha. Os carros situados entre os meios de detecção 10 do engenho explosivo 91 e do engenho explosivo 95, quando da explosão do engenho explosivo 93, serão destruídos por sua vez desde que sejam detectados pelos meios 10 do engenho explosivo que não tenha ainda explodido, e isto até que todos os engenhos explosivos tenham explodido.
Assim, no exemplo da coluna de carros da figura, pelo menos cinco carros são destruídos graças à utilização dos meios de ignição de acordo com a invenção.
Podem ser introduzidas numerosas modificações na forma de realização descrita, sem sair do âmbito da invenção. Assim, a rede pode ter a forma de uma estrela, de um quadrado ... e, no caso de uma tira 11 de contactores, o seu comprimento pode ser da ordem do metro, até mesmo do decâmetro, e ser ligada neste caso a vários engenhos explosivos.
Além disso, juntando um receptor associado aos meios de ignição, é possível com a ajuda de um emissor de comando comandar, por exemplo, o fecho de um interruptor no circuito de ignição da espoleta, podendo então a ignição se produzir no momento oportuno após a detecção de um carro blindado pelos meios de detecção 10. É assim possível seleccionar o alvo.
Lisboa, 14 de Novembro de 2001
O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
15
Claims (14)
- \! REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) do tipo que inclui nomeadamente pelo menos uma alimentação eléctrica (40) de um circuito, que compreende nomeadamente meios de detecção (10) e/ou de comutação e meios (31), por exemplo, uma resistência eléctrica, ou que inclui um percutor e meios preparados a movê-lo, preparados para inflamar a espoleta (32) e caracterizado por os meios (10) de detecção e/ou de comutação serem constituídos por uma rede de contactores (12) em condições de abrir e também fechar o referido circuito sob a acção de um contacto ou de uma força e a voltar a fechar e também a abrir o referido circuito quando desaparece o referido contacto ou a referida força.
- 2. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a rede ser constituída por uma tira (11) de contactores (12).
- 3. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com qualquer das reivindicações 1 e 2, caracterizado por os referidos contactores serem constituídos por comutadores de membrana (12).
- 4. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por os comutadores de membrana serem constituídos por uma primeira placa (15), possuindo um orifício (16), uma segunda placa (17), incluindo ela própria um orifício (18) e os rebordos inclinados (19) que se inscrevem no orifício (16) da primeira placa (15), e uma membrana (21), tendo a forma de um segmento esférico virado para cima, estar fixada na extremidade (20) dos rebordos inclinados (19), estando uma banda electricamente condutora (22) fixada na face inferior da membrana (21). 1 Γ U
- 5. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) segundo uma das reivindicações 1 e 2, caracterizado por a referida rede estar colocada no interior de um invólucro (13) de material deformável.
- 6. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por o invólucro (13) ser constituído por um perfilado de silicone extrudido.
- 7. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com qualquer das reivindicações 5 e 6, caracterizado por o invólucro (13) incluir vários segmentos delimitados por uma modificação da sua estrutura (25) preparada para facilitar a sua dobragem.
- 8. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a modificação de estrutura consistir numa redução da sua espessura em toda ou em parte da sua circunferência.
- 9. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com qualquer das reivindicações 1 e 8, caracterizado por possuir meios (10) de detecção e/ou de comutação ligados a meios (30) de tratamento dos sinais eléctricos gerados pelos meios de detecção (10), sendo estes meios (30) de tratamento preparados nomeadamente para comandar o desbloqueio da espoleta (ignição do fulminante).
- 10. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por os meios de tratamento (30) incluírem um módulo de contagem.
- 11. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por os referidos meios (30) de tratamento serem constituídos por um microcontrolador. 2
- 12. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com qualquer das reivindicações 9 a 11, caracterizado por os meios de tratamento estarem ligados à alimentação eléctrica (40), aos meios de detecção (10) e à resistência (31) de ignição da espoleta (32).
- 13. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por os meios de comutação (34) comandados pelos meios de tratamento (30) estarem colocados entre estes últimos e a resistência (31) de ignição da espoleta.
- 14. Dispositivo de ignição de uma espoleta (32) de acordo com qualquer das reivindicações 12 e 13, caracterizado por os meios de temporização (38, 41) estarem associados aos meios (30) de tratamento e/ou aos meios (34) de comutação comandados pelos meios de tratamento (30). Lisboa, 14 de Novembro de 2001 o agente oficial da propriedade industrial3
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