PT100723A - Microemulsoes de agua em oleo,auto-emulsionantes, estaveis e farmaceuticamente aceitaveis e seu uso - Google Patents

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PT100723A
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Panayiotis Peri Constantinides
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Smithkline Beecham Corp
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    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K9/00Medicinal preparations characterised by special physical form
    • A61K9/10Dispersions; Emulsions
    • A61K9/107Emulsions ; Emulsion preconcentrates; Micelles
    • A61K9/1075Microemulsions or submicron emulsions; Preconcentrates or solids thereof; Micelles, e.g. made of phospholipids or block copolymers

Description

Ρ50026-1
-2- MEMÓRIA DESCRITIVA
O presente invento refere-se a microemulsões auto-emulsionantes de água em óleo (A/O), farmaceuticamente aceitáveis, contendo agentes terapêuticos, a processos para a sua preparação e ao seu uso.
As microemulsões podem ser definidas, de um modo geral, como dispersões límpidas isotropicamente, estáveis termodinamicamente, de dois líquidos imiscíveis, estabilizadas por películas interfaciais de moléculas tensio-activas. A formação de microemulsões envolve, usualmente, a combinação de três a cinco componentes, nomeadamente, um óleo, água, um surfactante, um co-surfactante e um electrólito. A tendência para uma microemulsão de água em óleo (A/0) ou de óleo em água (0/A) depende das propriedades do óleo e do surfactante. Os surfactantes são classificados, convenientemente, numa escala empírica conhecida como o equilíbrio hidrofílico-lipofílico (HL5) que vai de 1 a 20. De um modo geral, as microemulsões (A/0) são formadas usando surfactantes (ou emulsionantes) que possuem um valor de HLB na gama de cerca 3 a 6, enquanto que as microemulsões (0/A) são formadas usando surfactantes que possuem um valor de HLB na gama de cerca de 8 a 18. Foi reconhecido desde há muito que uma tensão interfacial baixa contribui para a estabilidade termodinâmica das microemulsões. Para conseguir isto, o surfactante deverá exibir, preferivelmente, uma solubilidade baixa em ambas as fases oleosa e aquosa e deverá ser absorvido, preferencialmente, na interface água-óleo com diminuição concomitante da tensão interfacial. Quando a tensão interfacial é menor do que 2 x 10”5 N/m (2 x IO”2 din/cm) pode-se formar uma microemulsão estável. Referências gerais sobre microemulsões são proporcionadas por Bhargava et al., Pharm. Tech., 46-53, Março de 1987, e Kahlweit, Science, 240, 617-621, 1988.
Tipicamente, as microemulsões são substancialmente não opacas, i.e., são transparentes ou opalescentes quando observadas por meios de microscopia óptica. No estado não 74 239 Ρ50026-1 -3-
perturbado, são opticamente isotrópicas (não bi-refringentes) guando examinadas à luz polarizada. Tipicamente, a fase dispersa compreende partículas ou gotículas gue têm normalmente um tamanho entre 5 e 200 nm, o gue dá origem à sua transparência óptica. Estas partículas podem ser esféricas, ainda gue sejam possíveis outras estruturas. O papel do co-surfactante, usualmente um álcool de cadeia curta, consiste em aumentar a fluidez interfacial penetrando na película de surfactante e, consequentemente, criando uma película desordenada devido ao espaço vazio entre as molécula de surfactante. O uso de um co-surfactante em microemulsões é, contudo, opcional, e têm sido descritas na literatura emulsões e microemulsões, auto-emulsionantes, isentas de álcool (ver, por exemplo, Pouton et al., Int. Journal of Pharmaceutics, 27, 335-348, 1985 e Osborne et al., J. Disp. Sei. Tech., 9, 415-423, 1988).
Existem muitas vantagens no uso de uma microemulsão em relação a uma emulsão convencional (ou macroemulsão) para o transporte de drogas (distribuição). As microemulsões formam-se espontaneamente, sem necessidade de fornecer uma quantidade elevada de energia e, deste modo, são fáceis de preparar e de ampliar para aplicações comerciais; possuem estabilidade termodinâmica devido ao seu pegueno tamanho de partícula e, deste modo, possuem uma vida em prateleira prolongada; possuem um aspecto isotropicamente límpido, de modo gue podem ser monitorizadas por meios espectroscópicos; possuem uma viscosidade relativamente baixa pelo gue são fáceis de transportar e de misturar; possuem uma área interfacial grande o gue acelera as reacções de superfície; possuem uma tensão interfacial baixa o gue permite uma força de penetração flexível e elevada e, por último, oferecem a possibilidade de uma melhor solubilização e protecção de drogas contra a hidrólise enzimática. Adicionalmente, as microemulsões podem sofrer uma inversão de fase por adição de um excesso da fase dispersa ou em resposta a uma variação de temperatura e esta é uma propriedade destes sistemas que pode afectar a libertação de drogas de 74 239 Ρ50026—1
-4- microemulsões, tanto in vitro como in vivo. Contudo as razões para esta distribuição de droga melhorada não são bem compreendidas. Já foram propostas microemulsões à base de lípidos para melhorar a biodisponibilidade de diferentes drogas, incluindo os péptidos. Assim, a GB 2222770-A (Sandoz Ltd) descreve microemulsões e os "pré-concentrados" de microemulsão correspondentes para uso com os péptidos de ciclosporina altamente hidrofóbicos. Deste modo, um pré-concentrado adequado compreende 1,2-propilenoglicol como fase hidrofílica, um triglicérido de ácido caprílico-cáprico como componente lipofílico, e uma mistura de um óleo de rícino hidrogenado, polioxietilenoglicolado, e de mono-oleato de glicerina (proporção 11:1) como surfactante/co-surfactante. Estas formulações podem depois ser diluídas com água mas apenas para dar uma microemulsão de óleo em água e não de água em óleo.
Adicionalmente, a GB 2098865-A (Sandoz Ltd) descreve composições tópicas na forma de microemulsões compreendendo um solvente orgânico imiscível com água, um emulsionante, um co-emulsionante, água e um agente terapêutico (não péptido). Refere-se que estas formulações possuem propriedades melhoradas de penetração na pele. Solventes orgânicos adequados incluem ésteres de ácidos gordos (Ο10-Ο22) de álcoois(c3_18), tais como laurato de hexilo, hidrocarbonetos(C12-32)# tais como o esqualeno, e mono ou diésteres de glicerol com um ácido carboxílico(C6_22)/ tais como caprilato de glicerilo (que pode actuar também como co-emulsionante). Não existe porém qualquer referência ao uso, como óleo, de triglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa.
Além disso, a US 4712239 (Muller et al.) descreve sistemas mul ti-componente, para uso farmacêutico, compreendendo um óleo, um surf actante não iónico, com um valor de HLB acima de 8, e um co-surfactante, que é um éter ou um éster parcial de um álcool poli-hidroxílico e de um álcool ou ácido gordo(Cg_22)> componentes esses que formam uma "fase única" por mistura. As 74 239 Ρ50026-1 -5-
propriedades especiais do sistema são atribuídas à mistura particular de surfactante e de co-surfactante seleccionados. Uma fase aquosa é um extra opcional e o agente terapêutico pode ser lipofílico ou hidrofílico. Refere-se que estes sistemas conferem características melhoradas de distribuição transdérmica. Ainda que sejam proporcionados exemplos de formulações compreendendo triglicéridos de ácido gordo de cadeia média e mono e diglicéridos de ácido gordo de cadeia média, não existem quaisquer exemplos correspondentes usando os seus análogos de cadeia longa.
Finalmente, a WO 88/00059 (Engstrflm et al. , e o artigo correspondente, J. Dispersion Sei. Technol., 11, 479, 1990) descreve composições de libertação controlada para materiais biologicamente activos, compreendendo uma ,,fase-L2H e contendo um monoglicérido de ácido gordo(C16_22)/ preferivelmente C18, insaturado, e um triglicérido de ácido gordo(C16_22), preferivelmente C18, insaturado, numa proporção de 1:1 até 3:1, e um líquido polar, tal como a água. Não existe, contudo, qualquer referência à inclusão adicional de um surfactante de HLB elevado. A existência de uma fase L2 tinha sido anteriormente descrita, no contexto de componentes de ácido gordo de cadeia média, para um sistema de água/monocaprilina/tricaprilina por Friberg et al., J. Amer. Oil Chem. Soc., 47, 149, 1970. De novo não existe qualquer referência à inclusão adicional de um surfactante de HLB elevado.
Verificou-se agora, surpreendentemente, que se podem obter características melhoradas de distribuição de droga usando microemulsões (A/0) possuindo fases lipofílicas baseadas num triglicérido de ácido gordo de cadeia longa e num surfactante de HLB baixo, em combinação com um surfactante de HLB elevado, e com uma fase hidrofílica de base aquosa.
Deste modo, o presente invento proporciona uma microemulsão de água em óleo (A/0), auto-emulsionante, estável, farmaceuticamente aceitável, compreendendo: 74 239 Ρ50026-1 -6-
(a) uma fase lipofílica possuindo um triglicérido de ácido gordo de cadeia longa e um surfactante de HLB baixo? (b) um surfactante de HLB elevado; (c) uma fase hidrofilica aquosa; e (d) um agente terapêutico solúvel em água.
Triglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa adequados para uso no presente invento, podem ser de origem natural, semi-sintética ou sintética, e podem incluir misturas de triglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa diferentes, o termo "ácido gordo de cadeia longa", tal como é aqui usado, refere-se a um ácido gordo que pode estar saturado, mono-insaturado ou poli-insaturado, possuindo de 12 a 22, preferivelmente, de 14 a 18 átomos de carbono, que pode ser ramificado ou não ramificado, preferivelmente não ramificado, e que pode estar opcionalmente substituído. Certos óleos de plantas, de vegetais e de peixe, neutros, naturais ou hidrogenados, tais como óleo de tubarão, azeite, óleo de sésamo, óleo de amendoim, óleos de rícino, natural e hidrogenado, óleo de açafroa, óleo de girassol e óleo de soja proporcionam fontes convenientes de triglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa. 0 óleo de soj a consiste em triglicéridos de ácido oleico (25%), ácido linoleico (54%), ácido linolénico (6%), ácido palmítico (11%) e ácido esteárico (4%), enquanto que o óleo de açafroa consiste em triglicéridos de ácido oleico (13%), ácido linoleico (76%), ácido esteárico (4%) e ácido palmítico (5%). Adequadamente, nestes triglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa, componentes de ácidos gordos principais são ácidos gordos C18, saturados, mono-insaturados ou poli-insaturados, preferivelmente, ácidos gordos Clg mono-insaturados ou poli-insaturados.
Surfactantes de HLB baixo, adequados para uso no presente invento, incluem monoglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa, compreendendo, opcionalmente, até 10% (p/p) de um diglicérido de ácido gordo de cadeia longa e/ou uma pequena quantidade, em peso, de ácido gordo de cadeia longa livre. Os mono e diglicéridos podem incluir, cada um, misturas de mono e
74 239 Ρ50026-1 -7- diglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa diferentes. Monoglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa adequados incluem mono-oleato de glicerol, monopalmitato de glicerol e lonoestearato de glicerol. Exemplos adequados destes, disponíveis comercialmente, incluem os produtos com as marcas comerciais MYVEROL, tais como O MYVEROL 18-99, O MYVATEX e O MYVAPLEX, respectivamente, da Eastman Kodak Chemicals, Rochester, New York, E.U.A. . Um outro produto útil contendo um monoglicérido de ácido gordo de cadeia longa é o ARLACEL 186 (disponível na ICI Amecicas Inc.) que inclui, para além do mono-oleato de glicerol, propilenoglicol (10%). Os ácidos gordos principais do MYVEROL 18-19 são o ácido oleico (61%), o ácido linoleico (21%), o ácido linolénico (9%) e o ácido palmítico (4%). Adequadamente, nestes monoglicéridos de cadeia longa, o componente de ácido gordo principal é um ácido gordo C , saturado, mono-insaturado ou poli-insaturado, preferivelmente, um ácido gordo C18, mono-insaturado ou poli-insaturado. Adicionalmente, são também úteis versões diacetiladas dos monoglicéridos, tais como o produto comercializado com a marca comercial MYVATEX smg. Outros surfactantes de HLB baixo, adequados para uso no presente invento, incluem ésteres de sorbitano de ácidos gordos de cadeia longa, tais como o mono-oleato de sorbitano, disponíveis comercialmente com as marcas comerciais de SPAN 80 e ARLACEL 80, e o sesquiolato de sorbitano disponível comercialmente com as marcas comerciais de SPAN 83 e ARLACEL 83. Adequadamente, o surfactante de HLB baixo terá um valor de HLB na gama de cerca de 3 a 6. Os valores de HLB dos produtos MYVEROL 18-99, ARLACEL 80, ARLACEL 83 e ARLACEL 183, são, respectivamente, 3,7 , 4,3 , 3,7 e 2,8.
Combinações adequadas de triglicéridos de ácidos gordos de cadeia longa e de surfactantes de HLB baixo incluem óleo de soja ou óleo de açafroa e mono-oleato de glicerol, mono-oleato de sorbitano ou sesquiolato de sorbitano. 0 uso numa microemulsão (A/0), auto-emulsionante, de acordo com o presente invento, de um surfactante de HLB baixo, que é um monoglicérido de ácido gordo de cadeia longa, contendo, 74 239 Ρ50026-1 -8-
opcionalmente, um diglicérido de ácido gordo de cadeia longa, ou gue é um éster de sorbitano de ácido gordo de cadeia longa, definidos como anteriormente, que é um componente da fase lipofilica, proporciona um tamanho de goticula reduzido, e crê-se que isto auxilia a absorção do agente terapêutico.
Surfactantes de HLB elevado, adequados para uso no presente invento, incluem surfactantes não iónicos, tais como (a) ésteres de ácido gordo de polioxietileno, por exemplo, ésteres de ácido esteárico de polioxietileno do tipo disponível sob a marca comercial de MYRJ (ICI Américas Inc.) por exemplo, o produto MYRJ 52 (um estearato de polioxietileno 40); (b) ésteres de ácido gordo de polioxietileno-sorbitano (polisorbatos), por exemplo, os ésteres de mono e tri-laurilo, palmitilo, estearilo e oleilo, por exemplo, os mono-oleatos de polioxietileno-sorbitano disponíveis sob a marca comercial de TWEEN (ICI Américas Inc.), tais como o TWEEN 20, 21, 40, 60, 61, 65, 80, 81 e 85, dos quais a classe TWEEN 80 é especialmente preferida? (c) éteres de alquilo de cadeia longa de polioxietilenoglicol, tais como o éter de laurilo de glicol polioxietilado? e (d) ésteres de alquilo de cadeia longa de polioxietilenoglicol, tais como o monoestearato de PEG. Para uso no presente invento, o surfactante de HLB elevado tem um valor de HLB na gama de 13 a 20. Os produtos MYRJ 52 e TWEEN 80 têm valores de HLB de 16,9 e 15,0, respectivamente.
Adequadamente, a mistura dos surfactantes de HLB baixo e elevado terá um valor de HLB na gama de cerca de 5 a cerca de 8.
Tal como é aqui usado, o termo "agente terapêutico" (a partir daqui designado por "droga") refere-se a qualquer composto que possui actividade biológica, que é solúvel na fase hidrofílica e que tem um valor de HLB de, pelo menos, o do surfactante de HLB elevado usado na formulação, para assegurar que a droga é dissolvida, preferencialmente, na fase hidrofílica em vez de na fase lipofilica. Drogas adequadas incluem tanto péptidos como não péptidos. Péptidos adequados incluem não apenas pequenos péptidos mas também péptidos maiores ou 74 239 Ρ50026-1 9-
€r v* polipéptidos e proteínas. Estes péptidos adequados possuem, preferivelmente, uma massa molecular de cerca de 100 a 10000, mais preferivelmente, de cerca de 100 a cerca de 6000. Os péptidos possuindo de 2 a 35 porções aminoácido são especialmente preferidos. Nas microemulsões do presente invento podem também ser acomodados péptidos de massa molecular mais elevada, com uma massa molecular acima de 10000 até cerca de 50000.
Os péptidos pequenos adequados possuem de cerca de 2 a cerca de 10, mais preferivelmente, de cerca de 2 a cerca de 6 porções aminoácido. Os péptidos pequenos preferidos incluem os antagonistas de receptor de fibrinogénio (péptidos contendo R6D) que são tetrapéptidos com uma massa molecular média de cerca de 600. Estes antagonistas de péptido são inibidores da agregação de plaquetas altamente potentes, para níveis no plasma tão pequenos quanto 1 pmol/ml. Antagonistas de fibrinogénio preferidos incluem o péptido ciclo-(S,S)-Na-acetil-Cys-(Na--metil)Arg-Gly-Asp-Pen-NH2 (Ali et al., EP 0341915, cuja descrição é aqui incorporada como referência na sua totalidade) e o péptido ciclo(S,S)-(2-mercapto)-benzoil-(Na-metil)-Arg-Gly-Asp-(2-mercapto)fenilamida (EP 0423212, cuja descrição é aqui incorporada como referência na sua totalidade). Outros antagonistas de fibrinogénio úteis no presente invento são os péptidos descritos por Pierschbacher et al., WO 89/05150 (US 88/04403); Marguerie, EP 0275748; Adams et al., US 4857508; Zimmerman et al., US 4683291; Nutt et al., EP 0410537, EP 0410539, EP 0410540, EP 0410541, EP 0410767, EP 0410833, EP 0422937 e EP 0422938; Ali et al., EP 0372486; Ohba et al., WO 90/02751 (PCT/JP 89/00926); Klein et al., US 4952562; Scarborough et al., WO 90/15620 (PCT/US 90/03417); Ali et al., PCT/US 90/06514 e PCT/US 92/00999; os compostos semelhantes a péptido descritos por Ali et al., EP 0381033 e EP 0384362; e o péptido RGD ciclo-Na-acetil-Cys-Asn“Dtc-Amf-Gly-Asp-Cys-OH (onde Dtc é o ácido 4,4'-dimetiltiazolidina-5-carboxílico e Amf é a 4-aminometilfenilalanina). 0 péptido RGD pode ser incluído de um modo útil na
74 239 Ρ50026-1 formulação de microemulsão numa quantidade de até cerca de 300 mg/g da fase hidrofílica ou de 0,1 a 10 mg/g de formulação.
Outros péptidos úteis no presente invento incluem, mas não estão a eles limitados, outros péptidos contendo RGD tais como os descritos por Momany, US 4411890 e US 4410513; Bowers et al., US 4880778, US 4880777, US 4839344; e WO 89/10933 (PCT/US89/01829); o péptido Ala-His-D-Nal-Ala-Trp-D-Phe-Lys-NH2 (no qual Nal representa /3-naftilalanina) e os péptidos descritos por Momany, US 4228158, US 4228157, US 4228156, US 4228155, US 4226857, US 4224316, US 4223021, US 4223020, US 4223019 e US 4410512.
Outros péptidos adequados incluem hexapéptidos, tais como o péptido de libertação da hormona de crescimento (GHRP) His-D-Trp-Ala-Trp-D-Phe-Lys-NH^, (Momany, US 4411890, cuja descrição é aqui incorporada como referência na sua totalidade). Este pode ser incluído de um modo útil em microemulsões numa quantidade de até cerca de 150 mg/g de fase hidrofílica ou de 0,1 a 5 mg/g de formulação.
Polipéptidos e proteínas, adequados para uso nas microemulsões do presente invento, incluem insulina, calcitonina, elcatonina, péptido relacionado com o gene da calcitonina e somatostatina porcina, bem como os seus análogos e homólogos. Outros polipéptidos maiores adequados incluem os descritos por Pierschbacher et al., US 4589881 (>30 resíduos); Bittle et al., US 4544500 (20-30 resíduos); e Dimarchi et al., EP 0204480 (>34 resíduos).
Outro tipo de compostos úteis no presente invento inclui análogos ou homólogos de LHRH que exibem uma actividade de libertação de LHRH potente ou que inibem a actividade da LHRH; análogos ou homólogos de HP5 que possuem actividade hematopoiética; análogos ou homólogos da endotelina que possuem actividade hipotensora; análogos ou homólogos da encefalina que possuem actividade antinociceptiva; análogos ou homólogos da clorecistoquinina; análogos ou homólogos do factor natriurético atrial; agentes antineoplásicos peptidérgicos; análogos ou
74 239 Ρ50026-1 homólogos do péptido de libertação da gastrina; análogos ou homólogos da somatostatina; antagonistas da gastrina; antagonistas da bradiquina; antagonistas da neurotensina; antagonistas da bombesina; agonistas e antagonistas da oxitocina; agonistas e antagonistas da vasopressina; análogos e homólogos da hirudina; análogos e homólogos do péptido-ciclolinopéptido cicloprotector; análogos de MSH alfa; análogos e homólogos do factor de libertação de MSH (Pro-Leu-Gly-NH2); péptidos que inibem a colagenase; péptidos que inibem a elastase; péptidos que inibem a renina; péptidos que inibem a protease de HIV; péptidos que inibem o enzima de conversão da angiotensina; péptidos que inibem quimases e triptases; e péptidos que inibem os enzimas de coagulação do sangue.
Outras drogas adequadas incluem agentes terapêuticos não péptidos tais como antibióticos, agentes antimicrobianos, agentes antineoplásicos, agentes cardiovasculares e renais, agentes anti-inflamatórios, imuno-supressores e imuno-estimulantes e agentes CNS.
Preferivelmente, a droga é um péptido tal como o péptido antagonista de receptor de fibrinogénio (um péptido RGD), GHRP (His-D-Trp-Ala-Trp-D-Phe-Lys-NH2)/ uma vasopressina, uma calcitonina ou uma insulina, mais preferivelmente, GHRP ou os péptidos RGD ciclo(S,S)-Na-acetil-Cys-(Na-metil)Arg-Gly-Asp--Pen-NH2 ou ciclo(S,S)-(2-mercapto)benzoil-(Na-metil)Arg-Gly--Asp-(2-mercapto)fenilamida.
Num aspecto preferido, o presente invento proporciona microemulsões, compreendendo um péptido, que podem ser administradas oralmente e que reterão actividade biológica eliminando as desvantagens de formulações anteriores nas quais a biodisponibilidade do péptido tem sido menos do que satisfatória. Em particular, o presente invento proporciona formulações que, pela sua natureza, permitem a preparação e a administração de um péptido numa concentração suficientemente elevada para possibilitar, não apenas uma administração oral
74 239 Ρ50026-1 -12 conveniente, mas também uma biodisponibilidade adequada do péptido.
Para uma droga solúvel em água, o grau de incorporação nas microemulsões (A/0) do presente invento está limitado pela sua solubilidade na fase hidrofílica. A força iónica e o pH (na gama de 3 a 10) podem ser ajustados para auxiliar a dissolução, sem comprometer a integridade da microemulsão. A fase hidrofílica aquosa compreende, adequadamente, água ou uma solução salina isotónica e pode incluir também um solvente farmaceuticamente aceitável que seja não miscível com a fase lipofílica seleccionada.
Num aspecto preferido, verificou-se que nas microemulsões do presente invento se pode evitar o uso de um co-surfactante de um álcool de mono ou poli-hidroxílico, tal como etanol, butanol ou propilenoglicol, como componente principal da fase hidrofílica. Isto tem a vantagem de não apenas moderar a estabilidade e as dificuldades de processamento associadas ao seu uso, mas também de reduzir a irritação concomitante do estômago e do duodeno. Deste modo, a fase hidrofílica das microemulsões do presente invento pode ser essencialmente aquosa e compreende menos do que 10%, preferivelmente, menos do que 5% e, mais preferivelmente, menos do que 2%, em peso de fase, de um álcool.
Um perito na arte facilmente notará que nem todas as misturas de um triglicérido de ácido gordo de cadeia longa, de surfactantes de HLB baixo e elevado e de uma fase hidrofílica resultarão em microemulsões auto-emulsionantes, estáveis, no âmbito do presente invento. Contudo, as proporções apropriadas podem ser facilmente determinadas por um perito com o auxílio de um diagrama de fases, tal como o que se ilustra na Fig.l. Como o sistema compreende quatro componentes, isto é, um triglicérido de ácido gordo de cadeia longa (óleo), um surfactante de HLB baixo, um surfactante de HLB elevado e uma fase aquosa/hidrofílica, usa-se um diagrama de fases pseudo-ternário. 74 239 Ρ50026-1
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Neste diagrama, a proporção de dois componentes, tais como o óleo e o surfactante de HLB baixo, é mantida constante de modo que ficam apenas três variáveis, podendo cada uma das quais ser então representada num dos lados do triângulo.
Assim, na Fig.l, (1) representa uma mistura do óleo e do surfactante de HLB baixo, numa proporção fixa X, (2) representa a fase hidrofílica (aquosa) e (3) representa o surfactante de HLB elevado. Como exemplo, o ponto HA" representa uma mistura de 50% de óleo mais surfactante de HLB baixo, 20% de fase aquosa e 30% de surfactante de HLB elevado.
As regiões do diagrama de fases nas quais existem microemulsões de acordo com o presente invento, podem ser determinadas por titulação de uma mistura do óleo e do surfactante de HLB baixo (numa proporção fixa) com o surfactante de HLB elevado e com a fase hidrofílica, registando os pontos de separação de fases, turbidez e transparência. As formulações transparentes, límpidas, são indicativas da formação de uma microemulsão estável. Podem-se obter formulações liquidas e em gel à temperatura ambiente de acordo com a natureza específica dos componentes utilizados.
Após se obterem sistemas transparentes estáveis, podem-se usar testes simples, tais como solubilização de corante, dispersibilidade em água e medições de condutividade, para determinar se a microemulsão é do tipo (O/A) ou do tipo (Δ/0). Um corante solúvel em água dispersar-se-á numa microemulsão (0/A), enquanto permanecerá na sua forma original numa microemulsão (A/O). Pelo mesmo motivo, as microemulsões (O/A) são, de um modo geral, dispersáveis em água, enquanto que as microemulsões (A/O) geralmente não o são. Adicionalmente, as microemulsões (O/A) conduzem electricidade enquanto que as microemulsões (A/O) não. A natureza isotrópica do sistema pode ser confirmada pelo seu exame à luz polarizada. Sendo de natureza micelar, as microemulsões são isotrópicas e, deste modo, não bi-refringentes quando examinadas à luz polarizada.
74 239 Ρ50026-1 -14- A partir deste diagrama de fases podem-se depois ler as percentagens apropriadas. O processo pode depois ser repetido para outras proporções de óleo para surfactante de HLB baixo, de modo que se pode obter um quadro global.
Na figura 2 mostra-se um diagrama de fases pseudo-ternário representativo de sistemas contendo triglicérido de ácido gordo de cadeia longa (óleo de soja) e um surfactante de HLB baixo (MYVEROL 18-99) (proporção de 3:1), um surfactante de HLB elevado (TWEEN 80) e água como fase hidrofxlica (aquosa). A mistura de óleo e de surfactante de HLB baixo é designada por componente (1), a água por componente (2) e o surfactante de HLB elevado por componente (3). 0 diagrama de fases é um diagrama de fases ,,parcial,, tuna vez que o estudo foi limitado às quantidades relativas dos vários componentes para as quais se esperava encontrar microemulsões. Este sistema produz uma gama de microemulsões transparentes, límpidas (zona de existência da microemulsão) que se mostram no diagrama de fases como área a sombreado. A zona de existência da microemulsão permaneceu praticamente inalterada quando se substituiu a água por solução salina, como se mostra na Fig.3.
De um modo geral, obtiveram-se microemulsões líquidas, transparentes, límpidas, estáveis, quando o óleo e o surfactante de HLB baixo estavam presentes na gama de cerca de 70% até cerca de 95%, o surfactante de HLB elevado numa proporção de cerca de 5% até cerca de 25%, e a água numa proporção menor do que 5% (P/P) da microemulsão.
Por este processo de construção de uma gama representativa de diagramas de fase, tem sido possível determinar as quantidades apropriadas dos vários componentes que conduzirão a microemulsões auto-emulsionantes estáveis abrangidas pelo presente invento.
Adequadamente, o triglicérido de ácido gordo de cadeia longa e o surfactante de HLB baixo, em conjunto, constituem de cerca de 70 a cerca de 95%, preferivelmente, de cerca de 85 a 74 239 Ρ50026-1 -15-
cerca de 95% (p/p) da microemulsão. O triglicérido de ácido gordo de cadeia longa e o surfactante de HLB baixo podem ser combinados e misturados em várias proporções. Podem-se obter microemulsões (A/0) úteis guando a proporção de triglicérido de ácido gordo de cadeia longa para surfactante de HLB baixo está na gama de cerca de 4:1 a cerca de 2:1, preferivelmente, de cerca de 4:1 a cerca de 3:1.
Adequadamente, o surfactante de HLB elevado está presente na gama de cerca de 5 a cerca de 25%, preferivelmente, de cerca de 7,5 a cerca de 15% (p/p) da microemulsão.
Adequadamente, a fase hidrofílica constitui de cerca de 0 a cerca de 10%, preferivelmente, de cerca de 0,1 a cerca de 5%, mais preferivelmente, de cerca de 2 a cerca de 5% (p/p) da microemulsão.
Um perito na arte facilmente notará que, em geral, um aumento na quantidade relativa do surfactante de HLB elevado terá de ser acompanhado por um aumento na quantidade relativa de fase hidrofílica.
Em microemulsões preferidas do presente invento, a fase lipofílica constitui de cerca de 70 a 95%, adequadamente, 85 a 95%, o surfactante de HLB elevado de cerca de 5 a 25%, adequadamente, 7,5 a 15%, e a fase hidrofílica menos do que 10%, adequadamente, de 0,1 a 5% (p/p) da microemulsão. Nestas microemulsões, a proporção de triglicérido de ácido gordo de cadeia longa para surfactante de HLB baixo está entre 4:1 e 2:1, adequadamente, entre 4:1 e 3:1.
As microemulsões do presente invento são substancialmente não opacas, isto é, são transparentes ou opalescentes quando observadas por microscopia óptica. No seu estado não perturbado são opticamente isotrópicas (não bi-refringentes) quando examinadas à luz polarizada. De um modo geral, exibem uma estabilidade excelente a temperaturas baixas e à temperatura ambiente, sem separação de fases, turvação ou precipitação, 74 239 Ρ50026-1 -16-
mesmo durante períodos de tempo prolongados. As formulações podem ser armazenadas, numa forma estável, a várias temperaturas, tais como a 4°C, à temperatura ambiente, a 37eC e a 50°C, preferivelmente, a 4eC ou à temperatura ambiente. As microemulsões contendo péptido do presente invento exibem um perfil de estabilidade (vida em prateleira) similar ao das microemulsões correspondentes isentas de péptido. Podem-se formar microemulsões (A/O) estáveis guando o pH da fase aquosa varia desde um pH de aproximadamente 3 até um pH de cerca de 10, uma propriedade que pode ser benéfica para drogas que exibem uma solubilidade mais elevada a pH baixo ou elevado. As microemulsões com uma quantidade relativamente mais elevada de um surfactante de HLB elevado, tal como o TWEEN 80, tendem a ser mais viscosas devido à maior viscosidade deste material.
Preferivelmente, o diâmetro das gotículas ou partículas das microemulsões do presente invento, medido, por exemplo, como o diâmetro de número-médio por técnicas de desvio da luz laser, é menor do que 150 nm, mais preferivelmente, menor do que 100 nm, ainda mais preferivelmente, menor do que 50 nm e, muito preferivelmente, na gama de 5 a 35 nm.
As várias fases podem conter, opcionalmente, ingredientes adicionais, tais como, embora sem estarem limitados a estes, i) lípidos, tais como fosfolípidos, em particular, lecitinas tais como lecitinas de soja, lecitina de ovo ou fosfatídeo de ovo, colesterol ou ácido oleico; ii) anti-oxidantes tais como, gaiato de n-propilo, hidroxianisole butilado (BHA) e seus isómeros mistos, d-a-tocoferol e seus isómeros mistos, ácido ascórbico, propilparabeno, metilparabeno e ácido cítrico (mono-hidrato); iii) sais biliares, por exemplo, na forma dos seus sais de metais alcalinos, tais como o taurocolato de sódio; iv) estabilizadores, tais como a hidroxipropilcelulose; v) anti-microbianos, tais como o ácido benzóico (sal de sódio); vi) succinato de dioctilo, sulfo-succinato de dioctilo sódico ou laurilsulfato de sódio; e vii) inibidores de protease tais como a aprotinina.
74 239 Ρ50026-1 -17-
As microemulsões do presente invento formam-se espontaneamente ou substancialmente espontaneamente, guando os seus componentes são postos em contacto, isto é, sem aplicação de qualquer fornecimento de energia substancial, por exemplo, na ausência de energia de mistura elevada, tal como a que é conferida por homogeneização e/ou micro-fluidização ou por outra agitação mecânica. Deste modo, as microemulsões podem ser preparadas facilmente pelo processo simples de mistura das quantidades apropriadas, por mistura ou agitação manual suave, se necessário para assegurar a mistura perfeita. Preferivelmente, a droga é dissolvida na fase hidrofílica, quer directamente, quer a partir de uma diluição de uma sua solução de reserva, e esta pode ser adicionada a uma combinação prê-misturada do óleo e do surfactante de HLB baixo, com mistura, seguido do surfactante de HLB elevado, ou vice versa. Alternativamente, a microemulsão isenta de droga pode ser preparada inicialmente, misturando o óleo, o surfactante de HLB baixo, o surfactante de HLB elevado e a fase hidrofílica isenta de droga, à qual se pode adicionar depois a droga dissolvida em fase hidrofílica. Se necessário, podem-se usar temperaturas mais elevadas (40-60 *C) para auxiliar a solubilização de todos os componentes durante a preparação da microemulsão. A formulação à temperatura ambiente é, porém, preferida para ingredientes activos termo-lábeis tais como os péptidos.
As microemulsões do presente invento são composições farmacêuticas que compreendem um agente terapêutico e, deste modo, destinam-se ao uso em terapia, para administração a animais, incluindo o Homem.
Assim, num seu aspecto adicional, o presente invento proporciona um método de tratamento que compreende a administração de uma quantidade eficaz de uma microemulsão, definida como anteriormente, a um paciente que o necessite.
Será reconhecido por um perito na arte que a quantidade de droga requerida para proporcionar, por administração, o efeito terapêutico, variará, obviamente, com o agente escolhido, com a 74 239 Ρ50026-1 -18-
natureza e gravidade da condição e com o animal que está a ser tratado, e está, em última instância, à discrição do médico. Além disso, a quantidade óptima e o espaçamento das dosagens individuais de uma droga, serão determinados pela natureza e extensão da condição a ser tratada, pela forma, via e local da administração, pelo paciente particular que está a ser tratado, e estes valores óptimos podem ser determinados por técnicas convencionais. Será também de notar que o curso óptimo do tratamento, isto é, o número de doses administradas, pode ser estabelecido pelos peritos na arte usando testes convencionais para a determinação do curso do tratamento. O presente invento proporciona também o uso de um triglicérido de ácido gordo de cadeia longa, de um surfactante de HLB baixo, de um surfactante de HLB elevado, de um agente terapêutico e de uma fase hidrofílica, definidos com anteriormente, na preparação de um medicamento.
As microemulsões do presente invento podem ser usadas para administração oral, tópica, rectal, intra-vaginal ou para outras formas de administração sistémica e, deste modo, serão apresentadas em formas adequadas para cada modo de administração. Assim, por exemplo, as microemulsões para administração oral podem ser apresentadas em cápsulas de gelatina mole, enquanto que as características de viscosidade de algumas das emulsões as tornam adequadas para aplicação tópica directa. São especialmente preferidas as composições adequadas para administração oral ou tópica.
As microemulsões do presente invento, sem droga, são novas e são úteis como precursoras de microemulsões contendo droga. Deste modo, num seu outro aspecto, o presente invento proporciona uma microemulsão de água em óleo, auto-emulsionante, estável, compreendendo: (a) uma fase lipofílica, possuindo um triglicérido de ácido gordo de cadeia longa e um surfactante de HLB baixo (b) um surfactante de HLB elevado; e (c) uma fase hidrofílica aquosa; na qual cada um de (a), (b) e (c) são definidos como anteriormente e farmaceuticamente aceitáveis. 74 239 Ρ50026-1 & if -19- 0 invento será agora ilustrado, mas não limitado pelas descrições (microemulsões isentas de droga) e exemplos (microemulsões contendo droga), e exemplos biológicos seguintes.
DESCRIÇÕES
Descrição 1 - Diagramas de fase (parciais) para microemulsões representativas
Os diagramas de fase parciais pseudo-ternários representativos (fig.2 e 3) para o sistema óleo de soja, MYVEROL 18-99 (proporção 3:1), TWEEN 80 e água ou solução salina já foram aqui anteriormente descritos. Este estudo estendeu-se a outros sistemas nos quais o óleo e o surfactante de HLB elevado foram mantidos constantes enquanto que o surfactante de HLB baixo, a sua proporção para o óleo e a fase aquosa foram variados, como se mostra na Tabela 1
Tabela 1 - Sistemas para diagramas de fase 1 Descrição n2 (fig.) τ- | Surfactante | de HLB baixo 1 1 Proporção de óleo para surfactante de HLB baixo Ί 1 | Fase aquosa | 1 1 1 1 1 1 la/(fig.2) 1 1 MYVEROL 18-99 I 3:1 1 1 |água desionizada| I I lb/(fig.3) 1 1 MYVEROL 18-99 3:1 1 1 | solução salina | lc/(fig.4) 1 | ARLACEL 186 1 3:1 1 1 |água desionizada| I I ld/(fig.5) 1 | ARLACEL 83 I 3:1 1 1 |água desionizadaj le/(fig.6) 1 | ARLACEL 80 I 3:1 1 1 |água desionizada| I I L lf/(fig.7) 1 | ARLACEL 80 4:1 1 1 |água desionizada| _1_1
Os vários componentes foram pesados individualmente e depois misturados a uma temperatura entre 40 e 50‘C. A ordem relativa da adição pareceu não ser importante. Para componentes
74 239 Ρ50026-1 tais como o MYVEROL 18-99, que tem um ponto de fusão de cerca de 42“C e que é deste modo um sólido à temperatura ambiente, foi útil proceder à sua pré-fusão a uma temperatura apropriada, antes da adição, para auxiliar a mistura e solubilização total. 0 aquecimento a cerca de 50°C foi também utilizado, de um modo útil, durante a mistura subsequente. Verificou-se que um equilíbrio adicional da microemulsão durante um período de 24 h melhora a estabilidade de algumas microemulsões.
As regiões do diagrama de fases nas quais as microemulsões de acordo com o presente invento existem, foram determinadas por titulação de uma mistura do óleo e do surfactante de HLB baixo (numa proporção fixa) com o surfactante de HLB elevado e com a fase aquosa, registando os pontos de separação de fases, de turvação e de transparência. As formulações límpidas e transparentes são indicativas da formação de uma microemulsão estável.
Nas Figuras 2 e 3 mostram-se os diagramas de fases parciais representativos para o sistema MYVEROL 18-99, com ênfase para a zona de existência da microemulsão. Obtiveram-se também diagramas de fases similares para outros sistemas contendo outro surfactante de HLB baixo e estes são apresentados nas Figuras 4 a 7. Obtiveram-se microemulsões transparentes límpidas nas áreas a sombreado nos diagramas de fases (a zona de existência da microemulsão). Quando examinadas à luz polarizada, observou-se um comportamento não bi-refringente. Verificou-se também que estas microemulsões tinham uma condutância eléctrica extremamente baixa. De um modo geral, a substituição de água por solução salina não teve qualquer efeito na zona de existência da microemulsão para além de pequenas modificações na região fronteira. A modificação da proporção de óleo para surfactante de HLB baixo de 3:1 para 4:1 resultou na formação de uma zona mais estreita, devido à quantidade reduzida de surfactante de HLB baixo. As microemulsões eram porém similares, em todos os outros aspectos, às obtidas nos sistemas ^:111.
Na tabela 2 mostram-se as gamas dos componentes para Ρ50026-1 Ç „ sistemas seleccionados nos quais se observaram zonas de microemulsão:
Tabela 2
Descrição na Fase lipofí-lica % Surfactante de HBL elevado % Fase hidrofí-lica % la 70 a 90 5 a 25 <10 lb 70 a 90 5 a 25 <10 lc 80 a 95 5 a 15 <10
Estes diagramas de fase mostram que as microemulsões no âmbito do presente invento são obtidas para proporções de triglicérido de ácido gordo de cadeia longa para surfactante de HLB baixo na gama de 4:1 a 3:1. Obtiveram-se também microemulsões líquidas, límpidas e transparentes, similares às descritas anteriormente, para proporções de óleo para surfactante de HLB baixo de 2:1.
Na tabela 3 indicam-se as várias características físicas das microemulsões aqui anteriormente descritas. Todas as microemulsões continham óleo mais surfactante de HLB baixo (3:1, 87%), surfactante de HLB elevado (10%) e fase aquosa (3%).
Tabela 3 - Propriedades Físicas das Microemulsões
Descrição na Viscosidade3 Pa.s índice de refracção3 Condutânciab micromhos/cm 2 0,1107 1,471 0,131 le 0,1293 1,471 0,130 ig 0,1453 1,472 0,130 ld 0,1251 1,469 0,177 Ácido 01eicoc 0,0234(0,0256) 1,4582(1,4583) ND Água desioni-zada ND ND 2,67 Solução Salina ND ND 13400 74 239 Ρ50026-1 e"··! _.v -22- 1:3 i.-.· i'·*3’ Crv' a fase aquosa = água k fase aquosa = solução salina c os valores de viscosidade e do índice de refracção apresentados entre parêntesis são do CRC Handbook of Chemistry and Physics, 60th Edition. A medição do diâmetro de partícula, por dispersão de luz laser, das microemulsões representativas mostrou que estas tinham diâmetros de partícula principalmente na gama de 5 a 30 nm e que tinham um grau elevado de homogeneidade (polidispersibilidade na gama de 0,05 a 0,20). Estes valores não foram afectados significativamente pela inclusão de um péptido (tal como no exemplo la, com 1 a 3 mg/g de formulação).
As microemulsões compreendendo mono-oleato de glicerol (MYVEROL 18-99, p.f. cerca de 42“C ) como surfactante de HLB baixo, formaram geles a baixa temperatura (4°C) que, por re-equilíbrio à temperatura ambiente ou a 37eC, voltaram a ser microemulsões límpidas transparentes. Após várias semanas de armazenamento à temperatura ambiente, observou-se alguma precipitação e solidificação. Contudo, esta foi invertida por aquecimento até 37°c ou 50°C. A estas temperaturas as microemulsões eram estáveis durante mais do que um mês, sem qualquer precipitação e/ou separação de fases. Nas microemulsões correspondentes, contendo ainda mono-oleato de glicerol, mas usando o produto MYVEROL 18-99 em vez do ARLACEL 186, observou-se uma estabilidade no armazenamento similar de ma mês a 37eC e 50°C. A 4°C, formou-se um gel mas este tinha uma estabilidade muito melhor a longo prazo após voltar à temperatura ambiente. Observaram-se também excelentes características de armazenamento para microemulsões compreendendo, quer mono-oleato de sorbitano (ARLACEL 80) quer sesquiolato de sorbitano (ARLACEL 83) como surfactante de HLB baixo.
Descrição 2 - microemulsão (A/0)
Preparou-se uma microemulsão representativa de água em óleo
87% 10 3 74 239 Ρ50026-1 -23- à escala de 5 g usando os ingredientes seguintes: /
Oleo de soja e MYVEROL 18-99 (proporção 3:1) TWEEN 80 água desionizada ou solução salina
Prefundiu-se o MYVEROL 18-99 num banho de água antes de ser adicionado a óleo de soja num frasco, sobre um agitador de placa aquecida, mantida a 50°C, com agitação ligeira. Depois, adicionou-se esta mistura a uma mistura agitada de TWEEN 80 e de água ou de solução salina para formar uma microemulsão (A/0) límpida, transparente. Verificou-se que um equilíbrio adicional a 50°C melhorava a estabilidade. A temperaturas baixas ou à temperatura ambiente, a formulação líquida transformou-se em gel, mas este processo foi invertido por aquecimento a uma temperatura mais elevada.
EXEMPLOS
Para estudos adicionais sobre microemulsões incorporando uma droga, seleccionou-se uma formulação óptima a partir do centro da zona de microemulsão dos diagramas de fase aqui anteriormente descritos. Esta formulação compreendia óleo de soja mais surfactante de HLB baixo (87%), TWEEN 80 (10%) e uma fase aquosa variável (3%).
Estas microemulsões foram formuladas, de um modo geral, preparando inicialmente a fase hidrofílica contendo droga, quer por dissolução da quantidade apropriada de droga na quantidade apropriada de água, quer, mais preferivelmente, usando uma solução de reserva que foi então diluída adicionalmente, se requerido, com agitação de vórtice se necessário para se obter a dissolução completa. A fase hidrofílica contendo a droga foi depois adicionada às quantidades apropriadas (em peso) de uma mistura do óleo e do surfactante de HLB baixo, à qual se adicionou depois o surfactante de HLB elevado, com agitação suave (agitador magnético de placa quente). Alternativamente, a
74 239 Ρ50026-1 fase hidrofílica contendo a droga foi adicionada ao surfactante de HLB elevado e, após a mistura estar completa, esta foi adicionada à mistura de óleo e surfactante de HLB baixo. Se necessário, diluiu-se depois a microemulsão contendo droga, com a microemulsão correspondente isenta de droga, para ajustar a concentração da droga. Como rotina, prepararam-se porções numa escala de 5 ou 10 g. Adicionalmente, prepararam-se também porções numa escala maior (50 a 500 g).
Seguindo o procedimento padrão anteriormente delineado, prepararam-se as microemulsões contendo droga seguintes, tal como se mostra na tabela 4
Tabela 4 - Exemplos de microemulsões contendo drocra
Exemplo Droga Cone. de droga mg/g form. Surfactante de HLB elevado la péptido RGDa 1-6 MYVEROL 18-99 lb péptido RGDa 6 ARLACEL 80 lc péptido RGDa 6 ARLACEL 83 ld péptido RGDa 6 ARLACEL 186 2 GHRPb 3,0 MYVEROL 18-99 3 vasopressina0 0,06 ARLACEL 186 4a calcitoninad 0,02 ARLACEL 186 4b calcitoninad o o VO ARLACEL 186 5a insulinae 0,15 (37 IU) ARLACEL 186 5b insulinae 0,38 (92 IU) ARLACEL 186
Notas à tabela a ciclo(S,S)-(2-mercapto)benzoil-(Na-metil)-Arg-Gly-Asp-(2-mer-capto)fenilamida (MM de cerca de 650), aq.= solução salina; b His-D-Trp-Ala-Trp-D-Phe-Lys-NH2(MM de cerca de 850), aq.= solução isotónica contendo ácido acético e NaCl a pH 5,0; c Val-Asp-Cys-Tyr-Phe-Gln-Asn-Cys-Pro-Arg-Gly-NH2 (MM de cerca de 1300)(ICN Biochemicals), aq.= solução salina;
4 74 239 Ρ50026-1 -25-^ calcitonina de salmão (contém 32 aminoácidos, MM de cerca de 3500) (ICN Biochemicals), aq.= solução salina; e e polipéptido com uma MM de cerca de 6000 (ICN Biochemicals), aq.= solução salina tamponada com fosfato;
EXEMPLOS BI0L0GIC0S
Exemplo Biológico 1 - Avaliação da Irritação GI
Usando a metodologia padrão (Szabo et al.f J. Pharmacol. Methods, 13, 59-66, 1985), avaliou-se uma microemulsão isenta de droga, compreendendo óleo de soja e um de entre MYVEROL 18-99, ARLACEL 80, ARLACEL 83 ou ARLACEL 186 (na proporção de 3:1) (87%), TWEEN 80 (10%) e solução salina (3%), quanto ao seu potencial em provocar a irritação GI em ratazanas. Após dosagem oral (3,3 ml/kg), verificou-se que as superfícies das mucosas, tanto do estômago como do duodeno estavam isentas de qualquer lesão, mesmo quando observadas ao microscópio.
Exemplo Biológico 2 - Demonstração da actividade in vivo de um péptido RGD distribuído por uma microemulsão A actividade in vivo da microemulsão contendo óleo de soja e um de entre MYVEROL 18-99, ARLACEL 80, ARLACEL 83 ou ARLACEL 186 (na proporção de 3:1) (87%), TWEEN 80 (10%) e solução salina (3%), e o péptido RGD do Exemplo la (6 mg/g de formulação) foi demonstrada num ensaio de agregação de plaquetas padrão usando cães (Samanen et al., Med. Chem., 34, 3114-3125, 1991). Após a dosagem oral da microemulsão contendo o péptido (numa cápsula de gelatina) com 3 mg/kg (0,5 ml/kg de microemulsão) observou-se inibição que era, em geral, mais pronunciada e, nalguns casos, mais prolongada do que a observada numa experiência de controlo correspondente na qual o péptido RGD foi doseado na forma de uma solução salina.

Claims (15)

  1. 74 239 Ρ50026-1 ^j^ssaiCSEI1 ✓Χ\ -
    -26- REIVINDICAÇÕES 1 - Microemulsão de água em óleo auto-emulsionante, estável e famaceuticamente aceitável, caracterizada por compreender: (a) uma fase lipofílica possuindo um triglicérido de ácido gordo de cadeia longa e um surfactante de baixo HLB; (b) um surfactante de elevado HLB; (c) uma fase hidrofílica aquosa; e (d) um agente terapêutico solúvel em água.
  2. 2 - Microemulsão de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os componentes de ácido gordo principais do triglicérido de ácido gordo de cadeia longa serem ácidos gordos C18 saturados, mono-insaturados ou poliinsaturados.
  3. 3 - Microemulsão de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada por o surfactante de baixo HLB ser (a) um éster de ácido gordo de cadeia longa de sorbitano ou (b) um monoglicérido de ácido gordo de cadeia longa, compreendendo opcionalmente até 10% (p/p) de um diglicérido de ácido gordo de cadeia longa e /ou uma pequena quantidade em peso de um ácido gordo de cadeia longa, livre.
  4. 4 - Microemulsão de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por o ácido gordo de cadeia longa ser um ácido gordo C18 saturado, mono-insaturado ou poliinsaturado.
  5. 5 - Microemulsão de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o triglicérido de ácido gordo de cadeia longa ser um óleo de soja ou óleo de cártamo e o surfactante de baixo HLB ser monooleato de glicerol, monooleato de sorbitano ou sesquioleato de sorbitano.
  6. 6 - Microemulsão de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizada por o surfactante de elevado HLB ser um éster de ácido gordo e polioxietileno, um éster de ácido gordo e polioxietileno-sorbitano, um éter alquílico de cadeia longa de polioxietileno glicol ou um éster alquílico de cadeia longa de 74 239 Ρ50026-1 Fhv. C \ -27- $ Jl_írr3t^®
    polioxietileno glicol.
  7. 7 - Microemulsão de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por o agente terapêutico ser um péptido.
  8. 8 - Microemulsão de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por o péptido ser um péptido antagonista do receptor de fibrinogénio (um péptido RGD), GHRP (His-D-Trp-Ala-Trp-D-Phe-Lys-NH2), uma vasopressina, uma calcitonina ou uma insulina.
  9. 9 - Microemulsão de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por a fase hidrofílica ser essencialmente aquosa e compreender menos do que 10%, em peso da fase, de um álcool.
  10. 10 - Microemulsão de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 9, caracterizada por a fase lipofílica constituir 70 a 95%, o surfactante de elevado HLB de 5 a 25% e a fase hidrofílica menos do que 10% e por a razão entre o triglicérido de ácido gordo de cadeia longa e o surfactante de baixo HLB estar entre 4:1 e 2:1.
  11. 11 - Microemulsão de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por a fase lipofílica constituir 85 a 95%, o surfactante de elevado HLB de 7,5 a 15% e a fase hidrofílica de 0,1 a 5% (p/p) da microemulsão.
  12. 12 - Microemulsão (a/o) auto-emulsionante compreendendo opcionalmente um agente terapêutico solúvel em água, caracterizada por as proporções relativas dos seguintes componentes: (1) uma fase lipofílica compreendendo um triglicérido de ácido gordo de cadeia longa ou uma mistura de triglicéridos de ácido gordo de cadeia longa e um surfactante de baixo HLB ou uma mistura de surfactantantante de baixo HLB; (2) um surfactante de elevado HLB; e 74 239 Ρ50026-1
    -28-
    (3) uma fase aquosa se encontrarem dentro da região sombreada de qualquer um dos diagramas representados abaixo: Õleo ãe so]a 3 Myverol 18-99 I = T
    Õleo de soja . 3 Myverol 18-99 1
    Õleo de soja 3 Arlacel 186 1
    Õleo de soja 3 Monooleato de sorbitano ' ~ 1
    Õleo de soja 4 IMonooleato de sorbitano' " 1
    -29- 74 239 Ρ50026-1
  13. 13 - Microemulsão de acordo com qualquer ums das reivindicações 1 a 12, adaptada a distribuição oral ou aplicação tópica.
  14. 14 - Microemulsão de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13 para uso em terapia.
  15. 15 - Microemulsão de água em óleo auto-emulsionante e estável, caracterizada por compreender: (a) uma fase lipofilica possuindo um triglicérido de ácido gordo de cadeia longa e um surfactante de baixo HLB; (b) um surfactante de elevado HLB; e (c) uma fase hidrofílica aquosa sendo cada um de (a), (b) e (c) definidos como em qualquer uma das reivindicações 2a6e9al2. Lisboa Por SMITHKLINE BEECHAM CORPORATION =0 AGENTE 0FICIAL= O ADJUNTO
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