PT100413A

PT100413A - Maquina para execucao de trabalhos na via publica

Info

Publication number: PT100413A
Application number: PT100413A
Authority: PT
Inventors: Philippe Cremer
Original assignee: Savoyarde De Cons Material Ind
Priority date: 1991-04-23
Filing date: 1992-04-22
Publication date: 1994-05-31
Also published as: GB9208462D0; GB2257414B; ITTO920356A1; IT1259554B; DE4213406A1; JPH05118054A; ES2082677B1; ITTO920356A0; NL9200743A; ES2082677R; DE4213406C2; ES2082677A2; BE1006902A3; FR2675831A1; GB2257414A

Description

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A presente invenção diz respeito a máquinas utilizadas para a execução de trabalhos de terraplanagens, de abertura de buracos, de escavações, etc..., geralmente de carácter público, não devendo esta precisão ser considerada como limitativa.

0 objecto da invenção visa as máquinas de todas as dimensões, de todas as potências, constituídas por um quadro associado a meios de suporte e de deslocamento que podem ser rodas, lagartas ou similares. Um tal quadro apresenta uma torre montada sobre uma peça de modo a poder rodar total ou parcialmente em torno de um eixo vertical. Uma tal torre apresenta uma cabina de pilotagem e de comando, assim como um ou vários braços articulados que apresentam, na extremidade, uma ferramenta de trabalho.

Podem ser consideradas outras máquinas de trabalho pertencentes ao mesmo domínio de utilização, as quais são constituídas por um quadro de suporte que delimita directamente a cabina e define, geralmente sob este último, um compartimento onde está montado um grupo motor-bomba que tem por função assegurar a alimentação dos orgãos de accionamento e dos macacos de serviço que accionam um ou vários braços de trabalho.

As máquinas do primeiro tipo caracterizam-se por apresentarem dimensões importantes e um centro de gravidade elevado apresentando montado, principalmente, um grupo motor-bom-bas sobre a torre rotativa. 0 facto dos atravancamentos vertical e horizontal serem importantes não favorece as deslocações e o trabalho nos espaços exíguos, limitados ou com obstáculos, como acontece no caso de trabalhos em zonas urbanas. o A existência de um centro de gravidade relativamente alto não contribui para se obter uma boa estabilidade e restringe 4 os limites ou capacidades de evolução da máquina em terrenos com declives ou inclinados.

Um inconveniente adicional das estruturas do primeiro tipo reside na emissão de um nível sonoro elevado, o qual é difícil de controlar em virtude do grupo motor-bombas estar montado directamente sobre a torre rotativa.

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As máquinas do segundo tipo podem ser obtidas sob estruturas bastante menos volumosas, devido ao facto de não existir torre rotativa. No entanto, a compacidade que lhe está geralmente associada prejudica grandemente a acessibilidade ao compartimento onde está montado o grupo motor-bombas. Os trabalhos de manutenção, de reparação ou de regulação constituem então uma operação relativamente pesada, visto que é necessário desmontar total ou parcial a superestrutura para se poder ter acesso de um modo mais fácil aos orgãos vitais.

Um outro inconveniente das máquinas do segundo tipo reside no facto de ser necessário tomar precauções de utilização quando se executam trabalhos em terrenos enlameados ou inundados, a fim de evitar imergir os orgãos vitais situados no compartimento do motor.

Por outro lado, tais máquinas não têm a reputação de possuírem uma capacidade de progressão e de deslocamento fácil em solos profundamente enlameados ou com fraca consolidação. A presente invenção visa remediar os inconvenientes acima referidos ligados aos dois tipos de máquinas de obras públicas e, com esta finalidade, propõe uma nova máquina em que a estrutura é concebida de modo especial para apresentar uma compacidade geral particularmente notória, um centro de gravidade

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situado bastante baixo em relação aos eixos de rotação dos orgãos de suporte e de deslocamento e uma acessibilidade fácil aos diferentes orgãos vitais.

Um outro objectivo da invenção consiste em propor uma nova estrutura de máquina que permita uma construção facilitada e fácil a partir de subconjuntos equipados, os quais podem ser montados uns nos outros praticamente na fase final, a fim de se obter uma máquina para obras públicas autónoma na sua forma definitiva.

Um outro objectivo da invenção consiste em propor uma nova estrutura de máquinas para obras públicas, construída de modo a assegurar em especial a protecção dos orgãos vitais que apresenta, e a fim de contribuir para a sua capacidade de evolução e de trabalho em terreno mal consolidado, enlameado, devendo entender-se aqui a situação de imersão parcial num meio líquido.

Para atingir os objectivos acima referidos, a máquina para .obras públicas de acordo com a invenção é caracterizada por: - o quadro apresentar a forma de um caixão estanque aberto na parte superior, definindo esta parte um _} plano de apoio geralmente horizontal; 'v., ” - a torre ser montada numa base porta-torre de modo a poder rodar sobre ela, sendo esta última concebida de modo a ter um eixo de rotação transversal na parte --1 anterior do quadro-caixão, a fim permitir a sua colocação quer numa posição ante-basculante de modo a desobstruir parcialmente a parte superior aberta do quadro-caixão, quer numa posição de trabalho de modo a ficar fixa sobre o plano de apoio, ao qual ela 6

confere rigidez transversal; - os meios de accionamento e de produção de energia serem organizados sob a forma dum grupo motor-bombas montado no quadro-caixão junto à parte posterior deste último; i N__.' - apresentar fixo sobre a extremidade posterior do quadro-caixão um arco transversal amovível destinado a conferior rigidez e que exerce também uma função de protecção. ( -

Outras características ressaltarao a partir da descrição que se fará a seguir fazendo-se referência aos desenhos anexos, os quais mostram, a título de exemplo não limitativo, uma forma de realização do objecto da invenção. A figura 1 mostra um alçado lateral de uma maquina para obras públicas de acordo com a invenção.

As figuras 2 e 3 são vistas transversais tomadas respectivamente segundo as linhas II-II e ΙΙΙ-ΪΙΙ da figura 1. _J A figura 4 é um corte longitudinal tomado sensivelmente segundo o plano médio longitudinal IV-IV da figura 3, mas a uma escala maior.

As figuras 5 a 7 são cortes transversais tomados wJ sensivelmente segundo as linhas V-V a VII-VII da figura 4. A figura 8 é um corte em elevação análogo ao da figura 4, mas ilustrando, na mesma escala deste último, uma outra posição característica de alguns dos elementos da invenção. 7

As figuras 1 a 3 mostram uma máquina para obras públicas, do tipo pá mecânica, em que a ferramenta de trabalho (1) pode ser constituída efectivamente por uma pá ou ainda por um alcatruz. A máquina é constituída por um quadro (2) que apresentà ^ os orgãos de suporte e de deslocamento (3) e que suporta uma torre (4) capaz de poder rodar ou virar em torno de um eixo vertical x-x' sobre uma placa angular, de preferência segundo um ângulo igual a 3602. A torre (4) apresenta montada uma cabina de comando (5) que é, no presente caso, deslocada em relação ao eixo U' vertical x-x' e sobre a qual está montado um braço articulado (6) suportado pela torre (4). O braço articulado (6) pode ser constituído por um só braço ou por segmentos múltiplos, tais como (7), (8) e (9) ligados entre si pelos macacos de comando (10) , (11) e (12) do tipo de duplo efeito e accionados por energia hidráulica. No caso presente, o segmento extremo (9) suporta a ferramenta (1), a qual pode ser orientada num plano vertical através do macaco (12). A estrutura acima descrita e mostrada nos desenhos á indicada somente a título de exemplo, visto que, como é evidente, poderá ser encarada uma outra realização do braço articulado (6).

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De acordo com a invenção, como se pode verificar em especial através das figuras 4 a 7, o quadro (2) é constituído por um caixão estanque aberto na parte superior, o qual define um plano de apoio "P". 0 quadro-caixão (2) é constituído por duas longarinas-caixão estanques (15), as quais se estendem, no exemplo ilustrado, paralelamente uma à outra e ao plano médio transversal "Pl" que passa pelo eixo vertical de rotação x-x'. As longarinas-caixão (15) são ligadas entre si por duas travessas (16) e (17), referidas respectivamente como anterior e posterior 8 8

• · ι · tendo em conta uma configuração preferida de utilização, tal como ilustrado pela figura 1. Os tirantes (16) e (17) podem ser pórticos obtidos a partir de perfis ou ainda a partir de elementos em caixão. Em qualquer dos casos, as travessas (16) e (17) estendem-se junto ás extremidades das partes terminais das longarinas (15), as quais são construídas de modo a que as suas paredes inferiores apresentem, a partir da base, uma inclinação crescente na direcção das extremidades, a fim de formarem rampas (18) e (19), cuja função será entendida a partir da descrição que se fará de seguida. 0 quadro-caixão (2) é completado com um fundo (20) que fecha de modo estanque a superfície definida pelas longarinas e pelas travessas, travessas essas onde o referido fundo é ligado também de modo estanque. O fundo (20) pode ser obtido e/ou constituído por um único painel contínuo ou que apresenta aberturas ou entradas de homem (21), as quais são fechadas por portas de visita (22) que apresentam meios de fecho que são amovíveis e estanques.

Tal como se pode ver através da figura 4, o quadro-caixão (2) é formado à maneira de uma barcaça estanque ou de uma barca com fundo chato suportada pelos orgãos de suporte (3). De acordo com as aplicações consideradas, os orgãos de suporte e dq-deslocamento (3) podem ser constituídos por rodas, tal como ilustrado, ou ainda por cadeias ou lagartas que se estendem lateralmente em relação ao caixão (15) e ao exterior deste último. Em todo o caso, os orgãos de suporte ou de deslocamento (3) possuem veios de rotação horizontais (23) que são suportados, tal como os semi-eixos exteriores, pelas longarinas (15), de tal modo que o plano horizontal "P2" que passa pelos referidos veios corresponde sensivelmente ao plano médio horizontal do quadro--caixão (2).

No caso presente, os veios (23) são materializados por motores individuais, do tipo hidráulico, próprios para assegurarem o accionamento de cada uma das rodas (3). É vantajoso tirar proveito das longarinas-caixão (15), de modo a que as transmissões ou acoplamentos (25) ligados os veios de rotação (23) dos orgãos ou meios de suporte e de deslocamento (3), fiquem montados nos compartimentos internos (24) definidos pelas referidas longarinas-caixão e no mesmo lado do quadro (2). As transmissões ou acoplamentos (25) podem ser constituídas por correntes em que a lubrificação pode ser obtida, por exemplo, por chapinagem do tramo inferior num reservatório de óleo ou similar existente no interior dos compartimentos (24).

Apesar de não estar representado, deverá ser considerado que as longarinas-caixão (15) apresentam nas faces superior, inferior e eventualmente lateral exterior, painéis amovíveis montados de modo estanque por forma a permitirem o acesso para visitas de manutenção ãs transmissões ou acoplamentos (25). 0 quadro-caixão (2) que é aberto por cima está adaptado para receber, no seu interior ou junto â parte terminal posterior, um grupo (30) motor-bombas montado num berço ou similar (31) de modo a ser amovível, o qual por sua vez é montado sobre os apoios (32) existentes nas faces laterais internas das longarinas (15). 0 grupo motor-bombas (30) está deste modo parcialmente implantado no interior do quadro-caixão estanque (2), ocupando uma posição rebaixada em relação ás implantações habituais, a fim de permitir que o conjunto assim construído tenha um centro de gravidade particularmente baixo. A implantação do grupo (30) é efectuada de modo a ficar prevista a colocação entre este último e o fundo (20) um reservatório (33) de combustível próprio para o motor (30a) do grupo (30). A organização do grupo (30) e a sua implantação no quadro-caixão (2) são executadas de modo a que a parte da bomba (30b) fique orientada na direcção da parte anterior do quadro--caixão (2) , enquanto que o subconjunto de arrefecimento (34) é montado sobre um banco ou similar (35) que liga as extremidades posteriores das longarinas-caixão (15). O subconjunto de arrefecimento (34) ê circundado por um arco (36) que pode ser do tipo completamente fechado ou parcialmente aberto, o qual é fixo ãs extremidades posteriores das longarinas-caixão (15) a fim de conferir rigidez transversal ao quadro-caixão (2) e a fim de proteger o subconjunto de arrefecimento (34). Para tal, o arco (36) pode apresentar a forma de uma membrana rígida, do tipo mecano-soldada reforçada por cuteis ou reforços que têm por função absorver os esforços transversais de torsão que poderão ser aplicados ao quadro-caixão (2) e, mais particularmente, ás duas longarinas longitudinais (15), quer na fase de deslocamento da máquina quer na fase de trabalho da ferramenta (l). 0 quadro-caixão (2) é completado com uma capota (37), a qual envolve em particular a parte do motor (30a), sendo fixa de modo amovível sobre o plano de apoio "P" definido pela parte superior das longarinas-caixão (15).

De acordo com a invenção, a torre (4) é montada, através de uma coroa (40), sobre uma base porta-torre (41) executada sob a forma de uma caixa aberta na parte inferior e que apresenta, na parte superior, um remate (42). A base (41) é montada, através de um veio (43) horizontal transversal e perpendicular ao plano "Pl", sobre o quadro (2) e mais particularmente sobre os suportes (44) solidários com as longarinas-caixão (15), elevando-se para cima do plano de apoio "P". O veio (43) pode apresentar a constituição mais conveniente, quer através de semi-eixos quer, eventualmente, através de um veio comum aos dois 11

suportes. Em qualquer caso, o veio (43) ocupa uma posição recuada em relação ás extremidades anteriores das longarinas (15), por exemplo, imediatamente atrás do tirante anterior (16). A base (41) é montada de modo a ser possível rodar parcialmente sobre o veio (43) através de pelo menos um, mas de preferência dois macacos laterais (45) de duplo efeito, os quais são montados entre o remate (42) e os suportes (46), elevando-se a partir do plano de apoio "P" definido pela parte superior das longarinas-caixão (15). A base (41) é ligada ao quadro (2) e, em especial, ás partes correspondentes das longarinas-caixão (15) que delimitam o plano de apoio "P", através dos meios (47) para apoio, indexação e fixação amovíveis. 0 número de meios (47) previsto é de, por exemplo, dois por cada longarina (15), apresentando respectiva-mente uma platina roscada (48) fixada sobre a longarina (15), a fim de poder cooperar com uma consola externa (49) solidária com a base. A consola (49) apresenta um orgão de bloqueio (50), formado por exemplo por um parafuso com cabeça, o qual executa a função de indexação e de fixação ao cooperar com a platina (48).

Sobre a sua parte traseira, a base porta-torre (41) apresenta meios de fixação ou de suspensão amovíveis em consola para um reservatório (51) destinado a conter, por exemplo, fluido hidráulico. Um tal reservatório com uma forma envolvente destina--se, na posição de trabalho tal como ilustrado na figura 4, a rodear e envolver a parte da bomba (30b) do grupo (30), dado que se inscreve na continuidade do perfil da capota (37). 0 remate (42) da base (41) suporta a torre (4) com interposição da coroa (40), a qual é constituída por um anel (52) com dentes no interior que é fixo ao remate (42) e por um anel de 12

rolamentos (53) que pode rodar quando apoiado de modo centrado sobre o anel (52), estando este por sua vez centrado com o eixo x-x'. 0 anel (53) está fixo à torre (4), estando montado nesta um orgão motor (54) de rotação em que o veio de saída apresenta um pinhão dentado (55) que engrena no anel (52).

Por outro lado, o remate (42) da base (41) apresenta montado de modo suspenso um bloco (56) de acoplamento rotativo, em que a parte envolvente exterior (57) apresenta ligações que estão ligadas ás saídas do conjunto da bomba (30b). 0 interior ou núcleo rotativo (58) do' bloco (56) é montado de modo a ficar fixo à base da torre (4) assegurando, através de ligações e de linhas ou circuitos apropriados, a alimentação dos diferentes transformadores de energia hidráulica, tais como o motor (54) e os macacos (10), (11) e (12). o bloco de acoplamento rotativo (56) está normalmente associado ou é complementado por um bloco com funções análogas, para assegurar de modo idêntico a transmissão das energias eléctricas de serviço aos diferentes comandos entre a fonte de produção, fornecida pelo subconjunto (30a), e a cabina de comando (5).

Do anteriormente referido ressalta que a base (41) e o seu remate (42) asseguram o suporte da torre rotativa (4) contribuindo, na posição de trabalho tal como ilustrada na figura 4 e graças aos meios (47), para a rigidez da estrutura localizada na parte anterior do quadro-caixão (2), Com efeito, a associação das duas estruturas abertas colocadas de um lado e do outro do plano "P" e constituída no caso presente pelo quadro (2) e pela base (1), permite, através dos meios (47), dispor de uma estrutura fechada resistente e indeformãvel capaz de absorver e de suportar as tensões geradas quando se efectua a rotação ou o trabalho com a torre (4). A absorção dos esforços de torsão é assim assegurada sem risco de deformação temporária ou definitiva da estrutura 13

portante, a qual é caracterizada por definir-, um compartimento do tipo casco de navio centrado verticalmente pelo plano nP2" que passa pelos eixos de rotação (23) dos orgãos de suporte e de deslocamento (3) e na qual estão montados os diferentes orgãos de fornecimento de potência e de trabalho.

Uma tal estrutura apresenta pois um grande compacidade e tem um centro de gravidade particularmente baixo, o que contribui para uma estabilidade da máquina mesmo quando trabalha em terrenos inclinados ou com declives.

Por outro lado, a estrutura portante é constituída à maneira de uma barcaça ou de uma galinhola marinha estanque onde estão montados os orgãos de fornecimento de potência, os quais estão assim ao abrigo de qualquer risco de imersão, de poluição ou de sujidade vinda principalmente do solo sobre o qual a máquina é conduzida. A existência do quadro-caixão (2) em forma de barcaça ou de galinhola marinha estanque permite que a máquina progrida sem dificuldade em meios lamaçentos, isto é, líquidos ou com fraca compacidade e consolidação, sendo um dado adquirido que o fundo (20) representa uma superfície portante capaz de facilitar a acção motriz dos orgãos de suporte e de deslocamento (3), em que uma parte da superfície de trabalho não exerce a função portante. )

As rampas inclinadas (18) e (19) são previstas para facilitarem a progressão e o encaminhamento da máquina em terrenos em que a característica de resistência pode variar notavelmente . 14

Uma outra vantagem da estrutura de acordo com a invenção reside na possibilidade de acesso reservada ao conjunto dos meios motores, dos meios de fornecimento de energia e dos meios de serviço geral, os quais estão, na sua maioria, montados no compartimento geral constituído pelo quadro-caixão (2) , pela capota (37), pelo reservatório (51) e pela base (41).

Com efeito, é possível comandar rápidamente o acciona-mento da base (41) para a colocar na posição ante-basculante, como ilustrado pela figura 8, depois dos meios (47) que exercem a função de apoio, de indexação e de fixação, terem sido neutralizados. Uma tal neutralização pode ser obtida desaparafusando os parafusos (50), permitindo assim que os macacos (45) sejam logo de seguida alimentados de modo a que a extensão da haste do seu pistão possa bascular a base (41) no sentido da seta "fl". A base (41) arrasta consigo o conjunto da torre (4), da cabina (5) e do braço articulado (6), deslocando em simultâneo o reservatório (51), até uma posição extrema que pode ser definida por um qualquer batente positivo. Neste estado, ilustrado pela figura 8, dispõe-se de uma acessibilidade total ao quadro-caixão (2), o que permite e facilita as intervenções de manutenção, de regulação, de reparação ou de substituição total ou parcial dos elementos que constituem a motorização, o grupo de fornecimento de energia ou de serviço, incluindo o bloco de acoplamento rotativo (56). A acessibilidade ao subconjunto (30a) do grupo (30) é facilitada pelo levantamento da capota (37) .

Do que foi anteriormente referido ressalta que o objecto da invenção é caracterizado por ser uma estrutura portan-te compacta, estanque, com um fraco centro de gravidade particularmente baixo em relação aos eixos (23) dos orgãos de suporte e de deslocamento e capaz de receber, na sua parte superior aberta e acessível, o conjunto dos meios de motorização, de fornecimento 15 de energia e de serviço que sao normal e geralmente montados na torre (4).

Torna-se assim possível reduzir notavelmente em relação à arte anterior as dimensões de atravancamento vertical e horizontal da máquina, no que diz respeito à estrutura portante mas, também, no que diz respeito ã superestrutura de trabalho constituída pela torre (4), pela cabina (5) e pelo braço articulado (6).

Um outro aspecto interessante da concepção de acordo com a invenção reside na possibilidade de assegurar, em linhas de produção separadas, a montagem da unidade de motorização, de serviço e de fornecimento de energia por um lado, e a montagem da célula por outro lado, e, de seguida, montar estes dois subconjuntos implantando-os no quadro-caixão (2), sendo o processo completado com a adaptação da torre que foi montada ao longo de uma terceira linha. Um tal método permite simplificar e racionalizar a fabricação. A invenção não é limitada pelo exemplo descrito e representado, visto que podem ser feitas diversas modificações sem sair do seu âmbito.

Lisboa, 22 de Abril de 1992

Agente Oficiai da Propriedade Industrial RUA VICTOR COROON, 10-A 3.® 1200 LISBOA

Claims

REIVINDICAÇÕES: ia- Máquina para execução de trabalhos na via pública do tipo constituído, por um lado, por um quadro (2) associado a meios de suporte e de deslocamento (3) dos quais alguns podem ser motores e/ou direccionais e, por outro lado, uma torre (4) montada sobre o quadro de modo a poder rodar em torno de um eixo vertical (χ-χΠ), estando montados nessa torre uma cabina de comando (5) e pelo menos uma braço articulado (6) munido de uma ferramenta de trabalho (1) e, para além destes, meios de acciona-mento e de produção de energia previstos não só para o deslocamento da máquina como também para a rotação da torre e para o comando da ferramenta de trabalho, sendo a dita máquina caracte-rizada por: - o quadro (2) apresentar a forma de um caixão estanque aberto na parte superior, definindo esta parte um plano de apoio (P) geralmente horizontal; - a torre (4) ser montada numa base porta-torre (41) de modo a poder rodar sobre ela, sendo esta última concebida de modo a ter um eixo de rotação transversal (43) na parte anterior do quadro-caixão, a fim permitir a sua colocação quer numa posição anti-basculante de modo a desobstruir parcialmente a parte superior aberta do quadro-caixão, quer numa posição de trabalho de modo a ficar fixa sobre o plano de apoio, ao qual ela confere rigidez transversal; - os meios de accionamento e de produção de energia serem organizados sob a forma dum grupo motor-bombas (30) montado no quadro-caixão junto à parte posterior deste último; - apresentar fixo sobre a extremidade posterior do quadro-caixão um arco (36) transversal amovível destinado a conferior rigidez e que exerce também uma função de protecção.
2- Máquina de acordo com a reivindicação 1, caracteri-zada por o quadro-caixão (2) ocupar uma posição centrada verticalmente sobre os eixos de rotação horizontais (23) dos meios de suporte e de deslocamento (3) . 3a- Máquina de acordo com as reivindicaçEes 1 ou 2, caracterizada por o quadro-caixão (2) ser constituído por duas longarinas-caixão (15) fechadas, por dois tirantes transversais (16, 17) ligados ás longarinas numa zona próxima das suas extremidades e por um fundo (20) que apresenta portas de visita com fecho estanque (22) e em que a periferia é solidária com as longarinas e com as extremidades.
2- Máquina de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por cada longarina-caixão (15) delimitar pelo menos um compartimento estanque (24) onde está montada uma transmissão ou um acoplamento (25) que liga os meios de suporte e de deslocamento (3) suportados pela dita longarina.
52- Máquina de acordo com as reivindicaçEes 3 ou 4, caracterizada por as longarinas-caixão (15) apresentarem partes terminais em que a face inferior de cada uma delas (18, 19) é inclinada de modo a se elevar na direcção da extremidade correspondente . 3 - * ç

6ã- Máquina de acordo com uma das reivindicaçEes 3 a 5, caracterizada por cada longarina (15) apresentar, por um lado, um suporte (46) de articulação de um macaco (45) de basculamento articulado noutra zona da base de apoio e, por outro lado, meios (47) para apoio, indexação e fixação da base de apoio na posição de trabalho sobre o plano de apoio do quadro—caixão. 7a- Máquina de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por os meios (47) de apoio, de indexação e de fixação serem constituídos por platinas roscadas (48) fixadas nas longarinas e destinadas a cooperarem com consolas externas (49) suportadas pela base de apoio e que apresentam orgãos de bloqueio (50).
83- Máquina de acordo com uma das reivindicaçΣes 1 a 3, caracterizada por o quadro-caixão (2) apresentar um reservatório de combustível (33) situado no seu interior e sob o grupo.
93- Máquina de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a base de apoio (41) apresentar, sobre a parte posterior, meios que permitem a montagem de um reservatório (51) em consola, meios esses sob a forma de arco que, quando a base está na posição de trabalho, envolvem e cobrem parcialmente o grupo (30).
103- Máquina de acordo com uma das reivindicaçEes 1 ou 9, caracterizada por a base de apoio (41) apresentar na sua face inferior a protecção de um bloco de junta rotativa (56) ao qual são ligadas as diferentes linhas de fornecimento de energia e em que o núcleo ou alma é ligado à torre rotativa.
113- Máquina de acordo com a reivindicação 1, 2, 3 ou 8, caracterizada por o quadro-caixão (2) apresentar uma capota 4 (37) que protege o grupo motor-bombas, a qual se estende entre o reservatório de combustível e o arco traseiro. Lisboa, 22 de Abril de 1992

Agente Oficial da Propriedade Industrial fltfA VICTOR CORDON, 10-A 3» 1200 LISBOA