BRPI0914321B1 - Processo de avaliação da quantidade de metano produzido por um ruminante leiteiro em função da composição de ácidos graxos do leite e da produtividade de leite produzido pelo ruminante - Google Patents

Processo de avaliação da quantidade de metano produzido por um ruminante leiteiro em função da composição de ácidos graxos do leite e da produtividade de leite produzido pelo ruminante Download PDF

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Description

(54) Título: PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE DE METANO PRODUZIDO POR UM RUMINANTE LEITEIRO EM FUNÇÃO DA COMPOSIÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DO LEITE E DA PRODUTIVIDADE DE LEITE PRODUZIDO PELO RUMINANTE (51) Int.CI.: G01N 33/06; A23K 50/10 (30) Prioridade Unionista: 25/06/2008 FR 0854230 (73) Titular(es): VALOREX (72) Inventor(es): PIERRE WEILL; GUILLAUME CHESNEAU; YVES CHILLIARD; MICHEL DOREAU; CÉCILE MARTIN
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Relatório Descritivo da Patente de Invenção para PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE DE METANO PRODUZIDO POR UM RUMINANTE LEITEIRO EM FUNÇÃO DA COMPOSIÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DO LEITE E DA PRODUTIVIDADE DE LEITE PRODUZIDO PELO RUMINANTE.
[0001] A presente invenção se refere ao domínio da alimentação animal e, mais precisamente, ao domínio da alimentação dos animais destinados à produção de leite.
[0002] Ela se refere mais particularmente a um processo de avaliação da quantidade de metano produzida por um ruminante leiteiro, assim como a um processo para controlar a quantidade de metano produzida por um ruminante leiteiro.
[0003] A digestão da matéria orgânica pelos ruminantes comporta uma fase de fermentação microbiana no rúmen. No decorrer desta, os polissacarídeos de plantas (tais como a celulose, as hemiceluloses, as pectinas, e o amido) são degradados pelas bactérias anaeróbicas que vivem no rúmen.
[0004] Há então produção de diferentes ácidos graxos voláteis (AGV) (acetato, propionato, e butirato (por ordem de importância), de gás carbônico (CO2) e de hidrogênio (H2)).
[0005] O rúmen sendo um meio anaeróbico, a produção de energia (ATP) é feita por transferência de hidrogênio.
[0006] O hidrogênio inibe a atividade da maior parte das bactérias por diferentes mecanismos. O hidrogênio produzido deve, portanto, ser eliminado do rúmen para favorecer uma boa digestão microbiana. [0007] A metanogênese, influindo na formação de metano (CH4), é a principal via que permite essa eliminação. Ela pode ser simbolizada pela seguinte reação:
[CO2 + 4 H2] = CH4 + 2 H2O [0008] Essa transformação é assegurada por bactérias metanogêPetição 870170054473, de 31/07/2017, pág. 4/21
2/13 nicas que vivem associadas aos protozoários (que constituem a microfauna ruminal).
[0009] O metano (CH4) é, com o dióxido de carbono (CO2), o protóxido de nitrogênio (N2O) e os três carbonetos halogenados (clorofluorocarbonetos CFC, hidrofluorocarbonetos HFC, perfluorocarbonetos PFC), um dos principais gases de efeito estufa (GES).
[0010] Sua contribuição com o efeito estufa é muito importante. Com efeito, uma molécula de CH4 equivale a 21 moléculas de CO2, segundo as tabelas de equivalência oficiais.
[0011] Acredita-se que esses GES tem um efeito nas mudanças climáticas, notadamente no aquecimento global. Lutar contra essas mudanças é tornado, a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Cúpula da Terra), no Rio em 1992, um engajamento internacional que se traduziu em 1997 por engajamentos quantitativos, os quais foram retomados através do protocolo de Kyoto.
[0012] O Conselho Europeu estabeleceu, assim, como objetivo, reduzir em 20% as emissões de GES de agora até 2020. Em 2003, a criação gerava 47,7 MteqCO2 (milhões de toneladas equivalentes de CO2), dos quais 28,3 MteqCO2 sob a forma de metano proveniente das fermentações digestivas dos ruminantes (Leseur, 2006; Martin et. al. 2006).
[0013] Essas emissões de metano representam 26% das emissões do setor agrícola e 5% das emissões francesas de GES (Leseur, 2006).
[0014] Aparece, portanto, como necessário, reduzir as emissões de metano pelos ruminantes.
[0015] Diferentes soluções foram propostas para atingir esse objetivo.
[0016] A primeira consiste em limitar o consumo de produtos oriPetição 870170054473, de 31/07/2017, pág. 5/21
3/13 undos de ruminantes e notadamente de produtos leiteiros, o que teria por efeito diminuir o número desses ruminantes leiteiros, e, portanto, muito logicamente as emissões de metano.
[0017] Mas os produtos leiteiros estão presentes na alimentação dos seres humanos, desde os tempos remotos. O homem é conhecido por ser a única espécie animal a consumir produtos leiteiros após o desmame. Além disso, no plano nutricional, esses produtos leiteiros contêm cálcio, proteínas e lipídeos com propriedades nutricionais muito particulares, indissociáveis de uma alimentação equilibrada, em todos os estágios da vida.
[0018] Por outro lado, o aumento da população sobre o planeta dificilmente parece compatível com uma redução dos efetivos de animais destinados a alimentar essa população em expansão.
[0019] Uma outra solução consiste em modificar a alimentação dos ruminantes leiteiros (vacas, ovelhas, cabras, etc.) orientando os mecanismos da ruminação, de forma a produzir menos metano.
[0020] Diferentes técnicas foram propostas para atingir esse objetivo.
[0021] A primeira consiste em aumentar a quantidade de leite produzido por vaca (intensificação da criação).
[0022] A segunda prevê dar às vacas aditivos tóxicos para os protozoários e/ou para as bactérias metanogênicas, de forma a produzir leite, com redução das quantidades emitidas de metano.
[0023] Enfim, uma terceira técnica consiste em introduzir na alimentação dos ruminantes leiteiros fontes de lipídeos vegetais ricos em ácidos graxos insaturados, embora seus efeitos sobre a metanogênese sejam menos potentes (que aqueles dos ácidos graxos Ômega 3). Esses ácidos graxos são tóxicos sobre os protozoários que vivem associados a essas bactérias metanogênicas.
[0024] Mas essas diferentes técnicas só poderiam apresentar um
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4/13 verdadeiro interesse caso se dispusesse de um processo prático e fácil de aplicar para avaliar a quantidade de metano produzida pelos ruminantes.
[0025] Ora, uma medida das emissões de metano só é possível, até hoje, em estações experimentais, e isto de forma onerosa e incômoda.
[0026] A presente invenção visa a preencher essa lacuna.
[0027] Assim, de acordo com um primeiro aspecto, a presente invenção se refere a um processo de avaliação da quantidade de metano produzida por um ruminante leiteiro, caracterizado pelo fato de compreender a determinação da razão entre a quantidade de ácidos graxos com 16 átomos de carbono, ou menos, denominados AG<C16, e a soma de ácidos graxos totais no leite, os referidos ácidos graxos sendo aqueles presentes no leite produzido pelo referido ruminante, essa quantidade de metano sendo definida pela seguinte relação:
Quantidade CH4 = (AG<C16/AG totais) *a* (produção de leite)b na qual
Quantidade CH4 (em g/ litro de leite) = quantidade de metano produzida;
AG<C16 = quantidade de ácidos graxos com 16 átomos de carbono ou menos;
AG totais = quantidade total de ácidos graxos; expressão da relação (AG<C16)/(AG totais) como uma % dos AG totais;
produção de leite = quantidade de leite produzida em kg de leite/animal e por ano;
a e b são parâmetros numéricos, com a compreendido entre 10 e 13 e b compreendido entre -0,40 e -0,45.
[0028] Esse processo é fácil de implementar, já que o presente requerente colocou antes o fato de a quantidade de metano produzida
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5/13 ser diretamente ligada à quantidade de ácidos graxos no leite. Ora, a dosagem dos ácidos graxos do leite é uma operação muito amplamente utilizada atualmente, que não requer meios sofisticados e/ou onerosos.
[0029] No modo de realização preferido, a e b valem respectivamente 11,368 e -0,4274.
[0030] Um outro aspecto da invenção se refere a um processo para diminuir e controlar a quantidade de metano produzida por um ruminante leiteiro.
[0031] Esse processo é notável pelo fato de consistir:
- em fornecer ao ruminante uma ração alimentícia que responda a pelo menos um dos seguintes critérios:
a) excluir qualquer matéria graxa de origem animal;
b) limitar o fornecimento exógeno de óleo vegetal contendo mais de 30% dos AG totais sob a forma de AG saturados, no estado natural, hidrogenado, ou saponificado, a não mais de 15 gramas/animal e por 100 kg de peso vivo;
c) conter pelo menos uma fonte lipídica rica em ácido alfalinolênico ômega 3 (ALA), isto é, do qual mais de 30% dos AG totais está sob a forma de AG ômega 3;
e a controlar essa quantidade de metano aplicando o processo segundo uma das características precedentes.
[0032] Preferencialmente, essa fonte lipídica se apresenta sob a forma de forragem de pasto, ou conservada (seca, ensilada, em feixe, desidratada, etc.), ou de grãos oleaginosos (grãos no estado natural, crus ou cozidos) ricos em ALA, ou de bolos graxos desses mesmos grãos oleaginosos.
[0033] Vantajosamente, essa fonte inclui o linho (linhaça).
[0034] Outras características e vantagens da invenção aparecerão da descrição detalhada que vai ser feita a seguir.
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1. Produção de ácidos graxos voláteis (AGV) e produção de metano
ÍCH4) [0035] O elo entre a produção dos AGV no rúmen e a produção de metano é conhecido e estudado há numerosos anos.
[0036] Assim, foi mostrado que a produção de acetato e de butirato libera o hidrogênio e favorece, portanto, a produção de metano, enquanto que a produção de propionato permite a utilização do hidrogênio e, portanto, limita a produção de metano (Gworgwor et. al., 2006). [0037] Isto pode ser ilustrado pelas seguintes equações:
Glicose (C6) dá 2 Piruvatos (C3) [+4H]
Piruvato (C3) + H2O = 1 Acetato + CO2 [+2H] e 1 Piruvato = 1 propionato (C3) [-4 H] [0038] Uma equação de predição foi, portanto, desenvolvida para predizer a produção de CH4, a partir da produção de AGV, graças ao gráfico ilustrado na Figura 1 anexada (Moss et. al., 2000). Assim, quanto mais as fermentações do rúmen produzirem C2 e C4, mais a produção de CH4 será importante.
[0039] Ao contrário, quanto mais as fermentações no rúmen produzirem C3, mais a produção de CH4 será diminuída.
[0040] A equação de síntese que daí decorre é definida conforme a seguir: [CH4 s] = 0,45 [acetato} + 0,40 [butirato] - 0,275 [propionato] [0041] no qual [x] = quantidade de x, como uma % dos AGV totais.
2. Influência do fornecimento de uma fonte (digestível no rúmen) de ácido alfa-linolênico Ômega 3 (ALA) sobre a produção de AGV e de
ÇH4 [0042] O ácido alfa-linolênico Ômega 3 ou C18 : 3 n-3 ou ALA é um constituinte de massa dos vegetais em crescimento.
[0043] Encontram-se aí, por exemplo, grandes quantidades na grama jovem e nas algas onde constitui a maioria (de 50 a 75%) dos ácidos graxos dessas plantas. Com efeito, o ALA é um constituinte de
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7/13 base das membranas clorofilianas.
[0044] O ALA está também presente em certos grãos oleaginosos como de linhaça (de 45 a 70%), de cânhamo (aproximadamente 15%), de colza, ou de soja (aproximadamente 10%).
[0045] O fornecimento de ALA na ração dos ruminantes leiteiro modifica a população microbiana presente no rúmen. Efetivamente, o ALA inibe diretamente e indiretamente as bactérias metanogênicas e modifica significativamente as proporções de AGV produzidos, baixando notadamente as quantidades de acetato e de butirato produzidas. [0046] Segundo numerosas fontes da literatura científica, quando uma fonte de ALA é acrescentada na ração de um ruminante, a produção de ácido propiônico (C3) aumenta, e as proporções de ácidos acético (C2) e butírico (C4) diminuem.
[0047] Aparece, portanto, que:
- a relação [(C2 + C4) sobre C3] é um índice muito bom da produção de metano no rúmen;
- o fornecimento de ALA nos regimes dos ruminantes leiteiros tem um efeito linear sobre a relação (C2 + C4)/C3 que diminui regularmente, quando, no mais sendo tudo igual, a quantidade de ALA ingerida pelo ruminante leiteiro aumenta.
[0048] Anotar-se-á, todavia, que as fontes de ALA podem ter efeitos diferentes segundo o local de digestão desse ALA.
[0049] Assim, os grãos de linhaça crus reduzirão apenas ligeiramente a relação [(C2+C4)/C3)], enquanto que os grãos de linhaça extrudados e os óleos de linhaça a diminuirão muito.
[0050] A aptidão para modificar essa relação [(C2+C4)/C3)] está, portanto, ligada à quantidade de ALA no regime dos animais, mas também à disponibilidade desse ALA no rúmen.
3. Influência da razão [(C2 + C4)/C3)] sobre a composição do leite [0051] Os AGV (C2, C3, ou C4) produzidos pelo rúmen se difunPetição 870170054473, de 31/07/2017, pág. 10/21
8/13 dem através das paredes deste, ou passam mais afastados da barreira intestinal e se encontram nos líquidos circulantes.
[0052] O ácido propiônico (C3) é utilizado como fonte glicogênica e contribui para a produção leiteira como precursor da lactose.
[0053] Ao contrário, os ácidos acético (C2) e butírico (C4) são utilizados pelos mecanismos de síntese de novo para produzir os ácidos graxos saturados de 2 a 16 átomos de carbono do leite.
[0054] Com efeito, essa síntese, que ocorre nas células epiteliais mamárias, utiliza o acetil-coA, um composto oriundo de C2 e/ou C4 para essas sínteses de C14 : 0 e de C16 : 0.
[0055] Esses 2 ácidos graxos são em seguida diminuídos(betaoxidação peroxisomal) para produzir os ácidos graxos com cadeia curta e média do leite. Esses ácidos graxos podem, em seguida, ser eventualmente dessaturados em ácidos graxos monoinsaturados pela ação de uma dessaturase mamária.
- Modelo teórico [0056] A quantidade de CH4 produzida por litro de leite considera, portanto:
a produção leiteira por ano do animal.
[0057] Quanto mais uma vaca leiteira (por exemplo) produzir leite, mais a produção de metano por litro de leite diminuirá. Assim, certos autores propõem a seguinte equação:
[0058] Quantidade de metano produzida (em kg por vaca e por ano) = 55,7 + 0,0098* (produção leiteira, em kg por ano e por animal);
a composição da razão e notadamente a quantidade de ALA disponível no rúmen;
a razão (C2+C4)/C3 no rúmen desses animais.
[0059] Essa razão de AGV é lida como tendo uma forte ligação de causa biológica na composição do leite, sob a forma da razão entre:
a soma dos AG do leite com 16 ou menos de 16 átomos de
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Carbono; e a soma de todos os AG do leite.
[0060] A quantidade de CH4 produzida pela fêmea leiteira pode, portanto, ser calculada em função da produção leiteira (em kg de leite por ano por animal) e da composição do leite em AG desse animal. [0061] Aparece, portanto, que o técnico pode assim dispor de um instrumento preciso para avaliar a produção de metano dos animais leiteiros, em função de seu nível de produção (facilmente mensurável) e da composição do leite (facilmente mensurável).
[0062] Essa medida indireta, mas precisa, da produção de metano poderá permitir orientar os sistemas de dar rações aos animais ruminantes leiteiros, de forma a reduzir a sua contribuição para o efeito estufa e permitirá medir rapidamente os efeitos dessas modificações.
5. Testes e interpretação dos resultados [0063] Numerosos testes estão disponíveis na bibliografia geral, que descreve os efeitos de um fornecimento de uma fonte de ALA alimentícia (sob a forma de linhaça, mais frequentemente) sobre a produção de metano das vacas, cabras, ou outras fêmeas de ruminante leiteiro.
[0064] Outros testes estão disponíveis, os quais descrevem os feitos dessas mesmas fontes de ALA, sob a forma de linhaça, sobre a composição em ácidos graxos (AG) do leite.
[0065] A aproximação e a síntese desses resultados foram desenvolvidas para validar o modelo teórico. Esses resultados são apresentados na Tabela 1 a seguir.
[0066] Interessou-se no caso pela medida da produção de CH4 por litro de leite em função:
- da produção de leite (kg/animal/ano);
- da relação entre os AG do leite com 16 átomos de carbono ou menos como uma % dos AG totais.
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10/13 [0067] Evidentemente, podíamos ter escolhido outros AG ou outras somas ou razão de AG para ilustrar os efeitos da síntese de novo de AG saturados na mama, a partir do C2 produzido no rúmen com emissão de CH4.
[0068] Todavia, a soma dos AG saturados com 16 ou menos átomos de carbono é particularmente representativa dessa síntese de novo a partir do C2. Mas a leitura dos ácidos graxos em C16 ou da soma dos AG a 12, 14, 16 átomos de C, até mesmo a razão entre C16 e a soma dos AG saturados seriam também critérios pertinentes.
[0069] Essa compilação de resultados foi realizada a partir notadamente de testes que apresentam, por um lado, perfis de AG de leite, por outro lado, de medidas de metano produzido por litro de leite em testes, utilizando como fonte de ALA dos grãos de linhaça extrudados, com vacas em diferentes níveis de produção.
Tabela 1 [0070] Produção de metano por litro de leite em função da produção leiteira por animal e do perfil de AG do leite em uma faixa determinada de perfil de AG do leite
AG/PL 70 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 12000 13000 14000
23.7 20.9 19.1 17.8 16.8 16.0 15.4 14.9 14.4 14.1 13.8
68 23.0 20.3 18.5 17.2 16.3 15.5 14.9 14.4 14.0 13.7 13.4
66 22.4 19.7 18.0 16.7 15.8 15.1 14.5 14.0 13.6 13.3 13.0
64 21.7 19.1 17.4 16.2 15.3 14.6 14.1 13.6 13.2 12.9 12.6
62 21.0 18.5 16.9 15.7 14.8 14.2 13.6 13.2 12.8 12.5 12.2
60 20.3 17.9 16.4 15.2 14.4 13.7 13.2 12.7 12.4 12.1 11.8
58 19.7 17.4 15.8 14.7 13.9 13.2 12.7 12.3 12.0 11.7 11.4
56 19.0 16.8 15.3 14.2 13.4 12.8 12.3 11.9 11.6 11.3 11.0
54 18.3 16.2 14.7 13.7 12.9 12.3 11.9 11.5 11.1 10.9 10.6
52 17.6 15.6 14.2 13.2 12.5 11.9 11.4 11.0 10.7 10.5 10.2
50 16.9 15.0 13.6 12.7 12.0 11.4 11.0 10.6 10.3 10.1 9.8
48 16.3 14.4 13.1 12.2 11.5 11.0 10.5 10.2 9.9 9.7 9.4
46 15.6 13.8 12.5 11.7 11.0 10.5 10.1 9.8 9.5 9.3 9.1
44 14.9 13.2 12.0 11.2 10.5 10.1 9.7 9.3 9.1 8.9 8.7
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11/13
142 14.2 12.6 11.5 10.7 10.1 9.6 9.2 8.9 8.7 8.5 8.3 |
NB: vo untariamente, essa faixa de perfil de AG do leite foi limitada à
faixa na qual os AG com 16 ou menos átomos de carbono constituem de 70 a 42% dos AG do leite. Não que o modelo biológico ou que a equação que daí decorre seja limitada a essa faixa, mas porque além dos limites dessa faixa, a composição dos leites assim produzidos pode ser considerada como, por um lado, nutricionalmente duvidosa e, por outro lado, incompatível com os meios utilizados para serem obtidos esses leites e definidos mais acima.
[0071] Nessa tabela: PL (horizontalmente) = produção de leite (Kg/animal/ano) e AG = [AG < C16/Ag totais], como uma %.
[0072] Estabelecemos, portanto, uma tabela de predição dos valores de CH4 emitidas a partir dos dados de produção de leite e perfis de AG desses leites assim produzidos:
Tabela 2
AG/PL 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 12000 13000 14000
70 23.0 20.9 19.3 18.1 17.1 16.2 15.5 14.9 14.4 13.9 13.5
68 22.3 20.3 18.8 17.6 16.6 15.8 15.1 14.5 14.0 13.5 13.1
66 21.7 19.7 18.2 17.1 16.1 15.3 14.6 14.1 13.5 13.1 12.7
64 21.0 19.1 17.7 16.5 15.6 14.9 14.2 13.6 13.1 12.7 12.3
62 20.3 18.5 17.1 16.0 15.1 14.4 13.8 13.2 12.7 12.3 11.9
60 19.7 17.9 16.6 15.5 14.6 13.9 13.3 12.8 12.3 11.9 11.5
58 19.0 17.3 16.0 15.0 14.2 13.5 12.9 12.4 11.9 11.5 11.1
56 18.4 16.7 15.5 14.5 13.7 13.0 12.4 11.9 11.5 11.1 10.8
54 17.7 16.1 14.9 14.0 13.2 12.5 12.0 11.5 11.1 10.7 10.4
52 17.1 15.5 14.4 13.4 12.7 12.1 11.5 11.1 10.7 10.3 10.0
50 16.4 14.9 13.8 12.9 12.2 11.6 11.1 10.7 10.3 9.9 9.6
48 15.8 14.3 13.2 12.4 11.7 11.1 10.6 10.2 9.9 9.5 9.2
46 15.1 13.7 12.7 11.9 11.2 10.7 10.2 9.8 9.4 9.1 8.8
44 14.4 13.1 12.1 11.4 10.7 10.2 9.8 9.4 9.0 8.7 8.5
42 13.8 12.5 11.6 10.9 10.3 9.7 9.3 8.9 8.6 8.3 8.1
6. Validação desse modelo [0073] Dispomos dos resultados de vários testes que mediram precisamente:
- a quantidade de ALA (disponível no rúmen) nas rações de
Petição 870170054473, de 31/07/2017, pág. 14/21
12/13 vacas leiteiras;
- os efeitos desse ALA sobre a razão (C2+C4)/C3;
- os efeitos dessas rações sobre o perfil de AG do leite; e
- enfim, testes que têm a produção de CH4 por litro de leite com diferentes teores em ALA das rações.
[0074] A tabela abaixo compara os valores medidos nos valores preditos a partir das tabelas pré-citadas.
Tabela 3
Testes 1 2 3 4 5 6
Prod leite 6000 6000 7000 7000 7000 6000
AG<C16 61 42 66 64 56 42
CH4 em g/l leite 16,8 11,8 17,2 16,2 13,8 10,9
Predição em g/l
Segundo a tabela 1 16,4 11,5 17,2 16,2 14,2 11,5
Segundo a tabela 2 16,4 11,5 17,2 15,7 14,2 11,5
[0075] O presenl e requerente ded uziu desses testes que a quanti-
dade de metano pode ser definida pela seguinte relação:
Quantidade CH4 = (AG<C16/AG totais) *a* (produção de leite)b na qual:
quantidade CH4 (em g/litro de leite) = quantidade de metano produzida;
AG < C16 = quantidade de ácidos graxos com 16 átomos de carbono ou menos;
AG totais = quantidade total de ácidos graxos;
produção de leite = quantidade de leite produzida em kg por animal e por ano.
a e b = parâmetros numéricos, com a compreendido entre 10 e 13, e b compreendido entre -0,40 e - 0,45.
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13/13 [0076] Preferencialmente, os parâmetros a e b valem respectivamente 11,368 e -0,4274.
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Claims (2)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Processo de avaliação da quantidade de metano produzido por um ruminante leiteiro, caracterizado pelo fato de que compreende a determinação da razão entre a quantidade de ácidos graxos com 16 átomos de carbono, ou menos, denominado AG<C16, e a soma dos ácidos graxos totais do leite, os referidos ácidos graxos sendo aqueles presentes no leite produzido por esse ruminante, a referida quantidade de metano sendo definida pela seguinte equação:
    quantidade CH4 = (AG<C16/AG totais) *a* (produção de leite)b na qual quantidade CH4 (em g/litro de leite) = quantidade de metano produzido;
    AG<C16 = quantidade de ácidos graxos com 16 átomos de carbono ou menos;
    AG totais = quantidade total de ácidos graxos; expressão da relação (AG<C16)/(AG totais) como uma % dos AG totais;
    produção de leite = quantidade de leite produzida em kg de leite/animal e por ano;
    a e b são parâmetros numéricos, com a compreendido entre 10 e 13, e b compreendido entre -0,40 e -0,45, e sendo que quantidade de ácidos graxos com 16 átomos de carbono ou menos (AG<C16), assim como a quantidade total de ácidos graxos (AG totais) correspondem à quantidade dos respectivos ácidos graxos no leite produzido pelo ruminante.
  2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a e b valem, respectivamente, 11,368 e -0,4274.
    Petição 870170054473, de 31/07/2017, pág. 17/21
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