BRPI0905851B1 - Sistema eletrocirúrgico - Google Patents
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Abstract
métodos, sistemas, e dispositivos para realizar procedimentos eletrocirúrgicos. é revelado um sistema eletrocirúrgico incluindo um eletrodo eletrocirúrgico afiado, o qual pode ter uma superfície revestida, e um gerador de onda eletrocirúrgico de ajuste automático. o gerador de onda de ajuste automático e a ponta de eletrodo afiada proporcionam ou aperfeiçoam as propriedades, atributos e/ou características do sistema eletrocirúrgico e impedem dano ao tecido e reduzem as incidências de complicações pós-operatórias, desse modo acelerado o processo de cura. o gerador de onda detecta vários parâmetros de circuito e automaticamente ajusta as configurações de saída, tal como o nível de energia de saída, com base os vários parâmetros de circuito, tal como a impedância do tecido, para impedir dano indesejável ao tecido.
Description
[001] Esse pedido reivindica prioridade e o benefício do Pedido de Patente Provisional dos Estados Unidos 61/052.733, depositado em 13 de maio de 2008, intitulado "Methods, Systems, and Devices for Performing Electrosurgical Procedures", cuja revelação é aqui incorporada mediante essa referência.
[002] A presente invenção se refere geralmente aos sistemas eletrocirúrgicos. Mais especificamente, a presente invenção se refere ao uso de uma combinação de um eletrodo eletrocirúrgico afiado com uma curva de energia customizada para melhorar a eficiência de corte do eletrodo, reduzir dano indesejado ao tecido, e facilitar a cura pós- operatória aperfeiçoada.
[003] Na área de eletrocirurgia, os procedimentos médicos de cortar tecido e/ou cauterizar vasos sanguíneos que vazam são realizados mediante utilização de energia elétrica de radiofrequência (RF). A energia de RF é produzida por um gerador de ondas e transmitida para o tecido do paciente através de um eletrodo manual que é operado por um cirurgião. O eletrodo manual fornece uma descarga elétrica para a matéria celular do corpo do paciente adjacente ao eletrodo. A descarga faz com que a matéria celular seja aquecida para cortar o tecido e/ou cauterizar os vasos sanguíneos.
[004] As elevadas temperaturas envolvidas na eletrocirurgia podem causar necrose térmica do tecido adjacente ao eletrodo. Quanto mais tempo o tecido ficar exposto às temperaturas elevadas envolvidas na eletrocirurgia, maior a probabilidade de que o tecido sofrerá necrose térmica. A necrose térmica do tecido pode diminuir a velocidade de corte do tecido e aumentar complicações pós-operatórias, produção de escaras, e tempo de cura, assim como aumentar as incidências de dano causado pelo calor ao tecido afastado do local de corte.
[005] Conforme observado acima, a energia de RF é produzida por um gerador de ondas e transmitida para o corpo de um paciente adjacente ao eletrodo durante a eletrocirurgia. A concentração da descarga de energia de RF afeta não somente a eficiência com a qual o eletrodo é capaz de cortar o tecido como também a probabilidade de dano ao tecido afastado do local de corte. Com uma geometria de eletrodo padrão, a energia de RF tende a ser distribuída uniformemente sobre uma área relativamente ampla adjacente ao local de incisão, pretendido. A distribuição geralmente uniforme da descarga de energia de RF aumenta a probabilidade de perda de carga extrínseca para o tecido circundante, o que aumenta a probabilidade de dano indesejado de tecido no tecido adjacente.
[006] Adicionalmente, geradores de ondas eletrocirúrgicas, típicos, exigem que o cirurgião ou outro profissional na sala de operação ajuste os vários parâmetros de saída do gerador de ondas, tal como o nível de força e/ou a frequência da descarga elétrica a ser fornecida ao tecido do paciente. Ajustar adequadamente essas várias configurações requer grande conhecimento, perícia, e atenção por parte do cirurgião ou outro profissional. Quando o cirurgião tiver feito os ajustes desejados nas várias configurações no gerador, o gerador mantém esses parâmetros de saída durante a eletrocirurgia. Por exemplo, se o cirurgião tivesse que ajustar o nível de força de saída do gerador para 50 W e então tocar o eletrodo no paciente para realizar a eletrocirurgia, o nível de energia do gerador rapidamente subiria e seria mantido em 50 W. Ao ajustar o nível de energia para uma configuração específica, tal como 50 W, será permitido ao cirurgião cortar através do tecido do paciente, a manutenção de tal nível elevado de energia aumenta a probabilidade de necrose térmica do tecido do paciente.
[007] Portanto, seria vantajoso ter um gerador de ondas que pudesse prover energia suficiente para efetivamente realizar a eletrocirurgia e um eletrodo que aumentasse a concentração da descarga de energia de RF, enquanto ao mesmo tempo limitando dano indesejado ao tecido, reduzindo as complicações pós-operatórias, e facilitando a cura mais rápida. A matéria em estudo aqui reivindicada, contudo, não é limitada às modalidades que resolvem quaisquer desvantagens ou que operam apenas em ambientes tais como aqueles descritos acima. Mais propriamente, esse fundamento é provido apenas para ilustrar uma área de tecnologia exemplar onde algumas modalidades aqui descritas podem ser praticadas.
[008] A presente invenção se refere à combinação de um eletrodo eletrocirúrgico que tem uma borda de trabalho afiada e uma massa ou espessura relativamente limitada, e uma curva de energia customizada gerada por um gerador de ondas que é especificamente feito sob medida para trabalhar com a lâmina eletrocirúrgica afiada. Mais especificamente, a presente invenção se refere à combinação de um eletrodo eletrocirúrgico tendo uma borda de trabalho afiada, uma massa ou espessura limitada, e uma curva de energia customizada gerada por um gerador de ondas eletrocirúrgicas. O gerador é adaptado para detectar a impedância do tecido de um paciente substancialmente em termo real e automaticamente ajustar o nível de energia de saída do gerador em resposta ao nível de impedância do tecido. O ajuste automático do nível de energia de saída em resposta à impedância de tecido que muda aumenta os resultados do procedimento de eletrocirurgia. Os resultados aperfeiçoados incluem a redução da dificuldade de realizar procedimentos, minimização de necrose térmica e complicações pós-operatórias associadas tipicamente à eletrocirurgia, aperfeiçoamento da qualidade e velocidade de cura pós-operatória, assim como a provisão de características autorreguladoras que não somente aperfeiçoam a performance do eletrodo ativo como também contribuem para a redução em necrose térmica.
[009] A implementação de uma modalidade exemplar da presente invenção ocorre em associação com uma superfície, de tal modo que ao menos uma porção da superfície de uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico (também referido aqui como uma lâmina de eletrodo ou lâmina) que pode ser usada para cortar o tecido e/ou cauterizar os vasos sanguíneos de um paciente durante uma operação eletrocirúrgica que inclui o uso de um gerador de ondas eletrocirúrgicas que adapta automaticamente o nível de energia de saída do gerador a um nível predeterminado com base no nível de impedância do circuito.
[0010] Uma modalidade exemplar da presente invenção provê um eletrodo eletrocirúrgico que tem uma superfície de trabalho que é modelada ou afiada. A modelagem da superfície(s) geométrica a ser usada para realizar corte eletrocirúrgico obtém uma importante concentração de energia eletrocirúrgica para permitir corte mais rápido e eficaz do tecido. Adicionalmente, como o corte é realizado como resultado da concentração de energia eletrocirúrgica, mais propriamente do que a agudeza de um bisturi mecânico normal, um eletrodo de acordo coma presente invenção é mais seguro de manejar do que um bisturi porque a superfície de trabalho da ponta do eletrodo não tem que ser tão afiada quanto a de um bisturi, desse modo reduzindo o risco de um corte mecânico no médico ou outro profissional na sala de operação enquanto manejando o eletrodo. A concentração de campo elétrico e transferência de energia (conforme descrito abaixo) devido à borda de trabalho afiada da ponta de eletrodo provêem um aperfeiçoamento acentuado na concentração de carga e separação de tecido e resulta em necrose térmica reduzida, corte mais rápido, e produção reduzida de escaras.
[0011] Uma modalidade exemplar da presente invenção também provê uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico que tem uma espessura e/ou massa total limitada. A limitação da espessura e/ou da massa da ponta de eletrodo limita a quantidade de calor latente que a ponta de eletrodo é capaz de reter. O calor latente que pode se desenvolver em uma ponta de eletrodo durante um procedimento eletrocirúrgico pode ser transferido para o tecido em torno da ponta de eletrodo. Essa transferência de energia térmica pode causar dano necrótico indesejável no tecido adjacente ao local de incisão e não apenas no local de incisão. Assim, reduzir a espessura e/ou massa da ponta de eletrodo também reduz a quantidade de calor latente que a ponta de eletrodo pode transferir para o tecido adjacente, reduzindo desse modo a quantidade de dano indesejável ao tecido adjacente ao local de incisão.
[0012] Modalidades exemplares da presente invenção proporcionam uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico afiada e revestida. O revestimento da ponta de eletrodo eletrocirúrgico pode compreender um revestimento não aderente, tal como politetrafluoroetileno ("PTFE") ou TEFLON®, ou um material híbrido que pode incluir uma combinação de pelo menos um de um material orgânico e um material inorgânico para prover várias propriedades desejáveis ao eletrodo, tal como estabilidade em alta temperatura, flexibilidade, e uma aplicação de baixa temperatura.
[0013] Adicionalmente, uma modalidade exemplar da presente invenção provê um gerador de ondas eletrocirúrgicas que pode ser usado em combinação com a ponta de eletrodo eletrocirúrgico de massa limitada, afiada para minimizar dano ao tecido. O gerador de ondas eletrocirúrgicas pode incluir componentes para gerar uma onda elétrica que pode ser usada para efetuar a eletrocirurgia. O gerador de ondas eletrocirúrgicas também pode incluir sensores para detectar vários parâmetros do circuito eletrocirúrgico, tal como a voltagem, a corrente fluindo através do circuito, e a impedância do tecido de um paciente, por exemplo. Adicionalmente, o gerador de ondas eletrocirúrgicas pode ser equipado com um processador que pode ser programado para mudar automaticamente, em uma velocidade/taxa de amostragem relativamente alta, diversos parâmetros de saída do gerador de ondas com base nos parâmetros detectados do circuito. Por exemplo, o gerador de ondas pode ser programado para manter um nível específico de energia de saída desde que a impedância do tecido detectada pelo gerador de ondas permaneça dentro de uma faixa predeterminada. Se a impedância do tecido ficar compreendida fora da faixa predeterminada, o gerador de ondas pode automaticamente reduzir o nível de energia de saída para impedir dano indesejável ao tecido. Quando a impedância do tecido retorna à faixa predeterminada, o gerador de ondas pode automaticamente aumentar o nível de energia de saída para possibilitar que a ponta de eletrodo continue a cortar o tecido.
[0014] A combinação de uma ponta de eletrodo de pouca massa, afiada e uma curva de energia customizada, de acordo com a presente invenção, produz um sistema eletrocirúrgico autolimitador e autorregulador. Por exemplo, uma modalidade do sistema eletrocirúrgico regula a quantidade de energia fornecida à ponta de eletrodo com base na impedância entre a ponta de eletrodo e o tecido que está em contato com a ponta de eletrodo. Assim, quando muda a impedância, quer seja devido às mudanças na temperatura do tecido ou na quantidade de área de contato entre a ponta de eletrodo e o tecido, a energia fornecida à ponta do eletrodo é automaticamente ajustada para considerar essas mudanças. Similarmente, o sistema eletrocirúrgico pode regular a energia de saída com base nas mudanças que resultam das técnicas cirúrgicas que mudam, tal como a velocidade de corte.
[0015] Embora vários aspectos da invenção, tal como o uso de eletrodos afiados e/ou revestidos e diversas curvas e perfis de energia do gerador, tenham sido usados previamente na técnica, a combinação de i) a geometria da lâmina aqui revelada, ii) o perfil de energia do gerador aqui revelado, e iii) a monitoração e controle automatizados de alta velocidade por intermédio do conjunto de circuitos do gerador dos parâmetros de saída do gerador produzem, conforme foi descoberto, desempenho significativamente aperfeiçoado em eficiência de corte, redução drástica em dano indesejado ao tecido, e recuperação aperfeiçoada pós-operatória até o ponto em que a invenção rivaliza com a performance dos bisturis cirúrgicos mecânicos.
[0016] Esse Sumário é provido para introduzir uma seleção de conceito em uma forma simplificada, que são descritos adicionalmente abaixo na Descrição Detalhada. Esse Sumário não pretende identificar características fundamentais ou características essenciais da matéria em estudo reivindicada, nem pretende ser usado como um meio auxiliar na determinação do escopo da matéria em estudo reivindicada.
[0017] Características e vantagens adicionais da presente invenção serão apresentadas na descrição a seguir, e em parte serão óbvias a partir da descrição, ou podem ser aprendidas pela prática da invenção. As características e vantagens da invenção podem ser realizadas e obtidas por intermédio dos instrumentos e combinações particularmente assinaladas nas reivindicações anexas. Essas e outras características da presente invenção se tornarão mais completamente evidentes a partir da descrição a seguir e reivindicações anexas, ou podem ser aprendidas pela prática da invenção conforme apresentado em seguida.
[0018] Para esclarecer adicionalmente as vantagens e características mencionadas acima, e outras, da presente invenção, uma descrição mais específica da invenção será fornecida mediante referência às suas modalidades específicas que são ilustradas nos desenhos anexos. Considera-se que esses desenhos ilustram apenas as modalidades típicas da invenção e, portanto, não devem ser considerados como limitando o seu escopo. A invenção será descrita e explicada com especificidade e detalhe, adicionais, através do uso dos desenhos anexos nos quais:
[0019] A Figura 1 ilustra um sistema eletrocirúrgico exemplar de acordo com a presente invenção;
[0020] A Figura 2 ilustra uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico exemplar para uso com o sistema eletrocirúrgico da Figura 1 para cortar o tecido e cauterizar os vasos sanguíneos em cirurgia geral;
[0021] A Figura 3 é uma vista em perspectiva de uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico incorporando os princípios de acordo com a presente invenção;
[0022] A Figura 3A é uma vista de extremidade em seção transversal da ponta de eletrodo eletrocirúrgico da Figura 3A ilustrando uma superfície de trabalho afiada;
[0023] A Figura 4 é uma vista em perspectiva de uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico do tipo bisturi de acordo com uma modalidade exemplar da presente invenção;
[0024] A Figura 5 é uma vista em perspectiva de uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico de gancho-L de acordo com uma modalidade exemplar da presente invenção;
[0025] A Figura 6 é uma vista em perspectiva de uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico de gancho-J, de acordo com uma modalidade exemplar da presente invenção;
[0026] A Figura 7 é uma vista em perspectiva de outra ponta de eletrodo eletrocirúrgico incorporando princípios de acordo com a presente invenção;
[0027] A Figura 8 ilustra uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico do tipo agulha, exemplar para uso no sistema de operação adequado da Figura 1 para cortar tecido e cauterizar os vasos sanguíneos em áreas particularmente densas;
[0028] A Figura 9 ilustra uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico exemplar para uso no sistema de operação adequado da Figura 1 para remover grandes seções de tecido;
[0029] A Figura 10 ilustra uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico, exemplar para uso no sistema de operação adequado da Figura 1 para cauterizar os vasos sanguíneos que vazam e para vedar estruturas abertas;
[0030] A Figura 11 ilustra uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico, exemplar para uso no sistema de operação adequado da Figura 1 para isolar tecido e para cortar ou cauterizar independentemente;
[0031] A Figura 12 é uma representação esquemática de um campo elétrico típico existente entre uma superfície arredondada implementada e um eletrodo de retorno de trabalho;
[0032] A Figura 13 é uma representação esquemática de uma concentração de campo elétrico modificado associado a um implemento que tem borda afiada;
[0033] A Figura 14 é uma representação esquemática simplificada de uma concentração típica de campo elétrico projetado a partir da borda afiada da Figura 3A;
[0034] A Figura 15 ilustra uma ponta de eletrodo afiada cortando através do tecido de um paciente e a área afetada pela ponta de eletrodo;
[0035] A Figura 16 é um diagrama esquemático ilustrando componentes de um circuito eletrocirúrgico exemplar de acordo com a presente invenção;
[0036] A Figura 17 é uma ilustração gráfica de várias curvas de energia produzidas pelos geradores de ondas eletrocirúrgicas;
[0037] A Figura 18 é uma ilustração gráfica de curvas de energia customizadas exemplares de acordo com a presente invenção;
[0038] A Figura 19 é um fluxograma ilustrando etapas de processo seguidas por um gerador de ondas para produzir uma curva de energia de acordo com a presente invenção; e
[0039] A Figura 20 ilustra uma ponta de eletrodo simplificada cortando através do tecido de um paciente em uma velocidade Vcut.
[0040] A presente invenção se refere ao uso de uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico, afiada com uma curva de energia customizada. Mais especificamente, a presente invenção se refere ao uso de uma ponta de eletrodo eletrocirúrgico tendo uma superfície de trabalho afiada e uma massa/espessura limitada, e aplicando uma curva de energia customizada produzida por um gerador de ondas à ponta de eletrodo eletrocirúrgico para introduzir e/ou a perfeiçoar as propriedades, características e/ou atributos na superfície de trabalho.
[0041] A revelação a seguir é agrupada em quatro subtítulos, isto é, "Sistema de Operação Exemplar", "Geometria da Ponta de Eletrodo", "Curva de Energia Customizada", e "Exemplos de Experimento Clínico". A utilização dos subtítulos serve apenas para conveniência do leitor e não deve ser considerada como limitadora em qualquer sentido.
[0042] A Figura 1 e a discussão correspondente pretendem prover uma descrição resumida, geral de um sistema de operação no qual uma modalidade da invenção pode ser implementada. Embora não seja exigido, a invenção será descrita no contexto geral de prover propriedades específicas, atributos e/ou características a um eletrodo eletrocirúrgico e a uma sua superfície de trabalho, e aplicar uma curva de energia customizada à ponta de eletrodo cirúrgico para aperfeiçoar a qualidade das operações eletrocirúrgicas e limitar dano ao tecido de um paciente resultante da eletrocirurgia. Aqueles versados na técnica considerarão que as modalidades da presente invenção podem ser praticadas em associação com uma variedade de diferentes superfícies e curvas de energia para prover propriedades, atributos e/ou características, desejáveis, durante a eletrocirurgia.
[0043] Com referência à Figura 1, é ilustrado um sistema exemplar que pode incluir as características da presente invenção. Na Figura 1, o sistema eletrocirúrgico 100 é ilustrado, o qual inclui um gerador de onda 110, um eletrodo manual 120, e uma ponta de eletrodo 130. O gerador 110 em uma modalidade preferida, é um gerador de ondas de RF. Um cirurgião pode utilizar o sistema eletrocirúrgico 100 durante procedimentos cirúrgicos para cortar tecido e/ou cauterizar os vasos sanguíneos do corpo de um paciente.
[0044] Na eletrocirurgia, a energia elétrica de radiofrequência (RF) é produzida por um gerador de ondas, tal como gerador de ondas 110, e é introduzida no corpo de um paciente por intermédio de um eletrodo manual, tal como o eletrodo 120, o qual é acoplado eletricamente ao gerador de ondas 110 e inclui a ponta de eletrodo 130. O gerador de ondas 110 pode incluir um osciladorde alta frequência e amplificadores para gerar uma onda de energia elétrica de RF que pode ser usada para cortar tecido e/ou cauterizar os vasos sanguíneos durante a eletrocirurgia. A onda de energia elétrica de RF aciona o eletrodo 120 e é transmitida a partir do gerador de ondas 110 para o eletrodo 120 por intermédio do fio 140. Uma descarga elétrica é fornecida a partir da ponta de eletrodo 130 para o paciente para causar a cura da matéria celular do paciente que está em contato extremamente próximo com a ponta de eletrodo 130. O aquecimento ocorre em uma temperatura apropriadamente elevada para permitir que o eletrodo 120 seja usado para realizar eletrocirurgia. Um eletrodo de ligação a terra (não mostrado) provê um percurso elétrico de retorno para o gerador de ondas 110 para qualquer carga em excesso que é dissipada para o tecido adjacente do corpo do paciente.
[0045] Durante a eletrocirurgia, o eletrodo 120 pode ser usado para cortar e cauterizar independentemente ou simultaneamente. Uma onda senoidal constante fornecida pelo gerador de ondas 110 e transmitida ao eletrodo 120 permite que a ponta de eletrodo 130 corte através do tecido do corpo do paciente. Alternativamente, uma onda amortecida fornecida pelo gerador de ondas 110 e transmitida ao eletrodo 120 permite que a ponta de eletrodo 130 cauterize os vasos sanguíneos que vazam. Uma combinação da onda senoidal constante e de onda amortecida pode ser fornecida peio gerador de ondas 110 ao eletrodo 120 para permitir que a ponta de eletrodo 130 corte e cauterize simultaneamente, desse modo minimizando o trauma ao tecido e a perda de sangue durante o procedimento cirúrgico.
[0046] As Figuras 2-11 ilustram uma seleção exemplar de pontas de eletrodo intercambiáveis, incluindo uma ponta de eletrodo padrão, uma ponta de eletrodo modelada com superfícies de trabalho afiadas, uma ponta de eletrodo do tipo bisturi, um eletrodo do tipo agulha, um eletrodo de esfera modificada, e vários eletrodos laparoscópicos, para uso com um suporte eletrocirúrgico convencional, tal como o eletrodo manual 120 visto na Figura 1, para facilitar as ações de corte do tecido e/ou cauterização dos vasos sanguíneos. Cada uma das pontas de eletrodo intercambiáveis tem uma extremidade de conexão que pode ser acoplada ao eletrodo manual 120 para permitir que a energia elétrica de RF gerada pelo gerador de onda 110 seja transmitida através do eletrodo manual 120 para a ponta de eletrodo. Os comprimentos das extremidades de conexão das várias pontas de eletrodo podem variar dependendo do tipo específico de ponta de eletrodo e/ou do tipo de procedimento para o qual a ponta de eletrodo é usada. Por exemplo, os comprimentos das extremidades de conexão podem variar de aproximadamente 6,35 cm a aproximadamente 48 cm. Em algumas modalidades, os comprimentos das extremidades de conexão são de aproximadamente 6,35 cm, 6,9 cm, 10,16 cm, 15,24 cm, 33 cm, 45 cm, e 48 cm. Será considerado que os comprimentos das extremidades de conexão podem ser quaisquer comprimentos adequados e não se pretende limitar o escopo da invenção aos mesmos.
[0047] Cada uma das pontas de eletrodo, ilustradas, inclui também uma extremidade de trabalho que aplica a descarga elétrica ao corpo do paciente. Uma luva ou revestimento pode circundar ao menos uma porção da ponta de eletrodo para atuar como um isolador, prover proteção, e facilitar a retenção da ponta de eletrodo pelo eletrodo manual 120. Porexemplo, um material isolante pode ser aplicado a uma porção da extremidade de trabalho da ponta de eletrodo para prover uma barreira isolante entre uma porção da extremidade de trabalho e o tecido de um paciente. Em uma modalidade, o material isolante é aplicado em torno da extremidade de trabalho da ponta de eletrodo, deixando apenas uma pequena parte da ponta de eletrodo exposta para uso durante a eletrocirurgia. Porexemplo, o material isolante pode cobrir a extremidade de trabalho inteira exceto por aproximadamente 0,3 cm na extremidade da ponta de eletrodo. A porção exposta pode ser então usada para realizar eletrocirurgia sem descarga elétrica entre o restante da extremidade de trabalho e o tecido do paciente. Em uma modalidade, o revestimento pode compreender um material PARYLENE. Materiais PARYLENE são polímeros de poli(p-xilileno) que são depositados a vapor químico e que proporcionam não apenas uma barreira contra umidade como também propriedades de isolamento elétrico. Um material PARYLENE pode ser aplicado, por exemplo, a uma porção da extremidade de trabalho da ponta de eletrodo para prover uma barreira isolante entre uma porção da extremidade de trabalho e o tecido de um paciente.
[0048] As extremidades de trabalho dos eletrodos ilustrados podem ser configuradas para prover grande versatilidade no corte e/ou cauterização de tecido e/ou vasos sanguíneos em uma variedade de diferentes procedimentos cirúrgicos. Além disso, as pontas de eletrodo podem ser configuradas para produzir performance significativamente aperfeiçoada em eficiência de corte, redução drástica em dano indesejado ao tecido, e recuperação pós-operatória aperfeiçoada. Por exemplo, cada uma das pontas de eletrodo ilustradas nas Figuras 2-11 inclui ou poderia ser formada com uma ou mais bordas de trabalho, modeladas ou afiadas. Conforme descrito em maior detalhe abaixo, as bordas de trabalho modeladas concentram a energia elétrica transferida a partir da ponta de eletrodo para o tecido do paciente. A energia elétrica concentrada reduz a quantidade de perda de carga estranha para o tecido adjacente, reduzindo assim a quantidade de dano necrótico no tecido adjacente ao local de incisão. Similarmente, cada uma das pontas de eletrodo, ilustradas, é formada ou poderia ser formada com uma espessura e/ou massa limitada para limitar a quantidade de calor latente ou de energia térmica que poderia se desenvolver na ponta de eletrodo. Conforme discutido abaixo, reduzir a quantidade de calor latente dentro da ponta de eletrodo reduz a quantidade de calor latente que é transferida a partir da ponta de eletrodo para o tecido, o que reduz a quantidade de dano ao tecido causado no tecido adjacente ao local de incisão.
[0049] Voltando-se para as Figuras 2-11, diversos aspectos de cada uma das pontas de eletrodo, ilustradas, serão descritos agora. Conforme observado acima e identificado abaixo em conexão com as modalidades ilustradas nas Figuras 2-11, cada uma das pontas de eletrodo pode incluir uma ou mais superfícies modeladas ou afiadas. Embora essas superfícies modeladas/afiadas sejam identificadas em conexão com a discussão das Figuras 2-11, uma discussão mais detalhada das características e parâmetros aplicáveis a cada uma dessas superfícies modeladas/afiadas, independentemente da configuração global da ponta de eletrodo específica, acompanhará a discussão das modalidades de ponta de eletrodo, individuais. Adicionalmente, uma discussão mais detalhada dos aspectos de massa/espessura que podem ser aplicados a cada uma das pontas de eletrodo, ilustradas, acompanhará a discussão das características e parâmetros aplicáveis às superfícies modeladas/afiadas.
[0050] A Figura 2 ilustra a ponta de eletrodo 210, a qual é uma ponta de eletrodo que pode ser usada em cirurgia geral para cortar tecido e/ou para cauterizar os vasos sanguíneos. A ponta de eletrodo 210 inclui extremidade de conexão 212 para acoplar a ponta de eletrodo 210 ao eletrodo manual 120. Descarga elétrica é fornecida ao corpo do paciente a partir da extremidade de trabalho 214, a qual está em uma configuração semelhante à lâmina de eletrodo padrão. Nessa configuração ilustrativa, a extremidade de trabalho 214 tem dois lados paralelos que são planos para permitir que extremidade de trabalho 214 funcione de uma maneira similar a um bisturi tradicional; contudo, a extremidade de trabalho 214 pode ter várias outras configurações como sabido por aqueles versados na técnica, incluindo, mas não limitadas a lados afiados ou lados parcialmente afiados (como discutido abaixo com referência às Figuras 3-7, por exemplo). Na configuração ilustrada, mais propriamente do que empregar uma ação mecânica para cortar tecido, uma descarga elétrica permite que a extremidade de trabalho 214 deslize através do tecido quando o tecido está sendo superaquecido até uma temperatura apropriada para realizar o procedimento eletrocirúrgico. A ponta de eletrodo 210 também inclui um revestimento ou luva 216 que circunda ao menos uma porção da ponta 210.
[0051] A Figura 3 ilustra uma ponta de eletrodo similar àquela mostrada nas Figuras 1 e 2. Assim, na Figura 3, é visto um eletrodo eletrocirúrgico 220 tendo uma extremidade de conexão 222 adaptada com uma conexão de luva 224 posicionada em torno da haste de eletrodo para prover proteção e para facilitar a retenção do eletrodo por intermédio de um suporte eletrocirúrgico convencional, conforme visto na Figura 1. O eletrodo inclui também uma extremidade de trabalho 226 que é formada com uma geometria modelada ou afiada. A modalidade ilustrada na Figura 3 apresenta uma geometria em seção transversal que inclui duas bordas opostas 228A e 228B que são afiadas como mostrado na Figura 3A. Além disso, a extremidade de trabalho 226 também pode incluir uma borda 228C que tem um formato em seção transversal similar ao das bordas 228A e 288B. As bordas 228A, 228B, e 228C podem ser usadas para cortar tecido e/ou cauterizar os vasos sanguíneos durante um procedimento eletrocirúrgico.
[0052] A Figura 3A é uma vista em seção da extremidade de trabalho 226 da ponta de eletrodo 220 tomada ao longo das linhas de seção 3A-3A da Figura 3. Na mesma, será visto um corpo principal eletricamente condutivo 230 que pode ser de qualquer material adequado tal como, preferivelmente, aço inoxidável do tipo cirúrgico. O corpo 230 foi afiado em duas superfícies opostas às bordas 228A e 228B, cada uma das quais, conforme descrito em mais detalhe abaixo em conexão com as Figuras 12-14, concentra ou focaliza o campo elétrico criado quando o potencial elétrico é aplicado à ponta de eletrodo, aumentando assim a concentração de energia elétrica transferida e correspondentemente aperfeiçoando a eficiência com a qual o implemento obtém uma ação de corte, por exemplo, corte de tecido, e reduz a quantidade de perda de carga extrínseca no tecido que não está em proximidade estreita com a ponta ou borda afiada. Além disso, como também discutido em maior detalhe abaixo, a aguçadura de pelo menos uma das bordas de trabalho da ponta de eletrodo também reduz a massa da ponta de eletrodo. A massa reduzida limita a quantidade de calor latente transferido para o tecido adjacente, reduzindo assim a profundidade de necrose do tecido, associada ao processo eletrocirúrgico.
[0053] Voltando-se agora para a Figura 4, é vista uma ponta de eletrodo 240 a qual também pode ser usada em cirurgia geral para cortar tecido e/ou para cauterizar os vasos sanguíneos.
[0054] A ponta de eletrodo 240 inclui a extremidade de conexão 242 e a extremidade de trabalho 244. A extremidade de trabalho 244 está em uma configuração de lâmina semelhante a bisturi que tem um perfil que lembra um bisturi mecânico e que é descrito adicionalmente abaixo. A ponta de eletrodo 240 inclui também uma luva ou revestimento isolante 246 para prover proteção e para facilitar a retenção da ponta de eletrodo 240 por intermédio do eletrodo manual 120.
[0055] Similar à ponta de eletrodo 220 ilustrada nas Figuras 3 e 3A, a ponta de eletrodo 240 inclui múltiplas bordas de trabalho modeladas ou afiadas 248A, 248B, 248C e 248D. As bordas de trabalho 248A, 248B, 248C e 248D têm formatos em seção transversal, similares aos das bordas 228A, 228B, e 228C descritos acima. Mais especificamente, as bordas de trabalho 248A, 248B, 248C, e 248D são modeladas ou afiadas para concentrar ou focalizar o campo elétrico criado quando o potencial elétrico é aplicado à ponta de eletrodo 220. Conforme observado, os detalhes da modelagem ou aguçadura das bordas de trabalho serão discutidos em mais detalhe abaixo com referência às Figuras 12-14.
[0056] Como o corte com as bordas de trabalho 228A, 228B, 228C, 248A, 248B, 248C e 248D é efetuado como resultado da concentração da energia eletrocirúrgica mais propriamente do que a agudeza de um bisturi mecânico normal, um eletrodo de acordo com a presente invenção é mais seguro de manejar do que um bisturi porque as bordas de trabalho do eletrodo não têm que ser tão afiadas como as de um bisturi mecânico, reduzindo assim o risco de corte mecânico em um médico ou outro profissional na sala de operação enquanto manejando o eletrodo.
[0057] Conforme pode ser visto na Figura 4, as bordas de trabalho 248A, 248B, 248C, e 248D são formadas com comprimentos diferentes e podem ser inclinadas em relação umas às outras. Os diferentes comprimentos e orientações das bordas de trabalho 248A, 248B, 248C, e 248D na modalidade ilustrada proporcionam a extremidade de trabalho 244 um perfil que lembra um bisturi mecânico. O perfil semelhante a bisturi permite uma grande versatilidade ao se utilizar a ponta de eletrodo 240. Os diferentes comprimentos e orientações das bordas de trabalho podem permitir que um cirurgião faça muitos tipos diferentes de incisões e cauterizem grandes ou pequenas áreas com uma única ponta de eletrodo. Por exemplo, a inclusão de uma borda de trabalho mais curta e de uma borda de trabalho mais longa em um único eletrodo permite que um cirurgião utilize o mesmo eletrodo para criar diferentes tipos de incisões durante um único procedimento sem ter que mudar os eletrodos. Mais propriamente, o cirurgião pode simplesmente girar o eletrodo para utilizar a borda de trabalho desejada.
[0058] Como exemplo não limitador, a borda de trabalho 248A pode ser dimensionada para fazer incisões relativamente delicadas e/ou de pouca profundidade na pele de um paciente. O comprimento da borda de trabalho 248A também pode ajudar a impedir que um cirurgião corte muito profundamente de forma inadvertida. Quando a incisão de pouca profundidade é feita, o cirurgião pode então girar a ponta de eletrodo 240 em 180° e utilizar a borda de trabalho 248D para fazer uma incisão mais profunda, tal como em uma camada subcutânea. Em uma modalidade, a borda de trabalho 248A tem aproximadamente 3 mm de comprimento e a borda de trabalho 248D tem aproximadamente 8 mm de comprimento. Em outra modalidade, a borda de trabalho 248A tem aproximadamente 4 mm de comprimento e a borda de trabalho 248D tem aproximadamente 11 mm de comprimento. Outros comprimentos e combinações também podem ser usados para diferentes bordas de trabalho. Adicionalmente, a borda de trabalho 248C pode ser dimensionada para permitir que um cirurgião corte e/ou cauterize uma área muito pequena sem ter que substituir a ponta de eletrodo 240 com um eletrodo semelhante à agulha, por exemplo. Em uma modalidade, a borda de trabalho 248Ctem aproximadamente 0,5 mm de comprimento. Será considerado que a ponta de eletrodo 240 pode ser formada com um número menor ou maior de bordas de trabalho 248. Assim, o formato e o tamanho da borda de trabalho 248C podem proporcionar a capacidade de realizar incisões e/ou coagulação quase infinitesimal.
[0059] A Figura 5 ilustra a ponta de eletrodo 250, a qual é uma ponta de eletrodo que pode facilitar um cirurgião na redução de dano ao tecido extrínseco por permitir que tecidos individuais ou vasos sanguíneos sejam isolados e independentemente cortados e/ou cauterizados. A ponta de eletrodo 250 inclui extremidade de conexão 252 e extremidade de trabalho 254. A extremidade de trabalho 254 está em uma configuração de gancho-L. A extremidade de trabalho 254 tem três bordas de trabalho 256A, 256B, e 256C, cada uma das quais é modelada ou afiada como descrito aqui. Será considerado que a ponta de eletrodo 250 pode ser formada com um número menor ou maior de bordas de trabalho 256. Como com as outras pontas de eletrodo, a ponta de eletrodo 250 inclui um revestimento ou luva 258 que circunda ao menos uma porção da ponta de eletrodo 250 para agir como um isolador, proporcionar proteção, e facilitar a retenção da ponta de eletrodo 250.
[0060] A Figura 6 ilustra a ponta de eletrodo 260 que é similar à ponta de eletrodo 250. A ponta de eletrodo 260 inclui a extremidade de conexão 262 e a extremidade de trabalho 264. A extremidade de trabalho 264 está em uma configuração de gancho-J e tem duas bordas de trabalho 266A e 266B, cada uma das quais é modelada ou afiada como aqui descrito. A ponta de eletrodo 260 pode ser formada com um número menor ou maior de bordas de trabalho 266 e inclui também um revestimento ou luva 268 que circunda ao menos uma porção da ponta de eletrodo 260.
[0061] A Figura 7 ilustra a ponta de eletrodo 270 que inclui a extremidade de conexão 272 e a extremidade de trabalho 274. A extremidade de trabalho 274 tem três bordas de trabalho 276A, 276B, e 276C, cada uma das quais é modelada ou afiada conforme aqui descrito. A ponta de eletrodo 270 pode ser formada com o número menor ou maior de bordas de trabalho 276. Como com as outras pontas de eletrodo, a ponta de eletrodo 270 inclui um revestimento 278 que circunda ao menos uma porção da ponta de eletrodo 270 para atuar como um isolador.
[0062] A Figura 8 ilustra uma ponta de eletrodo 280, a qual é uma ponta de eletrodo que pode ser usada para cortar tecido e cauterizar vasos sanguíneos que vazam em áreas particularmente densas do corpo de um paciente, tal como aquelas experimentadas em operações no cérebro. A ponta de eletrodo 280 inclui extremidade de conexão 282 e extremidade de trabalho 284. A extremidade de trabalho 284 está em uma configuração semelhante à agulha que chega a um ponto de permitir procedimentos cirúrgicos muito precisos em áreas densas do corpo do paciente. A ponta e/ou os lados da extremidade de trabalho 284 podem ser modeladas ou afiadas como aqui descrito. Adicionalmente, a ponta de eletrodo 280 inclui um revestimento ou luva 286 que circunda ao menos uma porção da ponta 280. Através do uso da ponta de eletrodo 280, tecidos cerebrais delicados podem ser removidos com precisão virtualmente sem dano em quaisquer membranas adjacentes, e com sangramento mínimo e/ou inchaço mínimo resultando do procedimento.
[0063] As Figuras 9-11 ilustram pontas de eletrodo, adicionais que podem ser usadas em conexão com o sistema eletrocirúrgico 100. Embora as pontas de eletrodo das Figuras 9-11 não sejam ilustradas como tendo uma borda de trabalho afiada, será considerado que cada uma das pontas de eletrodo ilustradas nas Figuras 9-11 pode ser formada com uma ou mais bordas de trabalho, afiadas, conforme aqui descrito.
[0064] A Figura 9 ilustra a ponta de eletrodo 290, a qual é uma ponta de eletrodo que pode ser usada para a remoção de grandes seções de tecido como, por exemplo, na excisão de tumor e próstata. A extremidade de conexão 292 é acoplada ao eletrodo manual enquanto que a extremidade de trabalho 294 é usada para fornecer energia elétrica ao corpo do paciente. A extremidade de trabalho 294 está em uma configuração semelhante a laço. Uma luva de revestimento 296 pode circundar ao menos uma porção da ponta de eletrodo 290.
[0065] A Figura 10 ilustra a ponta de eletrodo 300, a qual é uma ponta de eletrodo que pode ser usada para cauterizar especificamente os vasos sanguíneos que vazam e para vedar estruturas abertas. A ponta de eletrodo 300 inclui a extremidade de conexão 302 e uma extremidade de trabalho esférica 304. Um revestimento ou luva 306 pode circundar ao menos uma porção da ponta de eletrodo 300.
[0066] A Figura 11 ilustra a ponta de eletrodo 310, a qual é uma ponta de eletrodo que pode facilitar um cirurgião na redução de dano ao tecido extrínseco por permitir que tecidos individuais ou vasos sanguíneos sejam isolados e independentemente cortados e/ou cauterizados. A ponta de eletrodo 310 inclui extremidade de conexão 312 e uma extremidade de trabalho semelhante a gancho 314. Uma luva ou revestimento 316 pode circundar ao menos uma porção da ponta de eletrodo 310.
[0067] Conforme observado, cada uma das pontas de eletrodo descritas acima inclui ou pode ser formada com uma ou mais bordas de trabalho, modeladas ou afiadas. Como também observado, essas bordas de trabalho modeladas concentram a descarga elétrica a partir da ponta de eletrodo, desse modo reduzindo a quantidade de perda de carga extrínseca no tecido que não está em proximidade estreita com a ponta ou borda afiada. Os princípios físicos subjacentes ao aperfeiçoamento assinalado anteriormente podem ser entendidos a partir de referência às Figuras 12-14. A Figura 12 é um diagrama ilustrando linhas de padrão de campo elétrico para um campo elétrico existente entre um condutor ou ponta de eletrodo 320 tendo uma superfície externa anular ou curva 322 e um contraeletrodo 324. Embora o eletrodo 320 seja mostrado na Figura 12 como sendo oco, o padrão de campo elétrico mostrado será essencialmente idêntico se o eletrodo for sólido. Será visto agora que a densidade das linhas de campo elétrico dentro da elipse 326 é quase uniforme e assim o campo elétrico não varia substancialmente dentro daquela região. Contudo, na Figura 13, será observado que se a geometria do eletrodo 330 for feita para incluir uma região pontuda como representado pela ponta ou borda 332, o campo elétrico correspondente se torna muito mais concentrado conforme representado pela densidade de linha muito maior das linhas de campo elétrico (dentro da elipse 334) entre o eletrodo 330 e o contraeletrodo 336. Assim, em um condutor irregularmente modelado, a carga tende a se acumular em locais onde a curvatura da superfície é maior, isto é, nos pontos ou bordas afiadas. Mediante aguçadura da borda de lâmina, a carga é concentrada ao longo de uma área ou região de superfície muito menor desse modo focalizando as linhas de campo elétrico em um arranjo mais estreito que reduz a perda de carga extrínseca no tecido que não está em proximidade estreita com a ponta ou borda afiada. A borda de corte do eletrodo não precisa ser afiadamente pontuda, ela precisa ser apenas modelada (afiada) para concentrar a transferência de energia até um grau desejado para corte ótimo.
[0068] Como ilustração, um eletrodo não afiado convencional tem uma espessura de borda de aproximadamente 0,33 mm e em um modo de corte típico pode utilizar uma regulagem de energia de quase 50 watts. Quando afiada até uma espessura de borda de aproximadamente 0,00735 mm, uma "agudeza" abaixo daquela exigida de uma lâmina de bisturi mecânico, os eletrodos das Figuras 3-11 podem rapidamente cortar através de tecido em menos do que 20 watts, uma regulagem de energia de 50% inferior àquela exigida para eletrodo não afiado típico. Além disso, tais lâminas cortam mais rapidamente com menos resistência, menos produção de escaras, menos necrose térmica, e controle aperfeiçoado pelo operador.
[0069] Os princípios anteriormente mencionados são ilustrados na Figura 14. Conforme observado acima, a Figura 14 é uma vista simplificada ilustrando uma concentração típica de campo elétrico projetado a partir de uma borda afiada 228B do eletrodo 220 ilustrado nas Figuras 3 e 3A. Para facilitar clareza e simplicidade de apresentação, apenas as linhas 338 representando o campo elétrico na direção da ponta ou borda afiada 228B são mostradas.
[0070] Será observado que o eletrodo da Figura 14 é aquele ilustrado anteriormente na Figura 3A. Assim, é mostrado o corpo principal eletricamente condutivo 230 com bordas ou pontas afiadas 228A e 228B. Quando potencial eletrocirúrgico é aplicado ao corpo 230 na presença de tecido para o qual a separação é desejada, a densidade da transferência de energia é concentrada no ápice 228B como representado pelos raios mais longos dentro do feixe de raios 338. Assim, no exemplo ilustrado, a energia é concentrada ao longo do eixo principal do corpo principal 230 se estendendo a partir da boda 228B. Será considerado que a ponta de eletrodo 320 é usada como exemplo, e que a presente discussão é aplicável à borda(s) de trabalho, afiada, de cada uma das pontas de eletrodo, descritas acima. Também deve ser entendido que embora a geometria preferida das pontas de eletrodo incorpore ao menos uma borda (ou ponta) completamente afiada, as características eficazes de acordo com a invenção começam a ser significativamente observadas quando a dimensão da largura da borda de trabalho (isto é, a largura 232 da borda de trabalho 228A na Figura 3A, por exemplo) está geralmente entre 0,0254 mm e 0,1270 mm, mais preferivelmente entre 0,076 mm e 0,1270 mm, e mais preferivelmente 0,1016 mm.
[0071] Além das dimensões mencionadas acima para uma superfície de trabalho de uma ponta de eletrodo, o que se segue é uma discussão adicional de como uma ponta de eletrodo modelada ou afiada reduz o grau de dano indesejável ao tecido e em torno de um local de incisão. Conforme aqui observado, uma ponta de eletrodo modelada ou afiada concentra o campo elétrico na borda modelada ou afiada da ponta de eletrodo, desse modo criando um campo elétrico mais forte do que está presente com uma ponta de eletrodo padrão. Esse campo elétrico mais forte causa uma rápida elevação na temperatura na superfície da ponta de eletrodo. Aumento rápido da temperatura na superfície da ponta de eletrodo causa uma elevação de temperatura correspondentemente rápida no tecido que está em proximidade muito estreita com a ponta de eletrodo. O rápido aumento na temperatura do tecido adjacente à ponta de eletrodo faz com que uma profundidade mais estreita do tecido rapidamente atinja a coagulação. Conforme discutido aqui em outro local, o sistema eletrocirúrgico 100 pode reduzir rapidamente e automaticamente a corrente eletrocirúrgica fluindo através da ponta de eletrodo quando o tecido que está em proximidade estreita com a ponta de eletrodo atinge a coagulação. A redução rápida da corrente eletrocirúrgica impede que a temperatura do tecido adjacente ao local de incisão suba suficientemente alto para causar necrose.
[0072] Faz-se agora referência à Figura 15, a qual ilustra uma ponta de eletrodo simplificada 340 sendo usada para cortar tecido 342. A ponta de eletrodo 340 inclui uma borda de trabalho modelada/afiada 344 que concentra ou focaliza a descarga elétrica entre a ponta de eletrodo 340 e o tecido 342 durante eletrocirurgia como aqui descrito. Durante a performance da eletrocirurgia, uma impedância R surge entre a ponta de eletrodo 340 e o tecido 342. A impedância R pode ser definida por:
[0073] onde pc é a resistividade de massa do tecido 342, Àéa profundidade de cauterização, ou profundidade de tecido afetado pelo procedimento eletrocirúrgico, e A é a área sobre a qual ocorre a eletrocirurgia. A área A é igual a L x ds, onde Léo comprimento da ponta de eletrodo, 340, que está em contato com o tecido, 342, e ds é a distância em torno da borda de trabalho 344 que está em contato com o tecido 342. A aguçadura da ponta de eletrodo 340 reduz o valor de ds, o que por sua vez reduz a área de contato A em comparação com o uso de uma ponta de eletrodo padrão.
[0074] Como bem sabido, a resistividade de massa do tecido pc depende do tecido. Os tecidos podem ser categorizados de forma ampla de acordo com a resistividade de massa pc em um de quatro grupos: resistividade muito elevada, resistividade elevada, resistividade média, e baixa resistividade. Exemplos de tecidos que estão compreendidos dentro de cada uma dessas categorias incluem tecidos de cicatriz (resistividade muito elevada), tecido adiposo (resistividade elevada), tecido abdominal (resistividade média), e tecido muscular (resistividade baixa). Adicionalmente, a resistividade de massa pc do tecido também depende da temperatura. À medida que aumenta a temperatura do tecido Tt, a resistividade de massa do tecido pc diminui até que uma temperatura de dessecação crucial Td é alcançada. Quando a temperatura do tecido sobe acima da temperatura de dessecação Td, a resistividade do tecido pc começa a aumentar rapidamente. O rápido aumento na resistividade de massa de tecido pc, portanto pode ser usado como uma indicação do término do processo eletrocirúrgico. A dependência na temperatura da resistividade de massa de tecido pc pode ser definida por:
[0075] onde pco é a resistividade de tecido inicial ef (T) é uma função da temperatura.
[0076] A partir das Equações 1 e 2 pode ser visto que a impedância R depende da temperatura devido à sua dependência na resistividade de massa de tecido dependente de temperatura pc. Consequentemente, a taxa na qual muda a impedância R como resultado da tem peratura que muda pode ser definida como:
[0077] Essa relação revela que, com uma borda de trabalho modelada ou afiada 344, a área de contato menor A aumenta a mudança de impedância do tecido para a mesma mudança de temperatura dT. A mudança maior em impedância através da mesma mudança de temperatura permite que o gerador eletrocirúrgico mais rapidamente detecte quando o tecido tiver atingido a temperatura de dessecação Td. Esse retorno mais rápido e mais forte para o gerador eletrocirúrgico resulta em uma redução mais rápida na energia quando o tecido começa a dessecar, desse modo resultando em uma redução mais rápida na energia total aplicada ao tecido quando o tecido é dessecado. Os aspectos de redução de energia da presente invenção serão discutidos em mais detalhe abaixo. Não obstante, deve ser enten-dido a partir dessa discussão que quanto mais forte o mecanismo de retorno, mais rapidamente pode ser reduzida a energia, o que vantajosamente minimiza a profundidade À de dano ao tecido adjacente ao local de incisão.
[0078] A combinação da ponta de eletrodo afiada e a rápida redução na energia de saída fornecida pelo gerador eletrocirúrgico (discutido em detalhe abaixo) proporciona um mecanismo de retorno rápido que automaticamente corrige/regula a técnica eletrocirúrgica e substancialmente reduz a profundidade de dano necrótico ao tecido. Os efeitos da combinação de ponta de eletrodo afiada e saída ajustável de energia são adicionalmente aperfeiçoados quando a massa da ponta de eletrodo é limitada. Conforme observado acima, a quantidade de calor latente que pode ser retido por uma ponta de eletrodo está diretamente relacionada à massa da ponta de eletrodo. Mais calor latente pode ser retido pelas pontas de eletrodo de massa maior do que pelas pontas de eletrodo de massa menor. Assim, a limitação da massa da ponta de eletrodo limita a quantidade de calor latente que a ponta de eletrodo é capaz de reter.
[0079] O calor latente que pode se desenvolver em uma ponta de eletrodo durante um procedimento eletrocirúrgico pode ser transferido para o tecido em torno da ponta de eletrodo. Essa transferência de energia térmica pode causar dano necrótico indesejável no tecido adjacente no local de incisão e não apenas no local de incisão. Portanto, a redução da massa da ponta de eletrodo também reduz a quantidade de calor latente que a ponta de eletrodo pode transferir para o tecido adjacente, desse modo reduzindo a quantidade de dano indesejável ao tecido adjacente ao local de incisão. Embora as pontas de eletrodo de pouca massa ainda transfiram energia térmica latente para o tecido adjacente, a quantidade de energia térmica latente que uma ponta de eletrodo de pouca massa transfere para o tecido adjacente é relativamente pequena em comparação com a quantidade de energia a partir da descarga elétrica que é despendida para cauterizar o tecido durante o procedimento eletro cirúrgico. Assim, para melhorar adicionalmente os efeitos da combinação de ponta de eletrodo afiada e saída ajustável de energia, a massa da ponta de eletrodo pode ser limitada para reduzir adicionalmente a quantidade de dano excessivo e indesejável ao tecido adjacente ao local de incisão.
[0080] Para determinar quão fina precisa ser uma ponta de eletrodo de aço inoxidável para limitar o dano ao tecido causado pelo desenvolvimento de calor latente excessivo, começa-se mediante colocação na forma de equação da energia térmica da ponta de eletrodo de aço inoxidável em uma temperatura TB com a energia térmica da área de tecido em uma temperatura Tt. A determinação da espessura máxima desejada da ponta de eletrodo como a seguir garante que o calor latente a partir da ponta de eletrodo fará apenas com que a temperatura de tecido Tt suba o suficiente para causar homeostase na área do tecido que está em proximidade estreita com a ponta de eletrodo. Em outras palavras, a limitação da espessura da ponta de eletrodo de acordo com os cálculos a seguir limitará o desenvolvimento de calor latente dentro da ponta de eletrodo que de outro modo causaria dano necrótico indesejado mais profundamente no tecido adjacente ao local de incisão.
[0081] Colocação na forma de equação da energia térmica da ponta de eletrodo e do tecido proporciona:
[0082] Na Equação 4, CB, PB, e WB são, respectivamente, a capacidade térmica, densidade, e espessura da ponta de eletrodo de aço, e Ct, Pt e  são, respectivamente, a capacidade térmica, densidade, e profundidade de cauterização do tecido. Mediante rearranjo da Equação 4 pode ser visto que:
[0083] Sabe-se que a capacidade térmica CB e a densidade pB do aço são, respectivamente, aproximadamente 0,42 kl/kgc e7850.kg/m2 É similarmente sabido que a capacidade térmica Ct e a densidade pt do tecido são, respectivamente, aproximadamente 0,42 kl/kgc e 7850 kg/m2 . Utilizando-se esses valores, a Equação 5 reduz para:
[0084] Mediante inserção de valores típicos de mudança de temperatura experimentados durante a eletrocirurgia no tecido e na ponta de eletrodo, a Equação 6 pode ser rearranjada para se encontrar a espessura da ponta de eletrodo de aço WB como uma função da profundidade de cauterização do tecido À. Durante a eletrocirurgia, a temperatura do tecido sobe tipicamente 50-100°C e a temperatura da ponta de eletrodo sobe tipicamente aproximadamente 250-350°C. Assim, a espessura da ponta de eletrodo deve ser:
[0085] Conforme aqui discutido, é desejável minimizar a profundidade do dano ao tecido experimentado em torno de um local de incisão. Portanto, é preferível minimizar a profundidade de cauterização À enquanto ainda causando efetivamente homeostase no local de incisão. Uma profundidade de cauterização aceitável é de aproximadamente 0,5 mm. Portanto, para prevenir danos excessivos ao tecido como resultado do desenvolvimento de calor latente na ponta de eletrodo, a Equação 7 e a profundidade de cauterização aceitável de 0,5 mm podem ser usadas para determinar se a espessura da ponta de eletrodo deve ser de aproximadamente 0,17 mm ou menos. A partir da discussão aqui apresentada, será facilmente evidente para aqueles de conhecimento comum na técnica que as pontas de eletrodo com dimensões mais finas do que 0,17 mm reduzirão adicionalmente a quantidade de dano ao tecido causado pelo calor latente da ponta de eletrodo. Como observado acima, por exemplo, as características eficazes de acordo com a invenção podem ser observadas significativamente quando a ponta de eletrodo tem uma dimensão geralmente entre 0,0254 mm e 0,1270 mm, mais preferivelmente entre 0,076 mm e 0,1270 mm, e mais preferivelmente 0,1016 mm.
[0086] Além de limitar a espessura/massa da ponta de eletrodo e aguçadura de uma superfície de trabalho das extremidades 214, 226, 244, 254, 264, 274, 284, 294, 304, e 314, ao menos uma porção das extremidades 214, 226, 244, 254, 264, 274, 284, 294, 304 e 314 pode ser revestida para prover um ou mais atributos e/ou propriedades desejáveis na superfície de trabalho. Tais propriedades e/ou atributos desejáveis podem incluir uma estabilidade de alta temperatura para resistir às temperaturas de eletrocirurgia e uma flexibilidade para aumentar a durabilidade da ponta de eletrodo. Adicionalmente, um revestimento de não aderência pode servir para eliminar ou reduzir a agarração de tecido chamuscado à lâmina, desse modo reduzindo as incidências de dano indesejado ao tecido. Um material não aderente adequado para uso como um revestimento nas extremidades 214, 226, 244, 254, 264, 274, 284, 294, 304 e 314 pode ser, mas não é limitado a PTFE ou um material híbrido que pode incluir uma combinação de ao menos um de um material orgânico e um material inorgânico, e que provê a superfície revestida com propriedades desejáveis, tal como elevada estabilidade de temperatura, flexibilidade, e uma condição de aplicação de baixa temperatura de modo que a camada de revestimento pode ser aplicada mediante um processo de pulverização ou de imersão. Um exemplo de um revestimento híbrido é provido na Patente dos Estados Unidos 6.951.559, intitulado "Utilization of a Hybrid Material in a Surface Coating of an Electrosurgical Instrument"emitido em 4 de outubro de 2005 para Greep, cuja revelação é integralmente aqui incorporada mediante referência.
[0087] Geradores de onda eletrocirúrgicos são bem conhecidos na técnica. Os geradores de onda incluem comumente um oscilador de alta frequência e amplificadores que geram energia elétrica de RF que pode ser transferida através de uma ponta de eletrodo para o tecido de um paciente.
[0088] Geradores de onda eletrocirúrgicos, típicos, geram diversas frequências de operação de energia elétrica de RF e diversos níveis de energia de saída. A frequência de operação e a saída de energia, específicas, de um gerador de onda variam com base no gerador eletrocirúrgico específico usado e de acordo com as necessidades do médico durante o procedimento eletrocirúrgico. A frequência de operação e os níveis de saída de energia, específicos, podem ser ajustados manualmente no gerador de ondas por um médico ou outro profissional na sala de operação. Geralmente, os geradores de ondas utilizados para eletrocirurgia são adaptados para produzir ondas de RF com uma energia de saída na faixa de 1300 W em um modo de corte e 1-120 W no modo de coagulação, e uma frequência na faixa de 300-600 kHz. Geradores de ondas, típicos, são adaptados para manter os ajustes selecionados durante a eletrocirurgia.
[0089] A Figura 16 é uma representação esquemática do sistema eletrocirúrgico 100 da Figura 1.0 sistema eletrocirúrgico 100 é acionado por uma fonte de CA 402 que provê 120 V ou 240 V. A voltagem provida pela fonte de CA 402 é dirigida para um conversor CA/CD 404 o qual converte 120 V ou 240 V de corrente alternada em 360 V de corrente direta. Os 360 V de corrente direta são então dirigidos a um conversor de compensação 406. O conversor de compensação 406 é um conversor CD/CD de redução. Em uma modalidade, o conversor de compensação 406 é adaptado para reduzir os 360 V de chegada para um nível desejado dentro de uma faixa entre 0-150 V.
[0090] O sistema eletrocirúrgico 100 inclui também um processador 408. O processador 408 pode ser programado para regular os vários aspectos, funções, e parâmetros do sistema eletrocirúrgico 100. Por exemplo, o processador 408 pode determinar o nível de energia de saída, desejado na ponta de eletrodo 130 e dirigir o conversor de compensação 406 para reduzir a voltagem até um nível especificado de modo a prover a energia de saída desejada.
[0091] Conectado entre o processador 408 e o conversor de compensação 406 está um conversor digital/analógico ("DAC") 410. O DAC 410 é adaptado para converter um código digital criado pelo processador 408 em um sinal analógico (corrente, voltagem, ou carga elétrica) que controla a redução de voltagem realizada pelo conversor de compensação 406. Quando o conversor de compensação 406 reduz os 360 V pra aquele nível o qual o processador 408 determinou, ele proporcionará o nível de energia de saída desejado, a voltagem reduzida é dirigida para a ponta de eletrodo 130 para efetuar o corte eletrocirúrgico do tecido de um paciente. O sensor de voltagem 412 e o sensor de corrente 414 são adaptados para detectar a voltagem e a corrente presentes no circuito eletrocirúrgico e comunicar os parâmetros detectados ao processador 408 de modo que o processador 408 pode determinar se ajusta o nível de energia de saída.
[0092] Conforme observado acima, geradores de onda, típicos são adaptados para manter os ajustes selecionados por todo um procedimento eletrocirúrgico. Porexemplo, a Figura 17 ilustra as curvas de energia A e B as quais são representativas dos perfis de energia, típicos gerados pelos geradores de onda conhecidos na técnica. No caso da curva de energia A, o nível de energia de saída foi manualmente ajustado para 50 W, enquanto que o nível de energia de saída para curva de energia B foi manualmente ajustado para 100 W. Cada uma das curvas de energia A e B têm uma parte de platô estendida em suas regulagens de nível de energia de saída, respectivas. Essas partes de platô, estendidas ilustram graficamente como os geradores de onda, típicos mantêm o nível de energia de saída manualmente selecionado enquanto a ponta de eletrodo é ativada. Comas regulagens de energia na faixa de 1-300 W conforme ilustrado com as curvas de energia A e B, o gerador de onda deve manter a energia em um nível constante para criar calor suficiente na ponta do eletrodo para cortar o tecido. Contudo, conforme discutido acima, manter tais níveis de energia pode causar dano indesejável ao tecido, tal como necrose e/ou chamuscamento do tecido.
[0093] Ao contrário, as modalidades exemplares do gerador de onda 110 da presente invenção são adaptadas para criar uma curva de energia tal como a curva de energia C ilustrada na Figura 17. Ao contrário das curvas de energia A e B, vários parâmetros da curva de energia C, tal como o nível de frequência e energia, não são ajustados manualmente por um médico ou outro profissional, mas são programados no, e automaticamente ajustados pelo gerador de onda 110 com base os parâmetros detectados através do eletrodo e retornados ao gerador de onda 110 conforme aqui descrito. Além disso, a curva de energia C não mantém necessariamente uma regulagem de saída específica pelo tempo inteiro em que a ponta do eletrodo está ativada. Mais propriamente, o processador 408 e os sensores de voltagem e corrente 412 e 414 detectam vários parâmetros do circuito eletrocirúrgico, tal como a impedância de um tecido do paciente, e automaticamente ajustam os vários parâmetros de saída com base nos parâmetros de circuito detectados conforme aqui descrito. Os sensores usados nos circuitos eletrocirúrgicos para detectar/medir os parâmetros de circuito, tal como voltagem e corrente, são conhecidos na técnica. Adicionalmente, qualquer processador capaz de realizar as funções aqui descritas pode ser usado em associação com o gerador de onda 110.
[0094] Em uma modalidade exemplar, o gerador de onda 110 é programado com uma curva de energia de saída específica, geralmente denotada como curva de energia Q na Figura 17 para produzir a curva de energia programada, sensores de voltagem e corrente 412 e 414 do gerador de onda 110 detectam a voltagem e a corrente do circuito eletrocirúrgico e enviam as medições para o processador 408, o qual calcula a impedância do circuito/tecido. Com base na impedância do circuito/tecido, o processador 408 automaticamente ajusta a energia de saída para aquele nível na curva de energia de saída programada associada com a impedância de tecido/circuito detectada/calculada. O processador 408, através de sensores de voltagem e corrente 412 e 414, é adaptado para amostrar a voltagem e a corrente do circuito eletrocirúrgico, calcular a impedância do circuito/tecido, e ajustar o nível de energia de saída aproximadamente a cada 20 milissegundos. A amostragem dos parâmetros de circuito e o ajuste da energia de saída a cada 20 milissegundos permitem que o gerador de onda 110 responda às rápidas mudanças na impedância de circuito/tecido de modo a impedir dano indesejado ao tecido conforme aqui descrito. Além disso, conforme discutido acima, a borda de trabalho modelada ou afiada da ponta de eletrodo causa uma mudança maior, mais rapidamente detectável na impedância sem um aumento de temperatura cor-respondentemente grande.
[0095] Conforme pode ser visto na curva de energia C na Figura 17, quando o procedimento eletrocirúrgico é iniciado, a impedância do tecido está em ou quase 0 Ω. Quando o sinal de RF é transmitido a partir do gerador de onda 110, através da ponta de eletrodo 130, e para o tecido do paciente, a impedância do tecido começa a subir. A elevação da impedância do tecido a partir de 0 Ω até um nível de impedância predeterminado é associada a um rápido aumento no nível de energia de saída. O nível de energia aumentado faz com que a ponta do eletrodo corte através do tecido e entre em contato com o tecido sadio. O tecido sadio tem um nível de impedância inferior ao do tecido previamente cortado, desse modo permitindo que o nível de energia permaneça elevado, facilitando o corte do tecido sadio. Conforme ilustrado na Figura 17, o nível de energia de saída, máximo, para o gerador de onda 110 é substancialmente superior àquele dos geradores de onda, típicos, conhecidos na técnica.
[0096] À medida que sobe o nível de impedância do tecido, também surge a probabilidade de dano ao tecido. Portanto, se a impedância do tecido exceder o nível de impedância predeterminado, o nível de energia de saída cai rapidamente até abaixo de um nível de energia predeterminado para prevenir dano indesejável ao tecido. Conforme discutido em maior detalhe abaixo, acima do nível de impedância predeterminado, o gerador de onda 110 reduz a energia de saída em proporção inversa aos aumentos adicionais na impedância de tecido acima do nível de impedância predeterminado. O nível de energia de saída permanece abaixo do nível de energia predeterminado até que a impedância do tecido caia abaixo do nível de impedância predeterminado. Quando a impedância do tecido diminuir abaixo do nível de impedância predeterminado, o nível de energia de saída outra vez começa a subir conforme descrito acima.
[0097] Em outras palavras, o gerador de onda 110 é programado para criar uma curva de energia que rapidamente aumenta a energia de saída a partir de 0 W até um nível de energia substancialmente maior do que aquele produzido por um gerador de onda típico. O gerador de onda 110 também mantém o nível de energia superior até que a impedância do tecido atinja um máximo predeterminado, em cujo ponto o gerador de onda 110 rapidamente reduz a energia de saída de modo a não causar dano indesejado ao tecido. Quando a impedância do tecido cair abaixo do máximo predeterminado, o gerador de onda 110 rapidamente aumenta o nível de energia de saída para possibilitar o corte do tecido. Esse ciclo continua enquanto a ponta de eletrodo estiver ativada e em contato com o tecido do paciente.
[0098] Será considerado que os valores ilustrados na Figura 17 para os níveis de energia de saída e impedâncias para curva de energia C têm apenas a finalidade de ilustração. Por exemplo, os níveis de energia de saída produzidos por um gerador de onda, específico, ou para um procedimento específico, podem ser superiores ou inferiores àqueles ilustrados na Figura 17. Para ilustrar, a Figura 18 mostra múltiplas curvas de energia, exemplares, consideradas dentro do escopo da presente invenção nas quais os níveis de energia de saída associados aos valores de impedância específicos são superiores ou inferiores àqueles ilustrados na Figura 17 em relação à curva de energia C. Em geral, a Figura 18 ilustra limites aproximados, superior e inferior, para a curva de energia de saída presentemente preferida. Como graficamente ilustrado na Figura 18, os resultados desejáveis descritos aqui ainda são obtidos com os níveis de energia de saída que são superiores ou inferiores àqueles da curva de energia C presentemente preferida, ilustrada na Figura 17. Similarmente, também será considerado que os valores de impedância associados a um nível de energia de saída específico também podem ser diferentes, com base no gerador de onda usado ou em um procedimento específico. Finalmente, será considerado que a curva de energia da presente invenção pode ter níveis de impedância associados aos níveis de energia de saída que são diferentes daqueles ilustrados nas Figuras 17 e 18 ou não ilustrados absolutamente nas figuras.
[0099] A seguir vem uma discussão adicional de como a curva de energia customizada da presente invenção reduz a quantidade de dano indesejável ao tecido em torno de um local de incisão. Durante essa discussão da curva de energia customizada, será feita referência à Figura 19, a qual ilustra uma ponta de eletrodo 500 criando uma incisão 502 dentro do tecido 504 em uma velocidade Vcut e em uma energia de saída P.
[00100] Como descrito acima, a mudança na temperatura de tecido dTt causa o efeito eletrocirúrgico, e À representa quão profundo no tecido é realizado o efeito eletrocirúrgico. O produto da profundidade de dessecação de tecido À e o aumento médio de temperatura dTt do tecido em relação à profundidade são aproximadamente relacionados ao comprimento L da ponta de eletrodo, a densidade de tecido pt, e capacidade térmica de tecido Ct por intermédio do seguinte:
[00101] A Equação 8 pode ser invertida para resolver a energia como uma função da impedância R, resultando em :
[00103] A partir da Equação 9 pode ser visto que a energia P inversamente proporcional à impedância R e diretamente proporcional à Â2dTt.Como entendido a partir dessa revelação, a quantidade A2dTt é relacionada à quantidade de dano acumulativo ao tecido ou potencial necrose próximo ao local eletrocirúrgico.
[00104] Quando um gerador de energia constante é utilizado, tal como aqueles usados para gerar as curvas de energia A e B da Figura 17, o grau de dano ao tecido (isto é, a quantidade Â2dTt) variará inversamente à impedância R devido às mudanças na área de contato A e à resistividade de massa de tecido pc (Vide Equação 1). Em outras palavras, a única forma de manter a energia P em um nível constante quando a impedância R aumenta é a de aumentar a quantidade A2dTt (isto é, o grau de dano causado ao tecido).
[00105] Ao permitir ou forçar o gerador eletrocirúrgico a reduzir a energia de saída P de acordo com o inverso da impedância eletrocirúrgica R, o grau de dano ao tecido (isto é, A2dTt) pode ser mantido constante apesar das variações na área de contato A e resistividade de massa de tecido pc. Por exemplo, à medida que muda a impedância, quer seja devido às mudanças na temperatura do tecido ou à quantidade de área de contato entre a ponta de eletrodo e o tecido, a energia fornecida à ponta de eletrodo é automaticamente ajustada para considerar essas mudanças. Como exemplo, quando a ponta de eletrodo penetra mais profundamente no tecido, a área de contato A entre a ponta de eletrodo e o tecido aumenta. O aumento na área de contato A reduz a impedância R entre a ponta de eletrodo e o tecido (vide Equação 1). A impedância reduzida R, por sua vez, faz com que a energia P provida pelo gerador aumente (Vide Equação 9), desse modo aperfeiçoando o efeito de corte e facilitando para o cirurgião realizar o corte mais profundo.
[00106] Similarmente, o sistema compensa as técnicas cirúrgicas variáveis, tal como a velocidade de corte. A partir das Equações 9 e 10, pode ser visto que a energia de saída P está diretamente relacionada à velocidade de corte Vcut. Quando um cirurgião desloca a ponta de eletrodo através do tecido, a ponta de eletrodo entra em contato com tecido sadio conforme descrito acima. O tecido sadio tem uma impedância inferior R do que aquela do tecido que já foi cortado. Portanto, quando a ponta de eletrodo é deslocada através do tecido em uma taxa mais rápida, a impedância permanece relativamente constante devido ao contato contínuo com o tecido sadio. A impedância relativamente constante ajuda a manter um nível de energia superior, resultando em um efeito e velocidade de corte, aperfeiçoados. Ao contrário, se a ponta de eletrodo for deslocada através do tecido de forma lenta, a temperatura do tecido e, portanto, a impedância, começa a subir. A impedância crescente causa uma queda na energia de saída e no efeito de corte. Assim, a monitoração da impedância R e o ajuste da energia de saída P com base no valor que muda da impedância R; conforme descrito acima; proporcionam um mecanismo de retorno de autolimitação e autorregulagem que automaticamente compensa as variações em conteúdo de tecido e técnica cirúrgica.
[00107] Continuando com referência às Figuras 16-18, a atenção é voltada agora para a Figura 20, a qual ilustra um método para aproximação da curva de energia C ilustrada na Figura 17, ou qualquer uma das curvas de energia ilustradas na Figura 18. De acordo com o método, o processador 408 determina se a ponta de eletrodo 130 foi ativada na etapa 510. O processador continuará a monitorar o status de ativação da ponta de eletrodo 130 até que a ativação tenha sido detectada. Quando a ponta de eletrodo 130 tiver sido ativada, os sensores de voltagem e corrente 412 e 414 medem os vários parâmetros de circuito, tal como a voltagem e corrente, na etapa 512. Essas medições são enviadas ao processador 408, o qual por sua vez calcula a impedância do circuito/tecido. A impedância do circuito/tecido pode ser calculada mediante comparação da voltagem fornecida pelo gerador de onda 110 à corrente fluindo através do circuito, por exemplo.
[00108] Quando o processador 408 tiver determinado a impedância do circuito/tecido, o processador 408 então compara a impedância do circuito/tecido com as várias faixas de impedância, predeterminadas e classifica a impedância de circuito/tecido dentro de uma dessas faixas na etapa 514. Por exemplo, conforme ilustrado na Figura 20, o valor de impedância calculado é comparado com, e classificado dentro de uma das cinco faixas de impedância, isto é, impedâncias aproximadamente inferiores a 100 Ω, entre 100-199 Ω, entre 200-700 Ω, entre 701-1930 Ω, e acima de 1930 Ω.
[00109] Com a impedância calculada classificada dentro da faixa correta, o processador 408 calcula a energia de saída apropriada a ser provida através da ponta de eletrodo 130 na etapa 5516. Por exemplo, se a impedância calculada for inferior a 100 Ω, o processador 408 calcula um nível de energia de saída apropriado mediante multiplicação da impedância calculada por aproximadamente 1,5. Se a impedância calculada for maior ou igual a 100 Ω e inferior a 200 Ω, o processador 408 ajusta o nível de energia de saída para aproximadamente 150 watts. Se a impedância calculada for maior ou igual a 200 Ω e inferior ou igual a 700 Ω, o processador 408 calcula o nível de energia de saída apropriado mediante multiplicação da impedância calculada por aproximadamente 0,192 e subtrai esse valor de aproximadamente 188. Similarmente, para as impedâncias superiores a 700 Ω e inferiores ou iguais a 1930 Ω, o processador 408 calcula o nível de energia de saída apropriado mediante multiplicação da impedância calculada por aproximadamente 0,034 e subtrai esse valor a partir de aproximadamente 85,7. Finalmente, para as impedâncias calculadas acima de 1930 Ω, a energia de saída é ajustada em aproximadamente 20 W.
[00110] Será considerado que as várias faixas de impedância, calculadas, mostradas na Figura 20 e descritas acima são apenas exemplares. Similarmente, os cálculos usados para determinar o nível de energia de saída apropriado para cada uma das faixas de impedância, conforme ilustrado na Figura 20, e descrito acima, também são apenas para ilustração e não pretendem limitar o escopo da presente invenção. Adicionalmente, como aludido acima, os resultados desejáveis aqui descritos são obtidos mesmo quando a curva de energia de saída varia acima ou abaixo dos valores exemplares mostrados acima. Os valores específicos para energia de saída são, conforme descritos acima, inversamente proporcionais à impedância de tecido detectada pela ponta de eletrodo.
[00111] Quando o processador408 tiver calculado o nível de energia de saída apropriado para a impedância calculada do circuito, o processador 408 guia o conversor de compensação 406 para ajustar o nível de energia de saída para combinar com o nível de energia de saída desejado calculado acima na etapa 518. O processador 408 então retorna à etapa inicial de detectar se a ponta de eletrodo 130 está ativada. Se o processador408 determinar que a ponta de eletrodo 130 não mais está ativada, então a energia através da ponta de eletrodo 130 é desligada e o processador 408 continua a monitorar o status de ativação da ponta de eletrodo 30. Se o processador 408 determinar que a ponta de eletrodo 130 ainda está ativada ou foi reativada, então o gerador de onda 110 outra vez determina a impedância do circuito/tecido e ajusta o nível de energia de saída conforme descrito acima.
[00112] O gerador de onda 110 pode ser assim adaptado para detectar os parâmetros de circuito, calcular a impedância de tecido, e ajustar a energia de saída P em resposta à impedância de tecido que muda. Adicionalmente, o gerador 110 pode realizar esse processo de autolimitação substancialmente em tempo real (isto é, um ciclo de 20 milissegundos). Isso é significativo porque, como observado acima, a probabilidade de dano ao tecido aumenta à medida que aumenta a impedância do tecido. Portanto, ajustar o nível de energia de saída substancialmente em tempo real em relação às mudanças em impedância de tecido possibilita que o gerador de onda 110 reduza ou elimine as incidências de dano indesejado ao tecido.
[00113] Experimentos clínicos foram conduzidos para comparar a velocidade e a qualidade de cura das incisões criadas por diferentes dispositivos. Nos experimentos, seis incisões foram feitas em pele de porco utilizando diferentes dispositivos. Particularmente, duas incisões foram feitas com cada um de i) um bisturi cirúrgico; ii) um sistema eletrocirúrgico padrão utilizando uma lâmina revestida, não afiada (MegaDyne n° de catálogo 0012, 0,33 mm) em 50 W, referido aqui como sistema de cauterização padrão; e iii) um sistema eletrocirúrgico de acordo com uma modalidade exemplar da presente invenção, istoé, um sistema utilizando um eletrodo com uma borda afiada e um gerador de onda programado com uma curva de energia customizada conforme aqui descrito, referido aqui como um sistema de cauterização modelo. As incisões foramfechadas com sutura e monitoradas por 30 dias. Após duas semanas as suturas foram removidas, e após 30 dias os locais das incisões foram colhidos e analisados. Cada uma das incisões foi dividida em três seções para análise.
[00114] As primeiras duas incisões, mostradas nas Fotografias A-D, foram feitas com um bisturi cirúrgico padrão. A análise da primeira incisão de bisturi, mostrada nas Fotografias A e B abaixo, revelaram o seguinte: «Seção de pele 1: Essa seção de pele não tinha qualquer mudança microscópica. «Seção de pele 2: De modo focal dentro do tecido subcutâneo dessa seção de pele estava um pedaço parcial de material de sutura circundado e infiltrado por uma quantidade de branda a moderada de inflamação de corpo estranho e fibrose. De modo focal na derme superficial/profunda sobrejacente ao material de sutura o tecido dérmico tinha um aumento brando em tecido conectivo fibroso e com pequenos números de fibroblastos misturados com fibras de colágeno dérmico. A epiderme cobrindo as seções da pele estava normal. ♦Seção de pele 3: Essa seção de pele tinha uma artéria dentro da subcútis que estava parcialmente obstruída com um tecido organizado preso na camada íntima do vaso. Esse tecido organizado poderia ser uma proliferação íntima ou um coágulo sanguíneo organizado.
[00115] Similarmente, análise das três seções da segunda incisão de bisturi, mostrada nas Fotografias C e D, revelou o seguinte: ♦Seção de pele 1: Havia um pequeno foco de tecido conectivo paralelo organizado/fibras de colágeno na derme superficial/profunda dessa seção de tecido. A epiderme estava normal. Também dentro dessa seção de pele, de certo modo abaixo da fibrose cutânea, havia um foco longo fino de tecido conectivo fibroso atravessando a camada de músculo abaixo da subcútis. Dentro da área imediatamente adjacente ao tecido conectivo estavam várias miofibras em degeneração e regeneração. «Seção de pele 2: Havia um pequeno foco de tecido conectivo paralelo organizado/fibras de colágeno na derme superficial/profunda dessa seção de tecido. A epiderme estava normal. Subjacente à fibrose cutânea, no tecido de subcútis, havia duas seções grandes de material de sutura claro circundado e infiltrado por uma grande quantidade de inflamação de corpo estranho e fibrose. Havia um pequeno foco fino de tecido conectivo fibroso acompanhado por umas poucas miofibras de regeneração atravessando a camada de músculo abaixo da subcútis, adjacente ao local onde estava o material de sutura. Havia pequenas áreas de hemorragia dentro da inflamação granulomatosa envolvendo o material de sutura e na borda profunda da seção de pele. A hemorragia provavelmente é proveniente do processamento histológico dos tecidos. «Seção de pele 3: Havia um pequeno foco de tecido conectivo paralelo e ondulado organizado/fibras de colágeno na derme superficial/profunda dessa seção de tecido. A epiderme estava normal.
[00116] As próximas duas incisões, mostradas nas Fotografias E-H, foram feitas utilizando um sistema de cauterização padrão. A análise das três seções da primeira incisão de cauterização padrão, mostrada nas Fotografias E e F, revelou o seguinte: «Seção de pele 1: De modo focal dentro da derme havia uma quantidade moderada de tecido conectivo fibroso supurado contendo vários vasos pequenos e poucas células gigantes multinucleadas e macrófagos. A epiderme sobre essa área de derme estava minimamente hiperplástica com um aumento brando de queratina. O tecido conectivo fibroso da derme se estendia a partir da derme profunda, através do tecido de subcútis e para a camada de músculo abaixo da subcútis. Misturados portodo o tecido conectivo da subcútis e camada de músculo estavam ninhos individuais/pequenos de células gigantes multinucleadas, macrófagos (alguns contendo melanina), e linfócitos (inflamação de corpo estranho). «Seção de pele 2: De modo focal dentro da derme havia uma quantidade moderada de tecido conectivo fibroso supurado contendo vários vasos pequenos e poucas células gigantes multinucleadas e macrófagos. A epiderme sobre essa área da derme estava minimamente hiperplástica com um aumento mínimo em queratina. A superfície da pele dentro da área da fibrose cutânea estava brandamente inchada. O tecido conectivo cutâneo se estendia a partir da derme profunda para a subcútis superficial. Acompanhando o tecido conectivo na subcútis estava uma quantidade branda de inflamação de corpo estranho. «Seção de pele 3: De modo focal dentro da derme havia uma quantidade moderada de tecido conectivo fibroso supurado contendo vários vasos pequenos e poucas células gigantes multinucleadas e macrófagos. A epiderme sobre essa área de derme estava minimamente hiperplástica com um aumento mínimo em queratina. A superfície da pele dentro da área da fibrose cutânea estava brandamente inchada. Dentro da subcútis, logo abaixo da área da fibrose cutânea, havia uma grande seção de material de sutura claro envolto por tecido conectivo fibroso supurado misturado com uma inflamação de corpo estranho. A reação de tecido envolvendo o material de sutura se estendia para a camada de músculo abaixo da subcútis.
[00117] Similarmente, a análise das três seções da segunda incisão de cauterização padrão, mostrada nas Fotografias G e H, revelou o seguinte: ♦Seção de pele 1: De modo focal dentro da derme havia uma quantidade branda de tecido conectivo fibroso supurado contendo vários vasos pequenos. A epiderme sobre essa área de derme estava minimamente hiperplástica com um aumento mínimo em queratina. Dentro da subcútis, logo abaixo da área de fibrose cutânea, havia uma grande seção de material de sutura claro envolto por tecido conectivo fibroso supurado misturado com uma inflamação de corpo estranho. «Seção de pele 2: De modo focal dentro da derme havia uma quantidade branda de tecido conectivo fibroso supurado contendo vários vasos pequenos. A epiderme sobre essa área da derme tinha um aumento mínimo em queratina. O tecido conectivo da derme infiltrou-se brandamente na subcútis subjacente, e havia um pequeno número de células gigantes multinucleadas dentro da subcútis misturada com tecido conectivo e adjacente ao mesmo. A camada de músculo abaixo da fibrose de subcútis continha um pequeno foco de inflamação de corpo estranho. Havia uma pequena quantidade de hemorragia na borda da seção de tecido, a qual é secundária para o processamento histológico dos tecidos. «Seção de pele 3: De modo focal dentro da derme havia uma quantidade branda de tecido conectivo fibroso supurado contendo vários vasos pequenos. A epiderme sobre essa área da derme estava minimamente hiperplástica com um aumento mínimo em queratina. A fibrose da derme se estendia de modo focal para a subcútis profunda. Dentro do tecido conectivo de subcútis havia vários vasos pequenos acompanhados por muito poucos macrófagos e uma célula gigante multinucleada ocasional. Havia uma pequena quantidade de hemorragia na borda da seção de tecido, que é secundária para o processamento histológico dos tecidos.
[00118] Finalmente, as duas incisões mostradas nas Fotografias l-L foram feitas com um sistema de cauterização modelo utilizando um eletrodo afiado em combinação com curva de energia customizada de acordo com uma modalidade exemplar da presente invenção. A análise das três seções da primeira incisão de cauterização modelo, mostrada nas Fotografias I e J revelaram o seguinte: «Seção de pele 1: De modo focal dentro da derme havia um aumento mínimo em fi-broblastos misturados com fibras de colágeno. A epiderme sobre essa área da derme estava minimamente hiperplástica. A fibrose cutânea se estendia minimamente para a subcútis. Havia poucas células gigantes multinucleadas dentro do tecido conectivo da subcútis (inflamação de corpo estranho). Havia um pequeno foco de fibrose dentro da camada de músculo. Havia três áreas de inflamação de corpo estranho dentro da derme superficial/profunda até o tecido de subcútis superficial. A inflamação dentro da derme superficial estava se infiltrando na epiderme adjacente e havia uma pequena área de degeneração epidérmica. «Seção de pele 2: De modo focal dentro da derme havia um aumento mínimo em fi-broblastos misturados com as fibras de colágeno. A epiderme sobre essa área da derme estava minimamente hiperqueratótica. A fibrose cutânea se estendia para o tecido de subcútis adjacente. O tecido conectivo subcutâneo estava envolvendo uma seção grande de material de sutura claro. Havia também uma inflamação de corpo estranho misturada no tecido conectivo subcutâneo. Havia um foco moderado de fibrose dentro da camada de músculo abaixo da fibrose de subcútis e inflamação. «Seção de pele 3: De modo focal dentro da derme havia um aumento mínimo em fi-broblastos misturados com as fibras de colágeno. A epiderme sobre essa área da derme estava normal. Havia um foco moderado de fibrose dentro da camada de músculo próximo a onde estava a fibrose cutânea.
[00119] Similarmente, a análise das três seções da segunda incisão de cauterização modelo, mostrada nas Fotografias K e L, revelou o seguinte: «Seção de pele 1: De modo focal dentro da derme havia um parco aumento em fibroblastos com mais organização das fibras de colágeno do que a derme envolvente. A epiderme estava normal. Havia dois pedaços pequenos de material de sutura claro misturados com uns poucos macrófagos e células gigantes multinucleadas dentro da subcútis superficial, logo abaixo da área de derme mencionado acima. Havia um grande foco de fibrose dentro da subcútis profunda e camada de músculo subjacente. «Seção de pele 2: Não havia mudanças microscópicas nessa seção de tecido. «Seção de pele 3: De modo focal dentro da derme havia um parco aumento em fibroblastos com mais organização das fibras de colágeno do que a derme circundante. A epiderme estava normal. Havia um grande segmento de material de sutura claro envolto e infiltrado por tecido conectivo fibroso supurado e uma inflamação de corpo estranho dentro da subcútis, abaixo da área de derme mencionada acima. Havia um foco moderado de fibrose no tecido de músculo subjacente ao material de sutura subcutânea.
[00120] Embora houvesse o que poderia ser considerado cura normal da epiderme, derme, subcútis e camada de músculo da pele em todas as incisões analisadas, as incisões de bisturi e de cauterização modelo estavam curando mais rapidamente do que as incisões criadas pela cauterização padrão. Para cada uma das incisões, havia uma quantidade mínima de tecido focal que estava curando deixado dentro dos locais de incisão na pele, e a maioria do tecido que estava curando foi encontrado principalmente na derme. Adicionalmente, havia uma quantidade mínima de fibroblastos com orientação paralela das fibras de colágeno cutâneo nos locais de incisão de bisturi e de cauterização modelo. Contudo, os locais de incisão de cauterização padrão continham mais fibroblastos e tecido conectivo ainda dentro dos locais de incisão que estavam curando, cutâneos do que encontrado nas incisões de pele que estavam curando de cauterização modelo. Além disso, havia hiperplasia epidérmica e/ou hiperqueratinização em todos os locais de incisão que estavam curando de cauterização padrão, ao passo que apenas dois dos locais de incisão de pele que estava curando de cauterização modelo tinham hiperplasia epidérmica mínima e/ou hiperqueratinação, e nenhum dos locais de pele que estava curando de incisão com bisturi tinha qualquer mudança epidérmica. Hiperplasia epidérmica e hiperqueratinação são resultados de irritação crônica. Portanto, será facilmente evidente para aqueles de conhecimento comum na técnica que a cauterização modelo da presente invenção produz resultados que são similares aos resultados produzidos por um bisturi cirúrgico típico e os quais são muito aperfeiçoados em relação aos resultados do sistema de cauterização padrão.
[00121] Assim, conforme aqui discutido, as modalidades da presente invenção abrangem a utilização de uma ponta de eletrodo de massa/espessura limitada, afiada em combinação com uma curva de energia customizada. A ponta de eletrodo pode ser afiada para concentrar energia elétrica no ponto de incisão. A massa/espessura da ponta de eletrodo pode ser limitada para prevenir desenvolvimento de calor latente que pode causar dano indesejável ao tecido. A curva de energia caracterizada por um nível de energia de saída, máximo, que é substancialmente superior àquele tipicamente usado em eletrocirurgia, e o qual é automaticamente ajustado em tempo real com base na impedância de circuito/tecido. A energia de saída da curva de energia customizada pode ser automaticamente ajustada de modo que ela permanece inversamente proporcional à impedância do circuito/tecido. A combinação do uso de ponta de eletrodo de massa/espessura limitada, afiada, com a curva de energia customizada reduz ou elimina dano indesejado ao tecido em e em torno do ponto de incisão. A redução no dano ao tecido reduz as incidências de complicações pós- operatórias e aumenta a qualidade e velocidade de recuperação e cura pós-operatória.
[00122] Embora os métodos e processos da presente invenção comprovaram ser particularmente úteis na área de eletrocirurgia, aqueles versados na técnica podem considerar que os métodos e processos da presente invenção podem ser usados em uma variedade de diferentes tipos de superfície e em uma variedade de diferentes áreas de aplicação para realizar uma tarefa específica.
[00123] A presente invenção pode ser incorporada em outras formas especificassem se afastar de seu espírito ou características essenciais. As modalidades descritas devem ser consideradas em todos os aspectos apenas como ilustrativas e não-restritivas. O escopo da invenção, portanto, é indicado pelas reivindicações anexas mais propriamente do que pela descrição anterior. Todas as alterações compreendidas no significado e faixa de equivalência das reivindicações devem ser abrangidas em seu escopo.
Claims (18)
1. Sistema eletrocirúrgico, caracterizado pelo fato de que compreende: um eletrodo eletrocirúrgico adaptado para transmitir energia elétrica ao tecido do paciente durante um procedimento eletrocirúrgico, o eletrodo tendo uma configuração que aprimora a retroalimentação rápida usada para corrigir automaticamente e regular níveis de energia aplicados ao eletrodo, o eletrodo compreendendo uma superfície de trabalho que é afiada para concentrar a energia elétrica transmitida a partir do eletrodo para o tecido do paciente durante um procedimento eletrocirúrgico, de modo que a concentração da energia elétrica para o tecido do paciente aprimora tanto a velocidade com a qual o eletrodo pode cortar ou cauterizar o tecido quanto também reduzir a probabilidade de danos de tecido ao tecido no entorno do tecido cauterizado ou cortado, sendo que a velocidade aprimorada com a qual o eletrodo pode cortar ou cauterizar o tecido fornece uma retroalimentação mais rápida que pode ser utilizada para regular níveis de energia aplicados ao eletrodo; e um gerador de onda eletrocirúrgica acoplado eletricamente ao eletrodo, o gerador de onda compreendendo; uma fonte de alimentação para fornecer energia elétrica à superfície de trabalho do eletrodo a uma frequência especificada; pelo menos um sensor de tensão e um sensor de corrente acoplados entre a fonte de alimentação e o eletrodo para detectar um ou mais parâmetros de retroalimentação elétrica, a partir dos quais a impedância do tecido pode ser essencialmente amostrada de forma contínua, de modo que a impedância do tecido possa ser usada para ajustar rapidamente níveis de energia aplicados ao eletrodo durante um procedimento de corte ou cauterização para evitar a aplicação em excesso de energia e danos ao tecido; e um processador programado com instruções executáveis para processar os parâmetros elétricos detectados para calcular a impedância de tecido para cada amostra tomada ao cortar ou cauterizar o tecido, de modo que (i) conforme o corte ou cauterização de tecido é iniciado, a energia para o eletrodo é rapidamente elevada até um nível de impedância de tecido predeterminado, e então (ii) conforme a impedância do tecido se eleva acima do nível de impedância de tecido predeterminado, a energia para o eletrodo é rapidamente reduzida em proporção reversa para aumentos adicionais na impedância do tecido.
2. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a superfície de trabalho afiada do eletrodo tem uma espessura de entre aproximadamente 0,0254 mm e aproximadamente 0,127 mm.
3. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o eletrodo tem uma massa reduzida para minimizar a quantidade de calor latente retido pelo eletrodo e transferido para o tecido adjacente.
4. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o gerador de onda inclui um sensor de tensão e um sensor de corrente que detectam tanto uma tensão quanto uma corrente a partir da energia aplicada à superfície de trabalho do eletrodo.
5. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o processador do gerador de onda é programado para calcular uma impedância do sistema eletrocirúrgico a partir da tensão e da corrente detectadas.
6. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o nível de energia elétrica aplicada à superfície de trabalho do eletrodo como um resultado dos parâmetros amostrados e a impedância de tecido recalculada para cada amostra correspondem a uma curva de energia customizada que é inversamente proporcional à impedância do tecido uma vez que a impedância alcança o nível de impedância de tecido predeterminado conforme determinado durante o procedimento de corte ou cauterização com base nas amostras.
7. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o gerador de onda compreende um processador que é programado para: utilizar a impedância calculada de cada amostra para calcular o nível de energia elétrica na curva de energia customizada associada ao nível de impedância calculado; e ajustar o nível de energia elétrica sendo transmitido através do eletrodo para a superfície de trabalho do eletrodo ao nível na curva de energia customizada associada à impedância calculada.
8. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que, antes de determinar que a impedância do tecido atingiu o nível de impedância de tecido predeterminado, a curva de energia customizada mantém a energia elétrica sendo transmitida para o tecido do paciente em um nível máximo de energia, que corresponde aos níveis de impedância de tecido na curva de energia customizada de entre aproximadamente 100 ohms e aproximadamente 200 ohms.
9. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o nível máximo de energia da energia elétrica transmitida para o tecido do paciente é de aproximadamente 150 watts.
10. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os parâmetros elétricos são amostrados e a impedância do tecido é recalculada de modo que o gerador de onda é capaz de ajustar o nível de energia elétrica sendo transmitida na superfície de trabalho do eletrodo a aproximadamente cada 20 milissegundos.
11. Sistema eletrocirúrgico, caracterizado pelo fato de que compreende: um eletrodo eletrocirúrgico adaptado para transmitir energia elétrica ao tecido do paciente durante um procedimento eletrocirúrgico, o eletrodo tendo uma configuração que aprimora a retroalimentação rápida usada para corrigir e regular automaticamente os níveis de energia aplicados ao eletrodo, o eletrodo compreendendo uma borda de trabalho que é afiada para concentrar a energia elétrica transmitida a partir do eletrodo para o tecido do paciente durante um procedimento eletrocirúrgico, de modo que a concentração da energia elétrica para o tecido do paciente aprimora tanto a velocidade com a qual o eletrodo é capaz de cortar ou cauterizar o tecido enquanto também reduz a probabilidade de danos de tecido no tecido ao redor do tecido cortado ou cauterizado, sendo que a velocidade aprimorada com a qual o eletrodo pode cortar ou cauterizar o tecido fornece uma retroalimentação mais rápida que pode ser utilizada para regular níveis de energia aplicados ao eletrodo, e o eletrodo possui uma massa limitada que limita a quantidade de calor latente que o eletrodo é capaz de reter; e um gerador de onda eletrocirúrgico eletricamente acoplado ao eletrodo, o gerador de onda compreendendo: uma fonte de alimentação para fornecer energia elétrica à borda de trabalho do eletrodo a uma frequência especificada; um sensor de tensão e um sensor de corrente acoplados entre a fonte de alimentação e o eletrodo para detectar tanto tensão quanto corrente no eletrodo a uma taxa de amostragem de aproximadamente cada 20 milissegundos a fim de fornecer parâmetros de realimentação de tensão e corrente a partir dos quais a impedância de tecido pode ser essencialmente recalculada de modo contínuo a cada 20 milissegundos e então utilizada para ajustar rapidamente os níveis de energia aplicados ao eletrodo durante um procedimento de corte ou cauterização para evitar a aplicação em excesso de energia e danos ao tecido; e um processador programado com instruções executáveis para processar a tensão e a corrente detectados para recalcular a impedância de tecido para cada amostra tomada ao cortar ou cauterizar o tecido, de modo que (i) conforme o corte ou cauterização de tecido é iniciado, a energia para o eletrodo é rapidamente elevada até um nível de impedância de tecido predeterminado, e então (ii) conforme a impedância do tecido se eleva acima do nível de impedância de tecido predeterminado, a energia para o eletrodo é rapidamente reduzida em proporção reversa para aumentos adicionais na impedância do tecido.
12. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a borda de trabalho afiada do eletrodo tem uma espessura na faixa de aproximadamente 0,127 mm a aproximadamente 0,0254 mm.
13. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a borda de trabalho do eletrodo é revestida com um revestimento não-aderente.
14. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que os parâmetros da borda de trabalho do eletrodo são utilizados pelo processador para ajustar automaticamente a energia elétrica sendo aplicada pela borda de trabalho ao tecido do paciente em tempo real com base em uma taxa de amostragem de aproximadamente 20 milissegundos.
15. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que o gerador de onda é adaptado para gerar energia elétrica em uma faixa a partir de aproximadamente 0 watt a aproximadamente 150 watts.
16. Sistema eletrocirúrgico, caracterizado pelo fato de que compreende: um eletrodo eletrocirúrgico adaptado para transmitir energia elétrica ao tecido do paciente durante um procedimento eletrocirúrgico, o eletrodo tendo uma configuração que aprimora a retroalimentação rápida usada para corrigir automaticamente e regular níveis de energia aplicados ao eletrodo, o eletrodo compreendendo uma pluralidade de superfícies de trabalho com diferentes comprimentos que são anguladas uma em relação às outras, sendo que cada superfície de trabalho tem uma espessura na faixa de aproximadamente 0,254 mm a aproximadamente 0,1270 mm que é afiada para concentrar a energia elétrica transmitida a partir do eletrodo para o tecido do paciente durante um procedimento eletrocirúrgico, de modo que a concentração da energia elétrica para o tecido do paciente aprimora tanto a velocidade com a qual o eletrodo pode cortar ou cauterizar o tecido quanto também reduzir a probabilidade de danos de tecido ao tecido no entorno do tecido cauterizado ou cortado, sendo que a velocidade aprimorada com a qual o eletrodo pode cortar ou cauterizar o tecido fornece uma retroalimentação mais rápida que pode ser utilizada para regular níveis de energia aplicados ao eletrodo, e o eletrodo tem uma espessura média de aproximadamente 0,4318 mm de modo que o eletrodo possui uma massa limitada que limita a quantidade de calor latente que o eletrodo pode reter; e um gerador de onda eletrocirúrgico eletricamente acoplado ao eletrodo, o gerador de onda compreendendo; uma fonte de alimentação para fornecer energia elétrica à superfície de trabalho do eletrodo a uma frequência especificada; um sensor de tensão e um sensor de corrente acoplados entre a fonte de alimentação e o eletrodo para detectar tanto tensão quanto corrente no eletrodo a uma taxa de amostragem de aproximadamente cada 20 milissegundos a fim de fornecer parâmetros de realimentação de tensão e corrente a partir dos quais a impedância de tecido pode ser essencialmente recalculada de modo contínuo a cada 20 milissegundos e então utilizada para ajustar rapidamente os níveis de energia aplicados ao eletrodo durante um procedimento de corte ou cauterização para evitar a aplicação em excesso de energia e danos ao tecido; e um processador programado com instruções executáveis para processar a tensão e a corrente detectados para recalcular a impedância de tecido para cada amostra tomada ao cortar ou cauterizar o tecido, de modo que (i) conforme o corte ou cauterização de tecido é iniciado, a energia para o eletrodo é rapidamente elevada até um nível de impedância de tecido predeterminado, e então (ii) conforme a impedância do tecido se eleva acima do nível de impedância de tecido predeterminado, a energia para o eletrodo é rapidamente reduzida em proporção reversa para aumentos adicionais na impedância do tecido.
17. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a impedância recalculada é diretamente proporcional à velocidade com a qual a borda de trabalho do eletrodo é movida através do tecido de modo que o nível de energia elétrica aplicada ao eletrodo é relacionado à velocidade na qual o tecido é cortado pela borda de trabalho.
18. Sistema eletrocirúrgico, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que o gerador de onda é adaptado para gerar energia elétrica para transmissão ao tecido do paciente através do eletrodo em uma faixa a partir de aproximadamente 0 watt a aproximadamente 150 watts.
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