Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "FORMAS DE DOSAGEM SÓLIDA COMPREENDENDO UM REVESTIMENTO ENTÉRI- CO COM LIBERAÇÃO ACELERADA DO FÁRMACO".
A presente invenção refere-se a formas de dosagem sólida compreendendo um revestimento entérico com liberação acelerada do fár- maco.
Antecedentes da Invenção
Revestimentos entéricos são planejados para permanecer intac- tos no estômago e então liberar a substância ativa no intestino. O revesti- mento entérico pode ser aplicado a formas de dosagem sólidas, tais como grânulos, péletes, cápsulas ou comprimidos. O propósito do revestimento entérico é proteger o estômago dos compostos ativos irritantes tais como a aspirina ou melhorar a biodisponibilidade do fármaco pela prevenção da de- gradação de fármacos sensíveis ao ácido ou à enzima gástrica. Revestimen- tos entéricos têm sido desenvolvidos por mais do que um século. O primeiro revestimento entérico real acredita-se ter sido o uso de queratina por Unna em 1884. Alguns dos primeiros revestimentos entéricos dependiam da ação enzimática ou do efeito emulsificante dos filmes no intestino delgado, tais como filmes entéricos baseados em ácido esteárico.
Quase todos os materiais entéricos usados atualmente são po- límeros sintéticos ou naturais modificados, contendo grupos carboxílicos io- nizáveis. No ambiente de pH baixo do estômago, os grupos carboxílicos permanecem não-ionizáveis e os revestimentos de polímero permanecem insolúveis. No intestino, o pH aumenta para 5 ou mais, permitindo que os grupos carboxílicos sobre os materiais de revestimento polimérico ionizem e os revestimentos poliméricos se desintegram, liberando seus conteúdos. Baseado no objetivo de um revestimento entérico, um revestimento entérico ideal deve possuir as seguintes propriedades: 1. Deve resistir à desintegra- ção ou dissolução no estômago enquanto a forma de dosagem lá permane- cer; 2. Deve dissolver ou desintegrar rapidamente no intestino delgado; 3. Deve ser fisicamente e quimicamente estável durante a armazenagem; 4. Não deve ser tóxico; 5. Deve ser facilmente aplicável como um revestimento; 6. Deve ser econômico.
A Tabela 1 mostra alguns materiais de revestimento entérico comumente usados para liberar o fármaco no intestino delgado superior.
Abreviação Tipo Solubilidade Ftalato de acetato de celu- lose CAP Solúvel no fluido intestinal a partir de pH 6,0 Ftalato de acetato de poli- vinila PVAP Solúvel no fluido intestinal a partir de pH 5,5 Ftalato de hidroxipropila metilcelulose HPMCP HP-50 Solúvel no fluido intestinal a partir de pH 5,0 HP-55 Solúvel no fluido intestinal a partir de pH 5,5 Polimetacrilatos Eudragit® L 100-55 Solúvel no fluido intestinal a partir de pH 5,5 Eudragit® L 30 D-55 Solúvel no fluido intestinal a partir de pH 5,5 Eudragit® L 100 Solúvel no fluido intestinal a partir de pH 6,0
Acredita-se comumente que as formas de dosagem entérica, re-
vestidas com polímeros com baixo limiar de dissolução, tal como o ftalato de acetato de polivinila, ftalato de acetato de celulose ou Eudragit® L 100-55, se desintegrem rapidamente ao entrar no intestino delgado, entretanto, esse não é o caso.
Há de fato uma discrepância entre o desempenho de revesti- mentos entéricos in vitro e in vivo. Para aquelas formas de dosagem com revestimento entérico, revestidas com polímeros com baixo limiar de pH de dissolução, a desintegração in vitro sempre ocorre rapidamente dentro de poucos minutos no pH intestinal simulado. Além disso, os estudos de disso- lução in vitro normalmente requerem que quando os produtos com revesti- mento entérico sejam colocados em tampão com ph 6,8, mais do que 80% do fármaco deva ser liberado dentro de 45 min, mas na maioria dos casos o tempo de dissolução é muito mais curto do que isso. Entretanto há uma dis-
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crepância importante entre os dados de dissolução in vitro e o desempenho in vivo das formas de dosagem com revestimento entérico. Pode levar até duas horas ou de uma a duas horas ou mais para que os produtos com re- vestimento entérico se desintegrem após o esvaziamento gástrico.
Como um período curto de esvaziamento intestinal é da ordem de 3 a 4 horas, a desintegração e a liberação do fármaco a partir das formas de dosagem com revestimento entérico ocorrerá no intestino delgado distai. Em alguns casos, tal retardo na liberação do fármaco das formas de dosa- gem com revestimento entérico pode levar a uma terapia ineficaz com o fár- maco. Por exemplo, suplementos enzimáticos constituem a abordagem pri- mária para tratar a insuficiência pancreática daqueles pacientes com Fibrose Cística (CF). Como os pacientes com CF têm pH duodenal pós-prandial infe- rior em comparação com pessoas saudáveis, a liberação da enzima das formas de dosagem com revestimento entérico convencional leva aproxima- damente 100 min após o esvaziamento gástrico. Comparando esse tempo de liberação ao tempo de trânsito intestinal usual, parece que mais da meta- de do tempo de contato disponível entre o quimo e as enzimas pode ser perdida, levando a um efeito enzimático insuficiente. Além disso, para vários ativos, o sítio ótimo de absorção é a parte superior do intestino delgado. A liberação retardada do fármaco no intestino delgado distai pode diminuir a biodisponibilidade desses fármacos nas formulações com revestimento enté- rico convencionais. Por exemplo, a biodisponibilidade da Ievodopa pode ser melhorada pelo carregamento de altas concentrações do fármaco na parte superior do instestino delgado. Um sistema de revestimento entérico que libere sua carga de fármaco prontamente ao entrar no intestino delgado po- de, portanto, ser altamente desejável. Tais sistemas também podem ser be- néficos para fármacos que são absorvidos através do intestino delgado, em termos de início rápido de ação. O documento WO 2007/006353 descreve o uso de um copolí-
mero de (met)acrilato aniônico parcialmente neutralizado, compreendendo unidades polimerizadas de radical livre de 25 a 95 por cento do peso de és- teres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75 por cento do peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, pelo me- nos 4% dos quais estão neutralizados por meio de uma base, para a produ- ção de um medicamento que é fornecido com um núcleo que contém a subs- tância ativa e é revestido com o copolímero de (met)acrilato aniônico, parcial- mente neutralizado. O dito medicamento libera pelo menos 30% da substân- cia ativa nele contida em 30 minutos em um pH no qual a substância ativa é suficientemente solúvel e estável e no qual o medicamento correspondente que está revestido com o polímero de (met)acrilato aniônico não-neutralizado libera menos do que 10 por cento da substância ativa nele contida.
O documento US 2005/0271778 descreve um método para pro- duzir farmacêuticos em que, no caso de formas de dosagem sólida com re- sistência gástrica compreendendo um copolímero de (met)acrilato aniônico para a proteção de uma substância ativa sensível ao ácido contida no nú- cleo, o dito polímero é aplicado para formar um gradiente com relação ao grau de neutralização dos grupos aniônicos através da espessura do reves- timento. Na região interna do revestimento, os grupos aniônicos do polímero são neutralizados para proteger a substância ativa ácido-lábil. O grau de neu- tralização é decrescente em direção à região externa do revestimento, a fim de se obter a resistência gástrica da forma de dosagem sólida. No caso de formas de dosagem sensíveis a álcali compreendendo um copolímero de (met)acrilato catiônico, para a proteção de uma substância ativa sensível a álcali, o dito polímero catiônico é aplicado para formar um gradiente com rela- ção ao grau de neutralização dos grupos catiônicos através da espessura do revestimento. Na região interna do revestimento, os grupos catiônicos do po- límero são neutralizados para proteger a substância ativa sensível a álcali. O grau de neutralização dos grupos catiônicos é decrescente em direção à regi- ão externa do revestimento. Entretanto, esse documento não fornece ne- nhuma sugestão de como acelerar a taxa de liberação da substância ativa. O documento US 2004/0028737 descreve composições farma-
cêuticas orais estáveis com revestimento entérico de fármacos ácidos instá- veis, em que o revestimento entérico é uma bicamada com um gradiente de j pH através de sua espessura, compreendendo uma camada interna neutra ou quase neutra de pH 7 a 7,5 e uma camada externa ácida de pH de 2 a 6. A intenção desse documento é de obter a estabilização do fármaco sensível ao ácido. Esse documento não fornece nenhuma sugestão de como acelerar a taxa de liberação da substância ativa.
O documento WO 2005/044240 descreve uma formulação está- vel para Iansoprazol sensível a ácido, em que o substrato compreendendo Iansoprazol é revestido com uma camada de sub-revestimento contendo um agente alcalino e um revestimento entérico por cima dessa camada de sub- revestimento. O documento descreve ainda como sais básicos, como o es- tearato de sódio, ou sais básicos inorgânicos, tal como carbonato de sódio hidrogenado, de um agente alcalino ou outros sais inorgânicos que não são solúveis em água são usados. Aqui novamente a intenção desse estado da técnica é obter a estabilização do fármaco Iansoprazol sensível a ácido. Es- se documento não fornece nenhuma sugestão de como acelerar a taxa de liberação da substância ativa.
Os produtos com revestimento entérico dessa tecnologia são designados para permanecerem intactos no estômago e então liberarem a substância ativa no intestino superior. A observação real é que as formas de dosagem sólida que têm revestimentos entéricos da tecnologia não se desin- tegram rapidamente ao entrar no intestino delgado. Como o tempo de trânsi- to do intestino delgado é da ordem de 3 a 4 horas, a desintegração e a libe- ração do fármaco de tais formas de dosagem com revestimento entérico o- correrão no intestino delgado distai. Entretanto, esse retardo da liberação do fármaco das formas de dosagem com revestimento entérico pode levar a uma terapia ineficaz com o fármaco.
Assim, o objetivo é fornecer formas de dosagem sólida com re- vestimentos entéricos que se desintegrem mais rapidamente ao entrarem no intestino delgado, implicando em um momento preciso precoce quando transferidas do estômago que tem um pH em torno de 1 a 3,5 para a entrada no intestino que tem um pH em torno de 5,5 a 7.0 comparado com seções mais distais do intestino delgado que têm pH de 6,0 a 7,5. Objetivo da presente invenção
Portanto, o objetivo da presente invenção é fornecer formas de dosagem sólida com revestimentos entéricos, onde a liberação do fármaco é mais rápida em um pH menor, comparada com o estado da técnica atual das formas de dosagem sólida. O objetivo foi, portanto, formular farmacêuticos que liberem o ingrediente ativo contido de uma forma acelerada. Sumário da Invenção
O objetivo é solucionado por uma forma de dosagem sólida con- tendo um revestimento interno localizado entre o núcleo que contém um in- grediente farmaceuticamente ativo e um revestimento entérico externo;
em que o dito revestimento interno compreende um material po- limérico aniônico parcialmente neutralizado e pelo menos um ácido carboxí- Iico que tem de 2 a 16 átomos de carbono, seus sais ou misturas do dito áci- do e seu sal;
em que o revestimento externo compreende um material polimé-
rico aniônico que é menos neutralizado que o material do revestimento inter- no ou que não é neutralizado.
A presente invenção fornece uma forma de dosagem sólida com revestimento entérico. Como uma forma de dosagem sólida com revestimen- to entérico, a forma de dosagem de acordo com a presente invenção tem resistência gástrica e mostra menos do que 10 por cento de liberação de fármaco em um fluido gástrico simulado por pelo menos 120 min de acordo com USP 28. Por exemplo, esse teste para mostrar a resistência gástrica pode ser realizado em uma solução de hidrocloreto com pH 1,2. Detalhadamente, a forma de dosagem sólida com revestimento
entérico da presente invenção tem resistência gástrica (gástrica-resistente) e mostra menos do que 10 por cento de liberação de fármaco e, preferivel- mente, essencialmente nenhuma liberação de fármaco em uma solução de hidrocloreto com pH 1,2 por pelo menos 120 min, antes do que, por exem- pio, é colocada em um tampão de fosfato de pH elevado, por exemplo de ph 5,6. Os presentes inventores mostraram que o uso de um revestimento inter- no, que está localizado entre o revestimento entérico externo e o núcleo da forma de dosagem sólida, auxilia a desintegração e a liberação do fármaco em um certo pH precoce comparado com uma forma de dosagem sólida que tem um revestimento entérico sem o revestimento interno. O efeito pretendido é que, in vivo, a forma de dosagem sólida de acordo com a invenção libere sua substância ativa "precocemente", especialmente já na entrada do intesti- no. A expressão "precocemente" significa aqui que a forma de dosagem sóli- da de acordo com a invenção começa a liberar a substância ativa ainda em um valor de pH baixo, comparado com o valor do pH normal do intestino, es- pecialmente quando a forma de dosagem sólida é transferida do estômago que tem um pH baixo, por exemplo, 1,2 para a entrada do intestino (por e- xemplo, ph 5,6) que tem um pH mais elevado comparado com o do estômago, mas não tão alto como no caso de regiões mais distais do intestino.
Esse efeito é obtido como se segue: no caso, revestimento in- terno é preparado a partir de uma solução aquosa ou dispersão contendo o respectivo polímero aniônico nela, essa solução ou dispersão tendo um pH maior do que da solução ou dispersão a partir da qual é obtido o revestimen- to externo. Deve ser compreendido que o revestimento como tal na forma de dosagem não tem um pH. Aqui, a medida que o pH do revestimento ou filme é mencionado, ele significa o pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento é obtido. Ainda que não haja pH que possa ser medido no re- vestimento sólido, a diferença de pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento interno é preparado é significativa.
No caso da preparação do polímero a partir de uma solução a- quosa ou dispersão, em uma modalidade preferida o valor do pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento interno é obtenível é de pelo menos 0,5 unidades de pH, mais preferivelmente pelo menos 1,0 unidade de pH, mais preferivelmente ainda pelo menos 1,5 unidades de pH, até mais preferivelmente ainda pelo menos 2,0 unidades de pH, até mais preferivel- mente ainda pelo menos 2,5 unidades de pH, até mais preferivelmente ainda pelo menos 3,0 unidades de pH, o mais preferivelmente ainda pelo menos 4,0 unidades de pH maior do que o valor do pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento externo é obtenível. No caso em que o revestimento interno é preparado em um sol- vente orgânico, pode também não haver pH medido. Nesse caso, o polímero aniônico para o revestimento interno é obtido a partir de uma solução (orgâ- nica) ou dispersão, em que o grau de neutralização dos grupos aniônicos é maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o revestimen- to externo é feito.
Em uma modalidade preferida, a diferença na neutralização en- tre o revestimento interno e o revestimento externo é de pelo menos 15 pon- tos percentuais, preferivelmente pelo menos 10 pontos percentuais e o mais preferivelmente de pelo menos 20 pontos percentuais. Mais preferivelmente, o grau de neutralização dos grupos aniônicos do revestimento externo é no máximo de 10 por cento, preferivelmente no máximo de 6 por cento, mais preferivelmente no máximo de 4 por cento, até mais preferivelmente no má- ximo de 2 por cento e mais preferivelmente 0.
Mais preferivelmente, o material polimérico compreendido no re- vestimento interno e no revestimento externo, respectivamente, é indepen- dentemente um do outro selecionado do grupo que consiste em po- li(met)acrilatos, ftalato de acetato de celulose, ftalato de acetato de polivinila, metilcelulose ftalato de hidroxipropila, metilcelulose succinato de acetato de hidroxipropila (HPMC-AS), trimelitato de acetato de celulose ou goma laca.
Preferivelmente, o revestimento interno é feito de um copolímero de (met)acrilato aniônico parcialmente neutralizado consistindo em unidades polimerizadas de radical livre de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4- alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, em que de 1 a 80%, preferivel- mente pelo menos de 2 a 70% dos grupos aniônicos contidos são neutrali- zados por um agente alcalino;
e o revestimento externo é feito de copolímero de (met)acrilato aniônico consistindo em unidades polimerizadas de radical livre de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico.
É preferível ainda que o sal do ácido carboxílico seja um sal de metal alcalino, mais preferivelmente um sal de sódio ou de potássio.
Em uma modalidade particularmente preferida, o ácido carboxíli- co tem 2 a 16 átomos de carbono e até mais preferivelmente tem de 1, 2 ou
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3 grupos carboxila. Como exemplos de ácidos carboxílicos que podem estar presentes no revestimento interno, os seguintes podem ser mencionados: ácido sórbico, ácido benzoico, ácido fumárico, ácido adípico, ácido cítrico, ácido succínico, ácido glutárico, ácido málico, ácido tartárico, ácido acético, ácido glicólico, ácido malônico, ácido propanoico, ácido glicérico, ácido transcrotônico, ácido itacônico, ácido mesacônico, ácido trimetilacético, áci- do isocítrico, ácido hexanoico, ácido 4-metilpentanoico, ácido gálico, ácido tereftálico, ácido fenilacético, ácido mandélico, ácido alfa-fenilpropanoico, ácido beta-fenilpropanoico, ácido láurico, ácido caprílico, ácido caprínico, ácido mirístico e misturas dos mesmos, seus sais ou misturas do dito ácido e seu sal. Mais preferivelmente, o ácido carboxílico é o ácido adípico, ácido cítrico ou ácido sórbico. Exemplos de sal dos ácidos carboxílicos incluem o citrato de sódio. Além disso, é particularmente preferido o ácido adípico ou o ácido cítrico ou seus sais, por exemplo, citrato de sódio ou uma mistura de ácido e seu sal, por exemplo, o sistema tampão de ácido cítrico/citrato de Na. A quantidade do ácido carboxílico ou do seu sal, ou de misturas do dito ácido e seu sal, preferivelmente cai dentro da faixa entre 5 a 35 por cento do peso, mais preferivelmente na faixa de 7 a 20 por cento do peso baseado no polímero seco do revestimento interno.
É preferível ainda que cada um dos revestimentos interno e ex- terno contenha de 2 a 10, preferivelmente 2 a 8, mais preferivelmente 4 a 6 mg/cm2 de ganho de peso do polímero. É ainda particularmente preferível que a relação entre o revestimento interno e o externo seja de 10:90 a 90:10, preferivelmente 30:70 a 70:30 do peso de polímero seco.
O objetivo da presente invenção também é solucionado por um método para a fabricação de uma forma de dosagem sólida com revestimen- to entérico, com resistência gástrica compreendendo as seguintes etapas:
a) uma etapa de revestimento de um núcleo que contém um in- grediente farmaceuticamente ativo com um material polimérico; b) uma etapa de revestimento com um material polimérico aniô- nico por cima do revestimento de a) para formar um revestimento entérico externo;
tal que a forma de dosagem sólida compreenda um revestimento interno localizado entre o núcleo que contém um ingrediente farmaceutica- mente ativo e o dito revestimento entérico externo;
em que no caso da preparação do material polimérico a partir de soluções ou dispersões aquosas, o pH da solução ou dispersão a partir da qual o material polimérico do revestimento interno é preparado tenha um pH maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o material po- limérico do revestimento externo é preparado; ou em que no caso de prepa- ração de material polimérico a partir de soluções ou dispersões baseadas em solventes orgânicos, o grau de neutralização da solução ou dispersão a partir da qual o material polimérico do revestimento interno é preparado é maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o material po- limérico do revestimento externo é preparado;
em que, sob condições de pH na faixa entre 3 a 7, onde as for- mas de dosagem sólida compreendendo o dito revestimento externo mas não compreendendo o dito revestimento interno alcancem uma liberação de por cento do ingrediente farmaceuticamente ativo em um certo tempo dentro de 2 a 5 horas, as formas de dosagem sólida compreendendo o dito revestimento interno e o dito revestimento externo alcancem uma liberação de 10 por cento do ingrediente farmaceuticamente ativo dentro de 80% do tempo ou menos.
Além disso, o objetivo da presente invenção também é solucio- nado por uma forma de dosagem sólida com revestimento entérico, com re- sistência gástrica compreendendo
um revestimento interno localizado entre o núcleo que contém o ingrediente farmaceuticamente ativo e um revestimento entérico externo;
em que o revestimento interno compreende um material polimé- rico e o revestimento externo compreende um material polimérico aniônico; ou em que no caso de preparação de material polimérico a partir de solu- ções ou dispersões baseadas em solventes orgânicos, o grau de neutraliza- ção da solução ou dispersão a partir da qual o material polimérico do reves- timento interno é preparado é maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o material polimérico do revestimento externo é preparado;
em que, no caso de preparar o material polimérico a partir de soluções ou dispersões aquosas, o pH da solução ou da dispersão a partir da qual o material polimérico do revestimento interno é preparado tenha um pH maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o material polimérico do revestimento externo é preparado;
em que, sob condições de pH na faixa entre 3 a 7, onde as for- mas de dosagem sólida compreendendo o dito revestimento externo mas não compreendendo o dito revestimento interno alcancem uma liberação de por cento do ingrediente farmaceuticamente ativo em um certo tempo dentro de 2 a 5 horas, as formas de dosagem sólida compreendendo o dito revestimento interno e o dito revestimento externo alcancem uma liberação de 10 por cento do ingrediente farmaceuticamente ativo dentro de 80% do tempo ou menos.
Adicionalmente, o objetivo da presente invenção é solucionado pelo uso de um material polimérico para a fabricação da forma de dosagem sólida com revestimento entérico, com resistência gástrica,
em que a dita forma de dosagem sólida compreende um reves- timento interno localizado entre o núcleo que contém o ingrediente farma- ceuticamente ativo e um revestimento entérico externo;
em que o dito material polimérico está compreendido no reves- timento interno; em que, no caso de preparar o material polimérico a partir de soluções ou dispersões aquosas, o pH da solução ou da dispersão a par- tir da qual o material polimérico do revestimento interno é preparado tenha um pH maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o ma- terial polimérico do revestimento externo é preparado; ou em que no caso de preparação de material polimérico a partir de soluções ou dispersões basea- das em solventes orgânicos, o grau de neutralização da solução ou disper- são a partir da qual o material polimérico do revestimento interno é prepara- do é maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o materi- al polimérico do revestimento externo é preparado;
em que, sob condições de pH na faixa entre 3 a 7, onde as for- mas de dosagem sólida compreendendo o dito revestimento externo mas não compreendendo o dito revestimento interno alcancem uma liberação de por cento do ingrediente farmaceuticamente ativo em um certo tempo dentro de 2 a 5 horas, as formas de dosagem sólida compreendendo o dito revestimento interno e o dito revestimento externo alcancem uma liberação de 10 por cento do ingrediente farmaceuticamente ativo dentro de 80% do tempo ou menos.
A seguir, serão descritas as modalidades preferidas da forma de dosagem sólida acima mencionada, o método para a sua fabricação ou o uso de um material polimérico para a fabricação da dita forma de dosagem sólida.
Como mencionado acima, em caso de revestimento interno pre- parado a partir de uma solução aquosa ou dispersão contendo o respectivo polímero, essa solução ou dispersão terá um pH maior do que a solução ou dispersão a partir da qual o revestimento externo é obtido. Deve ficar com- preendido que o revestimento como tal na forma sólida não tem pH. Na me- dida em que o pH do revestimento ou do filme é mencionado, significa o pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento é obtido. Apesar de não haver pH que possa ser medido no revestimento sólido, a diferença de pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento interno é feito é significativa.
Se o revestimento interno for preparado em um solvente orgâni- co, também poderá não haver pH mensurável. Nesse caso, o polímero aniô- nico para o revestimento interno é obtido a partir de uma solução (orgânica) ou dispersão em que o grau de neutralização dos grupos aniônicos é maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o revestimento ex- terno é feito.
É preferido que no caso do material polimérico aniônico, a dife- rença na neutralização de grupos aniônicos entre o revestimento interno e o revestimento externo seja pelo menos de 5 pontos percentuais, preferivel- mente pelo menos 10 pontos percentuais e mais preferivelmente pelo menos pontos percentuais.
É preferível ainda que o grau de neutralização de grupos aniôni- cos do revestimento externo seja no máximo de 10 por cento, preferivelmen- te no máximo de 6 por cento, preferivelmente no máximo 4 por cento, mais preferivelmente ainda no máximo 2 por cento e o mais preferivelmente 0.
É preferível ainda, no caso de soluções ou dispersões aquosas, que o valor do pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento interno é preparado seja de pelo menos 0,5 unidade de pH, mais preferivel- mente pelo menos 1,0 unidade de pH, mais preferivelmente ainda pelo me- nos 1,5 unidade de pH, até mais preferivelmente ainda pelo menos 2,0 uni- dades de pH, até mais preferivelmente ainda pelo menos 2,5 unidades de pH, até mais preferivelmente ainda pelo menos 3,0 unidades de pH, o mais preferivelmente ainda pelo menos 4,0 unidades de pH maior do que o valor do pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento externo é preparado.
Preferivelmente, no caso de soluções ou dispersões aquosas, a diferença do valor do pH entre a solução ou dispersão a partir da qual o re- vestimento interno é preparado e a solução ou dispersão a partir da qual o revestimento externo é preparado esteja na faixa de 2 a 4 unidades de pH.
É particularmente preferido que o revestimento interno compre- enda ainda um ácido carboxílico que tenha de 2 a 16 átomos de carbono ou ácidos inorgânicos, seus sais ou misturas do dito ácido e seu sal. Preferi- velmente, o sal é um sal de metal alcalino.
É preferido ainda que o ácido carboxílico seja selecionado do grupo que consiste em ácido sórbico, ácido benzoico, ácido fumárico, ácido adípico, ácido cítrico, ácido succínico, ácido glutárico, ácido málico, ácido tartárico, ácido acético, ácido glicólico, ácido malônico, ácido propanoico, ácido glicérico, ácido transcrotônico, ácido itacônico, ácido mesacônico, áci- do trimetilacético, ácido isocítrico, ácido hexanoico, ácido 4-metilpentanoico, ácido gálico, ácido tereftálico, ácido fenilacético, ácido mandélico, ácido alfa- fenilpropanoico, ácido beta-fenilpropanoico, ácido láurico, ácido caprílico, ácido caprínico, ácido mirístico e misturas dos mesmos, seus sais ou mistu- ras do dito ácido e seu sal. É particularmente preferido que o ácido carboxíli- co seja o ácido adípico ou ácido cítrico. Exemplos de sal dos ácidos carboxí- Iicos incluem o citrato de sódio. A quantidade do ácido carboxílico ou do seu sal, ou de misturas do dito ácido e seu sal, preferivelmente cai dentro da fai- xa entre 5 a 35 por cento do peso, mais preferivelmente na faixa de 7 a 20 por cento do peso baseado no polímero seco do revestimento interno. Os inventores descobriram que a presença de ácidos orgânicos ou inorgânicos, particularmente de ácidos carboxílicos que têm de 2 a 16 átomos de carbono e que têm 1, 2 ou 3 grupos carboxila, mais particularmente do ácido adípico ou do ácido cítrico, mas também de seus sais (por exemplo, citrato de Na) no revestimento interno acelera mais a taxa de liberação do fármaco.
Mais preferivelmente, o material polimérico do revestimento in- terno é um material polimérico aniônico ou um polímero solúvel em água selecionado do grupo que consiste em hidroxipropil celulose, hidroxipropil metilcelulose, enxerto de álcool polivinílico em poli(etilenóxido), polivinilpirro- Iidona (PVP), polietileno glicol (PEG) e/ou álcool polivinílico.
Em uma modalidade preferida da invenção, o material polimérico aniônico compreendido no revestimento interno é selecionado do grupo que consiste em poli(met)acrilatos, ftalato de acetato de celulose, ftalato de ace- tato de polivinila, metilcelulose ftalato de hidroxipropila, metilcelulose succi- nato de acetato de hidroxipropila (HPMC-AS) trimelitato de acetato de celu- lose ou goma Iaca.
Preferivelmente, o material polimérico aniônico compreendido no revestimento interno é um copolímero de (met)acrilato aniônico parcialmente neutralizado consistindo em unidades polimerizadas de radical livre de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo ani- ônico, em que de 1 a 80%, preferivelmente pelo menos de 2 a 70% dos gru- pos aniônicos contidos são neutralizados por um agente alcalino.
É preferível ainda que o material polimérico aniônico compreen- d ido no revestimento externo seja selecionado do grupo que consiste em poli(met)acrilatos, ftalato de acetato de celulose, ftalato de acetato de polivi- nila, metilcelulose ftalato de hidroxipropila, metilcelulose succinato de aceta- to de hidroxipropila (HPMC-AS) trimelitato de acetato de celulose ou goma Iaca.
Em uma modalidade preferida posterior, o material polimérico aniônico compreendido no revestimento externo é um copolímero de (met)acrilato aniônico parcialmente neutralizado consistindo em unidades polimerizadas de radical livre de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4- alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, em que o revestimento externo é menos neutralizado do que o revestimento interno ou não é neutralizado.
Além disso, é preferível que os revestimentos externo e interno compreendam um copolímero de (met)acrilato aniônico parcialmente neutra- lizado consistindo em unidades polimerizadas de radical livre de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, em que o revestimento externo é menos neutralizado do que o revestimento interno ou não seja neutralizado, em que o revestimento interno compreenda ainda ácidos carboxílicos ou ácidos inorgânicos, seus sais ou misturas dos mesmos.
É preferível ainda que cada um dos revestimentos interno e ex- terno contenha de 2 a 10, preferivelmente de 2 a 8, mais preferivelmente de 4 a 6 mg/cm2 de ganho de peso do polímero. Preferivelmente, a relação en- tre o revestimento interno e o revestimento externo é de 10:90 a 90:10, pre- ferivelmente 30:70 a 70:30 do peso de polímero seco. Modalidades adicionais
O objetivo da presente invenção é solucionado por uma forma de dosagem sólido com revestimento entérico, com resistência gástrica compreendendo
um revestimento interno localizado entre um núcleo que contém um ingrediente farmaceuticamente ativo e um revestimento entérico externo; em que o dito revestimento interno compreenda um material po- limérico selecionado do grupo que consiste em um material polimérico aniô- nico ou um polímero neutro solúvel em água;
em que o dito revestimento interno compreenda ainda pelo me- nos um sal inorgânico solúvel em água, com a condição de que carbonatos e bicarbonatos sejam excluídos;
em que o dito revestimento externo compreenda um material polimérico aniônico que é menos neutralizado do que o material do revesti- mento interno ou que não é neutralizado.
No caso da preparação do material polimérico a partir de solu- ções ou dispersões aquosas, o pH da solução ou da dispersão a partir da qual o material polimérico do revestimento interno é preparado tem um pH maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o material po- limérico do revestimento externo é preparado. No caso da preparação do material polimérico a partir de soluções ou dispersões aquosas baseadas em solventes orgânicos, o grau de neutralização da solução ou da dispersão a partir da qual o material polimérico do revestimento interno é preparado é maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o material po- limérico do revestimento externo é preparado.
Como mencionado acima, no caso em que o revestimento inter- no é preparado a partir de uma solução aquosa ou dispersão que contém nelas o respectivo polímero, é obtida essa solução ou dispersão que tem um pH maior do que a solução ou dispersão a partir da qual o material poliméri- co do revestimento externo é obtido. Aqui, à medida que o pH do revesti- mento ou filme é mencionado, ele significa o pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento é obtido. Ainda que não haja pH que possa ser medido no revestimento sólido, a diferença de pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento interno é preparado é significativa.
No caso em que o revestimento interno é preparado em um sol- vente orgânico, também não há pH mensurável. Nesse caso, o polímero a- niônico para o revestimento interno é obtido a partir de uma solução (orgâni- ca) ou dispersão, em que o grau de neutralização dos grupos aniônicos é maior comparado com a solução ou dispersão a partir da qual o revestimen- to externo é feito.
É preferido no caso do material polimérico aniônico que a dife- rença na neutralização entre o revestimento interno e o revestimento externo seja de pelo menos 5 pontos percentuais, preferivelmente pelo menos 10 pontos percentuais e o mais preferivelmente de pelo menos 20 pontos per- centuais.
É preferível ainda que o grau de neutralização dos grupos aniô- nicos do revestimento externa seja no máximo de 10 por cento, preferivel- mente no máximo de 6 por cento, mais preferivelmente no máximo 4 por cento, até mais preferivelmente de no máximo 2 por cento e o mais preferi- velmente 0.
Mais preferivelmente, no caso das soluções ou dispersões a- quosas o valor do pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimen- to interno é preparado é de pelo menos 0,5 unidade de pH, mais preferivel- mente pelo menos 1.0 unidade de pH, mais preferivelmente ainda pelo me- nos 1,5 unidade de pH, até mais preferivelmente ainda pelo menos 2.0 uni- dades de pH, até mais preferivelmente ainda pelo menos 2,5 unidades de pH, até mais preferivelmente ainda pelo menos 3,0 unidades de pH, o mais preferivelmente ainda pelo menos 4,0 unidades de pH maior do que o valor do pH da solução ou dispersão a partir da qual o revestimento externo é preparado.
Preferivelmente, no caso das soluções ou dispersões aquosas, a diferença do valor do pH entre a solução ou dispersão a partir da qual o re- vestimento interno é preparado e a solução ou dispersão a partir da qual o revestimento externo é preparado está na faixa de 2 a 4 unidades de pH.
Preferivelmente, o polímero neutro solúvel em água é seleciona- do do grupo que consiste em hidroxipropil celulose, hidroxipropil metilcelulo- se, enxerto de álcool polivinílico em poli(etilenóxido), polivinilpirrolidona (PVP), polietileno glicol (PEG) e/ou álcool polivinílico. Preferivelmente, o ma- terial polimérico aniônico é selecionado do grupo que consiste em po- li(met)acrilatos, ftalato de acetato de celulose, ftalato de acetato de polivinila, metilcelulose ftalato de hidroxipropila, metilcelulose succinato de acetato de hidroxipropila (HPMC-AS) trimelitato de acetato de celulose ou goma laca.
É particularmente preferido que o sal inorgânico seja seleciona- do a partir de um sal de metal alcalino, um sal de metal alcalino-terroso, um sal de amônia ou sais de metais solúveis. Como metais para os sais solúveis podem ser mencionados o manganês, ferro, cobre, zinco ou molibdênio. Pre- ferivelmente, o sal inorgânico é selecionado entre cloreto, fluoreto, brometo, iodeto, fosfato, nitrato, nitrito, sulfato, borato, por exemplo, NaCI1 KCI, NH4CI, Nal, Kl, NaF, KF.
Em uma modalidade adicional preferida, o material polimérico
aniônico compreendido no revestimento interno é um copolímero de (met)acrilato aniônico parcialmente neutralizado consistindo em unidades polimerizadas de radical livre de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4- alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, em que de 1 a 80%, preferivel- mente pelo menos de 2 a 70% dos grupos aniônicos contidos são neutrali- zados por um agente alcalino.
Preferivelmente, o material polimérico aniônico compreendido no revestimento externo é um copolímero de (met)acrilato aniônico consistindo em unidades polimerizadas de radical livre de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monôme- ros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, em que o revestimento externo é menos neutralizado do que o revestimento externo ou não é neutralizado.
Preferivelmente, os revestimentos interno e externo compreen- dem um copolímero de (met)acrilato aniônico consistindo em unidades poli- merizadas de radical livre de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4- alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, em que o revestimento externo é menos neutralizado do que o revestimento interno ou não é neutralizado. É preferível ainda que cada um dos revestimentos interno e ex-
terno contenha de 2 a 10, preferivelmente de 2 a 8, mais preferivelmente de 4 a 6 mg/cm2 de ganho de peso do polímero. Preferivelmente, a relação en- tre o revestimento interno e o externo é de 10:90 a 90:10, preferivelmente de 30:70 a 70:30 do peso de polímero seco. Modo de execução da invenção
Polímeros aniônicos adequados para os revestimentos interno e externo são, por exemplo, os copolímeros de (met)acrilato aniônico. Copolí- meros de (met)acrilato aniônico do tipo, por exemplo, de EUDRAGIT® L, EUDRAGIT® L 100-55, EUDRAGIT® S ou EUDRAGIT® FS, são conhecidos como revestimentos que são solúveis no suco intestinal para formas farma- cêuticas. Dependendo da composição do monômero, mas dependendo es- pecialmente do conteúdo de grupos aniônicos, os copolímeros de (met)acrilato aniônico são caracterizados pelos valores específicos de pH para a dissolução no suco intestinal ou no suco intestinal simulado. Depen- dendo do tipo de polímero, os valores de pH para dissolução ou os valores de pH para o início específico da dissolução, estão na faixa de, por exemplo, pH 5,5 a 7,5. No pH específico para a dissolução do respectivo copolímero de (met)acrilato aniônico e acima dele, as formas farmacêuticas revestidas liberam o ingrediente ativo contido. Os valores específicos do pH para a dis- solução caracterizam assim o início da liberação do ingrediente ativo.
É conhecido o emprego de copolímeros de (met)acrilato aniônico em formas parcialmente neutralizadas como uma camada única a fim de melhorar a estabilidade de agentes ativos ácido-lábeis. Uma solubilidade melhorada do polímero em água e a estabilização das dispersões de políme- ro são atingidas com isso. As bases que podem ser usadas para a neutrali- zação parcial são substâncias normalmente tais como NaOH, KOH, hidróxi- do de amônia ou bases orgânicas tal como, por exemplo, trietanolamina.
A comparação de filmes de copolímeros de (met)acrilato aniôni- co que foram parcialmente neutralizados, por exemplo, por meio de NaOH, e aqueles que não foram parcialmente neutralizados, revela que os filmes par- cialmente neutralizados dissolvem mais rapidamente em um sistema tampão em seus pH específicos para dissolução do que os filmes não-neutralizados. Entretanto, uma neutralização necessária para elevar o pH aboliu a necessá- ria resistência ao suco gástrico da composição farmacêutica. Copolímero de (met)acrilato aniônico
Em uma modalidade preferida, os copolímeros de (met)acrilato aniônico são usados para ambos os revestimentos externo e interno. Se os copolímeros de (met)acrilato aniônico forem usados no revestimento interno, eles serão parcialmente neutralizados. O copolímero de (met)acrilato aniôni- co compreende de 25 a 95, preferivelmente de 40 a 95, em particular de 60 a 40% em peso de radical livre polimerizado de ésteres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 75 a 5, preferivelmente de 60 a 5, em parti- cular de 40 a 60% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um gru- po aniônico.
As proporções mencionadas normalmente somam 100% em pe- so. Entretanto é possível além disso, sem que isso leve a um prejuízo ou à alteração das propriedades essenciais, que pequenas quantidades na faixa de 0 a 10, por exemplo de 1 a 5 % em peso, de monômeros capazes de co- polimerização vinílica, tais como, por exemplo, (met)acrilato de hidroxietila ou acrilato de hidroxietila estejam presentes. É preferível que monômeros capazes de polimerização vinílica adicionais não estejam presentes.
Os ésteres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou metacrílico são em particular o (met)acrilato de metila, (met)acrilato de etila, (met)acrilato de butila, acrilato de metila, acrilato de etila e acrilato de butila.
Um monômero de (met)acrilato que tem um grupo aniônico, por exemplo, é o ácido acrílico, com preferência pelo ácido metacrílico.
Copolímeros de (met)acrilato aniônico adequados são aqueles compostos de 40 a 60% em peso por ácido metacrílico e 60 a 40% em peso por (met)acrilato de metila ou 60 a 40% de peso por acrilato de etila (tipo EUDRAGIT® L ou EUDRAGIT® L 100-55).
EUDRAGIT® L é um copolímero com 50% em peso de (met)acrilato de metila e 50% em peso de ácido metacrílico. O pH do início da liberação do ingrediente ativo específico no suco intestinal ou no suco intestinal simulado pode ser determinado ser pH 6,0.
EUDRAGIT® L 100-55 é um copolímero com 50% em peso de acrilato de etila e 50% em peso de ácido metacrílico. EUDRAGIT® L 30 D-55 é uma dispersão que compreende 30% em peso de EUDRAGIT® L 100-55. O pH do início da liberação do ingrediente ativo específico no suco intestinal ou no suco intestinal simulado pode ser determinado ser pH 5,5.
Igualmente adequados são os copolímeros de (met)acrilato ani- ônico compostos por de 20 a 40% em peso de ácido metacrílico e de 80 a 60% em peso por (met)acrilato de metila (tipo EUDRAGIT® S). O pH do iní- cio da liberação do ingrediente ativo específico no suco intestinal ou no suco intestinal simulado pode ser determinado ser pH 7,0.
Copolímeros de (met)acrilato aniônico adequados são aqueles que consistem em de 10 a 30% em peso de (met)acrilato de metila, de 50 a 70% em peso de acrilato de metila e de 5 a 15% em peso de ácido metacríli- co (tipo EUDRAGIT® FS). O pH do início da liberação do ingrediente ativo específico no suco intestinal ou no suco intestinal simulado pode ser deter- minado ser pH 7,0.
EUDRAGIT® FS é um copolímero de 25% em peso de (met)acrilato de metila, 65% em peso de acrilato de metila e 10% em peso de ácido metacrílico. EUDRAGIT® FS 30D é uma dispersão que compreende 30% em peso de EUDRAGIT® FS.
Adicionalmente adequado é um copolímero composto de a 34% em peso de ácido metacrílico e/ou ácido acrílico, a 69% em peso de acrilato de metila e 0 a 40% em peso de acrilato de etila e/ou onde apropriado, 0 a 10% em peso de monômeros adicionais capazes de copoli- merização vinílica,
com a ressalva de que a temperatura de transição vítrea do co- polímero de acordo com ISO 11357-2, subseção 3.3.3, não seja mais do que 60°C. Esse copolímero de (met)acrilato é particularmente adequado, por causa do bom alongamento da propriedade de ruptura, para a compressão de péletes para comprimidos.
Adicionalmente adequado é um copolímero composto de a 33% em peso de ácido metacrílico e/ou ácido acrílico, a 30% em peso de acrilato de metila e a 40% em peso de acrilato de etila e/ou onde apropriado, 0 a 10% em peso de monômeros adicionais capazes de copoli- merização vinílica,
onde as proporções dos monômeros somam 100% em peso, com a ressalva de que a temperatura de transição vítrea do co- polímero de acordo com ISO 11357-2, subseção 3.3.3 (temperatura do ponto médio Tmg), seja de 55 a 70°C. Copolímeros desse tipo são particularmente adequados por causa de suas boas propriedades mecânicas para a com- pressão de péletes para comprimidos.
O copolímero acima mencionado é composto, em particular, por unidades polimerizadas de radical livre de
a 33, preferivelmente 25 a 32, particularmente preferível de 28 a 31% em peso por ácido metacrílico ou ácido acrílico, com a preferência pelo ácido metacrílico.
a 30, preferivelmente de 10 a 28, particularmente preferível de a 25% em peso por acrilato de metila,
a 40, preferivelmente 25 de a 35, particularmente preferível de 18 a 22% em peso por acrilato de etila e
mais do que 10 a 30, preferivelmente de 15 a 25, particularmen- te preferível de 18 a 22% em peso por (met)acrilato de butila,
onde a composição do monômero é escolhida tal que a tempera- tura de transição vítrea do copolímero está entre 55 a 70°C, preferivelmente 59 a 66°C, particularmente preferível 60 a 65°C.
Temperatura de transição vítrea, nesse contexto em particular, significa a temperatura do ponto médio Tmg de acordo com ISO 11357-2, subseção 3.3.3. A medida é feita sem a adição de plastificante, com conteú- do residual de monômero (REMO) menor do que 100 ppm, com uma taxa de aquecimento de 10°C/min e sob uma atmosfera de nitrogênio.
Preferivelmente, copolímero consiste em, essencialmente a ex- clusivamente, 90, 95 ou 99 a 100% em peso dos monômeros de ácido meta- crílico, acrilato de metila, acrilato de etila e (met)acrilato de butila nas faixas de quantidades indicadas acima. Entretanto, é possível, sem que isso leve necessariamente a um prejuízo das propriedades essenciais, que pequenas quantidades na faixa de 0 a 10, por exemplo, de 1 a 5% em peso, de monômeros adicionais ca- pazes de copolimerização vinílica estejam adicionalmente presentes, tais como, por exemplo, (met)acrilato de metila, acrilato de butila, (met)acrilato de hidroxietila, vinilpirrolidona, ácido vinilmalônico, estireno, álcool vinílico, acetato de vinila e/ou derivados dos mesmos. Preparação dos copolímeros de (met)acrilato aniônico
Os copolímeros de (met)acrilato aniônico podem ser preparados de uma maneira conhecida per se pela polimerização de radical livre dos monômeros (vide, por exemplo, EP 0.704.207 A2 e EP 0.704.208 A2). O copolímero de acordo com a invenção pode ser preparado de uma maneira conhecida per se pela polimerização de uma emulsão de radical livre em fase aquosa na presença de, preferivelmente, emulsificadores aniônicos, por exemplo, pelo processo descrito em DE-C 2.135.073.
O copolímero pode ser preparado por processos convencionais de polimerização de radical livre continuamente ou descontinuamente (pro- cessos em lotes) na presença de iniciadores que formem radical livre e, on- de apropriado, reguladores para ajustar o peso molecular não-diluído, em solução, por polimerização em esfera ou em emulsão. O peso molecular médio Mw (peso médio determinado, por exemplo, pela medição da viscosi- dade da solução) pode estar na faixa entre 80.000 a 1.000.000 (g/mol). A polimerização por emulsão em fase aquosa na presença de iniciadores solúveis em água e emulsificadores (preferivelmente aniônicos) é preferida. No caso de polimerização em massa, o copolímero pode ser ob-
tido em forma sólida por trituração, extrusão, granulação ou corte à quente.
Os copolímeros de (met)acrilato são obtidos de uma maneira conhecida por polimerização em massa, solução, esfera ou emulsão de radi- cal livre. Antes do processamento, eles devem ser trazidos para a média de tamanho de partícula da invenção por processos de trituração, secagem ou pulverização. Isso pode ocorrer pela simples trituração de péletes extrusa- dos e resfriados ou corte a quente. O uso de pós pode ser vantajoso especialmente sobre uma mis- tura com outros pós ou líquidos. Equipamentos adequados para a produção de pós são familiares para a pessoa versada na técnica, por exemplo, moi- nhos a jato de ar, moinhos de disco fixo, moinhos compartimentados. É possível, onde apropriado, incluir etapas de peneiração apropriadas. Um moinho adequado para grandes quantidades industriais é, por exemplo, um moinho de jato oposto (Multi N0 4200) operado com uma pressão manomé- trica de cerca de 600 kPa (6 bar). Neutralização parcial
As bases adequadas para os propósitos da invenção são aque- las expressamente mencionadas na EP 0.088.951 A2 ou WO 2004/096185 ou seus derivados. Estão excluídas as seguintes em particular: solução de hidróxido de sódio, solução de hidróxido de potássio (KOH), hidróxido de amônia ou bases orgânicas tais como, por exemplo, trietanolamina, carbona- to de sódio, carbonato de potássio, bicarbonato de sódio, fosfato trissódico, citrato trissódico ou amônia ou aminas fisiologicamente toleradas tais como trietanolamina ou tris(hidroximetil)aminometano.
Bases orgânicas catiônicas adequadas são os aminoácidos de histidina, arginina e/ou lisina. Ajuste do grau de neutralização parcial pelas misturas
As misturas também resultam em vantagens técnicas no ajuste do grau de neutralização parcial. Em uma modalidade preferida da invenção, o revestimento interno é feito com o uso de misturas de copolímeros de (met)acrilato aniônico que diferem no grau de neutralização parcial, consis- tindo em unidades de radical livre polimerizadas com de 25 a 95% em peso de ésteres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou metacrílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, em que de 1 a 80% dos grupos aniônicos contidos, como a média calculada pa- ra a mistura, são neutralizados por uma base. É possível, por exemplo, mis- turar um copolímero de (met)acrilato aniônico que não está parcialmente neutralizado e consiste em unidades de radical livre polimerizadas com de a 95% em peso de ésteres de Ci a C4-alquila de ácido acrílico ou meta- crílico e de 5 a 75% em peso de monômeros de (met)acrilato que têm um grupo aniônico, com um grupo parcialmente neutralizado de copolímero de (met)acrilato da mesma composição de monômeros dentro das faixas de quantidades determinadas, tal que de 1 a 80% dos grupos aniônicos conti- dos, como a média calculada para a mistura, são neutralizados. A mistura pode ser preparada, por exemplo, pela agitação de um pó que foi obtido de uma dispersão de copolímero de (met)acrilato aniônico parcialmente neutra- lizado, por exemplo, por pulverização ou liofilização, em uma dispersão de copolímero de (met)acrilato aniônico que não foi parcialmente neutralizado. Misturas
O copolímero de (met)acrilato aniônico que foi parcialmente neu- tralizado de acordo com a invenção também é adequado para a misturação com copolímeros utilizados farmaceuticamente, a fim de modificar suas pro- priedades. Isso aumenta o escopo para a configuração por uma pessoa ver- sada na técnica quando ajustando perfis de liberação especialmente modifi- cados. Consequentemente, a invenção refere-se a um copolímero de (met)acrilato parcialmente neutralizado, caracterizado em que ele está pre- sente em uma mistura com copolímeros de (met)acrilato de metila e/ou (met)acrilato de etila e quando apropriado menos do que 5% em peso de ácido metacrílico, copolímeros de (met)acrilato de metila e (met)acrilato de dimetila, copolímeros de (met)acrilato de metila, acrilato de etila e (met)acrilato de trimetilamoniometila, copolímeros de (met)acrilato de metila e acrilato de etila, polivinilpirrolidonas (PVP), alcoóis polivinílicos, copolíme- ros enxertados de álcool polivinílico-polietileno glicol (Kollicoat®), amido e derivados dos mesmos, ftalato de acetato de polivinila (PVAP, Coateric®), acetato de polivinila (PVAc, Kollicoat), copolímero de acetato de vinil- vinilpirrolidona (Kollidon® VA64), copolímero 9:1 de acetato de vinila:ácido crotônico (VAC:CRA, Kollicoat® VAC), polietileno glicóis que têm um peso molecular acima de 1000 (g/mol), quitosana, ácido poliacrílico reticulado e/ou não reticulado, alginato de Na e/ou pectina. Dispersões
O copolímero de (met)acrilato não-neutralizado ou parcialmente neutralizado pode estar, por exemplo, na forma de uma dispersão aquosa com um conteúdo de sólidos entre 10 a 50 por cento.
O copolímero de (met)acrilato não-neutralizado ou parcialmente neutralizado pode estar na forma de um pó redispersível que foi obtido de uma dispersão, por exemplo, por pulverização. Dispersões/neutralização parcial
A emulsão de polímero é produzida e usada, preferivelmente, na forma de uma dispersão aquosa de 10 a 50 por cento do peso, em particular de 20 a 40%. Um conteúdo de sólidos de 30% em peso é preferido como forma comercial. A neutralização parcial de unidades de ácido metacrílico pode ser dispensada com o processamento; entretanto, é possível um adi- cional de até 5 ou 10% em mol se a estabilização ou o espessamento da dispersão de agente de revestimento forem desejáveis. O peso-tamanho médio (raio) das partículas de látex é normalmente de 40 a 100 nm, preferi- velmente 50 a 70 nm, assegurando assim uma viscosidade inferior a 1000 mPa s que é favorável para as técnicas de processamento. O tamanho da partícula pode ser determinado por difração a laser, por exemplo, usando o Mastersizer 2000 (da Malvern).
Com maiores graus de neutralização, por exemplo, de 10 a 50% em mol, ou a neutralização completa é possível converter o copolímero em um estado dissolvido.
A fim de preparar uma solução do copolímero aniônico, é nor- malmente necessário que os grupos ácidos sejam parcialmente ou comple- tamente neutralizados. O copolímero aniônico, por exemplo, pode ser agita- do gradualmente em uma concentração final entre 1 a 40% em peso em água e, durante essa, ser parcialmente ou completamente neutralizado pela adição de uma substância básica de acordo com a invenção tal como, por exemplo, NaOH. Também é possível empregar um pó do copolímero, ao qual uma base já foi adicionada durante a sua preparação com o propósito de neutralização (parcial), tal que o pó já é um polímero neutralizado (parci- almente). O pH da solução é normalmente acima de 4, por exemplo, na faixa de 4 a cerca de 8. Também é possível, nesse contexto para lotes de disper- sões completamente ou parcialmente neutralizadas, serem misturadas com
ι
dispersões não-neutralizadas e processadas posteriormente da maneira descrita, isto é, usar a mistura para revestimentos ou inicialmente Iiofilizar ou pulverizar para obter um pó.
A dispersão, por exemplo, pode ser pulverizada ou Iiofilizada de
uma maneira conhecida per se e ser fornecida na forma de um pó redisper- sível (vide, por exemplo, EP-A 0.262.326). Processos alternativos são Iiofili- zar ou coagular e remover a água em um extrusor com granulação subse- quente (vide, por exemplo, EP-A 0.683.028). Dispersões de copolímero de pós pulverizados ou Iiofilizados e
redispersos podem, exibir uma estabilidade de cisalhamento aumentada. Isso é vantajoso em particular para aplicação em spray. Essa vantagem é acentuadamente evidente, em particular, quando o copolímero presente na dispersão está parcialmente neutralizado em uma extensão de 2 a 10, prefe- rivelmente de 5 a 7% em mol (baseado no grupo ácido presente no copolí- mero). Um emulsificador aniônico está presente, preferivelmente, em uma quantidade de 0,1 a 2% em peso. O Iauril sulfato de sódio é particularmente preferido como emulsificador.
Uso de copolímeros de (met)acrilato parcialmente neutralizados O copolímero de (met)acrilato parcialmente neutralizado pode
ser usado como agente de revestimento para o revestimento interno de uma forma farmacêutica que, no teste de liberação da USP 28 após duas horas em pH 1,2 e uma alteração subsequente no tampão para o pH do início da liberação do ingrediente ativo, libere 90%, preferivelmente 95 ou 100% do ingrediente ativo contido em não mais do que 80%, preferivel- mente não mais do que 75%, preferivelmente não mais do que 50%, em particular não mais do que 25% do tempo que transcorre para tal com um farmacêutico comparável que tem um revestimento entérico externo mas sem o revestimento interno de copolímero de (met)acrilato parcialmente neutralizado.
Se uma forma farmacêutica em desacordo com a invenção libe- ra, no teste de liberação da USP 28 após duas horas em pH 1,2 e com uma alteração subsequente no tampão para o pH do início da liberação do ingre- diente ativo, por exemplo ph 5,6,10% ou menos do ingrediente ativo em, por exemplo, mais 250 minutos, uma forma farmacêutica comparável de acordo com a invenção requer não mais do que, por exemplo, 55 minutos (22% do tempo), não mais do que por exemplo 35 minutos (14% do tempo) ou não mais do que, por exemplo, 15 minutos (6% do tempo) para tal.
Se uma forma farmacêutica em desacordo com a invenção libe- ra, no teste de liberação da USP 28 após duas horas em pH 1,2 e com uma alteração subsequente no tampão para o pH do início da liberação do ingre- diente ativo, por exemplo ph 5,6, 10% ou menos do ingrediente ativo em, por exemplo, mais 250 minutos, uma forma farmacêutica comparável de acordo com a invenção requer não mais do que, por exemplo, 80 minutos (32% do tempo), não mais do que por exemplo 50 minutos (20% do tempo) ou não mais do que, por exemplo, 30 minutos (12% do tempo) para liberar pelo me- nos 30% do ingrediente ativo.
O teste de liberação da USP 28, em particular pelo método da pá (=aparelho 2) da USP 28 <711>, é suficientemente bem conhecido pela pessoa versada na técnica.
O procedimento típico do teste é como se segue:
1. Os recipientes do aparelho de liberação são carregados, cada um, com 900 ml de HCI a 0,1 M (pH 1,2) e a temperatura do banho-maria é ajustada para 37 ± 0,5°C.
2. A pá agitadora é ligada com uma taxa de rotação de 50 rpm.
3. 1 comprimido ou uma certa quantidade de péletes contendo uma quantidade comparável do ingrediente ativo como 1 comprimido é colo- cado em cada recipiente do aparelho. Deve-se tomar cuidado para não ha- ver bolhas de ar sobre o pélete ou a superfície do comprimido.
4. Após 120 minutos, os comprimidos ou péletes são removidos do ácido e colocados em uma solução de 900 ml de tampão de fosfato com valores de pH de 5,5, 5,6, 5,8, 6,0 ou 7,0.
5. Determinação do percentual de ingrediente ativo liberado co- mo uma função do tempo, dependendo do ingrediente ativo, por exemplo, por fotometria a 271 nm no caso de teofilina, ou 247 nm no caso de predni- solona, no método circulante. Forma Farmacêutica
Uma modalidade preferida da invenção é uma forma farmacêutica compreendendo um núcleo contendo um ingrediente ativo far- macêutico e compreendendo um revestimento de polímero interno de um copolímero de met(acrilato) parcialmente neutralizado e um revestimento externo de copolímero de (met)acrilato que não é neutralizado ou é menos neutralizado.
A forma farmacêutica pode compreender preferivelmente um revestimento de polímero com NaOH como agente neutralizante em combi- nação com O a 70% em peso de um plastificante. A forma farmacêutica pode ainda compreender adicionalmente um revestimento de polímero com um ácido orgânico tal como ácido cítrico (preferivelmente de 10 a 30% em peso) e NaOH como agente neutralizante em combinação com 5 a 25% em peso de um plastificante ou uma mistura de citrato de Na e ácido cítrico (preferi- velmente de 10 a 30% em peso) em combinação com 5 a 25% em peso de um plastificante.
A forma farmacêutica correspondente pode estar por exemplo na forma de uma forma farmacêutica multiparticulada, comprimidos contendo péletes, minicomprimidos, cápsulas, sachês, comprimidos efervescentes ou pós reconstituíveis.
Processo para produzir uma forma farmacêutica
A invenção refere-se ainda a um processo para produzir a forma farmacêutica de acordo com a invenção de uma forma conhecida per se pe- los processos farmacêuticos usuais tais como compressão direta, compres- são de grânulos secos, úmidos ou sinterizados, extrusão e subsequente ar- redondamento, granulação seca ou úmida ou peletagem direta ou por agluti- nação de pós (colocação de pós em camadas) sobre esferas sem ingredien- tes ativos ou núcleos neutros ("desiguais") ou partículas contendo ingredien- tes ativos e pela aplicação do revestimento de polímero em um processo de pulverização ou por granulação em leito fluidizado. Produção de formas farmacêuticas multiparticuladas
A invenção é adequada, em particular, para produzir formas far- macêuticas multiparticuladas, pelo fato de que o copolímero de acordo com a invenção suporta as altas pressões na compressão dos péletes com a carga.
A produção de formas farmacêuticas multiparticuladas por com- pressão de um aglutinante farmaceuticamente usual com partículas conten- do ingrediente ativo é descrita em detalhe, por exemplo, em Beckert et al. (1996), "Compression of enteric-coated pellets to disintegrating tablets", In- ternational Journal of Pharmaceutics 143, pp. 13-23, e no WO 96/01624.
Péletes contendo ingredientes ativos podem ser produzidos pela aplicação do ingrediente ativo por meio de um processo superposição. Para este propósito, o ingrediente ativo é homogeneizado junto com excipientes adicionais (agente de liberação, onde apropriado, plastificante) e dissolvido ou suspenso em um aglutinante. O líquido pode ser aplicado por meio de um processo de leito fluidizado a péletes de placebo ou outros materiais trans- portadores adequados, com evaporação do solvente ou agente de suspen- são (literatura: International Journal of Pharmaeeuties 143, pp. 13-23). O processo de produção pode ser seguido por uma etapa de secagem. O in- grediente ativo pode ser aplicado em uma variedade de camadas.
Alguns ingredientes ativos, por exemplo, ácido acetilsalicílico, estão disponíveis comercialmente na forma de cristais de ingrediente ativo e podem ser empregados nesta forma ao invés de péletes contendo ingredien- te ativo.
Revestimentos de filme sobre péletes contendo ingredientes ati- vos são normalmente aplicados em aparelhos de leito fluidizado. Exemplos de formulação são mencionados neste pedido. Formadores de filme são normalmente misturados com plastificantes e agentes de liberação por um processo adequado. Neste caso é possível que os formadores de filme este- jam na forma de uma solução ou suspensão. Os excipientes para a forma- ção de filme podem ser dissolvidos ou suspensos de forma similar. Ainda é possível usar estabilizadores para estabilizar a dispersão (por exemplo: Tween 80 ou outros emulsificantes ou estabilizadores adequados). Exemplos de agentes de liberação são monoestearato de glicerol ou outros derivados de ácido graxo adequados, derivados de sílica ou talco. Exemplos de plastificantes são propileno glicol, ftalatos, polietieleno glicóis, sebacatos ou citratos, e outras substâncias mencionadas na literatura.
De acordo com a invenção, entre um núcleo contendo ingredien- te ativo e a camada de copolímero solúvel no intestino, está localizado um revestimento interno, que pode consistir em formadores de filme inertes (por exemplo, HPMC, HPC ou copolímeros de ácido (met)acrílico) ou, por exem- plo, talco, ou outras substâncias farmacêuticas adequadas. Também é pos- sível usar combinações de formadores de filme e talco ou substâncias simi- lares.
Misturas para produzir comprimidos a partir de partículas reves- tidas são preparadas por misturar os péletes com aglutinantes adequados para compressão, se necessário adicionar substâncias promotoras de desin- tegração e se necessário adicionar lubrificantes. A mistura pode ocorrer em máquinas adequadas. Misturadores inadequados são aqueles que levam a dano nas partículas revestidas, por exemplo, misturadores de relha. Uma seqüência específica de adição de excipientes às partículas revestidas pode ser necessária para se obter tempos curtos de desintegração. É possível com a pré-mistura das partículas revestidas com o lubrificante ou o agente desmoldante estearato de magnésio para sua superfície ser tornada hidrofó- bica e assim a adesão ser evitada.
Misturas adequadas para encapsulação normalmente compre- endem de 3 a 15% em peso de um auxiliar de desintegração, por exemplo, Kollidon CL e, por exemplo, de 0,1 a 1% em peso de um lubrificante e um agente desmoldante tal como estearato de magnésio. O conteúdo do agluti- nante é determinado pela proporção requerida de partículas revestidas.
Exemplos de aglutinantes típicos são Cellactose®, celulose mi- crocristalina, fosfatos de cálcio, Ludipress®, Iactose ou outros açúcares ade- quados, sulfatos de cálcio ou derivados de amido. Substâncias de baixa densidade aparente são preferidas.
Auxiliares de desintegração típicos (desintegrantes) são amido reticulado ou derivados de celulose e polivinilpirrolidona reticulada. Os deriva- dos de celulose são igualmente adequados. O uso de auxiliares de desinte- gração pode ser dispensado através da seleção de um aglutinante adequado.
Lubrificantes e agentes desmoldantes típicos são os estearatos de magnésio ou outros sais adequados de ácidos graxos ou as substâncias mencionadas na literatura para esse propósito (por exemplo, ácido láurico, estearato de cálcio, talco, etc.). O uso de um lubrificante e um desmoldante na mistura pode ser dispensado com o uso de equipamentos adequados (por exemplo, prensa de comprimido com lubrificação externa) ou com for- mulações adequadas.
Um auxiliar para melhorar a fluidez pode ser adicionado à mistu- ra onde apropriado (por exemplo, derivados de sílica coloidal, talco, etc.).
A prensagem do comprimido pode ocorrer em prensas para com- primido convencionais, prensas para comprimido excêntricas ou rotatórias, com forças compressivas na faixa de 5 a 40 kN, preferivelmente de 10 a 20 kN. As prensas para comprimidos podem estar equipadas com sistemas para lubrifica- ção externa. Sistemas especiais para adição de corante que evitam a adição de corante por meio de pás impulsoras são empregados onde apropriado. Processos adicionais para a produção da forma farmacêutica de acordo com a invenção
O processo de aplicação ocorre pela aplicação de um spray de solução orgânica ou preferivelmente de dispersões aquosas por fusão ou aplicação direta do pó. O fator crucial para a aplicação, nesse caso, é que os revestimentos resultem uniformes, sem poros.Para os processos de aplica- ção da técnica anterior vide, por exemplo, Bauer, Lehmann, Osterwald, Ro- thgang, "Überzogene Arzneiformen" Wissenschaftliche Verlagsgesellschaft mbH, Stuttgart, Chapter 7, pp. 165-196.
As propriedades relevantes, os testes necessários e as especifi- cações para a aplicação estão listados nas farmacopeias.
Detalhes podem ser encontrados nos livros de texto habituais, por exemplo:
- Voigt, R. (1984): Lehrbuch der pharmazeutischen Technologie; Verlag Chemie Weinheim - Beerfield Beach/Florida - Basle.
ι
- Sucker1 H., Fuchs, P., Speiser, P.: Pharmazeutische Technolo- gie, Georg Thieme Verlag Stuttgart (1991), especially Chapters 15 and 16, pp. 626-642.
-Gennaro, A.R. (editor), Remington's Pharmaceutical Sciences,
Maek Publishing Co., Easton Pennsylvania (1985), Chapter 88, pp. 1567-1573.
-List, P.H. (1982): Arzneiformenlehre, Wissenschaftliche Ver- Iagsgesellschaft mbH, Stuttgart.
A presente invenção será explicada ainda em mais detalhes pe- Ios seguintes exemplos, que são considerados não limitar o escopo da in- venção de forma alguma. Exemplos
1. Considerações gerais
A fim de encontrar uma solução para o objetivo da presente in- venção, os inventores descobriram, por exemplo, que uma dispersão de Eu- dragit®L30D-55 contendo 10 por cento em peso de ácido adípico, que foi neutralizado para ph 5,6, poderia se alterar para uma solução clara e o filme assim fundido dissolveria muito rápido em tampão de fosfato pH 5,8. O respectivo filme se expandiu e tornou-se claro dentro de 5 min. Entretanto, o ácido adípico neutralizado pode ser removido do filme com HCI a 0,1 Μ, o que torna o desempenho do filme no tampão de fosfato subsequente sem diferença como o filme de controle.
A experimentação posterior resultou na presente invenção. De acordo com a presente invenção, durante a aplicação de um revestimento normal de Eudragit®L30D-55 sobre o revestimento contendo ácido adípico neutralizado de formas de dosagem sólida, o revestimento externo de Eu- dragit® protege o revestimento interno que contém ácido adípico em HCI a 0,1M. Durante o tratamento subsequente dos respectivos péletes ou com- primidos em tampão de fosfato que tem, por exemplo, um pH de 5,6, a solu- ção tampão se difundiu através do revestimento externo e contatou o reves- timento interno. Como resultado, o revestimento interno contendo o ácido adípico pode dissolver muito rápido e presumivelmente pode se difundir para o revestimento externo, auxiliando portanto na ruptura do revestimento ex- terno assim como na liberação do fármaco. 2. Materiais
Prednisolona foi adquirida de Aventis Pharma., Antony, France. Péletes de teofilina (de 1,00 a 1,25 mm) foram adquiridos de Klinge Pharm. Lactose (Pharmatose, 110 μιτι) foi adquirida de Ellis & Everard, Essex, UK. Carboximetilcelulose de sódio (Ac-di-sol) foi doada por FMC International, Cork, Eire. Polivinilpirrolidona (PVP) foi adquirida de VWR International Ltd, Poole, UK. Eudragit®L30D-55 (Rohm GmbH & Co. KG, Darmstadt, Ger- many). HPMC E5 (hidroxipropil metilcelulose) foi doado por Colorcon Inc., Dartford, UK. HP-55 (metilcelulose ftalato de hidroxipropila) foi adquirido de Shin-Etsu Chemical Co., Ltd, Tokyo, Japan. Citrato de trietila (TEC) foi ad- quirido de Lancaster Synthesis, Lancashire, UK. Todos os outros reagentes foram adquiridos de Sigma, St. Louis, MO, USA. 3. Preparação de comprimidos e péletes de prednisolona
Como forma de dosagem sólida, comprimidos contendo a subs- tância ativa Prednisolona foram usados nos testes. Os comprimidos redondos (que representam o núcleo da forma de dosagem sólida) com um diâmetro de 8 mm foram preparados por granulação úmida. Cada comprimido contém 5% em peso de prednisolona (10 mg), 88,5% em peso de lactose, 5% em peso de PVP, 0,5% de Ac-di-sol e 1% em peso de estearato de magnésio. Os compri- midos obtidos foram ainda revestidos pelas respectivas camadas.
Péletes de prednisolona (de 0,71 a 1,0 mm) foram preparados pela extrusão e esferonização. Cada pélete contém 35% em peso de predni- solona, 40% em peso de lactose e 25% em peso de Avicel PH101. 4. Revestimento de comprimidos e péletes de prednisolona
Os comprimidos e péletes de prednisolona foram revestidos em leito fluidizado (Strea-1, Aeromatic). 4.1 Formulações de revestimento Eudragit®L30D-55 com revestimento interno de ácido orgânico
Ácido adípico e cítrico, respectivamente, (de 5 a 30%, com base no peso do polímero), citrato de trietila de 5% (TEC) com base no peso do polímero foram dissolvidos em água e adicionados em dispersões de Eudra- git®L30D-55. As dispersões acima foram então neutralizadas para ph de 5,6, 5,8 ou 6,0 pelo uso de NaOH 1M e as dispersões tornaram-se soluções cla- ras. Talco a 50% com base no peso do polímero foi homogeneizado em á- gua e adicionado à solução acima. O conteúdo total de sólidos da dispersão de revestimento era de 10%. Foram aplicados 5 mg/cm2 de polímero. Eudragit® L 100 com revestimento interno de ácido orgânico
10% de ácido cítrico e 50% de TEC (ambos com base no peso do polímero) foram dissolvidos em água. Eudragit® L 100 foi disperso na so- lução acima e neutralizado até uma solução clara com pH 6,2 ou 6,8. 50% de talco com base no peso do polímero foi homogeneizado em água e adi- cionado à solução acima. O conteúdo total de sólidos da dispersão de reves- timento era de 10%. Foram aplicados 5 mg/cm2 de polímero. HPMC como revestimento 10% em peso de soluções de HPMC E5 com ou sem 10% em
peso de citrato de Na, 10% de ácido cítrico e 10% de NaCI foram usados. Foram aplicados 1,3,5 mg/cm2 de polímero. Eudragit®L30D-55 de controle e para revestimento externo:
10% de TEC (com base no peso do polímero) foi dissolvido em água e adicionado a uma dispersão de Eudragit®L30D-55. Talco a 50% com base no peso do polímero foi homogeneizado em água e adicionado à dis- persão acima. O conteúdo total de sólidos da dispersão de revestimento era de 20%. Foram aplicados 5 mg/cm2 de polímero. Revestimento com HP-55 (metilcelulose ftalato de hidroxipropila) A solução de HP-55 6% foi preparada pela dissolução em eta-
nol/água (80:20). Foram aplicados 5 mg/cm2 de polímero. 4.2 Condições de revestimento
A Tabela 2 sumariza as condições de revestimento para com- primidos de prednisolona e a tabela 3 sumariza as condições de revestimen- to para péletes de prednisolona. Tabela 2: mostra as condições de revestimento para comprimidos de predni-
solona.
Tempe- Tempe- Pressão ratura Capaci- Taxa de ratura de atomi- Formulações de en- dade de fluxo de saí- zação trada ventilação (ml/min) da (0C) (bar) (0C) L30D-55, revestimento 40 30 15 0,2 de 0,5 a 1,5 interno com ácido orgânico revestimento interno de 40 30 15 0,2 1,5 L100/S100/FS sub-revestimento de 40 30 15 0,2 1,5 HPMC E5 L30D-55 controle e reves- 40 30 15 0,2 2,0 timento externo
revestimento de HP-55 45 35 15 0,2 2,0
Tabela 3: mostra as condições de revestimento para péletes de prednisolo- na.__
Tempera- Pressão
Tempera- Capaci- Taxa de tura de de atomi-
Formu lações tura de dade de fluxo
entrada zação
saída (0C) ventilação (ml/min) _Í!Ç)_(bar)_
L30D-55, revestimento inter-
40 30 15 0,6 1,5
no com ácido orgânico
sub-revestimento de HPMC 45 35 15 2,0 1,5
L30D-55 controle e revesti-
40 30 15 0,6 2
mento externo 5. Revestimento para péletes de teofilina
Os péletes de teofilina foram revestidos em leito fluidizado (Huet- tlin Mycrolab).
5.1 Formulações de revestimento
EudraqitL30D-55 com revestimento interno com 10% de ácido cítrico:
10% de ácido cítrico (com base no peso do polímero), 5% de ci- trato de trietila (TEC) (com base no peso do polímero) foram dissolvidos em água e adicionados a dispersões de EUDRAGIT® L30 D-55. As dispersões acima foram então neutralizadas para ph de 5,6 usando NaOH a 1M e as dispersões tornaram-se soluções claras. 50% de talco com base no peso do polímero foi homogeneizado em água e adicionado a solução acima. O con- teúdo total de sólidos da dispersão de revestimento era de 10%. Foram apli- cados 5 mg/cm2 de polímero.
Eudraqit®L30D-55 de controle e para revestimento externo:
10% de TEC (com base no peso do polímero) foi dissolvido em água e adicionado a uma dispersão de Eudragit®L30D-55. Talco a 50% com base no peso do polímero foi homogeneizado em água e adicionado à dis- persão acima. O conteúdo total de sólidos da dispersão de revestimento era de 20%. Foram aplicados 5 mg/cm2 de polímero.
4.2 Condições de revestimento
EudraqitL30D-55 com revestimento interno de 10% de ácido cítrico
Temperatura de entrada do ar: de 38,0 a 40,0°C; temperatura do produto: de 28 a 30°C; temperatura de exaustão do ar: de 27 a 29°C; umi- dade do ar expelido: de 25 a 38%; microclima: 60 kPa (0,6 bar); fluxo de ar: 20,0 m3/h; pressão de atomização do ar: 0,16 - 0,23 MPa (1,6-2,3 bar); taxa de pulverização: 2,2 g/min.
EudraqitL30D-55 de controle e revestimento externo:
Temperatura de entrada do ar: 40,0-45,0°C; temperatura do pro- duto: 28-30°C; temperatura de exaustão do ar: 27-27°C; umidade do ar ex- pelido: 40-45%; microclima: 0,04 mPa (0,4 bar); fluxo de ar: 16,0-18,0 m3/h; pressão de atomização do ar: 0,06 - 0,08 mPa (0,6-0,8 bar); taxa de pulveri- zação: 2,2 g/min. 6. Testes de dissolução para comprimidos e péletes revestidos com Eudra- qit®. compreendendo prednisolona e teofilina como ingrediente ativo, respec- tivamente.
O teste de dissolução para comprimidos e péletes revestidos, compreendendo como ingrediente ativo a prednisolona ou a teofilina, respec- tivamente, foram realizados usando o aparelho de pá BP Method Il (Modelo PTWS, Pharmatest, Hainburg, Alemanha). O volume do meio de dissolução era de 900 ml, mantidos a 37±0,5°C e foi empregada uma velocidade da pá de 50 rpm. A quantidade de prednisolona ou teofilina liberada dos comprimi- dos ou péletes foi determinada por espectrometria com UV a 247 nm para prednisolona e a 271 nm para a teofilina, respectivamente. Os comprimidos ou péletes foram colocados por 120 minutos HCI a 0,1 N e subseqüentemen- te em um pH diferente com tampão fosfato.
Exemplo 1: efeitos de concentrações diferentes de ácido no revestimento interno sobre a liberação do fármaco de um sistema de revestimento duplo.
O presente exemplo mostra os efeitos de diferentes concentra- ções de ácido adípico no revestimento interno (ph 5,6) sobre a liberação do fármaco. Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo pred- nisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudragit®L30D- 55, 5mg/cm2; ii) comprimidos com revestimento duplo compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 5mg/cm2, 10, 15 e 20% em peso de ácido adípico, respectivamente, ph 5,6. Os comprimidos foram submetidos a uma solução de HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente a um tampão de fosfato ph 5,6.
A taxa de liberação do fármaco foi acentuadamente aumentada com o uso da concentração de 10%, 15% e 20% em peso de ácido adípico no revestimento interno, comparada com a forma de dosagem de controle que tem o mesmo revestimento externo mas que não compreende um reves- timento interno (dados não mostrados). Além disso, foi observado que o pro- cesso de revestimento, usando Eudragit®L30D-55 neutralizado para ph 5,6 compreendendo ainda ácido adípico como revestimento interno, foi fácil e quanto maior a concentração de ácido adípico, mais fácil era o processo de revestimento.
Experimentos adicionais foram realizados com os seguintes comprimidos contendo prednisolona: i) comprimidos de controle contendo Eudragit®L30D-55, 5mg/cm2; ii) comprimidos com revestimento duplo com- preendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5mg/cm2, reves- timento interno de Eudragit®L30D-55, 10, 15, 20 e30% em peso de ácido cítrico, respectivamente, ph 5,6. Os comprimidos foram submetidos a uma solução de HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente a um tampão de fosfato ph 5,6.
A Tabela 4 resume uma comparação de diferentes concentra- ções de ácido cítrico no revestimento interno. A liberação do fármaco a partir de comprimidos duplamente revestidos com uma concentração de 10% de ácido cítrico foi mais rápida do que a dos comprimidos duplamente revesti- dos com 10% de ácido adípico (vide tabela 5). Em tampão com ph 5,6, as diferenças na liberação do fármaco de formulações de ácido cítrico a 10, 15, e 30% foram muito pequenas.
Em tampão com pH de 5.5, a formulação com ácido cítrico a 15% mostrou liberação mais rápida do fármaco do que com ácido cítrico 10% (dados não mostrados). Tabela 4 mostra os perfis de dissolução de comprimidos de prednisolona du- plamente revestidos com Eudragit®L30D-55 contendo ácido cítrico em HCI a 0,1 N por duas horas e subsequente tampão de fosfato ph 5,6 (todas as formu-
tempo [min] Controle: Revestimento entérico Eudragit®L30D-55; sem revestimento interno revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 10% em peso de ácido cítrico ph 5,6 Eudragit®L30D-55 15% em peso de ácido cítrico, ph 5,6 120 0,0 0,0 0,0 150 0,0 0,5 1.1 155 0,0 1,0 2,0 160 0,0 2,8 5,5 165 0,0 7,1 14,1 170 0,0 12,7 24,7 180 0,0 32,9 48,8 195 0,0 62,8 72,0 240 1,1 103,8 94,0 375 10,0 106,8 97,1
tempo [min] revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 20% em peso de ácido cítrico, ph 5,6 Eudragit®L30D-55; 30% em peso de ácido cítrico ph 5,6 120 0,0 0,0 150 1,1 2,4 155 4,9 7,8 160 6,9 17,3 165 9,0 21,1 170 13,2 26,3 180 63,1 34,8 195 87,0 41,0 240 94,6 89,2 375 99,3 98,1 Exemplo 2: efeitos de diferentes quantidades de revestimento externo:
Nesse experimento, os efeitos da aplicação de diferentes quan- tidades de revestimento externo sobre a dissolução foram investigados. Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudragit®L30D-55, 3, 4 e 5 mg/cm2, respectivamente; ii) comprimidos com revestimento duplo compre- endendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 3, 4 e 5mg/cm2, respectivamente; revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 20% em peso de ácido cítrico, ph 5,6. Os comprimidos foram submetidos a uma solução de HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente a um tampão de fosfato ph 5,6.
Foi mostrado que a taxa de dissolução de um revestimento ex- terno de 5 mg/cm2 (liberação de 30% foi obtida em 175 min, liberação de 50% foi obtida em 180 minutos) era maior do que a de 4 mg/cm2 (liberação de 30% em 175 minutos, liberação de 50% em 220 minutos), que também foi maior do que aquela com revestimento externo de 3 mg/cm2 (liberação de 30% em 340 minutos), comparada com os controles (que não têm revesti- mento interno): revestimento externo de 5 mg/cm2: liberação de 50% foi ob- tida em 530 minutos; revestimento externo de 4 mg/cm2: liberação de 50% em 415 minutos; revestimento externo de 3 mg/cm2: liberação de 50% em 275 minutos.
Experimentos adicionais foram realizados com os seguintes comprimidos contendo prednisolona: i) comprimidos de controle contendo Eudragit®L30D-55, 3,4 e 5mg/cm2; ii) comprimidos com revestimento duplo compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 3, 4 e 5mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 10% em peso de ácido adípico, respectivamente, ph 5,6. Os comprimidos foram submetidos a uma solução de HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente a um tampão de fosfato ph 5,6. A tabela 5 mostra os resultados da dissolução de compri- midos duplamente revestidos para uma formulação com 10% de ácido adípi- co. Tabela 5 mostra os perfis de dissolução de comprimidos de prednisolona duplamente revestidos com Eudragit®L30D-55 contendo ácido adípico 10% em HCI a 0,1 N por duas horas e subsequente tampão de fosfato ph 5,6 (to- das as formulações têm o mesmo revestimento externo: Eudragit®L30D-55, 5mg/cm2).___
tempo [min] Controle: revestimento: Controle: revestimento: Controle: revestimento: Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2 Eudragit®L30D-55 4 mg/cm2 Eudragit®L30D- 55 3 mg/cm2 120 0,0 0,0 O1O 165 0,0 0,0 0,4 180 0,0 0,0 1,3 200 0,2 0,5 3,6 tempo [min] revestimento externo: revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 4 mg/cm2 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 3 mg/cm2 revestimento interno: Eudragit®L30D-55; ácido adípico a 10%, pH 5,6, 5 mg/cm2 Eudragit®L30D-55; ácido adípico a 10%, pH 5,6, 5 mg/cm2 Eud rag it®L30D-55; ácido adípico a 10%, pH 5,6, 5 mg/cm2 120 0,0 0,0 0,0 165 0,6 11,9 4,5 180 2,2 36,1 7,1 200 29,9 67,7 10,0
Exemplo 3: efeitos do grau de neutralização da solução de revestimento in- terno
Nesse experimento, os efeitos do grau de neutralização da solu- ção de revestimento interno sobre os perfis de liberação do fármaco foram investigados. Para esse teste, foram usados comprimidos duplamente reves- tidos com um revestimento interno de Eudragit®L30D-55 compreendendo 10% em peso de ácido cítrico. Em detalhes: para esse experimento foram usados os seguintes comprimidos contendo prednisolona: i) comprimidos de controle contendo Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos com reves- timento duplo compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D- 55, 5mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 10% em peso de ácido cítrico, ph 5,6, 5,8 e 6,0, respectivamente, 5 mg/cm . Os comprimidos foram submetidos a uma solução de HCI a 0,1 N por duas horas e subse- qüentemente a um tampão de fosfato ph 5,6.
O experimento mostrou um discreto aumento na liberação do fármaco quando o pH da solução de revestimento interno foi aumentado de 5,6 para 5,8. Quando a solução do revestimento interno foi neutralizada para pH 6,0, a taxa de liberação do fármaco foi significativamente aumentada (vi- de tabela 6). Aqui, o tempo de latência da liberação do fármaco em tampão de fosfato ph 5,6 foi reduzido de 40 min para 5 min.Tabela 6 mostra os perfis de dissolução de comprimidos de prednisolona duplamente revestidos com Eudragit®L30D-55 contendo 10% de ácido cítrico com diferentes valores de neutralização em HCI a 0,1 N por duas horas e subsequente tampão de fos- fato ph 5,6 (todas as formulações têm o mesmo revestimento externo: Eu-
dragit® L30D-55, 5mg/cm2). Controle: revestimento externo: revestimento externo: revestimento externo: Revesti- Eudragit®L30D-55 tempo mento : Eudragit®L30D-55 Eudragit®L30D-55 revestimento interno: revestimento interno: revestimento interno: [min] Eudra- git®L30D- 55 5 mg/cm2 Eudragit®L30D-55; 10% em peso de áci- do cítrico, ph 5,6 Eudragit®L30D-55; a 10% em peso de ácido cítrico, pH 5,8 Eudragit®L30D-55; a 10% em peso de ácido cítrico, pH 6,0 120 0,0 0,0 0,0 0,0 135 0,0 0,0 0,0 9,9 160 0,0 2,8 12,9 57,4 170 0,0 12,7 24,8 78,2 190 0,0 52,1 60,3 92,4 375 10,0 106,3 96,0 94,9 535 50,0 n.d. n.d. n.d. Exemplo 4: efeitos sobre a liberação do fármaco usando Eudragit L 100 co- mo revestimento interno
Para investigar a influência do tipo do polímero sobre a liberação do fármaco, foi usado Eudragit®L100 como a solução para revestimento in- terno, que foi neutralizada para pH 6,2. Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de contro- le contendo Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos com revestimento duplo compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L100, 10% em peso de ácido cítri- co, pH 6,2, 5 mg/cm2. Os comprimidos foram submetidos a uma solução de HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente a um tampão de fosfato ph 5,6.
Como resultado, foi observado que a liberação do fármaco pelos comprimidos duplamente revestidos com Eudragit®L100 e 10% em peso de ácido cítrico como revestimento interno mostraram um perfil de liberação do fármaco muito rápido, com apenas 5 min de tempo de latência (10% de fár- maco liberado em 145 min, 50% de fármaco liberado em 170 min), o que foi muito mais rápido do que o revestimento de Eudragit®L30D-55 de controle (10% de fármaco liberado em 370 min, 50% de fármaco liberado em 530 min).
Além disso, valores de neutralização diferentes de Eudra- git®L100 como pH 6,2 e ph 6,8 foram comparados. Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) compri- midos de controle contendo Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos com revestimento duplo compreendendo um revestimento externo de Eu- dragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L100, 10% em peso de ácido cítrico, pH 6,2 e 6,8, respectivamente, 5 mg/cm2; iii) compri- midos com um revestimento duplo compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L100, 15% em peso de ácido adípico, ph 6,8, 5 mg/cm2; iv) comprimidos com re- vestimento duplo compreendendo um revestimento externo de Eudra- git®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 10% em 10
15
peso de ácido cítrico, ph 5,6 e 6,0, respectivamente, 5 mg/cm2. Os compri- midos foram submetidos a uma solução de HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente a um tampão de fosfato ph 5,6.
Os valores de neutralização diferentes de Eudragit®L100 como pH 6,2 e ph 6,8 foram comparados e os perfis de liberação do fármaco nes- ses dois valores de neutralização não mostraram diferença (Tabela 7). Com- parando com a formulação de revestimento duplo Eudragit®L30D-55 como revestimento interno em um nível de neutralização de pH 6,0, a liberação do fármaco dos comprimidos duplamente revestidos com Eudragit®L100 com 10% de ácido cítrico teve o mesmo tempo de latência (5 min), mas mostrou um declínio levemente mais lento do perfil de liberação. Uma formulação de revestimento interno com Eudragit®L100 com 15% de ácido adípico também foi investigada e mostrou uma liberação muito rápida do fármaco, com tempo de latência de 15 min e um declínio da liberação similar ao da formulação de Eudragit®L30D-55, pH 6,0.
Tabela 7: Perfis de dissolução de comprimidos de prednisolona duplamente revestidos com Eudragit®L30D-55, L100 em HCI a 0,1 N por duas horas e subsequente tampão de fosfato ph 5,6 (todas as formulações têm o mesmo
tempo [min] Controle: revestimento: Eudragit®L30D- 55 5 mg/cm2 revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L100, ácido cítrico 10%, pH6,2 Eudragit®L100, ácido cítrico 10%, pH6,8 120 0,0 0,3 0,0 135 0,0 3,9 4,2 150 0,0 18,3 19,1 170 0,0 49,7 55,2 190 0,0 83,1 81,1 375 10,0 96,1 94,5 tempo [min] revestimento externo: revestimento externo: revestimento exter- Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: no! Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55; ácido cítrico a 10%, pH6,0 Eudragit®L30D-55; ácido cítrico a 10%, pH5,6 Eudragit®L100; ácido adípico a 10%, pH6,8 120 0,0 0,0 0,0 135 9,9 0,0 8,3 150 36,0 0,5 30,6 170 78,2 12,7 67,7 190 92,4 52,1 88,2 375 94,9 106,8 92,6
Exemplo 5: testes de resistência ao ácido para comprimidos de prednisolona com revestimento duplo
Nesse experimento, a resistência ao ácido de comprimidos de prednisolona duplamente revestidos foi estudada. Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos com re- vestimento duplo compreendendo um revestimento externo de Eudra- git®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 10% em peso de ácido adípico, ph 5,6, 5 mg/cm2. Os comprimidos foram submetidos a soluções de HCI a 0,1 N de diferentes pH. Como resultado, foi mostrado que não houve liberação de fármaco em HCI a 0,1 N por 21 horas e também nenhuma liberação de fármaco por 3 horas em solução de HCI que tinha pH 2,0, 3,0 e 4,0, respectivamente. Esses resultados indicam que o sistema de revestimento duplo tem boa resistência ao ácido (dados não mostrados).
Exemplo 6: comparação de liberação de fármaco de comprimidos de prednisolona duplamente revestidos compreendendo tanto ácido cítrico quanto ácido adípico.
Nesse experimento, a influência do tipo de ácido orgânico é in- vestigada. Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudra- git®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos com revestimento duplo compreen- dendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revesti- mento interno de Eudragit®L30D-55, 10% em peso de ácido adípico ou ácido cítrico, respectivamente, ph 5,6, 5 mg/cm2.
A tabela 8 mostra a comparação da liberação de fármaco a partir de comprimidos de controle duplamente revestidos e comprimidos de pred- nisolona duplamente revestidos em tampão de fosfato ph 5,6 após duas ho- ras em HCI a 0,1 N. Todo o revestimento interno das formulações duplamen- te revestidas foi neutralizado para ph 5,6.
Em particular, o fármaco liberado de comprimidos duplamente revestidos com 10% de ácido cítrico e 10% de ácido adípico em tampão com pH 5,5, 5,6 e 5,8 foi testado (a tabela 8 mostra apenas os comprimidos re- vestidos duplamente em tampão com ph 5,6). Em todos os testes de valores de pH, os comprimidos com revestimento duplo contendo um ácido orgânico (tanto ácido cítrico quanto ácido adípico) mostraram liberação mais lenta do fármaco do que os comprimidos revestidos de controle. Em todos três valores de pH, a formulação com 10% de ácido cítrico mostrou taxas de liberação de fármaco mais rápidas do que a formulação com 10% de ácido adípico. Tabela 8: perfis de liberação de fármaco de comprimidos duplamente reves- tidos com Eudragit®L30D-55 de controle e com prednisolona em HCI a 0,1 N por duas horas e subsequente tampão de fosfato ph 5,6: todas as formula- ções duplamente revestidas tinham o mesmo revestimento externo: Eudra-
tempo [min] Controle: revestimento: revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudra- git®L30D-55 5 mg/cm2 Eudragit®L30D-55, ácido adípico a 10%, pH5.6 Eudragit®L30D-55, ácido cítrico a 10%, pH5.6 120 0,0 0,0 0,0 155 0,0 0,0 1,0 170 0,0 1,0 12,7 190 0,0 6,7 52,1 200 0,2 29,9 71,9 235 1,0 93,3 102,8 375 10,0 103,0 106,8 Exemplo 7: estudos de liberação de fármaco com péletes de teofilina; com- paração
O presente exemplo mostra os efeitos do duplo revestimento sobre péletes de teofilina. Para esse experimento, os seguintes péletes con- tendo teofilina foram usados: 1) péletes de controle contendo Eudragit® L30D-55, 5 mg/cm2; ii) péletes duplamente revestidos compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico, ph 5,6.
Nesse experimento, a resistência ao ácido de péletes de teofilina duplamente revestidos foi testada. Foi mostrado que com o uso de um ingre- diente ativo diferente, a teofilina, não houve liberação de fármaco dos péletes duplamente revestidos em HCI a 0,1 N por duas horas, o que indica que a formulação para o revestimento duplo tem boa resistência ao ácido.
Testes posteriores relatam a liberação do fármaco dos péletes duplamente revestidos de controle e duplamente revestidos com teofilina em pH 5,0 e 5,5, tampão de fosfato após duas horas em HCI a 0,1 N. Houve libe- ração muito lenta do fármaco dos péletes revestidos de controle em pH 5,5 e não houve liberação de fármaco por esses péletes em pH 5,0. Entretanto, pa- ra os péletes duplamente revestidos, a liberação do fármaco começou já em pH 5,0 e mostrou uma liberação rápida e completa do fármaco em pH 5,5. Exemplo 8: processo de dissolução de revestimento de péletes de predniso- Iona duplamente revestidos com revestimento interno de HPMC ("sub- revestimento") e revestidos de controle
Para esse experimento, os seguintes péletes contendo predniso- Iona foram usados: i) péletes de controle contendo Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) péletes duplamente revestidos compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudra- git®L30D-55, 15% em peso de ácido adípico, ph 5,6, 5 mg/cm2; iii) péletes sub- revestidos com HPMC contendo revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento interno de HPMC pH 7,0, 3 mg/cm2.
Como resultado, observou-se que não houve liberação de fárma- co de ambos os péletes duplamente revestidos com 15% de ácido adípico e I duplamente revestidos com Eudragit®L30D-55 de controle em HCI a 0,1 N por duas horas. Entretanto, no tampão com pH 5,5 subsequente, a liberação de prednisolona dos péletes duplamente revestidos com 15% de ácido adípico foi muito mais rápida do que dos péletes duplamente revestidos de controle, com tempo de latência de 40 minutos e 105 minutos respectivamente.
Os péletes com HPMC E5 (hidroxipropil metilcelulose) 3 mg/cm2 como um sub-revestimento (revestimento interno) também foram investi- gados, O tempo de latência para a liberação do fármaco de péletes sub- revestidos com HPMC foi reduzido para 90 minutos, 15 minutos mais rápido do que os péletes duplamente revestidos de controle (dados não mostra- dos).
Exemplo 9: liberação de fármaco de comprimidos que compreendem um revestimento interno apenas com neutralização sem ácido orgânico
Para esse experimento os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudragit® L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos duplamente revestidos compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revestimento in- terno de Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico, ph 5,6 ou 6,0, respectiva- mente; iii) comprimidos duplamente revestidos compreendendo um revesti- mento externo de Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2, revestimento interno de Eu- dragit®L30D-55 (5 mg/cm2), pH 5,8 ou 6,0, respectivamente. Com a neutrali- zação do revestimento interno para pH 5,8 e pH 6,0 sem adição de ácido orgânico, os comprimidos duplamente revestidos ainda mostraram liberação de fármaco mais rápida do que o controle. Entretanto, as formulações inven- tivas com 10% de ácido cítrico mostraram liberação até mais rápida em valo- res comparáveis de pH 5,8 ou 6,0 respectivamente (tabela 9). Esses resulta- dos mostram claramente que sem a adição de ácidos orgânicos é obtido um dramático aumento na taxa de liberação de fármaco com o simples aumento do grau de neutralização do revestimento interno em comparação com o re- vestimento externo; entretanto, a taxa de liberação de fármaco não é tão boa quanto a de formulações que incluem ácidos orgânicos no revestimento in- terno. Tabela 9: perfis de dissolução de comprimidos de prednisolona duplamente revestidos com Eudragit®L30D-55 com ou sem ácido cítrico em HCI a 0,1 N por duas horas e subequente tampão de fosfato ph 5,6 (todas as formula-
ções tinham o mesmo revestimento externo: Eud ragit®L30D-55, 5mg/cm2) tempo [min] Controle: revestimento: revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudra- git®L30D-55 5mg/cm2 Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico pH 5,8 Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico, pH 6,0 120 0,0 0,0 0,0 125 0,0 0,0 0,4 140 0,0 1,4 17,4 155 0,0 8,7 46,5 170 0,0 24,9 78,3 180 0,0 43,1 89,1 190 0,0 60,4 92,4 210 0,2 83,3 93,7 375 10,0 96,0 94,9
tempo [min] revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55, pH 5,8 (sem adição de ácido) Eudragit®L30D-55, pH 6,0 (sem adição de ácido) 120 0,0 0,0 125 0,0 0,0 140 0,0 1,7 155 0,5 11,6 170 5,1 30,2 180 14,9 45,4 190 26,6 59,4 210 53,6 80,5 375 95,1 90,4 Exemplo 10: liberação de fármaco de comprimidos duplamente revestidos compreendendo um revestimento interno com ácido orgânico mas sem neu- tralização
-u
Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudra- git®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos duplamente revestidos compreen- dendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revesti- mento interno de Eudragit®L30D-55, 20% de ácido cítrico, ph 5,6, 5 mg/cm2; iii) comprimidos duplamente revestidos compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudra- git®L30D-55, 20% em peso de ácido cítrico, não-neutralizado, 5 mg/cm2. Os comprimidos duplamente revestidos com revestimento interno contendo 20% de ácido cítrico, mas não-neutralizado, não mostraram liberação do fármaco em tampão de fosfato ph 5,6 por 12 h (tabela 10 mostra até 6 horas). Possi- velmente, a acidez do ácido cítrico no revestimento interno diminuiu o pH do micro-ambiente do revestimento externo de Eudragit®L30D-55, diminuindo assim a velocidade de dissolução do revestimento.
Tabela 10: perfis de dissolução de comprimidos de prednisolona duplamente revestidos com Eudragit®L30D-55 com e sem neutralização em HCI a 0,1 N por duas horas e subsequente tampão de fosfato ph 5,6 (todas as formula-
ções tin ham o mesmo revestimento externo: Eudragit®L30D-55. 5mq/cm2) tempo [min] Controle: revestimento Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2 revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55, 20% ácido cítrico, pH5.6 Eudragit®L30D-55; 20% ácido cítrico, não-neutralizado 120 0,0 0,0 0,0 165 0,0 9,0 0,2 170 0,0 13,2 0,1 175 0,0 31,4 0,0 185 0,0 77,1 0,0 195 0,0 87,0 1,4 300 5,2 97,7 0,5 375 10,0 99,3 0,7 Exemplo 11: liberação de fármaco de comprimidos duplamente revestidos compreendendo HPMC como revestimento interno
Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudra- git®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos duplamente revestidos compreen- dendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revesti- mento interno de Eudragit®L30D-55, 20% de ácido cítrico, ph 5,6, 5 mg/cm2; iii) comprimidos duplamente revestidos compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2, revestimento interno de HPMC E5, usando 1, 3 e 5 mg/cm2, respectivamente, pH 7,0.
Os comprimidos foram submetidos a HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente ao tampão de fosfato ph 5,6. As taxas de dissolução para comprimidos com revestimento interno com 1 mg/cm2 e 3 mg/cm2 de HPMC E5 foram mais rápidas do que para o revestimento de controle (dados não mostrados). A liberação de fármaco mais rápida foi encontrada com o revestimento interno de HPMC E5 na quantidade de 3 mg/cm2, mas ainda mais lenta do que a formulação de revestimento interno com Eudragit®L30D- 55, 20% de ácido cítrico, ph 5,6.
Experimentos adicionais foram realizados com os seguintes comprimidos contendo prednisolona: i) comprimidos de controle contendo Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos duplamente revestidos com- preendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, re- vestimento interno de Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico, ph 5,6 e 6,0, respectivamente, 5 mg/cm2; iii) comprimidos duplamente revestidos compre- endendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2, revesti- mento interno de HPMC E5, 5 mg/cm2, tanto com a) 10% de ácido cítrico que foi completamente neutralizado quanto com b) 10% de citrato de Na ou c) 10% de NaCI1 respectivamente, cada um tendo pH 7,0.
Como resumido na tabela 11, os comprimidos que compreen- dem 10% de NaCI, citrato de Na e ácido cítrico (com quantidades iguais de moles de NaOH para neutralização completa) incluídos na formulação de revestimento interno de HPMC E5 mostraram perfis rápidos de liberação de fármaco (tabela 11). As formulações de HPMC E5 com 10% de sal mostra- ram liberação lenta do fármaco em comparação com a formulação de reves- timento interno com Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico, pH 6,0. Tabela 11: Perfis de dissolução de comprimidos duplamente revestidos de prednisolona com Eudragit®L30D-55 com HPMC E5 como revestimento in- terno em HCI a 0,1 N por duas horas e tampão de fosfato subsequente ph 5,6 (todas as formulações tinham o mesmo revestimento externo:
tempo [min] Controle: revestimento entérico com Eudragit®L30D-55; sem revestimento inter- no revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: HPMC; 10% de ácido cítrico comple- tamente neutralizado com NaOH; HPMC; 10% de citrato de Na, sem neutralização 120 0,0 0,0 0,0 135 0,0 0,0 0,0 145 0,0 0,2 0,1 155 0,0 0,3 0,6 170 0,0 5,7 7,5 175 0,0 10,0 10,1 185 0,0 22,3 18,4 195 0,0 37,7 29,5 200 0,2 48,3 34,5 215 0,3 75,1 52,8
tempo [min] revestimento externo: revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudrag it®L30D-55 revestimento interno: HPMC; 10% de NaCI1 sem neutralização Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico ph 5,6 Eudragit®L30D-55; 10% de ácido cítrico pH 6,0 120 0,0 0,0 0,0 135 0,0 0,0 9,9 145 0,0 0,3 25,8 155 0,0 1,0 46,4 170 0,0 12,7 78,2 175 2,2 22,6 85,1 185 14,1 42,4 91,3 195 33,4 62,8 92,9 200 45,0 71,9 93,2 215 71,6 90,4 93,4 Exemplo 12: liberação de fármaco de comprimidos duplamente revestidos compreendendo HP-55 (metilcelulose ftalato de hidroxipropila) como reves- timento externo.
Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudra- git®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos duplamente revestidos compreen- dendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revesti- mento interno de Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico, ph 5,6, 5 mg/cm2; iii) comprimidos revestidos com HP-55, 5 mg/cm2; iv) comprimidos dupla- mente revestidos compreendendo um revestimento externo de HP-55,5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico, ph 5,6, 5 mg/cm2. Os comprimidos foram submetidos a HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente a ph 5,6 em tampão fosfato.
Os comprimidos de prednisolona com revestimento entérico com HP-55 (metilcelulose ftalato de hidroxipropila que é um polímero aniônico) como polímero de revestimento mostraram liberação de fármaco muito mais rápida do que Eudragit®L30D-55 com a mesma quantidade de polímero apli- cada (5 mg/cm2). Não houve liberação de fármaco dos comprimidos revesti- dos com HP-55 em HCI a 0,1 N por duas horas. No tampão de fosfato ph 5,6 subsequente, quase não houve tempo de latência para a liberação de fár- maco no revestimento com HP-55. Os perfis de liberação de fármaco para o revestimento com HP-55 mostraram duas fases em tampão de fosfato ph 5,6. A liberação do fármaco foi lenta nos primeiros 20 minutos e tornou-se muita rápida depois disso. O revestimento externo de HP-55 com Eudra- git®L30D-55, 10% de ácido cítrico, ph 5,6 como revestimento interno mostrou uma melhora adicional de liberação de fármaco. Esses resultados estão re- sumidos na tabela 12. Tabela 12: comparação de liberação de fármaco de revestimento com Eu- dragit®L30D-55 e revestimento com HP-55 em HCI a 0,1 N por duas horas e tampão de fosfato subsequente ph 5,6___
tempo [min] Controle: revestimento entérico com Eudragit®L30D- 55; sem revestimento interno revestimento externo: HP-55 reves- tido sem revesti- mento interno revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: HP-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55; 10% de ácido cítrico, ph 5,6 Eudragit®L30D-55; 10% de ácido cítrico, ph 5,6 120 0,0 0,0 0,0 0,0 135 0,0 0,0 2,2 5,6 145 0,0 0,3 4,0 10,6 165 0,0 7,1 10,5 36,0 180 0,0 32,9 28,1 57,8 175 0,0 22,6 20,7 50,4 180 0,0 32,9 28,1 57,8 190 0,0 52,1 42,7 70,1
Exemplo 13: liberação de fármaco de comprimidos duplamente revestidos
compreendendo 10% de ácido cítrico, 10% de citrato de Na e 20% de NaCI1 respectivamente, como revestimento interno
Para esse experimento, os seguintes comprimidos contendo prednisolona foram usados: i) comprimidos de controle contendo Eudra- git®L30D-55, 5 mg/cm2; ii) comprimidos duplamente revestidos compreen- dendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55, 5 mg/cm2, revesti- mento interno de Eudragit®L30D-55, 10% de ácido cítrico, ph 5,6, 5 mg/cm2; iii) comprimidos duplamente revestidos compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudra- git®L30D-55, 10% de ácido cítrico, pH 6,0, 5 mg/cm2; iv) comprimidos du- piamente revestidos compreendendo um revestimento externo de Eudra- git®L30D-55 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 10% de citrato de Na1 pH 6,0, 5 mg/cm2; v) comprimidos duplamente revestidos compreendendo um revestimento externo de Eudragit®L30D-55 5 mg/cm2, revestimento interno de Eudragit®L30D-55, 20% em peso de NaCI, ph 5,6, 5 10
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mg/cm2. Os comprimidos foram submetidos a HCI a 0,1 N por duas horas e subseqüentemente a ph 5,6 em tampão fosfato.
A tabela 13 mostra o perfil de liberação de fármaco dos compri- midos de prednisolona duplamente revestidos com 10% de citrato de Na no revestimento interno e neutralizado para pH 6,0. Comparada com a formula- ção com 10% de ácido cítrico (também neutralizada para pH 6,0), a libera- ção de fármaco da formulação com 10% de citrato de Na foi mais lenta.
O comprimido duplamente revestido que tem uma formulação de revestimento interno com 20% de NaCI, também neutralizado para ph 5,6 mostrou uma liberação de fármaco que foi similar a da formulação com 10% de ácido cítrico, ph 5,6 (tabela 13).
Não foi possível revestir com a formulação de Eudragit®L30D-55 contendo NaCI não-neutralizado. A dispersão de Eudragit®L30D-55 mudou pa- ra semissólida após a adição de NaCI à dispersão. As partículas sedimentadas redissolveram com a adição de NaOH a 1M e neutralização para ph 5,6. Tabela 13: Teste de dissolução de comprimidos duplamente revestidos de prednisolona com Eudragit®L30D-55 em HCI a 0,1 N por duas horas e tam- pão de fosfato subsequente ph 5,6 (todas as formulações tinham o mesmo
Tempo [min] Controle: revestimento entérico com Eudragit®L30D-55; sem revestimento inter- no revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55; 10% de ácido cítrico, ph 5,6 Eudragit®L30D-55; 10% de ácido cítrico, pH 6,0 120 0,0 0,0 0,0 135 0,0 0,0 9,9 150 0,0 0,5 36,0 160 0,0 2,8 57,4 170 0,0 12,7 78,2 180 0,0 32,9 89,1 190 0,0 52,1 92,4 375 10,0 106,8 94,9 Tempo [min] revestimento externo: revestimento externo: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55 revestimento interno: Eudragit®L30D-55; 10% de citrato de Nal pH 6,0 Eudragit®30D-55, 20% de Na- Cl, pH5,6 120 O1O 0,0 135 0,5 0,0 150 5,6 0,0 160 16,1 0,2 170 34,0 11,6 180 53,6 27,2 190 72,5 43,2 375 n,d, 94,1