BRPI0712844A2 - prevenÇço e tratamento da otite mÉdia com cepas bacterianas nço patogÊnicas. - Google Patents

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BRPI0712844A2
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Harald Bruessow
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Abstract

PREVENÇçO E TRATAMENTO DA OTITE MÉDIA COM CEPAS BACTERIANAS NçO PATOGÊNICAS. A presente invenção refere-se a uma composição compreendendo uma cepa bacteriana capaz de reforçar a resposta imune sistêmica, uma cepa bacteriana capaz de exercer efeitos bacteriostáticos nos agentes patogênicos associados ao desenvolvimento da otite média, tais como, S-treptococcus pneumoniae, Haemophllus influenzae não tipável e Moraxelia catarrhalis e uma cepa bacteriana capaz de exercer efeitos bactericidas em tais agentes patogênicos. A invenção se estende adicionalmente ao uso de tal composição na prevenção ou tratamento de otite média.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OTITE MÉDIA COM CEPAS BACTERIANAS NÃO PATOGÊNICAS"
Campo da Invenção
A presente invenção refere-se à prevenção e ao tratamento da otite média, especificamente em bebês e crianças pequenas.
Antecedentes da Invenção
Infecções do trato respiratório são muito comuns, especificamen- te nos bebês e crianças pequenas. Por exemplo, no primeiro ano de vida, um bebê experimentará, freqüentemente, de três a seis de tais infecções. Estas infecções podem ser de origem bacteriana ou virótica. Exemplos de infecções viróticas do trato respiratório incluem o resfriado comum, vírus da gripe e vírus sincicial respiratório. Exemplos de infecções bacterianas do trato respiratório incluem pneumonia e otite média.
Geralmente as infecções do trato respiratório são freqüentemen- te associadas à otite média aguda. Essa é uma infecção do ouvido médio na qual o tubo Eustaquiano que conecta a cavidade do ouvido médio ao ambi- ente externo através da boca inflama e então é bloqueado aprisionando as bactérias no ouvido médio. A cavidade do ouvido médio também inflama com a formação de fluido conduzindo a uma pressão aumentada que é ex- perimentada pelo paciente como dor devido à incapacidade de equalizar a pressão entre o ouvido médio e o ambiente externo através do tubo Eusta- quiano como nos indivíduos saudáveis. Nos casos graves, a membrana tim- pânica pode romper sob pressão, permitindo que o líquido infectado alcance o ouvido interno. Esta é uma situação potencialmente perigosa que pode conduzir ao comprometimento permanente da audição se não tratada.
Cinqüenta por cento das crianças terão tido pelo menos um epi- sódio de otite média aguda no primeiro ano de vida e 35% das crianças en- tre um e três anos de idade têm episódios recorrentes de otite média aguda. Isso por sua vez pode levar ao desenvolvimento de uma condição denomi- nada otite média de "cola" onde o fluido não é drenado completamente do ouvido médio entre acessos de infecção. Se essa condição for estabelecida, será necessária intervenção cirúrgica.
A otite média aguda parece estar ligada à atividade das bacté- rias patogênicas geralmente encontradas nos microbiotas nativos da cavida- de nasofaríngea. Quantitativamente, os agentes patogênicos mais importan- tes são Streptococcus pneumoniae (35% dos casos), Haemophilus infIuen- zae não tipável (30% dos casos) e Moraxella catarrhalis (10% dos casos). Por essa razão, a otite média aguda é geralmente tratada por administração de antibióticos, especialmente aos bebês. Na realidade, os antibióticos são prescritos mais freqüentemente para o tratamento da otite média que para qualquer outra doença na infância. Isso tem conduzido inevitavelmente ao desenvolvimento de resistência aos antibióticos prescritos de modo geral nas cepas bacterianas associadas à otite média. Por exemplo, acredita-se que pelo menos 20% das cepas de S. pneumoniae são resistentes às penici- linas e cefalosporinas. De modo semelhante, pelo menos 30% das cepas de H. influenzae e a maior parte das cepas de M. catarrhalis desenvolveram resistência aos antibióticos. Essa freqüência de prescrição é pelo menos em parte devida à dor experimentada pelos bebês e crianças pequenas que so- frem de otite média a qual eles reagem com choro prolongado, o que os pais e cuidadores procuram logo aliviar. Assim, existe claramente a necessidade de métodos alternativos para diminuir a incidência dessa condição dolorosa e potencialmente séria nos bebês e crianças pequenas.
Várias terapias alternativas já foram propostas. Por exemplo, no WO 97/17089 é proposto o emprego de uma assim chamada preparação de leite imune para prevenção da otite média. Esta preparação contém imuno- globulinas anti-otite do tipo IgG obtidas do colostro bovino para complemen- tar a defesa imune passiva. Várias cepas bacterianas foram propostas para prevenção/tratamento da otite média. Em um experimento clínico recente, inibidores de estreptococos alfa hemolíticos foram aspergidos nas narinas de crianças com otite média aguda. As cepas empregadas foram Streptococcus mitis, Streptoeoeeus sanguis e Streptoeoceus oralis. As crianças tratadas dessa forma tiveram menos episódios de otite média aguda (Roos e outros, Effect of recolonisation with "interfering alpha streptococci" on recurrences of acute and secretory otitis media in children: randomised placebo controlled trial, BMJ 322:210-212). Contudo, as cepas bacterianas empregadas nesse experimento eram também agentes patogênicos humanos reconhecidos co- mo estando implicados em condições, tais como, endocardite e infecções pulmonares.
O WO 2004/072272 propõe o emprego de uma cepa específica de Streptococcus salivarius na prevenção e tratamento da otite média. Essa cepa é reconhecida como sendo uma cepa produtora de bacteriocina que é um agente não patogênico. A mesma pode ser administrada intranasalmen- te, por inalação através da boca ou na forma de pastilhas ou cápsulas. De preferência, a cepa é administrada após um tratamento inicial com um anti- biótico ou outro agente antimicrobiano.
O WO 2006/007526 descreve um estudo de 81 bebês na Finlân- dia onde a incidência de otite média nos bebês alimentados com uma com- binação da cepa de Lactobacillus rhamnosus e uma cepa de Bifidobaeterium laetis na fórmula para bebês foi comparada com aquela em um grupo de controle alimentado sem probióticos. Foi verificado que a suplementação com esses probióticos, ambos possuindo um longo histórico de uso nos pro- dutos alimentícios humanos, diminuiu o risco de otite média aguda precoce em comparação ao grupo sem suplementação. Esse efeito estava associado a uma redução total no número de infecções no grupo suplementado e te- mos como hipótese que esse efeito ocorreu devido aos efeitos imunoestimu- ladores sistêmicos dessas cepas.
A partir do exposto, pode ser visto que permanece a necessida- de de um método eficaz para a prevenção e tratamento da otite média aguda que não se apóia no emprego de antibióticos e que possa ser administrado de modo conveniente e seguro.
Sumário da Invenção
Os presentes inventores verificaram surpreendentemente que a co-administração da(s) cepa(s) bacteriana(s) com propriedades complemen- tares é especificamente eficaz na prevenção e tratamento da otite média.
Conseqüentemente, em um primeiro aspecto, a presente inven- ção provê uma composição apropriada para uso na prevenção ou tratamento da otite média compreendendo uma cepa bacteriana não patogênica capaz de reforçar a resposta do sistema imune sistêmico, uma cepa bacteriana não patogênica capaz de exercer efeitos bacteriostáticos nos agentes patogêni- cos associados ao desenvolvimento da otite média e uma cepa bacteriana não patogênica capaz de exercer efeitos bactericidas nos agentes patogêni- cos associados ao desenvolvimento da otite média.
Em um segundo aspecto, a presente invenção provê o emprego de uma cepa bacteriana não patogênica capaz de reforçar a resposta do sistema imune sistêmico, uma cepa bacteriana não patogênica capaz de exercer efeitos bacteriostáticos nos agentes patogênicos associados ao de- senvolvimento da otite média e uma cepa bacteriana não patogênica capaz de exercer efeitos bactericidas nos agentes patogênicos associados ao de- senvolvimento da otite média na fabricação de uma composição para pre- venção ou tratamento da otite média.
A invenção se estende, adicionalmente, a um método para pre- venção ou tratamento da otite média que compreende administração a um indivíduo que necessite de uma quantidade terapêutica de uma cepa bacte- riana não patogênica capaz de reforçar a resposta do sistema imune sistê- mico, uma cepa bacteriana não patogênica capaz de exercer efeitos bacteri- ostáticos nos agentes patogênicos associados ao desenvolvimento da otite média e uma cepa bacteriana não patogênica capaz de exercer efeitos bac- tericidas nos agentes patogênicos associados ao desenvolvimento da otite média.
Sem o desejo de estarem ligados a qualquer teoria, os invento- res acreditam que a eficácia da(s) cepa(s) bacterianas, conforme descrito acima, na prevenção e tratamento da otite média pode estar associada à patologia da doença. Acredita-se que a mera presença dos agentes patogê- nicos S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis não resultará inevitavel- mente na ocorrência de otite média aguda. Ao invés disso, acredita-se que precisa haver primeiro uma infecção virótica primária do trato respiratório superior que, de algum modo não completamente entendido, porém prova- velmente relacionado à resposta imune sistêmica perturbe os microbiotas da nasofaringe permitindo que as bactérias patogênicas colonizem a mucosa e provoquem um ataque de otite média. É possível que o reforço simultâneo da resposta imune sistêmica e dos números de bactérias bacteriostáticas e bactericidas não patogênicas na cavidade nasofaríngea possa desencorajar eficazmente a colonização da mucosa nasofaríngea pelas bactérias patogê- nicas associadas ao desenvolvimento da otite média.
Descrição Detalhada da Invenção
No presente relatório descritivo, as palavras que se seguem são fornecidas com uma definição que precisa ser levada em consideração quando da leitura e interpretação da descrição, exemplos e reivindicações.
As definições que se seguem aparecem no Artigo 1.2 da Euro- pean Commission Directive 91/321 /EEC de 14 de maio de 1991 para fórmu- las para bebês e fórmulas para acompanhamento e são adotadas no presen- te relatório descritivo:
"bebê": criança com idade abaixo de 12 meses;
"fórmulas para bebês": gêneros alimentícios destinados ao uso nutricional específico dos bebês durante os primeiros quatro a seis meses de vida e que satisfaçam propriamente as necessidades nutricionais dessa ca- tegoria de pessoas;
"fórmulas de acompanhamento": gêneros alimentícios destina- dos ao uso nutricional específico dos bebês com idade superior a quatro meses e constituindo o elemento líquido principal em uma dieta progressi- vamente diversificada dessa categoria de pessoas;
"leite para o crescimento": significa uma bebida à base de leite adaptada para as necessidades nutricionais específicas das crianças pe- quenas;
"cepa bacteriana não patogênica": significa uma cepa bacteriana que não é um agente patogênico humano reconhecido;
"agentes patogênicos associados ao desenvolvimento da otite média": significa um ou mais dentre Streptococcus pneumoniae, Haemophi- lus influenzae não tipável e Moraxella catarrhalis. "criança pequena": significa uma criança entre a idade de um e seis anos.
Todas as porcentagens são em peso, a menos que de outra forma declarado.
Será entendido que a(s) cepa(s) bacteriana(s) empregada(s) na presente invenção precisam estar vivas na hora do consumo. Por essa ra- zão, as quantidades de cepas são expressas em termos de unidades de formação de colônia (cfu).
A cepa bacteriana capaz de reforçar a resposta do sistema imu- ne é preferivelmente o Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 ou Lactobacil- lus rhamnosus CGMCC 1.3724. O Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 pode ser obtido comercialmente na Valio Oy da Finlândia, sob a marca regis- trada LGG®.
Um efeito bacteriostático pode ser exibido pelas cepas que são produtoras eficazes do ácido láctico. Quando essas bactérias são adminis- tradas oralmente, elas produzem ácido láctico em quantidades suficientes para exercer um efeito bacteriostático local apreciável nas vizinhanças da mucosa nasofaríngea, assim desencorajando a colonização pelas bactérias patogênicas. Um exemplo de tais bactérias é o Streptoeoceus thermophilus. Uma cepa apropriada do S. thermophilus é aquela vendida sob a marca co- mercial TH4 pela Christian Hansen da Dinamarca.
Algumas cepas bacterianas são capazes de ambas atividade bacteriostática e bactericida. Tais cepas são preferidas para uso na presente invenção porque elas podem servir como ambas a cepa bacteriana capaz de exercer efeitos bacteriostáticos e a cepa bacteriana capaz de exercer efeitos bactericidas, assim simplificando a complexidade de fabricação. Exemplos de tais cepas incluem Mierococeus varians MCV8 e Streptoeoceus salivarius DSM 13084 além de DSM 13085. S salivarius DSM 13084 pode ser obtida comercialmente na BLIS Technologies Limited da Nova Zelândia sob a de- nominação K12.
As cepas podem ser administradas usando o mesmo veículo ou podem ser administradas seqüencialmente. De preferência, a composição é uma composição nutricional que é consumida como um líquido e é apropriada para consumo por bebês e cri- anças pequenas. A composição pode ser uma fórmula nutricionalmente completa, tal como uma fórmula para bebês, uma fórmula de acompanha- mento ou um leite para o crescimento. Alternativamente para os mais velhos do grupo de bebês e crianças novas, a composição pode ser um suco ou outra bebida resfriada ou estável em prateleira ou uma sopa, por exemplo.
De preferência, uma composição nutricional, de acordo com a invenção, contém de 104 a 1012 cfu/g da composição (em peso) de cada cepa.
Uma composição nutricional, de acordo com a invenção, de pre- ferência contém pelo menos um prebiótico em uma quantidade de 0,3 a 6%. Um prebiótico é um ingrediente alimentício não digerível eu afeta benefica- mente o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou ativida- de de um ou um número limitado de baterias no cólon e assim melhora a saúde do hospedeiro. Tais ingredientes são não digeríveis no sentido de que eles não se rompem e são absorvidos no estômago ou intestino delgado e assim passam intactos ao cólon onde eles são seletivamente fermentados pelas bactérias benéficas. Exemplos de prebióticos incluem determinados oligossacarídeos, tais como, fruto oligossacarídeos (FOS) e galacto oligos- sacarídeos (GOS). Uma combinação de prebióticos pode ser empregada, tal que, GOS a 90% com fruto oligossacarídeos de cadeia curta a 10%, tal co- mo o produto vendido sob a marca registrada Raftilose® ou inulina a 10%, tal como o produto vendido sob a marca registrada Raftiline®. Uma combi- nação especificamente preferida de prebióticos é de fruto oligossacarídeos de cadeia curta a 70% e inulina a 30%.
A composição geral de uma fórmula para bebês de acordo com a invenção será descrita agora como exemplo. A fórmula contém uma fonte de proteína. Acredita-se que o tipo de proteína não seja importante para a presente invenção, contanto que os requisitos mínimos para teor de aminoá- cido essencial sejam satisfeitos e o crescimento satisfatório seja assegura- do. Assim, as fontes de proteína com base no soro, caseína e suas misturas possam ser empregadas bem como as fontes de proteína à base de soja. Até onde as proteínas do soro estão envolvidas, a fonte de proteína pode ter como base o soro ácido ou soro doce ou suas misturas podendo incluir alfa- lactoalbumina e beta-lactoglobulina em quaisquer proporções desejadas.
As proteínas podem estar intactas ou hidrolisadas ou constituir uma mistura de proteínas intactas e hidrolisadas. Pode ser desejável forne- cer proteínas parcialmente hidrolisadas (grau de hidrólise entre 2 e 20%), por exemplo, para bebês que se acredita estejam correndo o risco de de- senvolver alergia ao leite de vaca. Se as proteínas hidrolisadas forem ne- cessárias, o processo de hidrólise pode ser realizado conforme desejado e como é conhecido na técnica. Por exemplo, um hidrolisado da proteína do soro pode ser preparado por hidrólise enzimática da fração do soro em uma ou mais etapas. Se a fração de soro empregada como o material de partida for lactose substancialmente livre, verifica-se que a proteína sofre muito me- nos bloqueio de lisina durante o processo de hidrólise. Isso permite que a extensão do bloqueio de Iisina seja reduzida de cerca de 15% em peso da lisina total a menos de cerca de 10% em peso da lisina; por exemplo, cerca de 7% em peso da lisina, o que aperfeiçoa muito a qualidade nutricional da fonte de proteína.
Uma fórmula para bebês de acordo com a presente invenção contém uma fonte de carboidratos. Qualquer fonte de carboidrato conven- cionalmente encontrada nas fórmulas para bebês, tais como, lactose, saca- rose, maltodextrina, amido e suas misturas podem ser empregadas, embora a fonte preferida de carboidratos seja a lactose. De preferência, as fontes de carboidratos contribuem com 35 e 65% da energia total da fórmula.
Uma fórmula para bebês de acordo com a presente invenção contém uma fonte de lipídeos. A fonte de lipídeo pode ser qualquer lipídeo ou gordura que seja apropriada para emprego nas fórmulas para bebês. Fontes de gordura preferidas incluem oleína da palma, óleo de girassol com alto teor oléico e óleo de açafrão com alto teor oléico. Os ácidos graxos es- senciais e ácido linoléico e α-linolênico podem também ser adicionados co- mo pequenas quantidades de óleos contendo grandes quantidades de ácido araquidônico pré-formado e ácido docosaexaenóico, tais como, óleos de peixe ou óleos microbianos. No total, o teor de gordura é de preferência, a- quele que contribua entre 30 a 55% da energia total da fórmula. A fonte de gordura de preferência possui uma taxa de ácidos graxos n-6 a n-3 de cerca de 5:1 a cerca de 15:1, por exemplo, cerca de 8:1 a cerca de 10:1.
A fórmula para bebês também conterá todas as vitaminas e mi- nerais que se entende sejam essenciais na dieta diária e nas quantidades nutricionalmente significativas. Necessidades mínimas foram estabelecidas para determinadas vitaminas e minerais. Exemplos de minerais, vitaminas e outros nutrientes opcionalmente presentes nas fórmulas para bebês incluem vitamina A, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina E, vitamina K, vitamina C, vitamina D, ácido fólica, inositol, niacina, biotina, áci- do pantotênico, colina, cálcio, fósforo, iodo, ferro, magnésio, cobre, zinco, manganês, cloreto, potássio, sódio, selênio, cromo, molibdênio, taurina e L- carnitina. Minerais são geralmente adicionados na forma de sal. A presença e as quantidades de minerais específicos e outras vitaminas irão variar de- pendendo da população de bebês a que se destinam.
Se necessário, a fórmula para bebês pode conter emulsionantes e estabilizadores, tais como, Iecitina de soja, ésteres de ácido cítrico de mo- no e diglicerídeos e semelhantes.
A fórmula para bebês pode conter opcionalmente outras subs- tâncias que podem ter um efeito benéfico, tal como, lactoferrina, nucleotí- deos, nucleosídeos e semelhantes.
Finalmente, a fórmula conterá Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 ou Lactobacillus rhamnosus CGMCC 1.3724, Streptoeoeeus salivarius DSM 13084 e Streptoeoeeus thermophilus TH4® cada um em uma quantida- de entre 104 a 1012 cfu/g da composição (peso seco) e de 0,3 a 6% de uma mistura de GOS a 90% e fruto oligossacarídeos a 10%.
A fórmula pode ser preparada de qualquer modo apropriado. Por exemplo, ela pode ser preparada por combinação da proteína, da fonte de carboidrato e da fonte de gordura em proporções apropriados. Se forem em- pregados, os emulsificantes podem ser incluídos nesse ponto. As vitaminas e os minerais podem ser adicionados nesse ponto, porém são geralmente adicionados para evitar degradação térmica. Quaisquer vitaminas lipófilas, emulsificantes e semelhantes podem ser dissolvidos na fonte de gordura antes da combinação. Água, de preferência água que foi submetida à osmo- se inversa, pode então ser misturada na forma de uma mistura líquida. A temperatura da água é convenientemente de 50°C a cerca de 80°C para a- judar na dispersão dos ingredientes. Substâncias de liquefação comercial- mente disponíveis podem ser usadas para formar a mistura líquida. A mistu- ra líquida é então homogeneizada; por exemplo, em dois estágios.
A mistura líquida pode então ser tratada termicamente para re- duzir cargas bacterianas, por aquecimento rápido da mistura líquida a uma temperatura na faixa de cerca de 80°C a cerca de 150°C por cerca de 5 se- gundos a cerca de 5 minutos, por exemplo. Isso pode ser realizado por inje- ção de vapor, autoclave ou por trocador de calor; por exemplo, um trocador de calor em placa.
Então, a mistura líquida pode ser resfriada para cerca de 60°C a cerca de 85°C; por exemplo, por resfriamento flash. A mistura líquida pode então ser novamente homogeneizada; por exemplo, nos dois estágios em cerca de 10 MPa a cerca de 30 MPa no primeiro estágio e cerca de 2 MPa a cerca de 10 MPa no segundo estágio. A mistura homogeneizada pode então ser adicionalmente resfriada para adicionar quaisquer componentes sensí- veis ao aquecimento; tais como, vitaminas e minerais. O pH e teor de sólidos da mistura homogeneizada são convenientemente ajustados nesse ponto.
A mistura homogeneizada é transferida para um aparelho de secagem apropriado, tal como, secador por aspersão ou liofilizador e conver- tida em pó. O pó teria um teor de umidade inferior a cerca de 5% em peso.
As cepas bacterianas podem ser cultivadas de acordo com qual- quer método apropriado e preparadas para adição à fórmula para bebês se- ca por liofilização ou seca por aspersão, por exemplo. Alternativamente, as preparações bacterianas podem ser adquiridas de fornecedores especialis- tas já preparadas em uma forma apropriada para adição aos produtos ali- mentícios, tal como a fórmula para bebês. As cepas bacterianas são adicio- nadas à fórmula para bebês por mistura seca.
Se um produto líquido for preferido, a mistura homogeneizada pode ser esterilizada, então enchida assepticamente em recipientes apropri- ados ou pode ser primeiro enchida nos recipientes e então passada em uma retorta. As cepas bacterianas então serão obtidas separadamente e prontas para mistura com o líquido em qualquer ponto de consumo. Por exemplo, as cepas bacterianas podem ser obtidas embaladas em um sachê separado ou em um compartimento separado da embalagem contendo o líquido.
Em outra concretização, a composição pode ser um suplemento incluindo as cepas em uma quantidade suficiente para obter o efeito deseja- do em um indivíduo. Essa forma de administração é mais apropriada às cri- anças do grupo de alvo de mais idade. Preferivelmente, a dose diária das cepas bacterianas está entre 104 a 1012 cfu. A quantidade de bactérias no suplemento será selecionada dependendo de como o suplemento será ad- ministrado. Por exemplo, se o suplemento for administrado duas vezes ao dia, cada suplemento conterá de 102 a 106 cfu de cada cepa bacteriana. O suplemento pode estar na forma de comprimidos, cápsulas, pastilhas ou um líquido, por exemplo. O suplemento pode conter, adicionalmente, hidrocolói- des protetores (tais como, gomas, proteínas, amidos modificados), ligantes, agentes formadores de película, agentes/materiais encapsuladores, amidos com revestimento/cobertura, compostos de matriz, revestimentos, emulsio- nantes, agentes ativos em superfície, agentes solubilizadores (óleos, gordu- ras, ceras, lecitinas, etc.), absorventes, veículos, cargas, co-compostos, a- gentes dispersantes, agentes umectantes, coadjuvantes de processamento (solventes), agentes de escoamento, agentes de mascaramento de gosto, agentes de peso, agentes formadores de geléia, e agentes formadores de gel. O suplemento pode também conter aditivos farmacêuticos convencio- nais e coadjuvantes, excipientes e diluentes, incluindo, porém não limitado a água, gelatina de qualquer origem, gomas vegetais, ligninossulfonato, talco, açúcares, amido, goma arábica, óleos vegetais, polialquileno glicóis, agentes aromatizantes, preservantes, estabilizadores, agentes emulsificantes, tam- pões, lubrificantes, corantes, agentes umectantes, cargas e semelhantes. Adicionalmente, o suplemento pode conter um material veículo orgânico ou inorgânico apropriado para administração oral ou enteral, bem como, vitaminas, elementos de traço de minerais e outros micronutrientes de acordo com as recomendações das Agências Governamentais, tais como, USRDA.
Exemplo 1
Um exemplo da composição de uma fórmula para bebês de a- cordo com a presente invenção é fornecido a seguir. A composição é forne- cida apenas como ilustração.
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Exemplo 2
Esse exemplo compara o efeito inibidor de uma composição de acordo com a invenção em alguns dos agentes patogênicos geralmente as- sociados à otite média, ao efeito dos constituintes da composição emprega- da sozinha. As cepas bacterianas testadas eram Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 e Streptococcus salivarius DSM 13084, sozinhas e em combi- nação. As cepas patogênicas com relação às quais a atividade inibidora das cepas bacterianas foi avaliada eram três cepas diferentes de Streptoeoecus pneumoniae e uma cepa de Alloiococcus otitidis. Os espectros inibidores das cepas de teste foram estabilizados pelo emprego do antagonismo retardado, conforme descrito anteriormente (Tagg and Bannister 1979). Em resumo, uma cultura raiada diamétrica com a forma de 1 cm da cepa de teste foi ino- culada no ágar nutricionalmente apropriado. Seguindo-se a incubação, o crescimento bacteriano macroscópico foi removido com uma lâmina de vidro e as células residuais sobre a superfície do ágar foram exterminadas por exposição aos vapores de clorofórmio por 30 minutos. A superfície do ágar foi aerada por 30 minutos. Culturas de caldo de Todd Hewitt (THB, Difco) (18 horas, 37°C) das cepas patogênicas que não podem ser coloridas em ângu- los retos através da linha da cultura raiada original usando mechas absor- ventes. Após incubação por 24 horas a 37°C em dióxido de carbono a 5% em ar, a extensão da inibição de cada cepa patogênica foi medida. Os resul- tados são mostrados na Tabela abaixo, onde pode ser visto que para todas as cepas patogênicas testadas, a combinação de Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 e Streptococcus salivarius DSM 13084 apresentou um efeito inibidor superior ao das cepas usadas sozinhas.
Tabela
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BACA = ágar-sangue e ágar-cálcio
CHOC = ágar-sangue aquecido até a cor do chocolate
Origem R = cultura de referência.

Claims (13)

1. Composição apropriada para uso na prevenção ou tratamento de otite média compreendendo uma cepa bacteriana não patogênica capaz de reforçar a resposta imune sistêmica, uma cepa bacteriana não patogênica capaz de exercer efeitos bacteriostáticos nos agentes patogênicos associa- dos ao desenvolvimento da otite média e uma cepa bacteriana não patogê- nica capaz de exercer efeitos bactericidas nos agentes patogênicos associa- dos ao desenvolvimento de otite média.
2. Composição de acordo com a reivindicação 1, onde a cepa bacteriana capaz de reforçar a resposta imune sistêmica é Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 ou Lactobacillus rhamnosus CGMCC 1.3724.
3. Composição de acordo com a reivindicação 1 ou 2, onde os efeitos bactericidas e bacteriostáticos são exercidos por uma cepa bacteria- na simples.
4. Composição de acordo com a reivindicação 3, onde a cepa bacteriana simples é Microeoceus varians MCV8 ou Streptoeoceus salivarius DSM 13084.
5. Composição de acordo com a reivindicação 4, que compreen- de adicionalmente Streptoeoceus thermophilus.
6. Composição de acordo com qualquer reivindicação preceden- te, onde é uma composição nutricional.
7. Composição de acordo com a reivindicação 6, que compreen- de de 10^4 a 10^12 cfu/g da composição (peso seco) de cada cepa.
8. Composição de acordo com a reivindicação 6 ou 7, que com- preende, adicionalmente, pelo menos um prebiótico em uma quantidade de - 0,3 a 6% em peso da composição.
9. Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações - 6 a 8, que é uma fórmula para bebês.
10. Composição de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 6 a 8, que é uma fórmula de acompanhamento.
11. Composição de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 6 a 8, que é um leite para crescimento.
12. Composição de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 5, que é um suplemento e compreende 104 a 1012 cfu de cada cepa por dose unitária.
13. Uso de uma composição como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, na fabricação de um medicamento ou composição nutricional terapêutica para a prevenção ou tratamento de otite média.
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