BRPI0705069B1 - Gel lamelar óleo em glicol para tintura permanente ou semipermanente de fibras queratínicas, processo para a preparação do gel lamelar óleo em glicol, composição para tintura permanente ou semipermanente de fibras queratínicas, processo para preparar uma composição para tintura permanente ou semipermanente de fibras queratínicas e processo cosmético para tintura das fibras queratínicas. - Google Patents

Description

GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL PARA TINTURA PERMANENTE OU

SEMIPERMANENTE DE FIBRAS QUERATÍNICAS, PROCESSO PARA A

PREPARAÇÃO DO GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, COMPOSIÇÃO PARA

TINTURA PERMANENTE OU SEMIPERMANENTE DE FIBRAS

QUERATÍNICAS, PROCESSO PARA PREPARAR UMA COMPOSIÇÃO PARA

TINTURA PERMANENTE OU SEMIPERMANENTE DE FIBRAS QUERATÍNICAS

E PROCESSO COSMÉTICO PARA TINTURA DAS FIBRAS QUERATÍNICAS

Campo da Invenção A presente invenção tem por objeto um gel lamelar de óleo em glicol, que compreende (a) pelo menos um glicol, (b) pelo menos um álcool graxo, (c) pelo menos um tensoativo catiônico, (d) pelo menos um tensoativo não- iônico e (e) pelo menos um aminoácido, para aplicação como aditivo para tinturas permanentes ou semipermanentes de fibras queratinicas, sendo o dito gel lamelar capaz de aprimorar a dispersão dos agentes colorantes na composição de tintura e melhorar a distribuição, difusão, interação e manutenção dos agentes colorantes nas fibras queratinicas, resultando em maior vitalidade da cor e retardando o desbotamento.

Antecedentes da Invenção As fibras queratinicas são estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos, que possuem cor, características estruturais e morfológicas variáveis conforme sua localização e idade, que podem incluir os cabelos e os pêlos em geral, sobrancelhas, cílios, bigode, barba e outros pelos do corpo humano ou animal, ou ainda substratos sintéticos. 0 cabelo humano, por exemplo, tem uma estrutura complexa que consiste de três componentes morfológicos distintos, sendo seu elemento primário a queratina, que corresponde a pelo menos 65% da fibra queratínica. A parte central da fibra é conhecida como medula. Ela é circundada pelo córtex, uma camada composta por células queratinizadas, que promovem força mecânica a toda fibra. A mais externa das camadas é a cutícula, uma fina camada de escamas queratinizadas sobrepostas, que atua como uma barreira protetora. A coloração natural dessas fibras é proveniente das partículas de pigmentos produzidas nos melanócitos e transferidas para células do córtex e medula. As variações na natureza, grau de oxidação, quantidade e distribuição desses pigmentos naturais ao longo da fibra é que propiciam as várias tonalidades. A cor natural do cabelo humano, por exemplo, resulta principalmente de dois tipos de pigmento: a eumelanina (preta) e a feomelanina (vermelha).

Devido ao desejo humano intrínseco de melhorar sua aparência, inúmeros produtos para mudança da coloração natural das fibras queratínicas estão disponíveis comercialmente. As mais comuns e utilizadas são as tinturas semipermanentes e as permanentes.

As tinturas semipermanentes ou de deposição, também conhecidas como tonalizantes, incluem produtos capazes de efetuar uma mudança de até determinada extensão na cor natural das fibras queratínicas, saindo progressivamente a cada lavagem. Esses produtos devem ser prontos para o uso e de fácil aplicação e incluem em sua formulação agentes colorantes com baixo peso molecular e alta afinidade por queratina, por exemplo, os da família nitro, como os derivados de nitroanilinas, nitrofenilenediaminas e nitroaminofenóis, que penetram na cuticula e parcialmente no córtex das fibras, o que resulta em uma resistência média de 5 a 12 lavaqens. A seletividade dos agentes colorantes é uma grande barreira à formulação desse tipo de produto, pois a afinidade desses agentes pelas diversas partes da fibra não é homogênea, ou seja, determinados compostos possuem afinidade por áreas mais danificadas (pontas) e outros por áreas menos danificadas (raiz).

As tinturas permanentes, também chamadas de tinturas oxidantes, são as únicas capazes de fornecer uma coloração duradoura, com opções de muitas tonalidades e cobertura mais extensa às fibras.

No processo de tintura permanente, a cor original da fibra será desnaturada, para que logo em seguida, uma nova cor seja formada por condensação oxidativa. Para que haja fixação permanente da cor, a reação de formação do agente colorante deve ocorrer em contato com a fibra queratinica. Para tanto, o produto de tintura permanente é dividido em uma primeira composição, que contém a base de acoplagem, acopladores (agentes colorantes) e agente alcalino e uma segunda composição contendo o agente oxidante, usualmente peróxido de hidrogênio. A base de acoplagem consiste em intermediários primários de corante, que são modificados durante a reação de oxidação, desenvolvendo as cores. São incluídos nessa categoria as diaminas aromáticas, aminofenóis e os diaminofenóis. Estes intermediários são essenciais para criar tons básicos e cobrir fibras despigmentadas.

Os acopladores ou modificadores são responsáveis pelas cores propriamente ditas. Separadamente, apenas produzem cores fracas, mas quando reagidos com as bases, na presença de um agente oxidante, em meio alcalino, modificam as cores das bases, proporcionando novas cores às fibras queratinicas. Entre os modificadores mais empregados estão m-diamina, m-aminofenol e polifenóis. Alguns derivados heterociclicos são usados como acopladores, para aumentar a durabilidade das tinturas e evitar o desbotamento após muitas lavagens, por exemplo, 6-hidroxindol e 2-amino-3- hidroxipiridina.

Quando as duas fases são misturadas, inicia-se uma reação de oxirredução e a formação da cor propriamente dita. Simultaneamente, parte do peróxido de hidrogênio solubilizará o pigmento natural da fibra que está sendo atacado pelo agente alcalino, geralmente amônia ou monoetalonamina. A solubilização do pigmento natural permitirá que este seja substituído pelo agente colorante que está se formando durante a reação de oxirredução, dando origem à nova cor. Vários fatores externos podem provocar a degradação das cores obtidas por tinturas semipermanentes ou permanentes, por exemplo, luz, calor, poluição, dureza da água, radiação UV, etc. No caso das tinturas permanentes, esses fatores podem ser agravados se houver excesso de acopladores, que poderá gerar excesso de subprodutos indesejados. Outro fator de influência é a cinética da reação, pois o processo de oxidação deve ser controlado para ocorrer dentro da cutícula da fibra queratínica para que, em tempo determinado, a reação seja completada. Quando a reação ocorrer em tempo inferior ao exigido, o agente colorante formado estará localizado na parte externa da fibra queratínica e será removido com a lavagem e quando for superior ao exigido, a reação não estará completa quando da finalização do processo. Nesse sentido, um aspecto importante é a permeação dos agentes colorantes e seu espalhamento ao longo das fibras queratinicas. 0 veículo adequado para esses produtos pode incluir solução, líquido, emulsão, pseudo-emulsão, óleo que converte em gel, gel, xampu ou pó, sendo barreira, em alguns casos, a completa dispersão dos agentes colorantes nesses meios.

Para solucionar os problemas acima, geralmente as formulações contam apenas com as características dos agentes colorantes. Algumas formulações foram aditivadas com compostos catiônicos e ou anfóteros, compostos estes quaternários ou poliquaternários, etc., como exemplificado nas patentes FR 2402446, FR2428438, FR2687570 e US3986825, que permitem a obtenção de cores mais vibrantes e com menos tendência ao desbotamento, porém, não interferem na difusão dos agentes colorantes ou no inchaço da fibra capilar ou na homogeneidade da cor.

Assim, resta a necessidade de aprimoramentos em relação ao processo de preparo de tinturas semipermanentes e permanentes para fibras queratinicas e aos atributos e qualidade desses produtos.

Descrição da Invenção A Depositante verificou que a dispersão dos agentes colorantes na composição de tintura, bem como sua distribuição, difusão, interação e manutenção nas fibras queratinicas, resultando em maior vitalidade da cor e retardando o desbotamento, podem ser particularmente aprimorados quando esses aqentes são formulados com um sistema de gel lamelar do tipo óleo em glicol, de acordo com a presente invenção.

Além disso, o emprego do gel lamelar propicia simultaneamente melhora nas características gerais do cabelo, como condicionamento, penteabilidade e textura.

Em um primeiro aspecto, a presente invenção trata de um gel lamelar óleo em glicol que compreende (a) pelo menos um glicol, (b) pelo menos um álcool graxo, (c) pelo menos um tensoativo catiônico, (d) pelo menos um tensoativo não-iônico e (e) pelo menos um aminoácido.

Os glicóis empregados no gel lamelar da presente invenção são aqueles possuindo pelo menos duas hidroxilas, como o butileno glicol ou o propileno glicol, particularmente aqueles possuindo pelo menos três hidroxilas, como o 1,2,3-propanotriol. Uma quantidade de glicol útil no gel lamelar pode variar entre cerca de 40 e cerca de 90%, preferencialmente entre cerca de 50% e cerca de 80%, mais particularmente entre cerca de 65% e cerca de 75% em peso, baseado no peso total do gel lamelar.

Os álcoois graxos utilizáveis no gel lamelar aqui descrito compreendem compostos de fórmula genérica RCH2OH, onde R denota um radical hidrocarboneto saturado ou insaturado possuindo em média de 5 a 27, preferencialmente de 10 a 22 átomos de carbono, de cadeia linear ou ramificada. Álcoois graxos adequados de acordo com a presente invenção podem ser selecionados de álcoois cetilico, isocetilico, estearilico, isoestearilico, berênico, oléico, linoléico e/ou cetearilico. Os álcoois graxos podem ser utilizados individualmente ou na forma de misturas.

Uma quantidade adequada de álcool graxo aceitável no gel lamelar da presente invenção varia entre cerca de 0,1 a cerca de 40%, preferencialmente entre cerca de 3 a cerca de 35% e mais preferencialmente entre cerca de 5 a cerca de 10% em peso, baseado no peso total do gel lamelar.

Tensoativos catiônicos úteis à presente invenção podem ser todos aqueles capazes de formar uma estrutura de gel lamelar, particularmente os tensoativos quaternizados.

Os tensoativos catiônicos quaternizados preferenciais de acordo com a presente invenção são os compostos quaternários de amônio de formula geral (R,R',R",R"'N )+ X“ , em que R, R' , R" e R'" são iguais ou diferentes e em que X” representa um ânion, por exemplo cloreto. O grupo R

pode ser alifático ou carregar substituintes adicionais e N pode ser parte de um anel heterociclico ou aromático.

Nos tensoativos quaternizados mais preferidos R e R' são CH3, e R" e R"' são cadeias alifáticas ou aromáticas, por exemplo cloreto de hidroxietil cetearamidopropildimonio, tosilato de dimetilPABAmidopropil laurdimonio, quaternio 70, ou suas misturas.

Uma quantidade adequada de tensoativo catiônico no gel lamelar da presente invenção varia entre cerca de 0,001 a cerca de 30%, preferencialmente entre cerca de 0,01 a cerca de 25% e mais preferencialmente entre cerca de 0,2 a cerca de 20% em peso, baseado no peso total do gel lamelar. 0 tensoativo não-iônico, de acordo com a presente invenção, é uma alquil pirrolidona, particularmente é lauril pirrolidona, e sua quantidade pode variar entre cerca de 0,1 a cerca de 20%, particularmente entre cerca de 5 a cerca de 15%, mais particularmente entre cerca de 9 a cerca de 11% em peso em relação ao peso total do gel lamelar. O aminoácido pode ser escolhido entre glicina, lauroil lisina, arginina HC1, N-acetil cisteina ou suas misturas e suas quantidades na composição do gel lamelar de acordo com a presente invenção podem variar entre cerca de 0,1 a cerca de 5%, particularmente ente 0,5 a cerca de 1,5% em peso em relação ao peso total da composição. O gel lamelar da presente invenção é, de forma preferencial, substancialmente isento de água, ou seja, pode compreender uma pequena quantidade de água desde que seu perfil não seja substancialmente alterado.

Outro objeto da presente invenção é um processo de preparação de um gel lamelar óleo em glicol, que consiste em (1) aquecer separadamente pelo menos um glicol, pelo menos um tensoativo catiônico e pelo menos um álcool graxo até uma temperatura de cerca de 65°C a cerca de 85°C, particularmente entre cerca de 70°C e cerca de 75°C; (2) misturar sob agitação os componentes aquecidos na etapa anterior; (3) manter a agitação até a homogeneização; (4) resfriar a mistura homogeneizada até cerca de 30°C a cerca de 50°C, particularmente até de 40°C; (5) adicionar pelo menos um tensoativo não-iônico e (6) adicionar pelo menos um aminoácido.

Outros objetos da presente invenção são o uso do gel lamelar óleo em glicol na preparação de uma composição para tintura de fibras gueratinicas e processo para preparar ditas composições. 0 processo consiste em pré-dispersar todos ou parte dos agentes colorantes gue serão empregados na composição de tintura no gel lamelar óleo em glicol de acordo com a presente invenção, particularmente na proporção de 1:1. A quantidade de agentes colorantes em uma composição de tintura pode variar entre cerca de 0,5 a cerca 5% em peso, logo, a quantidade de gel lamelar empregada na pré-dispersão desses agentes também pode variar entre cerca de 0,5 a cerca 5% em peso, sendo o limitante, a completa dissolução dos agentes colorantes no gel lamelar.

Entende-se por agente colorantes na presente invenção, todos os compostos que direta ou indiretamente formam cor nas fibras queratinicas, sejam eles pigmentos ou corantes diretos ou indiretos ou seus intermediários.

Em outro aspecto, a presente invenção trata de uma composição para tintura de fibras queratinicas que compreende o gel lamelar óleo em glicol conforme a presente invenção e excipientes cosmeticamente aceitáveis. Sem qualquer limitação, os excipientes podem incluir aqueles citados no "Handbook of Food Drug and Cosmetic Excipients", Florida: CRC Press, 2000.

As composições de tintura de acordo com a presente invenção incluem, sem qualquer limitação, solução, liquido, emulsão, pseudo-emulsão, óleo que converte em gel, gel, xampu ou pó, sendo particularmente preferidas as emulsões.

As vantagens técnicas aqui mencionadas, sem que se esteja limitando a invenção a qualquer explicação técnica, se devem ao fato do gel lamelar de acordo com a presente invenção regular a reação de oxidação pela presença de seu tensoativo não-iônico, que apresenta ressonância e equilibra os subprodutos formados nos processos oxidativos, conseqüentemente a cor do agente colorante. Além disso, o gel lamelar óleo em glicol de acordo com a presente invenção proporciona maior afinidade dos agentes colorantes com a fibra queratínica, por meio da formação de complexos aniônicos-catiônicos do próprio sistema do gel lamelar com as fibras queratinicas, principalmente quando estão danificadas.

Além disso, o meio do gel lamelar apresenta polaridade menor do que o meio aquoso, permitindo que em contato com os agentes colorantes, estes apresentem difusão mais homogênea, maior interação com a fibra e menor desgaste após as lavagens. 0 gel lamelar de acordo com a presente invenção também proporciona uma diminuição do ponto de fusão de todos os componentes de seu sistema, ou, em conseqüência, propicia uma diminuição do ponto de transição vítrea em torno de 10°C, combinando as vantagens de um gel e de um creme ao mesmo tempo, apesar de ser apenas um aditivo para pré-dispersão dos agentes colorantes.

Um outro objeto da presente invenção é um processo cosmético para tintura das fibras queratinicas, realizado em qualquer tipo de estabelecimento que envolva qualquer atividade estética e/ou cosmética, que consiste em se aplicar sobre as mesmas uma quantidade eficaz de uma composição de tintura que compreende o gel lamelar óleo em glicol de acordo com o aspecto anterior da presente invenção.

Os exemplos a seguir servem para ilustrar aspectos da presente invenção sem possuir, porém, qualquer caráter limitativo. Menciona-se a aplicação no cabelo apenas por facilidade de apresentação, sem que por esse motivo haja limitação a apenas esse uso.

Exemplo 1 Processo de Preparação 69 g de 1,2,3-propanotriol foram aquecidas em um primeiro recipiente até 75°C.

Em um segundo recipiente foram aquecidas 20 g de uma mistura de álcool berênico, álcool cetearilico, álcool isoestearilico e cloreto de hidroxietil cetearamidopropildimonio até 70°C, que foi então adicionada sob agitação ao primeiro recipiente. A agitação foi mantida e a nova mistura foi resfriada até 40°C. A seguir foram adicionadas sob agitação 10 g de lauril pirrolidona e 1 g de glicina, finalizando o processo.

Exemplo 2 Estudo das propriedadades funcionais do gel lamelar do exemplo 1 - Efeito do Gel Lamelar óleo em glicol na intensidade e homogeneidade da cor assim como sua resistência a lavagens com LESS.

Bases de tinturas capilares de diversas famílias sem (controle) com o gel lamelar óleo em glicol do exemplo 1 em suas composições (BSR001) foram aplicadas em mechas de cabelo padrão caucasiano descolorido 1 ou 2 vezes segundo metodologia de mercado em laboratório. A seguir as mechas foram lavadas 10 e 15 vezes com lauril éter sulfato de sódio (LESS). 0 procedimento foi aplicado para verificar a interferência do gel lamelar nas características referentes à qualidade inicial e pós-lavagem de forma comparativa, revelando que nas três diferentes famílias de pigmentos utilizados, o gel lamelar atuou de forma a intensificar a tonalidade da cor, melhorar a distribuição dos pigmentos e a manutenção da cor após a lavagem com LESS em todas as famílias de pigmentos.

Em todos os testes, o gel lamelar foi empregado na proporção de 1:1.

Podemos observar pelas imagens comparativas das figuras 1 a 3, que, para todos os grupos avaliados, obteve- se uma melhora do poder de tingimento para todas as amostras que continham o gel lamelar de acordo com a presente invenção. Sendo esta melhora relativa ao poder de tingimento inicial, tornando a coloração mais vibrante como também a manutenção da cor após 10 e 15 lavagens em relação às amostras de referência sem o gel lamelar.

Mesmo com a inclusão de maior percentual de dano na fibra, devido aos 2 processos prévios de descoloração com temperatura elevada, podemos observar pelas imagens comparativas das figuras 4 e 5, que para todos os grupos avaliados, obteve-se uma melhora ainda mais significativa do poder de tingimento para todas as amostras que continham o gel lamelar óleo em glicol (BSR005). Sendo esta melhora relativa ao poder de tingimento inicial, tornando a coloração mais vibrante como também a manutenção da cor após 15 lavagens em relação às amostras de referência sem o produto.

Claims (25)

1. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL PARA TINTURA PERMANENTE OU SEMIPERMANENTE DE FIBRAS QUERATÍNICAS caracterizado pelo fato de que compreende (a) um glicol selecionado de butileno glicol, propileno glicol e 1,2,3- propanotriol, (b) um álcool graxo escolhido entre os de fórmula genérica RCH2OH, onde R representa um radical hidrocarboneto saturado ou insaturado possuindo de 5 a 27 átomos de carbono em média, e o radical hidrocarboneto sendo de cadeia linear ou ramificada, (c) um tensoativo catiônico quaternizado escolhido entre os compostos quaternários de amônio de formula geral (R,R',R",R"'N )+ X” , em que R, R' , R" e R"' podem ser idênticos ou diferentes, alifáticos ou carregar substituintes adicionais, X” representa um ânion e N é parte de um anel heterociclico ou aromático, (d) um tensoativo não-iônico selecionado de uma alquil pirrolidona e (e) um aminoácido escolhido entre glicina, lauroil lisina, arginina HC1, N- acetil cisterna, ou suas misturas.

2. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a quantidade de glicol está compreendida entre cerca de 40 e cerca de 90% em peso em relação ao peso total da composição.

3. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a quantidade de glicol está compreendida entre 50% e 80% em peso em relação ao peso total da composição.

4. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que a quantidade de glicol está compreendida entre 65% e 75% em peso em relação ao peso total da composição.

5. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o álcool graxo é escolhido entre álcoois cetilico, isocetilico, estearilico, isoestearilico, berênico, oléico, linoléico, cetearilico ou suas misturas.

6. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com uma das reivindicações 1 ou 5, caracterizado pelo fato de que a quantidade de álcool graxo está compreendida entre 0,1 a 40% em peso em relação ao peso total da composição.

7. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que a quantidade de álcool graxo está compreendida entre 3 a 35% em peso em relação ao peso total da composição.

8. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que a quantidade de álcool graxo está compreendida entre cerca 5 a 10% em peso em relação ao peso total da composição.

9. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o tensoativo catiônico quaternizado é escolhido entre cloreto de hidroxietil cetearamidopropildimonio, tosilato de dimetilPABAmidopropil laurdimonio, quaternio 70 ou suas misturas.

10. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com uma das reivindicações 1 ou 9, caracterizado pelo fato de que a quantidade de tensoativo catiônico está compreendida entre 0,001 a 30% em peso em relação ao peso total da composição.

11. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a quantidade de tensoativo catiônico está compreendida entre 0,01 a 25% em peso em relação ao peso total da composição.

12. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que a quantidade de tensoativo catiônico está compreendida entre 0,2 a 20% em peso em relação ao peso total da composição.

13. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a alquilpirrolidona é lauril pirrolidona.

14. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com uma das reivindicações 1 ou 13, caracterizado pelo fato de que a quantidade de tensoativo não iônico está compreendida entre 0,1 a 20% em peso em relação ao peso total da composição.

15. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que a quantidade de tensoativo não-iônico está compreendida entre 5 a 15% em peso em relação ao peso total da composição.

16. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que a quantidade de tensoativo não-iônico está compreendida entre 9 a 11% em peso em relação ao peso total da composição.

17. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a quantidade de aminoácido está compreendida entre 0,1 a 5% em peso em relação ao peso total da composição.

18. GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que a quantidade de aminoácido está compreendida entre 0,5 a 1,5% em peso em relação ao peso total da composição.

19. PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DO GEL LAMELAR ÓLEO EM GLICOL, conforme definido em uma das reivindicações 1 a 18, caracterizado pelo fato de compreende as etapas de (1) aquecer separadamente um glicol, um tensoativo catiônico e um álcool graxo até uma temperatura de 65°C a 85°C; (2) misturar sob agitação os componentes aquecidos na etapa anterior; (3) manter a agitação até a homogeneização; (4) resfriar a mistura homogeneizada entre 30°C a 50°C; (5) adicionar um tensoativo não-iônico e (6) adicionar um aminoácido.

20. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de que as temperaturas da etapa (1) variam entre 70°C e 75°C.

21. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que a temperatura da etapa (4) é 40 °C.

22. COMPOSIÇÃO PARA TINTURA PERMANENTE OU SEMIPERMANENTE DE FIBRAS QUERATÍNICAS caracterizada pelo fato de que compreende o gel lamelar óleo em glicol conforme uma das reivindicações 1 a 18 e excipientes cosmeticamente aceitáveis.

23. PROCESSO PARA PREPARAR UMA COMPOSIÇÃO PARA TINTURA PERMANENTE OU SEMIPERMANENTE DE FIBRAS QUERATÍNICAS caracterizado pelo fato de que compreende pré-dispersar todo ou parte dos agentes colorantes da composição de tintura no gel lamelar óleo em glicol conforme uma das reivindicações 1 a 18.

24. PROCESSO, de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo fato de que a proporção entre os agentes colorantes da composição de tintura e o gel lamelar óleo em glicol é de 1:1.

25. PROCESSO COSMÉTICO PARA TINTURA DAS FIBRAS QUERATÍNICAS, realizado em qualquer tipo de estabelecimento que envolva qualquer atividade estética e/ou cosmética, caracterizado pelo fato de que consiste em se aplicar sobre as mesmas uma quantidade eficaz de uma composição de tintura que compreende o gel lamelar óleo em glicol de acordo com uma das reivindicações 1 a 18.