BRPI0620135B1 - Rigid coupler for fluid ducts under pressure - Google Patents

Abstract

acoplador rígido para dutos de fluido sob pressao o acoplador rígido incluí uma válvula de fechamento (45) prolongada por um dispositivo de travamento deslizante e retrátil (32) , tubular em sua forma geral, feito de material elasticamente deformável, tendo pelo menos um batente projetado radialmente para fora (34) que forma um batente contra uma projeção radial correspondente, orientada para dentro (40) de um corpo interior móvel (22) que contém a válvula. o batente (32) possui uma extremidade aberta (35) oposta à abertura da cavidade cilíndrica de uma extremidade (29) que se conecta com o duto. a retirada simultânea do corpo interior (22) e da válvula (45) para dentro do corpo interno (22) produz o efeito de fazer com que esta extremidade aberta (35) se contraia, inserindo-a à força na cavidade cilíndrica da extremidade de conexão (29) de modo a superar o batente (34)

Description

ACOPLADOR RÍGIDO PARA DUTOS DE FLUIDO SOB PRESSÃO A presente invenção refere-se a um acoplador rígido para dutos de fluido sob pressão capaz de permitir a conexão destes dutos enquanto subsiste fluido sob pressão em um deles.

Este duto compreende, segundo a maneira prescrita per se, um elemento macho e um elemento fêmea, cujas extremidades a serem conectadas são fechadas através de válvulas. 0 elemento macho ligado a uma ferramenta acionada pelo fluido contém fluido sob pressão, enquanto o elemento fêmea, ligado à fonte de fluido não se encontra sob pressão. A patente EP 0 847 511, em nome de Demandeur, descreve um acoplador deste gênero, no qual o elemento fêmea possui uma manga externa fixa que apresenta uma extremidade de conexão a um duto de alimentação de fluido hidráulico, e um corpo interior móvel em deslizamento que contém a válvula do elemento fêmea, estando interposta, entre a manga externa e o corpo interior móvel, uma mola de retorno.

Cada válvula compreende um obturador, que vem se apoiar na hora da conexão contra o obturador da outra válvula, uma mola de retorno que pressiona esse obturador contra uma sede ou assento, e um eixo de impulsão que limita o tempo de abertura do obturador. 0 batente do elemento macho que contém fluido sob pressão é fixo, ao passo que o do elemento fêmea é montado para deslizar no elemento fêmea, de modo a poder ocupar uma posição fixa adiantada na qual o obturador se apóia contra o batente quando os elementos macho e fêmea são conectados, e de modo a recuar no elemento fêmea para poder autorizar um recuo do obturador a ela associado por uma duração superior ao tempo de abertura acima citado, sendo que a distância de recuo corresponde aproximadamente ao curso de abertura do obturador do elemento macho. 0 acoplador compreende também meios de aferrolhamento e de retorno do batente deslizante a uma posição avançada. Estes meios possibilitam o movimento de recuo do batente deslizante no momento de conexão entre os elementos macho e fêmea. Tão logo se produza esta conexão, eles aferrolham o batente deslizante em posição avançada.

Num acoplador deste gênero, é preciso permitir os movimentos de entrada e saída do corpo interior móvel com relação à manga externa fixa. Com esse fim, é costume "equilibrar hidraulicamente" o corpo interior móvel no interior da manga exterior fixa, isto é, empregar relações entre pressões de modo que a soma das forças engendradas pelos efeitos de pressão se anulem. A mola de retorno do corpo interior móvel permite compensar a fraca diferença potencial de esforços que pode ser devida às tolerâncias de fabricação, expressas em termos de diâmetros e fricções. A técnica aqui usada é denominada "de equilíbrio diferencial". A veia fluida central é contínua. Três dispositivos de impermeabilidade são empregues, entre os quais dois de diâmetro idêntico Dl e um terceiro com um diâmetro superior D2, sendo D2/D1 = V2. Esta relação permite que a seção de impermeabilidade com o pequeno diâmetro Dl seja idêntica à seção da coroa formada entre os pequenos diâmetros Dl e o grande diâmetro D2. A alimentação com fluido sob pressão na coroa entre o grande e o pequeno diâmetro é feita graças à obliqüidade de um orifício de transferência que atravessa o corpo interior móvel.

As forças exercidas sobre os dois dispositivos de impermeabilidade de pequeno diâmetro e sobre a coroa entre o grande e o pequeno diâmetro são de mesma intensidade, porém de sentidos opostos, o que equilibra a posição do corpo interior móvel na manga externa fixa num ponto predefinido pelos batentes da mola de retorno do corpo interior móvel.

Esta técnica é economicamente vantajosa, para a produção de peças mecânicas, e apresenta boas características hidrodinâmicas, mas a relação mecânica entre o corpo interior móvel que atinge especificamente o obturador fêmea, e a manga externa fixa é suficientemente complexa para ser posta em funcionamento.

Para garantir essa relação mecânica, os meios de aferrolhamento e de retorno do batente deslizante à posição avançada compreendem, o mais freqüentemente, mancais móveis internos, e externos em relação ao corpo interior móvel do elemento fêmea, e postos em correlação entre si pelos batentes ou piões que atravessam o corpo interior móvel.

Estes elementos permitem, ao mesmo tempo, equilibrar (no sentido hidráulico) as posições dos obturadores dos elementos' macho e fêmea em uma posição de circuito que passa pelo fluido hidráulico, e autorizar uma passagem do obturador no interior do elemento fêmea para garantir o aferrolhamento mecânico dos elementos macho e fêmea apesar da proeminência de cerca de 3 mm a 4 mm do obturador do elemento macho, devido ao fluido sob pressão que ele contém.

Estando os elementos macho e fêmea mecanicamente conectados e aferrolhados, a abertura do circuito hidráulico e, portanto, também o equilíbrio das válvulas dos elementos macho e fêmea, são feitos submetendo-se a pressão à linha hidráulica no elemento fêmea até que a pressão seja ali suficiente para conter a pressão existente no elemento macho e abrir a válvula deste último.

Esta disposição exige que se recorra a um grande número de componentes e necessita, pois, uma grande precisão na produção e na montagem desses componentes, o que agrava o custo global do produto. A presente invenção visa evitar esses inconvenientes, fornecendo um acoplador rígido para dutos de fluido sob pressão que comporta uma reduzida quantidade de componentes, em especial para poder garantir o aferrolhamento seletivo e o retorno do batente deslizante à posição avançada.

Com tal finalidade, a invenção tem por objeto um acoplador rígido para dutos de fluido sob pressão, tal como o preâmbulo o descreve, e no qual a válvula do elemento fêmea é prolongada posteriormente por um dispositivo retrátil, de forma geral aproximadamente tubular, produzido em matéria-prima elasticamente deformável, apresentando pelo menos uma protuberância radial orientada para a correspondente parte interna do corpo interno, bem como uma extremidade aberta em relação à embocadura da cavidade cilíndrica da extremidade de acoplamento. 0 recuo simultâneo do corpo interno na manga externa e da válvula no corpo interno tem por efeito recolher esta extremidade aberta, introduzindo-a à força na referida cavidade cilíndrica da extremidade de acoplamento, de modo a cancelar o referido batente.

Assim, a idéia da invenção consiste em associar a válvula do elemento fêmea a um dispositivo único que comporta o batente da válvula e está habilitada a se deformar elasticamente no momento da conexão entre os elementos macho e fêmea, de modo a superar o batente e permitir o tempo extra da válvula. Este dispositivo elástico permite evitar que a válvula do elemento fêmea se meta no interior do elemento fêmea a partir de algum esforço axial devido às forças hidrodinâmicas do fluxo "macho em direção à fêmea", e provoca um fechamento acidental do circuito. A produção deste acoplador é pouco onerosa porque ele se compõe apenas de um batente elástico.

De um modo vantajoso, a embocadura da cavidade cilíndrica da extremidade de acoplamento é chanfrada, de maneira a formar um plano inclinado anular, e a extremidade aberta do dispositivo retrátil possui forma troncônica para poder deslizar contra esse plano inclinado anular, se recolher e se introduzir na cavidade.

Em uma forma de produção preferencial, o dispositivo retrátil apresenta ao menos duas fendas longitudinais que criam lingüetas longitudinais, cuja manutenção na posição normal é garantida pela elasticidade do dispositivo retrátil. 0 batente retrátil comporta, por exemplo, uma parte anterior de fixação à válvula e um corpo principal, em forma de haste, munido ao menos de duas aletas de orientação, em projeção radial era direção ao exterior, que não perturbam o escoamento de fluido e garantem o posicionamento e a orientação do batente deslizante no corpo interior.

Para ser mais bem compreendido, a invenção é novamente descrita mais adiante, com a referência do desenho esquemático em anexo que' representa a titulo de exemplo não limitativo, uma das formas de produção. A figura 1 é uma vista em corte longitudinal do elemento fêmea de acordo com a invenção. A figura 2 é uma vista em perspectiva de um componente do elemento fêmea do acoplador rígido em apreço.

As figuras de 3 a 6 são vistas em cortes longitudinais de três posições sucessivas da conexão entre os elementos macho e fêmea do acoplador. A figura 7 é uma elevação semelhante à da figura 3, na qual o elemento macho não contém fluido sob pressão. 0 acoplador em conformidade com a invenção representado nas figuras compreende um elemento macho 2 e um elemento fêmea 3 cujas extremidades a serem conectadas são fechadas através de válvulas.

Na figura 1, o elemento fêmea 3 compreende três peças montadas 25, 26 e 27 que formam uma manga externa fixa 28 e uma extremidade 29, denominada "adaptador", de conexão com o duto, e duas peças montadas 20 e 21 que formam um corpo interior 22 contendo a válvula do elemento fêmea 3. O corpo interior 22 é móvel e desliza em correlação com a manga exterior 28, sendo entre eles interposta uma mola 30. A mola 30 mantém normalmente o corpo interior 22 e a manga exterior 28 na posição relativa mostrada na figura 1. A válvula do elemento fêmea 3 compreende uma sede formada por uma protuberância anular 31 e um obturador 45 prolongado anteriormente por um chanfro profundo cilíndrico 46. A válvula 45 é prolongada posteriormente por um dispositivo retrátil 32 de forma geral aproximadamente tubular feita em matéria termoplástica de alta tecnicidade, com um diâmetro correspondente à engrenagem próxima do diâmetro interno da peça 21 do corpo interior 22, de maneira a deslizar no corpo 22.

Conforme indicado mais em particular na figura 2, o batente retrátil 32 comporta uma parte anterior de fixação à válvula 45 e um corpo principal em forma de haste equipado com quatro aletas de orientação 47, em protuberância radial em direção ao exterior. Estas aletas 47 garantem também um posicionamento e uma orientação do dispositivo 32 no corpo interior 22 e não perturbam o escoamento do fluido e permitem também adequar uma seção de passagem de fluido suficiente para garantir bons desempenhos hidrodinâmicos do conjunto, ou seja, uma superfície projetada de cerca de 100 mm2. A parte posterior do dispositivo retrátil 32 é aberta em relação à embocadura da cavidade cilíndrica da extremidade 29 de conexão e apresenta duas fendas longitudinais que criam lingüetas longitudinais 33, de frente uma para a outra e diametralmente opostas, cuja manutenção em posição normal é garantida pela elasticidade do dispositivo 32.

As duas lingüetas 33 são elasticamente deformáveis em direção radial, no sentido do interior, de modo a formarem uma espécie de pinça, e elas desembocam fora do corpo interior 22, perto da extremidade 29 de conexão com o duto. A peça 20 atrás da peça 21 apresenta consecutivamente, de frente para trás, um primeiro diâmetro interno que corresponde aproximadamente ao diâmetro interno da peça 21, em seguida um segundo diâmetro interno ainda inferior que corresponde aproximadamente ao diâmetro interno da extremidade 29 de conexão ao duto de alimentação em fluido (não-mostrado). A parede posterior das aletas 47 do dispositivo 32 se apóia contra uma mola 41, a qual se apóia contra uma projeção que delimita os referidos primeiro e segundo diâmetros internos da peça 20 do corpo interior 22.

As lingüetas 33 são rodeadas pelas espiras da mola 41. Com tal finalidade, as duas lingüetas 33 são essencialmente inscritas em um volume cilíndrico de diâmetro que corresponde à engrenagem próxima ao terceiro diâmetro interno da peça 20 que forma parte do corpo interior 22.

Todavia, as lingüetas 33 apresentam, cada qual, uma protuberância radial 34 orientada para fora, cujo diâmetro exterior corresponde à engrenagem próxima do segundo diâmetro interno da peça 20 do corpo 22. A projeção 34 forma um batente contra uma projeção anular 40, que delimita os referidos segundo e terceiro diâmetros internos da peça 20 do corpo interior 22.

Além disso, as extremidades das lingüetas 33 que desembocam fora da peça 20 do corpo interior 22, na proximidade da extremidade 29 de conexão ao duto, formam igualmente, cada uma, uma projeção 35 radial em sentido externo, inscrita em um volume em tronco de cone, de forma complementar a ura plano inclinado anular, adequado à embocadura do adaptador 29 e inclinado em direção ao duto.

As lingüetas 33 são aptas a se introduzirem no interior do adaptador 29 ao se deformarem radialmente em sentido externo sob a pressão de empuxo do dito plano inclinado anular na embocadura do adaptador 29 contra os planos inclinados correspondentes formados pela projeção 35 nas extremidades das lingüetas 33.

Além disto, a peça 21 do corpo interior 22 compreende, no nível de sua cavidade destinada a receber o elemento macho 2, batentes 51, aplicados a alinhamentos radiais adequados através da parede da peça 21 do corpo 22. Tais batentes 51 são radialmente móveis, dentro daqueles alinhamentos, movimentando-se entre uma posição interna, representada nas figuras 1, 4, 5, e uma posição externa, representada nas figuras 3, 6 e 7.

Quanto à manga externa 28, ela compreende, à mesma altura de tais batentes 51, uma protuberância anular interna 55 com painéis laterais inclinados, delimitando dois sulcos 56 e 57. A figura 3 ilustra a primeira etapa de conexão do acoplador objeto da invenção, quando o elemento macho 2 é aplicado à cavidade do elemento fêmea 3.

Consoante o modo prescrito per se, a válvula do elemento macho compreende uma sede 5, uma válvula 6 prolongada do lado interior por uma haste de orientação 7, uma mola de retorno 8 que pressiona tal válvula 6 contra a sede 5, e um batente fixo 9 que recebe a haste 7 em deslizamento e na qual se apóia a mola 8. 0 batente 9 limita o decurso de abertura da válvula 6.

Do lado externo, a válvula 6 compreende um chanfro profundo cilíndrico 15 que se vem apoiar contra o chanfro cilíndrico 46 da válvula 45 do elemento fêmea no momento da conexão entre os elementos macho e fêmea.

Além disto, o elemento macho 2 compreende uma protuberância anular externa 16 com painéis laterais inclinados, delimitando dois sulcos 17 e 18. 0 elemento macho 2, ligado à ferramenta acionada pelo fluido, contém fluido sob pressão, ao passo que o elemento fêmea 3, ligado à fonte de fluido, não se encontra sob pressão.

Durante a aliciação do elemento macho 2, a protuberância 16 vem ao encontro dos batentes 51 que são mantidos em uma posição interna máxima pela projeção 55, situada de frente para a protuberância. Simultaneamente, o chanfro 15 da válvula 6 vem ao contato do chanfro correspondente 46 da válvula 45. 0 prolongamento da aplicação do elemento macho 2 provoca um deslocamento, em direção à direita da figura, do corpo interior 22 com relação à manga externa 28.

Esse deslocamento deflagra uma compressão das molas 30 e 41, bem como o acionamento das lingüetas 33 no interior do adaptador 29 por deformação radial na direção do interior (recolhimento) sob a contrapressâo do plano inclinado anular na embocadura do adaptador 29 contra os planos inclinados correspondentes formados pelas projeções 35 nas extremidades das lingüetas 33.

Este deslocamento prossegue até que os batentes 51 se achem em face do sulco 57 e sejam empurrados neste pelo painel lateral inclinado da protuberância 16.

Aqui, o recuo ao encontro da mola 41 e, portanto, a deformação radial das lingüetas 33 são suficientemente importantes porque as protuberâncias 34 das lingüetas 33 são acionadas "sob" a projeção anular 40 da peça 20 do corpo interior 22 de modo que o batente de limitação do decurso da válvula 45 fica assim retraído.

Estando o elemento macho 2 completamente engajado na cavidade do elemento fêmea 3, o sulco 17 vem à frente dos batentes 51, e estes batentes 51 são expulsos desse sulco 17, o que produz o aferrolhamento dos elementos macho 2 e fêmea 3.

Após o relaxamento do esforço axial de engajamento do elemento macho 2 no elemento fêmea 3, representado na figura 4, a mola 30 é liberada e devolve o corpo interno 22 e a manga exterior 28 a sua posição relativa original, estando as extremidades das lingüetas 33 "recolhidas" no interior do adaptador 29.

Quando a pressão é estabelecida no elemento fêmea 3, o fluido desloca o dispositivo 32 e a válvula 45 em direção à esquerda das figuras, até a sua posição representada na figura 5.

Graças à mola 41, as duas válvulas são então abertas, com as duas válvulas 6 e 45 imobilizadas em posição, estando a válvula 6 em posição de ímpulsão contra o batente fixo 9, e a válvula 45 e seu dispositivo de suporte 32 em posição de apoio contra a mola 41.

As lingüetas 33 são liberadas de sua posição no interior do adaptador 29 e permanecem em posição "aberta", não recolhida, graças a sua elasticidade natural. Elas vêm então exercer impulso, através de suas protuberâncias 34, contra a projeção anual 40 (do batente de limitação do curso) da peça 20 do corpo 22, de modo que o impulso de limitação de curso da válvula 45 é restabelecido. A desconexão (ver figura 6) dos elementos macho 2 e fêmea 3 é produzida operando-se uma tração sobre o elemento macho, o que desloca o corpo interior 22 em direção à esquerda, até que os batentes 51 passem no sulco 56. A válvula do elemento fêmea 3 é então fechada de modo estanque. 0 escoamento do fluido através do dispositivo 32 não é perturbado e as aletas de orientação 4 7 permitem que esse escoamento seja otimizado.

Aliás, a válvula 45 faz parte integral do dispositivo 32 e é perfeitamente guiada no corpo 22, o que garante uma boa resistência da válvula às pressões elevadas. A mola 9 é menos rígida do que a mola 41, de modo que, em caso de ausência de pressão no elemento macho 2, a válvula do elemento macho 2 se abre (ver figura 7) graças à única força de retorno da mola 41 superior, de acordo com a norma ISO 7241-A em W', a 45 N. 0 dispositivo 32 é aqui produzido em matéria termoplástica de alta tecnicidade, mas poderia ser alternativamente produzido em latão, em aço inoxidável ou em qualquer material que possa ser submetido às seguintes contingências: - um módulo de elasticidade longitudinal elevado para suportar os esforços de compressão devidos ao componente axial dos esforços hidrodinâmicos; - um módulo de elasticidade transversal elevado, a fim de desenvolver um esforço suficiente para o retorno das lingüetas 33 do dispositivo 32 em posição aberta (não-recolhida) e, portanto, em impulso contra a projeção 40; - um coeficiente de alongamento Al elevado, para suportar uma flecha importante das lingüetas 33 sem deformação residual; uma manutenção das características mínimas a temperaturas superiores a 110°C;

Como se pode ver, a invenção não se limita à forma única de produção, descrita acima à guisa de exemplo indicativo. Ela açambarca, ao contrário, todas as variantes de produção e de apreciação que respeitam o mesmo principio. Assim, especificamente, não representaria um afastamento do contexto da invenção a produção da válvula 45 ou do dispositivo 32 em vários elementos montados de um mesmo material ou de materiais diferentes.

Seria igualmente possível conceber um mecanismo similar com um dispositivo também em forma de pinça dentada, porém solidária, do adaptador 29.

Durante a fase de conexão, no momento do movimento de recuo, esse dispositivo é acionado em fechamento pelo pistão (peça 20), cancelando-se assim na hora do recuo com um duplo decurso da válvula 45 do elemento fêmea. No equilibramento, graças a sua elasticidade, a "pinça" de novo se desenvolve em posição aberta e garante um impulso positivo à válvula 45 devolvida à posição de circuito aberto.

Esta alternativa que não entra no contexto da presente invenção apresenta interesse na medida da escolha de materiais que poderíam ser mais clássicos do que na presente invenção, pois suas características técnicas e dimensionais poderíam ser repartidas sobre duas peças, ao invés de uma só.

Por outro lado, as características desta versão são limitadas em termos de fluxo de retorno máximo autorizado. Esta limitação está diretamente ligada às características de força da mola 30 de retorno do corpo interior móvel 22.

Com efeito, o conjunto de válvulas dos elementos macho 2 e fêmea 3 é submetido a esforços hidrodinâmicos, em uma vazão, ou fluxo, do elemento macho 2 no sentido do elemento fêmea 3, que vão empurrar a "pinça" do adaptador 29, ou seja, um elemento da manga exterior fixa 28. De outro lado, a força de reação a tais esforços hidrodinâmicos é garantida pelo mecanismo de aferrolhamento do elemento macho 2 que é solidarizado ao corpo interior móvel 22 do elemento fêmea 3 e que tem, portanto, a tendência de sair da manga exterior fixa 28. Somente a mola 30 compensa esse fenômeno entre os dois referenciais fixo e móvel e, quando o esforço devido às forças hidrodínâmicas se torna mais importante do que o esforço da mola 30, o elemento macho 2 se desagrega de um modo inopinado, provocando um fechamento brutal do circuito hidráulico. É preciso então reconectar o elemento macho 2 para repor o sistema hidráulico em funcionamento.

Os limites constatados em bancos de ensaio demonstram o aparecimento de uma desconexão acidental, em torno de 150 1/mn para uma mola 30 calibrada a 220 N e uma junta hidráulica com 1/2" de tamanho e apresentando seções de passagem, relativamente contínuas, com cerca de 100 mm2.

REIVINDICAÇÕES

Claims (4)

1. Acoplador rigido para dutos de fluido sob pressão, capaz de permitir a conexão de tais dutos enquanto persiste fluido sob pressão em um deles, do tipo que compreende um elemento macho (2) e um elemento fêmea (3), cujas extremidades a serem conectadas são fechadas por válvulas estando o elemento macho (2) ligado ao duto no qual subsiste o fluido sob pressão, possuindo o elemento fêmea (3) uma manga externa fixa (28) que comporta uma extremidade (29) de conexão com o outro duto, e um corpo interno (22), o qual contém a válvula do elemento fêmea (3), e que é móvel deslizando na manga externa (28), compreendendo cada válvula um obturador (6, 45) que vem se apoiar contra o obturador (45, 6) da outra válvula no momento da conexão, uma mola de retorno (8, 41) que pressiona essa válvula (6, 45) contra uma sede (31, 5) e uma proeminência (9, 34) limitando o tempo de abertura da válvula (6, 45), sendo o batente (6) do elemento macho fixo (2), ao passo que o outro batente (34) é montado para deslizar no elemento fêmea (3), de modo a poder ocupar uma posição fixa avançada na qual a válvula (45) a ele associada fique apoiada contra a protuberância (34) quando os elementos macho (2) e fêmea (3) são conectados, e de modo a poder recuar no elemento fêmea (3) a fim de autorizar um recuo de sua válvula (45) além da duração e curso da abertura previamente citada, correspondendo a distância de recuo a aproximadamente o tempo de abertura da válvula (6) do elemento macho (2), estando previstos e habilitados meios (33) de aferrolhamento e de retorno da projeção deslizante (34) a uma posição avançada, habilitados a permitirem o movimento de recuo da projeção deslizante (34) no momento da conexão dos elementos macho (2) e fêmea (3), e a aferrolharem a projeção deslizante (34) em posição avançada uma vez produzida tal conexão, caracterizado pelo fato de a válvula (45) do elemento fêmea (3) ser prolongada posteriormente por um dispositivo retrátil (32) de forma geral aproximadamente tubular feita em matéria elasticamente deformável, e apresentando ao menos uma protuberância radial (34) em direção ao exterior, formando impulso contra uma protuberância radial (40) em direção à parte interior correspondente do corpo interior (22), bem como uma extremidade aberta (35) em relação à embocadura da cavidade cilíndrica da extremidade (29) de conexão, tendo o recuo simultâneo do corpo interior (22) na manga externa (28) e da válvula (45) no corpo interior (22) por conseqüência recolher essa extremidade aberta (35) introduzindo-a à força na referida cavidade cilíndrica da extremidade (29) de conexão de modo a cancelar o referido impulso (34).

2. Acoplador rígido, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a embocadura da cavidade cilíndrica da extremidade (29) de conexão ser chanfrada de modo a formar um plano inclinado anular e, pelo fato de a extremidade aberta (35) do dispositivo retrátil (32) possuir forma troncônica para deslizar contra esse plano anular, se recolher e se introduzir na cavidade.

3. Acoplador rígido, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de o dispositivo retrátil (32) apresentar ao menos duas fendas longitudinais criando lingüetas longitudinais (33) cuja manutenção em posição normal é garantida pela elasticidade do dispositivo (32).

4. Acoplador rígido, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo fato de o dispositivo retrátil (32) comportar uma parte anterior de fixação à válvula (45) e um corpo principal, em forma de haste, munido de ao menos duas aletas de orientação (47) em protuberância radial no sentido do exterior.