Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "COMPOS- TOS DE AMINOFENILSULFONAMIDA SUBSTITUÍDOS COMO INIBIDO- RES DE PROTEASE DE HIV".
A presente invenção refere-se a compostos de aminofenilsulfo- namida substituídos, ao uso dos mesmos como inibidores de protease, parti- cularmente, como inibidores de protease de HIV de amplo espectro, a pro- cessos para preparação dos mesmos, bem como composições farmacêuti- cas e kits de diagnóstico que contêm os mesmos.
O vírus que causa a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é conhecido por diversos nomes, inclusive vírus de T-linfócito Ill (H- TLV-III) ou vírus associado à Iinfadenopatia (LAV)1 ou vírus associado à AIDS (ARV) ou vírus de imunodeficiência humana (HIV). Até o presente, fo- ram identificadas duas famílias distintas, isto é, HIV-1 e HIV-2. Doravante, HIV é usado para designar genericamente esses vírus. Um dos caminhos críticos em um ciclo de vida retroviral é o pro-
cessamento de precursores por protease aspártica. Por exemplo, a proteína de gag-pol virai de HIV é processada por protease de HIV. O processamento correto das poliproteínas precursoras pela protease aspártica é necessário para a reunião de vírus infecciosos, desse modo, tornando a protease aspár- tica um alvo atraente para terapia antiviral. Particularmente para o tratamen- to de HIV, a protease de HIV é um alvo atraente.
Os inibidores de protease de HIV (PIs)1 normalmente, são admi- nistrados a pacientes de AIDS, em combinação com outros compostos anti- HIV, tais como, por exemplo, inibidores de transcriptase inversa de nucleosí- dio (NRTIs), inibidores de transcriptase inversa de não-nucleosídio (NNR- Tls), inibidores de fusão, tais como T-20 ou outros inibidores de protease. Apesar do fato de esses agentes anti-retrovirais serem muito úteis, eles têm uma limitação em comum, a saber, as enzimas selecionadas em HIV são capazes de sofrer mutações, de tal modo que os fármacos conhecidos tor- nam-se menos eficientes, ou até mesmo ineficientes contra esses vírus de HIV mutantes. Ou1 em outras palavras, HIV cria uma resistência crescente contra os fármacos disponíveis. O
Resistência de retrovírus e, particularmente, HIV1 contra inibido- res é uma causa importante de falha na terapia. Por exemplo, metade dos pacientes que recebem uma terapia de combinação anti-HIV não respondem completamente ao tratamento, principalmente devido à resistência dos vírus contra uma ou mais dos fármacos usados. Além disso, mostrou-se que vírus resistentes são transmitidos a indivíduos recém-infectados, resultando em opções de terapia severamente limitadas para esses pacientes não previa- mente submetidos o fármacos. Portanto, existe uma necessidade na técnica de novos compostos para terapia de retrovírus, mais particularmente, para terapia de AIDS. A necessidade na técnica é particularmente aguda para compostos que são ativos, não apenas em HIV do tipo nativo, mas também l; no HIV resistente, crescentemente mais comum.
Agentes anti-retrovirais conhecidos, freqüentemente administra- dos em um regime de terapia de combinação, eventualmente causam resis- tência, tal como mencionado acima. Isso freqüentemente pode obrigar o médico a elevar os níveis de plasma dos fármacos ativos, para que os refe- ridos agentes anti-retrovirais recuperem a eficiência contra o HIV mutante. A conseqüência disso é um aumento altamente indesejável de carga de pílu- las. O aumento dos níveis de plasma também pode levar a um risco maior de não concordância com a terapia prescrita. Desse modo, é importante não apenas ter compostos que apresentam atividade para um amplo âmbito de mutantes de HIV, como também é importante que haja pouca ou nenhuma variação na relação entre atividade contra vírus de HIV mutantes e atividade contra vírus de HIV do tipo nativo (também chamada de resistência duplica- da ou FR) sobre um amplo âmbito de variedades de HIV mutantes. Sendo assim, um paciente pode permanecer no mesmo regime de terapia de com- binação por um período de tempo mais longo, uma vez que a possibilidade de que um vírus de HIV mutante seja sensível aos ingredientes ativos é au- mentada.
Encontrar compostos com uma alta potência para o tipo nativo e
para uma ampla variedade de mutantes também é importante, uma vez que a carga de pílulas pode ser reduzida se os níveis terapêuticos forem manti- dos em um mínimo. Uma maneira de reduzir essa carga de pílulas é encon- trar compostos anti-HIV com boa biodisponibilidade, isto é, um perfil farma- cocinético e metabólico favorável, de modo que a dose diária possa ser mi- nimizada e, conseqüentemente, também o número de pílulas a ser tomado.
Outra característica importante de um bom composto anti-HIV é
que a ligação de proteína de plasma do inibidor tem um efeito mínimo ou nenhum sobre sua potência.
Até o presente, existem diversos inibidores de protease no mer- cado ou estão sendo desenvolvidos.
Um desses inibidores de protease é chamado de TMC 114, ou
darunavir, um novo inibidor de protease sob investigação clínica para o tra- l: tamento de infecções de HIV. Darunavir tem o seguinte nome químico: (2R,3aS,6aR)-hexaidrofuro[2,3-b]furan-3-il N-[(1 S,2R)-1 -benzil-2-hidróxi-3-(N 1-isobutilsulfanilamido)propil]carbamato e a seguinte estrutura química:
TMC 114, um inibidor de protease do vírus de imunodeficiência
humana do tipo 1 (HIV-1), é extremamente potente, tanto contra vírus do tipo nativo (wt) como resistetes a múltiplos fármacos (MDR)1 in vitro assim como in vivo. Embora quimicamente semelhante a amprenavir (APV), a potência de TMC 114 é substancialmente maior. Ele está destinado para ser ativo contra HIV, que é resistência a inibidores de protease atualmente disponí- veis.
Embora TMC 114 tenha essas propriedades excelentes, existe, constantemente, uma alta necessidade médica de novos inibidores de pro- tease, que sejam capazes de combater um amplo espectro de mutantes de HIV, com pequena variação na resistência duplicadada, tenham boa biodis- ponibilidade e sofram pouco ou nenum efeito sobre sua potência devido à ligação de proteínas de plasma. Surpreendentemente, descobriu-se que os compostos de ami- nofenilsulfonamida substituídos da presente invenção têm um perfil farmaco- lógico e farmacocinético favorável. Não apenas eles são ativos contra HIV do tipo nativo, mas também mostram uma atividade de amplo espectro con- tra diversos HIV mutantes, que apresentam resistências contra os inibidores de proteína conhecidos.
A presente invenção refere-se a compostos de aminofenilsulfo- namida substituídos como inibidores de protease, com a fórmula:
^ <0 N-R1
ou N-óxido, sal, forma estereoisomérica, mistura racêmica, pró- fármaco, éster ou metabólito dos mesmos, sendo que
R1 e R2 são, independentemente um do outro, hidrogênio, Ci-e- alquila, de preferência, Ci-4-alquila, opcionalmente substituída por Ci-6- alquilóxi, hidroxila, C3-? cicloalquila, arila, benzodioxolila, Het1, Het2 ou X, sendo que:
X é um carbono ou nitrogênio, opcionalmente substituído por -
C(=0)-NH2, Ci-6alquilóxi-C(=0)- ou Ci-6alquil-C(=0)-,
arila, como um grupo ou parte de um grupo, pode incluir fenila, que pode estar opcionalmente substituída com um ou mais substituintes, escolhidos, independentemente, de Ci-6alquila, Ci-6alquilóxi, aminoCi- 6alquila, halogênio, hidróxi, amino, nitro, ciano, haloCi-6alquila, carboxila, Ci- 6alcoxicarbonila, C3-7Cicloalquila, opcionalmente mono- ou dissubstituída, Het1, Het2 aminocarbonila, metilendióxi, metiltio ou metilsulfonila, opcional- mente mono- ou dissubstituído,
Het1 como um grupo ou parte de um grupo, é definido como um heterociclo monocíclico, bicíclico ou tricíclico, saturado ou parcialmente insa- turado, com, de preferência, 3 a 14 membros anelares, de modo particular- mente preferido, 5 a 10 membros anelares e, de modo particularmente prefe- rido, 5 a 6 membros anelares, que contém um ou mais membros anelares de heteroátomo, escolhidos de nitrogênio, oxigênio ou enxofre, que está opcio- nalmente substituído em um ou mais átomos de nitrogênio e/ou carbono por Ci.6alquila, Ci_6alquilóxi, aminoC^alquila, halogênio, hidróxi, acetila, oxo, amino, opcionalmente, mono- ou dissubstituído, aminoalquila, nitro, ciano, haloCi-6alquila, carboxila, Ci-6alcoxicarbonila, C3-7cicloalquila, opcionalmen- te, mono- ou dissubstituído, aminocarbonila, metiltio, metilsulfonila, arila, op- cionalmente mono- ou dissubstituído, e um ciclo ou heterociclo monocíclico, bicíclico ou tricíclico, saturado ou parcialmente insaturado, com 3 a 14 mem- bros anelares; e sendo que Het2 como um grupo ou parte de um grupo, é definido como um
heterociclo aromático, monocíclico, bicíclico ou tricíclico, com, de preferên- cia, 3 a 14 membros anelares, de modo particularmente preferido, 5 a 10 membros anelares e, de modo particularmente preferido, 5 to 6 membros anelares, que contém um ou mais membros anelares de heteroátomo, esco- Ihidos de nitrogênio, oxigênio ou enxofre, que está opcionalmente substituído em um ou mais átomos de nitrogênio e/ou carbono por Ci-6alquila, que pode estar opcionalmente substituída por C3-7cicloalquila, Ci-6alquilóxi, aminoCi- 6alquila, halogênio, hidróxi, amino, opcionalmente, mono- ou dissubstituído, nitro, ciano, haloCi-6alquila, carboxila, Ci-6alcoxicarbonila, C3-7Cicloalquila, aminocarbonila, metiltio, metilsulfonila, arila, Het1, opcionalmente mono- ou dissubstituído, e um ciclo ou heterociclo aromático, monocíclico, bicíclico ou tricíclico, com 3 a 12 membros anelares.
Compostos de interesse de acordo com a invenção são os com- postos com a fórmula estrutural (I)1 na qual Ri é hidrogênio e R2 é Ci-6- alquila, de preferência, C1-^alquila, substituída por arila, que está substituída por halogênio, ou sendo que a referida C^e-alquila, de preferência, Ci-4- alquila, está substituída por Het21 ou sendo que a referida Ci-6-alquila, de preferência, Ci-4-alquila, está substituída por benzodioxolila.
Compostos preferidos são os da fórmula estrutural (I), na qual Ri é hidrogênio e R2 é Ci-4-alquila, substituída por arila, que está dissubstitu- ída por flúor, ou na qual a referida Ci-4alquila está substituída por um hetero- ciclo monocíclico, saturado, com 6 membros anelares, contendo nitrogênio. 13
e
São especialmente preferidos os compostos com a fórmula
N-Ri
ou N-óxido, sal, forma estereoisomérica, mistura racêmica, pró- fármaco, éster ou metabólito dos mesmos, sendo que
R1 e R2 são, independentemente um do outro, hidrogênio, Ci-e- alquila, de preferência, Ci-4-alquila, opcionalmente substituída por Ci-6 alqui- lóxi, hidroxila, C3-7 cicloalquila, arila, benzodioxolila, Het1 , Het2OU X, sendo que;
X é um carbono ou nitrogênio, opcionalmente substituído por - C(=0)-NH2, Ci.6alquilóxi-C(=0)- ou Ci-6alquil-C(=0)-, arila, como um grupo ou parte de um grupo, pode incluir fenila,
que pode estar opcionalmente substituída com um ou mais substituintes, escolhidos, independentemente, de Ci-6alquila, Ci-6alquilóxi, aminoCi- 6alquila, halogênio, hidróxi, amino, opcionalmente, mono- ou dissubstituído, nitro, ciano, haloCi-6alquila, carboxila, Ci-6alcoxicarbonila, C3-7Cicloalquila, opcionalmente mono- ou dissubstituído, Het1, Het2 aminocarbonila, metilen- dióxi, metiltio ou metilsulfonila, opcionalmente, mono- ou dissubstituído,
Het1 como um grupo ou parte de um grupo, é definido como um heterociclo monocíclico, bicíclico ou tricíclico, saturado ou parcialmente insa- turado com, de preferência, 3 a 14 membros anelares, de modo particular- mente preferido, 5 a 10 membros anelares e, de modo particularmente prefe- rido, 5 a 6 membros anelares, que contém um ou mais membros anelares de heteroátomo, escolhidos de nitrogênio, oxigênio ou enxofre, e que está op- cionalmente substituído em um ou mais átomos de nitrogênio e/ou carbono por Ci-6alquila, Ci_6alquilóxi, aminoCi-ealquila, halogênio, hidróxi, acetila, oxo, amino, opcionalmente, mono- ou dissubstituído, aminoalquila, nitro, cia- no, haloCi-ealquila, carboxila, Ci.6alcoxicarbonila, C3-7Cicloalquila, opcional- mente, mono- ou dissubstituído, aminocarbonila, metiltio, metilsulfonila, arila, opcionalmente mono- ou dissubstituído, e um ciclo ou heterociclo monocícli- co, bicíclico ou tricíclico, saturado ou parcialmente insaturado, com 3 a 14 membros anelares; e sendo que
Het2 como um grupo ou parte de um grupo, é definido como um heterociclo aromático, monocíclico, bicíclico ou tricíclico, com, de preferên- cia, 3 a 14 membros anelares, de modo particularmente preferido, 5 a 10 membros anelares e, de modo particularmente preferido, 5 a 6 membros a- nelares, que contém um ou mais membros anelares de heteroátomo, esco- lhidos de nitrogênio, oxigênio ou enxofre, que está opcionalmente substituído em um ou mais átomos de nitrogênio e/ou carbono por Ci-6alquila, que pode estar opcionalmente substituída por C3-7Cicloalquila, Ci_6alquilóxi, aminoCi- 6alquila, halogênio, hidróxi, amino, nitro, ciano, haloCi-6alquila, carboxila, Ci- l,! 6alcoxicarbonila, C^cicloalquila, opcionalmente, mono- ou dissubstituído, aminocarbonila, metiltio, metilsulfonila, arila, Het1, opcionalmente mono- ou dissubstituído, e um ciclo ou heterociclo aromático, monocíclico, bicíclico ou tricíclico, com 3 a 12 membros anelares.
Dos compostos de acordo com a fórmula estrutural (II), os com- postos de interesse são aqueles nos quais Ri é hidrogênio e R2 é Cve- alquila, de preferência, Ci-4-alquila, substituída por arila, que está substituída por halogênio, ou sendo que a referida Ci-6-alquila, de preferência, C1-4- alquila, está substituída por Het2, ou sendo que a referida Ci-6-alquila, de preferência, Ci.4-alquila, está substituída por benzodioxolila.
São preferidos os compostos com a fórmula estrutural (II), nos quais Ri é hidrogênio e R2 é Ci-4-alquila, substituída por arila, que está dis- substituída por flúor, ou sendo que a referida Ci-4-alquila está substituída por um heterociclo monocíclico, saturado, com 6 membros anelares contendo nitrogênio.
São especialmente preferidos os compostos com o nome quími- co éster hexaidro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido (3-{[4-amino-3-(2,4-diflúor- benzilamino)-benzenossulfonil]-isobutil-amino}-1-benzil-2-hidróxi-propil)- carbâmico ou éster hexaidro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido [3-({4-amino-3- [(piridin-2-ilmetil)-amino]-benzenossulfonil}-isobutilamino)-1-benzil-2-hidróxi- propii]- carbâmico. Além disso, a presente invenção refere-se a preparações farma- cêuticas, que como constituintes ativos contêm uma dose eficaz de pelo me- nos um dos compostos da fórmula (I ou II), além dos excipientes e adjuvan- tes usuais, farmaceuticamente inócuos. As preparações farmacêuticas con- têm, normalmente, 0,1 a 90% em peso de um composto da fórmula (I ou II). As preparações farmacêuticas podem ser preparadas de um modo em si conhecido de alguém versado na técnica. Para esse fim, pelo menos um composto da fórmula (I ou II), junto com um ou mais excipientes e/ou adju- vantes farmacêuticos sólidos ou líquidos e, caso desejado, em combinação com outros compostos ativos farmacêuticos, são levados a uma forma de administração ou forma de dosagem apropriada, que podem, depois, como agente farmacêutico na medicina humana ou medicina veterinária.
Agentes farmacêuticos, que contêm um composto de acordo com a invenção, podem ser administrados oralmente, usando, por exemplo, suspensões, cápsulas, comprimidos, sachês, soluções, suspensões, emul- sões; por via parenteral, usando, por exemplo, técnicas de injeção ou infu- são subcutâneas, intravenosas, intramusculares, intraesternais; por via retal, usando, por exemplo, supositórios; por via intravaginal; por inalação, ou topi- camente. Sendo que a administração preferida é dependente do caso indivi- dual, por exemplo, da evolução específica do distúrbio a ser tratado. E prefe- rida a administração oral.
A pessoa versada na técnica está familiarizada, na base de seu conhecimento técnico, com os adjuvantes, que são apropriados para a for- mulação farmacêutica desejada. Além de solventes, agentes formadores de gel, bases de supositório, adjuvantes de comprimidos, e outros veículos, an- tioxidantes, agentes de dispersão, emulsificantes, anti-espumantes, correto- res de sabor, conservantes, solubilizantes, de compostos ativos, agentes para obter um efeito de liberação retardada, substâncias de tampão ou co- rantes também são úteis. Para uma forma de administração oral, compostos da presente
invenção são misturados com aditivos apropriados, tais como excipientes, estabilizadores ou diluentes inertes, e levados por meio de métodos usuais a formas de administração apropriadas, tais como comprimidos, comprimidos revestidos, cápsulas duras, soluções aquosas, alcoólica ou oleosas. Exem- plos de veículos inertes apropriados são goma arábica, magnésia, carbonato de magnésio, fosfato de potássio, Iactose1 glicose ou amido, particularmente, amido de milho. Nesse caso, a preparação pode ser realizada tanto como granulados secos como úmidos. Excipientes oleosos ou solventes apropria- dos são óleos vegetais ou animais, tais como óleo de girassol ou óleo de fígado de bacalhau. Solventes apropriados para soluções aquosas ou alcoó- licas são água, etanol, soluções de açúcar, ou misturas dos mesmos. Polieti- lenoglicóis e polipropilenoglicóis também são úteis como adjuvantes adicio- nais para outras formas de administração.
Para administração subcutânea ou intravenosa, os compostos ativos, caso desejado, com as substâncias usuais para os mesmos, tais co- mo solubilizantes, emulsificantes ou outros adjuvantes, são levados à solu- ção, suspensão ou emulsão. Os compostos da fórmula (I) ou (II) também podem ser Iiofilizados e os produtos de liofilização obtidos podem ser usa- dos, por exemplo, para a produção de preparações de injeção ou infusão. Solventes apropriados são, por exemplo, água, solução salina fisiológica ou álcoois, por exemplo, etanol, propanol, glicerol, além disso, também solu- ções de açúcar, tais como soluções de glicose ou manitol, ou, alternativa- mente, misturas dos diversos solventes mencionados.
Formulações farmacêuticas apropriadas para administração na forma de aerossóis ou agentes de pulverização, são, por exemplo, soluções, suspensões ou emulsões dos compostos da fórmula (I ou II) ou seus sais fisiologicamente aceitáveis em um solvente farmaceuticamente aceitável, tal como etanol ou água, ou uma mistura desses solventes. Caso necessário, a formulação também pode conter, adicionalmetne, outros adjuvantes farma- cêuticos, tais como tensoativos, emulsificantes e estabilizadores, bem como propelente. Essa preparação contém, normalmente, o composto ativo em uma concentração de, aproximadamente, 0,1 a 50%, particularmente de, aproximadamente, 0,3 a 3% em peso.
Devido às suas propriedades farmacológicas favoráveis, particu- Iarmente1 sua atividade contra enzimas de protease de HIV resistente o fár- macos múltiplos, os compostos da presente invenção são úteis no tratamen- to de indivíduos infectados por HIV e para a profilaxia desses indivíduos.
O tratamento profilático pode ser vantajoso nos casos em que um indivíduo foi submetido a um alto risco de exposição a um vírus, tal como pode ocorrer quando o indivíduo esteve em contato com um indivíduo infec- tado, onde há um alto risco de transmissão viral. Como exemplo, a adminis- tração profilática dos referidos compostos seria vantajosa em uma situação onde um funcionário da área de saúde foi exposto a sangue de um indivíduo infectado com HIV, ou em outras situações, onde um indivíduo está envolvi- do em atividades de alto risco, que potencialmente expõem esse indivíduo a HIV.
Em geral, os compostos da presente invenção podem ser úteis no tratamento de animais de sangue quente infectados com vírus, cuja exis- tência é medida por, ou depende da, enzima de protease. Condições que podem ser evitadas ou tratadas com os compostos da presente invenção incluem, mas não estão limitadas a, tratar um amplo âmbito de estados de infecção de HIV: AIDS, ARC (complexo relacionado à Aids), tanto sintomáti- ca como assintomática, e exposição eficaz ou potencial ao HIV. Os compos- tos da presente invenção também são úteis para tratar Iinfadenopatia pro- gressiva, generalizada, síndrome de Kaposi, purpúrea de trombocitopenia, doenças neurológicas relacionadas à AIDS, tais como complexo de demên- cia de AIDS, esclerose múltipla, parapepsia tropical e também estados posi- tivos para o anticorpo anti-HIV e positivos para HIV, incluindo esses estados em pacientes assintomáticos. Por exemplo, os compostos desta invenção são úteis no tratamento de infecção por HIV, após suspeita de exposição passada a HIV, por exemplo, por transfusão de sangue, troca de fluidos cor- porais, mordidas, perfuração acidental com agulha, ou exposição a sangue de paciente durante cirurgia. O termo prevenção inclui profilaxia de infecção de HIV e profilaxia da evolução de infecção de HIV para AIDS.
Os compostos da presente invenção ou qualquer devido dos mesmos pode, portanto, usado como medicamento contra as doenças acima mencionadas. O referido uso como medicamento ou método de tratamento compreende a administração sistêmica a indivíduos infectados com HiV de uma quantidade eficaz para combater as doenças associadas a HIV e outros retrovírus patogênicos, especialmente, HIV-1. Conseqüentemente, os com- postos da presente invenção podem ser usados na produção de um medi- camento útil para tratar doenças associadas a HIV e outros retrovírus pato- gênicos, particularmente, medicamentos úteis para tratar pacientes infecta- dos com vírus de HIV resistentes o fármacos múltiplos.
Em uma modalidade preferida, a invenção refere-se ao uso de um composto da fórmula (l ou II) ou qualquer derivado do mesmo na produ- ção de um medicamento para tratar ou combater uma infecção ou doença associada a uma infecção por retrovírus resistente o fármacos múltiplos em um mamífero, particularmente, uma infecção de HIV-1. Desse modo, a in- venção também se refere a um método para tratar uma infecção retroviral, ou uma doença associada a uma infecção por retrovírus resistente o fárma- cos múltiplos, que compreende administrar a um mamífero, que necessite das mesmas, uma quantidade eficaz de um composto da fórmula (I ou II) ou de um derivado do mesmo.
Em outra modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao uso da fórmula (I ou II) ou de qualquer derivado da mesma na produção de um medicamento para inibir uma protease de um retrovírus resistente o fármacos múltiplos em um mamífero infectado com o referido retrovírus, par- ticularmente, retrovírus de HIV-1.
Em outra modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao uso da fórmula (I ou II) ou de qualquer derivado da mesma na produção de um medicamento para inibir a replicação retroviral resistente o fármacos múltiplos, particularmente, replicação de HIV-1.
Também, a combinação de um composto anti-retroviral e um composto da presente invenção pode ser usada como um medicamento. Desse modo, a presente invenção também se refere a um produto ou com- posição, que contém (a) um composto da presente invenção (de acordo com a fórmula (I ou II), e (b) outro composto anti-retroviral, tal como uma prepa- ração combinada para uso simultâneo, separado ou seqüencial no tratamen- to de infecções retrovirais, particularmente, no tratamento de infecções com retrovírus resistentes o fármacos múltiplos. Desse modo, para combater ou tratar infecções de HIV, ou a infecção e doença associadas a infecções de HIV, tal como Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) ou Complexo Relacionado à AIDS (ARC), os compostos desta invenção podem ser co- administrados em combinação com, por exemplo, inibidores de ligação, tais como, por exemplo, sulfato de dextrano, suramina, poliânions, CD4 solúvel, PRO-542, BMS-806; inibidores de fusão, tais como, por exemplo, T20, T1249, RPR 103611, YK-FH312, JC 9564, 5-hélice, D-peptídio ADS-J1; inibi- dores de ligação de co-receptores, tais como, por exemplo, AMD 3100, AMD-3465, AMD7049, AMD3451 (Bicyclams), TAK220, TAK 779, T-22, ALX40-4C; SHC-C (SCH351125), SHC-D, PRO-140, RPR103611, AK-602; inibidores de RT, tais como, por exemplo, foscarnet e pró-fármacos; RTls de nucleosídio, tais como, por exemplo, AZT, 3TC, DDC, DDI, D4T, Abacavir, FTC, DAPD (amdoxovir), dOTC (BCH-10652), fozivudina, DPC 817; RTIs de nucleotídio, tais como, por exemplo, PMEA, PMPA (tenofovir); NNRTIs, tais como, por exemplo, nevirapina, delavirdina, efavirenz, 8 e 9-CI TIBO (tivira- pina), lovirida, TMC-125, dapivirina, MKC-442, UC 781, UC 782, capravirina, QM96521, GW420867X, GW-3011, GW-4511, GW-4751, DPC 961, DPC963, DPC082, DPC083, calanolida A, SJ-3366, TSAO1 4"-TSAO desa- minado, MV150, MV026048, PNU-142721; inibidores de RNAse H, tais co- mo, por exemplo, SP1093V, PD126338; inibidores de TAT, tais como, por exemplo, RO-5-3335, K12, K37; inibidores de integrase, tais como, por e- xemplo, L 708906, L 731988, S-1360; inibidores de protease, tais como, por exemplo, amprenavir e pró-fármaco GW908, ritonavir, nelfinavir, saquinavir, indinavir, lopinavir, palinavir, BMS 186316, atazanavir, DPC 681, DPC 684, tipranavir, AG1776, mozenavir, DMP-323, GS3333, KNI-413, KNI-272, L754394, L756425, LG-71350, PD161374, PD173606, PD177298, PD178390, PD178392, PNU 140135, TMC-114, ácido maslínico, U-140690, RO-033-4649; inibidores de glicosilação, tais como, por exemplo, castanos- permina, desoxinojirimicina. SO
ί
Os compostos da presente invenção também podem ser admi- nistrados em combinação com moduladores da metabolização, após a apli- cação do fármaco a um indivíduo. Esses moduladores incluem compostos que interferem na metabolização em citocromos, tal como citocromo P450.
Alguns moduladores inibem o citocromo P450. É conhecido que existem di- versas isoenzimas do citocromo P450, uma das quais é citocromo P450 3A4. Ritonavir é um exemplo de um modulador de metabolização por meio do citocromo P450. Compostos de interesse com um efeito no citocromo P450 incluem os compostos que contêm um componente de tiazolila, imida- zolila ou piridinila. Essa terapia de combinação, em diferentes formulações, pode ser administrada simultaneamente, separadamente ou seqüencialmen- te. Alternativamente, essa combinação pode ser administrada como uma única formulação, sendo que os ingredientes ativos são liberados da formu- lação simultaneamente ou separadamente. Esse modulador pode ser administrado a uma relação igual ou
diferente do que o composto da presente invenção. De preferência, a rela- ção de peso desse modulador em relação ao composto da presente inven- ção (modulador:composto da presente invenção) é 1:1 ou mais baixa, de modo particularmente preferido, a relação é 1:3 ou mais baixa, apropriada- mente, a relação é 1:10 ou mais baixa, de modo especialmente apropriado, a relação é 1:30 ou mais baixa.
A combinação pode causar um efeito sinérgico, pelo qual a in- fecção viral e seus sintomas associados podem ser evitados, substancial- mente reduzidos ou completamente eliminados. Combinações dos compos- tos da fórmula (I ou II) com outro inibidor de protease, tal como inibidor do citocromo P450, podem agir sinergicamente, de modo aditivo ou antagonista. Isso pode ser determinado em uma disposição experimental, onde a potên- cia das diferentes relações dos dois inibidores de protease de HlV é medida. Os resultados podem ser inscritos em um gráfico de isobolograma de acordo com o método descrito por Chou and Talalay (Adv. Enzyme Regul. 22:27-55, 1984). Sinergi entre os dois inibidores significa uma terapia de combinação mais potente, mas sem aumento de efeitos colaterais indesejáveis. 3U C
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Outro aspecto da presente invenção refere-se a um kit ou reci- piente, que compreende um composto da fórmula (I ou II) em uma quantida- de eficaz para uso como um padrão ou reagente em um teste ou análise pa- ra determinar a capacidade de um agente farmacêutico potencial em inibir protease de HIV1 crescimento de HIV, ou ambos. Esse aspecto da invenção pode encontrar aplicação em programas de pesquisa farmacêutica.
Os compostos da presente invenção podem ser usados em aná- lises de monitoração de resistência fenotípica, tais como análises recombi- nantes conhecidas, no controle clínico de doenças que desenvolvem resis- 10,. tência, tal como HIV. Um sistema de monitoração de resistência particular- mente útil é uma análise recombinante conhecida como Antivirogram®. O Antivirogram® é altamente automatizado, tem alto rendimento, segunda ge- ração, é uma análise recombinante que pode medir a susceptibilidade, es- pecialmente, susceptibilidade viral, aos compostos da presente invenção (Hertogs K., de Bethume MP, Miller V. et al., Antimicrob Agents Chemother, 1988; 42(2):269-276).
Sempre que for usado o termo "substituído" ao definir os com- postos da fórmula (I ou II), pretende-se indicar que um ou mais hidrogênios no átomo indicado na expressão que usa "substituído" estão substituídos com uma seleção do grupo idnicado, desde que a valência normal do átomo indicado não seja excedida, e que a substituição resulte em um composto quimicamente estável, isto é, um composto que é suficientemente robusto para sobreviver à isolação até um grau de pureza útil de uma mistura de re- ação, e formulação em um agente terapêutico. Tal como uso no presente, o termo "halo" ou "halogênio", como
um grupo ou parte de um grupo, é genérico para flúor, cloro, bromo ou iodo.
O termo HCi-4alquila", como um grupo ou parte de um grupo, define radicais de hidrocarboneto saturados, de cadeia linear e ramificada, com 1 a 4 átomos de carbono, tais como, por exemplo, metila, etila, propila, butila e 2-metil-propila, e similar.
O termo "Ci.6alquila", como um grupo ou parte de um grupo, defini radicais de hidrocarboneto saturados, de cadeia linear e ramificada, com 1 a 6 átomos de carbono, tais como os grupos definidos para Ci-4alquila e pentila, hexila, 2-metilbutila, 3-metilbutiia e similar.
O termo llC3-TcicIoaIquiIa", como um grupo ou parte de um gru- po, é genérico para ciclopropila, ciclobutila, ciclopentila, cicloexila ou cicloep- tila.
Tal como usado no presente, o termo (=O) forma um componen- te de carbonila com o átomo de carbono ao qual está ligado.
Tal como usado acima, no presente, o termo "um ou mais" co- bre a possibilidade de todos os átomos de C disponíveis serem substituídos, opcionalmente, de preferência, um, dois ou três.
Quando qualquer variável (por exemplo, halogênio ou Ci- 4alquila) ocorre mais de uma vez em qualquer constituinte, cada definição é independente.
Linhas desenhadas de substituintes em sistemas anelares indi- cam que a ligação pode ser ligada a qualquer um dos átomos anelares a- propriados.
Arila, como um grupo ou parte de um grupo, pretende incluir fenila, que pode estar opcionalmente substituída com um ou mais substituin- tes, escolhidos, independentemente, de Ci-6alquila, Ci-6alquilóxi, aminoCi- ©alquila, halogênio, hidróxi, amino, nitro, ciano, haloCi-6alquila, carboxila, C1. 6alcoxicarbonila, C3-7Cicloalquila, Het1, Het2, opcionalmente, mono- ou dis- substituídos, aminocarbonila, metilendióxi, metiltio ou metilsulfonila, opcio- nalmente, mono- ou dissubstituídos.
Het1 como um grupo ou parte de um grupo, é definido como um heterociclo monocíclico, bicíclico ou tricíclico, saturado ou parcialmente insa- turado com, de preferência, 3 a 14 membros anelares, de modo particular- mente preferido, 5 a 10 membros anelares e, de modo particularmente prefe- rido, 5 a 6 membros anelares, que contém um ou mais membros anelares de heteroátomo, escolhidos de nitrogênio, oxigênio ou enxofre, e que está op- cionalmente substituído em um ou mais átomos de nitrogênio e/ou carbono por Ci-6alquila, Ci_6alquilóxi, aminoCi-6alquila, halogênio, hidróxi, acetila, oxo, amino, aminoalquila, nitro, ciano, haloCi-6alquila, carboxila, Ci. 6alcoxicarbonila, C3-7cicloalquila, opcionalmente, mono- ou dissubstituído, aminocarbonila, metiltio, metilsulfonila, arila, opcionalmente mono- ou dis- substituído, e um ciclo ou heterociclo monocíclico, bicíclico ou tricíclico, satu- rado ou parcialmente insaturado, com 3 a 14 membros anelares.
Het2, como um grupo ou parte de um grupo, é definido como um heterociclo aromático, monocíclico, bicíclico ou tricíclico, com, de preferên- cia, 3 a 14 membros anelares, de modo particularmente preferido, 5 a 10 membros anelares e, de modo particularmente preferido, 5 a 6 membros a- nelares, que contém um ou mais membros anelares de heteroátomo, esco- lhidos de nitrogênio, oxigênio ou enxofre, eque está opcionalmente substitu- ído em um ou mais átomos de nitrogênio e/ou carbono por Ci-6alquila, que pode estar opcionalmente substituída por C3-7Cicloalquila, Ci_6alquilóxi, ami- noCi-6alquila, halogênio, hidróxi, amino, nitro, ciano, haloCi-ealquila, carboxi- la, Ci-6alcoxicarbonila, C3-7cicloalquila, opcionalmente, mono- ou dissubstitu- ído, aminocarbonila, metiltio, metilsulfonila, arila, Het1, opcionalmente mono- ou dissubstituído, e um ciclo ou heterociclo aromático, monocíclico, bicíclico ou tricíclico, com 3 a 12 membros anelares.
Os sais de compostos da fórmula (I) ou (II) são aqueles nos quais o contra-íon é farmaceuticamente ou fisiologicamente aceitável. Mas, sais com um contra-íon farmaceuticamente inaceitável também podem en- contrar aplicação, por exemplo, na preparação ou purificação de um com- posto da fórmula (I) ou (II) farmaceuticamente aceitável. Todos os sais, quer farmaceuticamente aceitáveis quer não, estão incluídos no âmbito da pre- sente invenção.
As formas de sais de adição, farmaceuticamente aceitáveis ou fisiologicamente toleráveis, que os compostos usados na presente invenção são capazes de formar, podem ser preparados, convenientemente, usando os ácidos apropriados, tais como, por exemplo, ácidos inorgânicos, tais co- mo ácidos halídricos, por exemplo, ácido clorídrico ou bromídrico; ácido sul- fúrico, hemissulfúrico, nítrico, fosfórico e ácidos similares; ou ácidos orgâni- cos, tais como, por exemplo, ácido acético, aspártico, dodecilsulfúrico, hep- tanóico, hexanóico, nicotínico, propanóico, hidroxiacético, láctico, pirúvico, JM C
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oxálico, malônico, succínico, maléico, fumárico, málico, tartárico, cítrico, me- tanossulfônico, etanossulfônico, benzenossulfônico, p-toluenossuflônico, ci- clâmico, salicílico, p-aminossalicílico, pamóico e ácidos similares.
Inversamente, as referidas formas de sais de adição podem ser convertidas por tratamento com uma base apropriada na forma de base livre.
Os compostos da fórmula (I) ou (II), que contêm um próton ácido também podem ser convertidos em sua forma de sal de adição de metal não tóxico ou amina por tratamento com bases orgânicas e inorgânicas apropria- das. Formas de sal de base apropriadas compreendem, por exemplo, os sais de amônio, os sais de metais alcalinos e alcalino-terrosos, por exemplo, os sais de lítio, sódio, potássio, magnésio, cálcio e similar, sais com bases orgânicos, por exemplo, os sais de benzatina, N-metila, D-glucamina, hidra- bamina, e sais como aminoácidos, tais como, por exemplo, arginina, Iisina e similares.
Inversamente, as referidas formas de sais de adição de bases
podem ser contidas por tratamento com um ácido apropriado na forma de ácido livre.
O termo "sais" também compreende os hidratos e as formas de adição de solvente, que os compostos da presente invenção são capazes de formar. Exemplos dessas formas são, por exemplo, hidratos, alcoolatos e similares.
Os presentes compostos, usados na presente invenção, tam- bém podem existir em suas fórmulas de N-óxido da fórmula (I) ou (II), sendo que um ou mais átomos de nitrogênio são oxidados para o chamado N- oxido. Para obter os referidos N-óxidos, os compostos da fórmula (I ou II) podem ser convertidos nas formas de N-óxido correspondentes de acordo com procedimentos conhecidos na técnica para converter um nitrogênio tri- valente em sua forma de N-óxido. A referida N-oxidação pode ser realizada, em geral, reagindo o material básico da fórmula (I ou II) com peróxido orgâ- nico ou inorgânico apropriado. Peróxidos inorgânicos apropriados compre- endem, por exemplo, peróxido de hidrogênio, peróxidos de metal alcalino ou de metal alcalino-terroso, por exemplo, peróxido de sódio, peróxido de po- 15 ί
tássio; peróxidos orgânicos apropriados podem compreender ácidos peróxi- dos, tais como, por exemplo, ácido benzenocarboperoxóico ou ácido benze- nocarboperoxóico substituído com halo, por exemplo, 3-cloro-ácido benze- nocrboperoxóico, ácidos peroxoalcanóicos, por exemplo, ácido peroxocético, alquil-hidroperóxidos, por exemplo, terc-butil hidroperóxido. Solventes apro- priados são, por exemplo, água, alcanóis baixos, por exemplo, etanol e simi- lar, hidrocarbonetos, por exemplo, tolueno, cetonas, por exemplo, 2- butanona, hidrocarbonetos halogenados, por exemplo, diclorometano, e mis- turas desses solventes. ..Os presentes compostos, usados na invenção, também podem
existir em suas formas tautoméricas. Essas formas, embora não indicadas explicitamente na fórmula acima devem ser incluídas no âmbito da presente invenção.
O presente composto, usado na presente invenção, também pode existir em sua forma esteroquimicamente isomérica, definindo todos os compostos possíveis constituídos dos mesmos átomos, ligados pela mesma seqüência de ligações, mas com estruturas tridimensionais diferentes, que não são intercambiáveis. A não ser quando mencionado ou indicado de ou- tro modo, a designação química de compostos compreende a mistura de todas as formas estereoquimicamente isoméricas possíveis, que os referidos
compostos podem possuir.
A referida mistura pode conter todos os diastereômeros e/ou enantiômeros da estrutura molecular básica do referido composto. Todas as formas estereoquimicamente isoméricas dos compostos usados na presente invenção, tanto em forma pura como em mistura de um com o outro, estão incluídos no âmbito da presente invenção.
Formas estereoisomericamente puras dos compostos e inter- mediários, tais como mencionadas no presente, são definidas como isôme- ros substancialmente livres de outras formas enantioméricas ou diastereo- méricas da mesma estrutura molecular básica dos referidos compostos ou intermediários. Particularmente, o termo "estereoisomericamente puro" refe- re-se a compostos ou intermediários com um excesso estereoisomérico de pelo menos 80% (isto é, no mínimo, 90% de um isômero e, no máximo, 10% de outros isômeros possíveis), até um excesso estereoisomérico de 100% (isto é, 100% de um isômero e nenhum de outro), mais particularmente, compostos ou intermediários com um excesso estereoisomérico de 90%, até 100%, e, mais especialmente, com um excesso de 97% até 100%. Os ter- mos "enantiomericamente puro" e "diastereomericamente puro" devem ser entendidos de maneira similar, mas, então, com relação ao excesso enanti- omérico, ou o excesso diastereomérico da mistura em questão.
Formas estereomericamente puras de compostos e intermediá- rios usados na presente invenção podem ser obtidas pela aplicação de pro- cedimentos conhecidos na técnica. Por exmeplo, enantiômeros podem ser separados um do outro pela cristalização seletiva de seus sais diastereomé- ricos com ácidos ou bases opticamente ativos. Exemplos dos mesmos são ácido tartárico, ácido dibenzoiltartárico, ácido ditoluoiltartárico e ácido can- fossulfônico. Alternativamente, enantiôemros podem ser separados por téc- nicas cromatográficas, usando fases estacionárias quirais. As referidas for- mas estereoquimicamente isoméricas puras também podem ser derivadas das formas estereoquimicamente isoméricas puras dos materais básicos apropriados, desde que a reação ocorra estereoespecificametne. De prefe- rência, se for desejado um estereoisômero específico, o referido composto é sintetizado por métodos estereoespecíficos de preparação. Esse métodos usam, vantajosamente, materiais básicos enantiomericamente puros. Os racematos diastereoméricos da fórmula (I ou II) podem ser obtidos separa- damente por métodos convencionais. Métodos de separação físicos apropri- ados, que podem ser usados vantajosamente são, por exemplo, cristalização seletiva e cromatografia, por exemplo, cromatografia de coluna.
Está claro para uma pessoa versada na técnica que os compos- tos da fórmula (I) ou (II) contêm cinco centros assimétricos e, desse modo, podem existir como formas estereoisoméricas diferentes. Dois centros assi- métricos estão indicados com um asterisco (*) na figura abaixo para a fórmu- la (I) C 20
A configuração absoluta de cada centro assimétrico que pode estar presente nos compostos da fórmula (I) pode ser indicada pelas expres- sões H ou S, sendo que essa notação ReS corresponde às normas descri- tas em Pure Appl. Chem. 1976, 45, 11-30. O mesmos é aplicável à fórmula (II).
Os compostos e fármacos, tais como descritos no presente, po- dem, caso desejado, estar na forma de um chamado pró-fármaco. "Pró- fármaco" significa os derivados farmacologicamente aceitáveis, tais como ésteres, amidas e fosfatos, de modo que o produto de biotransformação in vivo resultante do derivado é o composto ativo, tal como definido na fórmula (I) ou (II) ou fármaco em questão. A referência por Goodman e Gilman (The Pharmacological Basis of Therapeutics, 8th ed., McGraw-HiII1 Int. Ed. 1992, "Biotransformation of Drugs", ρ 13-15), descrevendo pró-fármacos, está in- corporada, em geral, pelo presente. Pró-fármacos de um composto, usados na presente invenção, são preparados por modificação de grupos funcionais presentes no composto, de tal modo que as modificações são separadas, quer por manipulação de rotina ou in vivo, no composto precursor. Pró- fármacos incluem compostos usados na presente invenção, nos quais um grupo hidróxi, por exemplo, o grupo hidróxi do átomo de carbono assimétri- co, ou um grupo amino está ligado a qualquer grupo que, quando o pró- fármaco é administrado a um paciente, se separa para formar, em cada ca- so, uma hidroxila livre ou amino livre.
Exemplos típicos de pró-fármacos estão descritos, por exemplo, nos documentos WO 99/33795, WO 99/33815, WO 99/33793, WO 99/33792 e WO 03/090690, todos os quais estão incorporados ao presente por refe- rência.
Os pró-fármacos estão caracterizadas por solubilidade aquosa aperfeiçoada, em relação aos compostos precursores, maior biodisponibili- dade, e são facilmente metabolizados para os inibidores ativos in vivo. η G
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SEÇÃO DE EXEMPLOS PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS GERAIS
Espectros de RMN foram registrados em um espectrômetro Bruker AC-300 ou Bruker Avance 400, operando a 300 ou 400 MHz para 1H com CDCI3 como solvente. Em cada caso, tetrametilsilano (TMS) foi usado como padrão interno. Transformações químicas são dadas em ppm. A multi- plicidade é indicada usando as seguintes abreviaturas: d para um dubleto, t para um tripleto, m para um múltiplo etc. Por razões de brevidade, optou-se por caracterizar completamente (inclusive RMN) dois exemplos representati- vos de cada subconjunto de compostos. Espectros de massa de baixa reso- lução (LRMS) foram realizados em um único coletor de íons (ThermoFinni- l! gan LCQ Deca) quádruplo (Waters ZMD, Shimadzu QP8000a ou Agilent 1100-SL) ou um espectrômetro de massa de tempo de vôo (Waters LCT), usando ionização de eletrospray ESI) em modo positivo. Todos os reagentes foram comprados de fontes comerciais (Acros, Aldrich, Fluorochem,...) e fo- ram usados tal como foram recebidos. Cromatografai de coluna foi realizada em sílica-gel 60 Â, 60-200 μηι (ROCC). Cromatografia de camada fina foi realizada em placas de sílica-gel 60 F254 (Merck). HPLC analítico foi feito em um sistema Waters Alliance 2690 (bomba + auto-verificador), equipado com um detector de disposição de fotodiodo Waters 996 (sistema 1) ou um sis- tema Agilent 100-SL, equipado com um detector de disposição de diodo A- gliente G1316A (sistema 2) ou um sistema Shimadzu QP8000acom um de- tector de disposição de diodo Shimadzu SPD-M10A (sistema 3). Para verifi- car a pureza dos produtos finais foi usado um sistema cromatográfico dos 3 sistemas diferentes. Sistema 1: coluna: Waters Xterra MS C18 (3,5 μΓΠ, 4,60mm χ 100 mm), fase móvel A: 10 mM de CH3COONH4 em H2O, fase móvel B: CH3CN. As análises foram executadas a 30°C, usando uma veloci- dade de corrente de 1 ml/min, aplicando o seguinte gradiente: 0 min: 5% de B1 10 min: 95% de B, 12 min: 95% de B. Em cada caso, foram injetados 10 μΙ de uma solução de 1 mM. O tempo de equilibração entre duas execuções foi de 3 minutos. Picos extraídos foram detectados a um único comprimento de onda ^max). Sistema 2: coluna: Zorbak® Extend C-18 (3,5 μηι, 4,60 mm J13
C
χ 150 mm), fase móvel A: CH3CN, fase móvel B: 10 mM de NH3 em H2O. As análises foram executadas a 35°C, usando uma velocidade de corrente de 1 ml/min, aplicando o seguinte gradiente: 0 min: 2% de A, 10 min: 98% de A, min: 98% de A. Picos extraídos foram detectados em um âmbito de UV entre 220-320 nm). Sistema 3: coluna Alltech Prefail C18 (3,0 μτη, 4,60 mm χ 50 mm), fase móvel A: 10 mM de HCOOH em CH3CNj fase móvel B: 10 mM de HCOOH em H2O. As análises foram executadas a 50°C, usando uma velocidade de corrente de 4 ml/min, aplicando o seguinte gradiente: 0 min: 100% de B1 8 min: 0% de B, 10 min: 0% de B. Picos extraídos foram detec- tados a um âmbito de UV entre 250-350 nm). O tempo de retenção é dado e informado em minutos. A síntese de um composto está descrita integralmen- te. Os outros compostos foram sintetizados da mesma maneira tal como já descrito. Todos os compostos foram identificados por LRMS.
Esquema 1. Síntese de derivados éster hexaidro-furo[2,3- b]furan-3-ílico de ácido {1-benzil-3-[(3,4-diamino-benzenossulfonil)-isobutil- amino]-2-hidróxi-propil}- carbâmico
(i) Isobutilamina1 CH2CI2; (ii) benzilcloroformato, Et3N, CH2CI2; (iii) HCI//-PrOH, CH3OH; (iv) éster 2,5-dioxo-pirrolidin-1-ílico de éster hexai- dro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido carbômico, Et3N1 CH2CI2; (v) Pd/C, H2, CH3OH; (vi) cloreto de 3-flúor-4-nitro-benzenossulfonil, NaHCO3 sat./H20, CH2CI2; (vii) RNH2, DIPEA, THF/i-Pr0H/H20; (viii) Pd/C, NH4+HCOO", 2- metil-tetraidrofurano.
DESCRIÇÃO DAS REAÇÕES QUÍMICAS PARA O ESQUEMA 1
ÉSTER_TERC-BUTÍLICO DE ÁCIDO M-BENZIL-2-HIDRÓXI-3-
ISOBUTILAMINO-PROPIÜ-CARBÂMICQ (2)
Esse composto foi sintetizado do éster terc-butílico de ácido (1- oxiranil-2-fenil-etil)- carbâmico (1), comercialmente disponível, que foi reagi- do com isobutilamina, desse modo, formando o álcool de amino 2.
Ng, J. S.; Przybila1 C. A.; Zhang1 S. Method of preparing retrovi- ral protease inhibitor intermediates via diasterereomer purification. PCT Int. AppL 1996, WO 9622275.
ÉSTER BENZfLICO DE ÁCIDO C3-TERT-BUTOXICARBONILAMINQ-2- HIDRÓXI^FENIL-BUTIU-ISOBUTIL-CARBÂMICO (3)
éster terc-butílico de ácido (1-Benzil-2-hidróxi-3-isobutilamino- propil)-ácido carbâmico (2) (24,50 g, 72,80 mmols, 1 equiv) e trietilamina (7,37 g, 72,80 mmols, 1 equiv) foram dissolvidos em diclorometano (500 mL). A solução foi refrigerada para -1.5°C, seguida da adição, em gotas, de benziIcloroformato (12,40 g, 72,80 mmols, 1 equiv). A solução foi agitada a O0C por 24 h. Devido à insuficiência da reação, benzilcloroformato (2,40 g, 14,07 mmols) e trietilamina (1,44 g, 14,23 mmols) foram adicionados à solu- ção. A solução foi agitada à temperatura ambiente por 24 h. A solução foi diluída com solução de 2% de Na2CO3 (300 ml) e a mistura foi agitada por min. A camada orgânica foi separada, lavada com água (2 x) e solução de cloreto de sódio saturado (1 χ). A camada orgânica foi secda sobre Mg- SO4, filtrada e evaporada até a secagem, para obter o produto desejado co- mo um óleo de cor amarela (34.30 g, 72,80 mmol, quantitativo). LRMS(ES+): m/z 471 [M+H]+.
CLORETO DE 1-BENZIL-3-(BENZILOXICARBONIL-ISOBUTIL-AMINO^-2- HIDRÓXI-PROPIL- AMÔNIO (4)
éster benzílico de ácido (3-terc-Butoxicarbonilamino-2-hidróxi-4- fenil-butil)-isobutil-carbâmico (3) (34.30 g, 72,90 mmols, 1 equiv) foi dissolvi- do em metanol (170 mL), seguido da adição de HCI a 5-6 N em isopropanol (75 mL). A solução foi agitada à temperatura ambiente por 64 h. Substâncias voláteis foram evaporadas sob pressão reduzida. O produto bruto foi co- evaporado com acetato etílico (150 ml), para obter 4 como um sólido branco (29.70 g, 72,90 mmols, quantitativo). LRMS(ES+): m/z371 [M+H]+. ÉSTER HEXAIDRO-FUROF2.3-BFURAN-3-ÍLICO DE ÁCIDO f1-BENZIL-3- (BENZILOXICARBONIL-lSOBUTIL-AMINO)-2-HIDRÓXI-PROPIU-
CARBÂMICO (5)
Uma solução de cloreto de 1-benzil-3-(benziloxicarbonil-isobutil- amino)-2-hidróxi-propil-amônio (4) (29,70 g, 72,90 mmols, 1 equiv), trietila- mina (22,00 g, 220 mmols, 3 equiv) e éster 2,5-dioxo-pírrolidin-1 -rlico de és- ter de hexaidro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido carbônico (19,80 g, 73.00 mmols, 1 equiv) em 120 mL de diclorometano foram agitados à temperatura ambiente. Devido à insuficiência da reação, éster 2,5-dioxo-pirrolidin-l -ílico de éster hexaidro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido carbônico (5,00 g, 18,43 mmols) foi adicionado à solução. A solução foi agitada à tempertura ambiente por 24 h. A solução foi lavada duas vezes com 300 ml de água e uma vez, com 300 ml de solução de NaHCO3 saturada. A camada orgânica foi seca sobre MgSO4, filtrada e evaporada até a secagem, para obter o pro- duto desejada como um sólido branco. (37,04 g, 70,34 mmols, 96,4%). L- RMS(ES+): m/z 527 [M+H]+.
ÉSTER HEXAIDRO-FUROf2.3-BlFURAN-3-ÍLICO DE ÁCIDO (1-BENZIL-2- HIDRÓXI-3-ISOBUTILAMINO-PROPILV CARBÂMiCO (6)
Depois de remover o ar com N2, paládio sobre carvão (10%, 5,00 g, 47,00 mmols, 0,32 equiv) foi adicionado, seguido da adição de uma solução de éster hexaidro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido [1-benzil-3- (benziloxicarbonil-isobutil-amino)-2-hidróxi-propil]- carbâmico (78,36 g, 148,80 mmols, 1 equiv) em tetraidrofurano. Por alguns minutos, foi aplicado vácuo e substituído por H2. Depois, agitação por 24 h à temperatura ambien- te. N2 foi então introduzido no recipiente, para deslocar o H2 remanescente. O catalisador de paládio foi removido por filtração sobre uma camada de dicalita, sob N2, e o filtro foi lavado com tetraidrofurano. O produto de filtra- ção foi evaporado sob pressão reduzida. (58,40 g, 148,80 mmols, quantitati- vo). LRMS(ES+): m/z 393 [M+H]+; 1H-RMN (CDCI3) £0,91 (d, 3H, CH3), 0,93 (d, 3H, CH3), 1,45-1,57 (m, 2H, CH2, H4), 1,58-1,83 (m, 1H, CH (isobutila)), 2,43 (dd, 2H, CH2-N (isobutila)), 2,66-2,81 (m, 3H, CH2-N e CH de CH2C6H5), 2,87-2,96 (m, 1H, CH, H3a), 3,06 (dd, 1H, CH de CH2C6H5), 3,51-3,57 (m, 1H, CH2, H5), 3,67-3,75 (m, 2H, CH e CH2, H2), 3,81-3,93 (m, 2H, CH-OH e CH2, H5), 3,94-4,00 (m, 1H, CH2, H2), 5,01-5,08 (m, 1H, CH, H3), 5,10 (d, 1H, NH), 5,64 (d, 1H, CH, H6a), 7,16-7,31 (m, 5H, C6H5). HEXAIDRO-FURQ[2.3-BlFURAN-3-ÍLICO DE- ÁCIDO {1-BENZIL-3-rí3- FLUOR-4-NITRO-BENZENOSSULFONIÜ-ISOBUTIL-AMINQ1-2-HIDRÓXI- PROPIL)- CARBÂMICO (7)
hexaidro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido (1-Benzil-2-hidróxi-3- isobutilamino-propi!)- carbâmico (6) (9,81 g, 25 mmols, 1 equiv) foi dissolvido em diclorometano (100 ml), seguido da adição de solução de NaHCO3 satu- rada (100 ml). Uma solução de cloreto de 3-flúor-4-nitro-benzenossulfonil (6,11 g, 25,50 mmols, 1,02 equiv) in diclorometano (100 ml) foi adicionada em gotas à solução prévia. A solução foi agitada vigorosamente a 20°C. A- pós agitação por 4 h, a camada orgânica foi separada e lavada com solução de NaHCO3Saturada (100 ml), água (100 ml), solução de 5% de HCI (100 ml) e salmoura (100 ml). A camada orgânica foi secada sobre MgSO4, filtra- da e evaporada até a secagem. O produto bruto foi recristalizado de 2- propanol (550 ml) (9,58 g, 25 mmols, 64,30%). LRMS(ES+): m/z 596 [M+H]+; 1H-RMN (CDCI3) δ 0,90 (d, 3H, CH3), 0,92 (d, 3H, CH3), 1,40-1,72 (m, 2H, CH2, H4), 1,80-1,92 (m, 1H, CH (isobutila)), 2,79 (dd, 1H, CH2-N), 2,87-3,19 (m, 5H, CH2-N (isobutila), CH, H3, CH2-N e CH de CH2C6H5), 3,19-3,29 (m, 1H, CH de CH2C6H5), 3,29-3,39 (brs, 1H, OH), 3,60-3,78 (m, 2H, CH2, H5 e H2), 3,78-3,90 (m, 3H, CH, H5, CH-OH e CH), 3,95 (dd, 1H, CH2, H2), 4,90 (d, 1H, NH), 4,98-5.,10 (m, 1H, CH, H3), 5,66 (d, 1H, CH, H6a), 7,19-7,33 (m, 5H, C6H5), 7,68-7,74 (m, 2H, CH de C6H3FNO2), 8,15-8.20 (m, 1H, CH de C6H3FNO2).
ÉSTER HEXAIDRO-FUROr2,3-B1FURAN-3-ÍLICO DE ÁCIDO M-BENZIL-3- {í3-f2,4-DIFLUOR-BENZILAMINO)-4-NlTRO-BENZENOSSULFONIL1- ISOBUTIL-AMINO)-2-HIDRÓXI-PROPIÜ- CARBÂMICO M1)
éster hexaidro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido {1-Benzil-3-[(3- flúor-4-nitro-benzenossulfonil)-isobutil-amino]-2-hidróxi-propil}- carbâmico (7) (0,40 g, 0,67 mmol, 1 equiv) e 2,4-difluor-benzilamina (0,14 g, 1 mmol, 1,49 equiv) foram dissolvidos em tetraidrofurano (10 ml). A solução foi aquecida para refluxo por 18 h. A solução foi concentrada e o produto bruto foi dissol- vido em diclorometano (15 ml). A camada orgânica foi lavada com solução de NaHCO3 saturada (15 ml). A camada orgânica foi separada e evaporada sob pressão reduzida, para-dar o composto do título (0,48 g, 0,67 mmol, quantitativo). LRMS(ES+): m/z 719 [M+H]+. EXEMPLO 1
ÉSTER HEXAIDRO-FUROr2.3-BlFURAN-3-ÍUCO DE ÁCIDO BENZENOS-
sulfon-ili-isobutil-aminoi-i-benzil-2-hidróxi-propil)- carbâ- mico (78)
éster hexaidro-furo[2,3-b]furan-3-ílico de ácido (1-Benzil-3-{[3- (2,4-diflúor-benzilamino)-4-nitro-benzenossulfonil]-isobutil-amino}-2-hidróxi-
propil)- carbâmico (11) (0,10 g, 0,14 mmol, 1 equiv), paládio sobre carvão (10%, 0,45 g, 0,42 mmol, 3 equiv), e formiato de amônio (0,050 g, 0,84 mmol, 6 equiv) foram suspensos em metanol (1 ml). A solução foi aquecida para refluxo por 4 min. O catalisador foi filtrado sobre uma camada de celite e o produto de filtração foi evaporado até a secagem. O produto bruto foi dividido entre diclorometano e água. A camada orgânica foi separada, seca- da sobre MgSO4, filtrada e evaporada sob pressão reduzida (0,10 g, 0,14 mmol, 100%). LRMS(ES+): m/z 689 [M+Hf; HPLC (sistema 3) tR 9,65 min, 95%; 1H-RMN (CDCI3) δ 0,87 (d, 3H, CH3), 0,93 (d, 3H, CH3), 1,39-1,51 (m, 1H, CH2, H4), 1,59-1,70 (m, 1H, CH2, H4), 1,70-1,90 (m, 1H, CH (isobutila)), 2,65 (dd, 1H, CH2-N), 2,71-2,98 (m, 4H, CH2-N (isobutila), CH2-N1 CH, H3a), 3,02 (d, 1H, CH de CH2C6H5), 3,08 (d, 1H, CH of CH2C6H5), 3,57-3,78 (m, 3H, CH, CH1 H2 e CH, H5), 3,78-4,00 (m, 3H, CH-OH, CH, H2 e CH1 H5), 4,37 (d, 2H, CH2 of CH2C6H5), 4,85 (d, 1H, NH), 4,92-5,07 (m, 1H, H3), 5,62 (d, 1H, CH, H6a), 6,75 (d, 1H, CHarom), 6,78-6.90 (m, 2H, CHarom (2x)), 6,94-7,03 (m, 1Η, CHarom), 7,07-7,32 (m, 11H1 CHarom (11χ)). EXEMPLO 2
PREPARAÇÃO DE ÉSTER HEXAIDRO-FUROr2.3-B1FURAN-3-ÍLICO DE ÁCIDO r3-f(4-AMIN0-3-rfPIRIDIN-2-ILMETIU-AMIN01-BENZEN0SSULFQ- NILMS0BUTIL-AMIN0V1 -BENZIL-2-HIDRÓXI-PROPIU-ÁCIDO CARBÂMI- CO (80)
LRMS(ES+): m/z 655 [M+H]+; HPLC (sistema 3) tR 8,39 min, 94%; 1H-RMN (CDCI3) £0,70 (d, 3H, CH3), 0,78 (d, 3H, CH3), 1,15-1,28 (m, 1H, CH2, H4), 1,28-1,49 (m, 1H, CH2, H4), 1,69-1,92 (m, 1H, CH (isobutila)), 2,32 (dd, 1H, CH2-N (isobutil)), 2,40-2,58 (m, 2H, CH2-N (isobutila) e CH, H3a), 2,60-2,82 (m, 2H, CH2, CH2-N), 3,00 (d, 1H, CH de C6H2C6H5), 3,19 (d, 1H, CH de CH2C6H5), 3,25-3,42 (m, 1H, CH, H5), 3,42-3,65 (m, 3H, CH-OH, CH, e CH, H2), 3,65-3,78 (m, 1H, CH, H5), 3,78-3,91 (m, 1H, CH, H2), 4,40 (s, 2H, CH2 de CH2C5H4N), 4,72-4,85 (m, 1H, CH, H3), 4,90 (d, 1H, NH), 5,48 (d, 1H, CH, H6a), 5,55-5,78 (m, 1H, NH), 6,48-6,65 (m, 2H, CHarom (2x)), 6,80 (d, 1H, CHarom), 7,01-7,15 (m, 1H, CHarom), 7,15-7,29 (m, 5H, CHarom (5x)), 7,30 (d, 1H, CHarom), 7,62-7,80 (m, 1 H, CHarom), 8,50 (d, 1 H1CHarom). TABELA 1
A tabela 1 representa alguns compostos com substituintes de R1 e R2, de acordo com a fórmula (I), que foram sintetizados usando os proces- sos mencionados acima. 55
c
- Composto N0 R1 R* Peso em Mol ES+ Fórmula em Mol - 78 H hXX 688.791 689 C34H42F2N 407S 80 H tO 653.799 654 C33H43N5 07S 81 H 710.847 711 C36H46N4 09S • - - 82 H N 667.826 668 C34H45N5 07S 84 H O—' 696.82 697 C35H44N4 09S • 85 H 653.799 654 C33H43N5 07S 86 H 0 1 675.846 676 C33H49N5 08S 87 H 0 1 673.874 674 C34H51N5 07S Composto N0 R1 Peso em Mol ES+ Fórmula em Mol 88 H o /—\ χ ι—N N^^ χ w 716.899 717 C35H52N6 08S 89 H Wn 670.83 671 C33H46N6 07S 91 H F 670.801 671 C34H43FN4 07S 92 H 653.799 654 C33H43N5 07S 94 H -(CH2)3-OH 620.766 621 C30H44N4 08S 95 H jrX) 659.825 660 C31H41N5 07S2 96 H 646.804 647 C32H46N4 08S 97 H -(CH2)2-OH 606.739 607 C29H42N4 08S 98 H x> ~v>|w 682.837 683 C35H46N4 08S 100 H 642.772 643 C32H42N4 08S 101 H "X) 658.859 659 C34H50N4 07S 102 H > Oh Ν=7 656.803 657 C32H44N6 07S 31
c
Composto N0 R1 Rii Peso em Mol ES+ Fórmula em Mol 103 H V 712.911 713 C36H52N6 07S 105 H \ 0 0 703.9 704 C35H53N5 08S 106 H Q í 673.874 674 C34H51N5 07S 107 H π O X N i 705.872 706 C34H51N5 09S 109 H CH3 576.713 577 C28H40N4 07S 113 H o X 659.847 660 C33H49N5 07S 114 H % O 652.811 653 C34H44N4 07S 115 H JC > S— N 752.976 753 C39H56N6 07S Composto N0 R1 R2 Peso em Mol ES+ Fórmula em Mol 118 H cr χ 673.874 674 C34H51N5 07S 119 H 7 618.794 619 C31H46N4 07S 121 CH3 CH3 590.74 591 C29H42N4 07S 125 CH3 666.838 667 C35H46N4 07S 126 H T 673.874 674 C34H51N5 07S .......C38H57N5 09S 134 H -f- ° M H. 759.964 760 135 H 620.766 621 C30H44N4 08S 137 H α 0 687.857 688 C34H49N5 08S 138 H >o 698.884 699 C35H50N6 07S
EXEMPLO 3 c
PROPRIEDADES VIROLÓGICAS DOS COMPOSTOS DA PRESENTE IN- VENÇÃO
Os compostos foram testados em um teste celular usando as células MT4-LTR-EGFP para a atividade anti-viral. O teste demonstrou que esses compostos apresentam uma potente atividade anti-HIV contra uma variedade de HIV de laboratório do tipo nativo (WT IIIB-2-001). Devido à crescente emergência de variedades de HIV resistentes o fármacos, os pre- sentes compostos foram testados em relação à sua potência contra varieda- des de HIV clinicamente isoladas, contendo diversas mutações. Essas mu- tações estão associadas à resistência a inibidores de protease e resultam em vírus que mostram diversos graus de resistência cruzada fenotípica aos fármacos atualmente disponíveis comercialmente, tais como, por exemplo, saquinavir, ritonavir, nelfinavir, indinavir e amprenavir. As cepas virais A, B, CeD contêm mutações, tal como indicadas abaixo na tabela 2. TABELA 2
A V003I, L010I, V032T, L033M, E035D, S037Y, M046I, R057R/K, Q058E, L063P, K070T, A071V, I072V, I084V, L089V B V003I, V032I, L035D, M036I, S037N, K043T, M046I, I047V, I050V, K055R, I057K, I062V, L063P, A071L, V082I, I085V, L090M, I093L C V003I L0101 1013V G016A/G L019I L033F S037N M046I I050V F053L I054V K055R LO63P A071V G073C V077I./V V082A L090M D V003I L010F 1013V V032T S037N M046I I047V I050V L063P A071V I084V L089V T091A Q092R
O teste celular foi realizado de acordo com o seguinte procedi-
mento. Células de MT4-LTR-EGFP infectadas com HIV ou de modo simula- do foram incubadas por três dias, na presença de diversas concentrações dos compostos de acordo com a invenção. A uma infecção, a proteína de tat viral ativa o transmissor de GFP. Ao final do período de incubação, o sinal de GFP foi medido. Nas amostras de controle de vírus (na ausência de qual- quer inibidor) foi obtido o sinal fluorescente máximo. A atividade inibidora do composto foi monitorada nas células infectadas com vírus e foi expressada como EC50. Esses valores representam a quantidade do composto necessá- ria para proteger 50% das células contra a infecção de vírus (Tabela 3). TABELA 3
VARIEDADES DE VÍRUS
Composto N2 WT IIIB-2- 001 A-2-001 B-2-001 D-2-001 C-2-001 78 8,44 9,21 6,87 7,45 8 80 8,05 8,83 7,03 7,41 7,84 81 8,43 8,95 6,69 7,15 7,69 82 7,12 8,25 6,56 7,15 7,33 84 8,17 8,62 6,31 6,81 7,32 85 7,08 7,77 6,59 6,61 7,15 86 7,13 7,21 6,56 6,56 87 7,71 7,62 6,63 6,55 88 6 6,81 5,97 6,54 6,54 89 6,49 6,85 6,4 6,5 6,56 91 8,89 9,17 6,97 6,48 7,95 92 6,56 7,78 5,73 6,47 7,48 94 6,43 7,42 6,44 6,39 6,71 95 7,19 7,78 6,42 6,32 7,63 96 8,36 8,9 6,74 6,29 97 6,56 7,14 6,41 6,21 6,95 98 8,34 9,31 5,96 6,18 7,01 100 8,78 9,14 7,05 6,17 7,33 101 9,1 7,92 6,58 6,16 102 6,07 6,7 6,02 6,12 6,48 103 6,54 7,56 5,96 6,12 105 7,22 7,76 6,27 6,09 6,77 106 6,57 7,14 6,03 6,08 6,68 107 7,84 8,28 6,59 6,05 7,47 109 7,64 8,43 6 6,01 6,57 113 7,16 7,53 6,03 5,85 6,24 114 8,42 8,52 6,37 5,71 7,48 115 7,09 7,53 5,67 5,71 6,38 118 7,18 5,88 5,5 6,08 119 8,25 8,22 5,81 5,41 6,41 121 7,74 7,88 5,2 5,3 5,83 125 7,06 6,44 4,89 5,13 5,48 126 6,9 7,14 5,42 4,96 5,91 134 8,3 8,16 5,91 6,27 135 8,26 8,71 6,73 137 6,87 8,62 6,54 6,6 138 6,2 6,75 5,49 Como composto de referência foi usado o composto chamado TMC 114 ou darunavir, com a seguinte estrutura química, um novo inibidor de prótese sob investigação para o tratamento de infecções de HIV. Daruna- vir tem o seguinte nome químico: (3R,3aS,6aR)-hexaidrofuro[2,3-b]furan-3-il N-[(1S,2R)-1-benzil- 2-hidróxi-3-(N 1 -isobutilsulfanilamido)propil]carbamato
3XJL
e os resultados obtidos são os seguintes: pEC50 IIIB pEC50-A pEC50-B pEC50-C pEC50-D 8,17 8,10 6,07 5,32 7,05
BIODISPONIBILIDADE: TESTE DE PERMEABILIDADE PE CACO-2 PARA ABSORÇÃO INTESTI- NAL
A permeabilidade de diferentes compostos é avaliada de acordo com um protocolo de teste de Caco-2, tal como descrito por Augustijns et al. (Augustijns et al. (1998) Int. J. of Pharm., 166, 45-54), sendo que células de Caco-2 são cultivadas na passagem celular número entre 32 e 45 em placas de cultura de células de 24 cavidades por 21 a 25 dias. A integridade da mo- nocamada de células é verificada medindo a resistência elétrica transepitelial (TEER). O teste é realizado pH 7,4 e a 100 μΜ de concentração do compos- to doador.
SOLUBILIDADE AQUOSA A DIFERENTES NÍVEIS DE PH
A solubilidade de equilíbrio em soluções gastrointestinais simu- ladas, sob condições termodinâmicas, é uma boa medida para o perfil de solubilidade do composto no estômago e em diferentes partes do intestino. Fluido gástrico simulado (SGF) (sem pepsina) é ajustado a um pH de 1,5. Fluidos intestinais simulados (SIF) (sem sais biliares) são ajustados a um pH de 5, pH de 6,5, pH de 7 e pH de 7,5. O protocolo experimental usa micro- placas de fundo chato, com 96 cavidades, no qual 1 mg de composto é adi- cionado por cavidade (solução de matéria prima em metanol) e evaporado 41
c
até a secagem. Os compostos são ressolubilizados em SGF e SIF e incuba- dos durante a noite em um dispositivo de agitação horizontal, a 37°C. Após a filtração, as concentrações de compostos são determinadas por espectrofo- tometria de UV. DISPONIBILIDADE ORAL EM RATOS
Os compostos são formulados como uma solução ou suspensão de 20 mg/ml em DMSO, PEG400 ou ciclodextrina de 40% em água. Para a maioria das experiências no rato (ratos machos e fêmeas), são formados três grupos de dosagem: 1/dose intraperitoneal única (IP) a 20 mg/kg, usan- do formulação de DMSO; 2/ dose oral única a 20 mg/kg, usando formulação de PEG400; e 3/dose oral única a 20 mg/kg usando FORMULAÇÃO DE peg400. Sangue é retirado para amostra a intervalos de tempo regulares após a dosagem, e concentrações de fármaco no soro são determinadas usando um método bioanalítico de LC-MS. Concentrações de soro são ex- pressas em ng/mg. Concentração do soro a 30 minutos (30') e a 3 horas (180') pode ser determinada se esses valores refletirem a extensão da ab- sorção (30') e a velocidade de eliminação (180'). AUMENTANDO A BIODISPONIBILIDADE SISTÊMICA
Com o tipo de compostos descrito (inibidores de protease), é conhecido que a inibição dos processos de degradação metabólica podem aumentar acentuadamente a disponibilidade sistêmica por redução do meta- bolismo de primeira passagem no fígado e liberação metabólica do plasma. Esse princípio de "aumento" pode ser aplicado em um cenário clínico à ação farmacológica do fármaco. Esse princípio também pode ser explorado tanto no rato como no cão por administração simultânea de um composto que ini- be as enzimas metabólicas Cyt-P450. Bloqueadores conhecidos são, por exemplo, ritonavir e cetoconazol. Dosar uma única dose oral de ritonavir a 5 mg/kg no rato e no cão pode resultar em um aumento da disponibilidade sis- têmica.
ANÁLISES DE LIGAÇÃO DE PROTEÍNAS
Sabe-se que proteínas de soro humano, tal como albumina (HSA) ou glicoproteína de ácido alfa-1 (AAG), ligam-se a muitos fármacos, resultando em uma possível redução na eficiência desses compostos. A fim de determinar se os presentes compostos seriam afetados negativamente por essa ligação, a atividade anti-HIV dos compostos é medida na presença de soro humano, desse modo avaliando o efeito da ligação dos inibidores de protease nessas proteínas.
COMPRIMIDOS REVESTIDOS COM FILME PREPARAÇÃO DO NÚCLEO DO COMPRIMIDO
Uma mistura de 100 g do ingrediente ativo, nesse caso, um composto da fórmula (I ou II), 570 g de Iactose e 200 g de amido, é bem- misturada e depois umedecida com uma solução de 5 g de sulfato de dedecil de sódio e 10 g de polivinilpirrolidona em cerca de 200 ml de água. A mistura de pó úmida é peneirada, secada e novamente peneirada. Depois, são adi- cionados 100 g de celulose microcristalina e 15 g de óleo vegetal hidrogena- do. Tudo é misturado bem e comprimido para comprimidos, dando 10.000 comprimidos, cada qual contendo 10 mg do ingrediente ativo. REVESTIMENTO
A uma solução de 10 g de metilcelulose em 75 ml de etanol desnaturado é adicionada uma solução de 5 g de etilcelulose em 150 ml de diclorometano. Depois, são adicionados 75 ml de diclorometano e 2,5 ml de 1,2,3-propanotriol. 10 g de polietilenoglicol são fundidos e dissolvidos em 75 ml de diclorometano. A última solução é adicionada à anterior e depois são adiciondos 2,5 g de octadecanoato de magnésio, 5 g de polivinilpirrolidona e ml de suspensão de corante concentrada e tudo e homogeneizado. Os núcleos dos comprimidos são revestidos com a mistura obtida desse modo, em um aparelho de revestimento.